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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Considerações sobre os principais indicadores econômicos e financeiros para planejamento tributário para empresa de médio porte Por: Patrícia Barreto Orientadora Prof. Gisele Leite Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Considerações sobre os principais indicadores econômicos e

financeiros para planejamento tributário para empresa de médio

porte

Por: Patrícia Barreto

Orientadora

Prof. Gisele Leite

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

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EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Considerações sobre os principais indicadores econômicos e

financeiros para planejamento tributário para empresa de médio

porte

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão e Planejamento Tributário.

Por: Patrícia Barreto

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, marido, irmãos e todos os

amigos que estiveram presente nesse

período de estudo.

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DEDICATÓRIA

Dedico principalmente a Deus que esta

sempre a frente dos meus passos e das

minhas conquistas me dando força e

perseverança e aos meus pais que são tudo

na minha vida e estão sempre ao meu lado

nos momentos mais difíceis, ao meu marido

e a todos que me apoiaram nesta jornada

rumo a pós-graduação.

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RESUMO

SANTOS, Patrícia Barreto dos. Gestão econômica e financeira: indicadores de

desempenho numa empresa de médio porte, 2013. 48 f. Monografia (Ciências

Contábeis) - Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do Estado do

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

Os indicadores econômicos e financeiros auxiliam no processo de

planejamento tributário da empresa, evitando problemas de insolvências futuros e

evidenciando a situação financeira da organização em um dado momento, através

da analise das demonstrações financeiras, principalmente do Balanço Patrimonial

e da Demonstração de resultado, obtemos índices de avaliação que demonstram

a lucratividade, a capacidade de honrar suas dividas e outros dados relevantes

para um bom planejamento tributário.

Palavras-chave: Índices Financeiros. Demonstrações. Desempenho.

Indicadores Econômicos. Planejamento tributário

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METODOLOGIA

A metodologia a ser aplicada será fundamentada em uma pesquisa bibliografia, sobre a

importância dos indicadores de desempenho para um bom planejamento tributário. Por sua

vez, o resultado esperado é de uma avaliação constituída de uma análise específica,

demonstrado a situação financeira e econômica da empresa, com base em dados

matemáticos, tendo como referência comparativa os exercícios anteriores. Enfim, a

utilização de quocientes é o instrumento mais tradicional e também importante para se ter

uma análise como um todo da empresa, proporcionando instrumentos para uma elisão

fiscal.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Demonstrações 09

CAPÍTULO II - Indicadores de Desempenho 24

CAPÍTULO III – Planejamento Tributário 31

CAPÍTULO IV – Estudo de caso 32

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS CONSULTADAS 38

REFERÊNCIAS CITADAS 39

ANEXOS 40

ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

Sendo o objetivo o planejamento tributário de uma organização, a análise das

demonstrações contábeis visa obter indicadores financeiros e econômicos.

Através das principais demonstrações, como o Balanço Patrimonial e a Demonstração do

Resultado do Exercício extraem-se índices de períodos para observar a situação de

solvência de uma organização.

A contabilidade nos traz os indicadores como a técnica que objetiva verificar a

situação econômico-financeira em que se encontra a empresa, buscando um bom

planejamento tributário através desses índices, trazendo informações necessárias para a

tomada de decisões na área fiscal, como por exemplo: qual regime fiscal utilizar, se é

viável pagar os débitos fiscais á vista, ou se para a empresa é interessante os

parcelamentos, entre outros.

Conforme Matarazzo (2003, p. 39), “a análise das demonstrações visa extrair

informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado de cada

conta facilita a busca de informações precisa”.

Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):

A análise de balanço visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa.

Portanto, as demonstrações contábeis e os indicadores econômicos e financeiros são

peças fundamentais para tornar uma decisão tributária mais rentável no mercado.

O objetivo da presente pesquisa é apresentar todos os indicadores econômico e

financeiros, como também as demonstrações que serão analisadas, e demonstrar como

esses indicadores auxiliam no bom planejamento tributário, buscando assim a elisão fiscal

para a empresa, como forma de demonstração apresentarei um estudo de caso de uma

empresa de médio porte, analisando seus indicadores econômicos e financeiros e

preparando um planejamento tributário para reduzir impactos tributários em sua situação

patrimonial.

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CAPITULO I

DEMONSTRAÇÕES

1.1 Estrutura da Demonstração de Resultado do Exercício

Conforme cita Schmidt (2003) “A demonstração do resultado do exercício destina-

se a evidenciar a formação do resultado do exercício, mediante confronto das receitas,

custos e despesas incorridos no exercício”.

Essa demonstração deve ser apresentada na posição vertical, e discriminados seus

componentes de forma ordenada.

Segundo Neves e Vicecontini (2004, p. 355), a DRE (Demonstração do resultado do

exercício) tem como objetivo fornecer o Resultado Líquido do Exercício (lucro ou

prejuízo) e os elementos que o compuseram.

1.1.1 Características da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)

Conforme Schmidt (2003) “É o complexo de atos gerados praticados durante o

período administrativo.o exercício social terá a duração de um ano e a data do período será

fixada no estatuto social (contrato social)”.

Art. 175 da Lei nº 6.404/76. para fins de legislação do imposto de renda, corresponde ao

exercício financeiro da união (ano-calendário), de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada

ano, no qual as pessoas jurídicas deverão apresentar suas declarações de rendimentos

(IRPJ). “Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I – A receita bruta das vendas serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os

impostos;

II – a receita liquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o bruto;

III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as

despesas gerais e administrativas e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou o prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais;

V – o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;

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VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência

de empregados;

VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital

social“

Segundo, Ricardo J. Ferreira, a demonstração de resultado do exercício é a

exposição em ordenada das receitas realizadas e as despesas incorridas no exercício, tendo

registro de acordo com o principio da competência.

1.1.2 Receita Bruta de Vendas ou Prestação de Serviços

A receita bruta de vendas são as vendas de mercadorias e produtos de uma

empresa de comercio ou indústria e a receita bruta de prestação de serviços é o valor

cobrado pela execução de um determinado serviço por um profissional técnico ou

empresas.

Segundo Schmidt (2003) “Demonstra o valor das receitas decorrentes da atividade

da empresa. Em suma, Vendas de mercadorias,Vendas de serviço, Vendas de produtos e

etc”.

Como o autor Ricardo J. Ferreira (2004) define “A receita das vendas de

mercadorias é realizada quando da efetiva entrega das mercadorias ao cliente, momento em

que ocorre a transmissão da propriedade dos bens para o comprador”.

1.1.2.1 Alteração do conceito de receita bruta pela Lei nº 12.973/2014

O conceito de Receita bruta sempre foi objeto de diversas discussões e o Supremo

Tribunal Federal, quando chamado a se manifestar, decidia no sentido de que a receita

bruta compreende o valor auferido com a venda de mercadorias e serviços, conforme

consignado em um julgamento de 2012 pela Corte Suprema, que menciona “a

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que receita bruta e faturamento são

sinônimos, significando ambos o total dos valores auferidos com a venda de mercadorias,

de serviços ou de mercadorias e serviços” (RE 656284 AgR, Relator: Min. Ayres Britto,

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Segunda Turma, julgado em 28/02/2012, Processo Eletrônico DJe-121, divulgado 20-06-

2012 e publicado 21-06-2012)

Contudo, recentemente a Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014 que entrou em vigor

em 1º de janeiro de 2015 (art. 119), alterou o conceito de receita bruta, modificando o teor

do artigo 12 do Decreto-lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, que enunciava: “A

receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações

de conta própria e o preço dos serviços prestados”

De fato, o novo artigo 12 do Decreto-lei nº 1.598, alterado pela Lei 12.973

determina que receita bruta compreende:

(i) o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

(ii) o preço da prestação de serviços em geral;

(iii) o resultado auferido nas operações de conta alheia (aqueles obtidos pela venda de

produtos ou mercadorias pertencentes a terceiros, mediante o pagamento de comissão)

(IV) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos

itens I a III .

Isto trará implicações na apuração do PIS e da Cofins de diversas pessoas jurídicas.

A partir de agora, não há mais dúvidas que o PIS e Cofins será exigido sobre todas as

receitas da atividade e não apenas sobre venda de bens e prestação de serviços.

1.1.3 Deduções da Receita Bruta

As deduções da Receita Bruta são as devoluções de venda, quando o cliente retorna

parte das mercadorias ou produtos vendidos por razão de defeito ou não, descontos

incondicionais que são descontos concedidos ao comprador no momento da negociação e

devem aparecer descriminados na Nota Fiscal e alguns impostos incidentes sobre a receita.

De acordo com Schmidt (2003) “As deduções de vendas são representadas pelas

contas de devoluções de vendas, descontos incondicionais e impostos incidentes sobre as

receitas de vendas de mercadorias, serviço e produtos”.

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Os impostos considerados para efeito de deduções de vendas e serviços são os que

guardam proporcionalidade com o preço das vendas ou dos serviços prestados.

Exemplos de impostos: ICMS, PIS, COFINS, ISSQN.

1.1.4 Receita Líquida de Vendas ou Prestação de Serviços

Receita liquida é a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos

concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre vendas, , exceto quantos

aos impostos não cumulativos.

Schmidt cita (2003) “É a diferença entre a receita bruta de vendas e as deduções de

vendas”.

Receita líquida de vendas e serviços é a receita bruta diminuída (RIR/1999, art.

280): 1. das devoluções e vendas canceladas; 2. dos descontos concedidos incondicionalmente; 3. dos impostos e contribuições incidentes sobre vendas.

1.1.5 Custo da Mercadoria Vendida

O custo da mercadoria vendida engloba todos os custos para se produzir ou

revender um produto, desde da compra da mercadoria ou matéria-prima, até custos de

armazenagem, custo de serviço técnico de terceiros, frete entre outros. O principal é saber

exatamente o que compõem o custo de determinado produto, para isso existe métodos de

rateio e de estoque na contabilidade para mensurar e registrar os custos das mercadorias

vendidas.

Conforme cita Schmidt (2003) “A apuração do custo das mercadorias vendidas está

diretamente relacionada aos estoques da companhia, pois representa o custo da baixa

efetuada nas contas de estoques por vendas realizadas no período.”

De acordo com Neves e Vicecontini (2004, p. 128) ,os custos das mercadorias ou matérias-

primas Vendida compreende:

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[...] o preço da aquisição, inclusive os gastos com material de embalagem e desembaraço aduaneiro, se houver; O custo do transporte até o estabelecimento do comprador e o respectivo seguro; Os tributos devidos na aquisição ou importação exceto o ICMS e o IPI, quando recuperáveis; As devoluções de compras, compras anuladas, devolvidas ou canceladas; Os descontos incondicionalmente obtidos e/ou abatimentos sobre compras.

1.1.6 Resultado Operacional Bruto (Resultado com mercadorias)

É a diferença entre a receita liquida de vendas e o CMV (custo da mercadoria

vendida).

Segundo Neves e Vicecontini (2004, p. 182), “o Resultado Operacional Bruto é o lucro ou

prejuízo bruto do período correspondente, é o resultado das vendas e serviços e dos fatos

que modificam e alteram compras e vendas”.

1.1.7 Despesas Operacionais

Conforme Schmidt (2003):

Consideram-se como despesas operacionais aquelas pagas ou incorridas para vender produtos e administrar a empresa, sendo que, dentro do conceito da Lei nº 6.404/76, abrange também as despesas liquidas para financiar suas operações.

Neves e Vicecontini (2004, p. 357), cita que “As despesas operacionais são os

gastos (não computados no custo) necessários à atividade da empresa e à manutenção da

respectiva fonte produtora.”

As despesas e receitas operacionais dividem-se em :

1 .despesas com vendas

2 despesas administrativas

3 despesas financeiras

1.1.7.1 Comerciais ou com vendas

São as despesas ocorridas na comercialização e distribuição do produto ou serviço.

Segundo Schmidt (2003):

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As despesas com vendas representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, constando dessa categoria despesas como a de pessoal da área de vendas, marketing, distribuição, pessoal do administrativo interno de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, perdas com devedores duvidosos, telefones da área de vendas, aluguel da área de vendas, telefones da área de vendas etc. independente de seu pagamento.

Como o autor Ricardo J. Ferreira (2004):

As despesas com vendas são as relacionadas ao setor comercial, ou seja, ao departamento de vendas. É o caso dos salários e comissões dos vendedores e respectivos encargos e contribuintes, dos gastos com a manutenção de veículos destinados ao transporte de mercadorias etc.

1.1.7.2 Financeiras deduzidas das receitas financeiras

Conforme cita Schmidt (2003):

As Despesas financeiras, apesar de não serem diretamente ligadas ao objeto da companhia, são acessórias, à medida que a empresa necessite de recursos financeiros para a consecução de sua atividade.Nesse titulo serão incluídos os juros pagos, os descontos financeiro concedidos, a variação monetária passiva, as tarifas bancárias diversas e etc.

A partir disso, podemos concluir que representam os gastos com a remuneração de

capitais de terceiros e outros ligados a operações financeiras da empresa.

Segundo (J. Ferreira; Ricardo, 2004, folha 524),

As despesas financeiras devem ser apresentadas pelo valor líquido após a dedução das receitas financeiras. São despesas financeiras os juros incorridos na remuneração de empréstimos e financiamentos obtidos, os juros incorridos nos descontos de títulos de crédito, os juros de mora incidentes no atraso do pagamento de dívidas, os descontos concedidos quando do recebimento de duplicatas etc.

Caso as receitas superem o montante das despesas financeiras, o valor líquido

resultante do confronto deverá ser compensado com as despesas operacionais.

1.1.7.3 Gerais e administrativas

São os gastos com o dia a dia da empresa necessários ao bom funcionamento da

mesma. Constam nessa categoria itens como despesas legais e judiciais, material de

escritório, telefones e energia elétrica da administração e etc.

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De acordo com Schmidt (2003) “As Despesas administrativas representam os

gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa, e constituem-se em várias

atividades gerais que beneficiam todas as fases do negocio ou objeto social”.

Segundo J. Ferreira; Ricardo (2004, p. 524) cita.

As despesas gerais são aquelas relacionadas a mais de um departamento. O critério mais adequado, entretanto, quando o gasto se relaciona a mais de um departamento, é o de ratear as despesas entre os departamentos envolvidos. As despesas administrativas são aquelas relacionadas ao departamento administrativo. É o caso da remuneração dos administradores, dos salários dos funcionários do setor administrativo, dos gastos com a manutenção de veículos utilizados pela administração etc.

1.1.7.4 Outras despesas operacionais

São despesas operacionais, mas que não se enquadram como comercias, financeiras ou

administrativas. É o caso do resultado negativo da equivalência patrimonial, por exemplo.

Segundo J. Ferreira; Ricardo As outras despesas operacionais são aquelas que não

se enquadram como despesas com vendas, financeiras, gerais ou administrativas. É o caso

do resultado negativo na equivalência patrimonial e das variações monetárias passivas.

1.1.7.5 Outras receitas operacionais

São receitas operacionais, mas que não se caracterizam por comercias, financeiras

ou administrativas. São exemplos: resultado positivo da equivalência patrimonial e as

receitas de aluguéis recebidos.

Segundo J. Ferreira; Ricardo (2004):

O autor cita a Lei das Sociedades por Ações relatando que a lei é omissa quanto à classificação, na demonstração do resultado do exercício, das receitas operacionais que não se enquadrem como receita bruta das vendas e serviços ou como receita financeira. Ele também cita o critério mais usual que tem sido apresentá-las imediatamente após as despesas operacionais, de forma que seu valor seja computado na apuração do lucro ou prejuízo operacional líquido. E por fim o autor cita exemplos de outras receitas operacionais, o resultado positivo na equivalência patrimonial, a receita de dividendos provenientes de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, a receita de aluguel e as variações monetárias ativas.

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1.1.8 Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido

Segundo Schmidt (2003): “É a diferença entre o Lucro bruto e as despesas e receita

operacionais”.

1.1.09 Outras receitas e/ou Outras Despesas

Estas são classificadas como despesas ocorridas no exercício social que não se

enquadram em comercias financeiras ou administrativas e desvinculadas do objeto

principal da empresa.

Representam receitas do exercício social, porém não estão vinculadas a atividade

fim da empresa e não se caracterizam por receitas bruta de venda ou serviço.

1.1.10 Lucro Líquido antes da Contribuição Social sobre Líquido

Schmidt (2003) “É a diferença entre o lucro operacional e as receitas e despesas não

operacionais e o resultado da correção monetária do balanço”.

1.1.11 Despesas com Provisão de Contribuição Social sobre Lucro Líquido

Parcela devida pelas pessoas jurídicas domiciliadas no país e pelas que lhe são

equiparadas pela legislação do IR.

É apurada de maneira análoga ao IR, ou seja, pode ser calculado com base no lucro

real, presumido ou arbitrado.

Conforme Schmidt (2003):

[...] por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras, a companhia deverá constituir a provisão para o imposto de renda, com base no lucro real, presumido, de acordo com as instruções baixadas pela secretaria da receita federal. A contribuição social sobre o lucro das empresas é uma fonte de

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recursos prevista no art.195 da Constituição Federal, para atender ao programa de seguridade social.

1.1.12 Lucro Líquido antes do Imposto de Renda

Segundo Schmidt (2003). “É a diferença entre o resultado antes da contribuição

social e imposto de renda e a despesa com contribuição social e a provisão para imposto de

renda”.

Neves e Vicecontini (2004, p.254),”O lucro líquido do exercício antes dado

Imposto de Renda, é o lucro operacional subtraído os valores das despesas e as receitas

operacionais e as despesas com contribuição social.”

1.1.13 Despesa com Provisão para Imposto de Renda

Representam uma obrigação, que embora tenha seu fato gerador contábil ocorrido,

não podem ser medidas com exatidão, portanto, caráter estimativo. cada empresa é

obrigada a deduzir uma dada percentagem de seu lucro anual para o governo. Esta

percentagem pode variar de acordo com o lucro anual, ou pode ser fixa em uma dada

percentagem.

1,1,14 Participações

Conforme Schmidt (2003):

São parcelas do lucro distribuídas a determinados favorecidos, nos termos estabelecidos pelo estatuto de cada companhia. São registradas nesse item as participações sobre os lucros atribuídas debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias (art187,VI) da lei 6.404/76”.

O artigo 187, inciso VI, com redação dada pela lei 11.637/2008, determina que as

participações estatutárias de debenturistas empregados administradores, mesmo na forma

instrumentos financeiros, partes beneficiárias e instituições ou fundos de assistência ou

previdência privada de empregados, que não se caracterizem como despesa, deverão ser

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calculadas, sucessivamente, e nesta ordem, com base nos lucros remanescente, após

deduzidas a participações.

Segundo J. Ferreira; Ricardo (2004):

O autor cita o art. 190 da Lei n° 6.404/76 que estabelece que as participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas,sucessivamente e nessa ordem com base nos lucros que remanescem depois de deduzidas a participação anteriormente calculada. Isso significa que: no cálculo da participação dos administradores, deve ser deduzida a participação dos empregados; no cálculo da participação dos titulares de partes beneficiárias, devem ser deduzidas as participações de empregados e administradores.Assim, tendo em vista a interpretação histórica, entende-se que a participação dos debenturistas dever ser deduzida da base de cálculo das participações de empregados, administradores e dos titulares.

1.1.15 Lucro ou Prejuízo Líquido do exercício

É o resultado líquido final apurado no confronto entre as receitas e os custos, as

despesas (operacionais e não-operacionais), além das provisões e outros encargos que

forem transferidos para a apuração do resultado do exercício, sendo que o saldo líquido

apurado poderá resultar em valor positivo ou negativo, denominando-se, assim, lucro

contábil ou prejuízo contábil, respectivamente. Atualmente se a empresa tiver prejuízo

contábil o valor do mesmo deve ser acumulado para o próximo ano, mas em caso de lucro

no período o mesmo não pode mais ser transferido para o próximo ano, tem que ser

totalmente destinado ou para distribuição de dividendos ou nas contas de reservas do

patrimônio.

De acordo com Schmidt (2003) “É a diferença apurada entre o resultado antes das

participações e as participações”.

1.2 Balanço Patrimonial

O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira da uma empresa em um

determinado momento. A demonstração fornece relevantes informações de tendência que

podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, servindo como elemento de partida

indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa.

O balanço divide-se em três partes: ativo, passivo e patrimônio líquido.

Conforme Marion, José Carlos (2002, p.58)

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No ativo relacionam-se todas as aplicações de recurso efetuadas pela empresa. O passivo identifica as exigibilidades e obrigações da empresa, cujos valores encontram-se investidos nos ativos. O patrimônio líquido é representado pela diferença entre o total do ativo e do passivo em determinado momento.

Para efeito de caracterização de curto prazo e longo prazo, a legislação baseou-se

no exercício social da empresa. Assim, todos os direitos e obrigações que vencem no

exercício seguinte ao encerramento do balanço serão classificados como curto prazo. Caso

contrário, serão considerados como longo prazo.

1.2.1 Ativo

No balanço, o ativo pode ser classificado em três grandes grupos de contas, que são

apresentados em ordem crescente de grau de liquidez: ativo circulante, ativo realizável a

longo prazo e ativo permanente.

1.2.1.1 Ativo circulante

Todas as contas de liquidez imediata, ou que em curto prazo podem ser convertidas

em dinheiro, serão classificadas neste grupo, o ativo circulante, compõem-se dos seguinte

subgrupos:

• Disponível – é constituído pelas disponibilidades imediatas da empresa, como

dinheiro em caixa e cheques recebidos.

• Aplicações Financeiras – referem-se a aplicações em títulos e valores mobiliários

resgatáveis a curto prazo, como títulos públicos e letras de câmbio.

• Valores a receber a curto prazo – todos os valores recebíveis a curto prazo de

propriedade da empresa, como vendas a curto prazo a cliente.

• Estoques – representa o montante apurado nos diversos inventários da empresa,

como itens de propriedade da empresa e compras em trânsito.

• Despesas antecipadas – todos os recursos aplicados em itens que proporcionarão

serviços e benefícios durante o exercício social seguinte, como prêmis de seguros.

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O ativo circulante é de extrema importância para a empresa pois é equivalente de

capital em giro, ou seja quanto a empresa tem no curto prazo para liquidez imediata. Além

de ser importante para manter o capital de giro da empresa, que é a diferença entre ativo

circulante e passivo circulante.

1.2.1.2 Ativo não circulante

O ativo não circulante é composto por: ativo realizável a longo prazo,

investimentos, imobilizado e intangível.

O Ativo Não Circulante é composto por:

• Ativo realizável a longo prazo – devem ser relacionados todos os direitos da

empresa, como derivados de vendas a prazo e adiantamento a coligadas.

• Investimentos – ativos com finalidades especulativas e não destinados aos fins

operacionais específicos, como participação acionária em empresas e obras de arte.

• Imobilizado – investimentos da empresa em bens físicos que se destinam a

manutenção da atividade operacional, como terrenos, prédios e móveis.

• Intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) – são bens que não tem existência

física legalmente conferidos à empresa, como direitos autorais, patentes e marcas.

• Diferido – Evidencia os recurso aplicados na realização de despesas que

contribuem para a formação do resultado de mais de uma exercício social futuro, e

sua transferência para resultado ocorre de acordo com sua influencia no resultado

de cada exercício.

1.2.2 Passivo

O Passivo é dividido em passivo exigível a curto prazo (Passivo

Circulante) e passivo exigível a longo prazo (Passivo Não Circulante). As contas do

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Passivo no balanço patrimonial devem estar em ordem decrescente de exigibilidade

(obrigações de pagar a dívida.)

1.2.2.1 Passivo Circulante

No passivo circulante estão demonstradas todas as obrigações a curto prazo da

empresa, isto é, aquelas cujos vencimentos ocorrerão até o final do exercício social

seguinte ou do ciclo operacional da empresa.

Conforme Marion, José Carlos(2002, p. 68):

Ciclo operacional equivale ao tempo despendido por uma empresa desde a aquisição de matérias-primas(indústrias) ou mercadorias (comércio) até o recebimento da venda.

No passivo circulante são normalmente classificadas as obrigações operacionais da

empresa (fornecedores, ordenados e salários etc.), as sociais (INSS, FGTS, PIS etc.), as

legais (IR, IPI, ICMS etc.) entre outras.

O passivo circulante baixo é importante para manter o nível de capital de giro da

empresa, pois é necessário para saúde da empresa que seu capital a curto prazo seja

superior a suas obrigações a curto prazo.

1.2.2.2 Passivo não circulante

Todas as obrigações da empresa cujo vencimento ocorrerá após término do

exercício seguinte ao encerramento do balanço, ou que apresentem prazo de liquidação

superior ao ciclo operacional da empresa se classificam no longo prazo.

São incluídos empréstimos e financiamentos de instituições financeiras, debêntures

a pagar, fornecedor de equipamento de grande porte.

1.3 Patrimônio Líquido

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O patrimônio líquido é formado pelos seguintes itens: capital social, reservas de

capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros e prejuízos acumulados.

Como o autor Marion, José Carlos (2002, p. 70)

Patrimônio Líquido representa a identidade contábil medida pela diferença entre o total do ativo e os grupos do passivo exigível e resultados de exercícios futuros. Indica o volume dos recursos próprios da empresa, pertencente a seus acionistas ou sócios.

1.3.1 Capital Social

O capital social é composto pelos valores inseridos pelos sócios e acionistas

(integralização), ou aqueles gerados pela própria empresa (lucros), e que não foram

distribuídos, por deliberação de seus proprietários, sob a forma de dividendos.

Conforme o autor Marion, José Carlos (2002, p.70)

O capital deve ser registrado por seu valor efetivamente integralizado, sendo diminuído de toda parcela ainda não realizada. A integralização pelos acionistas pode ser feita em dinheiro ou em bens.

No caso de uma sociedade anônima, o capital social é dividido em ações. Quando

as ações forem emitidas com valor nominal, somente esse valor é que compõe o capital

social, ficando o ágio registrado em reserva de capital.

1.3.2 Reservas de capital

As reservas não demonstram nenhuma exigibilidade por parte da sociedade e

representam, basicamente, os valores aportados pelos proprietários (ágio), por terceiros

(doações e subvenções), aumentos de valor de certos ativos (reavaliação) e lucros auferidos

e não distribuídos (lucros retidos).

1.3.3 Ajuste de avaliação patrimonial

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O valor da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo é o resultado do ajuste da

avaliação patrimonial. O valor justo pode ser definido como a quantia pela qual um ativo

pode ser trocado, ou um passivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes

entre si.

1.3.4 Reservas de lucros

Essas reservas demonstram os lucros retidos da empresa com finalidades

especificas. O valor das reservas de lucros, com exceção das reservas para contingências e

de lucros a realizar, não poderá ser superior ao do capital social. Entre as principais,

destacam-se reserva legal, reservas estatutárias, reservas para contingências, reservas para

planos de investimentos, reservas de lucros a realizar.

1.3.5 Lucros ou Prejuízos acumulados

Lucros acumulado são os resultados remanescentes de determinado exercício que se

acumulam com os resultados de outros exercícios sócias, também não apropriados.

Conforme Marion, Jose Carlos(2002, p. 74):

O lucro acumulado representa o valor que resta do resultado líquido do exercício após terem sido decididas as diversas destinações para reservas de lucros ou distribuição de dividendos.

Os prejuízos acumulados, normalmente englobados com os lucros acumulados, mas

que serão considerados elementos de retificação do patrimônio líquido, reduzindo seu

valor.

1.3.6 Ações em tesouraria

Quando a empresa adquire ações da própria empresa e funciona como um elemento

dedutível do grupo.

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CAPÍTULO II

INDICADORES DE DESEMPENHO

Os dados extraídos das demonstrações contábeis, principalmente do balanço

patrimonial e da demonstração de resultado do exercício, fornecem informações

necessárias para a utilização dos princípios econômicos e financeiros fazendo assim um

acompanhamento minucioso da situação em que uma empresa se encontra em determinado

momento.

Os índices de desempenho são de suma importância, visto que, no mundo atual os

negócios estão cada vez mais competitivos, levando as empresas a se adaptarem

rapidamente e a dispor de instrumentos para tomada de decisão. Há inúmeros índices que

podem ser utilizados para auferir o desempenho de rentabilidade, liquidez, endividamento

entre outros.

Na percepção de Marion, José Carlos (2009):

Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas, facilitando assim sensivelmente o trabalho do analista uma vez que a análise de certas relações ou percentuais é mais significativas do que a observação apenas dos montantes.

De acordo com Matarazzo (2003) “entende-se por índice a relação entre contas ou

grupo de contas das demonstrações financeiras, sendo que constituem a técnica de análise

mais empresada, apresentando como característica principal fornecer uma visão ampla da

situação econômica ou financeira de uma empresa, servindo de medida para esses diversos

aspectos”.

Os indicadores são de grande utilidade não somente para o gestor da empresa, mas

também para a obtenção de financiamentos, pois os bancos, geralmente, através desses

mesmos indicadores analisam a capacidade da empresa de arcar com os encargos de uma

eventual dívida, também muito importante para fornecer informações solidas para

convencer os sócios existentes, ou potenciais, de que é um ótimo negócio investir mais

dinheiro na empresa.

2.1 Indicadores Econômicos e Financeiros

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A utilização dos índices financeiros possibilita a empresa um controle financeiro

adequado às suas necessidades, mensurar e avaliar esses resultados obtidos até então

comparando esses índices em exercícios anteriores.

Os principais indicadores econômicos e financeiros podem ser classificados em:

índices de liquidez, índices de atividade, Lucratividade sobre as vendas, índices de

endividamento, índices de rentabilidade, margem de contribuição e ponto de equilíbrio.

2.1.1 Índices de Liquidez

Os indicadores de liquidez avaliam a situação financeira de uma empresa

evidenciando sua capacidade de satisfazer seus diversos compromissos financeiros

assumidos junto a terceiros, ou seja, se a empresa é capaz ou não de cumprir as obrigações

assumidas conforme elas forem vencendo.

Para Gitman (2010) “a liquidez de uma empresa é medida em termos de sua

capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo conforme se tornam devidas, se refere

à solvência da posição financeira geral da empresa, ou seja, a facilidade com que pode

pagar suas contas em dia. Como antecedente comum de dificuldades financeiras é uma

liquidez baixa ou em declínio, portanto esses índices podem fornecer sinais antecipados de

problemas de fluxo de caixa e insolvência da empresa.”

Índice de liquidez corrente – A liquidez corrente demonstra o quanto existe de ativo

circulante para cada R$ 1 de dívida a curto prazo da empresa.

Liquidez corrente = Ativo circulante / Passivo circulante

Índice de liquidez geral – Conforme Assaf (2007, p.120) “esse indicador revela a

liquidez,tanto a curto como a longo prazo.De cada $ 1 que a empresa tem de dívida,o

quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo prazo. A

liquidez geral é utilizada também com uma medida de segurança financeira da empresa a

longo prazo,revelando sua capacidade de saldar todos seus compromissos”.

Liquidez geral = Ativo circulante + Realizável a longo prazo / Passivo circulante +

Exigível a longo prazo.

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Índice de liquidez seca – indica quando as condições da empresa em

disponibilidades e valores a receber para saldar as dívidas a curto prazo, sendo a mesma

ideia do índice de liquidez geral e corrente quanto maior o quociente melhor.

Liquidez = Ativo circulante – Estoques / Passivo circulante

Índice de liquidez Imediata - Segundo Assaf (2002. p.172), revela a porcentagem

das dívidas a curto prazo (circulante) em condições de serem liquidas imediatamente. Esse

quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos

monetários em caixa,ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.

Liquidez Imediata = Disponibilidades (caixa + banco) / Passivo circulante

2.1.2 Índice de Atividade

Representam as alterações ocorridas pelos valores empregados na empresa, em

quanto tempo a empresa consegue recuperar os investimentos gastos em sua atividade, ou

seja, para pagar fornecedores e receber de seus clientes, ajuda a entender a velocidade de

transformação das vendas em caixa e seus ciclos operacionais bem como a gestão de

estoques da empresa.

Giro de Estoque – Mede o tempo médio de armazenagem do estoque da empresa,

ou seja, o número de dias que os produtos ficam armazenado antes de serem vendidos, para

análise quanto maior a rapidez de renovação dos estoques melhor.

Giro de estoque = Custo das mercadorias vendidas / Estoques

Giro do ativo total - Conforme definição de Ribeiro (2002, p. 146), “esse quociente

evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais

efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada real de investimento

total.”

De forma a verificar se o volume das vendas realizados no exercício foi de acordo

com capital investido na empresa, quanto maior o índice melhor.

Giro do ativo total = Vendas Líquidas / Ativo total

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Prazo Médio de Pagamento – Demonstra o prazo médio que a empresa consegue

pagar suas compras, ou seja, seus fornecedores de mercadorias e serviços, nesse caso a

empresa deve controlar também o recebimento das compras.

Prazo médio de pagamentos = 360 dias x Fornecedores / Compras (CMV)

Capital de Giro Líquido – Se refere aos recursos aplicados em ativos circulantes e

por isso é chamado também de capital circulante líquido, e se transformam constantemente

dentro do ciclo operacional da empresa, fica rotativo dentro da organização até se

transformar novamente em dinheiro, analisando esse índice temos que quando a soma do

ativo for maior que a soma do passivo , o capital de giro é positivo.

Capital de giro líquido = Ativo circulante – passivo circulante.

2.1.3 Lucratividade sobre vendas

Demonstra o ganho da empresa comparando o lucro líquido com o seu resultado

total, ou seja, com o trabalho que a empresa desenvolve qual o ganho que a empresa

consegue gerar. A lucratividade indica a eficiência operacional da empresa em forma de

percentual, por exemplo, se a lucratividade é de 5%, isto demonstra que de cada R$ 100,00

vendidos, a empresa tem de ganho líquido R$ 5,00.

Lucratividade sobre as vendas = Resultado líquido / Receita total

2.1.4 Índices de endividamento

Indicam a relação das origens de recurso da empresa, demonstrando quanto a

empresa possui de capital de terceiros e de capital próprio, revelando seu grau de

dependência.

Conforme definição de Ribeiro (2002, p. 146), Esse quociente evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada real de investimento total.

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Segundo Matarazzo (1998, p.160) “Sempre que se aborda o índice de Participação

de Capitais de Terceiros, está-se fazendo uma análise exclusivamente do ponto de vista

financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não relação ao lucro ou prejuízo”.

Índice de endividamento geral – Demonstra a porcentagem do ativo total financiado

por recursos de terceiros, onde quanto maior for esse índice maior é o grau de

endividamento da empresa.

Endividamento geral = Passivo total / Ativo total

Composição do endividamento – Esse índice apresenta em porcentagem as dívidas

vencíveis em curto prazo, a situação favorável para a empresa seria de maior participação

de dívidas a Longo Prazo, dando tempo maior para gerar recursos que saldarão os

compromissos.

Como o autor Marion (2007, p.106) “Se a composição do endividamento apresentar

significativa concentração no Passivo Circulante (curto Prazo), a empresa poderá ter reais

dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as dividas

estivessem concentradas no Longo Prazo).”

Quociente de participações das dívidas de curto prazo = Passivo circulante / Exigível total

Índice de cobertura de juros – O índice de cobertura de juros mensura a capacidade

de a empresa honrar suas despesas financeiras, aconselha um valor de no mínimo 3,0 sendo

que um valor abaixo disso pode ser considerado preocupante, sendo melhor o mais

próximo de 5,0 possível.

Cobertura de juros = Lucro antes de Juros e Imposto de renda / Despesas de juros

2.1.5 Índices de rentabilidade

Permite mensurar os lucros em relação ao volume de investimentos realizados,

sendo o lucro o objetivo de toda empresa os índices de rentabilidade são de suma

importância para os administradores identificarem se a empresa está rendendo o esperado

pelos investidores.

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Conforme cita Marion (2007, p. 141)

A rentabilidade é medida em função dos investimentos. As fontes de financiamento do Ativo são Capital Próprio e Capital de Terceiros. A administração adequada do Ativo proporciona maior retorno para a empresa.

Para Ribeiro (2002, p. 146) Os Quocientes de Rentabilidade servem para medir a capacidade Econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida através do confronto entre contas ou grupo de contas da Demonstração do Resultado do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço Patrimonial

Margem de Lucro Bruto – Indica quanto esta rendendo o capital investido na

empresa, demonstra a porcentagem de lucro nas suas operações com vendas de

mercadorias, quanto se obtém de lucro bruto para cada R$ 1,00 de receita liquida.

Margem de Lucro bruto = Lucro bruto / Receita líquida

Margem de Lucro líquido – Confronta o lucro líquido em relação as vendas líquidas

do exercício, revelando a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu

faturamento. A margem de lucro líquido demonstra à porcentagem de vendas líquidas para

cada R$ 1,00 de vendas que sobra após a dedução dos custos operacionais, despesas e

tributos, onde quanto maior for este quociente maiores serão os lucros obtidos pela

organização.

Margem de Lucro líquido = Lucro líquido / Vendas líquidas

Retorno sobre o investimento (ROI) – Apresenta o retorno que o ativo total

empregado oferece. Utilizado geralmente para determinar o retorno que uma empresa

consegue sobre os investimentos totais realizados.

O Retorno sobre Investimento é citado por muitos analistas como a melhor medida

de eficiência operacional. Relaciona o lucro operacional com o valor do investimento

demonstrando quanto à empresa consegue de lucro para cada R$ 1,00 de investimento.

Segundo Assaf (2007, p. 173) “Para avaliação do desempenho pelos valores do

investimento líquido, devem-se, inicialmente, deduzir do ativo total os passivos tidos como

não onerosos”.

Retorno sobre investimento = Lucro líquido / Ativo total

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Retorno sobre o patrimônio líquido – Apresenta o retorno do lucro liquido em

relação ao patrimônio líquido, também identificado como a taxa de retorno sobre

investimento dos acionistas.

De acordo com Iudícibus (2007, p.108)

A importância do Quociente de Retorno sobre o Patrimônio Líquido reside em expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de Recursos próprios e de terceiros, em benefício dos acionistas. A principal tarefa da administração financeira ainda é maximizar o valor de mercado para o possuidor das ações e estabelecer um fluxo de dividendos compensador. No longo prazo, a valor de mercado da ação é influenciado substancialmente pelo quociente de retorno sobre o patrimônio líquido.

Retorno sobre o Patrimônio líquido = Lucro líquido / Patrimônio líquido

2.1.6 Margem de contribuição

O conhecimento da Margem de Contribuição permite identificar qual a participação

de cada produto no faturamento da empresa.

Demonstra a diferença entre o lucro bruto menos as despesas variáveis. O quociente

da margem de contribuição deve ser superior às despesas fixas e financeiras para gerar o

lucro.

Como exemplo um produto é vendido por R$ 50,00 a unidade, sendo que seu custo

de aquisição foi de R$ 22,00 e as despesas variáveis são 10% do preço de venda, ou seja,

R$ 5,00, a margem de contribuição será de R$ 23,00.

Margem de contribuição = preço de venda – despesas variáveis

2.1.7 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio é quando a atividade da empresa é suficiente para cobrir suas

despesas.

Ponto de equilíbrio é o valor de vendas ou serviços prestados mínimo necessário

para cobrir todos os custos e despesas, ou seja, o ponto de equilíbrio ocorre quando as

vendas igualam-se com os custos e despesas totais, não gerando lucro e nem prejuízo.

Vendas = Custos + Despesas Totais

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CAPÍTULO III

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

É uma poderosa ferramenta à disposição dos gestores das organizações, pois busca

reduzir custos com carga tributária, que é uma grande parcela do faturamento das

empresas.

O planejamento tributário visa projetar as atividades econômicas da empresa,

através do conhecimento da legislação vigente apresentar as possíveis alternativas válidas,

buscando mediante a uma análise detalhada, avaliá-las, adotando aquela que melhor se

adequa, a fim de reduzir o montante dos tributos.

Segundo OLIVEIRA, (2003, p.201) “Planejamento Tributário é a atividade

empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e

fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma

das opções legais disponíveis. O objeto do planejamento tributário é, em última análise, a

economia tributária. Cotejando as várias opções legais, o administrador obviamente

procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que possível, o procedimento

mais oneroso do ponto de vista fiscal”.

O Planejamento Tributário tem previsão na Lei 6.404/76 (Lei das S/A). De modo

que a legitimação dessa ferramenta se faz salutar a saúde econômica empresarial, pois

representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços, bem como os

recursos economizados poderão possibilitar novos investimentos.

Nesse contexto, por meio de estudos da realidade de cada empresa, através da

análise de suas demonstrações e de seus indicadores de desempenho, conhecendo suas

necessidades e vantagens, aliado a um profundo conhecimento da legislação, é possível,

em muitos casos, diminuir o valor devido de tributos, sem infringir a legislação tributária.

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CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO

4.1 Apresentação da empresa

Análise das demonstrações financeiras da Azevedo & Travassos S.A. CNPJ

61.351.532/0001-68, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012

e a demonstração de resultado do exercício para o exercício findo naquela data, assim

como o resumo dos principais indicadores de desempenho e o resultado dos índices

encontrados.

A empresa Azevedo & Travassos S.A. tem como atividades principais o

planejamento e a execução de projetos e obras de engenharia civil, compra, venda e

incorporação de imóveis, bem como participação em outras sociedades. Sendo a empresa

controladora onde controla a empresa Azevedo & Travassos Engenharia Ltda.

As demonstrações contábeis da controladora preparadas de acordo com as práticas

contábeis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem

aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e

as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados

pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

As atividades da empresa são de prestação de serviços de apoio à controlada já que

desde 1999, todos os contratos de obras e serviços, com exceção de obras públicas,

passaram a ser executados pela controlada Azevedo & Travassos Engenharia Ltda., sendo

de responsabilidade da Azevedo & Travassos S.A. através da prestação de serviços para a

Azevedo & Travassos Engenharia Ltda. e de contratos firmados com a Prefeitura da

Cidade de São Paulo, referentes a serviços de canalização e pavimentação.

4.2 Resultados obtidos

Análise em 2012:

Quadro 1- Situação econômica e financeira 2012

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Indicadores de Desempenho > Índice de liquidez corrente Liquidez corrente = ativo circulante 8609 = 2,924253 passivo circulante 2944 > Índice de liquidez seca Liquidez seca = Ativo circulante - estoques 8609-0 = 2,924253 Passivo circulante 2944 > Índice de liquidez imediata Liquidez imediata = disponibilidades 1007 = 0,342052 Passivo circulante 2944

Giro de estoque = CMV Não manteve

estoque = 0 Estoque >Prazo médio de pagamento Prazo médio de pagamento = 360 dias x fornecedor 360*652 = 29,48373

Compras (cmv) 7961

>Giro do ativo total Giro do ativo total = Vendas líquidas 15901 = 0,178274 Ativo total 89194 >Capital de giro líquido CGL = ativo circulante - passivo circulante 8609-2944 = 5665 >Índice de endividamento geral Endividamento geral = passivo total 57041 = 0,639516 Ativo total 89194 >Índice cobertura de juros Cobertura de juros = Lucro antes de juros e IR 3412 = 2,577039 Despesas de juros 1324 >Margem de lucro bruto Margem de lucro bruto = lucro bruto 7940 = 0,49934 Receita liquida 15901 >Margem de lucro líquido Margem de lucro líquido = lucro líquido 8793 = 0,552984

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Vendas liquidas 15901 >Retorno sobre o investimento – ROI ROI = lucro líquido 8793 = 0,098583 Ativo total 89194 >Retorno sobre patrimônio líquido = ROE ROE = lucro líquido Patrimônio liquido 8793 = 0,273474 32153 >Lucratividade sobre vendas Lucratividade = resultado líquido 8793 = 0,514421 receita total 17093 >Margem de contribuição de total Margem = preço de venda – gastos variáveis 17093-7961-5985 = 3147 >Ponto de equilíbrio Vendas = custos e despesas totais 17093=7961+8957 16918 Custos e despesa/ margem de contribuição 16918/3147 5,37 Fonte: A autora, 2014

Percebe-se com a presente análise, que o índice de liquidez corrente apresenta-se

satisfatório, demonstrando valores acima de R$ 1,00 indicando que a empresa possui

capital de giro líquido positiva, ou seja, capacidade de gerar dinheiro em curto prazo. Em

relação ao índice de liquidez seca o valor é superior a R$ 2,00 encontrado no ativo

circulante para cada real do passivo circulante demonstrando dinheiro em caixa. Já o índice

de liquidez imediata esta positivo demonstrando o poder da empresa de pagamento a vista.

A empresa é prestadora de serviços não mantendo estoque para realização de sua

atividade, portanto não mantém política de giro de estoque.

O prazo médio de pagamento é de 29 dias para pagamento de seus fornecedores,

apresentando uma condição de crédito favorável da empresa junto a seus fornecedores. A

empresa apresenta um giro do ativo muito baixo em 2012 R$ 0,17 para cada R$ 1,00 de

investimento total realizado, ficando como alerta a situação do giro do ativo precisando de

melhorias na capacidade da empresa de utilizar seu ativo para gerar lucro.

O capital de giro líquido apresentou um montante de R$ 5.665,00, demonstrando a

capacidade do capital circulante líquido. O índice de lucratividade sobre venda/serviço

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apresenta um bom poder de ganho da empresa comparando o seu lucro líquido com relação

ao seu resultado total.

A análise dos índices de endividamento permite verificar a porcentagem do ativo

total financiado por recursos provenientes de terceiros, assim sendo quanto mais elevado

for, maior é o grau de endividamento, a empresa possui 63% de capital de terceiros no ano

avaliado. Já o índice de cobertura de juros apresentados pela empresa está abaixo do

recomendado de pelo menos 3,0 e quanto mais próximo de 5,0 a empresa apresentou em

2012 índice de 2,57 podendo ser considerável preocupante, pois a empresa pode não

possuir capacidade para atender aos custos com juros decorrentes de suas operações.

Analisando a rentabilidade a empresa apresentou de margem de lucro bruto no ano

de 2012 para R$ 0,49 para cada R$ 1,00 de receita líquida com margem positiva demonstra

que a empresa esta gerando lucro. Ao identificar a margem de lucro líquido foi possível

verificar que a desempenho foi boa em 2012 obteve R$ 0,55 para cada R$ 1,00 de

serviços/vendas líquidas executadas no período.

O retorno sobre investimento é apresentando R$ 0,09 para cada R$ 1,00 investidos,

representa o poder de ganho da organização, indicando o quanto à empresa tem de ganho

líquido para os valores investido na mesma. Em relação ao retorno sobre o patrimônio

líquido verifica-se o poder de ganho dos proprietários, assim sendo a empresa apresentou

em 2012 R$ 0,27 para cada R$ 1,00 investido pelos seus proprietários.

A margem de contribuição total ficou em para R$ 3.145,00 demonstrando uma

participação importante dos serviços prestados pela empresa no faturamento total.

Por último a análise do ponto de equilíbrio ficando em 5,76 o montante de serviços

mínimos necessários para cobrir todos os custos e despesas para a empresa não ter

prejuízo. Observando que quanto maior a margem de contribuição menor será o ponto de

equilíbrio, ou seja, quanto maior for a participação de cada serviço prestado no

faturamento total, menor será o montante de serviços necessários para atingir o ponto de

equilíbrio da empresa.

4.2.1 Considerações sobre os indicadores para o planejamento tributário

A empresa Azevedo & Travassos S.A. apresenta um bom resultado em seus indicadores de

desempenho, com os índices encontrados o planejamento tributário pode buscar alguma

alternativas para reduzir o impacto tributário na empresa, a mesma apresenta um bom nível

de liquidez o que proporciona o pagamento de alguns tributos a vista e buscando alguns

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benefícios fiscais, tendo um ponto de alerta é que a maior parte do capital da empresa esta

nos recursos de terceiros o que pode causar risco de endividamento.

Como possíveis alternativas para elisão fiscal através de um bom planejamento tributário

para a empresa:

- Índice de Liquidez Correte: por apresentar um índice considerável R$ 2,92, a empresa

pode optar por determinar até certo valor para pagamento dos impostos a vista, evitando

assim os encargos inseridos em um parcelamento, por exemplo até 10.000,00 os impostos

serão pagos a vista a partir disso deverá ser avaliada a possibilidade de um parcelamento.

- Índice de Liquidez Seca – Por apresentar uma liquidez seca, a empresa deverá ficar

sempre atenta para os benefícios fiscais do Governo como o Refis, nesse muitas vezes se

obtém desconto ou isenção total de multa e juros, em caso de pagamento a vista.

- Índice de Liquidez Imediata – Com a liquidez imediata, a empresa pode optar por pagar

alguns impostos como IRPJ/CSLL no lucro presumido que é trimestral por uma parcela ou

valor mensal, e ao final do trimestre conferir a apuração, dessa forma a empresa minimiza

o impacto direto nas disponibilidades podendo fazer tal pagamento antecipado por mês.

- Índice de endividamento – Com um índice de 63% a empresa demonstra que tem a maior

parte de seu capital financiado por recursos de terceiros, esse índice é preocupante, pois

demonstra que a empresa não consegue cumprir suas obrigações com capitais próprios,

indicando não fazer longos parcelamentos tributários pois o capital de terceiro pode sofrer

reduções para o futuro, trazendo problemas para cumprir essas obrigações.

- Índice de atividade - A empresa possui um prazo médio de pagamento dos fornecedores e

um bom giro do ativo total, o que possibilita a empresa a manter sempre um prazo entre o

recebimento de seus clientes e o pagamento para seus fornecedores, tendo também um bom

impacto nos impostos retidos de terceiros através da Nota Fiscal.

- Lucratividade sobre vendas – A empresa deve observar dentre as suas atividades qual a

que gera maior lucratividade, a empresa pode apresentar um lucro maior caso invista em

uma atividade com a carga tributária menor, por exemplo, se a empresa realizar alugueis de

galpões próprios a atividade será uma receita não operacional com tributação máxima de

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IRPJ, caso a empresa insira a atividade de aluguel em seu CNPJ, a empresa terá sobre esse

aluguel tributação de receita normal de serviços, reduzindo o impacto tributário nessa

atividade.

- Margem de Lucro – A margem de lucro dos sócios pode ser alterada de acordo com o

regime de tributação escolhido pela empresa, se a empresa reduz os impostos sobre a

receita, a margem de lucro do investidor cresce.

- Margem de contribuição – A empresa ao decidir sobre um investimento deve considerar

também a carga tributária sobre aquela atividade, por exemplo, se a empresa tem duas

atividades onde uma incide 5% de ISS e na outra 2% de ISS, e a lucratividade das duas é

próxima, deve claramente ser investido na atividade com a menor carga tributária.

- Ponto de Equilíbrio – Um bom planejamento tributário pode alterar o ponto de equilibro

de uma empresa, buscando a redução da carga tributária, o número de vendas ou de

serviços prestados para cobrir os custos e despesas pode também reduzir, ou seja tendo

menos impostos sobre a receita, a receita líquida será maior e será necessário um número

menor de vendas para alcançar o ponto de equilíbrio.

CONCLUSÃO

Um bom planejamento tributário busca a elisão fiscal e os indicadores econômicos

e financeiros são fontes importantes para o planejador. Através das principais

demonstrações do Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício

extraem-se índice de desempenho para observar a posição financeira da empresa.

Por sua vez, o resultado encontrado é de uma avaliação constituída de análises

especificas, demonstrando a situação financeira, econômica e tributária da empresa, tendo

com referência os exercícios demonstrados para se encontrar, com base em dados

matemáticos, a utilização dos quocientes, é o instrumento mais tradicional e também

importante para se ter uma análise como um todo não sendo a única, mas talvez a mais

importante forma de se analisar a empresa. Demonstrado através da utilização desses

índices alternativas validas dentro da legislação tributária para prover a melhor estrutura

fiscal para uma empresa de médio porte.

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REFERÊNCIAS CONSULTADAS

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanço – enfoque econômico financeiro, comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Pronunciamentos. Disponível em: <www.cvm.gov.br/>. Acesso em: 13 dez. 2009. CONSELHO FEDERAL CONTABILIDADE. Leis. Disponível em: <www.cfc.org.br/> Acesso em: 13 dez. 2009. FERREIRA, Ricardo Jose. Contabilidade Básica. 3. ed. Rio de janeiro: Ferreira, 2004 MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade gerencial : um enfoque em sistema de informação contábil. 4.ed. São Paulo: Atlas. 2005 RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Pessoa jurídica. Disponível em: <www.receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 13 dez. 2009. SHMIDT, Paulo et al. Introdução a Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.

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REFERÊNCIAS CITADAS

NEVES, Silvério das; VICECONTINI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Básica e estrutura das demonstrações financeiras. 12. ed. rev.e ampl. São Paulo: Frase Editora, 2004 ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanço – enfoque econômico financeiro, comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. IUDÍCIBUS, Sergio. et al. Contabilidade comercial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. OLIVEIRA, José Jayme de Macêdo. Código Tributário Nacional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2003. FERREIRA, Ricardo Jose. Contabilidade Básica. 3. ed. Rio de janeiro: Ferreira, 2004 MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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ANEXO A – Balanço Patrimonial (Em milhares de reais) AZEVEDO & TRAVASSOS S.A Controladora Consolidado

Notas ATIVO Explicativas 2012 2011 2012 2011CIRCULANTE

Disponibilidades 4 1.007 111 3.921 384 Aplicações financeiras 4 2.627 2.834 12.714 8.109 Clientes 5 2.509 1.655 49.060 60.782 Estoques 6 - - 7.433 4.825 Estoque de imóveis 7 - 6.307 1.971 7.688 Ativo não circulante mantido para venda - - 1.819 - Contas a receber – venda ativo fixo - - 1.642 - Impostos a recuperar e outros créditos 8 888 687 4.998 2.777 Juros sobre capital próprio a receber 10 534 529 - - Depósitos judiciais 1.044 828 2.784 2.178

8.609 12.951 86.342 86.743

ATIVO NÃO CIRCULANTEREALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Imposto de renda e contribuição social diferidos 549 701 1.229 1.551 Clientes 5 - - - 329 Estoque de imóveis 7 6.322 - 6.322 - Contas a receber – venda ativo fixo - - 630 - Créditos fiscais – prejuízos fiscais 20(e) 6.890 2.400 6.890 2.400 Depósitos judiciais 637 592 637 592 Precatórios a receber 20 (c) 5.229 4.859 5.229 4.859

Total do Realizável a Longo Prazo 19.627 8.552 20.937 9.731

PERMANENTE

Investimentos. Em controlada 9 45.077 43.601 - - . Ágio - - 10 10 . Outros 2 2 2 2 Imobilizado 11 15.879 15.788 36.376 39.965 Intangível 12 - - 836 644

Total do Permanente60.958 59.391 37.224 40.621

Total do Ativo não Circulante80.585 67.943 58.161 50.352

TOTAL DO ATIVO89.194 80.894 144.503 137.095

Total do Circulante

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Controladora ConsolidadoNotas

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Explicativas 2012 2011 2012 2011

CIRCULANTE

Emprés timos e financiamentos 13 - - 10.173 11.107 Fornecedores 652 363 11.641 8.940 Salários , provisão para férias e encargos sociais 1.528 1.239 12.148 10.546 Obrigações tributárias – refis Lei 9964/2000 20 (b) 176 238 176 238 Obrigações tributárias – outros impostos 14 496 386 7.932 8.118 Outras contas a pagar 15 92 81 1.019 5.099

Total Circulante2.944 2.307 43.089 44.048

PASSIVO NÃO CIRCULANTEEXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Emprés timos e financiamentos 13 - - 9.162 4.161 Provisão para contingências 20 (d) 1.615 2.062 3.615 4.562 Obrigações tributárias – refis Lei 9964/2000 20 (b) 46.251 46.765 46.251 46.765 Obrigações tributárias – outros impostos 14 - - 3.730 7.105 Impos to sobre reserva reavaliação 6.298 - 6.298 - Impos to sobre reserva reavaliação- realizado (131) - (131) - Outras contas a pagar 15 64 102 309 772

Total do Pass ivo não Circulante54.097 48.929 69.234 63.365

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 53.896 53.896 53.896 53.896 Reserva de reavaliação 11.842 18.526 11.842 18.526 Prejuízos acumulados (33.585) (42.764) (33.585) (42.764)

Total do Patrimônio Líquido dos acionis tas controladores32.153 29.658 32.153 29.658

Participação dos acionis tas não controladores- - 27 24

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO32.153 29.658 32.180 29.682

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO89.194 80.894 144.503 137.095

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ANEXO B – Demonstração do resultado do Exercício

Controladora ConsolidadoNotas

Explicativas 2012 2011 2012 2011

RECEITA BRUTA DE SERVIÇOS 17.093 15.848 239.564 203.069

Impostos e abatimentos (1.192) (959) (21.322) (15.397)

RECEITA LÍQUIDA DE SERVIÇOS 15.901 14.889 218.242 187.672

Custo dos serviços prestados (7.961) (5.828) (194.175) (161.193)

LUCRO BRUTO 7.940 9.061 24.067 26.479

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Gerais e administrativas 19 (5.985) (5.443) (14.321) (13.319) Honorários dos administradores 10 (1.648) (1.507) (1.648) (1.507) Outras receitas (despesas) operacionais líquidas 1.629 (3.392) 3.349 (4.199) Equivalência patrimonial 9 1.476 4.122 - LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS 3.412 2.841 11.447 7.454

RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 3.213 4.778 911 5.473 Despesas financeiras (1.324) (1.226) (6.150) (5.280)

1.889 3.552 (5.239) 193

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 5.301 6.393 6.208 7.647

Imposto de renda e contribuição social 17 3.492 1.684 2.588 433

LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃODOS MINORITÁRIOS 8.793 8.077 8.796 8.080

Participação dos minoritários - - (3) (3)

LUCRO DO EXERCÍCIO 8.793 8.077 8.793 8.077

Lucro por ação - R$ 0,33 0,30

Fonte: AZEVEDO & TRAVASSOS S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e de 2011

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Demonstrações 9

CAPÍTULO II – Indicadores de Desempenho 24

CAPÍTULO III – Planejamento Tributário 31

CAPÍTULO IV – Estudo de caso 32

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS CONSULTADAS 38

REFERÊNCIAS CITADAS 39

ANEXOS 40

ÍNDICE 43