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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O TRANSPORTE NO MODAL RODOVIÁRIO DE CARGAS
ESPECIAIS NO BRASIL E SUAS RESPONSABILIDADES
LEGAIS
Por: Aloysio Vasconcellos Cardoso
ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Logística Empresarial. Por: Aloysio Vasconcellos Cardoso
O TRANSPORTE NO MODAL RODOVIÁRIO DE CARGAS
ESPECIAIS NO BRASIL E SUAS RESPONSABILIDADES
LEGAIS
Rio de Janeiro 2016
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por tudo que ele tem feito por
mim ao longo de toda minha vida. À minha mãe
que é a pessoa mais maravilhosa e importante do
mundo. Pois ela é um exemplo de ser humano,
pois me criou sozinha e dedicou toda a sua vida
para mim. Tudo que eu faça em benefício dela
jamais, irei conseguir contribuí-la na mesma
magnitude. É um exemplo de coragem,
honestidade e que procuro seguir.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho à minha mãe e ao meu pai,
por tudo que eles têm feito por mim. À minha
esposa Bianca, com muito amor, carinho e
admiração. À minha madrinha Luiza, que não está
mais conosco, porém sempre estará nas minhas
lembranças e dentro do meu coração. E a todas
as pessoas que contribuíram de uma forma direta
ou indireta para o meu sucesso, pois tiveram
várias e cada uma tem um lugar especial dentro
do meu coração.
5
RESUMO
O modal rodoviário de cargas possui um papel fundamental na
economia brasileira, de forma que circulam anualmente milhões de toneladas
de mercadorias pelos estados afora. Todavia, apesar do grau de importância
que essa atividade possui, as pessoas que estão envolvidas não compreendem
e muito menos são orientadas quanto as responsabilidades que adquirem
durante a operação, tendo em vista que diversas variáveis estão
compreendidas nesse segmento. Neste contexto, no primeiro capítulo foi
abordado uma noção geral de como é o transporte rodoviário brasileiro,
apontando as suas vantagens e desvantagens, bem como traçando alguns
tipos de cargas que mais utilizam esse tipo de modal. Em seguida, foi abordado
a questão do transporte especial de carga perecível, apontando o grau de
complexidade que é de transportar esse tipo de mercadoria. Pois esta não
pode ser transportada de qualquer maneira, pois existem veículos apropriados
para cada tipo de carga. E se não obedecer ou ter conhecimento de como deve
ser realizado, pode gerar um prejuízo e ai recai a responsabilidade civil. No
último capítulo, finaliza-se com o estudo sobre a responsabilidade civil no
transporte de cargas pelos danos causados na mercadoria e a terceiros. Neste
diapasão, aponta que a responsabilidade civil é objetiva por legislação legal,
ressaltando apenas os casos em que houver a presença da incidência da
excludente de responsabilidade.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a abordagem do presente estudo foi
pesquisa bibliográfica por meio de livros e artigos científicos disponíveis
retirados da internet. O conteúdo do trabalho foi obtido através de
levantamentos bibliográficos e esperou se contribuir de forma positiva sobre a
importância que se deve ter em transportar uma carga perecível.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Transporte Rodoviário no Brasil 10
CAPÍTULO II
Transporte Especial de Carga Perecível 21
CAPÍTULO III
Responsabilidade Civil no Transporte Rodoviário de Cargas 32
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 48
ÍNDICE DE FIGURAS 50
8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa mostrar a responsabilidade civil no
transporte rodoviário de cargas especiais no Brasil.
Tendo em vista o tamanho continental do nosso país e a dificuldade
que muitas cidadezinhas localizadas no interior têm para receberem gêneros
alimentícios, onde dependem exclusivamente do transporte rodoviário, esse
problema central vem mostrar as consequências para a economia e para todas
as pessoas que estão envolvidas na operação, bem como os prejuízos que
podem ocasionar nessas regiões.
Portanto, o objetivo desse estudo é demonstrar as dificuldades do
transportador de cargas especiais na malha rodoviária brasileira, bem como
apontar a falta de infraestrutura de nossas estradas e as responsabilidades que
geram para os envolvidos nessa atividade.
Além disso, visa provocar uma investigação dessa atividade no
transporte de cargas especiais com destaque para os do gênero perecível, sua
deterioração, custos e consequências em função de gerar um dano.
Deste modo, no primeiro capítulo foi trabalhado a questão de como é
o transporte rodoviário brasileiro, mostrando suas vantagens e desvantagens,
bem como demonstrando alguns tipos de cargas que mais utilizam esse tipo de
modal.
No segundo capítulo, foi abordado a questão do transporte especial
de carga perecível, apontando a complexidade dessa atividade que é de
transportar esse tipo de mercadoria. Pois não se deve transportá-la de
qualquer maneira, pois existem veículos apropriados para cada tipo de carga e
legislações que devem ser obedecidas.
Caso não seja cumprida ou mesmo tiver conhecimento de como
deve ser realizado, pode ocasionar um prejuízo e recair a questão da
responsabilidade civil.
9
No último capítulo, finaliza-se com o estudo sobre a
responsabilidade civil no transporte de cargas e suas consequências de
reparação.
10
CAPÍTULO I
TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL
1.1. Modal Rodoviário
O modal rodoviário é o mais significativo meio de transporte de
cargas do país, atingindo praticamente todos os pontos da região nacional.
Pois com a inauguração da indústria automobilística na década de 1950 e a
pavimentação das principais rodovias, proporcionaram sua expansão,
tornando-se hoje, o mais importante meio de condução de mercadorias do
Brasil.
De acordo com os últimos dados estatísticos publicados pelo
Ministério dos Transportes indicam uma extensão de 72.000 km de rodovias
federais, sendo que deste total, apenas 58.000 km estão pavimentadas, 35%
se encontram em estado regular e 47% delas apresentam péssimas condições
de conservação (CASTIGLIONI; PIGOZZO, 2014, p. 15).
A figura abaixo ilustra a condição de uma rodovia em péssimo
estado de conservação, o que fica evidente que este tipo de transporte de
cargas por estas rodovias é bastante prejudicado.
Figura 1: Rodovia no Acre 3 (extraída de EBAH, 2015)
11
Além disso, essas estatísticas assinalam ainda que somente 5% dos
pavimentos das rodovias possuem até 5 anos, 15% apresentam de 5 a 10
anos, enquanto a maior parte, que representa cerca de 80% possui pavimento
superior a 10 anos.
Esse cenário deprecia bastante o transporte rodoviário de
mercadorias, pois com as condições das rodovias ruins, influi
consequentemente na elevação do preço do frete, uma vez que deteriora mais
rápido os pneus, assim como todo o veículo, aumentando o custo da
manutenção geral, tempo de viagem, diminuição da segurança e até mesmo
majoração do uso de combustível.
Já não bastasse todo esse custo adicional, observa-se ainda, que
são comuns os casos de acidentes vinculados as péssimas condições das vias,
bem como acontecem frequentemente roubos de carga que ocasionam
grandes prejuízos causando uma insegurança no transportador.
Todavia, existem no território nacional rodovias em ótimo, ou bom
estado de conservação. No entanto, a maioria delas são concessões, ou seja,
privadas onde há cobrança de pedágios que eleva ainda mais o custo do
transporte.
Na América do Sul, o transporte rodoviário é regido pelo Convênio
sobre Transporte Internacional Terrestre, firmado entre os países Brasil,
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, em Santiago do Chile, em
1989.
Esse pacto regulamenta todos os direitos e obrigações no tráfego
regular de caminhões entre os países consignatários.
1.2 – Vantagens e Desvantagens do Modal Rodoviário
12
O transporte rodoviário possui como vantagens: a entrega porta a
porta, agilidade na entrega da carga em curta distância, bem como o transporte
que se locomove até a carga em vez de obrigar o exportador a levá-la até ele,
ou seja, elemento fundamental da multimodalidade e da intermodalidade.
No que se refere as desvantagens pode se afirmar que se trata de
um dos modais mais caros, pois possui menor capacidade de carga, possui um
custo elevado de infraestrutura, além de ser um grande poluidor do meio
ambiente.
1.3 – Transporte de Cargas Especiais
O mercado logístico trata de um segmento cuja exatidão é
determinada e a legislação é do mesmo modo precisa e irredutível. Existe
limites claros para tamanho e capacidade de carga em caminhões e carretas e,
para tudo aquilo que não se condiz nas operações costumeiras denomina-se
de cargas especiais.
Contudo, para esse tipo de transporte de cargas, existem limitações
fulgentes no que diz respeito a dimensão, peso e circulação, uma vez que não
se trata de uma missão simples transitar com essa espécie de mercadoria em
nossas rodovias.
Posto que, determinadas cargas e equipamentos excedem os limites
do razoável para embarque em caminhões dessa natureza. Especialmente no
ramo de infraestrutura, onde peças e itens de obras monumentais tem de
chegar em canteiros de obras, ou ser entregues em portos, utilizando estradas
e rodovias.
Deste modo, a categoria de transporte de cargas especiais foi criada,
com o objetivo de fornecer alguma flexibilidade para as empresas que
transportam esse tipo de produto.
13
Todavia, os caminhões ou carretas que transportam cargas
especiais terão que respeitar alguns limites tais como: largura de até 4,5
metros, altura de 5,5 metros e comprimento de 25 metros.
No que diz respeito ao peso, este varia de acordo com a estrada.
Pois para rodovias estaduais, o máximo permitido são de 45 toneladas,
enquanto que para as rodovias federais o peso pode atingir até 70 toneladas.
1.4 – Tipos de Transportes de Cargas Especiais
1.4.1. Transporte de Cargas Indivisíveis
Cargas indivisíveis são as cargas unitárias representadas por uma
única peça estrutural ou por um conjunto de peças ligadas por rebitagem, solda
ou qualquer outro processo, para o fim de ser empregada diretamente como
peça acabada ou constituir parte integrante de conjuntos de montagem,
máquinas ou equipamentos.
Cabe ressaltar, por oportuno, que diante do grau de
complexidade, esta somente pode ser montada em instalações apropriadas.
Abaixo segue figura que ilustra esse tipo de carga:
Figura 2 – Transporte de carga indivisível (extraída de
AGORAJOINVILLE, 2015)
14
Diante do exposto, o transporte de cargas especiais indivisíveis
possibilita a transferência de grandes peças ou conjuntos estruturais que
apresentam pesos e dimensões acima do estabelecido pelo Código de Trânsito
Brasileiro.
Por conseguinte, este tipo de transporte permite que as empresas
concretizem suas atividades de forma integrada entre o processo produtivo até
aplicação do destino final, ou seja, o cliente.
Observa-se ainda, que as empresas que executam este tipo de
transporte devem cumprir a legislação e os regulamentos que conduzem este
segmento de mercado, estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito, por
meio da lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, conforme o dispositivo abaixo:
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.
§ 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial.
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros.
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.
15
Além disso, serão necessários que a organização indicada em
executar o serviço realize alguns procedimentos extremamente importantes,
tais como:
• Vistoria na peça a ser transportada ou desenho da mesma;
• Verificação dos principais e possíveis pontos de apoio e amarração;
• Especificar o tipo de veículo e/ou equipamento mais adequado para efetuar o
transporte da carga especial;
• Estudo de viabilização do trajeto – análise do gabarito horizontal e vertical.
Em alguns casos, avaliação das obras de arte por meio de laudo estrutural a
ser confeccionado por uma empresa de engenharia especializada;
• Apoio das concessionárias de serviços públicos que acompanham as
travessias nas rodovias, como: energia elétrica, rede semafórico, telefonia,
televisão a cabo, trólebus, via férrea e outros.
• Consulta aos órgãos – Departamento Estadual de Rodagem – DER,
Companhia de Engenharia de Trânsito – CET, Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transporte – DNIT.
Com efeito, para que ocorra o transporte de cargas indivisíveis
excedentes em peso ou dimensão, em rodovias federais, será necessário a
obtenção de uma Autorização Especial de Trânsito (AET).
16
Essas AETs podem ser concedidas pelos Órgãos Executivos
Rodoviário da União, dos estados, dos municípios ou do Distrito Federal,
mediante o preenchimento de alguns requisitos tais como (VALENTE;
NOVAES; PASSAGLIA; VIEIRA, 2014, p. 281):
• PBTC precisa ser menor ou semelhante a 74 toneladas;
• comprimento necessita ser superior a 19,80 m e no máximo igual a 30 m,
para PBT menor ou igual a 57 toneladas;
• comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30 m, quando o PBTC for maior
que 57 toneladas;
• acolhimento aos limites de peso fixados pelo Contran;
• primorosa compatibilidade entre a capacidade máxima de tração (CMT) da
unidade tratora e o PBTC;
• dispor de sistema de freios compatibilizados entre si e com a unidade tratora,
segundo a Resolução 777/93 do Contran;
• atrelamento automático dos veículos rebocados, conforme as NBR
11.410/11.411, reforçado por correntes ou cabos de aço;
• acoplamento dos veículos articulados do tipo pino-rei e quinta roda,
atendendo à NBR NM/ ISSO 337;
• dispor de sinalização especial, conforme o anexo da Resolução 211.
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Já no que se diz respeito, aos veículos e equipamentos, estes
devem ser apropriados para o transporte de cargas especiais, ou seja, devem
possuir estruturas, estado de conservação e potência motora compatíveis com
a força de tração a ser desempenhada.
Além disso, precisam ter uma configuração de eixo, atendendo a
distribuição de peso por eixo de tal forma que fique mais próximo possível dos
limites postos, bem como as larguras estejam compatíveis com a norma de
segurança.
Ademais, os veículos instituídos de propriedades especiais que são
destinados ao transporte de cargas excedentes e indivisíveis, incluindo em
questão, os reboques e semirreboques, não podem transitar em rodovias
federais sem que haja sinalização imperativa que possibilite a identificação do
produto transportado, nos quais devem estar caracterizados, ou seja,
equipados conforme as normas de segurança, previstas na legislação de
trânsito nacional.
1.4.2. Transporte de Animais Vivos
O transporte de animais vivos está inserido na listagem de cargas
especiais da Agência Nacional de transportes Terrestres – ANTT, de forma que
é estabelecido um tratamento especial para realização da manobra desses
animais, bem como especifica o modo do transporte.
Abaixo segue figura que ilustra a forma de como é realizado esse
tipo de transporte:
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Figura 3 – Transporte de animais vivos (extraída de MIDIAMAX,
2015)
Contudo, cabe ressaltar que qualquer animal que não esteja
suscetível a realizar a viagem prevista, fica impedido de ser transportado sem
que seja tomada as medidas adequadas para o seu tratamento durante o
transporte até o seu destino final.
Pois os animais que se encontram adoentados ou mesmo
lesionados não podem ser transportados, exceto aqueles doentes ou com
ligeiros ferimentos cuja viagem não implique em sofrimento desnecessário para
o animal.
Além disso, os animais devem possuir espaço de forma satisfatória
para estar de pé em sua posição natural e, ocasionalmente, os transportes
devem disponibilizar barreiras que os protejam dos movimentos do transporte,
bem como devem receber alimentação adequada durante a viagem.
Por conseguinte, a identificação e o registro desses animais que são
transportados devem ser sustentados durante toda a viagem, para que a
autoridade competente possa determinar a origem e o seu proprietário; os
locais de partida e de destino final e, data e horário de partida.
Já com relação aos veículos ou contêiner que realizam esse tipo de
transporte, estes devem conter em locais visíveis do exterior, uma marca ou
selo identificadora de material resistente, pregada, no qual contenha os
19
seguintes dados, tais como: animais vivos, este lado voltado para cima,
animais selvagens e endereço de destino e número de telefone, conforme
figura abaixo:
Figura 4 – Selo identificador (extraída de ANDAJOR,
2015)
Para que não se esqueça de fazer os devidos desdobramentos sem
perder a linha de raciocínio podem ser criados outros subtítulos.
1.4.3 – Transporte de Animais Domésticos
O transporte de animais domésticos está cada dia mais costumeiro,
devido a consideração desses animais de estimação na vida dos indivíduos.
Por conseguinte, as empresas que prestam esse tipo de serviço
ficam obrigadas a disponibilizar de espaços exclusivos para transportar esse
tipo de carga especial, bem como de dispor de ventilação e luminosidade
apropriada.
Além disso, para que esse tipo de carga especial seja transportado,
são necessários alguns documentos, tais como:
• Certificado de vacinação antirrábica: somente é exigida para cães e gatos que
possuem mais de 90 dias de vida. Esta vacina deve ter aplicação com
antecedência mínima de 30 dias ou mais;
20
• Atestado Sanitário para transporte de cães e gatos: Este atestado, deve ser
expedido em até três dias antes da partida da viagem, por um médico
veterinário exarado no conselho regional.
Na figura abaixo, demonstra um veículo que realiza esse tipo de
transporte de carga especial de animal doméstico.
Figura 5 – Transporte de animais domésticos (extraída de
REVESCAP, 2015).
Existe ainda, o transporte especial de carga perecível, porém este
será abordado no capítulo seguinte.
21
CAPÍTULO II
TRANSPORTE ESPECIAL DE CARGA PERECÍVEL
2.1. Carga Perecível
Carga perecível é aquela constituída por um produto suscetível de
deterioração, ou seja, de pouca durabilidade, pois o seu processo de
decomposição começa de forma simples e rápida, necessitando em questão,
de condições especiais de temperatura ou arejamento para que seja mantida
sua característica orgânica.
Deste modo, a carne, as frutas, os lácteos, as verduras e outros
produtos perecíveis devem ser transportados de maneira especial que evite
contaminações, bem como que os microrganismos que venham estar
presentes não possuam condições de se proliferar.
2.2. Transporte
O transporte de carga perecível, em especial o de produtos
alimentares, deve possuir características específicas, bem como seguir
diversas legislações, com o fito de garantir a segurança alimentar dos
cidadãos.
Neste contexto, dentro dos referidos veículos de transporte existem
diversos modelos consoante a carga alimentícia que transportam, sendo que
os que transportam gêneros alimentícios são os que possuem maiores
cuidados com relação a temperatura.
Ademais, cabe ressaltar ainda, que esses veículos devem possuir
um alto grau de higienização, contribuindo assim, que a carga seja
transportada de forma segura.
22
Portanto, a realização do transporte de carga perecível, trata da fase
mais crucial, ou seja, vulnerável da operação, pois normalmente sai do controle
do embarcador. Contudo, todos os esforços devem ser realizados com a
finalidade de garantir a preservação dos produtos perecíveis de modo que
cheguem com segurança no seu destino.
2.2.1. Requisitos para os Veículos de Transporte
Para que seja feito o transporte de carga perecível, os veículos
devem preencher alguns requisitos essenciais para realizarem esse tipo de
operação, uma vez que possuem o objetivo de impedir o contágio e a
degradação do produto durante a viagem. Abaixo seguem os requisitos, tais
como:
• A caixa que transporta o produto não pode estar em contato com a cabine do
motorista;
• O piso do veículo deve estar completamente obstruído para que não vaze
nenhum líquido para o exterior;
• As paredes dos caminhões devem ser planas;
• Os estrados dos veículos devem ser rígidos e impenetráveis, bem como
devem possuir a passagem de ar;
• Os caminhões que realizam o transporte de carcaças, quartos ou peças de
carne devem possuir equipamentos com ganchos, pois os alimentos não
podem ter contato com o chão;
23
• O veículo que for realizar o transporte de pão não pode ter a superfície
coberta por tecido;
• Quando o veículo estiver carregado, os equipamentos de ventilação natural
devem se encontrar desligados.
2.2.2. Tipos de Veículos
Os veículos que transportam cargas perecíveis possuem algumas
características de acordo com o produto transportado, tais como:
• Veículo aberto, trata-se de um transporte composto por um tipo de material
não tóxico, de limpeza acessível e de fácil desinfestação. É utilizado para o
transporte de bebidas em garrafas, leite em embalagens metálicas e outros
produtos similares, conforme figura abaixo:
Figura 6 – Veículo aberto (extraída de CLICKRIOMAFRA, 2015)
• Veículo aberto com proteção, é aquele transporte composto por material de
acessível limpeza e que possui uma proteção de lona ou outro tipo de material.
Esse transporte é utilizado para transportar diversos tipos de produtos, tais
como: água mineral, açúcar, biscoitos, cereais, derivados dos farináceos e
outros produtos semelhantes, conforme figura abaixo:
24
Figura 7 – Veículo aberto com proteção (extraída de VALEDOIVAINEWS,
2015)
• Veículo fechado à temperatura ambiente, é aquele composto por material não
tóxico, com resistência, de acessível limpeza e desinfestação. Este tipo de
veículo tem como principal característica de assegurar que a carga não se
locomova quando estiver sendo transportada. Deste modo, é utilizada para
produtos de panificação, produtos salgados ou de conserva, pescado salgado
ou fumado e demais produtos análogos, de acordo com a figura abaixo:
Figura 8 – Veículo fechado à temperatura ambiente (extraída
de SERVOSLOG, 2015)
• Veículo fechado, isotérmico e refrigerado, é aquele formado por um material
plano, resistente, não tóxico e impenetrável. Deste modo, se for transportar
uma mercadoria que necessite de conservação a quente, esta deverá ser
guardada em temperatura acima de 65Y C, se for um produto refrigerado a
temperatura deverá manter-se entre 4Y C a 6Y C, resfriado entre 6Y C a 10Y
25
C e congelados entre -18Y C a -15Y C, observando sempre as especificações
do fabricante, de acordo com a figura abaixo:
Figura 9 – Veículo refrigerado (extraída de
TAREFRIGERAÇÃO, 2015)
Além disso, esses veículos devem possuir caixas, estrados,
ganchos, prateleiras e termômetro. Pois são utilizados para transportar carnes,
congelados, creme vegetal, margarina, gelados, gorduras em embalagens
metálicas, refeições prontas para o consumo e dentre outros produtos de igual
especificação.
2.2.3. Higienização dos Veículos
Em todos os tipos de transporte de carga perecível, o veículo deve
apresentar perfeito estado de conservação, bem como higiene. Pois os
mecanismos de limpeza e desinfestação devem ser compatíveis com as
peculiaridades das mercadorias.
Deste modo, o veículo que realiza esse tipo transporte deve ser
composto pelos seguintes materiais, tais como: de formato liso, atóxico,
impenetrável, lavável e resistente.
26
Além disso, a cabine do motorista deve ser completamente apartada
do local onde compreende os respectivos produtos perecíveis, neste diapasão
os alimentos.
2.3. Carga e Descarga de Produto Perecível
No Brasil o modal rodoviário é o mais utilizado para transportar
mercadoria perecível de forma que o embarque e o desembarque desses
produtos dos veículos possuem maior índice de aproveitamento quando são
observadas as seguintes recomendações:
• O embarque e/ou desembarque do produto perecível não pode apresentar
risco de ser contaminado, bem como não deve ser danificado ou deteriorado;
• Dependendo do tipo da mercadoria perecível esta deve ser inserida sobre
prateleiras ou estrados, e quando preciso removível de modo que não sofra
nenhum tipo de contaminação ou dano;
• Os materiais que foram empregados para fixar e proteger a carga tipo cordas,
plásticos e dentre outros não poderão criar contaminação ou dano para
mercadoria. Deste modo, estes acessórios deverão ser higienizados, ou seja,
desinfetados juntamente com o veículo que realizou o transporte.
2.4. Restrições Gerais para o Transporte de Carga Perecível
O transporte de carga especial perecível também possui algumas
restrições que devem ser observadas. Essas restrições básicas são essenciais
para que o produto chegue no seu destino final com segurança e própria para o
consumo da população. São elas:
27
• Os produtos perecíveis não podem ser transportados, conjuntamente com
alimentos, animais e pessoas, pois pode correr risco de contaminação e a
carga se tornar imprópria;
• O transporte de carga perecível não pode ser realizado com matéria prima ou
produto alimentício cru, ou seja, verde, com mercadoria pronta para o
consumo. Pois estes primeiros podem ocasionar risco de contaminação com
relação a esses últimos;
• Não é permitido realizar o transporte de carga perecível quando houver
conjuntamente dois ou mais produtos do gênero alimentício. Pois se um deles
estiver contaminado, correrá risco de expandir para os demais.
2.5. Transporte de Produto Perecível Refrigerado
A norma NBR 14.701 de 29 de junho de 2002 normaliza o transporte
de produto perecível alimentício refrigerado, bem como estabelece a
temperatura apropriada para o comprimento de toda a cadeia de fornecimento,
abrangendo desde os armazéns frigorificados do produtor até a recepção do
destinatário.
Ademais, o deslocamento, carga, descarga e transporte desse tipo
de produto deve ser realizado por veículos e equipamentos capazes de
manterem a temperatura da mercadoria no seu valor almejado, inclusive,
durante o carregamento e descarregamento.
Mister salientar ainda, que a carroceria frigorífica deve possuir,
obrigatoriamente, temperatura do ar interno reduzida e estabilizada durante o
intervalo de 15 minutos da entrada do produto, bem como deve possuir
28
instrumentos capazes de registrar a temperatura contínua do ar interno e
assinalar esta durante a viagem.
No que diz respeito, a carga e descarga de produto perecível
refrigerado, observa-se que esta deve ser realizada da maneira mais célere
possível, de modo que evite o aumento da temperatura da carga alimentícia.
Além disso, a interrupção da unidade de refrigeração é obrigatória
nas operações de carga e descarga. Cabendo registrar ainda, que antes de
ingressar com o produto na respectiva câmara frigorífica, deve-se verificar a
temperatura da mercadoria e registrá-la na nota fiscal e no documento de
transporte, com cópia para cada parte envolvida na referida operação.
Por conseguinte, as câmaras frigoríficas devem disponibilizar de
ingresso apropriado aos veículos e equipamentos refrigerados de modo que a
mercadoria seja submetida a um mínimo de variação de temperatura.
Esse mínimo de exposição a variação de temperatura do produto é
tão importante e necessário que as portas de acesso aos ambientes
refrigerados são obrigadas a serem fechadas nas ocasiões em que o
carregamento ou descarregamento for interrompido.
Já no que se diz respeito as embalagens, estas possuem as
seguintes características:
• Conservar as características típicas do produto;
• Preservar o produto contra qualquer risco de contaminação;
• Impedir da melhor forma que ocorra o armazenamento de calor por radiação,
desidratação e vazamento;
29
• Evitar a permutação de qualquer cor, odor, sabor ou outra característica
desconhecida ao produto;
• Proteger o produto contra qualquer outro tipo de dano que possa surgir.
Por fim, as responsabilidades pela manutenção das referidas
temperaturas recomendadas dos respectivos produtos são do embarcador,
transportador e do destinatário, ou seja, dos envolvidos na operação.
2.6. Cuidados com Transporte de Carga Perecível
O transporte de carga perecível no modal rodoviário exige alguns
cuidados que devem ser tomados, independente da sua necessidade
específica, tais como:
• O monitoramento e o controle do produto antes do carregamento;
• Avaliar a condição ideal do produto, relevando todos os aspectos com o fito
de impedir que esta seja contaminada, bem como controlar a higiene do local
onde a carga será transportada e a temperatura;
• Realizar o monitoramento durante a viagem, convindo sempre nos termos
tempo e temperatura;
• Verificar sempre a melhor condição para a realização da descarga, tomando
assim, os cuidados necessários para que o produto não seja contaminado,
controlando deste modo a limpeza do local, a temperatura, a sistemática, bem
como as condições de deslocamento da mercadoria até o local de
armazenamento e distribuição.
30
2.7. Medidas Preventivas
As medidas preventivas visam minimizar a probabilidade de ocorrer
algum perigo com a carga perecível transportada. Para tanto, a transportadora
tem que estar completamente preparada para realizar esse tipo de atividade.
Abaixo seguem algumas medidas preventivas em que o transportador deve ter
com relação a carga perecível:
• A carga do produto tem que ser efetuada em temperaturas plenamente
apropriadas;
• A circulação do ar deve está adequada quando for colocar o produto no
veículo;
• Quando for receber a carga, deve-se analisar as condições do veículo, ou
seja, o seu estado de conservação;
• Deve analisar antes de receber o produto, se o veículo possui adequado
estado de higiene;
• O procedimento para prática de manipulação deve ser cumprido com o fito de
assegurar a integralidade das embalagens dos produtos;
• Analisar a temperatura do produto quando estiver sendo feito a carga, bem
como verificar esta quando for recebe-la;
31
• Não ficar próximo de determinados elementos que possam provocar qualquer
tipo de alteração na temperatura do ambiente;
• Deve inibir qualquer tipo de acesso de animal doméstico;
• Possuir total controle, de qualquer espécie de praga, que possa vim
contaminar a carga;
32
CAPÍTULO III
RESPONSABILIDADE CIVIL NO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS
3.1. Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil é um dos temas atuais que possui grande
destaque não só no mundo jurídico, mas em todos os campos de atuação da
sociedade. Pois sua magnitude decorre atualmente, por se encaminhar a
realizar a restituição e restauração de um bem, seja moral ou patrimonial, que
declinou em dano.
Deste modo, o seu acoplamento com o cotidiano das pessoas é
abundante, visto que a defesa dos direitos individuais se encontra assíduo em
várias situações, de forma que quem realiza ou comete um ato que resulte em
algum dano, terá que sustentar as consequências do seu procedimento.
Neste diapasão, nota-se que a responsabilidade civil está presente
em todos os campos de atuação, ou seja, trata-se de um fenômeno social que
se encontra presente na vida das pessoas.
Além disso, o instituto da responsabilidade civil desenvolveu-se em
vários sentidos, ou seja, em diversos campos. Pois no Código Civil de 1916, a
matéria não possuía essa amplitude, tanto que era tratada em poucos artigos,
diferentemente do Código Civil de 2002.
Neste contexto, observa-se que a responsabilidade civil trata se de
um regime onde não há respostas fáceis, por se referir a diversos temas de
constantes atualizações, discussões e estudos.
Portanto, por abranger diversas questões subjetivas, como a
proteção aos direitos individuais, que formalizam os direitos e deveres bilaterais
entres os respectivos cidadãos, em diversas ocasiões torna se trabalhoso
mensurá-la.
33
3.2. Conceito de Responsabilidade Civil
O doutrinador Cavalieri Filho (2007), entende que a responsabilidade
civil trata de uma violação de um dever jurídico que irá configurar num ilícito,
que por consequência na maioria das vezes ocasiona um dano para outrem,
acarretando um dever forense, que é o de reparar o referido prejuízo.
Deste modo, existe um dever jurídico originário ou primário, cujo
rompimento configura num dever forense sucessivo ou secundário que
proporciona uma indenização ao dano causado.
Neste contexto, torna-se explícito a ideia de responsabilidade civil, a
qual possui a compreensão de encargo, contraprestação e obrigação, ou seja,
evidencia o dever que uma pessoa possui de consertar um estrago resultante
de uma violação de outro dever forense.
A noção de responsabilidade civil está prontamente atinente a ideia
de não prejudicar ou causar dano a outrem em uma relação de causa e efeito.
Pois esta pode ser pactuada com o emprego de medidas que determine
alguém a consertar o dano causado a outrem em razão de sua conduta ativa
ou omissa.
Neste sentido, o professor Wald (2003), descreve o instituto da
responsabilidade civil como sendo a situação de quem sofre as consequências
de um descumprimento normativo, ou como obrigação de incumbir alguém a
reparar um dano causado a terceiros pela sua atuação ou em eficácia de
prejuízos provocados por pessoas ou coisas dele vinculados.
De forma mais ampla, a responsabilidade civil depreende no
conceito de não deixar a pessoa que sofreu o dano sem que haja uma
reparação ou contraprestação plausível aos prejuízos que fora submetida, com
vistas a recompor o seu equilíbrio moral e patrimonial. Neste diapasão, o
professor Monteiro (2003, p.446) expõe o seguinte:
[...] em face das exigências naturais da vida em sociedade, diante de uma ação ou omissão lesiva a interesse moral ou material, surge a necessidade de reparação dos danos
34
acarretados ao lesado, porque cabe ao direito preservar ou restabelecer o equilíbrio pessoal e social.
Além disso, deve-se completar a responsabilidade civil pela própria
sensatez, como sendo um princípio que apresenta resposta a alguma coisa,
não deixando a pessoa ou prejuízo sem a devida reparação. Neste sentido, o
doutrinador Stoco (2007, p.114) conceitua a responsabilidade civil do seguinte
modo:
A noção da responsabilidade pode ser haurida da própria origem da palavra, que vem do latim respondere, responder a alguma coisa, ou seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém pelos seus atos danosos. Essa imposição estabelecida pelo meio social regrado, através dos integrantes da sociedade humana, de impor a todos o dever de responder por seus atos, traduz a própria noção de justiça existente no grupo social estratificado. Revela-se, pois como algo inarredável da natureza humana.
Com efeito, observa-se que doutrinariamente a responsabilidade
civil possui diversos conceitos, em que todos são capazes em representar e
acoplar a reparação civil aos danos causados em razão de culpa de um
terceiro na relação, conforme a ilustre doutrinadora Diniz (2006, p. 40) expõe
em sua obra:
A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal.
Em seguida, o mestre Gonçalves (2008), explica que a
responsabilidade civil expõe uma ideia de restauração de equilíbrio anterior, ou
seja, de reparação de um prejuízo causado. Desse modo, como são diversas
as atividades dos seres humanos, várias são as espécies de responsabilidade
que vão contemplar a matéria de direito na sociedade.
Neste contexto, a responsabilidade civil põe o responsável de ter
violado determinada norma diante de consequências não desejadas, frente a
sua conduta danosa, obrigando a restaurar ao estado anterior.
35
Enfim, diante de diversas definições existentes quanto a
responsabilidade civil, pode se observar que a definição, apesar de ser
histórica se mantém integra. Na doutrina esse instituto é abordado de forma
ampla, com cada autor focando num assunto específico.
3.3. Requisitos da Responsabilidade Civil
Como pode observar, existem diversos doutrinadores que abordam
o estudo do instituto da responsabilidade civil. Deste modo, o rol de requisitos
necessários para sua caracterização não seja específico.
Para tanto, o professor Stoco (2007), entende que o momento em
que for imposto os requisitos da responsabilidade civil, será necessário
apresentar os seus elementos essenciais, tais como: a conduta danosa, a
culpa ou risco, o nexo de causalidade e por fim o dano.
Deste modo, para que haja a configuração da responsabilidade civil
serão indispensáveis a presença dos seus pressupostos, bem como deverá ser
observado também a forma de indenização, e consequentemente, que exista
uma relação de causalidade entre os rudimentos presentes no fato,
assinalando assim, o nexo causal antes abordado.
No Código Civil de 2002, existem elementos objetivos no que diz
respeito aos requisitos da responsabilidade civil, em específico os dispositivos
186 e 187, que definem o ato ilícito, bem como o artigo 927 do mesmo diploma
legal, que faz alusão aos dispositivos anteriores, evidenciando a obrigação de
reparar frente a ocorrência do ato ilícito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
36
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Neste contexto, a doutrinadora Diniz (2007), extraiu nos dispositivos
acima mencionados os pressupostos da responsabilidade civil, tais como: a
culpa ou dolo, ação ou omissão, dano e nexo de causalidade. Esses requisitos
são acrescidos do estudo do artigo 927 do Código Civil, o qual constitui a
possibilidade da culpa presumida, onde a pessoa que sofreu o dano tem que
provar a ação ou omissão do agente causador do prejuízo.
Em seguida, a autora estabelece os requisitos que considera
essenciais para configurar a responsabilidade civil, tais como: a existência de
uma ação, seja ela comissiva ou omissiva, qualificada no mundo forense, ou
seja, que demonstre um ato ilícito ou lícito, pois assim como a culpa
fundamentam a responsabilidade, bem como a existência do risco.
Observa-se ainda, que se a vítima sofrer um dano moral ou
patrimonial, seja ele oriundo de um ato comissivo ou omissivo do agente ou
terceiro por quem o imputa, este responde ou por um fato animal ou por algo a
ele associado.
E o nexo de causalidade, entre o dano e a ação, pois a
responsabilidade civil não consegue existir sem que haja vinculação entre a
ação e o dano.
Para o professor Stoco (2007), não existe diferença quanto a teoria
adotada, pois independente da que for aderida, será fundamental a maneira de
como será demonstrada ao juízo. Pois, neste caso, o juiz competente deve
analisar o caso concreto, examinar as provas, para que finalmente possa
interpretar todo o conjunto e assegurar se realmente existiu violação ao direito
alheio.
Por conseguinte, deve ser feito uma análise para que possa
comprovar se o resultado desta violação tenha sido cometido de maneira
danosa, e por fim se houve o nexo causal entre o comportamento do executor
e o dano investigado.
37
3.4. Direitos e Deveres do Transportador de Cargas
O contrato de transportes de cargas se imprime de um documento
no qual o transportador possui direitos e deveres a serem cumpridos na relação
negocial com a parte contratante do respectivo serviço de transporte.
Neste contexto, são atribuídos alguns deveres ao transportador de
cargas, tais como:
• Coletar, transportar e realizar a entrega dos produtos no tempo e no local
estipulado;
• Transportar a mercadoria com cuidado para que esta não sofra nenhum tipo
de dano;
• Obedecer o trajeto acordado entre as partes;
• Concordar com a modificação do destino pelo destinatário;
• Responsabilizar-se pelas perdas, furtos ou qualquer avaria que ocorrer na
mercadoria transportada, com exceção daquelas oriundas de vício próprio,
força maior ou caso fortuito.
Já com relação aos direitos dos transportadores, estes devem
solicitar o pagamento do valor acordado, bem como devem estabelecer norma
regulamentadora para realizar o transporte da mercadoria. Pois no transporte
de carga especial perecível existem uma série de fatores que devem ser
seguidos, conforme capítulo anterior.
Deste modo, na relação do contrato de transportes, ficam
demonstrados os direitos e os deveres que o transportador possui para o
cumprimento do que foi ajustado.
Registre-se finalmente, que o transportador desde o momento da
entrega da carga adquire o dever de recebimento, transporte e entrega desta,
assumindo de pronto a responsabilidade pela perda, furto ou avaria, desde que
não haja alguma causa que exclua sua probidade. No mesmo sentido, este
38
possui o direito de disciplinar o itinerário da viagem, bem como de exigir o
pagamento do preço combinado da operação contratada.
3.5. Responsabilidade pelos Danos Resultantes do Transporte
Inicialmente cumpre consignar, que em algumas atividades
comerciais, conduzem sua estrutura de forma intrínseca, o gênero risco, ou
seja, sujeitam-se aos perigos de sofrer alguma perda material.
Deste modo, a ocorrência de algum tipo de dano, seja ele pessoal
ou patrimonial, aos contratantes de determinados tipos de carga e serviço são
eventos que seguem uma constância de tal forma que proporciona aos
referidos fornecedores ou prestadores desse ramo a previsibilidade e
consequente atenuação, ou até mesmo a remoção total dos resultados
danosos que venham a acontecer.
No caso em estudo que é o transporte de carga especial perecível
no modal rodoviário, o principal risco dessa atividade está relacionado na
ocorrência de acidentes, roubos e furtos que contornam a perda total ou parcial
da mercadoria transportada.
Nos dias de hoje, o ramo empresarial de transporte de mercadoria,
vem acompanhando e identificando o cenário dos riscos mais frequentes, bem
como as suas ocorrências, possibilitando, desta forma, solucionar de maneira
significativa a sua incidência e em especial dos seus resultados.
Para isso, alguns empresários vêm realizando um trabalho
preventivo dos agentes de mercado e da contratação, inserindo escalas cada
vez mais convincentes e de seguros de responsabilidade civil.
Todavia, o transportador tem conhecimento absoluto dos riscos
inerentes a sua atividade, já que na maioria das situações a atuação do setor
possui um histórico amplo. Pois no caso, não se deve considerar um roubo, ou
um acidente, como sendo um evento inesperado, imprevisível ou desconhecido
pelo transportador.
39
Pelo contrário, são condições perfeitamente previsíveis e que não
podem afastá-lo do cumprimento da obrigação que assumiu mesmo tendo
ciência dos riscos a ela atinente.
Neste contexto, a doutrinadora Diniz (2007), entende que a
responsabilidade, imposta ao transportador possui natureza objetiva, pois
sendo o transporte um contrato bilateral, basta somente que a vítima comprove
dois requisitos da responsabilidade civil para que haja a configuração do
inadimplemento contratual, ou seja, o fato do transporte e o dano.
Deste modo, para inserir a conduta do agente em responsabilidade
civil, basta apenas comprovar a veracidade do dano ou prejuízo à vítima.
A reparação do dano moral ou material, está expresso na nossa
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5Y, caput e no inciso X, conforme
reprodução abaixo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Por conseguinte, a doutrinadora explica que o dano auferido pela
legislação se estabelece quando ocorre uma perda ou redução do patrimônio
material ou moral da vítima em decorrência da ação do agente, gerando para o
lesado, o direito de ser reparado para que volte sua situação ao estado em que
se encontrava anteriormente ao dano, bem como seja compensado, caso não
exista a possibilidade de haver reparação.
Por fim, cabe ressaltar que o dano produzido na relação de
transporte de cargas, somente não será passível de indenização pelo
transportador nos casos de força maior. Todavia, esta não se refere
particularmente a eventos provocados pela natureza, mas sim a todos que não
são possíveis de serem administrados pelo transportador.
40
3.6. Legislação do Transporte de Cargas Rodoviária
Registre-se inicialmente, que existem algumas legislações
importantes e pertinentes ao transporte de cargas no modal rodoviário. A Lei
nY 8.374/1991 que dispõe sobre o seguro obrigatório de danos pessoais
causados por embarcações ou por sua carga, acrescentou a alínea “m” no
artigo 20 do Decreto-Lei nY 73/1966 que expõe o seguinte:
Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os seguros de:
m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada.
Por conseguinte, o Decreto nY 61.867/1967, complementa o
assunto da obrigatoriedade na contratação de seguro por parte do
transportador no seu artigo 10, conforme reprodução abaixo:
Art. 10. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que se incumbirem do transporte de carga, são obrigadas a contratar seguro de responsabilidade civil em garantia das perdas e danos sobrevindos à carga que lhes tenha sido confiada para transporte, contra conhecimento ou nota de embarque.
Diante do exposto, verifica-se que a contratação de seguro de
responsabilidade civil é obrigatório e que este deve ser realizado pelo
transportador da carga.
Cabendo ainda ressaltar, que esses dispositivos foram criados com
a peculiaridade social e protetivo para o transportador e para o dono da carga
transportada. Pois esta engloba a função social, amparando tanto o
transportador quanto o contratante, ou seja, garantem o valor da carga que
consta na nota fiscal.
Além disso, a Lei nY 11.442/2007 também aborda a questão quanto
a obrigatoriedade do seguro no seu artigo 13, conforme transcrição abaixo:
Art. 13. Sem prejuízo do seguro de responsabilidade civil contra danos a terceiros previsto em lei, toda operação de transporte contará com o seguro contra perdas ou danos causados à carga, de acordo com o que seja estabelecido no
41
contrato ou conhecimento de transporte, podendo o seguro ser contratado:
I - pelo contratante dos serviços, eximindo o transportador da responsabilidade de fazê-lo;
II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante.
Por fim, este dispositivo de lei também trouxe uma inovação quanto
a obrigatoriedade de contratação de seguro. Pois possibilitou que este fosse
feito pelo próprio contratante do serviço, desobrigando assim o transportador
da obrigação de contratar o mesmo seguro. Isso se deu em razão de configurar
uma repetição.
3.7. Responsabilidade do Transportador
A responsabilidade do transportador está limitada ao valor
estabelecido no conhecimento, o qual irá começar no momento em que receber
a carga, cessando somente quando esta for entregue ao destinatário sem que
haja protesto ou ressalva, conforme dispõe os artigos 25, § 3Y da Resolução
nY 4.799/15 da ANTT e artigo 750 do Código Civil.
Art. 25. Com a emissão do documento que caracteriza a operação de transporte, o transportador assume perante o contratante a responsabilidade:
§ 3º A responsabilidade do transportador cessa quando do recebimento da carga pelo destinatário sem protesto ou ressalva.
Art. 750. A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do conhecimento, começa no momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; termina quando é entregue ao destinatário, ou depositada em juízo, se aquele não for encontrado.
Além disso, o transportador é responsável por qualquer fato que
aconteça sobre a carga, como perda, dano, avaria, bem como pelas ações ou
omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou
subcontratados para execução dos serviços de transporte, conforme Resolução
nY 4.799 da ANTT.
Art. 25...
42
I - pela execução dos serviços de transporte de cargas, por conta própria ou de terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino, e
II - pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo pactuado.
§ 1º Não obstante as excludentes de responsabilidade, o transportador será responsável pelo agravamento dos danos ou avarias a que der causa.
§ 2º O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados para execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou omissões fossem próprias.
Por fim, observa-se que o instituto da responsabilidade civil é amplo
com relação ao transporte de cargas. Pois é regulamentado por diversas
normas de diferentes esferas. Desse modo, cada situação deve ser analisada e
regulamentada de acordo com o caso concreto.
43
CONCLUSÃO
Após essa breve análise sobre o transporte rodoviário no Brasil de
carga especial perecível e sua responsabilidade civil fica a importante
observação sobre as consequências que podem gerar para as pessoas que se
encontram envolvidas nesse ramo.
Embora o trabalho tenha abordado mais especificamente a
responsabilidade do transporte de cargas, pôde se analisar ainda que o Brasil
possui uma extensa malha rodoviária distribuída por todos os seus estados e
que a maioria destas se encontram em péssimos estados de conservação.
Todavia, mesmo diante deste quadro consegue movimentar milhões para a
economia do país.
Observa-se ainda, que não é simples a tarefa de transportar carga
perecível, ainda mais com as condições que se encontram as estradas, bem
como são impostas pelos empresários que visam somente o lucro, pouco se
importando com as consequências.
Vimos ainda, que para realizar esse tipo de transporte o
transportador tem que atentar para os requisitos que o veículo deve possuir,
tais como: a higienização, o modo de como é feita a carga e a descarga,
observar as restrições legais, o modo de como deve transportar o produto
refrigerado, ou seja, deve perceber uma série de fatores para que a carga não
chegue danificada ao seu local de destino.
Por fim, observa-se que existem diversas legislações que tratam do
referido assunto, no entanto, falta fiscalização, investimento, infraestrutura e
incentivo dos governantes em tratar do assunto com mais seriedade.
44
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Paulo: Saraiva, 2003.
48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I Transporte Rodoviário no Brasil 10 1.1. Modal Rodoviário 10 1.2. Vantagens e Desvantagens do Modal Rodoviário 11 1.3. Transporte de Cargas Especiais 12 1.4. Tipos de Transportes de Cargas Especiais 13 1.4.1. Transporte de Cargas Indivisíveis 13 1.4.2. Transporte de Animais Vivos 17 1.4.3. Transporte de Animais Domésticos 19 CAPÍTULO II Transporte Especial de Carga Perecível 21 2.1. Carga Perecível 21 2.2. Transporte 21 2.2.1 Requisitos para os Veículos de Transporte 22 2.2.2. Tipos de Veículos 23 2.2.3. Higienização do Veículos 25 2.3 Carga e Descarga de Produto Perecível 26 2.4. Restrições Gerais para o Transporte de Carga Perecível 26 2.5. Transporte de Produto Perecível Refrigerado 27 2.6. Cuidados com Transporte de Carga Perecível 29 2.7. Medidas Preventivas 30 CAPÍTULO III Responsabilidade Civil no Transporte Rodoviário de Cargas 32 3.1. Responsabilidade Civil 32 3.2. Conceito de Responsabilidade Civil 33 3.3. Requisitos da Responsabilidade Civil 35
49
3.4. Direitos e Deveres do Transportador de Cargas 37 3.5. Responsabilidade pelos Danos Resultantes do Transporte 38 3.6. Legislação do Transporte de Cargas Rodoviária 40 3.7. Responsabilidade do Transportador 41 CONCLUSÃO 43 BIBLIOGRAFIA 44 ÍNDICE 48 ÍNDICE DE FIGURAS 50
50
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Rodovia no Acre 3. 10
Figura 2 – Transporte de Carga Indivisível. 13
Figura 3 - Transporte de Animais Vivos. 18
Figura 4 - Selo Identificador. 19
Figura 5 - Transporte de Animais Domésticos. 20
Figura 6 – Veículo Aberto. 23
Figura 7 - Veículo Aberto com Proteção. 24
Figura 8 - Veículo Fechado à Temperatura Ambiente. 24
Figura 9 - Veículo Refrigerado. 25