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Semanário | 31 de julho de 2015 | Nº 534 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB PUB //PÁG. 06 //PÁG. 10 Faturas do lixo por pagar forçam AMAVE a levar Câmara da Trofa a tribunal Secretário de Estado elogia trabalho do Clube Slotcar Obras no S. Pantaleão inauguradas //PÁG. 4 //PÁG.20 S. Romão em festa com restauro da Igreja pub pub Eurico Ferreira recupera máquina histórica //PÁG. 5

Edição 534 do jornal O Notícias da Trofa

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edição de 31 de julho de 2015

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Semanário | 31 de julho de 2015 | Nº 534 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

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//PÁG. 06

//PÁG. 10

Faturas do lixo por pagar forçam AMAVEa levar Câmara da Trofa a tribunal

Secretário de Estado elogia trabalho

do Clube Slotcar

Obras no S. Pantaleão inauguradas

//PÁG. 4

//PÁG.20

S. Romão em festa com restauro da Igreja

pubpub

Eurico Ferreira recupera máquina histórica

//PÁG. 5

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2 O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Patrícia Pereira

Atualidade

José MariaMoreira da Silva

CRÓNICA

O Instituto de Emprego e For-mação Profissional (IEFP)

selecionou “75 entidades especia-lizadas no domínio da prestação de serviços de apoio à estruturação de Projetos para a criação de empre-sas e microempresas” para integrar a rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico (EPAT). A AEBA foi uma das selecionadas e, a 22 de ju-lho, esteve em Santarém para assi-nar o protocolo com o IEFP.

A rede EPAT, dinamizada “desde 2011 pelo IEFP”, é constituída por entidades privadas sem fins lucrati-vos ou autarquias locais que dispo-nham de “serviços para promover o empreendedorismo, devidamen-te credenciadas para apoiar os des-

No próximo sábado, dia 1 de agos-to, o Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, organiza a 35.º edição do Festival Nacional de Folclore.

A tarde e a noite de sábado prome-tem ser animadas pelos grupos de

As tradições do Coronado e de Vila do Conde vão ser mostradas ao públi-co na próxima Mostra Internacional de Folclore, organizada pelo Grupo Danças e Cantares do Vale do Coro-nado e que está marcado para o dia

V ivemos numa sociedade de areias movediças, em que

a espuma da propaganda política está embrulhada em chavões pré-

-fabricados nas centrais de infor-mação e o próprio mundo da po-lítica está infestado de charlatões, de tagarelas, linguareiros, de hor-das de mexeriqueiros, de engana-

-tolos, que prometem tudo e mais alguma coisa, cuja única vontade é seduzir o povo, para lhe arrancar o voto. É preciso fugir daqueles políticos simpáticos por fora, pa-recendo justos aos olhos do povo, mas por dentro estão cheios de imundice, repletos de hipocrisia e perversidade.

É verdade que muitos políti-cos dominam muito bem a arte e os malabarismos, as argúcias e os enredos da retórica, têm uma mística ardente e arrebatada, ex-primem-se por metáforas e inter-rogações apaixonadas, mas exal-tam áridos discursos sem genuini-dade e sem conteúdo, são um alfo-bre de trivialidades, utilizam ar-gumentos frágeis e incoerentes, e os seus conhecimentos são vagos, não dominam os enredos do pen-samento e não alcançam nenhuma profundidade, nem têm uma con-clusão raciocinada própria nem um apriorismo dogmático, fazen-do gala da sua persuasão e elo-quência nas pérfidas congemina-ções infames e frívolas. Pensam ser o que não são.

Subjugadas ao encanto das suas palavras elegantes, são muitas as pessoas que ainda se deixam en-ganar pelas patranhas destes po-líticos, que são zangões do bem falar, que conseguem enredar os seus ouvintes de tal maneira que os mais incautos acabam con-vencidos de que um elefante tem asas e voa.

As artes do disfarce estão tão bem desenvolvidas que podemos estar certos de subestimar o nú-mero de «sacanas» que conhece-mos na vida pública. São muitos os «sacanas» que são geniais, têm uma enorme capacidade de dis-farçar a malevolência da sua na-tureza, deturpando os argumen-tos a seu favor, iludindo as pes-soas com ideias caprichosas, são eloquentes e subtis, sendo preci-

35.º Festival Nacional de Folclore

Mostra Internacional de Folclore

Ranchos participantes, como o Gru-po de Danças e Cantares do Conce-lho de Monte Agraço, Agrupamen-to de Danças e Cantares da Póvoa da Isenta e o Rancho Folclórico de Vilar de Arca.

O festival terá início na Capela de S. Bartolomeu, em S. Romão do Co-ronado pelas 21.30 horas, mas já du-rante a tarde será feita a receção dos grupos na sede, o jantar convívio e o desfile dos grupos. D.M./C.V.

2 de agosto, na Quinta de S. Romão. A iniciativa vai contar com a pre-

sença de grupos folclóricos oriun-dos de Espanha, Bulgária e Eslové-nia para animar todos os presentes.

A World of Traditions in Coronado

2015 – Mostra Internacional de Fol-clore – promete virar os “holofotes” para a Vila, com uma iniciativa cul-tural de grande monta e que o grupo organizador pretende que seja um su-cesso. D.M./C.V.

AEBA integra a rede de Entidades Prestadorasde Apoio TécnicoNo Convento de S. Francisco, em Santarém, a AEBA (Associação Empresarial do Bai-xo Ave) assinou um protocolo com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profis-sional), para integrar a rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico.

tinatários promotores de projetos de criação de empresas/micro negócios no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego”. “A rede EPAT assume-se, numa lógica de proximi-dade aos promotores, como um su-porte relevante e essencial nomea-damente na mitigação das fragilida-des dos projetos de criação de em-prego, quer numa fase antecedente à sua criação (incluindo o despiste de ideias de negócio com a potencia-ção das que se evidenciem), quer na fase de implementação das empre-sas, contribuindo para a sustentabi-lidade dos negócios”, avançou fon-te da AEBA.

O IEFP reconhece “a importância de reforçar as suas respostas às ini-ciativas de empregabilidade no âm-

bito das medidas e programas de empreendedorismo de que é orga-nismo executor, promovendo uma ação integrada com as entidades es-pecializadas neste domínio, de for-ma a estimular a criação de empre-sas, micro negócios sustentados e, consequentemente, potenciar o teci-do empresarial local e regional”. Em 2015, estima-se que o investimento na rede EPAT represente “cerca de 1,1 milhões de euros e 3,3 milhões de euros em 2016, para um total de 2400 projetos abrangidos nos dois anos”, face às atuais medidas e pro-gramas de empreendedorismo da responsabilidade do IEFP, desig-nadamente no âmbito do programa de apoio ao Empreendedorismo e à criação do Próprio Emprego e do Programa Investe Jovem.

Os pOlíticOszangões e pérfidOs

so saber descodificar as suas men-sagens, pois muitas são apócrifas, são falsas até ao «tutano». São po-líticos pior que falsos, são pérfi-dos e embebedam-nos de propa-ganda que não parece propaganda.

Os políticos não se medem pe-las suas palavras, mas pelas suas atitudes. As palavras ocas e falsas, que vão uivar nos nossos ouvidos e as ondas das promessas eleito-rais irrealistas, deveriam desfa-zer-se na nossa indiferença, pois são muitos os políticos que tentam passar-nos um atestado de burrice, mas têm a sensibilidade social de um pedregulho. Discutir ideias ou comentá-las com seriedade é sem-pre mais difícil porque exige qua-lidades, que muitos políticos da atualidade não as tem, principal-mente quando interpretam os an-típodas daquilo que diziam lutar há muitos anos.

Muitos políticos da nossa pra-ça, quando eleitos gostam de afas-tar o povo das decisões e da de-mocracia, para assim despolitiza-rem o seu “quintal” e fazerem li-vremente as suas negociatas, en-riquecendo à custa do erário pú-blico. Infelizmente são muitos os políticos promíscuos, corruptos, que estão na política para se ser-virem, a si e aos seus familiares e amigos mais próximos. É quando a qualidade da política nasce ra-quítica e morre anã.

Esta é uma consequência muito nefasta para a Cidadania, em que os eleitores cultivam, cada vez mais, um distanciamento irreve-rente em relação às instituições, com grave prejuízo para a Cidada-nia, mas também para a Democra-cia. É verdade que também existe uma enorme iliteracia no que res-peita à Cidadania. É preciso que todos pratiquem a Cidadania, nes-te País heterogéneo.

Felizmente, o país ainda tem al-guns políticos, que prezam a sua palavra e honram os seus compro-missos, são homens justos que es-tão na política em missão de ser-viço público. É a política com sen-tido, a política altamente nobre!

[email protected]

Representantes da AEBA foram a Santarém assinar protocolo com IEFP

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3 2 O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 31 JULHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Um derrame de “cerca de cem gramas” de mercúrio num la-

boratório do edifício de Investigação e Desenvolvimento da empresa far-macêutica Bial, sediada em S. Mame-de do Coronado, levou três colabora-dores a serem transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.

O alerta foi dado cerca das 10.30 horas e os Bombeiros Voluntários da Trofa seguiram para o local, ten-do evacuado espaço onde se verifi-cou o derrame. Os responsáveis pela empresa farmacêutica esclareceram, através de um comunicado entregue aos jornalistas, que foi detetado “um pequeno derrame de mercúrio cir-cunscrito a uma sala laboratorial, cer-ca das 9 horas”, tendo sido automati-camente “acionado o Plano de Segu-rança Interno da Empresa”.

Uma conduta de água rebentou na Estra-da Nacional 104, junto ao Largo Costa Fer-reira, em S. Martinho de Bougado, por vol-ta das 17.25 horas de quarta-feira, 29 de ju-lho. À medida que a água ia saindo do alca-trão, aumentava a dificuldade de utilizar uma das faixas de rodagem. Terá sido a pressão da água a “empolar” o alcatrão, abrindo fen-das por onde a mesma saí.

O trânsito esteve condicionado, tendo sido necessária a intervenção da Guarda Nacio-nal Republicana da Trofa para regulá-lo. No local estiveram uma equipa de intervenção da Indaqua, a Polícia Municipal e a Prote-

Derrame de mercúrio leva trabalhadores da BIAL ao hospitalO derrame de mercúrio ocorreu numa das salas laboratoriais da empresa Bial, na manhã de segunda-feira, 27 de julho. Três colaboradores fo-ram transportados para o Hospital por precaução.

Patrícia Pereira A Bial assegurou que não tinha havido um contacto direto deste me-tal tóxico com qualquer trabalhador, contudo, “três pessoas foram acon-selhadas a ir ao hospital” por terem

“antecedentes de problemas respirató-rios”. Durante a tarde, os colaborado-res tiveram alta hospitalar.

A empresa informou ainda que “mantém isolada apenas a sala onde foi detetado o derrame até ser con-cluída a limpeza”. A empresa avan-çou que vai fazer “uma averiguação interna para perceber como ocorreu e o porquê deste incidente”.

No local estiveram os Bombei-ros Voluntários da Trofa com dez elementos e quatro viaturas, duas delas ambulâncias, uma ambulân-cia do INEM, Suporte Imediato de Vida de Santo Tirso, Viatura Mé-dica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João do Porto e a GNR da Trofa.

Estrada rebentadapor conduta de água

ção Civil da Trofa.O NT questionou a Indaqua sobre esta situ-

ação, mas até à hora do fecho de edição não chegou qualquer resposta. O NT sabe que, durante a noite, a Indaqua procedeu à aber-tura do piso para avaliar a situação, tendo o mesmo sido tapado com paralelos.

Recorde-se que recentemente a rua foi in-tervencionada, tendo sido pavimentada.

Questionada pelo NT, a Indaqua fez sa-ber, esta quinta-feira, que “a reparação da avaria encontra-se concluída, estando já re-posto o normal fornecimento de água aos clientes”. P.P.

Três funcionários foram ao hospital por precaução

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Atualidade

A terra foi substituída por para-lelos, dando dignidade ao es-

paço e às cerimónias religiosas. No dia de S. Pantaleão, a Junta de Fre-guesia do Muro inaugurou o recin-to da Capela, após a conclusão da 2.ª fase do projeto das obras de requali-ficação do espaço. A iniciativa con-tou com a intervenção do professor Moutinho Duarte sobre o S. Panta-leão e marcou o início das festivi-dades em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão. Seguiu-se a eucaristia em honra de S. Pantaleão e em memória

Era impossível ficar indiferente a tamanha obra de arte criada no cru-zeiro em pleno Souto da Lagoa. Ho-ras de empenho voluntário resulta-ram num arranjo floral que punha curiosos de todas as idades largos minutos a contemplá-lo na noite de sábado, 25 de julho. Mas este não foi o único motivo de interesse das festas do Senhor e São Tiago. Fo-ram vários os momentos culturais e religiosos programados para fazer jus ao lema das festas: “Gratidão e homenagem”. O primeiro dia, 18 de julho, foi escolhido exatamente para assinalar os 261 anos em que bouga-denses, sob orientação do abade de então, assinaram a escritura defini-tiva para a construção da Igreja Ma-triz arquitetada por Nicolau Nasoni.

“Era e é um dever de gratidão a to-dos esses valorosos homens e mu-lheres que trabalharam, com certe-za, sem receberem recompensa al-

S. Pantaleão com recinto melhoradoJunta de Freguesia do Muro inaugurou a 2.ª fase do projeto das obras de requalificação da zona envolvente à Capela de S. Pantaleão, a 27 de julho.Patrícia Pereira aos festeiros já falecidos, terminan-

do com bolo e champanhe.O presidente da Junta de Fregue-

sia do Muro, Carlos Martins, afir-mou que “a energia desta emprei-tada foi do pároco” Rui Alves, que

“meteu mãos à obra e fez casas de ba-nho” e “requalificou a Capela de S. Pantaleão”. Para “não ficar atrás”, a Junta de Freguesia do Muro requali-ficou a zona envolvente, com os ob-jetivos de “embelezar e dar dignida-de ao espaço”, ao mesmo tempo que

“afasta” a “má frequência”.Carlos Martins mencionou que

este era “um projeto ansiado há mui-

to tempo pelos murenses”, uma vez que o espaço se encontrava “degra-dado e todo em terra batida”.

Com esta “inauguração simbó-lica”, o executivo pretende que, “a partir de agora”, as pessoas passem a frequentar a zona envolvente à Ca-pela de S. Pantaleão.

Durante o discurso, Carlos Mar-tins, em nome da Junta de Freguesia do Muro, desafiou o executivo ca-marário a apontar uma data para a inauguração da 3.ª e última fase da obra de S. Pantaleão, que passa por ligar o recinto à Estrada Nacional 318 e criar um anfiteatro. “O execu-

tivo camarário comprometeu-se, pe-rante muita gente que estava presen-te, com a data de 2016. Vamos ver se é possível, eu acho que sim por-que o projeto está feito, agora é só executar a obra. Havendo dinheiro as obras fazem-se”, reforçou.

Cultura, história e religiãoem destaque nas Festas do Senhor e São TiagoFestas do Senhor e São Tiago dinamizaram noites de 20 a 26 de julho. Bênção de uma imagem nova do padroeiro, exposição de pintura e pro-cissões foram alguns dos momentos altos das festividades.

cátia Veloso guma e afincadamente durante algu-mas décadas para que hoje esse tem-plo magnífico e opulento seja consi-derado um dos melhores ex-libris do nosso concelho”, assinalou António Costa, tesoureiro da Confraria do Senhor e São Tiago.

A bênção de uma imagem nova do padroeiro São Tiago, uma répli-ca daquela que se encontra no altar-

-mor da igreja matriz e que servirá para andar nas procissões da paró-quia, foi outro dos momentos altos da festa deste ano. A complementar as celebrações religiosas, cumpri-ram-se as habituais procissões no sábado e no domingo, além das eu-caristias solenes.

Já a vertente profana trouxe a Bougado muitas atividades cultu-rais, desportivas e recreativas “para todos os gostos”, começando com a inauguração de uma exposição de pintura da trofense Helena Araújo. A noitada de sexta-feira ficou mar-cada pela atuação do grupo musical

famalicense Fammashow. No sába-do, foi o fado que esteve em destaque.

No sorteio realizado nas festas, os premiados foram: José Magalhães Moreira (1.º), Flor do Ave (2.º) e Bru-no Pinto (3.º).

Em nome da Confraria do Senhor

e São Tiago, António Costa agra-deceu “a todos os bougadenses que contribuíram para o êxito das fes-tas, alguns em particular que, além de darem o seu contributo financei-ro, apoiaram na decoração da Igreja Matriz, andor e cruzeiro”. E, no fim,

deixou o pedido “a todos os bouga-denses e autoridades civis para que estejam mais atentos à história da freguesia, porque Santiago de Bou-gado tem um grande património que deve ser explorado, valorizado e tra-tado com mais carinho”.

Executivo da Junta satisfeito com obra que vem “dar dignidade ao espaço”

Executivo camarário comprometeu-se a inaugurar a terceira fase da obra em 2016

Fado marcou a noite de sábado

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Atualidade

Nos anos 60, quando visitava a Mida e as Máquinas Pinheiro,

Eurico Ferreira deslumbrava-se com a conceção de uma máquina de corte de madeira, que “tinha sido inventada por António Sampaio” e o primeiro exemplar criado “na oficina de Aveli-no de Sousa Reis”. As características da máquina faziam dela uma “cam-peã do Mundo” entre as concorren-tes, uma vez que, por ter a estrutura em cimento, não desafinava nem ce-dia às temperaturas altas. E pelo que sabe, continua a distinguir-se “nos pa-íses quentes”.

Já há algum tempo que este ele-mento histórico, ainda não valoriza-do no concelho, estava a intrigar Eu-rico Ferreira. Numa viagem à Sertã, a curiosidade passou a desafio: “Pas-sei numa rotunda e vi a máquina lá exposta. Fui à loja de turismo local e perguntei qual era o significado da

A partir deste sábado, 1 de agos-to, o bar da Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora das Dores vai passar a funcionar no novo edi-fício construído, no âmbito do pro-jeto de requalificação dos parques.

Segundo Domingos Carneiro, presidente da Comissão de Fes-tas, esta alteração aconteceu por a empresa Europa Ar Lindo ter “em-

Vestidos à época, um grupo de comerciantes vai ocupar o Souto de Bair-ros, em Santiago de Bougado, para vender produtos hortícolas, vasos, ve-lharias, doces caseiros e trabalhos manuais. Durante a tarde de 9 de agos-to, o euro será “substituído” pelos reis, moeda usada no antigamente. Tra-ta-se da Feira à Moda Antiga que o Grupo de Danças e Cantares de Santia-go de Bougado vai organizar a 9 de agosto, no Souto de Bairros, em San-tiago de Bougado, integrado no programa Bougado e Juventude em Festa promovido pela Junta de Freguesia.

Elementos do Grupo e artesãos, que se associaram à iniciativa, vão tra-jar-se a rigor para vender vários artigos, recriando as feiras dos finais do século XIX e inícios do século XX. A Feira abre portas às 15horas.

Além deste certame, o Grupo vai marcar presença no Bougado e Juven-tude em Festa com um stand durante os quatro dias, que terá uma tômbo-la com várias surpresas. Esta é mais uma forma de a associação “angariar verbas para as obras de restauro da sede”. “Era importante que conseguísse-mos fazer as obras antes de mais um inverno, para que não deteriorasse todo o nosso material, fruto das nossas recolhas”, avançou fonte da direção. C.V.

Eurico Ferreira recupera máquina histórica inventada na TrofaÉ considerada a “campeã do Mundo” no lote de máquinas de corte de madeira pelas características que tem. Foi inventada na Trofa, era fabri-cada na Mida e nas Máquinas Pinheiro nos anos 60 e, recentemente, Eurico Ferreira recuperou um exemplar para que seja “exposto” como pa-trimónio histórico do concelho.

Cátia Veloso máquina e um senhor respondeu-me que era uma homenagem à flores-ta. Eu disse que aquela máquina foi feita na minha terra e o senhor per-guntou-me se eu era da Trofa. Aqui-lo mexeu comigo. Se na Sertã reco-nhecem a história da Trofa, por que é que a Trofa não reconhece a sua pró-pria história?”

Decidiu, por isso, pôr mãos à obra e partir à descoberta da máquina, num processo que não se revelou “pera doce”. “As que apareciam tinham o tronco em fundição e eu não queria. O que me interessava era conseguir uma das que tinham sido feitas em cimento. Um dia, em conversa com pessoas amigas, uma delas disse-me que um tio tinha uma máquina des-sas”, contou.

Conseguiu que o proprietário ce-desse a máquina que, porém, esta-va incompleta, uma vez que “tinham roubado a mesa e o motor”. Logo se prontificou a falar com outras pesso-

as, que se disponibilizaram para ofe-recer os elementos em falta.

Para a concluir, falta que um trolha “corrija alguns estragos no cimento” e, por fim, quando estiver pintada, po-derá “ser exposta para a posteridade”.

“É esse o meu desejo e foi o que eu transmiti na última Assembleia Mu-nicipal”, confessou. Questionado so-bre o que o motivou a recuperar este elemento histórico, o trofense foi pe-rentório: “Trata-se da minha terra, te-

nho essa obrigação, assim como têm todos os trofenses. Temos de trabalhar todos juntos”. Concretizado este pro-jeto, Eurico Ferreira deixou escapar que “tem outros” para a Trofa, mas, para já, ficam no segredo dos deuses.

Danças e Cantares de Santiago com Feira à Moda Antiga

Bar da comissão de festasmuda-se para novo edifício

prestado o edifício do bar para es-tas duas semanas”. No final das fes-tas, o edifício será “novamente” de-volvido à empresa. “A partir de sex-ta-feira, temos o edifício livre para poder levar os nossos equipamentos. Vamos funcionar da mesma forma como até agora”, garantiu.

Aos sábados e domingos, o bar funciona das 14 às 23 horas, en-

quanto de segunda a sexta-feira o bar pode ser frequentado entre as 20.30 e as 23 horas.

Já a 6 de agosto, pelas 21.30 ho-ras, o bar vai ser palco de “surpre-sas”, como José Alberto Reis, que vai marcar presença “como amigo e não como cantor contratado, com o intuito de colaborar connosco”.

P.P.

Eurico Ferreira conseguiu recuperar uma máquina feita na Trofa e valorizada na indústria madeireira

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Atualidade

Depois de aprovar em reunião de Câmara, a maioria PSD/

CDS-PP – assim como o presidente independente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins – validou, em Assembleia Municipal extraor-dinária, a revogação das delibera-ções da autarquia e Assembleia Mu-nicipal relativas à confissão e cessão parcelar de 1,6 milhões de euros de dívida à AMAVE, alusivos à presta-ção de serviços da SUMA, empresa de gestão de resíduos.

Genericamente, o executivo mu-nicipal viu aprovada a proposta de recuar na assunção da dívida sobre a prestação de serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos, o que deixa, de novo, a descoberto o di-ferendo entre a autarquia trofense e a AMAVE.

Segundo António Azevedo,vice--presidente da autarquia, foi aceite a dívida de 1,6 milhões de euros – em que cerca de 327 mil se referem aos serviços prestados e um milhão e 274 mil a juros –, mediante “um acordo de pagamento faseado” com duração de “cinco anos, sem juros vencidos nem vincendos”, que “ini-ciava em junho de 2015”.

O processo emperrou, disse o au-tarca, já depois das deliberações da Câmara e Assembleia Munici-pal. “Enviamos para a AMAVE o acordo para que assinasse, mas fo-mos surpreendidos, um mês depois, com a reivindicação da SUMA que queria mais 400 mil euros de juros. Não foi isso que acordamos, nem em conselho diretivo, nem em reu-

Em reunião de comissão perma-nente, onde a presidente da Assem-bleia Municipal e os representantes dos agrupamentos políticos discu-tem temas relacionados com as ses-sões, Pedro Ortiga, do PS, apresen-tou uma recomendação para a intro-dução do Período de Antes da Ordem do Dia (PAOD) na sessão extraor-dinária da Assembleia, para permi-tir “debater temas importantes como fundos comunitários, obra do Parque das Azenhas e situações de conflito

Assembleia Municipal anula assunção de dívida à AMAVEA Câmara Municipal da Trofa voltou atrás na assunção de dívida à Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE), pelo serviço prestado pela SUMA, empresa de gestão de resíduos sólidos urbanos. O que está em causa, diz executivo, é o facto de, além dos 1,6 milhões de euros já assumidos, a SUMA ter vindo reclamar “mais 400 mil de juros”.

Cátia Veloso

nião de Câmara e Assembleia Mu-nicipal”, afirmou. A “ineficácia” da assunção de dívida, perante este novo cenário, justifica a propos-ta de revogação, adiantou Antó-nio Azevedo.

Apesar de ter aceitado o montan-te de dívida, o executivo municipal nunca se convenceu com o valor de juros imputado. Uma vez que o processo voltou à estaca zero, a au-tarquia tenciona agir judicialmen-te, assumindo como dívida 700 mil euros. Segundo António Azevedo, este valor justifica-se pela assun-ção de um volume de juros mais pe-queno, tendo em conta “a participa-ção do município na AMAVE, que é de seis por cento e não a 30 e tal por cento como estavam a faturar”.

Oposição abstém-seA CDU, representada por Paulo

Queirós, absteve-se nesta propos-ta, uma vez que teve o mesmo sen-tido de voto aquando da deliberação.

“Na votação da aceitação deste con-trato e a assunção da dívida, ques-tionamos sobre se seriam os mon-tantes finais a pagar e se não have-ria mais surpresas à frente. Na altu-ra, não nos responderam, pensamos que seria postura do costume de não responder às nossas perguntas, mas reparamos que desta vez nem vossa excelência sabia se haveria lugar a mais pagamentos ou não”, afirmou.

Também o grupo municipal do PS se absteve, por considerar que

“apesar de todos os esforços do vi-ce-presidente, a informação presta-

da sobre o assunto veio tarde e é in-suficiente”. Os socialistas levanta-ram interrogações quanto ao apu-ramento do novo montante de dívi-da, de 700 mil euros.

Já Carlos Martins, presidente in-dependente da Junta de Freguesia do Muro, aprovou a revogação. “Uma empresa que deixa em crédito cin-co milhões de euros e não pede o di-

nheiro antes ou tem muito dinheiro ou tem um negócio muito muito ren-tável. Eu nunca deixaria a conta cor-rente de um cliente chegar a deter-minado valor. Os juros não podem ir a 30 por cento, há um teto máxi-mo por lei. Há aqui alguém a meter dinheiro ao bolso. Se eles querem mais do que aquilo que vocês pro-puseram, é ir à justiça”, assinalou.

Segundo António Azevedo, o montante total de dívida da Trofa à AMAVE era de 5,5 milhões de euros, sendo que “três milhões já tinham sido pagos através do PAEL (Programa de Apoio à Eco-nomia Local)”, acionado pelo anterior executivo.

A duração do serviço prestado e não faturado é que não é o mes-mo para coligação PSD/CDS-PP e PS. Enquanto a primeira refe-re que o serviço reclamado é de 2007 a 2012, socialistas assegu-ram que a SUMA operou no concelho até 2010.

Esta discórdia marcou um dos momentos “quentes” da Assem-bleia, com António Azevedo a perder a calma. “Vocês (PS) não pagaram porra nenhuma no anterior executivo, foi só empurrar com a barriga para a frente. É fácil dizer que se pagou (à AMA-VE) porque estava no PAEL, mas o PAEL nós pagamo-lo, e são três milhões por ano. E o PRF (Plano de Reequilíbrio Financei-ro), estávamos a pagar 6,5 por cento de juros, pelo empréstimo feito por eles (vereadores PS), mas nós conseguimos renegociar para 3,25 por cento”, afirmou. O autarca não se ficou por aqui e, relativamente à AMAVE, afirmou que o executivo anterior não fez acordo de dívida e “escondeu-a por causa das eleições”.

Joana Lima, ex-presidente da Câmara Municipal, pediu a palavra para “defesa da honra” e lamentou “a forma como o senhor vice-

-presidente se dirige ao anterior executivo, dizendo mentiras numa linguagem que não é apropriada numa Assembleia Municipal”.“Relativamente ao juro que conseguimos para o PRF, de 6,5 por

cento, na altura fizemos uma consulta ao mercado e o único ban-co que respondeu foi a Caixa Geral de Depósitos. Mais ninguém respondeu ao nosso pedido devido à situação financeira da Câ-mara”, justificou.

Não introdução de período antes da ordem do dia levanta discórdiaentre este executivo camarário e as associações do concelho”.

Segundo o socialista, “a recomen-dação foi aprovada por maioria, pelo PS e CDU, face à ausência do líder do grupo municipal do PSD”. Este assunto levantou discórdia e levou mesmo a pedir um parecer à Divi-são Jurídica da Câmara Municipal da Trofa.

Isabel Cruz, presidente da Assem-bleia Municipal, acabou por recusar a recomendação. “Para mim, o pa-

recer jurídico foi claro e inequívoco. A comissão permanente é um órgão consultivo da presidente da Assem-bleia e aos órgãos consultivos não cabe tomar deliberações”, afirmou, sem deixar de justificar: “Partilhei o meu entendimento daquilo que é uma Assembleia Extraordinária e que não era da opinião que fosse introduzido período de antes da or-dem do dia”.

Para Hélder Reis, do CDS-PP, que também não aprovou a introdução

do PAOD, nem sequer chegou a exis-tir recomendação, porque “implica uma maioria de dois terços, o que não se verificou”.

Na sessão foi ainda aprovada por maioria a atribuição de 50 mil eu-ros da autarquia à União de Fregue-sias de Bougado, para a obra da Casa Mortuária de S. Martinho. A CDU absteve-se porque, segundo Paulo Queirós, considera “demasiado” o valor total da empreitada.

A autarquia viu também aprovado,

por unanimidade, a atribuição de 68 mil euros à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões, para a requa-lificação viária da Rua de Felgueiras, em Alvarelhos. Aprovado foi, igual-mente, a atribuição de 30 mil euros à mesma União de Freguesias para a remoção do lixo depositado nos es-tradões militares. O mesmo aconte-ceu com a atribuição de mais 32.500 euros à Junta de Freguesia do Muro para a obra na zona envolvente à Ca-pela de S. Pantaleão. C.V.

“Momento quente” da Assembleia Municipal

Paulo Queirós absteve-se na revogação da deliberação de assunção de dívida à AMAVE

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7 6 O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 31 JULHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

O Notícias da Trofa (NT). Qual a dívida total da Trofa à AMA-VE?

Domingos Bragança (DB): Nes-te momento, a dívida global do Mu-nicípio da Trofa para com a AMA-VE é de 2.060.682,76 euros, não in-cluindo neste valor montantes em processamento e eventuais juros que terceiros imputem a esta As-sociação por serviços prestados ao Município da Trofa.

NT: Chegou a haver entendi-mento entre a Câmara e a AMA-VE acerca da dívida de 1,6 mi-lhões de euros? Como foi desen-volvido o processo para a assun-ção desse compromisso por par-te do Município?

DB: Para que se perceba, é bom desde já distinguir da dívida glo-bal de 2.060.682,76 euros o seguin-te: tal montante inclui 1,6 milhões de euros de dívida que a AMAVE contraiu, por conta do Município da Trofa, junto da empresa SUMA. O restante valor respeita a diversas tipologias de bens, serviços, etc.

A SUMA foi a empresa que pres-tou serviços de gestão de resíduos no Vale do Ave até 2010. Prestou-

-o por via de um contrato que cele-brou com a AMAVE representan-do esta Associação os Municípios neste processo. Portanto, a fatu-ração da SUMA era endereçada à AMAVE e, depois, esta Associação endereçava a respetiva quota-par-te a cada Município. Daí, a AMA-VE contraía a dívida em nome dos Municípios que, num segundo mo-mento, reembolsavam a Associação do respetivo débito.

Ora, finda a concessão da SUMA, importava realizar uma conta final. Dessa conta final, resultaram va-lores em que havia concordância e outros cuja determinação foi alcan-çada em sede de Tribunal Arbitral.

O valor global resultante, para conforto de todos os intervenien-tes, foi submetido à análise de uma entidade terceira: um Revisor Ofi-cial de Contas.

O serviço prestado pelo Revisor Oficial de Contas consistia em re-aferir a dívida e distribuí-la pelos Municípios. Tal dívida, acrescida de juros entretanto vencidos, foi

Entrevista a Domingos Bragança, presidente da Associação de Municípios do Vale do Ave

“A AMAVE é forçada a instaurarum processo judicial contra a Trofa”Em entrevista ao NT, Domingos Bragança, presidente da AMAVE, afirmou que o montante total da dívida da Trofa para com a associação é de mais de dois milhões de euros e que a fatura mais antiga que está por pagar data de 2002.

então aceite por unanimidade pelo Conselho Diretivo da AMAVE, in-tegrado também pelo Município da Trofa. O valor então calculado, afe-rido e aceite foi, relativamente ao Município da Trofa, de 2.751.012 €.

Chegados a este ponto, foi pelo Conselho decidido realizar uma confissão e cessão parcelar de dí-vida a cada um dos Municípios, ou seja, cada Município, incluindo o da Trofa, formalizaria nas ins-tâncias próprias um protocolo de acordo AMAVE/Município/SUMA com um plano de pagamentos que fixava o valor acordado sem en-cargos adicionais. Estamos neste momento em 31 de maio de 2012.

O Município da Trofa não forma-lizou qualquer acordo até ao dia de hoje. Reconhecendo porém a dívi-da junto da AMAVE, o Município pagou entretanto a esta Associa-ção o montante de 1.148.055 euros (2013/2014), com base nas delibe-rações havidas e das quais partici-pou, com verbas do PAEL. Ficaram portanto em dívida 1.602.957 euros, simplificando, os 1,6 milhões de euros de que aqui se falam.

Quanto a entendimentos, após reuniões, contactos e discussões mantidas entre a Associação, a SUMA e o Município, resultou que o Executivo Municipal deu por di-versas vezes o dito pelo não dito, ou seja, os acordos chegaram a es-tar no papel, mas nunca em con-dições de serem outorgados pelas três partes.

Muito embora a AMAVE se te-nha sempre mostrado diligente, so-lidária e compreensiva para com a difícil situação em que se encontra o Município, este nunca foi capaz de demonstrar coerência para com as posições por si tomadas, sendo talvez o reflexo máximo disso mes-mo a revogação da deliberação to-mada sem a aprovação de uma ou-tra que a subsituisse e plasmasse o acordado em sede de reuniões.

NT: A que se referem os 400 mil euros que o executivo mu-nicipal refere que foi reclamado pela AMAVE?

DB: A AMAVE simplesmen-te terá que imputar ao Município aquilo que a SUMA, por conta do

incumprimento deste, lhe cobrar.Recordo que o processo é tripar-

tido: inclui a AMAVE, o Municí-pio da Trofa e a SUMA. Recordo também que o processo de fecho de contas data de 31 de maio de 2012.

Agora, na presente data, esgota-das todas as possibilidades de acor-do que se entendiam possíveis, a SUMA reclama juros moratórios. Pelas razões já amplamente expos-tas, a AMAVE terá que os endere-çar ao Município da Trofa.

Quando se fala de forma avul-sa em 400 mil euros, convém pois enquadrá-los neste contexto, recor-dando de que se trata da aplicação da taxa de juro em vigor no tem-po decorrido desde 31 de maio de 2012. E mais, haveria disposição por parte da SUMA em reduzir tais 400 mil para 120 mil, caso o Exe-cutivo da Trofa estivesse na dispo-sição de aceitar outorgar um plano de pagamentos, diluindo tal quan-tia em prestações mensais até 2019. Aliás, posição aceite em sede de ne-gociação, contudo depois desdita.

NT: Que di l igências vai a AMAVE tomar para dar segui-mento ao processo? Quais os ca-minhos possíveis?

DB: Dado que o Município da Trofa não assume as suas respon-sabilidades nesta matéria, a AMA-VE é forçada a instaurar um pro-cesso judicial contra o Município

com vista a ser ressarcida de todos os prejuízos passados, presentes e futuros decorrentes desta situação.

Caso não seja do conhecimen-to, por falta de cumprimento das suas obrigações para com a AMA-VE, sobre esta Associação impen-de um processo de penhora ins-taurado pela SUMA, que resulta no congelamento de contas bancá-rias, de penhoras sobre receitas, ar-resto de bens, etc, que impossibi-litam o normal funcionamento da AMAVE, pondo em risco ordena-dos de colaboradores, cumprimen-to de obrigações legais, pagamento de empréstimos (dos quais o Muni-cípio da Trofa beneficia, etc).

Não obstante isto, a AMAVE en-quanto entidade responsável, está sempre disponível a acolher uma solução de última hora, caso a mes-ma seja a contento das partes.

NT: A que período diz respeito esta dívida da Câmara da Trofa?

DB: Relativamente à SUMA, isto é, aos 1,6 milhões aqui em aná-lise, este montante respeita ao perí-odo de 2007 a 31 de maio de 2012 (data de fecho de contas).

Além disto e num contexto glo-bal, a dívida mais antiga que o Mu-nicípio da Trofa tem junto da AMA-VE data de 2002.

Cátia Veloso

Domingos Bragança é o presidente da AMAVE

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Atualidade

Um ano e meio após a agrega-ção da freguesia de Guidões

a Alvarelhos, desde as eleições au-tárquicas de setembro de 2013, os guidoeneses mantém viva a sua luta pela recuperação da independência administrativa de Guidões. Para o efeito, foi criada uma Comissão de luta contra a extinção da freguesia de Guidões, que, em “abaixo-assi-nado, reuniu cerca de mil assinatu-ras a protestarem contra a extinção da sua freguesia”. A Assembleia de Freguesia de Guidões pronunciou-

-se, por “unanimidade”, contra esta agregação, assim como a Assem-bleia Municipal da Trofa, que não queria que nenhuma freguesia do concelho fosse agregada.

Segundo os Projetos de Lei “Cria-ção da Freguesia de Guidões” e

“Criação da Freguesia de Alvarelhos” apresentados pelo Grupo Parlamen-tar do PCP, a extinção destas duas freguesias foram deliberadas “à re-velia da opinião dos seus órgãos au-tárquicos”, sendo que agora se cons-tata que a extinção de freguesias se traduziu “numa perda para os mora-dores da sua área territorial, além de um desgosto profundo e um atenta-do à história de séculos da sua exis-tência”. Numa visita pelo concelho da Trofa, a deputada do PCP, Dia-na Ferreira, afirmou que os Proje-

Já vi de quase tudo na minha terra! Quase, disse eu, porque

estou sempre à espera de ver mais uma novidade da imaginativa clas-se política que nos governa!...

Desta feita, deparei-me com a pre-tensão de lançar um “novo” acordo ortográfico, com génese numa qual-quer reunião do executivo da Jun-ta de Freguesia de Bougado (JFB), conduzida por Luís Paulo e ao estilo

“Luíspaules”, social-democrata, elei-to pela coligação “Unidos pela Tro-fa”. Na inauguração da Casa Mor-tuária de S. Martinho de Bougado, promoveu um “agrado” ao seu ami-go de partido e presidente da Câma-ra Municipal da Trofa, Sérgio Hum-berto, colocando numa das paredes uma placa com os seguintes dize-res: “Obra realizada pela Junta de Freguesia de Bougado (São Marti-nho e Santiago) com o apoio da Câ-mara Municipal da Trofa. Inaugura-da pelo sua Exª. Dr. Sérgio Humber-to (...) 03 de Julho de 2015”.

João pedro Costa

CRÓNICAJunta de Freguesia de Bougado em desacordo ortográFico!

Numa placa que pretende mar-car para a posteridade o momen-to, fiquei atónito com a quantidade de erros ortográficos (ou não, se se confirmar o “desacordo” Luíspau-les…!), em tão curto espaço de tex-to: a falta de um acento circunflexo no primeiro “a” de Câmara, a fal-ta de uma pinta no segundo “i” de Municipal, a falta de concordância de género na palavra “pelo” e por fim o “Julho” escrito em letra mai-úscula! Ufff...

Nada que admire o comum do bougadense, pois “o que começa tor-to, termina torto” e já à data do lan-çamento da obra, outubro de 2014, um propagandístico outdoor “qua-se” maior que a própria obra que se pretendia construir dizia “Requali-ficação e Ampliação de Capela Mor-tuária”, quando o que se tratava era de uma “Casa Mortuária” (pois ser-ve todos os cidadãos, independen-temente da religião), como aliás foi abordado em artigo publicado em

20 de novembro de 2014.Deixando agora os pormenores

do “assim se escreve em bom portu-guês...”, mas que não devem passar em claro (até porque a placa lá con-tinua!), vamos ao mais grave da ce-rimónia de inauguração e que certa-mente envergonhará qualquer bou-gadense que respeite as suas origens.

O projeto, aprovado em Assem-bleia de Freguesia de “REQUALI-FICAÇÃO E AMPLIAÇÃO”, deu origem a uma suposta “coisa nova”, segundo entendimento de “última hora” (pré-inauguração) do executi-vo da JFB que, em desrespeito com quem tinha decidido construir o an-terior espaço, há mais de 30 anos (novidade à data), o já falecido Pre-sidente da Junta Armindo Azevedo (socialista), supriu a placa que lá es-teve colocada desde sempre!

Falta de sensibilidade, falta de res-peito, falta de vergonha, dou o ter-mo à escolha ao leitor, mas é desta forma que classifico quem preten-de apagar a memória da nossa terra, levando-me a acreditar que o único

“pecado” do executivo que construiu inicialmente o espaço era ser socia-lista! Mais um exemplo da politiqui-ce a que estamos habituados...

Belo exemplo de “orgulho trofen-se” propagandeado em slogan du-rante a campanha eleitoral, do qual se espera arrependimento de quem cometeu semelhante barbaridade e atentado à memória coletiva, corri-gindo a mentira histórica que agora lá está a ser contada. Afinal, quem vai ter o trabalho de corrigir a placa, para substituir o “Luíspaules”, sem-pre pode pendurar a outra (se não ti-ver sido destruída)...

Por fim, espero que nos momen-tos mais difíceis, quem deste es-paço precise, possa nele encontrar conforto, facto pelo qual termino, dando os parabéns ao executivo da JFB por ter aplicado bem os cerca de 150.000€ dos bougadenses, con-cebendo uma obra que olho e gos-to! Parabéns também ao arquiteto que elaborou o projeto e à empre-sa de V.N. GAIA a quem foi entre-gue por Ajuste Direto a obra. http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=1315265

(Agradecimento ao cidadão tro-fense José Azevedo pelo alerta no facebook e cedência da foto)

PCP vai continuar a luta pela desagregação das freguesiasEm visita ao concelho, a deputada Diana Ferreira reafirmou que o Partido Comunis-ta Português (PCP) vai continuar a lutar pela desagregação de freguesias e pela vin-da do metro até à Trofa.

Patrícia Pereira tos de Lei de criação das fregue-sias foram “alvo de um golpe da par-te do PS, PSD e CDS, que boicota-ram tanto a discussão como a vota-ção na Assembleia da República”, durante uma “conferência de líde-res”, durante a “última semana des-ta legislatura”. “O que fica eviden-te também neste golpe que foi dado, que até acaba por ser dado de uma forma tremendamente antidemocrá-tico, é que estão contra aquelas que são as vontades das populações, es-tando apostados em fazer a extinção das freguesias e a consequente ex-tinção dos serviços públicos, preju-dicando a qualidade de vida das po-pulações”, explicou.

Com esta visita à Trofa, Diana Ferreira pretende “reafirmar o com-promisso do PCP continuar esta luta”, que “não está perdida só por-que ainda não foi concretizada”, uti-lizando “todos os meios que tiverem disponíveis para que seja devolvida a cada uma das populações aquelas que são as suas freguesias”. “Esta-mos num sítio onde se vê um pano com a frase ‘Guidões livre e inde-pendente’, que fica bem claro aque-la que é a vontade da população des-ta freguesia, que foi completamente atropelada por aqueles que têm sido os partidos políticos que há mais de 39 anos se alternam no poder e que têm feito um conjunto de medidas que tem atacado todos aqueles que

são os direitos dos trabalhadores e do povo, os direitos laborais e so-ciais e que têm ignorado completa-mente aquelas que são as vontades das populações”, reforçou.

A deputada recordou que as “ex-tinções de freguesias” foi “um pro-cesso desencadeado pelos partidos da troika”, com “o objetivo claro de extinguir todos os serviços públicos que lhes estão associados”, como

“escolas, extensões de saúde e esta-ções dos CTT (quando eram uma empresa pública) que estão organi-zadas em lógica de freguesia”. “Se os partidos afirmaram que fizeram isto mas que não é para mudar nada, então porque que se extinguiram as freguesias”, questionou.

PCP vai lutar pela vinda do metro até à Trofa

Outro compromisso que o PCP reassume é a luta pelo “prolonga-mento da linha do metro até à Tro-fa”, relembrando o projeto apresen-tado pelo partido e que foi “chum-bado pelo PSD e CDS”. “Isto é um projeto que iremos voltar a propor na próxima legislatura. É uma tre-menda injustiça, porque como nós costumamos dizer que ‘na Trofa fi-caram sem pau nem bola’. Comboio foi e o metro não chegou. Há aqui um vazio e com responsabilidades nos três partidos”, terminou.

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Atualidade

A tarde de domingo, 26 de ju-lho, ficou marcada pelo con-

certo da Banda de Música da Tro-fa, no Encontro de Bandas Filar-mónicas, na Casa de Música, um concerto que Luís Lima, presiden-te da banda, caracteriza como “de alto nível”.

O encontro que teve início as 15 horas foi enaltecido por uma arru-ada, onde desfilaram todas as ban-das, antes do concerto, que reuniu 1200 pessoas na plateia, entre elas, cerca de 400 trofenses. O facto de a entrada ser gratuita fez com que os bilhetes esgotassem num ápice. Inclusive, “muita gente teve de ir

Para comemorar o primeiro ani-versário, o CineClube da Trofa or-ganizou uma festa na noite de sex-ta-feira, 24 de julho, que contou com o apoio da Casa da Guiné-

-Bissau do Porto.“Apesar de todos os contratempos

que encontramos, o balanço foi po-sitivo”. É assim que Joaquim Aze-vedo, presidente do CineClube da Trofa, caracteriza o primeiro ano daquele que foi um projeto am-bicionado em conjunto com o pai.

A noite de sexta-feira, no indoor Mais Desporto, foi animada pelo Grupo de Danças Tradicionais da Casa da Guiné-Bissau do Porto e pela apresentação e exibição de um documentário, sobre o Kora, um

“Excecional” foi o adjetivo esco-lhido por Fernando Jesus, presi-dente do Rancho Folclórico da Tro-fa, para caracterizar o Festival Fol-clórico, decorrido no sábado, 25 de julho, no Parque da Nossa Senho-ra das Dores e Dr. Lima Carneiro.

A iniciativa deste ano contou com a presença especial do Ran-cho da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão De-ficiente Mental da Trofa (APPA-

Banda de Música da Trofaestreia-se na Casa da MúsicaA Banda de Música da Trofa estreou-se no palco da Sala Suggia, na Casa da Música, no Porto, contando com uma plateia onde estiveram “cer-ca de 400 trofenses”.

Diana MorgaDo

Cátia Veloso embora, porque não tinha bilhete para entrar”, garantiu Luís Lima.

O presidente da Banda sublinhou que este foi, de facto, um “concerto acima da média” e pelo qual a ban-da trofense já foi felicitada. “Rece-bi um email dos responsáveis da Casa da Música a elogiarem o ma-estro e a banda, porque de facto foi o melhor concerto de bandas filar-mónicas”, salientou Luís Lima. O responsável garantiu que o suces-so do concerto e da própria banda é “fruto de oito anos de trabalho”.

Para além da Banda de Música da Trofa, atuaram ainda as bandas de Golães da Sociedade Artística Musical Fafense e a Filarmónica Humanitária de Palmela.

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Primeiro anode CineClubecom “balanço positivo”

instrumento tradicional do país da África Ocidental.

Joaquim Azevedo salientou que foi “um espetáculo inédito na Trofa” e garantiu que o CineClube da Tro-fa surpreendeu pela “boa adesão”.

“Estamos quase a atingir o número de sócios pretendidos”, sublinhou. O evento ficou ainda marcado pela presença do Lions Clube da Trofa e do Lions Clube da Lusofonia.

O CineClube da Trofa pretende continuar a dar cartas e conta já com eventos marcados para este ano e para o próximo, como o Fes-tival Seis Continentes, que se rea-lizará daqui a três meses, e o Fes-trofa, em 2016.

D.M./C.V.

Festival do Folclórico da Trofa reúne cerca de 1500 pessoas

CDM), que arrancou um ruidoso aplauso da plateia.

Fernando Jesus adiantou que “foi uma excelente ideia” convidar a as-sociação. “Falamos com as pesso-as responsáveis, que aceitaram de imediato e ficaram muito felizes, foi uma coisa inédita e correu mui-to bem”, esclareceu o presidente.

Além do anfitrião e da APPA-CDM, no Festival participaram ain-da o Rancho Folclórico de Santa-

rém, o Rancho Folclórico e Etno-gráfico de Alfarelos, o Grupo Fol-clórico de Danças e Cantares de Al-varães e o Rancho Folclórico Nos-sa Senhora da Piedade de Melres.

O evento, que segundo Fernan-do Jesus reuniu “cerca de 1500 pes-soas”, deixou os anfitriões satisfei-tos com o resultado. Fernando Je-sus aproveitou para agradecer a to-das as entidades envolvidas.

D.M./C.V.

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Atualidade

O orgulho romanense pela concretização da obra es-

tava estampado na decoração f lo-ral, onde se lia “Missão Cumpri-da”, e no sorriso das mais de mil pessoas que se associaram à festa de inauguração. O poeta não po-dia ter dito melhor: “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”.

Cento e cinquenta e mil euros foi o investimento necessário para a profunda intervenção no interior da Igreja de S. Romão do Coro-nado, que contemplou a restaura-ção do altar-mor, dos altares late-rais, dos bancos e dos tetos, a re-qualificação da instalação elétri-ca e a pintura.

Sem qualquer recurso financei-ro antecipado, a paróquia, sob a batuta do padre Rui Alves, avan-çou com a obra e, em poucos me-ses, os fundos foram conseguidos, graças à generosidade da popula-ção e do apoio das instituições pú-blicas locais.

Na eucaristia presidida pelo bis-po e que marcou a inauguração da obra, foram algumas as vezes que o pároco de S. Romão não conteve a emoção perante a concretização da obra e a demonstração de al-truísmo da comunidade. “Babado” foi o adjetivo escolhido pelo sacer-dote para descrever o sentimen-to que reinava naquele momento:

“Estou muito feliz. Independente-mente da nossa fé, do nosso par-tido, do nosso clube e das nossas opiniões, quando nos sentimos fe-lizes daquilo que fazemos, e o me-lhor que podemos ter. É uma res-ponsabilidade muito grande sentir que as pessoas estão a tirar de si para uma causa comum”.

Depois da obra, Rui Alves de-

População festeja restauro da Igreja de S. Romão Metros de tapete, artisticamente ornamentado de flores de várias cores e odores, multiplicavam-se pelo caminho que liga a Capela de Santa Eu-lália à Igreja de S. Romão, na tarde de domingo, 26 de julho. Os padrões desenhados indicavam o caminho que o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, tinha de percorrer até ao recém-restaurado interior da Igreja.

Cátia Veloso

seja que a “unidade” demonstrada pela população “prossiga”, através do caminho “que está a ser feito, com a presença de Deus”.

Também D. António Francis-co Santos, pela primeira vez em S. Romão do Coronado na fun-ção de bispo, se sensibilizou com a mostra de união da comunidade,

“que se congregou para levar por diante este belo empreendimen-to da restauração da igreja ma-triz, realizando-o de uma manei-ra tão bela, profissional e compe-tente e cumprindo a valorização do património”.

“Sentimos que as pessoas es-tão felizes por terem levado por diante esta iniciativa. Há um tra-

Padre Rui Alves

balho social, com a união de todas as entidades, famílias e entidades, e um trabalho cultural e criativo,

com as marchas, com os tapetes, com a decoração e essa dimen-são está ligada à nossa celebração

da fé. E depois há uma afirmação do valor de uma comunidade cris-tã que está renovada, feliz e uni-da ao seu pároco e ao seu bispo”, acrescentou.

Face à enchente que já se pre-via para assistir à eucaristia, a pa-róquia providenciou um sistema multimédia para que os que não conseguiram entrar na igreja, ti-vessem a mesma oportunidade de participar na celebração.

“Vim dar o meu contributo e achei fantástico o que se pas-sou aqui.

Serviu para unir as pessoas e ver que há quem trabalhe para a terra e conseguem atingir os ob-jetivos a que são propostos”.

Rosa Machado

Mas a tarde ainda pro-metia. Até marchas po-pulares em honra à obra e a S. Romão houve, fru-to da união da popula-ção, que formou corte-jos e “aperaltou-se” para cantar e dançar. Tam-bém o Rancho Folclóri-co de S. Romão se asso-ciou às comemorações, que também tiveram co-mes e bebes à discrição.

“Eu sinto-me muito bem nas três paróquias que dirijo, mas o povo de S. Romão tem ca-racterísticas que eu acho que estão muito próximas daquilo que eu sou. Eu considero-me uma pessoa bairrista, de luta e que acredita nos ideais, indo aos limites e em conjunto. So-zinhos, podemos chegar mui-to rápido a um sítio, mas jun-tos vamos muito mais longe”.

População uniu-se e preparou uma grande festa para assinalar restauro da Igreja

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AtualidadeAtualidade

“A igreja está muito linda. O povo contribuiu, porque é solidá-rio. Com a idade que tenho, fiquei muito feliz por ter tido oportuni-dade de ver a obra. O senhor pa-dre Rui é um homem disposto a tudo e está disponível a dar mais ainda para o que for preciso. A festa foi muito bonita, já vi mui-tas organizações, mas esta foi das melhores. Até tenho a minha filha e as minhas netas a participar”.

Manuel Maia

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Atualidade

Durante 15 dias, os utentes do Centro Social Paroquial de

S. Mamede do Coronado participa-ram nas Colónias Balneares Senio-res 2015, que decorreram na praia do Leixão, na Póvoa de Varzim. “Fo-ram dias repletos de várias emoções, onde o nevoeiro não foi de maneira nenhuma um entrave para a diver-são e para a boa disposição dos nos-sos utentes e colaboradores”, adian-tou fonte do Centro Social.

Os utentes participaram nas “au-las de zumba dinamizadas no passa-diço da praia, confraternizaram com o jogador de futebol Hélder Postiga, fizeram caminhadas junto à praia; visitaram a lota de venda de peixe, a Biblioteca de Praia, a exposição de artesanato patente na Biblioteca e também a Igreja de S. José”, passe-ando ainda nas “ruas históricas da

Hoje deixo as notas políticas de lado para escrever sobre

dois aspetos da “personalidade tro-fense” que tornam alguns (muitos) trofenses especiais.

Sendo um Jovem comparado com muitos dos leitores deste Jornal, não me passa despercebido aquilo que mais aprecio num trofense. A capa-cidade de fazer as coisas mudar, lu-tar pelo que acreditam, não baixan-do os braços perante as dificuldades ou as afirmações: “não vale a pena”,

“não vais mudar nada”.Nesta Terra, somos um povo aco-

lhedor e empreendedor, sendo bem patente a força com que nos uni-mos quando as motivações o exi-gem. É sobre este tema que hoje me debruço.

Souberam no passado “lutar” com pedras da calçada e pedaços do ca-minho-de-ferro para que fosse fei-ta justiça ao clube da terra. Foram a Lisboa, contra tudo e contra to-dos, para trazer a autonomia admi-nistrativa do território. Na história mais recente alguns (muitos) ilus-tres trofenses são reconhecidos pelo empreendedorismo e a experiência profissional.

É a este povo, generoso, solidá-rio, que peço que se una hoje para apoiar financeiramente uma Asso-ciação que passa por momentos difí-ceis. Não me foi encomendado este apelo, nem defendo a caridade como forma de subsistência, mas defendo o reconhecimento do trabalho rea-lizado e o direito de cada trofense poder realizar a sua inserção profis-sional, quer seja pessoa portadora de deficiência ou não.

Obviamente, falo em apoiar a APPACDM da Trofa, porque apesar das diversas iniciativas já realizadas, sei que continuam com muitas di-ficuldades para prosseguir condig-namente a sua missão, ou melhor, a NOSSA MISSÃO, de colaborar na criação de uma oportunidade para viver e trabalhar como cidadão, seja essa pessoa “normal” ou “especial”.

Esta Associação para além de um papel insubstituível no associa-tivismo trofense, mantêm ainda na

pedroOrtiga

PersonalidadeTrofense...

CRÓNICA

sua génese empreendedora, a preo-cupação ambiental, pelo que deixo aqui os seus contactos para que co-laborem... com donativos financei-ros que permitam manter o quadro de técnicos que dão corpo a esta Associação; ...ou com os vossos re-síduos recicláveis (papel, plástico, vidro, esferovite, pilhas e óleos do-mésticos) para que sejam tratados na sua empresa de inserção, onde muitos jovens, seus utentes, estão a trabalhar.

APPACDM Trofa Telf:252409060/252414066;Email:[email protected]

O pouco que cada um de nós pos-sa contribuir, será o muito que per-mitirá manter esta Associação na missão que tem desempenhado.

Mas quando iniciei esta crónica, mencionei dois aspetos da “perso-nalidade trofense”, e se um é moti-vo de orgulho, aquele que agora vos trago, torna-nos reféns de uma “al-deia com muitas casas”.

Quando algum evento, que fuja do tradicional, acontece na Trofa, a primeira reação é de distanciamen-to. Refiro-me aos eventos solidários, cívicos ou culturais, que continuam a não fazer levantar do sofá a maio-ria dos trofenses.

Na Trofa não existe nada, ouvi-mos nós muitas vezes.

Perdoem-me a forma fria como o digo, mas por vezes também somos pobres de espírito. Quantos partici-param nas caminhadas solidárias, nos eventos do Bikeforlife, nos con-certos de sábado à noite na sede da

“Nossa casa da Juventude”, nas Sex-tas com Vida ou nos Encontros Lu-sófonos? E muitos outros eventos re-alizados no Concelho da Trofa que ficam injustamente por mencionar.

Para que esta “insatisfação” aca-be de uma vez, apelo à participação ativa no que queremos que a Nossa Trofa nos ofereça, permitindo que novas iniciativas possam vingar e não tenhamos que nos deslocar para cidades vizinhas, para termos even-tos de qualidade.

Centro Social de S. Mamede nas Colónias Balneares

Póvoa de Varzim”.Para assinalar o fim das Coló-

nias Balneares, os “utentes das vá-rias instituições” juntaram-se no Monte de Santa Eufémia, em Al-

varelhos, para “um almoço conví-vio com muita animação musical à mistura, para que todos juntos pu-dessem recordar estes dias de calor que partilharam em conjunto”. P.P.

É um grupo de amigos que há já 30 anos se reúne para descobrir no-vos sítios e festejar a amizade que os une. No fim de semana de 25 e

Passeio dos “Pelinhas” ao Douro Vinhateiro

26 de julho, resolveu viajar até Vila Real, para conhecer um pouco do em pleno Douro Vinhateiro. João Castro, um dos fundadores dos “Pelinhas” -

como são conhecidos os membros do grupo - , o passeio organizado e no qual participaram 20 pessoas, correu

“excecionalmente bem”. D.M./C.V.

Utentes divertiram-se na praia

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13 12 O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 31 JULHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Face às grandes dificuldades que a Associação Portugue-

sa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Trofa atravessa atualmente, os membros do Clube Slotcar da Trofa decidiram “arregaçar” as mangas para ajudar. Cederam o porco no espeto e o caldo verde e as vendas reverteram totalmente para a ins-tituição. Por outras palavras, “jun-tou-se a fome à vontade de comer”.

Ao longo da tarde, muitas foram as pessoas que passaram na sede do Clube para saborear as “igua-rias” preparadas, ao mesmo tempo que contribuíam para que a APPA-CDM consiga transpor os obstácu-los financeiros que se agudizam.

Segundo João Pedro Costa, pre-sidente do Clube Slotcar da Trofa, a atividade solidária “estava enqua-drada no plano de atividades” e a escolha recaiu na APPACDM por-

Com o jantar do 36.º aniversá-rio do Leo Clube da Trofa, termi-nou o mandato de Simão Campos enquanto presidente. A antiga di-reção, constituída ainda por Cata-rina Pedrosa, Miguel Cardoso e Fi-lipa Ferreira, realizou “mais de 35 atividades”.

Filipa Ferreira assumiu a respon-sabilidade de liderar o Leo Clube da Trofa no ano 2015/2016, juntamente com Bruno Soares (vice-presidente), Adriano Oliveira (tesoureiro) e Ca-tarina Pedrosa (secretária), que têm

“a grande responsabilidade de alcan-çar bons objetivos”. “Nesse sentido, o trabalho do Leo Clube da Trofa para 2015/2016 passa pela proxi-midade a toda a população trofen-se, com a realização de atividades

Ajudar comendoSandes de porco no espeto e caldo verde valeram uma ação solidária no Clube Slotcar da Trofa, durante o dia de sábado, 25 de julho.

que “precisa de ajuda e que haja um foco sobre ela”.

“Esta é uma atividade muito fá-cil de realizar, porque a partir do momento em que as associações estão no terreno, conseguem ar-

rastar alguma atenção sobre elas e projetar-se nos outros. Nessa pers-petiva, sentimo-nos muito conten-tes, porque conseguimos chegar a algumas pessoas e fazer com que os jovens da APPACDM também

se sentissem felizes”, sublinhou.Esta não é a primeira manifes-

tação de apoio do movimento as-sociativo em torno da APPACDM. Conceição Leitão, diretora peda-gógica, mostrou-se sensibilizada

com a generosidade manifestada. “É uma demonstração de amizade, de valorização do trabalho e da es-tima que as pessoas têm pelos nos-sos utentes”, afirmou.

Apesar das dificuldades sentidas, Conceição Leitão fala de “fé” para justificar a crença na resolução da

“grande crise” que assolou a insti-tuição. “Com os amigos que temos encontrado, vamos vencer de cer-teza”, asseverou. A diretora peda-gógica não escondeu, porém, que a APPACDM “precisa de muita coi-sa”, mas apenas apela para que lhe seja concedido “aquilo a que tem direito”. “Não me quero alongar muito, mas esperamos que as pes-soas reflitam e se aproximem de nós”, sublinhou.

Para Conceição Leitão, “seria uma grande perda” para a Trofa se a APPACDM deixasse de exis-tir. Atualmente, a instituição apoia cerca de 75 utentes e tem mais de 50 colaboradores.

Cátia Veloso

Filipa Ferreira lidera Leo Clube da TrofaFilipa Ferreira sucede a Simão Campos na presidência do Leo Clube da Trofa.

PatríCia Pereira

nas diversas freguesias, com novas parcerias tendo em vista um maior impacto do Leo Clube junto da co-

munidade trofense”, avançou a pre-sidente Filipa Ferreira.

Assim, de 16 a 19 de julho, o Leo

Clube da Trofa esteve presente no BeLive, com um stand expositor, onde “esteve junto da população

juvenil, promovendo o Leonismo”. “Além da divulgação e angariação de potenciais dadores de sangue, o Leo Clube da Trofa cuidou da saú-de dos trofenses que nos visitaram para rastreio à diabetes e hiperten-são, de forma a esclarecer dúvidas e a aconselhar possíveis mudanças em hábitos de vida saudáveis. Com as nossas crianças, proporciona-mos um momento de criatividade, com a realização de um desenho e a posterior exposição dos mesmos no stand”, contou, referindo que o

“balanço foi bastante positivo pela participação e interação com a po-pulação”.

O Leo Clube da Trofa define-se como “um movimento juvenil, apar-tidário, sem ligação a qualquer reli-gião, sem fins lucrativos e que se in-sere na maior Organização Mundial de Serviço, os Lions Clubes”.

Rancho da APPACDM animou iniciativa

Nova direção tomou posse

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Cultura

Num reino distante das ará-bias, vive-se um dia normal

no mercado, quando surge um gru-po de corsários à procura de tesou-ros. Um dos corsários, Conrad, apai-xona-se por Medora, a melhor escra-va de Isacc, que é vendida ao Mara-já, príncipe do reino. Conrad rapta a sua amada do palácio real prote-gido e leva-a para uma ilha distante. Enraivecido, Marajá chama os pira-tas para a resgatarem, travando uma luta com os corsários. Com a derro-ta dos piratas, Conrad e Medora vi-vem o seu amor. Baseado no poema de Lord Byron, a história “O Corsá-rio” foi o tema da peça de ballet apre-sentada pela Escola Passos de Dança na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, como forma de assinalar o final do ano letivo 2014/2015. Mas antes, o público foi surpreendido com um espetáculo dedicado “ao Cotton Club e ao Jazz no final dos anos 30, no final da 1.ª Guerra Mundial”.

A professora responsável pela Es-cola Passos de Dança, Márcia Ferrei-ra, afirmou que os “cerca de 90 baila-rinos” trabalharam “muitas horas em prol deste espetáculo”, sendo o balan-

Para encerrar mais um ano le-tivo, a Alva - Academia de

Dança voltou ao Porto e aos palcos do Teatro Sá da Bandeira no domin-go, dia 26 de junho, para mais um es-petáculo que ao ritmo africano mos-trou a dedicação e trabalho de todos os bailarinos.

Alva sobe pela segunda vezao palco do Sá da BandeiraTeatro Sá da Bandeira recebe pela 2ª vez a Alva - Academia de Dança, para mais um espetáculo de final de ano e que contou com a presença de cer-ca de 650 pessoas.Diana MorgaDo Sílvia Cruz, responsável da Aca-

demia, garantiu que a preparação do espetáculo foi “uma loucura”, devido ao trabalho que exigiu e aos objeti-vos pedagógicos alcançados durante o ano e que foram aplicados na gala.

“Este ano, queríamos fazer uma coisa diferente, então, reunimo-nos e pen-samos em incorporar os passos tradi-cionais e a técnica das nossas danças

e num estilo que está na moda, que é o Afro”, esclareceu a professora.

O local do espetáculo foi mais uma vez escolhido pela Academia, não só pelo conhecimento “das con-dições técnicas”, mas também pela

tradicionalidade e imponência, elu-cidou Sílvia Cruz.

Cerca de 650 pessoas estiveram presentes para assistir à atuação dos bailarinos, que se esforçaram para mostrar os conhecimentos adquiri-

dos ao longo do ano letivo. O espe-táculo foi gravado em vídeo e está disponível para quem quiser adqui-rir, podendo contactar a TrofaTv ou

“Os Clicks do Veloso”, através do Facebook.

Passos de Dança encerra ano letivo na Casa das Artes“Cerca de 90 bailarinos” da Escola Passos de Dança apresentaram peça de ballet “O Corsário”, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, na noite de quarta-feira, 29 de julho.

Patrícia Pereira

ço “muito positivo, porque os alunos estão muito satisfeitos e isso é que é o mais importante”. “Só quando vejo o vídeo é que tenho uma ideia mais crí-tica, mas para mim correu bem por-que eles saem felizes e isso é o mais importante mesmo que haja peque-nas falhas”, referiu, salientando as

“muitas horas necessárias” para pre-parar um espetáculo destes, ensaia-do em “dois meses e meio muito in-tensivos”.

A partir do momento que termina-ram as aulas escolares, Márcia Fer-reira “intensificou os horários”, sen-do que na “última semana, a maio-ria dos miúdos teve ensaios de ma-

nhã e à tarde, todos os dias”, o que é “muito intensivo, mas também grati-ficante para eles”. Prova disso é que os bailarinos “já começam a ter no-ção de muita coisa”. “É engraçado ver a evolução deles, porque quan-do estamos a montar o início do es-petáculo e falta inspiração para ter-minar uma coreografia ou meia dú-zia de passos, já vejo os mais peque-nos a sugerir, o que é muito interes-sante”, acrescentou.

Márcia Ferreira agradeceu “aos pa-trocinadores que apoiaram este espe-táculo e que foram essenciais para que ele se realizasse”, assim como

“aos pais e alunas por todo o empe-

nho e dedicação”.

Professora completa 20 anos de carreira

“A minha mãe costumava dizer que eu era professora de ballet e estudava nas horas vagas e não ao contrário”. Márcia Ferreira completa 20 anos de carreira e, no final do espetáculo, foi contemplada com um ramo com 20 rosas brancas. A professora re-cordou que “desde os sete/oito anos sempre disse que queria ser profes-sora de ballet” e “sempre foi o sonho de vida”, tendo começado a “dar au-las muito cedo”. E apesar de todos os

“altos e baixos que todas as carreiras tenham”, Márcia Ferreira “não troca-va por nada” esta profissão, por “po-der transmitir algo a estas crianças e jovens e encaminhar alguns com fu-turo”. “Outros vieram ver o espetá-culo, porque não estão comigo por ter as suas vidas ou então aqueles que já não estão connosco porque não po-dem, mas telefonam a perguntar se quero ajuda para o espetáculo. Isso para mim é o mais gratificante de tudo”, completou.

Como “ponto mais alto” da sua carreira, Márcia Ferreira aponta Ma-riana Ribeiro que no próximo ano le-tivo fará o 3.º ano na Northern Bal-let School, em Inglaterra, e “será a sua primeira bailarina profissional”.

“Para mim é motivo de muito orgu-lho, mesmo que seja só uma para já”, salientou.

Há oito anos na Trofa com a Es-cola Passos de Dança, Márcia men-cionou que houve “uma progressão muito grande que foi batalhada”, ten-do sido “difícil explicar a estes pais e à comunidade que a dança não é só muito boa física e artisticamente, como psicologicamente e ajuda-os a nível de vida, de espirito de grupo e de trabalho”.

Espetáculo contou com atuação de cerca de 90 bailarinos

Os ritmos africanos marcaram espetáculo

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Atualidade

Uma decoração contemporâ-nea com um design moder-

no e apelativo. O McDonald’s che-gou à Trofa e apresenta um restau-rante com capacidade para “167 lu-gares sentados, dos quais 135 na sala e 32 na esplanada”.

A inauguração do novo restauran-te não passou despercebida às várias dezenas de pessoas, que assistiram ao evento no passeio. O restauran-te que abriu esta sexta-feira é para Regina Alves, proprietária e fran-quiada da McDonald’s há 20 anos, um espaço “dedicado à família”. “É para mim um enorme orgulho po-der integrar a comunidade trofense e trabalhar com uma equipa fantás-tica, totalmente empenhada e moti-vada”, sublinhou a proprietária dos McDonald’s de Famalicão, Paços de Ferreira, Penafiel e Trofa.

Apadrinhar associações, não é novidade para a maior cadeia in-ternacional de fast food e no conce-lho trofense não podia ser diferen-

McDonald’s abre restaurante na TrofaMcDonald’s inaugurou esta quinta-feira, 30 de julho, o primeiro restaurante na Trofa, localizado na EN14, junto à Rotunda do Professor e Co-nhecimento, em Santiago de Bougado.

Patrícia Pereira te. O restaurante número 146, deci-diu, depois de uma recolha de da-dos, que a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Defi-ciente Mental da Trofa (APPACDM) seria a apadrinhada. Durante a ce-rimónia de inauguração, o Rancho Folclórico da instituição, atuou, ale-grando todos os presentes. “O apa-drinhamento passa por uma parce-ria que nasce hoje e que vai continu-ar doravante, começou por um dona-tivo simbólico, mas depois há mui-ta coisa que podemos fazer ao longo dos anos”, salientou Regina Alves.

Jo r ge Fe r r a z , d i r e t o r d a McDonald’s Portugal, admitiu que se sente “muito orgulhoso” com a abertura de mais um restaurante da cadeia com 60 anos e que não tem quaisquer dúvidas de que o McDonald’s da Trofa “vai ser um sucesso”. “Temos uma franquiada exemplar, que já demonstrou que consegue gerir restaurantes de uma forma extraordinária, com plena in-tegração na sociedade”, enalteceu o diretor.

Depois de cortada a fita de inau-guração do espaço e içadas as ban-deiras da marca e do concelho, o evento contou ainda com uma mos-tra de dança protagonizada pela

Alva Academia de Dança, seguin-do-se o jantar oferecido a todos os convidados.

O horário de funcionamento é das 11 às 23 horas, sendo que o McDri-

ve funciona das 11 à 1 hora de do-mingo a quinta-feira e das 11 às 2 horas de sexta-feira, sábado e vés-peras de feriados.

Restaurante tem cerca de 50 funcionários

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Região

Este ano, foram 12 as equipas que participaram no torneio, que começou a 6 de julho e decorreu no complexo desportivo de Santo Tirso. Na final, que aconteceu a 25 de julho, a equipa J venceu por 4-2 a equipa G.

Segundo João Moreira, um dos or-ganizadores, uma das atrações deste evento é o sorteio “dos jogadores” que, depois, compõem as diferentes equi-pas em prova. “Assim, eles podem co-nhecer-se melhor e confraternizarem. Consideramos que é um torneio mais interessante, porque não existe em equipas feitas, fortalecendo o relacio-

O edil da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim

Couto, e o vereador do pelouro de Saúde e Bem-estar, Alberto Cos-ta, reuniram-se com o Conselho de Administração do Centro Hospita-lar do Médio Ave (CHMA) – cons-tituído pelas unidades hospitalares de Santo Tirso e Vila Nova de Fa-malicão -, para se inteirarem sobre o processo de transferência do Hospi-tal de Santo Tirso para a Santa Casa da Misericórdia local e o crescente esvaziamento da unidade hospita-lar. Recorde-se que, a 16 de dezem-bro de 2014, foi anunciada a passa-gem do Hospital de Santo Tirso para a alçada da Santa Casa de Miseri-córdia, num processo que ainda não foi concluído.

À saída da reunião, Joaquim Cou-to referiu que “se já estava preocu-pado, veio mais ainda”, porque o processo em curso da “transferên-cia eventual do Hospital para a Mi-sericórdia” está a decorrer “à revelia do Conselho da Administração” do CHMA e o autarca continua “sem informação sobre o desfecho des-ta negociação”, que está a decorrer entre “a União das Misericórdias, a Misericórdia de Santo Tirso e as au-toridades superiores do Ministério

Executivo tirsense preocupado com“eventual transferência” do Hospital de Santo Tirso

Preocupada com o esvaziamento do Hospital de Santo Tirso e a sua transferência para a Santa Casa da Misericórdia, a Câmara Municipal de Santo Tirso reuniu-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, a 28 de julho.Patrícia Pereira

da Saúde”. “É uma atitude política e até quase partidária do Governo, na medida em que a Câmara devia ter sido envolvida, como foi prometi-do pelo senhor ministro, e o próprio Conselho da Administração tem o dever de colaborar com os negocia-dores”, asseverou, informando que, na “semana passada”, dirigiu “uma carta ao senhor ministro protestan-do o facto de a Câmara não estar a

ser envolvida no processo de nego-ciação da eventual transferência do Hospital para a Misericórdia”, mas que “não obteve resposta”.

Ainda na semana passada, a Câ-mara Municipal de Santo Tirso emi-tiu um comunicado, onde denunciou uma série de problemas que a unida-de hospitalar está a viver, como “a perda de valências e a transferência de vários equipamentos para o Hos-

pital de Famalicão”. Joaquim Cou-to falou sobre o assunto, referindo que há “degradação dos fundos pela política do Ministério de desinves-timento no Hospital de Santo Tirso, de sistemática desarticulação des-ta unidade componente do Centro Hospitalar, provavelmente para le-var à conclusão final de que o Hos-pital não tem viabilidade no Servi-ço Nacional de Saúde (SNS) e ser

entregue à Misericórdia”. “Enten-demos que o Hospital deve estar no perímetro do SNS, que não deve continuar a diminuir as valências, mas antes pelo contrário deve au-mentá-las para servir a população. Neste momento, Santo Tirso e Tro-fa representa cerca de 35 por cen-to da produtividade e do movimen-to hospitalar do CHMA, quando na realidade a população de Santo Tir-so e Trofa representa 50 por cento”, enumerou como exemplo do “dese-quilíbrio que foi sendo sistematica-mente introduzido negativamente para o lado de Santo Tirso e Trofa”.

Para o edil tirsense, “uma gestão correta do SNS” passava pelo “equi-líbrio das duas unidades hospitala-res, quer em termos de produtivida-de, recursos humanos, quer em ter-mos de ação concreta ao nível do SNS”. Por outro lado, na sua opi-nião, o facto de a unidade de Vila Nova de Famalicão estar sediada no distrito de Braga e a de Santo Tirso estar no Porto cria “dificuldades ao funcionamento do CHMA”, sendo que os “governos deviam de adap-tar no território a evolução das po-pulações e não fixar-se numa divi-são administrativa distrital que é ca-duca, ultrapassada e que já não faz qualquer sentido”.

“Resistentes” do IPO abrilhantaramfinal do torneio “O Pai Já Vai”Há 28 anos, começou como um torneio de café e hoje é considerado um “torneio da cidade”. “O Pai Já Vai” foi a designação escolhida pelos men-tores para a competição que nasceu no Ok Bar e que é já uma marca no panorama desportivo de Santo Tirso.

namento entre todas as pessoas, que é o nosso objetivo”, explicou.

Graças ao apoio camarário e dos patrocinadores, como a Hermotor, foi

possível tornar o torneio mais aliciante. “Houve pessoas que nos contactaram e

cátia Veloso mostraram disponibilidade em ajudar no que fosse possível. Conseguimos algo mais e se assim continuar, para o ano a dimensão do torneio será ain-da maior”, frisou Ricardo Silva, outro dos elementos da organização.

Antes da final, houve um jogo es-pecial, com a presença dos “Resisten-tes” da ala pediátrica do Instituto Por-tuguês de Oncologia do Porto.

Na noite do mesmo dia, os partici-pantes do torneio reuniram-se num jantar de confraternização, que jun-tou mais de uma centena de pessoas, seguindo-se o habitual cortejo pelas principais artérias da cidade.

Final do torneio marcada pela presença dos “Resistentes” do IPO do Porto

Joaquim Couto disse estar “preocupado” com processo de transferência do Hospital para a Misericórdia

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Desporto

Vítor Oliveira assume o coman-do técnico do plantel sénior

do Clube Desportivo Trofense, que, esta segunda-feira, começou os trei-nos com oito jogadores que transitam da época passada, cinco reforços, três ex-juniores, quatro atletas com con-trato de formação e um conjunto de jogadores que estão a prestar provas. Os capitães Tiago e Hélder Sousa, Jorge Inocêncio, André Viana, Bru-no Simões, Rogério, Bruno Chuca e Ricardo transitam da época passada, enquanto Jorge Batista (guarda-re-des, ex-Freamunde), João Pedro (de-fesa esquerdo, ex-Famalicão), André

Trofense iniciou trabalhoscom oito renovações e cinco reforçosNa época 2015/2016, a equipa sénior do Clube Desportivo Trofense vai disputar o Campeonato Nacional de Seniores, tendo começado os treinos na segunda-feira, 27 de julho.

Patrícia Pereira Gomes (ex-júnior do Rio Ave), Salva-dor (defesa central, ex-Sousense) e Nélson Sampaio (defesa central, ex-

-Felgueiras) são para já os reforços garantidos.

Esta é a primeira época que Vítor Oliveira inicia como técnico princi-pal e será acompanhado pelos adjun-tos Luís Pinto, João Sales e Daniel Araújo (que acumulará as funções de treinador de guarda-redes do De-partamento de Formação). “No pas-sado cheguei a ser treinador princi-pal, mas de forma transitória ou para terminar um projeto que havia. Este ano, as coisas passaram por mim e a direção deu-me essa confiança. A expectativa que temos é de contri-

buirmos para a sustentabilidade des-te projeto, que sabemos que não é fá-cil, mas que não deixa de ser um de-safio aliciante”, denotou.

O técnico avançou que conseguiu reunir “um conjunto de jogadores bastante interessantes”, mas que

“ainda não está completamente fe-chado”, estando a “tentar preencher cada posição com dois jogadores ao mesmo nível, para que possam lutar pelo lugar”. Vítor declarou que os ob-jetivos estão “bem definidos” e que passam por “construir uma equipa competitiva, que tenha a capacida-de de discutir as vitórias em qualquer um dos campos onde jogar,” e “ten-tar potenciar alguns jogadores para

conseguir mais-valias para o clube”. “Em termos classificativos é muito prematuro estar a definir, até por-que ainda estamos numa fase mui-to embrionária do projeto”, comple-tou. Os quatro jogadores com con-trato de formação vão ser avaliados ao longo desta semana e se “preen-cherem os requisitos” e “forem so-lução, farão parte do plantel como outro jogador qualquer”.

Vítor Oliveira considera a série B a mais aliciante para disputar o Campeonato Nacional de Seniores, por ser “claramente a mais forte de todas as séries a nível nacional”. “É um bom desafio para nós e se que-remos realmente construir uma equi-

pa competitiva não devemos ter re-ceio da série onde vamos ficar colo-cados”, referiu.

SDUQ quer época desportiva com “êxitos”

Já Nuno Lima, gerente da Socieda-de Desportiva Unipessoal por Quo-tas do (SDUQ) do Trofense, referiu que está a ser formado “um plantel”, marcado pela “a continuidade de oito jogadores” e potenciado com “mais reforços”, que devem chegar nos

“próximo dias”. “O nosso objetivo é formar um grupo consistente, que nos dê garantias e confiança, para que possamos fazer uma época des-portiva com êxitos. É prematuro es-tarmos a falar de objetivos concretos e bem definidos para a próxima épo-ca. Vamos deixar as coisas acontece-rem com toda a naturalidade e for-mar a base do plantel para depois definirmos objetivos mais concre-tos”, avançou, garantindo que dada a “fase complicada do clube em ter-mos financeiros”, a SDUQ será “ri-gorosa e o orçamento será ajustado às reais capacidades”.

Apesar de a época já estar a ser preparada, Nuno Lima afirmou que ainda “existe a possibilidade” de criar uma SAD - Sociedade Anóni-ma Desportiva. “Dia após dia, essa possibilidade está a ganhar contor-nos para que de facto possamos reu-nir condições para o fazer. Teremos que aguardar novos avanços dos po-tenciais investidores para avaliar se teremos condições de apresentar o projeto aos sócios”, terminou.

A Trofa está uma vez mais repre-sentada na Volta a Portugal Liberty Seguros, que está na estrada de 29 de julho a 9 de agosto. No prólogo da 77.ª edição, o trofense Daniel Sil-va foi o melhor corredor da Onda--Boavista, ao terminar os seis qui-lómetros em 21.º lugar, com o tem-po de sete minutos e 47 segundos.

A primeira etapa foi entre Pinhel e Bragança, numa extensão de 196,8 quilómetros, que Daniel Silva con-cluiu em cinco horas, dez minutos e quatro segundos, chegando no grupo da frente e terminando em 39.º lugar. A etapa foi vencida pelo espanhol Vicente Mateos, Ray Just Energy. P.P.

Daniel Silva na Volta a Portugal em Bicicleta

Plantel começou a trabalhar na segunda-feira

Daniel Silva é o dorsal número 17 na Volta a Portugal deste ano

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Desporto

Trofa, que colabora com o canil municipal.A organização fez um balanço muito positi-

vo da atividade e só espera que “venha o pró-ximo torneio com o mesmo sucesso”. “Preci-samos de mais iniciativas destas”, afiançou Sílvia Coutinho, responsável pela AUAUA.

No torneio, a equipa Desportivo José Lo-pes foi a vencedora no escalão de seniores fe-mininos, enquanto nos seniores masculinos foi a ADS Maia que triunfou. Nas equipas mistas, a Animafut subiu ao lugar mais alto do pódio, enquanto nas crianças foi a equipa Rolandinhos a 1.ª classificada. C.V.

O juvenil Daniel Dias, da Associação Cul-tural Desportiva de Ciclismo (ACDC) da Tro-fa, ficou em 1.º lugar da classificação geral do Encontro Nacional de Escolas de Ciclis-mo, que se realizou em Almeirim, nos dias 25 e 26 de julho.

“Ao longo dos dois dias de convívio, apren-dizagem, gincanas e corridas, estiveram pre-sentes cerca de 600 participantes, entre os cinco e os 14 anos”, denotou fonte da associa-ção trofense, acrescentando que a iniciativa

“mobilizou toda a comunidade de ciclismo de formação português, de estrada e de BTT”.

Na prova de contrarrelógio, Daniel Dias su-perou toda a concorrência ficando em 1.º lu-gar com “seis segundos de vantagem para o 2.º classificado”. No domingo, o juvenil “li-

Torneio de futsal para ajudar os animais abandonadosAngariar fundos para conseguir alimen-

tar os cães e gatos abandonados, assim como pagar as despesas de veterinários foi o grande objetivo de Andreia Torres, volun-tária da Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA). Mobilizou toda a estrutura da as-sociação e organizou um torneio de futsal no dia 26 de julho, no Yesindoor, em S. Marti-nho de Bougado, dividindo a competição em vários escalões, desde seniores masculinos e femininos, misto e crianças.

O valor das inscrições revertia totalmente para a associação de defesa dos animais da

Daniel Dias vence Encontro Nacional

mitou-se a controlar a prova, chegando inte-grado com o primeiro grupo, demonstran-do, assim, já grande maturidade para a ida-de que tem”. P.P.

A ACDC da Trofa vai organizar, integra-do no Bougado e Juventude em Festa da Junta de Freguesia de Bougado, o 1.º Cir-cuito de Obstáculos de BTT, a decorrer pe-las 14.30 horas de 8 de agosto, no Souto de Bairros, em Santiago. Os interessados em participar devem inscrever-se na Junta de Freguesia de Bougado ou através do email [email protected]. P.P.

1.º Circuito de Obstáculos de BTT em Bairros

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19 18 O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 31 JULHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araú-jo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Perei-ra (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: [email protected] | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira res-ponsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal es-tão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Ficha Técnica

Telefones úteis

Farmácias

Bombeiros Voluntários Trofa252 400 700

GNR da Trofa 252 499 180

Polícia Municipal da Trofa252 428 109/10

Jornal O Notícias da Trofa252 414 714

Centro de Saúde da Trofa252 416 763

Centro de Saúde S. Romão229 825 429

Dia 31Até às 24 horas: Sextas Com Vida

Dia 01Festas em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão, no Muro

14 horas: Encontro de Concerti-nas e cantares ao desafio, no Par-que Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro

21.30 horas: Festival de folclore do Rancho Folclórico de S. Romão, junto à Capela de S. Bartolomeu

Dia 02

Festas em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão, no Muro

14.30 horas: Festival Internacio-nal de Folclore do Danças e Canta-res do Vale do Coronado, na Quin-ta de S. Romão

Dia 31Farmácia Moreira Padrão

Dia 01Farmácia de Ribeirão

Dia 02Farmácia Trofense

Dia 03Farmácia Barreto

Dia 04Farmácia Nova

Dia 05Farmácia Moreira Padrão

Dia 06Farmácia de Ribeirão

Dia 07Farmácia Trofense

S. Martinho de BougadoManuel Lucas da Silva CostaFaleceu no dia 26 de julho, com 72 anos. Casado com Ana Rosa Fer-reira Dias

Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda.Gerência de João Silva

EsmerizSerafim Correia de SáFaleceu no dia 23 de julho, com 81 anos. Viúvo de Maria da Concei-ção Ferreira Azevedo

LousadoFernando Rodrigues MoreiraFaleceu no dia 25 de julho, com 84 anos. Viúvo de Maria Gomes de Azevedo

RibeirãoMaria Inês Reis da Costa e Sá MachadoFaleceu no dia 25 de julho, com 75 anos. Casada com Ilídio Mo-reira Machado

Maria da Conceição Duarte MacedoFaleceu no dia 26 de julho, com 63 anos. Casada com Manuel Oli-veira e SáFunerais realizados por Funerária Ribeirense Paiva & Irmão, Lda.

Grande parte das orquídeas são epífitas, isto é, vivem “agarradas” ao tronco de árvores e arbustos de maior porte, e que lhes servem de suporte sem, no entanto, lhes causar dano.

Outras orquídeas, porém, são ter-restres, possuindo raízes que pene-tram no solo, para dele retirarem o seu sustento. Mas, outras há que, curiosa e incrivelmente, crescem em lugares inóspitos, como encostas ro-chosas onde, aparentemente, não po-deriam sobreviver, por falta de con-dições de matéria orgânica.

O sistema radicular das orquídeas é diferente de outras plantas, pois é composto por várias camadas de te-cidos esponjosos, denominado “ve-lame”, e que cobre as verdadeiras raízes, protegendo-as da forte inci-dência direta da luz solar e “arma-zenando” a humidade em excesso, para mais tarde a fornecer às raízes.

E, se ficamos fascinados com a variedade de cores e formas das mais variadas espécies de orquíde-as, não deixamos, também, de ficar fascinados, e porque não perplexos, ao observar as suas raízes nuas ao ar livre, tentando compreender como podem obter o seu sustento.

O velame é semelhante à epider-me e pode conter até 24 camadas de células que, por sua vez, possuem paredes grossas e fibrosas, e cuja ação principal é proteger as raízes de possíveis danos que venham do exterior. A camada externa do ve-lame é formada por várias células

Para promover o convívio en-tre gerações, a Câmara Mu-

nicipal de Santo Tirso organizou um evento, que no domingo, 26 de julho, homenageou os avós.

“É uma população que cada vez merece mais o nosso cuidado”, ex-plicou Alberto Costa, vereador da Coesão Social, referindo-se aos seniores do concelho, num dia em que lhes foi dedicado um progra-ma de animação cultural no Parque da Rabada. O objetivo da iniciati-va foi comemorar o Dia dos Avós e dos Netos, numa atividade que “já faz parte da política” que o presi-dente Joaquim Couto “tem tentado implantar” no concelho, sublinhou Alberto Costa. A Missa Campal ce-lebrada pelo Frei Pedro Fernandes iniciou o programa, seguindo-se a

Santo Tirso dedica dia a avós e netos

atuação do Coro Santa Maria Ma-dalena Ordem dos Dominicanos e a um almoço livre. O evento desta-cou-se em relação ao ano passado, devido às atuações de nomes bem conhecidos a nível nacional como

Necrologia O sistema radicular das orquídeasalongadas que, à medida que ama-durecem, vão morrendo; e também por células mais curtas, que permi-tem a absorção dos nutrientes neces-sários à planta. O velame é uma bai-nha esponjosa e esbranquiçada que envolve a raiz e que, quando molha-do, absorve a água e, quando seco, serve de barreira e impedimento à transpiração das células internas e húmidas. Assim, podemos afirmar que o velame absorve a água e os nutrientes, para fornecer às raízes.

Mas o velame, por vezes, apresen-ta vários “corpos fibrosos e espon-josos” denominados “tilosomas” e que são os responsáveis pelo impe-dimento da desidratação e pelo im-pedimento da entrada de agentes pa-togénicos nas raízes.

Graças a modernos e potentes mi-croscópios, tem sido feita pesquisa que regista a presença de hifas, vi-vas e mortas, bem como microorga-nismos e cristais de oxalato de cálcio nas células que compõem o velame de diversas espécies de orquídeas.

Mas convém dizer que nem to-das as orquídeas possuem tiloso-mas, e outras, embora sejam muito raras as exceções, e outras nem se-quer possuem velame, tendo ape-nas uma fina camada celular sobre a raiz, como é o caso da “Govenia”.

E, nas orquídeas epífitas, a ponta das raízes é verde quando exposta ao sol. E, dentro da cortiça da raiz madura é habitual existirem cloro-plastos, que são células com clorofi-

la, embora o velame oculte a sua cor verde. Nas orquídeas afilas (orquíde-as sem folhas ou com muito pouco folhas) a fotossíntese processa-se na raiz, onde o velame tende a desapa-recer da superfície superior da raiz, ficando apenas uma fina camada de velame na parte inferior.

Apesar de ainda haver muito para estudar e pesquisar sobre as funções das raízes, para já podemos afirmar: Há uma diferença enorme entre as orquídeas terrestres e as epífitas.

As orquídeas terrestres possuem raízes tuberóides (em forma de tu-bérculo), outras raízes carnosas, ou-tras raízes com engrossamentos ir-regulares e outras ainda (embora ra-ras, pois são aquelas cujo talo, folhas e flores desaparecem por completo após a floração) que ficam apenas com uma raiz tuberosa com uma gema que irá dar origem a um novo broto na época própria.

E a terminar aqui fica uma curio-sidade: é frequente observarmos nas coleções dos orquidófilos várias or-quídeas epífitas, como é o caso das Laelias, Cattleyas e outras, com a sua vida restringida à área de um vaso de cerâmica. Orquídeas que, na sua vida selvagem, crescem agarra-das aos troncos das árvores… E ve-mo-las “fugindo” do vaso, com as suas raízes em busca de uma liber-dade que, outrora, os seus antepas-sados tiveram! E hoje fico por aqui.

Jaime Vieira(paisagista e fitopatologista)

José Figueiras e Carlos Ribeiro, sem esquecer artistas locais como Sera-fim Ferreira.

Para Alberto Costa o balanço foi positivo, denotando-se pela falta de cadeiras livres. O vereador da au-

tarquia tirsense enalteceu o facto de este tipo de atividade ser “uma aposta ganha” que visa a “melho-ria da qualidade de vida dos mu-nícipes”.

Missa Campal assistida por várias dezenas de pessoas

Page 20: Edição 534 do jornal O Notícias da Trofa

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Foi a pilotar a grande veloci-dade que o secretário de Es-

tado do Desporto e Juventude co-meçou a visita no Clube Slotcar da Trofa. Emídio Guerreiro foi convi-dado a experimentar a modalida-de que esteve na génese da asso-ciação e entusiasmou-se com o co-mando na mão. “Desde criança que não andava numa pista de carrinhos, mas o jeito ainda lá estava”, confes-sou o governante, já depois de co-nhecer a dinâmica da associação, a quem elogiou a variedade. “A histó-ria começa com um grupo de ami-gos que gosta de andar nas pistas e hoje é tudo isto, com bilhar, ativida-des sociais, como a parceria com a Cruz Vermelha. São várias as áre-as em que intervém em poucos anos de existência”, sublinhou.

Para os responsáveis do Clube Sloctar, a presença do secretário de Estado atesta a qualidade da as-sociação. João Pedro Costa, presi-dente da coletividade, admitiu que o ano “tem sido muito bom”. “O clu-

Secretário de Estado visita Clube Slotcar da TrofaEmídio Guerreiro elogiou a diversidade do Clube Slotcar da Trofa. O secretário de Estado esteve em visita à associação juvenil, na tarde de 24 de julho, no âmbito do Roteiro do Associativismo.

Atualidade

Cátia Veloso be tem 11 anos de história e a vin-da do senhor secretário de Estado é o somatório de todos os anos em que estamos integrados no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e sentir que, na altura, esco-lheram no distrito do Porto, o Clu-be Slotcar como uma das associa-ções a visitar, para nós transforma-

-se num motivo de orgulho e alen-to para que o nosso trabalho conti-nue”, asseverou.

Sem deixar de sugerir à tutela “al-gumas medidas”, João Pedro Cos-ta atestou que “a ligação da coleti-vidade ao IPDJ está assegurada pe-las estruturas do organismo do Es-tado”. “Os técnicos do IPDJ com quem trabalhamos são a garantia que este clube, independentemen-te de quem quer que esteja em ter-mos institucionais, tem e terá con-tinuidade”, acrescentou.

A visita à Trofa estava integra-da no Roteiro do Associativismo que o secretário de Estado iniciou em outubro de 2013. Através dele, Emídio Guerreiro percebeu “que os jovens de Norte a Sul não desis-

tem, pelo contrário, criam oportu-nidades onde elas não existem, es-tão presentes e trabalham muito”.

“As associações juvenis são um ele-mento muito forte para a consolida-ção da coesão territorial e social do País. Este roteiro tem como primei-ra missão, o reconhecimento desse trabalho, assim como dá para per-cebermos o que se passa no terre-

no e que programas mais se ade-quam”, afirmou.

Com este projeto, aditou Emídio Guerreiro, foi possível reabrir “pro-gramas como as ‘Férias em Movi-mento’, o ATL, os Campos de Férias Internacionais e a formação para os dirigentes associativos”. “Percebe-mos que tínhamos de ir mais longe e dentro da acomodação do Orçamen-

to de Estado, fomos investindo, au-mentando o financiamento das ati-vidades ao longo dos anos”, frisou.

Antes de sair, Emídio Guerreiro prometeu voltar para participar na concentração anual de automóveis antigos e ainda ouviu o hino da as-sociação, interpretado pelo grupo do concelho “61” e que adapta o re-frão da canção da Trofa.

Emídio Guerreiro experimentou a pista de slotcar