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ANO 13 • Nº 57 JULHO 2017 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS SICEPOTMG NOTÍCIAS ARBITRAGEM Soluções de disputas extrajudiciais é opção PÁG. 14 TERCEIRIZAÇÃO Sindicato debate nova lei PÁG. 5 PÁGs. 8 e 9 Corrida do Sicepot-MG reúne adultos e crianças em prol da solidariedade Domingo Solidário DIvULGAÇÃO SICEPOT-MG Entidade nacional de Infraestrutura é criada BRASINFRA PÁG. 3 ENVELOPE FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT

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ANO 13 • Nº 57 JULHO 2017 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

SICEPOTMGNOTÍCIAS

ArbitrAgemSoluções de disputas extrajudiciais é opção

PÁg. 14

terceirizAçãoSindicato debate nova lei

PÁg. 5

PÁgs. 8 e 9

corrida do Sicepot-mg reúne adultos e crianças em prol da solidariedade

Domingo Solidário

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PresidenteEmir Cadar Filho1º vice-PresidenteHenrique Cesar de Renault Baeta

vice-Presidente de Planejamento e Desenvol-vimentoJoão Jacques Viana VazDiretores Marco Aurélio Rocha Sousa Jorge Luiz Libânio Sander

vice-presidentes de Obras RodoviáriasCarlos Eduardo Staico de Andrade Santos Nicolau Lagrotta PittellaDiretoresWilson Tavares Ribeiro NetoAlexandre Bergamini Lopes

vice-Presidente Obras UrbanasDanilo Felício Pereira DiretorBruno Baeta Ligório

vice-Presidente SaneamentoWesley Bambirra Rodrigues DiretoresMarcos Vaz de Oliveira Moutinho

vice-Presidente Obras de Arte EspeciaisJoão Batista Ríspoli AlvesDiretorBruno Otávio Bouissou

vice-Presidente de Edificações PúblicasJosé Soares Diniz Neto DiretorAlexandre Humberto Caramatti Manata

Conselho FiscalEfetivos

Antônio Cadar Neto Edmundo Mariano da Costa Lanna Marcio Duarte Câmara

Suplentes

André Luiz de Sousa Franco José Eduardo Moreira Felipe Eduardo Luiz Ramos Nascimento

Conselho ConsultivoEx-presidentes

Marcos Villela de Sant’AnnaJosé Guido Figueiredo NevesReynaldo Arthur Ramos FerreiraRoberto Maluf TeixeiraJamil Habib CuriEmir CadarLuiz Augusto de BarrosMarcus Vinícius SalumAlberto José Salum

Membros

Antonio Celso Ribeiro Félix Ricardo Gonçalves Moutinho Helvécio Neves Marins Rafael Vasconcelo Moreira da Rocha

Delegados Representantes junto a FIEMGEfetivos

Emir Cadar Filho Alberto José Salum Suplentes

Emir Cadar João Jacques Viana Vaz

Diretor ExecutivoMarcelo de Cerqueira Viana

SicePotMG notÍciASAssessoria de Comunicação SocialSandra M. Polastri FerreiraAssessoria de ImprensaGisele Serra

Redação e Jornalista ResponsávelGisele Serra – MG 11242 JPProjeto GráficoAVI DesignFotos Sicepot-MGSabrina de PaulaImpressãoGráfica Formato

SICEPOT-MGAv. Barão Homem de Melo, 3090 – Estoril – CEP 30494-080 – Belo Horizonte – Minas GeraisTelefone (31) [email protected] www.sicepot-mg.com.br

Cautela e preparação

O primeiro trimestre de 2017 fechou com um aumento de 1% no PIB nacional, após várias quedas sucessivas, de acordo com o IBGE. O resultado, comemorado pelo governo, indica que o Brasil saiu da recessão, mas, para nosso setor, a crise ainda não apresentou sinais de melhora.

A instabilidade política e o momento de incerteza que se instalou no País não deixam margens para o crescimento da Construção Pesada, que ainda depende muito do setor público para uma alavancada nos negócios. Continuamos aguardando soluções e medidas que reflitam na Infraestrutura, na geração de renda e novos empregos.

Apesar das adversidades, o setor se mobilizou na criação da BRASINFRA (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura) – entidade nacional que reúne, até o momento, dez instituições da Construção Pesada de todo o País. Essa iniciativa será fundamental na representação da Infraestrutura nacional, levantando tópicos há muito questionados, como a

exigência da obrigatoriedade do estudo de viabilidade técnico-econômica e de projeto para as obras públicas, além da análise da nova Lei de Licitações, entre tantos outros pontos de gargalo para o setor.

É importante, também, mostrar que o Sicepot-MG continua desempenhando seu papel na luta pelos interesses dos associados. Estamos buscando meios para vencer a crise e superar as dificuldades. Paralelamente, estamos investindo amplamente na qualificação e atualização dos nossos profissionais, através de cursos, palestras e treinamentos, para que com a retomada do crescimento, as empresas estejam preparadas para novos negócios.

O momento é de cautela, mas precisamos continuar confiando que novas e melhores oportunidades aparecerão para que o setor da Construção volte a ser o grande empregador da Indústria no País.

emir cADAr fiLHoPRESIDENTE DO SICEPOT-MG

EDITORIAL

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1. Fortalecer a consciência de classe do setor;2. Buscar adequadas condições contratuais, que garan-

tam a manutenção do mercado, das empresas e melhores condições de vida e trabalho para os trabalhadores;

3. Exigir a obrigatoriedade de que as obras públicas sejam precedidas de estudo de viabilidade técnico-eco-nômica, de projeto completo de engenharia, de licença ambiental e outros elementos e avaliações que assegurem a sua execução;

4. Buscar a garantia de que as obras públicas sejam realizadas com recursos assegurados para sua completa realização e de que os direitos das contratadas sejam cumpridos;

5. Assegurar a punição de contratados e contratantes inadimplentes;

6. Conscientizar as entidades associadas para a neces-sidade contínua da qualidade e produtividade nas obras e serviços contratados, repassando para as empresas;

7. Estreitar o relacionamento com outras associações, Sindicatos, Federações e Confederações, bem como com entidades governamentais e não governamentais direta ou indiretamente ligados ao setor da infraestrutura;

8. Aperfeiçoar e ampliar as ações de comunicação sobre a importância do setor para o desenvolvimento nacional;

9. Implantar e difundir as boas práticas do Compliance visando a prevenir ou minimizar os riscos de violação às leis, bem como reforçar a transparência, legitimidade e credibilidade no relacionamento das empresas com o setor público.

O setor da Construção Pesada e da Infraestrutura ganhou mais um reforço em sua representação nacional: a Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura – BRASINFRA. A nova entidade nacional foi criada através dos esforços de diversas entidades da construção pesada de todo o País.

Até o momento, dez instituições fazem parte da BRASINFRA, que é presidida por Emir Cadar Filho, presidente do Sicepot-MG. O objetivo é representar nacionalmente o setor, bem como propor iniciativas para alavancar o segmento em novas bases e sustentabilidade. “Temos algumas prioridades que traremos à discussão como o aperfeiçoamento da Lei de Licitações, a concorrência desleal que privilegia as EPPs, além de batalhar pelo aumento de investimentos na Infraestrutura Nacional”, explica Emir Cadar Filho.

A entidade estabeleceu alguns compromissos como base para o trabalho, como a exigência da obrigatoriedade do estudo de viabilidade técnico-econômica e de projeto para as obras públicas. A primeira diretoria terá o mandato de um ano para coincidir com os mandatos das entidades. No ano que vem, nova eleição será realizada para um mandato de três anos, conforme prevê o estatuto da entidade.

Foram criados três grupos de Trabalho: um grupo de estudo do Projeto da Lei de Licitações; um grupo para estruturar um Fundo Garantidor; e um terceiro para propor regulamentações para o uso da faculdade que as microempresas e EPPs possuem em processos licitatórios. No dia 22 de junho, foi realizada a primeira reunião, no Sicepot-MG, com os grupos de trabalho para discutir cada um dos temas separadamente. No dia 06 de julho, nova reunião foi realizada na sede da BRASINFRA, em Brasília, para arrematar as propostas do grupo para serem levadas à diretoria da entidade.

InfRAEsTRuTuRA nACIOnAL

03

BRAsInfRA: COmpROmIssOs

ACEOP (Associação Catarinense dos Empresários de Obras Públicas); AEERJ(Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro); ANEOR(Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias); SICEPOT-MG (Sindicato da Indústria da Cons-trução Pesada no Estado de Minas Gerais); SICEPOT/PR (Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado do Paraná); SINAENCO (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva); SINCONPE-CE (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará); SINDICOPES (Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado do Espírito Santo); SINICESP (Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de São Paulo); SINICON (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada).

Presidente: Emir Cadar Filho (SICEPOT-MG); 1º Vice-presidente: Luiz Albert Kamilos (SINICESP); Vice-Presidentes Regionais: Dinalvo Carlos Diniz (SINCONPE/CE), Evaristo Augusto Pinheiro Camelo (SINICON), José Alberto Pereira Ribeiro (ANEOR), José Carlos Chamon (SINDICOPES), José Roberto Bernasconi (SI-NAENCO), Luiz Fernando Santos Reis (AEERJ), Sérgio Piccinelli (SICEPOT-PR), Wagner Sandoval Barbosa (ACEOP). Diretor Administrativo: Carlos Alberto Laurito (SINICESP); Diretor Financeiro: Marcelo Cerqueira de Viana (SICEPOT-MG).

InTEgRAnTEs DA BRAsInfRA DIRETORIA

NOVA ENTIDADE EM LuTA PELA INFRAESTRuTuRA

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nOTAs

A convite do presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior, o presidente Emir Cadar Filho assumiu a presidência do COINFRA – Conselho de Infraestrutura da FIEMG. A primeira reunião, no dia 18 de maio, contou com a presença do secretário de Estado de Transportes Murilo Valadares, da presidente da Copasa, Sinara Meireles, e do diretor geral do DEER, Djaniro da Silva, que fazem parte da Comissão, assim como vários outros representantes da cadeia produtiva do Estado no setor. A Comissão está levantando assuntos para serem discutidos

em defesa da Infraestrutura de Minas. Já foram criados dois grupos de trabalho para discutir a Lei de Concessões e para acompanhar a tramitação da Lei de Licitações (PL 6.814/17).

Os Conselhos da FIEMG são formados para analisar, debater e fazer proposições para construção de um ambiente mais adequado à atividade industrial e para fortalecer sua participação nas decisões políticas, buscando uma atuação cada vez mais expressiva da Indústria do Estado.

pREsIDEnTE EmIR CADAR fILhO AssumE O COInfRA

O associado e conselheiro do Sicepot-MG Rafael Vasconcelos, da Empresa Construtora Brasil, foi um dos homenageados com a medalha de Mérito Industrial da FIEMG. A solenidade, que comemora o Dia da Indústria foi realizada no dia 25 de maio no Minascentro. Os homenageados com esta Medalha são indicados pelos Sindicatos Patronais em todo o Estado. As indicações são examinadas pela Comissão do Mérito, que exige que os candidatos tenham no mínimo dez anos de comando empresarial, pioneirismo na atuação, além de relevantes serviços prestados à comunidade. Rafael é diretor da Empresa Construtora Brasil há 35 anos, empresa com mais de 70 anos de atuação no mercado.

O Sicepot-MG passou a compor, a partir de junho, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, como um dos representantes da sociedade civil. O presidente Emir Cadar Filho e o diretor Bruno Baeta Ligório, são membros do Conselho, respectivamente como titular e suplente, para um mandato de quatro anos. O Conselho, criado em 1984, é o órgão responsável pela proteção do patrimônio cultural de Belo Horizonte. É composto por representantes da sociedade civil organizada e de órgãos e instituições públicas, e reúne-se uma vez por mês, quando são analisados e deliberados os processos de inventário, tombamento, registro imaterial, registro documental e as propostas de intervenção nos conjuntos urbanos protegidos.

COnsELhEIRO DO sICEpOT-mg RECEBE méRITO InDusTRIAL

sICEpOT-mg nO COnsELhO DO pATRImônIO CuLTuRAL DE BELO hORIzOnTE

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LEgIsLAçãO TRABALhIsTA

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Com a recente aprovação da Lei da Terceirização e a tramitação no Congresso da Reforma Trabalhista, surgem várias dúvidas com a nova Legislação, não só para os trabalhadores, como também para o empresário. Para debater as mudanças, o Sicepot-MG realizou, em 28 de junho, o debate Terceirização e Reforma Trabalhista, conduzido pela sua assessora jurídica Luciana Guedes.

A primeira parte do debate abordou as diferenças entre trabalho temporário (Lei 6.019/74) e terceirização (Lei 13.429/17), bem como as modificações que a Lei recém aprovada trouxe. “Antes da Lei, não existia norma jurídica que tratasse do assunto, apenas algumas normas reguladoras como a própria Lei do Trabalho Temporário, mas também não existia legislação que proibisse a terceirização”, explicou a assessora. Ela alertou ainda que, em alguns casos específicos, a Lei de Terceirização não se aplica já que alguns setores possuem legislação própria, como no caso de empresas de limpeza e vigilância.

A advogada explicou que a nova lei permite a terceirização para prestação de serviços determinados e específicos, devendo o objeto da contratação estar devidamente delimitado no Contrato.

Segundo Guedes, as empresas deverão ter cuidado com o valor do capital social e o mínimo do número de empregados que a empresa prestadora de serviços deverá ter: por exemplo, para uma empresa de até dez empregados, a prestadora deverá ter o capital mínimo de R$ 10 mil, etc. Este é um dos alertas que ela faz na hora de contratar uma empresa terceirizada. Outros cuidados deverão ser tomados como, por exemplo, verificar a idoneidade das subcontratadas e dos cumprimentos das obrigações trabalhistas e previdenciárias, além de evitar relações de subordinação com o prestador do serviço.

A segunda parte do debate levantou os principais pontos de modificação da reforma trabalhista. O assunto foi abordado em quatro tópicos: contrato de trabalho, dano extrapatrimonial e litigância de má fé, processo do trabalho, e direito sindical. Para o contrato de trabalho, o ponto central é a mudança da forma de negociação entre empresas e trabalhadores, como, por exemplo, a divisão das férias em três etapas. Além disso, a reforma apresenta outras modalidades de contrato como o trabalho intermitente, remoto (home office) e parcial.

Sobre o dano extrapatrimonial, a reforma traz a reparação decorrentes da relação de

trabalho e limita os valores máximos das indenizações. Deverá, ainda, responder por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente. Além disso, a multa para o empregador que mantém empregado não registrado será de R$ 3 mil ou R$ 800, para empresas de mico e pequeno porte.

Finalmente, sobre o direito sindical, a reforma prevê que os acordos trabalhistas prevaleçam sobre a Lei, mas deixam de valer após o prazo de validade. A homologação de rescisão pelo sindicato deixa de ser obrigatória para quem tem mais de um ano de casa e a demissão em massa não precisará mais de ter o aval do sindicato.

As apresentações e quadros resumo estão disponíveis no site do Sicepot-MG.

:: Serviços determinados e específicos;:: Exigência de capital social mínimo para as terceirizadas;:: A terceirizada deverá contratar, remunerar e dirigir o trabalho dos seus empregados;:: Permitida a subcontratação.

TERCEIRIzAçãO E REfORmA TRABALhIsTA

TERCEIRIzAçãO

SãO DEBATIDAS NO SICEPOT-MG

:: Acordos coletivos prevalecem sobre a Lei, respeitados os direitos constitucionais;:: Negociação não vale após prazo de validade;:: Desnecessária a homologação da rescisão do Contrato de Trabalho no Sindicato;:: Contribuição sindical opcional;:: Empregado não registrado = multa de R$ 800 para micro e pequena empresa e R$ 3 mil para as demais.

REfORmA TRABALhIsTA: PRINCIPAIS PONTOS

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EnTREVIsTAACOnTECEu nO sICEpOT

06

pROgRAmA DE REguLARIzAçãO TRIBuTáRIA (pRT)

TREInAmEnTO DO sIsTEmA DE mEDIçÕEs DA smOBI

8 DE MARçO

28 DE MARçO

A palestra apresentou o PRT e os programas de par-celamento anteriores, esclareceu questões dos débitos fiscais, riscos financeiros, dificuldades na apresentação de garantias e apresentou erros comumente cometidos na consolidação dos parcelamentos tributários.

O palestrante Marcelo Valério Carvalho abordou, na palestra, a legislação do programa de parcelamento da Receita Federal, para empresas com dívidas com a Fazenda, contraídas até novembro de 2016. O prazo para aderir ao Programa e renegociar a dívida venceu no dia 31 de maio.

nOTA: O prazo para adesão ao PRT se encerrou no dia 1º de junho de 2017, em razão da perda de eficácia da Medida Provi-sória 766/2017. Foi editada a Medida Provisória 783/2017, que cria o PERT – Programa Especial de Regularização Tributária. O Sicepot-MG está programando novo evento para discutir o Programa.

O secretário municipal de Obras e Infraes-trutura, Josué Valadão, o superintendente da SuDECAP, Sylvio Malta, a diretora de Planeja-mento e Controle da SuDECAP, Simone Menezes, e Rodrigo Innecco, da PRODABEL estiveram no SICEPOT-MG para apresentar o FLuIG, sistema integrado de medição da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SMOBI).

As empresas contratadas pela SMOBI/SuDE-CAP/uRBEL e os fiscais de contrato receberam treinamento na nova plataforma, que está sendo implantada e será adotada pela PBH para realizar medições dos contratos a partir deste ano. O sistema permitirá ao setor verificar constan-temente o andamento de todos os trâmites e fazer medições diárias nos canteiros de obras.

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07

CAfé COm pRODuTORAs

CICLO DE pALEsTRAs nO gTRh

05 DE ABRIL

ABRIL - JuNHO

O Sicepot-MG abriu suas portas para as produtoras e organizadoras de evento de Belo Horizonte em um café da manhã, seguido de visita aos espaços. Desde o início do ano, o Sindicato está locando seus espaços (Teatro, Galeria, Pátio, Espaço Gourmet, Anfiteatros e Salas de Reunião) para eventos empresariais.

O GTRH vem trazendo para os associados, sempre antes das reuniões, palestras voltadas para atuali-zação dos seus colaboradores. O primeiro encontro trouxe o tema “Liderança Positiva” (16 de março), com a profissional de RH Magda Costa, que abordou a Psicologia Positiva como forma de agregar valor à liderança. Ela abordou a importância do controle do sentimento de negatividade para aumentar a resiliência e as forças pessoais como a criatividade, cidadania, postura crítica, etc.

Em outro encontro, a psicóloga Juliana Barbosa

discorreu sobre “Como ser um líder comunicador” (27 de abril), através da utilização correta e positiva da comunicação e suas ferramentas, além de boas prá-ticas de comunicação de um líder com sua equipe. Por fim, a consultora de RH, Carolina Lobato, abordou a “Liderança e diversidade de gerações nas empre-sas” (22 de junho). Ela apresentou o tema ‘liderança’, abordando seus desafios, falou sobre as gerações e sua diversidade nas empresas, os principais desafios dessa diversidade e os caminhos para transformar diferenças em oportunidades.

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Nem a chuva e nem o frio da manhã do dia 21 de maio (domingo) afastaram os corredores da 7ª Corrida e Caminhada no Parque JK. A chegada do sol, no meio da manhã, trouxe consigo as crianças para a 5ª Corrida Kids, que aconteceu logo após a premiação dos adultos.

Foram mais de 900 corredores adultos e 240 crianças que contribuíram diretamente com o valor de sua inscrição para Associação Querubins, instituição com 23 anos de atuação entre crianças e jovens da Vila Acaba Mundo. O Projeto busca a inserção de jovens de 5 a 17 anos, em situação de vulnerabilidade, através da arte, com oficinas de danças, circo, artes visuais, construção de instrumentos, percussão, entre outros.

CORRIDA sOLIDáRIA

08

DOmIngO DE SOLIDARIEDADE

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masculino 1º Lugar – Lucas de Lima2º Lugar – Marcelo da Cruz3º Lugar – Edson Souza Meira4º Lugar – Marcos de Paula5º Lugar – Cleber Guerhardt

feminino 1º Lugar – Eliane de Oliveira2º Lugar – Aline Pimenta Martins3º Lugar – Ana Carolina Silveira4º Lugar – Andreia Ribeiro5º Lugar – Rafaella Chuquer

VEnCEDOREs

09

Como nos anos anteriores, o kit é um dos grandes atrativos da corrida, que é organizado pelo Núcleo Construção e Cidadania do Sicepot-MG. Este ano, a bolsa de moletom própria para academia, veio acompanhada de viseira, meia personalizada, um mini bowl e diversos brindes dos patrocinadores e apoiadores da Corrida.

Pelo segundo ano consecutivo, a corrida teve também premiação em dinheiro (vouchers convertidos em compras) para os cinco primeiros colocados das categorias feminina e masculina.

A 7ª Corrida e Caminhada Sicepot-MG e a 5ª Corrida Kids teve patrocínio máster do SESI-FIEMG, patrocínio do SICOOB Engecred, apoios do PASI, Camponesa, Granum, Adcos, Café 3 Corações, Do Bem, Decatlon, Espaço Laser, Fundação de Parques Municipais/PBH e organização da TBH.

A corrida vem conquistando espaço no calendário das corridas, por ser voltada para toda a família, além de apresentar um percurso democrático, de 5km, com opção de caminhada. A corredora Cíntia Coelho Nogueira, que sempre corre percursos de 10 km explica que a corrida do JK é uma das poucas que ainda vai com apenas 5 km: “meu marido e eu já corremos 10 km, mas achamos essa corrida importante por que agora podemos trazer nossas filhas para participar também. É a 5ª corrida que participamos, desde a primeira edição da corrida infantil”, fala Cíntia, acompanhada das filhas Giovana e Fernanda Coelho Nogueira Guimarães e do marido José Salvador Guimarães Jr.

Ao contrário de Giovana e Fernanda, essa foi a primeira corrida das nove crianças de uma equipe de corrida infantil levada por Rosana Ferrari. “Temos uma equipe adulta e uma equipe infantil, com crianças de 5 a 10 anos. Para as crianças damos a mesma atenção que para os adultos, com personal e preparador físico que as acompanham”, explica Ferrari.

Felicidade em dose dupla teve Luana Leão, que comemorou um voucher ganhado no sorteio dos brindes. A premiação foi incentivo para correr mais e comemorou também a chegada em 3º lugar em sua prova. Com o cheque, vai realizar a vontade de comprar uma cama elástica.

KIT E pREmIAçÕEs

EspAçO DEmOCRáTICO

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INVESTE EM TREINAMENTOsICEpOT-mg

O SICEPOT-MG vem buscando capacitar, disseminar novas tecnologias e desenvolver ações que promovam o crescimento do setor da construção pesada. Para isso, vem investindo no Ciclo de Treinamento 2017, com o apoio de suas assessorias e comissões de trabalho, trazendo assuntos relevantes, na pauta atual das discussões, levando em consideração os temas mais solicitados nas últimas pesquisas de avaliação aplicadas nos cursos e palestras do ano passado.

O já tradicional curso Legislação e Prática Trabalhista do Sicepot-MG foi realizado, de 15 a 19 de maio. O objetivo do curso, ministrado pela assessora jurídica do Sicepot-MG, Luciana Guedes, é abordar os aspectos relativos ao contrato de trabalho, da admissão do empregado até o desligamento. Durante cinco dias, os alunos conferiram os tipos de contratos de trabalho, a vigência do contrato, Saúde e Segurança, entre outros.

De acordo com a instrutora, o curso proporciona amplo co-nhecimento da legislação trabalhista vigente aplicada às rotinas de Departamento Pessoal (DP) de forma prática e atualizada. A novidade este ano foi a abordagem das recentes mudanças na legislação referente aos contratos temporários e terceirização, assim como as alterações que ocorrerão quando aprovada a Reforma Trabalhista.

EnTREVIsTACICLO DE TREInAmEnTOs

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Curso Legislação e prática Trabalhista 15 a 19 de maio

Profissionais de construção e equipamentos, além de estudantes, participaram do Simpósio Técnico Demolição e Reciclagem, realizado em parceria com a IndecoBrasil. O evento compartilhou informações técnicas relativas aos processos de demolição e reciclagem, com ênfase na legislação brasileira vigente, experiências internacionais e possibilidade de novos negócios na aplicação do PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos).

O doutor em sistemas e processos de construção, Marco Quattrone abordou aplicações, características, propriedades e durabilidade dos materiais cimentícios. Carina ulsen, doutora em Engenharia de Minas, falou sobre as tecnologias de processamento de resíduos de construção e demolição e as propriedades e métodos de caracterização de agregados reciclados. Os participantes conheceram, também, os estudos de caso das empresas Detronic e Destroy, sobre reciclagem. Por fim, Alessandro Ciccolella, engenheiro de produto Indeco, apresentou a linha de produtos, as vantagens na utilização de máquinas e casos de produtividade alcançada.

simpósio Técnico Demolição e Reciclagem26 de maio

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A Supervisora do Departamento de Segurança do Trabalho do Seconci-MG, Andreia Kaucher Darmstadter conduziu, em maio, o Café com Saúde e Segurança, no Sicepot-MG. O evento, realizado pela Comissão de Saúde e Segurança do Trabalho do Sindicato, em parceria com o Seconci, teve o objetivo de atualizar relevantes informações para a gestão da segurança nas empresas.

Entre os assuntos abordados, Darmstadter falou sobre a implantação de programas de saúde e segurança ocupacional (PPRA, PCMAT, LRA, NR35), a organização do canteiro de obras, os programas de treinamento seguindo as Normas Regulamenta-doras (NRs), as responsabilidades gerenciais, entre outros temas.

O Seminário, em parceria com a Astec do Brasil, apresentou novas técnicas de desmonte de rocha, britagem e classificação de materiais para engenheiros, profissionais de equipamentos e estagiários. Foram abordados o desmonte de rochas com explosivos, o processo de britagem, entre outros temas.

Na parte da tarde, o engenheiro Jurandir dos Santos Alves disseminou conhecimentos da composição do custo horário de equipamentos em geral.

Café com saúde e segurança 11 de maio

Desmonte de Rocha, Britagem, Classificação e Custo horário de Equipamentos27 de abril

11

Bastante concorrido, o Sicepot-MG trouxe para o associado, os cursos in company do IOB/SAGE do eSocial. O primeiro cur-so, realizado no dia 19 de junho, voltado para profissionais de Administração, DP e Recursos Humanos, abordando as Rotinas Administrativas e DP. O segundo, no dia 20 de junho, de Rotinas de Saúde e Segurança do Trabalho, voltados para profissionais das áreas de SST das empresas.

No dia 29 de maio, foi publicada a nova versão dos leiautes do eSocial. O sistema será utilizado obrigatoriamente pelas empresas a partir de janeiro de 2018.

Esocial19 e 20 de junho

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NOVO PRODuTO OFERECIDO PARA ASSOCIADOSsEguRO DE EquIpAmEnTOs:

O Sicepot-MG fechou uma parceria de seguro de equipamentos diferenciada para os associados. O acordo, com a Intermezzo Seguros, propõe uma cotação especial de seguros, analisado caso a caso, e não coletivo.

A cobertura abrange valores entre R$ 90 mil e R$ 800 mil, para equipamentos com até 10 anos de uso (de 2007 a 2017). São cobertos: Danos materiais (perda física súbita e inesperada de instalações e equipamentos móveis, incluindo sobrecarga acidental), Responsabilidade Civil Vias Públicas (para equipamentos que possuem permissão para circulação em vias públicas), Responsabilidade Civil Operações (responsabilidade por lesão corporal, danos materiais ou publicidade causados por acontecimento ligado ao negócio), além de benefícios adicionais.

Gabriela Silveira : (31) 9 8661-4532 / (31) 3297-2281 [email protected]

Estão abertas as inscrições para a 3ª edição do prêmio sicepot-mg de Boas práticas em saúde e segurança no Trabalho. As inscrições estão sendo recebidas até o dia 31 de agosto, pelo email [email protected].

Este ano, assim como na última edição do prêmio, as empresas podem se inscrever em uma das duas categorias:

O regulamento pode ser acessado no site do Sicepot-MG e a premiação será em novembro. O Banco de Boas Práticas com os participantes dos anos anteriores está disponível no site do Sicepot-MG.

métodos Criativos – boas práticas implementadas no local de trabalho para prevenir acidentes e doenças do trabalho; egestão em ssT – boas práticas (processos, sistemas, procedimentos, formulários, etc.) existentes que contribuem para atender à legislação e a prevenção de passivos trabalhistas.

• Flexibilidade;• Pacote de serviços personalizado;• Preço diferenciado para associado;• Cobertura para equipamento parado

com taxa reduzida;• Apólices com vigência reduzida,

de acordo com a necessidade de cada contrato;

• Disponibilidade de realizar orçamentos estimativos.

DIfEREnCIAIs

COnTATO pARA COTAçãO:

3ª edição doprêmio de saúde e segurança

Vem aí!

EnTREVIsTAsEguRO

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SICEPOT-MG SE MOBILIzA CONTRA A GRIPE

O SICEPOT-MG, em parceria com o SESI-FIEMG, realizou, no dia 2 de maio, a Campanha de Vacinação contra a gripe, voltada para os sócios, diretores, funcionários das empresas associadas e seus dependentes. A vacina disponibilizada foi a trivalente, que protege contra três tipos de vírus causadores da gripe: H1N1, H3N2 e Influenza. Foram vacinadas 300 pessoas, durante todo o dia.

DIfEREnCIAIs

ACOnTECEu nO sICEpOT

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REspOnsABILIDADE sOCIAL

fuTuROs EngEnhEIROs NO SICEPOT-MG

Aproximar escolas de empresas proporciona uma união entre teoria e prática na formação de profissionais mais preparados para a indústria. Esse é o foco do Programa Futuros Engenheiros, parceria entre SESI, SENAI e IEL, que permite estudantes do 5º período aos recém-graduados a aliar a teoria com a prática e simular a rotina de trabalho na Indústria.

No dia 12 de junho, os alunos do Programa tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a Construção Pesada, em evento no Sicepot-MG. Emir Cadar Filho, presidente do Sicepot-MG, deu as boas-vindas e ressaltou que, apesar do momento de crise, o setor não pode parar: “Hoje somos, talvez, um dos maiores empregadores da Indústria e, apesar da crise, ainda temos muito a contribuir e um país para construir”.

O consultor Álvaro Moreira trouxe aos alunos uma explanação sobre as relações trabalhistas e sindicais, mostrando suas vertentes práticas no mercado de trabalho. O ex-presidente do Sicepot-MG, Emir Cadar, compartilhou sua história, da família Síria, e experiência aos estudantes, que construiu uma empresa com mais de 50 anos de história. “Já tivemos muitas crises, mas talvez essa tenha sido a pior de todas. Mas não há crise sem fim e o fato de vocês estarem se preparando por meio do Futuros Engenheiros fará a diferença em suas carreiras” garantiu. O gerente de educação para a indústria do Sistema FIEMG, Ricardo Aloysio, finalizou falando sobre a Indústria 4.0, conceito baseado na incorporação da digitalização à atividade industrial.

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SOLuçõES ADEQuADAS DE DISPuTAS NAS OBRAS PúBLICAS PARA

sOLuçÕEs DE DIspuTAs

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O Sicepot-MG e a Comissão de Arbitragem da OAB realizaram no Teatro do SICEPOT-MG, no dia 5 de junho, o Seminário Obras Públicas e as Soluções Adequadas de Disputas, que apresentou formas de desafogar a Justiça com as formas de disputas como a Medição, a Arbitragem e DRB (Dispute Resolution Boards).

Emir Cadar Filho, presidente do Sicepot-MG falou sobre a importância do debate, que pode beneficiar tanto o poder Público quanto a iniciativa privada e ressaltou que a nova Lei de Licitações, a qual o setor vem batalhando, já prevê a arbitragem. O advogado Geral do Estado, Onofre Alves Batista Júnior, disse que o grau de litigiosidade é exagerado, existindo, atualmente, cem milhões de ações em andamento no judiciário. “Tudo no Brasil desagua no Judiciário e todos perdem com isso. uma cobrança judicial gasta, em média, 11 anos. Por isso a importância de ‘desjudiciar’ questões menores”, alertou o advogado. Adriano Cardoso, representante do presidente da OAB-MG, destacou que deve-se repensar um modelo para interagir com o Judiciário: “um segmento que é a mola matriz do País como o da Construção não pode ficar à mercê do Judiciário”, advertiu. A mesa de abertura contou ainda com a presença do secretário de Obras Públicas do Estado Murilo Valadares.

Os três painéis (‘As soluções de disputas na prática nos contratos públicos de construção e Infraestrutura’; ‘A exigência de utilização das soluções de disputas nos contratos de financiamento de obras Públicas e de PPP’; e ‘Os principais benefícios e as dificuldades da utilização das soluções de disputas nos contratos públicos’) trouxeram

à discussão dos participantes as formas mais comuns de disputas, conceitos, benefícios e dificuldades de cada solução.

Como benefícios, os palestrantes citam o menor prazo para a resolução dos problemas, o menor custo além da facilidade de negociação entre as partes. Na arbitragem (Lei Federal 9.307/96), uma terceira pessoa (árbitro), especialista no conflito em questão deve resolver o impasse. A mediação é um procedimento consensual de resolução de conflitos, que tem nas próprias partes a solução da controvérsia. O mediador aproxima e facilita a comunicação entre as partes. Já no DRB (Dispute Resolution Boards), ou comitês de resolução de disputas, tem o contrato analisado por um comitê independente, dentro da ótica contratual e legal.

DADOs JusTIçA nO BRAsIL

:: 100 milhões de ações em andamento no Judiciário;:: uma cobrança judicial gasta em média 11 anos;:: R$ 380 reais foi o que cada brasileiro gastou com a Justiça em 2016;:: 1,3% do PIB foi gasto com Justiça no Brasil;:: 80 a 85% dos tratados em Mediação terminam em acordo;:: A Arbitragem reduz em média 58% dos custos de um processo judicial convencional.

DEsAfOgAR A JusTIçA

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ARTIgO

A sOLuçãO DOs COnfLITOs nA COnsTRuçãO pEsADA nãO pODE sER LEnTA

Segundo os Tribunais de Contas e dados dos Ministérios de Cidades, Integração Nacional e Transportes, existem no Brasil cerca de 25 mil obras paralisadas em rodovias, ferrovias, hospitais, escolas, prédios públicos e de saneamento básico. Estima-se que isso totaliza mais de R$ 50 bilhões de investimento estagnados. Do ponto de vista de gestão do recurso público, isso é inadmissível.

Infelizmente, isso ocorre em nosso país porque se discute no judiciário, por anos, pendência ou conflito entre contratante e contratado ou promovidos por órgãos de fiscalização, como os Tribunais de Contas e Ministério Público. Observamos, ainda, nos últimos anos, o sucateamento da engenharia pesada nacional, dentre outros, pelo uso sistemático de preços de referência e de BDIs baseados em tabelas fixas, sem consideração das particularidades de cada obra, como se a execução de uma obra pesada fosse simples e sem riscos, ou seja, meramente matemática como 1+1=2.

Licitações baseadas em projetos não detalhados e orçamentos mal elaborados, que necessitam ser ajustados no decorrer das obras; ordens de início sem os licenciamentos e desapropriações necessários; serviços adicionais não previstos e inevitáveis para se dar continuidade às obras; mudanças de planejamento por razões políticas, constantes paralisações e atrasos nas obras e nos pagamentos, consumindo mais recursos que os inicialmente previstos pelas construtoras, são exemplos de falhas do poder público, que trazem como consequência custos adicionais não previstos no momento da licitação.

Por essas razões, surge um grande número de conflitos nas obras da construção pesada.

O conflito não é um fator negativo, se torna negativo quando as partes não escolhem a forma adequada de solucioná-lo. Se não resolvido em comum acordo entre as partes, levá-lo sempre ao Poder Judiciário, como habitualmente é feito, não tem se mostrado a melhor opção.

Por outro lado, os mais de cem milhões de processos que tramitam no judiciário estatal contribuem sobremaneira para seu congestionamento, trazendo como consequência uma inaceitável morosidade na solução de eventuais disputas. Ainda, os custos com essas disputas representaram em 2016 mais de 3% do PIB brasileiro, sendo que, segundo informações do CNJ daquele ano, o custo da máquina pública para seu julgamento é cerca de três vezes superior ao valor do que se pede.

Assim, muitas vezes, uma decisão do julgador estatal, mesmo que tecnicamente correta, torna-se injusta em razão do tempo, uma vez que em 10, 15 ou 20 anos provavelmente uma empresa de engenharia que teve uma sentença favorável, já não mais poderá usufruir de seu benefício. Por isso, nosso entendimento é de que a solução de conflitos na construção pesada, além de tecnicamente correta, não pode ser lenta.

Além da negociação direta entre as partes, existem fora do Poder Judiciário opções tecnicamente mais eficientes como conciliação, mediação, Comitê de Resolução de Disputas, arbitragem e arbitragem expedita. Essas opções, que possuem amparo legal, poderão ser utilizadas pelas partes envolvidas, inclusive o poder público, contribuindo sobremaneira para solucionar conflitos, pautados na integridade, ética, transparência e respeito.

Por exemplo, ao se escolher a arbitragem, as partes abrem mão de recorrer ao Judiciário, escolhendo árbitros de sua confiança e com expertise técnica para o julgamento do conflito e sem possibilidade de recursos, cuja sentença tem o mesmo valor da sentença de um juiz estatal, mas extremamente mais rápida. Já os Comitês de Resolução de Disputas são criados no início de um projeto de engenharia, composto por profissionais especialistas que, resumidamente, acompanham o projeto, se reúnem com frequência determinada no local das obras, aconselhando ou decidindo sobre todas as pendências em tempo real.

Deste modo, para atender essa demanda da engenharia, a Câmara de Mediação e Arbitragem – CMA/CREA-MG, criada em 2012, através de seus regulamentos e administração de processos, vem contribuindo na gestão da construção de soluções de conflitos através da humanização dos procedimentos de resolução de controvérsias, com o propósito de preservar os relacionamentos empresariais e interpessoais.

Engº Clémenceau Chiabi Saliba JuniorPresidente da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-MG

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