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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O uso das novas tecnologias por professores da
rede pública estadual no município de Petrópolis
- Rio de Janeiro
Por: Gisele Vieira dos Santos Vasconcellos
Orientador
Profª. Edla Trocoli
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O uso das novas tecnologias por professores da
rede pública estadual no município de Petrópolis
- Rio de Janeiro
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Tecnologia Educacional
Por: Gisele Vieira dos Santos Vasconcellos
3
Dedicatória
Dedico essa monografia aos meus colegas de turma, sempre tão animados, ao nosso presidente e aos integrantes do clube do bolinha, que permitiram a entrada de uma luluzinha... pela força e pelo espírito de coleguismo, que essa amizade perdure e dê muitos frutos
4
Agradecimento
Agradeço primeiramente a Deus pela saúde e pela possibilidade de cumprir mais uma etapa, aos meus pais pelo apoio e por que não pelo aporte financeiro, ao meu marido que agüentou com calma e paciência a minha ausência aos sábados e à minha vozinha linda, sem você eu não sou nada!!!!!
5
Resumo
Sabemos que as novas tecnologias da informação e comunicação
vieram para ficar, partindo desse princípio, a sua utilização nas escolas é mais
do que inevitável, principalmente nas questões administrativas, mas também
dentro das salas de aula. Os alunos utilizam diariamente essas tecnologias
para acessar redes sociais, para se comunicar com os seus colegas e também
para efetuar pesquisas. Com isso é necessário que os professores estejam
dispostos e disponíveis para utilizar essas tecnologias como ferramentas em
sala de aula. Esse trabalho tem, então, como objetivo discutir as utilizações das
tecnologias em sala de aula e as dificuldades dos professores em incorporá-las
em seu dia a dia.
6
Metodologia
O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica com
fundamentação teórica nos livros citados na bibliografia além de pesquisa
exploratória através de questionário específico. A análise da pesquisa
exploratória trará uma amostragem advinda das respostas dos professores que
tem como atividade o trabalho com as novas tecnologias durante o ano letivo.
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Sumário
Introdução
Capítulo 1 – A informática na escola
Capítulo 2 – A internet na prática docente
Capítulo 3 – O projeto Conexão Professor
Conclusão
Bibliografia Consultada
Índice
8
Introdução
Analisando a nossa espécie, os Homo sapiens, podemos verificar que o
desenvolvimento das novas tecnologias e a busca por sobrevivência caminham
em conjunto, pois, novas tecnologias, na grande maioria dos casos, significa
melhor qualidade de vida e facilitação do trabalho.
A educação possibilita a descoberta de horizontes e permite a
socialização, mas durante séculos, a escola, sistematizadora, buscou transmitir
apenas o conteúdo formal exigido pela perspectiva tradicional.
Segundo Lima, uma prática educativa para alcançar o sucesso deve se
respaldar na dialética, ou seja, no desenvolvimento do diálogo entre o ser
humano e seus pares, numa percepção de que nem sempre a realidade é
linear, mas permeada de contradições.
Para Werneck essa é a escola que prepara para a vida e está envolvida
pela ética do cuidado. Educar é então transformar as vidas dos alunos em
processo permanentes de aprendizagem, é aprender a integrar, é tornar o
aluno em cidadão realizado e produtivo, seria então um processo social, onde o
aluno deve querer aprender e estar apto a isso.
Estamos em um momento de transição entre velhas e novas teorias
educacionais, entre o ideal e o real. Como antes, existe a expectativa de que
as novas tecnologias irão trazer soluções rápidas para a educação, mas se
apenas as tecnologias bastassem para resolver o problema já teríamos a
solução há muito tempo.
Não existem muitas instituições e pessoas que desenvolvam formas
avançadas de compreensão e integração que possam servir de referência, o
que podemos fazer então é educar para a autonomia e para a liberdade, dando
9
ao educando processos participativos, interativos e que respeitem as
diferenças. A grande questão é: a formação recebida pelo profissional que está
inserido na escola foi o suficiente para que ele consiga lidar com essas
Tecnologias da informação e comunicação?
O perfil inovador permitiu ao MEC através da Secretaria de Educação a
Distância, a implantação do PROINFO (Programa Nacional de Informática na
Educação). Os computadores invadiram as escolas e em função disso, exigiu
dos agentes educacionais estudar recursos para melhor aplicação dessas
máquinas na educação escolar. Com isto, faz-se necessário discutir, refletir e
pesquisar para o melhor aproveitamento no ambiente escolar, entendendo o
nosso papel de educadores nessas transformações.
Hoje existem programas de formação de mestres que procuram reforçar
o papel dos mesmos como “pesquisadores” e que propõem estratégias que vão
desde “seminários de observação mútua aos espaços de práticas reflexivas”,
dos laboratórios de análises coletiva das práticas aos dispositivos de
“supervisão dialógica”., por isso podemos dizer, a escola é um lugar
insubstituível na formação das crianças dos jovens.
Desta forma insere-se esse trabalho, em uma tentativa de descobrir
como está sendo feito o uso das novas tecnologias por professores da rede
pública estadual no município de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, uma
vez que através de uma inserção na escola foi observada a má utilização das
novas ferramentas educacionais que chegam hoje para a implantação nas
escolas e tendo como consequência sua não utilização ou utilização de forma
incorreta.
10
Tentarei assim caracterizar quais são as reais dificuldades dos
professores (despreparo, falta de interesse, desconhecimento) e apontar
possíveis soluções (cursos de capacitação, contratação de técnicos para os
laboratórios). Procurarei evidenciar a disponibilidade dos professores em fazer
cursos de extensão para que possam ser capacitados para a utilização dessas
tecnologias.
Inicialmente, no primeiro capítulo falaremos sobre quais são as
inovações que estão chegando à escola, qual é o interesse por elas, como elas
chegam às escolas e como são inseridas na sala de aula. Ainda nesse capítulo
falaremos de como a informática chegou à sala de aula, falaremos um pouco
sobre informática educativa, quais as vantagens de usar a informática em sala
de aula e quais os requisitos para usar a informática na escola.
No segundo capítulo começaremos falando sobre o uso da internet na
escola, falaremos sobre o espaço virtual, sobre a importância da chegada da
web 2.0 para as relações de ensino-aprendizagem. Ainda nesse capítulo
tentaremos responder a grande questão, por que é tão difícil convencer alguns
docentes sobre a importância do uso da internet? como pode ocorrer a
interação entre o padrão comum de ensino e a tecnologia e como tudo tem
implicação pedagógica?
No último capítulo falaremos sobre o projeto Conexão Professor, sobre
como esses docentes receberam e abarcaram, ou não, o projeto, sobre as
suas dificuldades de implantação e como ele está sendo realmente utilizado
nas escolas, discutiremos o resultados do estudo exploratório e tentaremos
buscar soluções para que os docentes comecem a utilizar corretamente as
TIC’s como ferramenta na sua prática docente.
11
Capítulo 1
A Informática na Escola
Os computadores são úteis a diversos fins, tais como, máquinas de
escrever ou calcular, auxiliar na gerência escolar, armazenar dados para
consulta, tutorar estudos, estabelecer comunicação entre pessoas. Então, por
causa desta capacidade a escola vai norteando seus passos em busca de uma
melhor utilização dos computadores procurando programá-los para atender os
objetivos da educação escolar, mas, para que isso venha ocorrer com o
mínimo de sucesso, faz-se necessário, a escola capacitar o indivíduo,
preparando-o para viver e trabalhar dignamente e ficar sempre apto a
aprender.
É preciso, portanto, que professores e alunos estejam preparados para
utilizar e decifrar a linguagem própria de cada um dos meios de comunicação
de massa.
O objetivo que devemos perseguir diariamente no processo escolar, é
procurar formar alunos conhecedores dos meios de comunicação para que
assim possam interferir nos produtos oferecidos pelos veículos a assim formar
cidadãos que possam criar seus próprios veículos dentro dos meios de
comunicações existentes o que torna-se necessário para a evolução da
sociedade.
Para que isso ocorra é preciso que todo o corpo escolar de direcione
para ter as mídias, não mais como adversárias e sim parceiras no processo de
aprendizado.
Para que haja essa transformação faz-se necessário haver a
capacitação dos professores, pois ao ocorrer isso vê-se logo a mudança de
12
postura dos alunos quando se vêem capazes de compreender e mais ainda, de
produzir.
Com sua auto-estima em alta e a sensação que estão tendo um
aprendizado que lhes dará ferramentas para uma vida na sociedade, eles se
tornam abertos ao aprendizado como um todo, passando a ser criadores e
propagadores de cultura local.
Não basta que as escolas disponibilizem os produtos midiáticos, os
equipamentos ou que quer que seja se não entendemos que as mudanças
produzidas pelas tecnologias exigem bem mais do que simples adesão.
Exigem conhecimento, reflexão das mudanças na sociedade e que nos
permitam incorporar tais tecnologias como parte de projetos político-
pedagógicos que levem em consideração as diversas faces do problema dessa
difícil relação entre as tecnologias eletrônicas e uma determinada lógica.
As escolas permanecem com a responsabilidade social de formar e
educar indivíduos, porém, hoje vivemos um momento cultural diverso, com
diferentes maneiras de construir e representar conhecimentos. Antigamente
as divisões eram muito claras a hora de estudar, não era hora de lazer nem de
se informar com notícias do momento, somente podiam ser acessadas
literaturas didáticas ou clássicas.
Devido a essa evolução os momentos culturais de aprender, se informar
e se divertir estão entrelaçados, sendo que compete à escola, sem perder o
seu caráter e responsabilidade originais de “Educar”, descobrir e construir
novas propostas pedagógicas que dialoguem com a mídia interagindo e
integrando no processo educativo.
13
Quando se fala na tecnologia eletrônica na sala de aula, instala-se um
pânico muito grande em muitos profissionais da educação, pois o professor tem
que ter conhecimento que ele não vai competir com o computador, que é uma
máquina fantástica pra armazenar e processar com rapidez grandes
quantidades de informações, o que ele tem que ter consciência como educador
é saber conduzir seu aluno na busca e no acesso à informação necessária
para construção de conhecimento interagindo com o mesmo enquanto ser
humano que tem sensibilidade para perceber e atender às suas necessidades
e aos interesses pessoais.
Mudar implica uma série de novas questões, como e quando se faz a
mudança e a chance de começar, de posse de teclados, monitores, mouses,
pen drivers, drivers, impressoras e softwares resta à escola discutir e descobrir
o que fazer com esses inovadores equipamentos. Então, torna-se necessário
promover estudos para garantir que não uma utilização errada ou uma
superestima desses sofisticados recursos.
Os computadores são programáveis. Com isso tornam-se úteis em
diversos fins, pois podem servir tanto como máquinas de escrever ou calcular,
tutorar estudos, estabelecer malha de comunicação entre pessoas distantes.
Apesar dessa singular capacidade, é preciso que escola busque uma melhor
utilização dos computadores com o propósito de programar essas máquinas a
fim de atender aos objetivos da educação escolar. Há uma necessidade de
entender métodos e processos pertinentes à prática escolar para otimizar o uso
das máquinas de processamento no processo escolar.
14
Capacitar o indivíduo para a vida é papel da Educação Escolar. Por isso
a escola deve preparar o ser humano para a sobrevivência, ou seja, trabalhar e
viver com dignidade e estar apto para aprender continuamente.
Toma-se a educação como processo de formação da competência
humana histórica. Então, entendemos por competência a condição não apenas
fazer, mas de saber fazer e, sobretudo, refazer permanentemente nossa
relação com a sociedade e a natureza. Usando como conhecimento crucial o
conhecimento inovador.
Afirma-se que os computadores estão propiciando uma verdadeira
revolução no processo ensino-aprendizagem. A maior contribuição do
computador como meio educacional advém do fato do seu uso ter provocado o
questionamento dos métodos e processos de ensino utilizados.
A tecnologia não pode estar ausente da escola são grandes os projetos
de informatização dos sistemas escolares por meio da colocação de
computadores nas escolas, tais como, laboratórios o que traz automaticamente
cursos melhores e resolvidos, como educação à distância, cursos
profissionalizantes, cursos de graduação e mesmo pós-graduação.
Começa a haver um investimento significativo em tecnologia telemáticas
de alta velocidade para conectar alunos e professores no ensino presencial e a
distância. Existe uma expectativa de que as novas tecnologias nos trarão
soluções rápidas para mudar a educação. A tecnologia permite ao professor
ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas pontes
entre o estar juntos fisicamente e virtualmente.
Então, de uma forma geral, falar sobre informática educativa é falar
sobre o uso da informática na educação.
15
1. 1 – As Inovações na Sala de Aula
Uma sociedade em transformação constante também exige escola e
professores em transformação constante, fazendo assim que o professor passe
a ser um estimulador, coordenador e parceiro no processo de ensino e
aprendizagem e não mais um mero transmissor de um conhecimento
fragmentado em disciplinas.
Segundo Becker (2001) a escola hoje na perspectiva da TE precisa ir
além da metodologia tradicional de ensino ela tem a necessidade de ser
desafiadora e agregadora de indivíduos pensantes.
O professor no seu trabalho precisa buscar no pólo de aprendizagem a
sua razão de ser. Para que assim ele possa compreender e aprender como ele
e o aluno se sentem em relação à tecnologia. Devemos buscar caminhos que
conduzam o professor a praticar um ensino de qualidade em meio às
mudanças das esferas de conhecimento.
Moram (2001) nos lembra de que ensinar e compreender são os
desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora
que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para
o da informação e do conhecimento.
O professor tem que ficar atento para as diversas maneiras da utilização
da mídia internet. A proposta de ensino com relação ao uso de informática
pode ser efetivada com a contratação de professores com formação em
informática, construção de laboratórios computacionais, organização de
horários e alocação de mais disciplinas no horário das turmas contempladas.
Para que os recursos da computação possam ser usados nas ações
educacionais, todo o corpo docente precisa ser capacitado e para que isso
16
ocorra deve ter sua resistência ao novo vencida. Vemos então que estamos
diante de um mundo no qual a disponibilidade de técnicas precisa abrir novas
perspectivas na espera educativa.
É indubitável a necessidade de acirrada análise crítica no processo de
implantação da informática educativa nas escolas, tendo necessidade de
buscar estratégias bem estruturadas para não incorrer em erros comuns como
a subutilização de recursos computacionais ou a superestima desses.
Podemos citar que o uso dos recursos computacionais também na
administração escolar para:
- Confecção de boletins
- Materiais de apoio
- avaliações
- bibliotecas
- laboratórios
Pois com ele desafoga e reorganiza os controles administrativos e com
os professores, os mesmos podem, por exemplo, fazer simulações, porém,
antes não podem deixar de verificar se os softwares disponíveis são
adequados aos objetivos de seus planos de aula, mas nunca esquecer que as
simulações não podem substituir as atividades concretas.
1. 2 – A Informática na Educação Escolar
Uma das grandes vantagens da utilização dos recursos informáticos
adequados, ou seja, computadores na educação escolar, é que este é
apontado como co-responsável pela melhoria da aprendizagem.
17
Então, podemos dizer que a inserção dos computadores na sala de aula
pode favorecer o processo da educação escolar desde que ocorra a revisão
das posturas dos agentes escolares e o aprimoramento de suas práticas.
Devemos ter cuidado, com as supostas vantagens, então apontadas,
pois servem muito mais como aspirações do que propriamente como benefícios
garantidos. Então, antes dos recursos computacionais serem, efetivamente
dispostos no ambiente educacional escolar torna-se necessário avaliar se esse
proceder pode contribuir para a melhoria da qualidade das atividades
desenvolvidas na escola.
São grandes os requisitos para o uso do computador na educação, tais
como:
Dispêndios econômicos – para aquisição dos equipamentos e programas assim
como montagem de laboratório;
Capacitação dos professores para o manuseio das máquinas;
Elaboração de estratégia para a utilização dos recursos disponibilizados.
Então vemos que é extremamente necessário uma análise da viabilidade
do uso dos computadores em sala de aula, para avaliar se os benefícios
resultantes desta prática fazem jus aos esforços exigidos, principalmente
quando tratamos de escolas públicas, carentes em todos os aspectos.
Podemos dizer que com o auxílio dos programas de edição de textos, as
correções sugeridas pelos docentes, podem ser feita com o simples clique do
mouse.
Segundo relato da professora Maria José que descreve a sua
experiência no trabalho com alunos do atual ensino médio em aulas de
redação, tendo como instrumento o computador, a influência benéfica que os
18
recursos de formatação oferecidos pelos processadores exercem sobre os
educando participantes da experiência, descobrindo versos que saltam da
linha, agilizando o entendimento da explicação. Se o professor tivesse
explicando este texto escrito no papel, quantas setas, asteriscos, palavras ele
teria que usar para ajudar na criação.
A diagramação dos textos possibilitados pelo uso de computadores,
agem como estímulo ao educando, é uma ferramenta que possibilita um
trabalho limpo e organizado, durante a fase de elaboração e revisão das
tarefas escolares escrita, os recursos de edição e formatação de caracteres
com cores e tamanhos variados, podem reforçar o prazer em desenvolver
trabalhos cada vez mais aprimorados.
Neste artigo é relatado a influência benéfica que os recursos oferecidos
pelos processadores fazem com que os educadores participem da experiência.
A implantação da informática no ambiente educacional atrai a atenção
dos jovens pelo desafio e pela dinâmica apresentada, as redes de
computadores disponibilizam ferramenta de troca de correspondência,
tornando-se um rico ambiente de intercâmbio de experiência e um grande
estímulo para o aprendizado.
Segundo Seabra em seu artigo, a experiência científica desenvolvida
através de trocas de informações de dados e pesquisas revela um potencial
muito promissor, a reflexão de fenômenos científicos tem um novo significado
onde são transmitidas e cruzadas com parceiros remotos. Antes o que eram
exigências chatas do professor, tornam-se elementos fundamentais e vitais de
comunicação e ação conjunta no projeto, que mexe com atividades com
pesquisa em campo, poluição de rios, por exemplo.
19
O uso de computadores, na língua materna e estrangeira no processo
de aprendizado, tanto no Brasil quanto no exterior, reforçam a evidência de
melhoria dos alunos trabalhando em ambientes informatizados. A busca da
informática, compreendendo os processos e os métodos de ensino e
aprendizagem melhoram os objetivos desta busca. Há uma necessária
avaliação dos embasamentos teóricos que alicerçam as atividades escolares.
Esta revisão sugere a proposta da educação integral, que consiste em
desenvolver no educando criatividade, autonomia, cooperação, criticidade,
competência e cidadania.
Em resposta a necessidade de desenvolver no educando as habilidades
apontadas, surge a proposta de uma escola que permita o desenvolvimento de
projetos de pesquisa interdisciplinares, reforçando a idéia de utilização da
informática no ambiente escolar.
Este ambiente deve ser um espaço único, mas, fundamental na
preparação do ser para a vida, na relação consigo mesmo, com a natureza e
com a sociedade.
Vale apena ressaltar que a necessidade de reconstrução do sistema
escolar pode ser deslumbrada com base no planejamento de inserção dos
computadores em sala de aula, a informática já pode receber o mérito de
contribuir para o desenvolvimento da cidadania, apesar de um deslumbre que
pode acontecer independentemente da informatização na educação, porém a
informática é um dos meios que podem contribuir cm a construção e a vivência
da cidadania com o ambiente escolar, tornando-se de grande serventia pra o
desenvolvimento de projetos de pesquisa que ao desafiar o aprendiz com
20
problemas exigentes de críticas e criativas soluções, acabam por contribuir
com a formação do verdadeiro cidadão.
Segundo Mantoan, na constituição do conhecimento o saber, o fazer e o
compreender complementam-se permitindo uma analisa abrangente do
processo e do produto intelectual de sujeitos em situação de resolução de
problemas. E conclui que os estudos apresentados devem oferecer aos
aprendizes e especialistas cenário de construção de conhecimento que
possibilitem ao pensamento atuar ativa e autonomamente, liberta de modelos,
padrões e fórmulas pré-determinadas. São cenários próprios do sistema
aberto de ensinos, que pedem uma interação cada vez mais integrada entre o
que o sujeito dispõe (conhecimento) e o que o meio propõe (problemas).
Os educandos devem se preocupar que a escola não use o computador
de forma institucionalizada correndo o perigo de massacrar o computador para
matar o sistema, tornando-se instrumento de reforço das desigualdades e
injustiças, em vez de serem instrumentos de libertação.
Os alunos estão cada vez menos passivos, as pesquisas tediosas, aulas
em que eles eram ouvintes, limitando-se a reprodução tornaram-se um
ambiente dinâmico, no qual a capacidade no aprendizado é desafiada e
compelida a desenvolver-se gradativamente. As tarefas ganham cores e
imagens modificando-se sobre o controle dos educandos e possibilita o
despertar do sono da passividade. O decorar da lugar ao pensar e ao
compreender.
O trono do mestre detentor do saber erigido sobre o silêncio submisso
dos discípulos deu lugar ao orientador também, em aprendizado disposto em
21
meio às vozes da troca entusiasmada de idéias dos grupos de trabalhos em
prazerosa atividade.
Segundo Mattos, outro benefício que não era esperado, mas que
ocorreu,foi uma horizontalização da relação professor aluno. Os professores
estavam iniciando nesta área e não tinham vergonha de admitir que não
sabiam muito. Os alunos descobriam algo e vinham contar ao professor, o
computador possibilita esta horizontalização, o professor não fica na frente da
sala escrevendo na lousa ele anda entre os alunos e este contato físico com o
aluno é favorecido. Assim a juventude sente-se valorizada e encontra espaço
para aplicar sua energia e curiosidade, transformando a monotonia da escola
tradicional num local prazeroso e divertido de estar e de fazer.
Num ambiente da escola repensada o autoritarismo e a tensão antes
característica da atmosfera da sala de aula cedem lugar ao companheirismo e
a descontração, compondo o clima favorável para a interação professor aluno e
aluno-aluno.
Foi observado que em algumas situações de trabalho que envolviam
computador a interação dar-se maior e melhor entre os alunos.
A descoberta dos alunos torna-se tão prazerosa que contar a alguém é
quase incontrolável, fazendo com que alunos e professores vivam essa rica
atmosfera de troca de idéias e experiência havendo muito mais integração,
surgindo grande parceria de aprendizagem e descoberta.
A tão almejada interdisciplinaridade e cidadania, tão necessária a escola
repensada, tem como requisitos necessários para a sua construção a interação
de todos os agentes participantes do projeto.
22
O professor torna-se um estimulador, coordenador e parceiro do
processo de ensino e aprendizagem e não mais um mero transmissor de um
conhecimento fragmentado em disciplinas. Então, podemos dizer que, os
alunos da chamada geração digital, estão cada vez menos passivos perante a
mensagem fechada, pois eles modificam, produzem e partilham. Isso torna-se
sua exigência por essa nova sala de aula.
23
Capítulo 2
A Internet na Prática Docente
Como usuário da rede de informação o aluno poderá ser iniciado como
pesquisador e investigador, resolvendo problemas concretos que ocorrem no
dia a dia. No mundo globalizado que derruba barreiras de tempo e espaço o
acesso a tecnologia, necessita de atitude crítica e inovadora possibilitando
relacionamento com a sociedade como um todo.
No mundo globalizado cada vez mais poderoso em recursos,
velocidades, programas o computador nos permite pesquisar, simular
situações, testar conhecimentos específicos, descobrindo novos conceitos,
lugares, idéias, experiências. Estas possibilidades nos permite a seguir algo
pronto, completando de forma diferente até criar algo sozinho ou com os
outros.
As redes de computadores convertem-se num grande meio de
comunicação ainda em estágio inicial, mas poderosa no ensino e
aprendizagem. Poderemos com a internet, modificar a forma de ensinar e
aprender. É fundamental estabelecer uma relação empática com os alunos,
pois o relacionamento com eles é imprescindível para o sucesso pedagógico.
Descobrindo a competência de cada um e que contribuições podem dar ao
curso, não faremos projetos fechados de curso, mas sim um programa com
diretrizes delineadas, construindo caminhos de aprendizagem em cada etapa,
professor e alunos avançaram juntos da forma mais rica e possível em cada
momento.
Mostraremos aos alunos o que vamos ganhar ao longo do semestre, por
que vale a pena estarmos juntos? – motivá-los para aprender, avançar, e a
24
grande importância da sua participação, dentro do processo de aula e
pesquisa, dentro das tecnologias que iremos usar, entre elas a internet.
Poderemos criar uma página pessoal na internet, como espaço virtual de
encontro e divulgação, criando referências para cada matéria e para cada
aluno, ampliando o alcance do trabalho do professor, divulgação de suas idéias
e propostas, de contato com pessoas fora da universidade escola. Esta página
pessoal serve como referência virtual, um encontro permanente entre ele e os
alunos. Podendo ser aberta a qualquer usuário ou só para os alunos
dependendo de cada situação. O mais importante é que professores e alunos
tenham um espaço além do presencial, de encontro e visibilidade virtual .
Começaremos a ter acesso a programas que facilitem a criação de ambientes
virtuais, colocando alunos e professores juntos na internet. Programas como a
Eureca da PUC de Curitiba o learning space da lótus, o IBM, O WEBCT, e
outros semelhantes, permitem que o professor disponibilize seu curso, oriente
as atividades dos alunos, permitindo que cada um crie sua página, participem
de pesquisa em grupos, discutem o assunto em fórum ou chats, construindo
aos poucos interações onde ficam registradas as entradas e saídas dos alunos
monitoradas. Ampliando significativamente o papel do professor, do
informador, que dita conteúdos. Transforma-se em orientador de
aprendizagem, gerenciador de pesquisa e comunicação dentro e fora da sala
de aula tornando um processo que caminha semipresencial, aproveitando o
que de melhor faremos na sala e no ambiente virtual.
O professor tendo uma visão pedagógica inovadora, pode utilizar
ferramentas simples da internet, melhorando a interação presencial e virtual,
entre todos.
25
Neste contexto, procuraremos fazer com que os alunos dominem as
ferramentas da WEB (WEB-BASED EDUCACION), onde aprenderão a navegar
e que todos tenham seus endereços eletrônicos (EMAIL), com os emails de
todos criaremos uma lista interna de cada turma. A lista interna poderá ajudar
a criar conexão virtual entre o professor e os alunos, levando informações
importantes para o grupo, orientação bibliográfica, de pesquisa, dirimindo
dúvidas, trocando sugestões, enviando textos e trabalhos.
Esta lista eletrônica torna-se um grande campo de interação que se
acrescenta ao que começa na sala de aula, no contato físico e no que depende
dele, havendo interação real na sala de aula, esta lista acrescentará uma nova
dimensão mais rica. Se no presencial houver pouca interação, não haverá
interação também no virtual.
Os professores poderão transformar parte das aulas em processo
continuo de informação, comunicação e pesquisa, de forma a construir o
conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre o professor –
coordenador -facilitador e os alunos.
O professor mostra alguns cenários, as coordenadas de uma questão ou
tema. Aulas pesquisas, nas quais professores e alunos procuram novas
informações, cercam um problema, desenvolvendo uma experiência,
avançando em um campo desconhecido. Um professor por sua vez motiva,
incentiva, sensibilizando o aluno para o valor do que vai ser feito, mostrando a
importância de sua participação neste processo. O aluno com participação
ativa, avança mais facilitando o trabalho do professor. Tornando o papel do
professor de gerenciador do processo de aprendizagem, e o coordenador de
26
todo o andamento, do ritmo adequado, e gestor das diferenças e das
convergências.
Faremos com que os grandes temas da matéria sejam coordenados ,
iniciados e motivados pelo professor, mas pesquisados pelos alunos, em
grupos ou individualmente. A pesquisa na internet pode começar de forma
aberta, dando um tema sem referência a sites específicos, fazendo com que os
alunos pesquisem de acordo com sua experiência e seu conhecimento prévio.
Permitindo ampliar buscas de variedades de resultados, descobrindo lugares
desconhecidos pelo professor.
Os mesmos gravarão os endereços, os artigos e as imagens mais
interessantes em CD ou Pen-drive, fazendo anotações escritas com rápido
comentário sobre o que estão salvando. O papel do professor é de incentivar a
troca constante de informação, a comunicação, mesmo parcial dos resultados
obtidos, onde todos se beneficiam dos achados dos colegas.
É muito importante que se aprenda através da colaboração, da
cooperação, do que da competição.
O professor deverá estar atento aos vários ritmos, das descobertas, que
devem servir de elo entre todos, sendo divulgador dos achados, o
problematizador e principalmente um incentivador. Coordenando a síntese das
buscas feitas, organizando os resultados, e os caminhos mais promissores.
O professor atua como coordenador e motivador do grupo. Os textos e
materiais que parecem mais promissores serão salvos, impressos, ou enviado
por email para cada aluno, fazendo uma síntese dos materiais coletados, das
idéias percebidas, e das questões levantadas, pedindo que todos leiam esses
textos que serão muito importante para a próxima aula, fazendo uma leitura
27
mais aprofundada que servirá como elo para uma próxima etapa de uma
discussão mais rica. Fazendo com que os melhores textos sejam incorporados
a bibliografia do curso.
O papel do aluno não é o de executar atividades, mas o de
coopesquisador, responsável pela riqueza, pela qualidade e pelo tratamento
das informações coletadas. O professor deverá estar atento as descobertas,
as dúvidas, e ao intercâmbio das informações (os alunos pesquisam,
escolhem, imprimem), todas as informações. O trabalho do professor será de
ajudar, problematizar, incentivar e relacionar.
O professor coordenará a escolha de temas ou questões mais
específicas que serão selecionadas ou propostas pelos alunos, dentro dos
parâmetros apresentados pelo professor que serão desenvolvidas
individualmente ou em pequenos grupos. È interessante que os alunos
escolham algum assunto dentro do programa que estejam mais próximo do que
eles valorizam.
As pesquisas serão apresentadas verbalmente para a classe ou
enviadas pela lista interna para todos os participantes. Alunos e professor
perguntam, complementam e participam.
Segundo Santos e Silva, deste modo, muitas são as experiências
realizadas com a metodologia da WEBQUEST, no contexto da educação
brasileira. Representando resultados significativos no campo da pesquisa,
envolvendo a formação de professores na escola básica. Entretanto, não
encontramos na revisão de literatura, experiência na utilização da WEBQUEST
no campo de formação de professores nas modalidades de educação à
distância e online. Sabemos que estas modalidades educacionais têm
28
ganhado, nos últimos anos, destaque sociotécnica e formativa em todo o
mundo por suas potencialidades pedagógicas, comunicacionais, tecnológicas e
de democratização do acesso a informação e ao conhecimento.
Para que um WEBQUEST, seja interativa é preciso combinar pedagogia
com tecnologia e comunicações interativas. Do ponto de vista pedagógico a
WEBQUEST precisa agregar elementos que incentivem:
- A pesquisa como princípio educativo.
Podemos dizer que para alcançarmos os princípios pedagógicos
devemos lançar mãos de dispositivos tecnológicos de comunicação. Os
interfaces, são canais de comunicação para a criação e disponibilização de
conteúdos digitalizados para estudo. Os ambientes online devem ser utilizados
tanto na arquitetura da metodologia como no processo da mediação
pedagógica.
A grande vantagem da WEBQUEST, é dar enfoque a uma pesquisa na
Internet. Os alunos buscam temas definidos, tarefas específicas. O objetivo
dessa nova metodologia não é restringir a ida dos alunos a outros sites, mas
sim evitar que se percam. A alma de uma WEBQUEST é a tarefa, geradora de
uma dinâmica muito boa. Colocando o professor como facilitador, como
mediador. Concebidas como publicações típicas do espaço WEB (abertas, de
acesso livre, gratuita etc.), torna-se uma forma interessante de intercâmbio.
Diante do exposto, concluímos que formar professores que podem compartilhar
informações e conhecimentos de forma colaborativa é, sem dúvida, um enorme
desafio para as práticas educacionais. Quanto maior a flexibilidade para a
produção e a publicação de autorias individuais e coletivas, melhores serão os
processos de ensino e aprendizagem na educação online, para tal precisamos
29
mais que disponibilizar espaço de transmissão de conteúdos. Podemos ver a
tecnologia da WEBQUEST interativa e como dispositivo fecundo para a
formação na educação online.
2. 1 – Por Que É Tão Difícil?
Em um contexto de avançadas tecnologia de informação, não há como
estudar a cultura fora da comunicação, pois estudos da recepção na América
Latina nos mostra a capilaridade da sociedade da informação de hoje, existindo
um desenvolvimento constante de novas tecnologias. Daí a necessidade de
uma re-alfabetização e criação de estratégias educativas inovadoras para
integrar a tecnologia as salas de aula.
A velocidade cada vez maior de mudanças em relação à tecnologia da
comunicação torna-se necessário uma rápida olhada no tempo que cada uma
Nova tecnologia levou para atingir uma audiência de aproximadamente
cinqüenta milhões de pessoas, Como por exemplo:
- rádio – 38anos
- televisão-13 anos
- Internet-4 anos.
Com o aumento de consumo dos meios diversos e a globalização
mediática, é percebida como sendo uma das conseqüências dessa mudança.
No contexto, no qual demanda pela educação é cada vez maior esta
sendo encarada como condição sinequanon para o desenvolvimento de um
país. Que significa, que não basta a educação básica, pois hoje se defende
uma educação continuada uma formação permanente ao longo da vida.
30
Segundo Tornero, as crises acabam gerando transtorno e choques
culturais levando a sociedade à outra crise de valores. Há uma multiplicação
dos objetos de saber que assim como surgem são substituídos. Quais são os
objetos de saber as referencias hoje? – se nós não tivermos consenso em
relação aos saberes referenciais em nossa sociedade, - Como avaliar nossos
alunos? Saberemos criar consenso numa sociedade cada vez mais global, em
que todo um sistema de valores e tradição cultural foi posto em cheque? – Não
é de estranhar que professores estejam perdidos, sem rumo, diante desta
realidade.
Por que isso acontece? – O que a escola e os meios de comunicação
estão fazendo para melhorar essa realidade? – Qual o papel de cada um
dentro dessa discussão? – Precisamos de uma educação que forma para a
vida, que ensine o aluno a aprender a ler o mundo, a ter autonomia para buscar
seus conhecimentos, ao invés de educar para a codificação de texto. Devemos
capacitar o aluno a ler para compreender, estimulando o próprio desejo de ler.
Para alguns crises serão naturais frutos de uma mudança de ênfase,
para outros estaremos diante de um mundo novo dentro de um contexto
radicalmente novo, onde tudo o que sabemos hoje vem de um à escola
“paralela”, os meios de comunicação. Contexto onde nossas instituições
culturais educativas ainda não estão preparadas para viver.
Segundo Tornero, a perda de conteúdo, é também a perda de valores
das narrativas transcendentes na sociedade e pode significar também a perda
decisiva na missão da educação.
Talvez um passo inteligente para responder a esses desafios com
atitudes menos fatalistas e mais criativas, transformando os problemas em
31
oportunidade de reflexão. Repensar a educação e seus currículos, refletir
sobre as instituições educativas de maneira crítica, propositiva e cidadã.
O conceito de educação e formação ao longo da vida é cada vez mais
aceito, a dinâmica cultural e as mudanças constantes nos referenciais e nos
saberes, fazem com que a educação se torne mais flexível abrindo-se para
diferentes contextos e conceitos. A vantagem desta mudança é que a
percepção de que cada meio desenvolvido, novas formas educativas surgirão.
A escola deve estar pronta para mudanças permanentes, renovando-se
ao longo das gerações.
Educar é informar, formar, conformar, transformar, difundir, divulgar,
aprender, ensinar a aprender, aprender a ensinar e aprender a aprender.
Diante de mudanças a primeira palavra do ser humano em geral é a
resistência, torna-se necessário esclarecer aos agentes escolares a repensar o
que a escola precisa para melhor atender os requisitos da aliança,
sociedade/ciência/educação. Presente e necessário na vida moderna.
Os professores, os pais, administradores, governantes e alunos
necessitam serem sensibilizados o quanto é importante a reestruturação da
escola e o papel dos computadores neste processo, fazendo com que se
estabeleça uma atmosfera de cooperação.
A reforma de uma escola com a adoção dos recursos da informática no
ambiente escolar, não poderá ser efetuados por agentes isolados, sendo
necessário o envolvimento e a remodelação de todos os papéis da educação e,
requer a participação de todos.
Todas as tentativas de reestruturação quando não efetuada por todos os
componentes humanos mínguam com o decorrer do tempo. Havendo a
32
necessidade dos pais conscientizarem seus filhos quanto à importância da
reforma para apoiá-los, enquanto alunos e cidadãos devem ser encorajados
devem se despir do casulo da passividade estimulado pela postura do
professor. Que por sua vez deve se despojar do título de detentor do saber
assumindo a posição de orientador, fazendo-se necessário o auxílio da ação
administrativa que necessita organizar as estratégias de planejamento.
Incentivando a execução e a revisão de todo o processo renovador. Faz-se
necessário que todos estejam dispostos e aptos a transformar-se
gradativamente aprimorando seus saberes e ações. Como regra geral haverá
uma integração maior da tecnologias e metodologias de trabalhar, Podemos
encontrar-nos fisicamente no final e no começo de um novo tema de um
assunto importante. Teremos dificuldade para colocar este tema dentro de um
contexto maior, devemos motivar os alunos para que percebam o que vamos
pesquisar organizando, como vamos pesquisá-los. Os alunos ao iniciar um
novo tema motivados, realizarão pesquisas sobre a supervisão do professor.
Vale à pena encontrar-nos no início de um processo específico de
aprendizagem finalmente na hora da troca da contextualização, iniciar o
processo presencial. O professor estimula, motiva colocando uma questão, um
problema, uma situação real. Os alunos pesquisarão com a supervisão dele,
tornando possível que as aulas poderão ser substituídas, por
acompanhamento, monitoramento da pesquisa, com o professor dando
subsídios, para que eles possam ir além das primeiras descobertas. Isso
deverá ser feito pela Internet, ou telefone ou direto com o professor.
33
Se temos dificuldade no ensino presencial não os resolveremos com o
virtual. Teremos problemas sérios não resolvidos no processo de ensino e
aprendizagem.
Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação presencial e
o virtual, valorizando o melhor de cada um deles.
Ensinar não é só falar comunicar com credibilidade. É falar com algo
que conhecemos intelectual e vivencial, com interação autentica,
contribuiremos para que os outros e nós mesmos avancemos do grau de
compreensão do que existe.
A aprendizagem se dará a partir da récita do professor, pois o mesmo
precisa investir em relação de colaboração para a construção do
conhecimento,e o aprendizado é um processo de construção que elabora os
saberes graças e por meio das interações.
Mudanças na educação também dependem de administradores,
diretores e coordenadores mais abertos que entendam do processo
pedagógico. Devemos tornar os alunos curiosos e motivados facilitando
enormemente o processo, estimulando as melhores qualidades do professor,
os alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais e ajudam o
professor a ajudá-los melhor.
Nosso desafio maior é caminhar par o ensino e uma educação de
qualidade que integrem todas as dimensões do ser humano. Precisamos de
pessoas que façam integração em si mesmos, do sensorial, intelectual,
emocional, ético e tecnológico. Que transmitem de forma fácil entre o social e
pessoal. Que expressem em ações e palavras que estarão sempre evoluindo,
mudando e avançando.
34
Na educação atual é cheia de rituais: - de entrada de permanência e de
saída.
Vivemos ainda o conceito de semestralidade, período de aulas, dos
exames de férias. Parece que sem eles não aprendemos nada.
No tempo atual, essa previsibilidade nos sufoca, empobrece e banaliza.
Essas novidades e essas mudanças diferenciadas atraem e assusta.
Queremos mudar ou nos sentimos confortáveis com os modelos conhecidos
nos rituais sempre repetidos?. Somente quando esses rituais tornam-se
insuportáveis é que o desejo de mudança começa a pesar e nos empurra para
novos caminhos, que para a maioria não é tão fácil realizá-la.
Cada organização deve encontrar sua identidade educacional,
características específicas, seu papel. Sabemos que um projeto inovador
facilita as mudanças organizacionais e pessoais, estimula a criatividade,
proporcionando transformações. Sabemos eu um bom administrador ou diretor
contribuem para modificar uma ou mais instituições educacionais. Podemos
avançar mais se adaptarmos os programas previstos as necessidades dos
alunos. Poderemos criar conexões com o cotidiano e com o inesperado, a
transformação da sala de aula numa comunidade de investigação,
avançaremos mais se aprendermos a equilibrar planejamento e criatividade,
organização e adaptação a cada situação, aceitando os imprevistos, a
gerenciar o que podemos prever e a incorporar o novo e o inesperado.
Deveremos ter um planejamento aberto que prevê que estamos pronto
para mudança, para sugestões e adaptações, estimulando a criatividade,
envolvendo sinergia. Diversas habilidades em comunhão e valorização da
contribuição de cada um. Devemos traçar linhas de ação pedagógica gerais,
35
que norteiam as ações individuais sem sufocá-las. Respeitando os estilos da
aula que dão certo. Respeitando as diferenças que contribuem para o mesmo
objetivo. Personalizando os processos de ensino - aprendizagem sem
descuidar do coletivo.
A aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor, as
tecnologias podem trazer hoje todas as informações de forma rápida e
atraente. O professor terá o papel principal ao ajudar o aluno a interpretar
esses dados, deverá mobilizar o desejo de aprender para que o aluno sinta a
vontade de aprender cada vez mais. O aluno também deverá estar pronto e
maduro para incorporar a real significação que a informação tem para ele. Se
a informação não fizer parte não será aprendida verdadeiramente.
Avançaremos mais pela educação positiva do que pela repressiva, é
importante não começar pelo negativo e sim pelo positivo, pelo incentivo, pela
esperança pelo apoio na capacidade de aprender e de mudar. Ajudar o aluno
a acreditar em si, a si sentir seguro, a si valorizar como pessoa e si aceitar
plenamente em todas as dimensões da vida.
O aluno acreditando em si, será mais fácil trabalhar os limites, a
disciplina, o equilíbrio entre direitos e deveres, e as dimensões grupal e social.
2.2 – A Tecnologia da Informação e Comunicação e as Implicações Pedagógicas
Aceitar que os alunos explorem o espaço virtual sem cair na tentação de
“facilitar” a sua tarefa, reconhecer que os alunos são capazes de aprender em
contextos que não somos capazes de controlar, que existem caminhos
diferenciados para chegar a determinadas construções, que cada aluno tem
36
curiosidades próprias e que são capazes de organizar informações, é um dos
primeiros desafios como professores se queremos colocar a internet na sala de
aula.
Surfar na Internet em busca de informações e selecioná-las nos
diferentes endereços encontrados pode colocar nossos alunos diante de
enormes desafios, pois ao reunir essas informações e produzir algo próprio,
fazendo-os se tornarem “autor” é o próximo desafio. E isso seria o avançar
para ao além da cópia-cola.
Ao entender esses aspectos, estabelecer essas relações, organizar os
dados colhidos é fundamental para que nossos alunos possam assumir um
papel ativo no sentido de criticar, relativizar determinados contexto, e conceitos
diferentes e assim procurar e manter ou mudar a realidade, ou seja, passa a
ser um agente de sua própria evolução.
Muito projetamos, mas será que realmente romperemos o nosso estado
atual pedagógico? –O que faremos? Com o que sabemos ou pensamos saber?
Projetamos rupturas com o presente e promessas para o futuro? –
Projetamos sairmos de um estado conhecido e passarmos por períodos de
insegurança, instabilidade e incertezas para buscarmos o desconhecido
acreditando ser melhor que o atual.
Na escola fica evidente o conflito da fragmentação “das disciplinas”
ministradas nas salas de aula, a contraposição entre a visão disciplinar
unicausal linear da escola e a realidade que para ser entendida, exige uma
visão interdisciplinar, policausal e em rede. Na escola atual obrigamos alunos
a trabalhar com retalhos de problemas selecionados pelos professores, pelos
livros “didáticos” ou definidos pelas grades de conteúdos.
37
No processo em que as buscas de relações e soluções já estão
predefinidas os alunos têm que compreender que solucionar problemas
apresentados de forma parcial e do contexto ao contrário esperado empobrece
a realidade induzindo os alunos a pensar de forma simplificada deixando de
conhecer múltiplas causas ou elementos que se articulam, interagem e trazem
complexidade ao objeto em estudo e, consequentemente, diminuindo a
possibilidade de conhecimento em todas as suas facetas.
Estudos compartimentalizados tem sido constante em salas de aula e
tem originado resultados cruéis, impossibilitando que crianças jovens e adultos
em formação reconheçam a essência do problema ligados a relações de
causas e efeitos combinados, que muitas vezes extrapolam os limites de
diferentes campos do conhecimento. Fragmentar para analisar sem reunir para
sintetizar as escolas estão facilitando formação de cegos à complexidade que
os problemas globais apresentam, os alunos sabem muito, mas, compreendem
pouco.
Segundo Montaigne, no seu tempo, já dizia com propriedade, não
adianta ter a cabeça cheia e sim ter a cabeça feita. Podemos dizer que não
adianta vencer todos os conteúdos das diferentes disciplinas se nossos alunos
e nós mesmos não soubermos organizá-los com coerência e articulados, capaz
de servir de suporte a reflexões e tomadas de decisões. Esta afirmação é
sustentada por Morim, quando coloca que uma sociedade da informação, um
ensino que visa à cabeça cheia atrofia o pensamento diminuindo possibilidades
de reflexão e compreensão eliminando as possibilidades de julgamento críticos
e articulados, próprio de um cidadão consciente autônomo e competente.
38
Favorecer a autonomia e desenvolver competência pressupõe criar
como ambiente desafiador e aberto ao questionamento, um ambiente que
instiga a curiosidade dos alunos, que mobiliza seus conhecimentos, desnuda
suas lacunas e estimula a eliminá-las (Perrenoud).
Que critérios usaremos para selecionar as estratégias, as atividades e
os recursos (meios) para atingir o que almejamos para os nossos alunos?
A conquista de muitas metas curriculares exige a proposição
coordenada entre os professores, pois tais metas estão vinculadas ao objetivos
que não têm relação com a parcela singular de determinada área, disciplina ou
conteúdo e, no entanto, são os que perseguem os resultados mais decisivos da
educação – formar o aluno para que desenvolva a capacidade de expressão, a
competência para encontrar informações apropriada para resolver problemas, a
atitude investigativa, comunicação escrita de pensamentos próprios,
fundamentando uma atitude crítica de aprender a colaborar e cooperar
(Sacristán).
Para selecionar e ponderar o valor educativo das atividades que
pensamos propor aos nossos alunos, Raths sugere, alguns critérios
Segundo ele, tem maior valor educativo às atividades que:
.Permite ao aluno tomar decisões como desenvolver e em que fonte
buscar informações.
. Colocar o aluno no papel ativo de pesquisar, expor, observar,
entrevistar, participar de simulações tem maior valor educativo do que escutar,
preencher fichas ou participar de discussões rotineiras com o professor.
. Envolve o aluno com a realidade.
39
. Estimula os alunos a examinar idéias ou aplicações e processos
intelectuais.
. Desafia os estudantes a examinar temas ou aspectos ignorados pela
mídia.
. Obrigam a aceitação de um certo risco de sucesso, fracasso ou crítica.
Usando a Internet, possibilita ao aluno desenvolver atividades
significativas que os instigam a lançar e resolver problemas, recolher dados e
informações elaborar enquetes e trabalhos de campo, reunir, organizar,
comparar e interpretar esses trabalhos, confrontar a realidade próxima e a
distância, amplia-se enormemente usando todos os recursos, por esse meio de
comunicação.
Poderíamos colocar a Internet como lugar de destaque desde o ensino
fundamental, a problematização individual e coletiva deveria esta presente
nesta fase, se o professor tomar para si a tarefa de escolher os caminhos e as
questões que devem ser feitas estará antecipando a morte da curiosidade de
outros possíveis meios de alcance da resposta.
Morim enfatiza a idéia que dados coletados em diferentes espaços torna
os problemas mais amplos e com maiores possibilidades de serem resolvidos e
compreendidos.
Ele também lembra que visões mais integradas são mais viáveis quando
o encontro entre pessoas de diferentes culturas acontecem.
Diante dessas idéias a Internet aparece como grande propiciador desses
encontros, mediante planejamento de projetos compartilhados, onde a
colaboração e a cooperação são componentes característicos. Normalmente
40
são projetos escolares, nascidos de curiosidades, temas que interessam os
alunos que necessitam de informações diversificadas, permitindo esse contato
em espaços distantes em que estão os projetos. Em função da grande
abrangência dos temas e da quantidade de dados fazem com que os alunos
estabeleçam relações e informações em diferentes áreas. A
interdisciplinaridade, com a Internet, permite que alunos e professores
busquem a colaboração e cooperação de outros grupos de alunos de
comunidades diferentes que podem ser parceiros na colheita de dados na sua
organização e análise.
A experiência nos mostra grandes possibilidades da adesão colaborativa
quando se busca uma resposta via Internet, implicando num pedido de
informações específicas, tornando-se cada vez mais complexas os projetos
colaborativos, onde grupos de pessoas operam em conjunto, por exemplo,
buscando um determinado dado de diferentes locais.
41
Capitulo 3
O Projeto Conexão Professor
O projeto conexão professor pode ser definido da seguinte maneira: Foi
o primeiro grande passo para implementarmos o projeto sensacional definido
pelos educadores como “Educação para a Sociedade de Conhecimento”, neste
projeto foram entregues mais ou menos 31.000 mil laptops aos professores,
trabalhando também na qualificação dos mesmos para o uso desta tecnologia
em um segundo passo, sendo implementado a conexão escola que deve
consistir na criação de um laboratório de informática em todas as escolas
estaduais com internet e banda larga.
Partindo dessas políticas públicas devem ser implementada por parte
dos governos estaduais ambientes informatizados nas escolas públicas.
Vivemos em um novo mundo que as mudanças acontecem mais
rápidas, computador e a internet faz com que as pessoas acelerem o
crescimento econômico. Fazendo que a porta de entrada para uma sociedade
torna-se uma nova porta de entrada para esta nova sociedade. Sendo
escolhido pelo governo do Rio de Janeiro prioridades como escola e professor.
(Cabral 2008)
A justificativa dessa escolha será sempre o professor, que continuará a
ser o elemento essencial na evolução da nossa sociedade. O papel principal
do estado é incentivar a inclusão digital predominantemente nas escolas. A
participação ativa na sala de aula e fora dela já acontece em outras nações, o
Brasil precisa urgentemente criar uma geração de jovens que necessitam
aproveitar as oportunidades que são geradas pelo avanço da tecnologia,
42
porém, isso precisa que aqueles que ensinam responsáveis diretos pela
estimulação incentivem a pesquisa, a informação e o conhecimento.
Em comunicado público o ex secretário do Estado de Educação do Rio
de Janeiro, lamenta que encontrou forte resistência em sua gestão, não
conseguindo avanço em questões importantes para implementar uma
transformação verdadeira na qualidade de ensino no estado.
Entre todas as ações desenvolvidas ao longo de 14 meses que esteve à
frente da pasta, (Maculan- 2008) destacou a elaboração do plano estadual de
educação. Onde houve um intenso e participativo debate para definição de
políticas públicas e educacionais para o estado.
Lamenta muito e apresenta sua frustração por não conseguir atingir suas
metas de tamanha importância. A grande meta a ser atingida seria a
recuperação do salário dos professores, e a implementação do plano de
carreira do magistério e democratização da gestão escola. Conclusivamente
esse projeto tão importante apresenta o argumento da necessidade de que
haja vontade política para que a verdadeira transformação da qualidade de
ensino aconteça.
A educação deve ser um projeto de longo prazo, fazendo-se que haja
políticas marcadas pela continuidade. Não há milagre a acontecer, tem que ter
é capacidade política. Sem valorizar o professor, sem capacitá-lo e sem
remuneração digna nunca conseguiremos atingir uma educação de qualidade,
transformando verdadeiramente o nosso país.
Ao tomar posse no palácio Guanabara, Thereza Porto ex-secretária da
educação, em entrevista na época garantia a disposição do governo em
resolver em um curto espaço de tempo os problemas da rede.
43
Em seguida anunciou a entrega dos Laptops aos professores, como o
primeiro grande ato de sua gestão.
Em diário oficial de 31/01/2008, aconteceu então o sonhado projeto
conexão professor, prevendo e disponibilização dos computadores para uso
pessoal dos professores docentes da rede púbica estadual para suas
atividades de ensino e pesquisa, considere a necessidade premente de dar
subsídio e equipamento de trabalho ao corpo docente do ensino médio e do
segundo segmento do ensino fundamental. Tendo em vista o aprimoramento
do exercício de suas funções.
Posteriormente foi lançado um portal conexão professor, levando
notícias relacionadas à educação, informações sobre congressos e seminários,
entrevistas com reconhecimento teóricos educacionais criando uma página
dedicada a debates virtuais. Sabemos que nesse espaço aconteceram fóruns
debates relacionado ao estudo, tais como: tecnologia na educação, professor
web 2.0, laptop para o professor, etc.
Após analisarmos os cursos básico do portal conexão professor e o
funcionamento do serviço tirar dúvida pelo telefone, verificamos a inexistência
pedagógica, adequadas para que haja a introdução do computador em sala de
aula como uma ferramenta capaz de melhora dos cursos oferecidos pelos
professores da rede estadual de ensino no Rio de Janeiro, isso consta na lei
que originou esse projeto, que o tornou tão polêmico gerando vários embates.
Havendo logo em seguida uma grande reação do sindicato estadual dos
profissionais da educação do estado ao projeto em questão.
Uma carta redigida pela direção do sindicato do Rio de Janeiro revela
seu posicionamento: troco meu laptop pela verdadeira valorização do
44
profissional da educação e por uma escola pública de qualidade. Em
assembléia realizada em 15 de março de 2008, deliberou que diretores do
SEPE em toda a sua estância não deveriam aceitar o laptop cedido pelo
governo estadual. Sendo um protesto que considera demagógica esconder os
gravíssimos problemas das escolas públicas em nossa rede. Pode parecer
uma intolerância de nossa parte diante da iniciativa do governo estadual na
suposta intenção de valorizar o professor.
O Governador Sérgio Cabral Filho, em uma carta compromisso não
cumprida à expectativa de uma grande parcela da categoria que ainda
acreditava nelas, viraram cinzas, CEP-2008.
O posicionamento político desta recua, é o fato que praticamente neste
momento todos os laboratório informáticos estão fechados ou subutilizados,
privando milhares de alunos de terem acessos aos mesmos.
De que forma os educadores vão justificar aos estudantes, aos pais e as
mães esta contradição? Tivesse o governo investido parte dos 77 milhões
usado para a compra dos laptops, na garantia do funcionamento dos
laboratórios e melhorado o programa de mídia educativa da comunidade
escolar, teria em maior quantidade o melhor da tecnologia aplicada à
educação, temos a obrigação de denunciar mais esta farsa de Sérgio Cabral.
Durante nossos estudos verificamos que uma das vozes na Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro que mais se pronunciou em relação ao Projeto
Conexão Professor, é o professor e presidente da comissão de educação,
Deputado Conte Bittencourt, em sua página pessoal, manteve durante vários
meses a enquete em que qualquer visitante poderia participar respondendo a
perguntas, tais como: Você acha certo o governo comprar 31.000mil laptop
45
para dar a professores do estado, enquanto as escolar públicas estão com
seus laboratórios de informática fechados?
O governo se preocupa em comprar laptop para o professor, porém no
site da secretaria do estado de educação vemos que todas as informações são
do Ano de 2007, este mesmo governo que se quer consegues atualizar os
dados do seu site, faz um merchandising com fundo estadual de combate a
pobreza para dar laptop aos professores, que nesse momento necessitam
mesmo é de um salário digno, de remuneração que lhe dê uma condição para
a sua sobrevivência.
Estamos entendendo como política pública nesse momento é que além
de melhorar os equipamento e universalizar os laboratórios e informática
colocando orientadores de tecnologia nesses espaços, a formação de uma
nova postura do professor para esse enfrentamento e a possibilidade de
primeiro o professor se familiarizar com o uso de tecnologia para então poder
utilizar esta ferramenta com segurança no espaço escolar.
3.1 Breve Panorama Na Visão Do Professor
O professor educador tem que surpreender, cativar, conquistar os alunos
há todo momento. Faz-se necessário encantar, entusiasmar, apontar
possibilidades de realizar novos conhecimentos. Deve ser construído em
constantes desafios, atividades significativas que excitem a curiosidade a
imaginação, e a criatividade. Tornando a escola em um espaço privilegiado de
elaboração de projetos de conhecimento, de intervenção social e de vida. É
um espaço privilegiado onde poderemos experimentar situações desafiadoras
46
do presente e do futuro, reais e imaginárias, aplicáveis ou limítrofes. O
desenvolvimento da criança e do jovem só é possível com a união do conteúdo
escolar e da vivência em outros espaços de aprendizagem.
Sabemos que quanto mais avançadas às tecnologias, mais a educação
precisa de pessoas humanas evoluídas, competentes, éticas.
Pessoas que inspirem confiança e que tenham condições para ajudar os
alunos para que encontrem os melhores lugares, os melhores autores,
aprender a compreendê-los incorporando-os a sua realidade, quanto mais
conectados a sociedade, mais importante se tornam as pessoas afetivas,
acolhedoras, sabendo medir as diferenças. Facilitam os caminhos, aproximam
os outros.
O professor educador sofrerá um processo complexo, que exigirá
mudanças significativas, investimento na formação de professores, para que
haja um profundo domínio dos processos de comunicação da relação
pedagógica e o domínio das tecnologias. Somente assim avançaremos mais
depressa, com a consciência de que, em educação não é tão simples mudar,
porque existe uma ligação com o passado que é necessário manter, e uma
visão de futuro que deveremos estar atentos. Não nos enganemos. Mudanças
não é tão fácil e não depende de um único fator. Não poderemos e não
devemos jogar a culpa nos outros, justificando a inércia, a defasagem gritante
entre as aspirações dos alunos e a forma de satisfazê-los. Sabemos que todas
as escolas devem investir na formação humanística dos educadores e domínio
tecnológico total, poderemos avançar mais.
47
Devemos caminhar para a formação de gestores menos centralizados,
mais flexíveis, integrados em uma estrutura mais enxuta, fazendo uma
aproximação sem precedentes entre organizações educacionais e corporativas.
Como educadores sabemos que o processo de mudanças na educação
não é uniforme nem fácil. Devemos mudar aos poucos em todos os níveis de
modalidades educacionais, na sociedade existe uma grande desigualdade
econômica, de maturidade, de motivação das pessoas. Poucas estão
preparadas para a mudança, outras não, e é muito difícil mudar padrões nas
organizações, nos governos, nos profissionais e na sociedade.
Temos certeza que essas possibilidades educacionais que se abrem são
imensas. Os problemas serão gigantescos, não temos experiências
consolidadas para gerenciar pessoas individualmente e em grupo,
simultaneamente, à distância. As estruturas organizativas dos currículos terão
que ser muito mais flexíveis e criativos, o que não parece ser uma tarefas fácil
de realizar. Nesta sociedade com mudanças aceleradas além da competência
intelectual, do saber específico, é muito importante que haja pessoas para
sinalizar possibilidades concretas de compreensão do mundo, com um
aprendizado experimentando novos caminhos. Seremos educadores vivos
porém, imperfeitos, dentro dessas possibilidades de crescimento em todos os
campos. Uma grande diferença que vemos nos avanços dos países é a
qualificação dos educadores, teremos novos caminhos na educação integrando
o humano ao tecnológico, do racional, sensorial, do emocional e do ético, do
presencial e do virtual, da escola, do trabalho e da vida em todas as suas
dimensões
48
Segundo Fischer, é fundamental uma completa formação do professor,
que incluam em seus estudos todos os processos e produção, de materiais
audiovisuais, diferentes formas de recepção e uso de informações narrativas e
interpelações de programas.
A instituição deve preparar seus professores para utilizar
pedagogicamente as tecnologias na formação de cidadãos, fazendo com que
os mesmos possam interpretar, novas linguagem do mundo atual e do futuro.
Todo professor deve se preocupar em ter um grande interesse em
adquirir uma nova cultura e no domínio das tecnologias.
A evasão e o fracasso escolar tornar-se-ão motivos que devem servir de
inspiração em busca de desenvolver suas habilidades e tecnologias no
ambiente escolar.
Temos um ensino que predominam um número excessivo de alunos por
sala de aula, professores mal preparados, mal pagos e pouco motivados.
Temos muitos alunos que ainda valorizam mais o diploma do que o
aprender , fazem o mínimo para serem aprovados, não explorando todas as
possibilidades dentro e fora da instituição escolar. As estruturas são
inadequadas, salas barulhentas, pouco material escolar avançado, e tecnologia
pouco acessíveis a maioria.
O ensino está voltado em boa parta para o lucro fácil, aproveitando a
grande demanda existente. Há um predomínio de metodologias pouco
criativas, mais marketing do que o real processo de mudança.
É importante procurar um ensino de qualidade, com a consciência de
que é um processo longo, caro e menos lucrativo do que se está acostumado.
49
Nosso desafio maior, é ter uma educação de qualidade que integre
todas as dimensões do ser humano, sendo assim precisamos de pessoas que
façam essa integração em si mesmas, em que concerne aos aspectos
sensorial, intelectual, emocional, étnico e tecnológico transmitindo de forma
fácil entre o social e pessoal. Fazendo que suas palavras e ações transmitam
sempre uma evolução, mudança avançada.
As mudanças demoraram mais do que se pensa, pois existem processos
desiguais de aprendizado de evolução social e pessoal. Existem grande
dificuldades de gerenciamento emocional, tanto no pessoal quanto no
organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido.
O autoritarismo na maior parte das relações humanas interpessoais ,
espelha o estágio, atraso em que nos encontramos.
As mudanças na educação dependem em primeiro lugar de termos
educadores maduros intelectual e emocionalmente, entusiasmados, aberto e
que saibam motivar e dialogar, com os quais ao mantermos contatos sairmos
mais enriquecidos.
O educador autêntico é humilde e confiante, mostra o que sabe e
aprende o que não sabe.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias mas pelo
contato pessoal dentro e fora da aula, diferente no que dizem nas relações que
estabelecem na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se e de agir.
Enquanto isso, boa parte dos professores são previsíveis repetindo
formulas e sínteses, são docentes papagaios, que repetem o que lêem e
ouvem, se deixam levar pela moda intelectual sem questioná-la.
50
Precisamos de educadores/pais, com amadurecimento intelectual e
emocional e ético facilitando todo o processo de aprendizado, pessoas abertas,
sensíveis, humanas que valorizem mais a busca do que o resultado pronto,
capazes de apoiar formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Mudança na educação depende também dos alunos. Alunos curiosos e
motivados estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se lúcidos e
parceiros do professor educador, aprendem e ensinam, avançam mais e
ajudam o professor a ajudá-los melhor.
Com ou sem tecnologia avançada podemos vivenciar processos
participativos de compartilhamento de ensinar e aprender, por meio da
comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante de integração de
todas as possibilidades da aula pesquisa/aula comunicação, num processo
dinâmico e amplo de informação inovadora utilizando todas as habilidades
disponíveis do professor e do aluno.
3.2 – Estudo Exploratório - A Introdução das novas tecnologias no
município de Petrópolis
Exemplificando a dificuldade da implantação das novas tecnologias e do
projeto conexão professor foi feito um estudo exploratório no município de
Petrópolis, localizado do Estado do Rio de Janeiro.
Assim foi empregado um questionário para os professores de cinco
escolas estaduais que responderam as questões sem se identificar e sem
haver qualquer tipo de divisão, seja por disciplina, turno, etc.
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A análise desses questionários, questão a questão, revelou as seguintes
conclusões:
Primeiramente os professores foram questionados se conheciam ou
sabiam o significado de TIC’s. Mais de 50% dos professores da rede estadual
não estão familiarizados com as novas tecnologias, não freqüentam redes
sociais, não entendem o funcionamento de tablets e smartphones e nem
sequer possuem uma conta de e-mail. Na maior parte das vezes, esses
profissionais já se encontram em fase de aposentadoria e não se interessam
por aprender novas tecnologias. A outra metade dos professores era composta
basicamente de professores mais novos, que estão, assim como os alunos,
ávidos pelo uso das TIC’s em sala.
Na segunda questão os professores eram perguntados sobre o interesse
em adquirir conhecimentos sobre as TIC’s, em cursos particulares ou de
formação continuada financiado pelo próprio Governo Estadual, a resposta foi
que também não se interessariam em fazer esse tipo de formação a essa altura
de suas “vidas profissionais”. Na outra ponta os professores recém aprovados
e mais novos estão implementando as novas tecnologias em sala de aula, se
interessam em fazer cursos na área, principalmente de formação continuada ou
financiados pelo Estado.
A terceira pergunta era sobre infraestrutura, se havia laboratório de
informática na escola, se esse laboratório era conectado à internet, se haviam
técnicos à disposição durante o horário escolar. Para essa pergunta as
respostas demonstraram uma situação ainda mais grave, em duas escolas os
professores responderam que não há laboratório de informática, que as
máquinas estão sucateadas e encostadas em uma sala sem infraestrutura, nas
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outras escolas apesar de haver laboratório existem outros problemas como
falta de acesso a internet ou falta de técnico que faça a manutenção das
máquinas, ou ainda que só há um técnico que tem que se revezar entre os
horários de funcionamento da escola. Das cinco escolas, em apenas uma o
laboratório funciona plenamente.
A quarta pergunta questionava sobre a importância do uso do laboratório
para pesquisas tanto durante o horário escolar quanto para a complementação
do conhecimento. Para alguns professores não há interesse em levar turmas
ao laboratório de informática, em alguns casos os professores sem acessoria
de técnicos também não sabem nem sequer ligar a máquina e o servidor, em
outros casos acreditam que não há nenhum tipo de ganho para o aluno com o
uso das ferramentas de informática, nem na elaboração de trabalhos,
continuando a cobrar trabalhos inclusive em folhas de papel almaço. Do
mesmo modo que as questões anteriores um grupo de professores usa o
laboratório de forma constante e acha importantíssimo o uso da internet como
ferramenta de pesquisa, auxiliando o aluno na busca por conhecimento.
Por fim os professores foram questionados sobre o uso das redes
sociais em prol da educação, com o uso de grupos e comunidades no
Facebook, twiter, etc. Os professores em sua maioria não utilizam essa
ferramenta para se comunicar com seus alunos, desses, uns não se
interessam por essa utilização, outros admitiram nunca ter pensado nessa
possibilidade e gostariam de tentar, os professores que já utilizam e gostam de
tecnologia afirmaram que essa é uma excelente ferramenta, que, quando
utilizada de forma correta, exerce uma grande influência a traz um grande
retorno em relação ao interesse dos alunos.
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Conclusão
Após muita pesquisa tanto bibliográfica quanto pesquisa em campo
podemos concluir que o desenvolvimento das novas tecnologias e a busca por
sobrevivência caminham em conjunto, pois, novas tecnologias, na grande
maioria dos casos, significa melhor qualidade de vida e facilitação do trabalho.
A educação possibilita a descoberta de horizontes e permite a
socialização, mas durante séculos, a escola, sistematizadora, buscou transmitir
apenas o conteúdo formal exigido pela perspectiva tradicional.
As novas tecnologias fizeram com que características como flexibilidade
e criatividade sejam consideradas cada vez mais fundamentais na sociedade
atual, marcada pela aceleração e pela troca de informações.
A missão de proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento
dessas características paira sobre a escola, exigindo do professor uma
mudança no sentido de se tornarem capazes de lidar com os constantes
avanços tecnológicos, dependendo que eles de tornem educadores maduros
intelectualmente e emocionalmente, curiosos, entusiastas e que saibam
motivar e dialogar e que eles estejam atentos ao que não sabem, ao novo.
A grande questão é: a formação recebida pelo profissional que está
inserido na escola foi o suficiente para que ele consiga lidar com essas
Tecnologias da informação e comunicação?
O professor, não é mais um mero instrutor de um conhecimento fragmentado
em disciplina, mas sim, um grande parceiro no processo de aprendizagem.
Para que os recursos da computação possam ser usados nas ações
educacionais, todo o corpo docente precisa ser capacitado e para que isso
ocorra deve ter sua resistência ao novo vencida. Vemos então que estamos
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diante de um mundo no qual a disponibilidade de técnicas precisa abrir novas
perspectivas na esfera educativa.
Então, podemos dizer que a inserção dos computadores na sala de aula
pode favorecer o processo da educação escolar desde que ocorra a revisão
das posturas dos agentes escolares e o aprimoramento de suas práticas.
Então, podemos dizer que, os alunos da chamada geração digital, estão
cada vez menos passivos perante a mensagem fechada, pois eles modificam,
produzem e partilham. Isso torna-se sua exigência por essa nova sala de aula.
Aceitar que os alunos explorem o espaço virtual sem cair na tentação de
“facilitar” a sua tarefa, reconhecer que os alunos são capazes de aprender em
contextos que não somos capazes de controlar,que existem caminhos
diferenciados para chegar a determinadas construções, que cada aluno tem
curiosidades próprias e que são capazes de organizar informações, é um dos
primeiros desafios como professores se queremos colocar a internet na sala de
aula.
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Bibliografia Consultada
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pedagogia de projetos como uma proposta interdisciplinar no contexto da
escola pública Uberlândia, MG: Em extensão, V.7, n.2, p19-29, 2008.
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2008
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desafios internacionais Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
Werneck, H. Professor: Agente da Transformação. Rio de Janeiro, RJ: Wak,
2008
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Índice
Resumo 5
Metodololgia 6
Sumário 7
Introdução 8
Capítulo 1 – A Informática Na Escola 11
1.1 – As Inovações Na Sala De Aula 15
1.2 – A Informática Na Educação Escolar 16
Capítulo 2 – A Internet Na Prática Docente 23
2.1 – Por Que É Tão Difícil? 29
2.2 – A Tecnologia Da Informação E Comunicação E As Implicações Pedagógicas 35
Capitulo 3 – O Projeto Conexão Professor 41
3.1 Breve Panorama Na Visão Do Professor 45
3.2 – Estudo Exploratório - A Introdução das novas tecnologias no município de
Petrópolis 50
Conclusão 53
Bibliografia 55