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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A CONTROLADORIA E O CONTROLLER NO PROCESSO DE GESTÃO ORGANIZACIONAL Monalisa Silva de Castro ORIENTADOR: Prof.ª Luciana Madeira Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · 3. Controladoria Estratégica: Com foco no futuro da organização 23 3.1. Objetivos do planejamento estratégico 25 3.2. Analise

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A CONTROLADORIA E O CONTROLLER NO PROCESSO DE

GESTÃO ORGANIZACIONAL

Monalisa Silva de Castro

ORIENTADOR:

Prof.ª Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2018

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em

Auditoria e controladoria.

Por: Monalisa Silva de Castro

A CONTROLADORIA E O CONTROLLER NO PROCESSO DE

GESTÃO ORGANIZACIONAL

Rio de Janeiro

2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida, pelas oportunidades, pela força em todos os

momentos e pela certeza da sua presença.

Agradeço também a minha mãe Debora, que sempre me ensinou que devo ir

atrás dos meus objetivos e sempre me fez acreditar que era e que é possível

realizar sonhos. Agradeço ao meu padrinho Felippe porque ele é o exemplo

mais real que eu tenho de pessoa íntegra, comprometida, esforçada e com um

coração do tamanho do mundo.

Agradeço demais ao meu marido Jonathan, sem ele certamente eu não estaria

concluindo esse curso. Ele é a pessoa que está sempre ao meu lado, me

auxiliando e me dando forças, é aquela pessoa que não mede esforços pra me

ajudar a alcançar uma meta, que acredita em mim até mais do que eu mesma

acredito.

Aos meus irmãos, parentes e amigos que de alguma forma me fazer crescer

como pessoa.

Aos professores e colegas de classe agradeço pela convivência, pelo

aprendizado e pelas trocas de experiências.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu esposo, minha mãe, irmãos,

familiares e amigos que de alguma forma me

incentivaram e ajudaram para que fosse possível

a concretização deste trabalho.

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RESUMO

Esse trabalho pretende demonstrar a importância da Controladoria e

do Controller no processo de gestão das organizações. Diante disso, aplicar os

conhecimentos da controladoria seria uma ferramenta de grande valia na

intenção de solucionar problemas futuros, uma vez que através dos relatórios

preparados, trabalham-se as informações e os elementos fornecidos pelo setor

de contabilidade, de forma que estes possibilitem aos administradores um

auxilio no controle e planejamento da organização. Além do que, deseja-se

alcançar objetivos específicos, demonstrar a importância da controladoria,

identificar o papel do Controller; bem como demonstrar a missão da

controladoria e as ferramentas operacionais no processo de tomada de decisão

das instituições.

Palavras-chave: Controladoria, Contabilidade, Gestão, Tomada de decisão.

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METODOLOGIA

O presente trabalho teve como base metodológica a pesquisa

bibliográfica, por meio de livros, artigos, trabalhos acadêmicos, sites e

dissertação dos últimos 30 anos, obtendo dados para uma análise qualitativa.

Os principais autores pesquisados foram: Clovis Padovezze e Aramando Catelli

sobre Controladoria, Jose Hernandez Perez Junior e Bernie Roehl sobre

funções do Controller.

Dessa forma, esse trabalho constatou que a Controladoria e suas

ferramentas podem ser úteis a gestão, trazendo melhorias às organizações

com dificuldades em seu controle e organização, a fim de promover um

alinhamento estratégico dos seus objetivos assegurando que a empresa

conquiste seus resultados e buscando responder as interrogações quanto à

relevância da controladoria e do Controller no processo de gestão

organizacional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1

1. A Controladoria 09

1.1. O surgimento da controladoria no Brasil 10

1.2. O papel e o objetivo da Controladoria 13

1.3. Responsabilidades e Missão da Controladoria 15

1.4. A importância da Controladoria nas Organizações 17

CAPÍTULO 2

2. O Controller 19

CAPÍTULO 3

3. Controladoria Estratégica: Com foco no futuro

da organização 23

3.1. Objetivos do planejamento estratégico 25

3.2. Analise interna e externa 26

3.3. Objetivos e desafios 28

3.4. Plano de ação 29

3.5. Foco no futuro da organização 31

CONCLUSÃO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ÍNDICE 36

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade responder a pergunta:

“Porque a controladoria desempenha um papel importante na tomada de

decisões da empresa?”, realizando um estudo que aponta quão fundamental é

o papel da controladoria, para que a empresa possua uma estrutura de controle

eficaz, fazendo com que o planejamento, a execução e controle sejam

ocorridos de forma a proporcionar dados para o desenvolvimento da

confiabilidade compassiva, para alcançar seu objetivo.

Por sua vez, a controladoria envolve todos os setores, sendo o seu

principal objetivo analisar os princípios éticos e financeiros, rastreando todo tipo

de irregularidade, fornecendo assim informações e alternativas mais precisas

na tomada de decisão dos gestores. O Controller é o encarregado pela área de

Controladoria para prestar informações financeiras, econômicas e gerenciais

em uma organização, onde além de controle destas áreas, é preciso que o

mesmo esteja atento às modificações externas que a organização possa sofrer,

avistando garantir que as informações sejam apropriadas e adequadas, onde

seja ainda capaz de prever possíveis riscos de mercado no qual a organização

está inserida.

O processo de gestão organiza e define todo processo decisório de

uma organização, considerando todo tipo de planejamento, execução e tomada

de decisão dos gestores. Nesse sentido o trabalho está organizado em três

capítulos e a conclusão. O primeiro capítulo terá quatro tópicos que vai tratar

dos conceitos e definições da controladoria, o surgimento, o papel e o objetivo,

as responsabilidades e missão e sua importância nas organizações, no

segundo capítulo falaremos sobre as funções do Controller, e o segundo

capítulo mostrara importância da controladoria com foco no futuro da gestão

organizacional.

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CAPITULO 1

1. A CONTROLADORIA

Castro (2015) menciona que a controladoria surgiu pelo fato de as

empresas necessitarem de um controle maior em suas operações, que

aumentaram seu volume e sua dificuldade, pois passou a se ter estratégias e

planejamentos das atividades decorrentes da empresa, acrescentando que se

tornou essencial ter informações precisas para se tomar decisões.

Segundo Marion (et. AL., 1996, p. 140-141):

[...] o objetivo da Controladoria pode ser definido como o de

assegurar um resultado sinérgico da empresa, o que corresponde a uma

integração dos esforços das diversas áreas, na obtenção de um resultado

global superior à soma dos resultados particulares de cada área de

responsabilidade, embora a soma algébrica dos resultados analíticos seja o

resultado global da empresa.

Marion (et. AL., 1960) complementa que para que os objetivos da

controladoria sejam cumpridos com eficiência são necessários profissionais

com competência, habilidades e conhecimento nas analises dos problemas

decorrentes da atividade econômica da empresa, e ainda é necessário que o

profissional que atue nessa área tenha recursos de materiais a serem

utilizados, como computadores e softwares.

“A controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa que,

por meio da ciência contábil e do sistema de informação de controladoria, é

responsável pela coordenação da gestão econômica do sistema empresa.”

(PADOVEZE; BERTOLUCCI, 2008, P. 44)

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1.1. O SURGIMENTO DA CONTROLADORIA NO BRASIL

A Controladoria teve inicio do século XX, nos grandes grupos norte-

americanos, com o propósito de realizar rígido domínio de todos os negócios

da instituição. Na Revolução Industrial foram surgindo empresas organizadas

sob forma de departamentos e divisões, mas com o controle centralizado. A

controladoria pode ser entendida como um ramo do conhecimento responsável

pelo projeto, elaboração, execução, e manutenção do sistema integrado de

informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade,

sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo de

Contabilidade. (Oliveira, Hernandez e Silva, 2002, p. 13)

Já o Brasil conheceu o processo de modernização durante o período

de instalação da indústria, quando passa a perseguir sua projeção como

“potência econômica”. Furtado (2000), afirma que a expansão do comércio

exterior também foi responsável por realimentar o processo acumulativo nos

centros geradores de progresso tecnológico, contribuindo de forma ampla para

intensificar as transformações das estruturas sociais nas áreas em que o

sistema produtivo estava em rápida evolução.

Segundo Gremaud, Vasconcellos e Júnior (2011), até a década de

30, o Brasil era considerado um país agroexportador, ou seja, era um país

eminentemente agrícola, sua população estava concentrada na zona rural e a

produção nacional dependia fortemente da agricultura destinada ao mercado

externo, sobretudo da produção e das exportações de café. Ainda segundo os

autores, a partir do século XX, este modelo econômico é revertido, pela

chamada industrialização por substituição de importação, que promoveu a

industrialização da economia brasileira e também a forte urbanização do país.

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), o

desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos, pois JK abriu a

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economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Neste

período ocorreu a instalação das primeiras multinacionais no país. Segundo

Ribeiro (2010), no governo de JK, os resultados foram estimulantes.

De acordo com esses fatores, com a chegada das multinacionais no

Brasil, as empresas passaram a depender cada vez mais de informações

adequadas que permitissem o acompanhamento e o controle de todas as

operações desenvolvidas. Além disso, precisavam também de relatórios que

apoiassem a tomada de decisão eficaz.

Segundo Siqueira e Soltelinho (2001), no Brasil a controladoria

surge na década de 1960, em função do crescimento da participação da

indústria na matriz produtiva brasileira. Além disso, Siqueira e Soltelinho (2001)

afirmam que a participação na economia brasileira de empresas multinacionais

foi o pano de fundo para o surgimento da Controladoria no Brasil, pois através

dessa participação, foi aplicada a cultura da controladoria trazida pelas

empresas norte-americanas. Com o acirramento da competição, as empresas

foram obrigadas a se reestruturar e, conseqüentemente o aumento da

competitividade exigiu a formação de novos profissionais que assegurassem o

controle da organização.

Segundo Kanitz (1976, p. 5) “Os primeiros controllers foram

recrutados entre os homens responsáveis pelo departamento de contabilidade

ou então pelo departamento financeiro da empresa”. Por muitos anos, a função

da contabilidade consistiu em processar um conjunto básico de operações,

registrá-los e convertê-los em demonstrações financeiras no final do mês.

Em sua origem, o papel desempenhado pela controladoria era

voltado especificamente para a função contábil, pois os primeiros controllers

eram os chefes de contabilidade, responsáveis por manter os arquivos

financeiros formais da empresa.

O problema era que as demonstrações financeiras já não

satisfaziam mais as exigências, não só dos usuários internos, mas também dos

usuários externos, primeiramente, porque dentro do ambiente organizacional,

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os tomadores de decisão não compreendem os dados fornecidos pela

contabilidade, e esta por sua vez não possuía uma visão sistêmica do negócio.

Considerando estes fatores, a separação entre a função contábil e a função

financeira, foi o caminho lógico adotado para fazer frente a esta nova forma de

fazer negócios, desenvolvendo-se assim, uma nova função a controladoria

(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008).

Neste sentido, essa nova função precisava ser realizada por alguém,

capaz de fazer das informações contábeis um instrumento de controle que

auxiliasse os gestores, na difícil tarefa de tomar decisões, garantindo a

continuidade do negócio (RICARDINO, 2005).

Quanto ao desenvolvimento cientifico da controladoria, Lunkes (et.

AL., 2012), informa que no Brasil o primeiro livro publicado sobre o tema foi o

de Nguyen H. Tung, intitulado “Controladoria Financeira das Empresas: Uma

abordagem prática”. Esse livro foi publicado em 1971.

Na década de 2000, houve avanço no desenvolvimento do tema

controladoria, com a publicação de mais de 20 livros, Segundo Lunkes (et. AL.

2012), isso ocorreu em função da criação da disciplina de Controladoria nos

cursos de graduação e de dezoito novos cursos de mestrado e três novos

cursos de doutorado em Contabilidade, permitindo deste modo, discussões

mais profícuas e maior maturidade sobre o tema.

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1.2. O PAPEL E O OBJETIVO DA CONTROLADORIA

O papel da controladoria como órgão administrativo é administrar o

bom desempenho da empresa, fortalecer sistemas e metodologias que

proponham modelos gerenciais que aprimorem o desempenho das empresas

por meio de seu sistema de gestão, fornecendo informações para os gestores

que intervêm na tomada de decisões.

A controladoria resume-se a um corpo de doutrinas e conhecimentos

relativos à gestão econômica e pode ser visualizada como uma área do

conhecimento humano com fundamentos, conceitos, noções e métodos vindos

de outras ciências ou como um órgão administrativo com missão, função e

princípios orientados definidos no modelo de gestão dos processos da

empresa.

"A missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa,

assegurando a otimização do resultado global". (CAGGIANO, 2004, p. 26).

O órgão administrativo controladoria tem como propósito assegurar

informações apropriadas para o processo decisório, colaborando com os

gestores na busca da eficiência gerencial. O controlador é o chefe da

contabilidade, aquele que supervisiona e mantém os arquivos financeiros

formais da empresa, ainda que suas funções não tenham que se restringir

apenas as funções contábeis. Além disso, ele aumenta sua atuação e se utiliza

da contabilidade em aplicações gerenciais.

A controladoria não pode ser vista como uma estratégia que ensina

como fazer, mas sim, como parte do conhecimento responsável por

estabelecer toda base teórica e como um órgão administrativo que responde

pela disseminação de conhecimento, modelo e implantação de Sistemas de

Informações e Modelo de Gestão Econômica que possam reparar as

necessidades de informações dos gestores. A fim de contribuir com os mesmos

durante o processo de gestão auxiliando a tomada de decisões corretas e

eficientes.

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O processo de gestão é composto por três etapas: o planejamento,

que é um processo contínuo e que não deve ser tratado como um ato isolado,

pois envolve o seu próprio planejamento, execução e controle no procedimento

decisório; a execução, que é o processo pelo qual os gestores colocam em

prática os planos operacionais anteriormente definidos; o controle, que ao

contrário da sequência, não é a última fase no processo de gestão, pois deve

estar presente em todas as etapas anteriores (no planejamento, na execução e

em si mesmo). Essas fases podem ser consideradas como controle no

processo decisório. (Mosimann e Fisch, 1999, p.115)

"A controladoria é uma área coordenadora das informações sobre

gestão econômica, no entanto, ela não substitui a responsabilidade dos

gestores por seus resultados obtidos, mas busca induzi-los à otimização do

resultado econômico". (CATELLI, 2001, p. 346).

Cada gerente tem responsável pelos seus resultados e a

controladoria é responsável pela organização, administração, e fiscalização de

sua área econômica.

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1.3. RESPONSABILIDADES E MISSÃO DA

CONTROLADORIA

Como órgão administrativo é responsável pela coordenação e

disseminação da teoria formada, deverá garantir as informações necessárias

ao processo de gestão, propiciando aos gestores informações úteis a eficácia

empresarial.

Catelli identifica as atividades que a Controladoria, como órgão

administrativo, é responsável pelo:

Desenvolvimento de condições para a realização da gestão

econômica: visto que as decisões tomadas na condução das

atividades têm como foco o resultado econômico, significa

que os gestores devem estar de posse de instrumentos

adequados, bem como devidamente treinados;

Subsídio ao processo de gestão com informação em todas as

suas fases: os sistemas de informação devem ser

disponibilizados para uso direto do gestor, de modo que as

informações sejam oportunas;

Apoio á consolidação, avaliação e harmonização dos planos

das áreas: é a maneira de consistir a otimização do todo,

constituindo-se num elemento catalisador da sinergia

necessária para otimização do resultado global;

Gestão dos sistemas de informação econômicas de apoio às

decisões: os sistemas de informações devem propiciar

informações que reflitam a realidade físico-operacional. A

Controladoria é a responsável pela gestão operacional.

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Na qualidade de unidade administrativa, a controladoria é

responsável pelo gerenciamento e propagação da tecnologia de

gerenciamento, além de concentrar e direcionar os esforços dos demais

gerentes à otimização do resultado da organização. A Controladoria é, por

excelência, um setor coordenador das informações sobre gestão econômica;

entretanto, ela não isenta a obrigação dos gestores por seus resultados

obtidos, mas busca conduzi-los ao aprimoramento do resultado econômico.

Em vista disso, os gestores, além de duas especialidades, precisam

ter conhecimento apropriado sobre gestão econômica, tornando-se gestores do

negócio, cuja responsabilidade abrange as gestões financeira, econômica,

operacional e patrimonial das suas referentes áreas.

Segundo Catelli (1999, p. 370-372), pode definir como missão da

controladoria:

Assegurar a otimização do resultado econômico da organização. A

Controladoria vista como Unidade Administrativa é responsável pela

coordenação e disseminação desta Tecnologia de Gestão – quanto ao conjunto

teoria, conceitos, sistemas de informações – e também, como órgão

aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que conduzem à

otimização do resultado global da organização.

A fim de que a missão possa ser exercida com satisfação, objetivos

claros e viáveis estarão sendo estabelecidos. Os objetivos da Controladoria,

tendo em vista a missão estabelecida, são considerados a promoção da

eficiência organizacional, a viabilização da gestão econômica e a promoção da

agregação das áreas de responsabilidade.

Perante este prisma, ao auxiliar como área de responsabilidade e

conjuntamente com as demais para o cumprimento da missão e continuidade

da organização, a Controladoria, terá como filosofia de atuação a coordenação

de empenhos tendo em vista à sinergia das ações, a participação ativa do

método de planejamento, a relação das áreas operacionais e a confiabilidade,

motivação e convicção.

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1.4. A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA NAS

ORGANIZAÇÕES

Depois da globalização, o ambiente empresarial brasileiro tornou-se

mais complexo e isso se deve principalmente pelas mudanças inseridas pelos

movimentos internacionais.

Cada vez mais as empresas brasileiras enfrentam desafios e sofrem

forte influência da economia e das manifestações sociais que acontecem no

mundo todo, tornando indispensável uma gestão empresarial muito mais

competitiva, eficaz e mais rápida.

No Brasil, os constantes avanços de tecnologia da comunicação e

informação, o crescimento econômico e social e a crescente participação na

esfera internacional contribuem para uma reestruturação cada vez mais

realista, dinâmica e constante da gestão empresarial, tornando o papel

da Controladoria fundamental.

As organizações brasileiras também evoluíram muito em suas

estruturas e modelos culturais, exigindo que a Controladoria atue de forma pró-

ativa, eficiente e de acordo com as normas, legislação e

procedimentos oportunos, o que requer do profissional desta área, o Controller,

uma formação sólida, postura nos estilos pessoais e gerenciais, dando forte

valorização aos perfis de liderança e a cultura motivacional, criando atitudes e

comportamentos necessários às mudanças, inovações e sobrevivência no

mercado.

A controladoria está diretamente ligada com todas as áreas de uma

organização. E é através da elaboração e do acompanhamento de relatórios

gerenciais, econômicos e financeiros, que auxilia e proporciona aos gestores

uma maior credibilidade e segurança na tomada de decisões. Portanto, é de

suma importância que a empresa possua uma estrutura de controle eficiente e

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que possa ser disseminado na mesma como um todo, de forma clara e

concisa, fortalecendo o desempenho através de seu processo de gestão e

conduzindo à eficácia da organização.

Nunca deixando esquecer que o principal objetivo da controladoria é

obter informações e agrupá-las através de dados para que dessa maneira

possa propiciar um suporte tempestivo, visando subsidiar o processo decisório

empresarial para a busca de melhores resultados. Com a intenção de que a

empresa atinja sua missão, sua visão e seus objetivos, e assegurando aos

tomadores de decisão uma maior margem de confiabilidade e menor

possibilidade de erros previsíveis, para não expor a organização a riscos de

curto, médio e longo prazo.

Outra finalidade significativa da controladoria é criar, planejar ou

adaptar um sistema na estrutura organizacional da empresa, certificando-se de

que suas informações sejam relevantes, no que diz respeito ao caminho mais

adequado para chegar aos resultados almejados. É através dela que seus

usuários possam ter informações fidedignas, com transparência e em tempo

hábil.

No capítulo seguinte falarei sobre o Controller ou gerente de

controladoria, que é um profissional fundamental na gestão das grandes

empresas. A ele recai a responsabilidade de coordenar os processos de gestão

econômica, financeira e patrimonial, realizando um estudo tanto do ambiente

interno como do externo. E só é possível fazer isso com a consolidação das

informações apresentadas nos relatórios elaborados por seu setor.

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CAPITULO 2

2. O CONTROLLER

Controller é a função designada ao profissional da controladoria. O

Controller é a pessoa responsável por informar o controle econômico,

financeiro e gerencial da entidade, assegurando que essas sejam verdadeiras

e entregues aos gestores no tempo devido. Não é função do Controller o

comando dos negócios da empresa, mas sim deixar os gestores informados

sobre a melhor forma de conduzir sua instituição.

Segundo Peres Junior (1995), as principais responsabilidades do

Controller são:

Organizar adequados sistemas de informações gerenciais que

permitam a administração conhecerem os fatos ocorridos e os resultados

obtidos com as atividades.

Comparar, permanentemente o desempenho esperado com o real.

Classificar variações de desempenho e estimativa.

Orientar e fornecer informações confiáveis para os gestores.

O profissional deve estar atento às mudanças, ter conhecimento em

gestão organizacional, de recursos humanos, estoque e produção, ser capaz

de enxergar além do óbvio, zelar pela continuidade da empresa (fazendo com

que as atividades desenvolvidas conjuntamente obtenham resultados

superiores aos que alcançariam se trabalhassem independentemente) e ser

dedicado ao trabalho.

Esse conhecimento vem de um controle rigoroso dos indicadores da

empresa, sendo necessário que tenha certa autonomia estando diretamente

ligado aos gestores.

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É necessário que o Controller tenha a capacidade de prever os

problemas que surgirão e coletar as informações necessárias para tomada de

decisão, assumindo o papel de mentor do processo, visando à implantação de

ações de melhorias.

Dessa forma o Controller responde o que as empresas vêm

buscando, que é um profissional qualificado e preparado para assumir esse

papel de visão futura, otimista em seu resultado e com esse olhar critico

construtivo com intenção de melhoria para a empresa.

O Controller pode e deve exercer influencia junto aos demais

gestores e o faz pelo conhecimento da ciência da gestão econômica. Em

outras palavras, o conhecimento da empresa como um todo e o conjunto dos

planos de ação, associados ao conhecimento cientifico da administração,

permitem ao profissional de controladoria exercer um papel influenciador.

(PADOVEZE, 2003, p. 36)

O Controller é o responsável pelo departamento de controladoria,

sua função é gerenciar um sistema de informação eficaz, desenvolvendo um

trabalho para que as atividades desenvolvidas alcancem os resultados

previstos e cuidando par que a empresa tenha continuidade.

Segundo o estatuto do “Controllers Institute of America”1, as funções

básicas do Controller são:

1) Implantação e supervisão do plano contábil da empresa

2) preparação e interpretação dos relatórios financeiros da empresa

3) verificação contínua das contas e registros em todos os setores da empresa

4) compilação dos custos da produção

5) compilação das despesas com a distribuição

6) realização e custeio das contagens físicas dos estoques

7) preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referentes aos

impostos

8) preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para as decisões da

1 https://editora.ctue.com.br/caracteristicas -funcao-controller/

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direção

9) preparação do orçamento global da empresa

10) supervisão do seguro de todos os bens da empresa

11) fixação de normas-padrão relativas à contabilidade e aos processos e

sistemas de trabalho da empresa

12) supervisão dos planos de aquisição de ativo fixo

13) aplicação de todas as decisões financeiras tomadas pela direção, uma vez

de acordo com as normas vigentes

14) manutenção de todos os contratos celebrados com terceiros pela empresa

15) aprovação do pagamento e assinatura dos cheques, notas promissórias

etc., de comum acordo com o Tesoureiro

16) aplicação dos regulamentos da empresa no tocante a assuntos relativos a

cauções e ações emitidas pela empresa

17) preparação e/ou aprovação dos regulamentos internos que visem ao

cumprimento dos regulamentos governamentais

Para o bom desempenho de suas funções, como qualquer outro

executivo, o Controller deve ter suas tarefas perfeitamente fixadas. Qualquer

insegurança ou duplicidade de autoridade dificultará o seu exercício.

Como se trata de um profissional da área contábil, o Controller tem

facilidade para visualizar os pontos positivos ou negativos da empresa, e

analisar as demonstrações e relatórios financeiros, podendo assim recomendar

que sejam feitas alterações para a melhoria de desempenho em determinadas

áreas.

Diante das facilidades mencionadas, o Controller é tido como uma

ligação entre a direção e o restante da organização, pois ele se depara com

inúmeras situações nas diversas áreas da organização tendo que apresentar à

direção as mudanças que devem ser realizadas para que os melhores

resultados sejam alcançados e fazer com que estas mudanças sejam aceitas e

se propaguem de forma clara e positiva entre a equipe.

Através da controladoria a direção de uma empresa tem a

possibilidade de conduzir a que seus esforços sejam produtivos. É junto a essa

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área que a alta direção e os gestores da organização buscarão informações

consistentes a fim de definir os rumos a serem seguidos pela organização.

(ROEHL, 1996, p. 85)

Sendo assim, o Controller se torna o responsável pelo projeto,

execução e manutenção de um sistema integrado e completo de informações,

que executa o conceito da controladoria como um instrumento imprescindível.

Com base em todas essas informações é muito fácil entender que a

gestão de controladoria não é propícia a boa parte dos profissionais, pois exige

uma formação sólida e bem direcionada, além de constantes atualizações.

Assim, o mercado busca, cada vez mais, por profissionais completos, capazes

de agregar não apenas em sua área de atuação como nos diferentes setores

que compõem o negócio das empresas.

Sendo assim, o Controller é um dos profissionais com visão crítica

orientada para a otimização de resultados. E isso só é possível porque ele é

capaz de traduzir uma boa gestão em números, respaldado pelos diversos

indicativos pertinentes à administração. A função desse profissional transcende

a relação contábil e financeira das empresas, pois avança por questões

estratégicas, servindo como um pilar robusto de apoio às mais importantes

decisões empresariais.

A seguir, será abordado o tema: A controladoria com foco no futuro

da organização, onde será explanado como as empresas precisam

desenvolver uma visão ampla do seu negócio. E isso só é possível por meio de

estratégias que são estabelecidas com a análise de dados da organização e do

mercado.

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CAPITULO 3

3. CONTROLADORIA ESTRATÉGICA: COM FOCO NO

FUTURO DA ORGANIZAÇÃO

O processo de planejamento estratégico serve para demonstrar e

avaliar as informações existentes, para que assim possa atender os objetivos e

metas organizacionais, a base deste processo é identificar, coletar, armazenar,

verificar, analisar, compreender, interpretar e julgar informações, com

fundamento nos processos decisórios. PADOVEZE (2007; p. 96), defende

que:

“A estratégia da empresa decorre de seus objetivos corporativos,

os quais, por sua vez, decorrem de suas metas, que estão em linha com a

missão da corporação. (...) Planejamento Estratégico deve englobar todos os

objetivos funcionais e divisionais da empresa, em um processo integrado e

interativo.”

Conforme Nascimento e Reginato (2007; p. 128) citando Ackoff

(1980) diz que: “O planejamento é algo que fazemos antes de agir; isto é,

tomada antecipada de decisões”. É um processo de decidir o que fazer, e como

fazê-lo, antes que se requeira uma ação [...] o planejamento é um processo

que se destina a produzir um ou mais estados futuros planejados e que não

deverão ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita. “O planejamento,

portanto, preocupa-se tanto em evitar ações incorretas quanto em reduzir a

frequência dos fracassos ao se explorar a oportunidade.”

Como as empresas são inseridas num sistema maior e envolvidas

num ambiente externo, e também tem o seu próprio ambiente interno, assim o

planejamento estratégico terá um grande significado ou será mais eficaz e

quanto mais eficaz consistir na interpretação e julgamento de todos os

aspectos e entidades desse ambiente, poderá analisar os pontos fortes e

fracos, riscos e oportunidades, para um procedimento desta analise.

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As forças e fragilidades das organizações fazem referência às áreas

internas, comparando assim com as competições e as expectativas do

mercado, ou seja, faz as comparações nos negócios atuais, bons ou ruins, com

realização desta analise deve ser confrontado com os objetivos da

organização, no entanto indicara quais áreas de forças e fragilidades será

importante no futuro. Na abordagem de Catelli (2007; p. 138) informa que:

“Nesse ambiente de turbulências e de grande competição entre as

empresas, a única saída para os gestores alcançarem seus objetivos é planejar

cuidadosamente as ações que pretendem empreender, reavaliando, de tempo

em tempo, o desempenho efetuado contra do desempenho planejado.”

Conclui-se que planejar está conectado à existência de processos

decisórios, estejam de forma subjetiva ou conjunta e apresentarão controle em

toda corporação organizacional, comprometendo diretamente os resultados e

conseqüentemente o patrimônio, no qual a controladoria trabalha para

resguardar.

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3.1. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Os objetivos do planejamento estratégico é maximizar os resultados

e minimizar as deficiências, utilizando o princípio de eficiência e eficácia, pode-

se perceber que o planejamento tem como objetivo melhorar os resultados da

organização. Na visão de Padoveze (2007; p. 98):

“O plano estratégico deve conter claramente as intenções que a

empresa tem e o que e como ela deve proceder, com o máximo possível de

dados quantitativos das metas incorporadas no plano estratégico.”

Observa-se que para melhores resultados, o planejamento

estratégico deve avaliar as estratégias presente em ocorrência do futuro.

Conforme Nascimento e Reginato (2007), a estratégia são meios de posicionar

ou reposicionar a organização em seu ambiente, ou seja, tem como objetivo

assegurar a permanência da empresa no mercado.

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3.2. ANALISE EXTERNA E INTERNA

Externa

Em planejamento estratégico são destacados os fatores externos e

as oportunidades e as ameaças, que devem identificar possíveis problemas

que os fatores ambientais podem trazer no futuro, com a oportunidade pode

revelar algumas áreas a serem trabalhadas, inclusive, podem alterar os

objetivos da empresa. Nascimento e Reginato, 2007 (apresentam algumas

variáveis das ameaças, que são alguns ambientes incontroláveis, que pode

criar condições desfavoráveis e risco da continuidade para o negócio, as

oportunidades são as variáveis que também incontroláveis pela organização,

podendo converter-se em estratégia voltada ao crescimento, desde que a

empresa tenha condições de aproveitar suficientemente. De acordo com

Padoveze (2007; p. 98):

“Os principais fatores do ambiente externo são: concorrentes,

fornecedores, clientes, mercados, ambientes econômico, social e político,

fatores e regulatórios, demográfica, clima e desenvolvimento tecnológico.”

No entanto pode perceber-se que o conhecimento do mercado onde a

empresa está sendo inserida é essencial para que seja formada uma ótima

analise dos fatores externos, para que assim possa identificar as ameaças e as

oportunidades oferecidas pelo mercado.

Interna

Na analise interna são identificados os pontos fortes e fracos da

organização, tem por finalidade mostrar as deficiências e qualidade que estão

sendo analisados, como aspectos para a empresa na comparação de outras

organizações no seu campo de atuação que podem ser concorrentes diretos ou

concorrentes potenciam. Desta forma Nascimento e Reginato (2007) definem:

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Os pontos fortes: são variáveis interna e controláveis, tem os benefícios

operacionais que a organização possui em relação a seus concorrentes, facilita

na adoção de uma estratégia para evit

variáveis internas e controláveis que a fragilidades operacionais, que

restringem a capacidade de adoção de uma estratégia. Aos fatores internos

podem ser manuseados pela empresa, de maneira que busca corrigir os

desvios políticos impróprios. Portanto os gestores devem ser cautelosos aos

fatores citados acima, deve se identificar o mais breve possível as variáveis e

corrigi-las, para manter a estabilidade da empresa.

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3.3. OBJETIVOS E DESAFIOS

O objetivo é o que diz onde a empresa pretende estar, qual o alvo a

ser alcançado, o desafio e a busca pelo alcance do equilíbrio organizacional

com prazo definido, reagir de forma que dê respostas breves e eficazes nas

mudanças do ambiente. Para chegar a um bom plano a organização necessita

de um conjunto de atividades empreendidas, ou seja, provocar modificações

que influenciem a seu favor. Para Nascimento e Reginato (2007) informa que,

“o objetivo é fazer com que tudo suceda dentro da organização de acordo com

as crenças e valores dos gerenciadores e de seus principais executivos, ou

seja, fazer com que o planejamento, a execução e controle sejam ocorridos de

forma a proporcionar dados para o desenvolvimento da confiabilidade

compassiva, para alcançar o seu objetivo.” Em execução é que as atuações

surgem nas transações realizadas durante o período do processo de

planejamento, com objetivo de atingir a meta estabelecida. Com o domínio faz-

se a comparação dos resultados e o que foi planejado, procura identificar os

desvios da respectiva causa e na tomada de decisão a serem implantadas com

o envolvimento dos gestores Catelli (2007). Portanto com as colocações dos

autores, os objetivos é a meta estabelecida pela empresa, para se alcançar em

um período de curto prazo ou longo prazo, mas tem os desafios que são

encontrados durante o processo de planejamento e execução do mesmo, tendo

uma necessidade de uma equipe qualificada e forte para agir dentro do

ambiente e desenvolver dados com informações favoráveis para a tomada de

decisão.

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3.4. PLANO DE AÇÃO

É feito através da formação de um planejamento estratégico do

desenho operacional, nele consiste a identificação, coerência e estimativa de

alternativas de ação e escolha de um plano de ação a ser praticado. Na

definição de Catelli (2007), abrange as seguintes fases de planejamento que

ção dos objetivos operacional; definição dos meios e recursos;

identificar as alternativas de ação; simulação das escolhas identificadas;

escolha das alternativas e agrupamento ao plano; estruturação e quantificação

do plano; e aprovação e divulgação do plano. O plano de ação deve obter

detalhes de todas as ações pré-estabelecidas, como os recursos esperados,

prazos estabelecidos e responsáveis.

Para Tung (1993) citado por Fernandes (2009; p. 71):

“Os relatórios são elaborados para atender aos usuários e calcular

o lucro e as vantagens obtidas em relação aos planos estabelecidos, melhor

controlar as operações correntes e tomar as decisões necessárias, avaliar o

desempenho por área, responsabilidade, fornecer bases para o planejamento

futuro. Eles podem ser classificados em dois tipos: os que a administração

deve ter sempre em mãos e os que são elaborados quando solicitados e

devem seguir um programa de trabalho para atender às necessidades da

empresa: fornecer informações econômico-financeiras sobre as operações da

empresa à cúpula administrativa; alertar em tempo hábil os desvios ocorridos

sobre os planos; estar interligado às áreas comerciais e de produção para

acompanhamento dos planos de ação; manter-se informado sobre todos os

acontecimentos externos à empresa; melhorar os sistemas de relatórios com

seminários em outras áreas da empresa e entidades externas; manter contato

com outros departamentos para melhor esclarecer os fatos relatados.”

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No Pré-planejamento é obedecida a definição dos objetivos, a

identificação das alternativas de ação e escolha, aquelas que viabilizam as

diretrizes estratégicas, ou seja, é um conjunto de escolhas nas ações

selecionadas e favoráveis. Nas alternativas selecionadas, é determinado um

ponto de vista temporal, que são considerados pelas organizações como médio

e longo prazos, assim dimensiona os recursos, volumes, valores, prazos,

aquisição e outras mutáveis planejadas, com base no cenário do plano

estratégico, será traçado durante o plano que constitui nas escolhas de uma

ação a ser implantado. No planejamento de curto prazo é um momento mais

próximo e mais seguro das variáveis envolvidas, Catelli (2007). Seguindo os

pensamentos dos autores, entendo que o sucesso de um plano de ação, fica

relacionado ao acompanhamento e gerenciamento de uma controladoria

estratégica, onde os gestores devem permanecer conscientes dos projetos

integrados ao planejamento estratégico no qual deve ser desempenhado para

que o planejamento se concretize.

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3.5. FOCO NO FUTURO DA ORGANIZAÇÃO

Vivenciamos um novo contexto onde o mercado está cada vez mais

exigente, competitivo e com grandes avanços tecnológicos. Com isso, as

organizações passaram a ter mais preocupação com os processos de gestão

em seus negócios, como busca de garantia de crescimento e continuidade,

sendo fundamental e necessário que a empresa possua uma estrutura

organizacional bem planejada e adaptável as mudanças e avanços do mercado

ao qual está inserida.

A modernização das organizações, o alcance de seus objetivos de

lucro, de produtividade, o seu nível de qualidade e de sua competitividade

requerem um repensar da função da organização. (Aguiar, 2002, p. 279)

Os gestores precisam ter uma visão ampla, pois eles são os

responsáveis pelas decisões presentes e futuras, e principalmente pelo

desenvolvimento dos negócios. Logo, são eles as pessoas mais interessadas

nas demonstrações contábeis da empresa.

A controladoria deve elaborar relatórios que permitam que os

administradores tenham uma linha de informações contínua, sobre diferentes

pontos de vista voltados à gestão financeira, econômica e patrimonial da

empresa, estes relatórios devem proporcionar uma maior compreensão sobre

os objetivos e metas já alcançados, e contribuir para que o programado seja

realizado, podendo assim atingir os resultados previstos. Através desses

relatórios deve-se permitir por meio de projeções das informações contábeis a

influência nas decisões a serem tomadas.

Dessa forma, posso afirmar que a controladoria empresarial é de

suma importância à sobrevivência da organização, sendo uma norteadora de

possíveis rumos a serem traçados. Correspondendo ao fato de poder mensurar

e ter possibilidade de prever possíveis erros capazes de trazer riscos e de

afetar a continuidade da organização.

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CONCLUSÃO

A contabilidade deve estar presente em todas as etapas do processo decisório

de uma empresa, onde se estabelecem e se desenvolvem condições para a

realização da gestão, a partir das informações por ela geradas.

Planejar, coordenar e monitorar são tarefas fundamentais e, cada vez mais

necessárias para quem deseja obter o sucesso no seu negócio. A controladoria

embasada nas informações contábeis e com uma visão multidisciplinar age de

forma pró ativa em relação às necessidades do processo de decisão da

empresa, orientando-a para a eficácia organizacional. Através de suas

ferramentas, a controladoria sustenta o processo de gestão. É por meio do

planejamento que ela determina o caminho a ser seguido, no qual os dados

planejados e coletados são analisados e geram informações que devem ser

aplicados conforme os objetivos propostos.

Esse por sua vez, precisa conhecer todos os departamentos e todas as fases

no processo de gestão da empresa, pois, a partir dos dados obtidos pelo

planejamento e pelas ferramentas, balanço patrimonial, demonstração do

resultado, processo de gestão operacional, fluxo de caixa e capital de giro,

entre outros, os gestores poderão encontrar opções cada vez mais apropriadas

para a tomada de decisão. O Controller identifica e direciona possíveis

soluções para a gestão, planejando e coordenando estratégias essenciais para

uma boa execução do presente e futuro das empresas.

Conseqüentemente, vemos a importância e a relevância da controladoria

dentro do processo de gestão das organizações. Sua execução torna-se

indispensável para a tomada de decisões, pois, através da figura do Controller,

onde trabalha junto com a administração, com a finalidade de assegurar que os

planejamentos operacionais e estratégicos sejam implantados, nas situações

que não existam, e executados de forma harmônica com o planejamento.

Sabemos ainda que, esses planejamentos devem ser analisados de tempos

em tempos e avaliados, para que se necessário for, sejam feitos ajustes, com o

objetivo de atingir as metas estabelecidas pela empresa.

Assim sendo, conforme estudado, a controladoria pode auxiliar os gestores das

empresas a planejar e controlar a execução da suas atividades com mais

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eficiência. Ao executar os objetivos traçados e acompanhá-los durante seu

desenvolvimento, os gestores estarão aptos a corrigir eventuais ameaças

dentro do panorama empresarial.

Nessa perspectiva e respondendo a pergunta da introdução: “Porque a

controladoria desempenha um papel importante na tomada de decisões da

empresa?”, espera-se que a controladoria no processo de gestão das

organizações possa criar condições necessárias para que estas obtenham uma

maior estabilidade no mercado e, conseqüentemente garanta sua

sobrevivência e continuidade no mundo dos negócios de forma competitiva e

efetiva.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1

1. A Controladoria 09

1.1. O surgimento da controladoria no Brasil 10 – 12

1.2. O papel e o objetivo da Controladoria 13 – 14

1.3. Responsabilidades e Missão da Controladoria 15 – 16

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1.4. A importância da Controladoria nas Organizações 17 – 18

CAPÍTULO 2

2. O Controller 19 – 22

CAPÍTULO 3

3. Controladoria Estratégica: Com foco no futuro

da organização 23 – 24

3.1. Objetivos do planejamento estratégico 25

3.2. Analise interna e externa 26 – 27

3.3. Objetivos e desafios 28

3.4. Plano de ação 29 – 30

3.5. Foco no futuro da organização 31

CONCLUSÃO 32 – 33

BIBLIOGRAFIA 34 – 35