Justiça reconhece uso especial de imóvel de posse do INSSCasa no Recife, cedida pelo antigo INAMPS, teve uso assegurado com base no direito à moradia PÁG.02

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Assistida com câncer de mama conquista o direito à gratuidade em remédioO remédio, que custa quase dez mil reais, é fornecido no SUS em casos iniciais de câncer PÁG.02

Defensoria Pública da União em São Paulo, 17 de Outubro de 2014 | Edição nº 12, ano 1

INFORMATIV São Paulo

www.dpu.gov.br | imprensasp@dpu.gov.br | @dpu_sp

Responsabilidade solidáriaJustiça responsabiliza empresa de vestuário por

trabalho escravo após atuação da DPU/SP PÁG.02

cursinhogratuito na DPU/SP

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SELEÇÃO PARA ESTÁGIO DE DIREITO

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM SÃO PAULO

Rua Fernando de Albuquerque, nº 155, Bairro Consolação.

DIVISÃO DE ESTÁGIOE-mail: estagio.adm.sp@dpu.gov.br

Prova11/11

INSCRIÇÕES GRATUITAS:Até o dia 04 de Novembro. Pela seção de estágio do sitewww.dpu.gov.br

BOLSA-AUXÍLIO R$ 520,00**mais auxílio-transporte no valor de R$ 6,00 diários

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Podem participar alunos que estejam cursando a partir do

3º semestre do curso de Direito

ÁREAS DE ATUAÇÃO• Direito Civil• Direito Militar• Direito Previdenciário• Direito do Consumidor

• Direito Penal• Direito Administrativo• Direito Internacional• Direitos Humanos

DPU/SP recebe inscrições para o 27º Concurso para Estágio em Direito PÁG.03

BraSil / SÃO PaUlO02 Quinzena 01OUTUbrO/2014

FALE COM A REDAÇÃOimprensa.sp@dpu.gov.br(11) 3627-3473

EXPEDIENTEInformativo DPU. Assessor de Comunicação: Chico MacedoEditora-Chefe: Maria Carolina Santos AndradeJornalistas: Ademar Lourenço e Maria Rita Ferreira

Informativo DPU/SP. Editor-Chefe: Diego Camara. Diagramação: Gustavo DamásioEstagiária: Tamires Tavares

O Informativo DPU foi criado para unificar a divulgação interna de notícias e informações relevantes da Defensoria. Ele já está presente em algumas unidades e continua em expansão. Com produção quinzenal, tem como público-alvo defensores, servidores e colaboradores da instituição. A primeira página está disponível nos murais e elevadores e a edição virtual completa pode ser acessada via newsletter, smartphone ou na Intranet.

Editado e distribuído pela Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública da União em São Paulo. End.: Rua Fernando de Albuquerque, 155, 3º Andar, Bairro Consolação, CEP 01309-030, São Paulo/SP.

INFORMATIV

Após flagrar trabalhadora em situação análoga à de escravo em oficina de costura terceirizada por uma grife, em São Paulo, a De-fensoria Pública da União (DPU), por intermédio do ofício de Dire-tos Humanos e Tutela Coletiva, ajuizou na Justiça uma reclamação trabalhista. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo de-cidiu que a grife tem responsabili-

dade solidária no cumprimento das obrigações trabalhistas a uma das costureiras, empregada em 2009.

Durante a fiscalização foi apu-rado que a vítima, que atuava na área têxtil, trabalhava 18 horas por dia de segunda a sábado, sem in-tervalo para refeição e descanso, e recebia menos de um salário mínimo por mês. Além disso, sua alimentação era precária, tomava

Paulo decidiu que “é possível a res-ponsabilidade solidária da empresa que, contratando pequena oficina de costura sem lastro econômico e financeiro, obtém, ou presume-se que obtenha, elevado lucro com mão de obra executada em condi-ções precárias e semelhantes à de escravo, ainda que seja apenas a beneficiária dos produtos finais fa-bricados pela trabalhadora”.

banho de sol uma vez por semana e não tinha acesso livre aos seus próprios documentos.

Após o reconhecimento do direito da vítima às verbas traba-lhistas, o pedido de responsabili-zação solidária da grife foi julgado improcedente, o que levou a DPU, responsável pela defesa da traba-lhadora, a interpor recurso contra a decisão. Assim, o TRT em São

Justiça reconhece uso especial de imóvel de posse do INSS no Recife

Com residência fixa no mes-mo endereço desde 1962, há sete anos a família de J.C.S., 51, vem sendo pressionada a devolver o imóvel em que reside. A casa, localizada no Alto do Mandú, no Recife, foi cedida pelo antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) para a mãe do assistido, na época servidora pública do ór-gão. Em 2009, o Instituto Nacio-nal do Seguro Social (INSS) mo-veu um processo contra J.C.S., mas a ação foi arquivada. Em 2013, o INSS iniciou uma nova ação de imissão de posse e perdas e danos. J.C.S. procurou a Defen-soria Pública da União (DPU) no Recife e a Justiça concedeu, em primeira instância, o direito ao uso especial do imóvel.

Após 44 anos, em 2006, o INSS constatou que o imóvel

teria sido ocupado de forma irre-gular e acionou a família no ano seguinte para resolver a questão administrativamente. Em 2009, o órgão entrou com a primeira ação judicial, contudo o processo foi extinto sem resolução de mé-rito, pois surgiu a possibilidade do imóvel ter sido vendido a um terceiro em 1956.

Mesmo sem conseguir lo-calizar esse terceiro, possível comprador do imóvel, e perma-necendo a dúvida sobre a pos-se do imóvel, em 2013 o órgão propôs nova ação de imissão de posse e perdas e danos contra a família. Havendo a necessidade de contestar a ação, em outubro, J.C.S. procurou a DPU no Recife e o caso passou a ser acompanha-do pelo defensor público federal Marcelo Pontes Galvão.

“A defesa do assistido teve por base o direito à moradia, as-segurado pela Constituição Fe-deral. Um dos instrumentos para a proteção dessa garantia é o di-reito de uso especial para fins de moradia, reconhecido legalmen-te a quem houver exercido posse contínua e inconteste, até 30 de junho de 2001, por pelo menos

cinco anos, de área urbana públi-ca de até 250m², com finalidade de uso para moradia própria ou da família. O instituto do direito de uso especial tem claro cará-ter social, de proteção aos mais necessitados que não têm outra alternativa de moradia. No caso, o assistido reside no imóvel des-de que nasceu. O próprio INSS, no processo, reconheceu que pretende reaver o imóvel para vendê-lo, e não para um uso pú-blico. Nessa hipótese, com ainda mais razão deve prevalecer o di-reito à moradia frente a um in-teresse meramente econômico”, destacou o defensor.

Após audiência, em abril de 2014, a ação ficou suspensa a fim de que o INSS manifestasse a possibilidade de acordo para a venda do imóvel ao réu, mas o órgão informou sobre a im-possibilidade de venda direta. O processo seguiu seu curso e, em setembro de 2014, foi publicada a sentença de primeira instância.

Considerando as informações prestadas pelas partes durante toda a ação, a inexistência de qui-tação da suposta venda do imóvel para um terceiro, a comprovação

Direito à Moradia. A casa, cedida para a assistida pelo antigo INAMPS, teve seu uso assegurado após defesa com base o direito à moradia.

Em busca do fornecimento gratuito de medicação para o tratamento de câncer de mama metastático, A.T. ingressou, por meio da Defensoria Públi-ca da União (DPU), com ação na Justiça. O custo mensal do remédio é de R$ 9.903,71 e a renda familiar da assistida é de R$ 2,5 mil por mês.

O medicamento solicitado por A.T., Trastuzumab (Hercep-tin), já é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas ape-nas para casos em que a doença está na fase inicial. A assistida já utilizou todas as linhas pregres-sas de quimioterapia e o estágio da doença é mais avançado.

Embora a perícia judicial tenha apontado o medicamen-to como imprescindível para

o tratamento de A.T., a deci-são de primeiro grau indefe-riu o pedido, sob fundamento de que o custo do remédio é muito alto para um resultado modesto.

Após ter o pedido de anteci-pação dos efeitos da tutela inde-ferido, a defensora pública fede-ral responsável pelo caso, Bruna Benites Felippe da Silva, recor-reu ao Tribunal Regional Fede-ral da 4ª Região (TRF4), ocasião em que sustentou que o custo do fármaco não poderia se sobrepor à saúde, à vida e à dignidade da pessoa humana, especialmente quando o remédio é fornecido pelo SUS e houve perícia favo-rável à requerente.

O TRF4, então, deferiu o pedido e determinou ao SUS que inicie, em no máximo 30 dias, o fornecimento do remé-dio para a assistida.

Neste mês, é comemorado em todo o mundo o movimento Outubro Rosa. O nome remete à cor do laço rosa, símbolo da luta contra o câncer de mama.

Justiça determina fornecimento de remédio para assistida com câncer

Empresa de vestuário é responsabilizada por trabalho escravo após ação da DPU/SP

de propriedade do INSS sobre o imóvel e a verificação dos requi-sitos da concessão de uso espe-cial, o juiz da 21° Vara Federal de Pernambuco reconheceu “o direito do réu ao uso especial do

imóvel, o que afasta a imissão de posse requerida pelo INSS, assim como o pagamento de qualquer valor relativo à taxa de ocupação, perdas e danos e similares”. O INSS ainda pode recorrer.

Segundo o núcleo de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da DPU em São Paulo, a decisão é muito importante na medida em que garante a responsabilização de empresa que se utiliza de mão de obra escrava por meio da tercei-rização da produção, criando um precedente para ampliar a prote-ção a trabalhadores em situação de vulnerabilidade.

Responsabilidade solidária. DPU identificou situação análoga à escravidão em caso de trabalhadora de empresa têxtil, e conquistou junto à Justiça o cumprimento das obrigações trabalhistas.

adminiStrativO03 OUTUbrO/2014 Quinzena 01

Ordens de serviçO

DPU/SP recebe inscrições para o 27º Concurso para Estágio em Direito

Estão abertas até o dia 4 de novembro as inscrições para o 27º Concurso para Estágio em Direito da Defensoria Pública da União em São Paulo. Estu-dantes do 3º ao 9º semestre po-dem se inscrever no site www.dpu.gov.br, na seção de estágio. As áreas de atuação são Direito Penal, Direito Administrativo, Direito Internacional, Direitos Humanos, Direito Civil, Direi-to Militar, Direito Previdenciá-rio, Direito do Consumidor.

São oferecidas 68 vagas,

sendo 10% destinadas a por-tadores de deficiências, para estágio remunerado com jor-nada de trinta horas semanais (seis horas por dia) com du-ração de um a quatro semes-tres. Os estudantes receberão bolsa-auxílio de R$ 520,00 e auxílio-transporte.

A inscrição é gratuita. Su-gere-se que seja entregue 1kg de alimento não perecível na data anterior à prova, na unida-de da DPU/SP (Rua Fernando de Albuquerque, 155 – Conso-

lação). Os alimentos serão des-tinados ao Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS), que é parceiro da DPU no Gru-po de Trabalho de Atendimen-to à População em Situação de Rua (GT-RUA).

As provas serão realiza-das no dia 11 de novembro, às 14h00, na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteria-na Mackenzie em São Paulo, Campus Higienópolis, localiza-do na Rua da Consolação, 930, no bairro de mesmo nome.

aniversarianTes de OUTUbrO

◊ ANDRÉIA MONTEIRO RIBEIRO ---------------- 07/10

◊ LEONARDO TRINDADE ---------------- 09/10

◊ JâNIO URBANO MARINhO JR. ---------------- 18/10

◊ DIEGO CABRAL DA CAMARA ---------------- 26/10

◊ FáBIO RICARDO QUARESMA ---------------- 28/10

◊ MAIZA SAYURI KOBUTI ---------------- 28/10

nº119nº120nº121

(01/10/2014) Cancelamento das férias no mês de Outubro: Dr. Emanuel Adilson Gomes Marques

(02/10/2014) Regulamentação da cooperação entre DPU e o Escritório Experimental Mackenzie

(02/10/2014) Participação na Reunião do CSDPU:Dra. Daniele Osório nº123

nº124

(03/10/2014) Escala de Plantão de Sobreaviso 2ª Categoria: Novembro/2014 a Fevereiro/2015

(09/10/2014) Participação na Reunião Extraordinária do CSDPU: Dra Daniele Osório

Biblioteca da DPU/SP nova Revista de Direito e livro comemorativo

A Biblioteca da Defensoria Pública da União (DPU/SP) rece-beu nesta semana mais dois novos exemplares: uma nova edição da Revista de Direito, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e um livro comemorativo de 20 anos da Advocef, a Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal.

A Revista de Direito traz em sua capa principal os artigos dou-trinários “Acolher é Proteger, Re-colher é Crime”, de Siro Darlan,

que discute os direitos das crian-ças à proteção; o artigo “O Dano Existencial na Responsabilidade Civil”, de Marco Aurélio Bezer-ra de Melo; “Sinais Distintivos do Comércio (em Portugal e no Brasil)”, de Alberto Ribeiro de Almeida, que discute as questões comerciais existentes nos dois pa-íses, como o direito de marca e na criação industrial; e “A Exibição em Juízo de Documentos Comuns e a Tutela da Confiança e Boa-fé”, de Pedro Sack. A revista também

contem Jurisprudência, além do Regimento Interno do TJ-RJ.

Já o livro “Advocef: 20 anos”, traz de uma maneira bem leve a história de 20 anos da criação da associação de advogados da Caixa Econômica Federal, desde seu iní-cio até os dias atuais. O livro trata dos detalhes da fundação da insti-tuição, e também vende a institui-ção para os seus membros, desde os motivos de ir aos congressos até as principais realizações durante estes 20 anos.

nº122 (03/10/2014) Escala de Plantão de Sobreaviso 1ª Categoria: Novembro/2014 a Fevereiro/2015

O Cursinho preparatório para o concurso administrati-vo da Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU/SP) teve início nesta semana. Os alunos tiveram aulas sobre a lei 8112, que rege os servi-dores públicos e que é de suma importância em qualquer con-curso público, além de uma introdução aos concursos pú-blicos e ao funcionamento das provas da Cespe/UnB, banca que será responsável pela or-ganização dos concursos.

O curso teve em torno de 40 alunos por aula, em sua maioria estagiários e terceiri-zados da instituição que pre-tendem ocupar um cargo na instituição. Em sua grande

maioria, os alunos do cursi-nho também nunca realiza-ram um concurso público, demonstrando a importância da iniciativa de servidores e defensores em auxiliar cola-boradores e colegas a adentrar nesta área tão concorrida.

Aos que tem interesse no concurso mas faltaram em alguma das aulas, foi criado pela organização do cursinho um dropbox para recolher ar-quivos importantes e as apre-sentações e materiais cedidos pelos professores. O acesso será enviado pelos e-mails que foram preenchidos pelos pre-sentes em cada uma das aulas, portanto olhem suas caixas de spam se não receberam.

Curso inicia com aulas sobre Lei 8.112 e Interpretação de Texto

cursinhogratuito na DPU/SP

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3º semestre do curso de Direito

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