92
Fernando Santos Viana TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Elaboração de Plano de Comunicação para a empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda Administração de Marketing ITAJAÍ (SC) 2008 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Elaboração de Plano de Comunicação para a empresa ...siaibib01.univali.br/pdf/Fernando Santos Viana.pdf · Tal trabalho não fora realizado antes na organização, portanto ele

Embed Size (px)

Citation preview

Fernando Santos Viana

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Elaboração de Plano de Comunicação

para a empresa Transfrigo Logística de

Transportes Ltda

Administração de Marketing

ITAJAÍ (SC)

2008

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

2

Fernando Santos Viana

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE PLANO DE

COMUNICAÇÃO PARA A EMPRESA TRANSFRIGO LOGÍSTICA DE

TRANSPORTES LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008.

3

Agradeço em primeiro lugar a Deus, por

estar presente em todos os dias da minha

vida;

Agradeço aos meus Pais, Flávio e Sônia,

pela oportunidade, pelo amor, pelo incentivo

e exemplo de vida nos momentos em que

mais precisei;

Agradeço a minha namorada Heloisa, pelo

apoio, aulas de português, carinho e

principalmente pelo amor, que torna minha

vida completa e mais feliz;

Aos amigos que conquistei, e que levarei

para sempre comigo, em meus

pensamentos;

Agradeço aos professores, pelos

ensinamentos e pela amizade;

Em especial a minha orientadora Profª

Bárbara Silvana Sabino, e ao coordenador

de estágio Profº. Eduardo Krieger da Silva,

pela atenção e pela orientação durante o

desenvolvimento deste trabalho;

Neste momento tenho a oportunidade de

reconhecer e agradecer a importância de

cada um de vocês, que contribuíram para

tornar possível a conclusão de mais esta

etapa em minha vida.

MUITO OBRIGADO!

4

“A sabedoria da vida não está em fazer

aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo

que se faz”.

Leonardo da Vinci

5

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Fernando Santos Viana

b) Área de estágio

Administração de Marketing

c) Supervisor de campo

Flávio Martins Viana

d) Orientadora de estágio

Profª. Bárbara Silvana Sabino, M.Sc.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M.Sc.

6

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Transfrigo Logística de Transportes Ltda.

b) Endereço

Rua Adolfo Konder, n. 250, salas 2 e 3.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administração de Marketing.

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Flávio Martins Viana – Sócio Gerente

f) Carimbo e visto da empresa

7

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 02 de Junho de 2008.

A Empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda, pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí -

UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão

de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico FERNANDO SANTOS VIANA.

__________________________________

Flávio Martins Viana

8

RESUMO

Com o intuito de atualizar as ferramentas de comunicação da empresa Transfrigo foi proposto à elaboração de um Plano de Comunicação, desta forma, o objetivo desse trabalho consiste em elaborar um plano de comunicação para a empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda na perspectiva da Comunicação Integrada de Marketing - CIM com base nos resultados de uma pesquisa realizada com os clientes da empresa. Para tal, o aporte teórico escolhido diz respeito às áreas de administração, marketing e comunicação. Já em termos metodológicos, o estudo é uma pesquisa quali-quanti que se concretizou através de uma proposição de plano que contou com apoio de um levantamento por meio de questionário aplicado aos clientes, cuja amostra foi censo por conveniência e uma entrevista com o proprietário. Os resultados demonstram que a clientela é formada por grandes agroindustriais, exportadoras, com fluxo constante de trabalho com a Transfrigo. E que prospectam fornecedores, principalmente, por meio das visitas dos representantes; depois passam a se comunicar com eles, sobre tudo, por telefone, e-mail, Home-Page e fax. Mas, também indicaram lembrança de outras ferramentas. Assim, o Plano de Comunicação conta com estratégias de propaganda, marketing direto, marketing digital e promoção de vendas. Em suma, constatou-se que a empresa não possuía uma eficiente forma de comunicação com os clientes ativos e em potencial. E que as estratégias propostas à empresa fez com que a mesma possua uma visão maior, voltada à comunicação com o cliente.

PALAVRAS-CHAVE: Plano de Comunicação; Comunicação Integrada de Marketing - CIM; estratégias.

9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Três Eras na História do Marketing..................................................... 26

Figura 1 – Os 4 P’s na perspectiva do comprador................................................. 27

Figura 2 – Estrutura da Assessoria de Comunicação Social................................. 32

Figura 3 – Mix da Comunicação Integrada de Marketing...................................... 34

Figura 4 – Fluxograma de Comunicação Integrada de Marketing do Dr. Ogden... 45

Figura 5 – Organograma da Transfrigo.................................................................. 47

Gráfico 1 - Porte das Empresas............................................................................. 50

Gráfico 2 – Tempo de Existência........................................................................... 51

Gráfico 3 – Produtos Comercializados................................................................... 52

Gráfico 4 – Volume Anual...................................................................................... 52

Gráfico 5 – Exportação........................................................................................... 53

Gráfico 6 - Continentes que Recebem Produtos das Empresas em Estudo......... 53

Gráfico 7 – Modal Usado pelas Empresas............................................................. 54

Gráfico 8 - Ferramentas Utilizadas Para a Comunicação com os Fornecedores.. 55

Gráfico 9 – Marketing Direto.................................................................................. 56

Gráfico 10 – Marketing Digital................................................................................ 57

Gráfico 11 – Promoção dos Fornecedores............................................................ 57

Gráfico 12 – Contato com os Fornecedores.......................................................... 58

Gráfico 13 – Assinatura de Revistas Especializadas............................................. 59

Gráfico 14 – Eventos para Analisar Fornecedores................................................ 59

Gráfico 15 – Caminhões Utilizados........................................................................ 60

Gráfico 16 – Fretes por Mês................................................................................... 61

Gráfico 17 – Como Descobriu a Transfrigo............................................................ 62

Gráfico 18 – Comunicação com a Transfrigo......................................................... 62

Gráfico 19 – Freqüência de Serviços..................................................................... 63

Quadro 2 – Estratégias de Comunicação definidas para a empresa..................... 67

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12

1.1 Problema de Pesquisa e Justificativa.......................................................... 13

1.2 Objetivo Geral e objetivos específicos........................................................ 14

1.3 Aspectos metodológicos............................................................................... 14

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio.......................................................... 15

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa........................................................... 16

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados...................................... 16

1.3.4 Tratamento e análise de dados..................................................................... 17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................... 19

2.1 Administração Geral...................................................................................... 19

2.2 Áreas da Administração................................................................................ 20

2.2.1 Administração da Produção.......................................................................... 20

2.2.2 Administração de Recursos Humanos.......................................................... 21

2.2.3 Administração Financeira.............................................................................. 23

2.2.4 Administração de Organização, Sistemas e Métodos................................... 23

2.2.5 Administração de Materiais........................................................................... 24

2.2.6 Administração de Marketing.......................................................................... 24

2.2.6.1 Evolução do Marketing............................................................................... 25

2.2.6.2 Composto de Marketing............................................................................. 27

2.2.6.3 Segmentação de Mercado - Público-Alvo.................................................. 29

2.3 Comunicação.................................................................................................. 31

2.3.1 Comunicação Integrada de Marketing.......................................................... 34

2.3.1.1 Propaganda................................................................................................ 36

2.3.1.2 Promoção de Vendas................................................................................. 37

2.3.1.3 Venda Pessoal........................................................................................... 39

2.3.1.4 Relações Públicas e Publicidade............................................................... 40

2.3.1.5 Marketing Direto......................................................................................... 41

2.3.1.6 Marketing Digital......................................................................................... 43

2.4 Plano de Comunicação.................................................................................. 44

11

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO.......................................... 47

3.1 Caracterização da Empresa.......................................................................... 47

3.1.1 Histórico da Empresa.................................................................................... 47

3.1.2 Estrutura Organizacional............................................................................... 48

3.1.3 Estrutura Física............................................................................................. 49

3.1.4 Clientes......................................................................................................... 49

3.1.5 Concorrentes................................................................................................. 50

3.2 Resultados da Pesquisa................................................................................ 51

3.2.1 Perfil dos Clientes......................................................................................... 51

3.2.2 Comunicação................................................................................................ 55

3.2.3 Serviços Utilizados........................................................................................ 60

3.2.4 Entrevista com o Proprietário........................................................................ 64

3.2.5 Implementação do Plano de Comunicação................................................... 65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 75

ANEXOS................................................................................................................ 79

APÊNDICE............................................................................................................. 84

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS.................................................................. 91

12

1 INTRODUÇÃO

O mundo se tornou uma aldeia global, onde as organizações já não têm mais

a oportunidade de obter ganhos consideráveis somente na produção e

comercialização.

É fato que com o passar dos anos, a globalização e o desenvolvimento das

tecnologias da informação e comunicação, as empresas estão se tornando cada vez

mais competitivas, não só para o crescimento e desenvolvimento, mas também para

sua própria sobrevivência.

Em conseqüência disto, as organizações passam a buscar meios de se

destacar perante as demais, aperfeiçoando os seus métodos de administração. Com

recursos que antigamente não existiam, como o advento dos aviões a jato,

computadores com Internet, máquinas de fax, telefones celulares e várias outras

técnicas avançadas, as empresas podem expandir seus negócios em âmbitos

nacionais e internacionais, fazendo com que o ambiente de marketing fique mais

complexo.

Neste contexto, o marketing é considerado uma grande chave para que a

empresa consiga bons resultados no mundo dos negócios. Este por sua vez tem

como objetivo concentrar-se no futuro, estabelecendo metas e descobrindo

oportunidades almejando sempre o progresso da organização, como também ações

corretivas diante dos problemas, auxiliando na tomada de decisões.

Desse modo, foi desenvolvido na área de marketing da empresa Transfrigo

Logística de Transportes Ltda, um estudo na qual buscou analisar seu plano de

comunicação externa, tendo como prioridade identificar as ferramentas utilizadas e

verificar quais estavam apropriadas para determinados clientes e situações.

A presença do setor de marketing na empresa é essencial para que se tenha

uma ampla visão do que os clientes precisam, e nesse sentido, se for bem aplicado

e dirigido, pode se tornar uma ferramenta decisiva para o sucesso.

Para que se tenha um plano de comunicação eficaz, é preciso identificar

quais clientes ativos ou em potencial e agir de forma focada e simples, a qual exige

uma linguagem clara e com informações básicas o que a empresa propõe em seus

serviços.

13

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa

O problema de pesquisa, segundo Vergara (2003, p.21), “é uma questão não

resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa”.

No caso desse estudo, para análise do ambiente foi realizada uma pesquisa

que teve como problema: quais as ferramentas da CIM que melhor se adaptam as

necessidades e aos objetivos da empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda?

A rápida evolução tecnológica tende cada vez mais a acelerar as

transformações dentro das organizações, exigindo uma visão estratégica

acompanhando os atuais meios de comunicação. Desta forma, as empresas que

querem continuar no mercado e ter uma grande visibilidade podem não só fornecer

produtos/serviços de primeira qualidade, mas também ter contatos constantes e

fornecer informações aos seus clientes.

Com base na experiência do acadêmico na empresa, foi observado que a

mesma não possui uma eficiente forma de comunicação com clientes ativos e em

potencial, e com isso pretendeu-se desenvolver um estudo com ênfase na área de

comunicação e marketing, com o objetivo focado em identificar e apontar os meios

que poderão vir a ser utilizados para melhor divulgar a empresa e prospectar novos

clientes.

Esse trabalho foi de suma importância à empresa, pois mostrou que seu

sistema de comunicação e divulgação necessita de outras ferramentas para se ter

sucesso. Foi importante também para a sociedade, pois além de trazer pontos

positivos para a empresa, trouxe benefícios aos empregados, oferecendo

ferramentas para que o serviço não seja muito atribulado e garantindo um serviço ao

cliente mais ágil e eficaz. Para a universidade este trabalho representa os resultados

de seus investimentos na educação, com isso aumentando o privilégio e a moral do

curso e da universidade. Para o pesquisador a chance de demonstrar sua

capacidade e verificar seus conhecimentos na área de marketing.

Tal trabalho não fora realizado antes na organização, portanto ele foi

totalmente inédito, visto que para a ciência este se torna totalmente original. Os

dirigentes da empresa estiveram dispostos a disponibilizar qualquer tipo de

14

informação que o pesquisador necessitar, já que era de grande interesse que esse

trabalho fosse concluído.

1.2 Objetivo geral e objetivos específicos

De acordo com Roesch (1999), “O objetivo geral define o propósito do

trabalho”. Desta forma, o objetivo geral desse estudo consiste em elaborar um plano

de comunicação para a empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda na

perspectiva da Comunicação Integrada de Marketing com base nos resultados de

uma pesquisa realizada com os clientes da empresa.

Já, “os objetivos específicos operacionalizam, especificam o modo como se

pretende atingir um objetivo geral”. (ROESCH, 1999, p.98). Para tanto, os objetivos

específicos foram:

• Descrever os serviços oferecidos pela empresa;

• Identificar seu público-alvo;

• Identificar as ferramentas da CIM que melhor se enquadram para a realidade

da empresa;

• Determinar a melhor forma de utilização de cada uma das ferramentas da

CIM através da implementação de um Plano de Comunicação.

1.3 Aspectos metodológicos

Para Lakatos e Marconi (1999) o método é um conjunto de atividades

ordenadas e coerentes que permite alcançar o objetivo, conhecimentos válidos e

verdadeiros.

Neste contexto, esta seção destina-se à metodologia aplicada à pesquisa que

foi desenvolvida na empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda. Foram

abordados assuntos como: a caracterização do trabalho de estágio, contexto e

15

participantes da pesquisa, procedimentos e instrumentos de coletas de dados e

tratamento e análise de dados.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

De acordo com o objetivo geral da pesquisa, esta se caracteriza como sendo

um projeto de proposição de planos, que segundo Roesch (1999 p.75) “consiste em

apresentar propostas de planos para solucionar problemas organizacionais”. A

natureza da pesquisa escolhida foi descritiva, pois foi analisado o ambiente interno e

externo à empresa, verificando a necessidade de implementar novos canais de

comunicação.

Para Mattar (1997, p.23), as pesquisas descritivas “são caracterizadas por

possuírem objetivos bem definidos, procedimentos formais, serem estruturadas e

dirigidas para a solução ou avaliação de alternativas de cursos de ação”.

Conforme o propósito, a pesquisa possui características predominantemente

qualitativas com aporte quantitativo.

Segundo Roesch (1999, p.146) “A pesquisa qualitativa é uma alternativa

metodológica de pesquisa que pode ser apropriada para qualquer dos tipos de

projetos”.

De acordo com a pesquisa qualitativa, o trabalho foi desenvolvido pelo

método do estudo de caso utilizando a entrevista com o proprietário como técnica e

foi feita a análise de conteúdo.

Seguindo essa linha, Richardson (1999) expõe que este tipo de pesquisa trata

de compreender os significados e características situacionais apresentadas pelos

entrevistados, em lugar de produzir medidas quantitativas de características ou

comportamento.

A pesquisa quantitativa é caracterizada, segundo Richardson (1999, p.29):

[...]pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde a mais simples como percentual, média, a mais complexa, como coeficiente de correlação e análise de regressão.

16

O estudo se encaixa em quantitativo, pois utilizou o método descritivo onde foi

aplicado questionário com os clientes e feita a análise com uso de métodos

estatísticos.

Em suma, esse trabalho é uma pesquisa quali-quanti que se deu por meio de

aplicação de entrevista com o proprietário da empresa em estudo e questionário com

os clientes ativos.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Roesch (1999) descreve que a população é um conjunto de indivíduos ou

organizações que se tem à preocupação de entrevistar para a finalidade específica

de um estudo. Já, Lakatos; Marconi (1999) afirmam que amostra censitária é aquela

que abrange a totalidade dos componentes do universo a ser pesquisado.

Seguindo essa linha, o tipo de amostra utilizada para o desenvolvimento do

trabalho foi censitária, pois os participantes da pesquisa foram todos os clientes, ou

seja, 5 (cinco) clientes que trabalham com produtos de importação e exportação,

bem como o próprio gestor da empresa para que comentasse sobre este problema,

diante disso não foi necessário utilizar o cálculo amostral.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Neste item são apresentados os métodos empregados no levantamento de

dados, bem como os instrumentos de pesquisa utilizados para a análise de

documentos (dados secundários).

Segundo Oliveira (1999, p.182) na coleta de dados “verifica-se que a fase

prática da pesquisa inicia-se com a aplicação dos instrumentos elaborados e das

técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”.

Para esse propósito, os dados foram recolhidos em sua maior parte por meio

de fontes primárias obtidas com questionários com clientes. Este questionário foi

17

construído com perguntas abertas e fechadas, contendo três partes, abordando os

seguintes temas: (1) Perfil do Cliente; (2) Comunicação; e (3) Serviços Utilizados. O

instrumento foi aplicado no mês de Abril de 2008 através de contato indireto, ou

seja, foi feito um contato telefônico seguido do encaminhamento de e-mail

direcionado aos gerentes de cada cliente, com o intuito de saber os meios de

comunicação que eles acessam (ferramentas da CIM) para selecionar fornecedores.

Também foi aplicada uma entrevista estruturada com o proprietário, para

avaliar e determinar quais as ferramentas da CIM iria melhor se enquadrar na

realidade da empresa e conseqüentemente obter sucesso em sua implementação.

Malhotra (2001, p.127) ressalta que: “Os dados primários são gerados por um

pesquisador para a finalidade específica de solucionar o problema em pauta”.

Em síntese, em termos de coleta de dados a pesquisa se deu por meio de

aplicação de questionário com os clientes e a entrevista com o proprietário, gerando

dados primários.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Roesch (1999) conceitua análise de conteúdo como sendo o método que

busca classificar palavras, frases ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo.

Utiliza desde técnicas simples até outras mais complexas, que se apóiam em

métodos estatísticos.

Já para Rudio (2002), o pesquisador deve utilizar uma série de técnicas para

analisar o material que foi obtido. A interpretação expressa o verdadeiro significado

do material, que se apresenta em termos dos propósitos do estudo a que se

dedicou, sendo utilizada a análise de conteúdo. Com isso, a entrevista com o

proprietário entrou como principal elemento neste fundamento.

Mas a interpretação dos dados dos questionários foi desenvolvida de acordo

com a análise quantitativa e descritiva do conteúdo através do questionário aplicado

aos clientes, correlacionando-se com o referencial teórico cujos resultados foram

apresentados através de gráficos, tabelas e quadros, seguidos de textos

18

explicativos, fornecendo substanciais informações para a implementação do Plano

de Comunicação.

19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo são apresentados assuntos pertinentes ao trabalho,

consultando vários autores visando dar fundamentação ao que o acadêmico irá

propor à organização.

Assim, ele aborda uma breve teoria sobre os princípios da administração

geral, passando por suas áreas e os processos que a mesma dispõe voltada para a

área de marketing até chegar ao tema mais específico que são as ferramentas e

meios de comunicação existentes usados para atender o cliente.

2.1 Administração Geral

Desde que surgiram, as sociedades realizam atividades administrativas, que

no seu início eram feitas na prática sem se preocupar com o caráter técnico dos

processos.

Um dos precursores de administração científica foi Henri Fayol, "os principais

itens pesquisados e sistematizados por Fayol foram planejamento, organização,

direção, coordenação e controle" (KOTLER, 1994, p.34).

Visão semelhante possui Maximiano (2000, p.27); “A administração é um

processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos

principais interligados: planejamento, organização, execução e controle”.

A primeira razão para se estudar administração é que todos têm interesses

em melhorar a forma de como as organizações são administradas de modo a

interagir e implementar mudanças a cada dia que passa.

As organizações, cada vez mais buscam novos objetivos, sempre com o

intuito de superar metas e tendo como prioridade a rentabilidade. Estes objetivos

são diferenciados, pois cada organização possui problemas distintos umas das

outras, e que precisam ser enfrentados e solucionados, pois, segundo Chiavenato

(1997 p.2).

[...] não há duas organizações iguais, assim como não existem duas pessoas idênticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de

20

atividade, seus dirigentes e seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios.

Em uma visão mais atual, a tarefa da administração é a de interpretar os

objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por

meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços

realizados na organização, com o intuito de alcançar tais objetivos da maneira mais

adequada à situação.

2.2 Áreas da administração

Segundo Maximiano (2000, p.27); “Administração significa em primeiro lugar,

ação. A administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que

compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização,

execução e controle”.

Para se obter uma execução de forma mais adequada, ampla e controlada de

todos os processos administrativos, a Administração permite à organização sua

própria divisão em áreas administrativas.

Para Chiavenato (2000) a administração é constituída no total de seis áreas,

nas quais são: Produção; Recursos Humanos; Financeira; Organização; Sistemas e

Métodos; Materiais e Marketing.

2.2.1 Administração de Produção

A administração da produção tem sido de grande importância para o

desenvolvimento empresarial, pois através dela é que se busca a origem de ser de

cada empresa. De acordo com Chiavenato (1997), a Administração da produção

constitui o núcleo da atividade empresarial, na sua origem cada empresa nasce para

produzir algo, seja um produto ou um serviço, e com isso obter o retorno de seu

trabalho, garantir sua sobrevivência e criar condições para o seu crescimento.

21

Para Silva (1997) produção é o fenômeno econômico que cria produtos e/ou

serviços para troca ou permuta.

Corroborando com ele, Slack (2002, p.34) descreve que a produção é a

função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o

objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.

A função produção se preocupa, principalmente, com os seguintes assuntos:

• Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para

atender a demanda e ser competitivo;

• Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços;

• Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos;

• Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção

enxuta;

• Ergonomia;

• Estudo de tempos e movimentos;

• Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado, plano

mestre de produção e sequenciamento;

• Planejamento e controle de projetos.

Toda organização industrial deve executar duas coisas. Uma é produzir algo;

a outra é comercializar o que está sendo produzido. A Produção requer a obtenção e

utilização dos fatores de produção, que incluem mão-de-obra, materiais, edifícios e

equipamentos.

No entanto, a empresa deve financiar as fases de Produção e

Comercialização, e isso resulta em uma terceira coisa que toda organização

industrial deve fazer, as Finanças.

2.2.2 Administração de Recursos Humanos

A Administração de Recursos Humanos é a especialidade administrativa que

trata desde o planejamento até o controle do setor pessoal de uma empresa. O RH

como é mais conhecido, tem como objetivo atingir os melhores níveis de

desempenho a uma maior lucratividade à empresa. Dentro da área de RH podemos

22

citar o recrutamento e seleção, treinamentos, cargos e salários e benefícios. (SILVA,

1997).

Quando a empresa abre vaga dentro do seu quadro funcional para a

contratação de um novo funcionário, o primeiro passo chama-se recrutamento. O

recrutamento envolve um processo que varia conforme a empresa. O início do

processo depende de decisão de linha, ou seja, de decisão do gerente.

Para Silva (1997), o serviço desempenhado na área de recrutamento consiste

em atrair ou ir a procura de pessoas que possuam as qualificações necessárias para

o preenchimento da vaga.

Após o recrutamento, o próximo passo será o de seleção, na qual visa

escolher o candidato, que mais se destacou, à vaga.

Com sua admissão executada, o colaborador receberá treinamento por parte

do departamento de Recursos Humanos, na qual poderá obter todos os

conhecimentos e métodos necessários para a execução de seu trabalho.

Dentro de uma empresa, todas as pessoas dispensam o seu tempo e seu

esforço em troca de dinheiro. Este montante de dinheiro denomina-se salário. Ainda

assim, a organização determina que cada função ou cargo tem seu valor, formando

um conjunto integrado de cargos em diferentes níveis hierárquicos e em diferentes

setores de especialidade.

Chiavenato (2000, p. 75) expõe que a Administração de Cargos e Salários

deve seguir os seguintes objetivos:

• Remunerar todo o empregado de acordo com a importância de cargo que

ocupa;

• Recompensá-lo justamente pelo seu desempenho e esforço;

• Seduzir e reter os melhores candidatos para cada cargo, conforme os

requisitos exigidos para seu preenchimento;

• Conseguir dos empregados a aceitação dos métodos de remuneração

adotados pela empresa;

• Sustentar o equilíbrio entre os interesses financeiros da organização e a sua

política de relações com os empregados;

• Facilitar o processamento da folha de pagamento.

23

2.2.3 Administração Financeira

A Administração Financeira é a área mais importante dentro de uma

organização, sempre na busca de melhores resultados. No setor financeiro, é

possível colher todas e as mais precisas informações a respeito da “saúde” da

organização. (ARCHER, 1996).

Segundo Oliveira (1996, p. 52), “é a função relativa ao planejamento,

captação, orçamento e gestão dos recursos financeiros, envolvendo também os

registros contábeis das operações realizadas pela empresa”.

Já que a maioria das decisões tomadas dentro da organização é medida em

termos financeiros, não surpreende que o administrador financeiro desempenhe um

papel-chave na operação da empresa. É importante que os executivos responsáveis

por decisões em todas as áreas tenham uma compreensão básica da função

financeira.

Pode-se citar dentro das áreas operacionais de finanças a contabilidade

financeira, balanço patrimonial, DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) e

tesouraria. De acordo com Archer (1996), o administrador financeiro é responsável

pela maximização dos lucros. Com a realização de um esforço conjunto objetivando

a constituição de um perfeito sistema financeiro, os resultados almejados pela

empresa podem ser alcançados.

2.2.4 Administração de Organização, Sistemas e Métodos - OSM

Araújo (1996) apresenta OSM como uma função especializada que se

estabelece para aconselhar na introdução de novos métodos de administração que

reduzem os custos sem impor um esforço insuportável ou causar danos reais à

estrutura social da empresa. Conforme o conceito, pode-se concluir que a área de

Organização, Sistemas e Métodos destina-se a desenvolver trabalhos de estrutura e

desenvolvimento organizacional, sistema e controle de informação entre outros.

24

Cury (2005, p.122) acrescenta que a função de Organização, Sistemas e

Métodos é uma das especializações de Administração que tem como objetivo a

renovação organizacional. Ela modela a empresa, trabalhando sua estrutura

(organograma), seus processos e métodos de trabalho.

2.2.5 Administração de Materiais

Dias (1995) aponta que um sistema de materiais deve estabelecer uma

integração desde a previsão de vendas, passando pelo planejamento de programa

mestre de produção, até a entrega do produto final. Ele deve estar envolvido na

elaboração e controle da maior parte dos principais recursos de uma empresa:

fabricação, equipamentos, mão de obra e materiais.

Este método sendo aplicado de tal maneira a suprir as necessidades da

empresa torna-se muito eficaz e eficiente no objetivo de aumentar o lucro,

adaptando-se as variações e restrições do mercado.

Dias (1995, p. 94) expõe que “pode-se dividir a área de materiais nos

seguintes segmentos: Estoque, Armazenamento de materiais, Movimentação,

Compras, Distribuição e Transporte”.

Segundo Martins; Laugeni (1999) o gerenciamento de materiais engloba a

seqüência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na

compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em

seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto

acabado e finalmente em sua distribuição ao consumidor final.

2.2.6 Administração de Marketing

Para as organizações manterem-se no mercado altamente competitivo, e

obter sucesso, bem como garantir maiores vantagens competitivas devem conhecer

e praticar o marketing. De acordo com Cobra (1992, p.29), “marketing é mais do que

25

uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços – é um compromisso

com a busca de melhoria da qualidade de vida das pessoas”.

Kotler (1995, p.5) aponta que “marketing significa trabalhar com mercados

para conseguir trocas com o propósito de satisfazer necessidades e desejos

humanos”. Percebe-se através da expressão do autor que os clientes são o centro

da comercialização dos produtos, por tal motivo a importância de priorizá-los.

Já, Las Casas (1997, p.26) define marketing como:

A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio de atuação e o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade.

Uma definição, também interessante, é a de Romero (1998, p. 6). O autor

define marketing como:

“[...] uma ação integrada de ‘Coordenação das atividades Empresariais’, destinadas a planejar, determinar preços, promover e distribuir mercadorias e serviços, desejados e necessitados por consumidores atuais e potenciais [...].”

Mas para Churchill; Peter (2003, p.4), marketing é o “processo de planejar e

executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de

idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfarão metas individuais e

organizacionais”. Entende-se, portanto, que os objetivos tanto da organização,

quanto os das pessoas devem ser atingidos mutuamente, e que para tal, o

marketing tem a missão de criar, fornecer valor para os clientes e para a empresa.

A partir dessas informações pode-se perceber que o marketing parte da idéia

de que a demanda é composta de consumidores cujas necessidades, preferências e

desejos diferem entre si, tendo estes que ser atendidos e superados, sendo este o

foco de conceituação de alguns autores como Levitt (1998, p.33) que define o

marketing como “criar e manter clientes”.

2.2.6.1 Evolução do marketing

De acordo com Murphy (2000), por volta de 1948, uma nova perspectiva

superou completamente uma velha separação das funções de marketing, até então

26

confundido com vendas e produção. Foi quando a AMA (American Marketing

Association) conceituou marketing como sendo: “o desempenho de atividades de

negócios direcionadas e incidentes ao fluxo de mercadorias e serviços para o cliente

ou usuário” (AMA apud MURPHY, 2000, p.14).

Rocha (2001) reforça o exposto anteriormente por Murphy (2000), afirmando

que o marketing, tal como é conhecido hoje, teve início na década de 50, quando as

empresas deixaram de se orientar pelo produto, para centrar-se nos consumidores.

Antes disso, já se fazia marketing de alguma forma, mesmo que intuitivamente.

Desde então, ele passou por algumas Eras:

a) A Era da Produção (até 1925): Praticava-se a produção em massa na

crença de que bons produtos, com preços acessíveis e disponíveis venderiam por si

mesmos. Não se dava a mínima para o que o consumidor pensava. Muitos produtos

ficavam encalhados por falta de compradores.

b) A Era das Vendas (de 1925 a 1950): Tentava-se encontrar clientes para os

estoques não vendidos. Foram feitas muitas campanhas publicitárias para convencer

os clientes a comprar. O marketing ainda era secundário em relação à engenharia, à

produção e a finanças. Vem dessa época a associação de marketing apenas a

vendas ou a propaganda. O responsável pelo departamento de marketing era

chamado de gerente de vendas.

c) A Era do Marketing (de 1950 a 1990): Surge o marketing como é conhecido

hoje. Começa-se a valorizar a informação de mercado como prioritária para a

produção. Criam-se os departamentos de marketing nas empresas. A base lógica

era identificar as necessidades e desejos dos consumidores para depois produzir o

que eles quisessem. O marketing começa a ser responsabilidade de todos na

organização.

e) A Era do Marketing de Relacionamento (anos 90): A abordagem agora é o

foco na manutenção do cliente. Estudos mostram que custa até sete vezes mais

conquistar um cliente novo do que manter um. Desenvolvem-se técnicas de

relacionamento de longo prazo que encantem o cliente para que ele continue

voltando.

A Figura 1 reflete a atitude dos produtores, do mercado consumidor e dos

administradores de marketing ao longo da história na visão de Boone; Kurtz (1998).

27

ERA Período aproximado de tempo

Atitude predominante

Da produção Antes dos anos 20 Um produto bom se venderá por si mesmo

Das vendas

Antes dos anos 50

Propaganda e vendas criativas vencerão a resistência do consumidor e os convencerão a comprar

Do marketing Segunda metade do século XX O consumidor é o Rei! Busque uma necessidade e satisfaça-a

Quadro 1 – Três Eras na História do Marketing Fonte: Boone; Kurtz (1998, p.7).

O conceito de marketing acompanha o foco de cada uma das Eras. Em razão

disso um novo e mais completo conceito poderá surgir, caso vislumbre uma nova

Era do marketing. Em razão do foco de cada uma delas, houve uma atitude e uma

filosofia predominantes, variando a sua importância, ao longo do tempo.

2.2.6.2 Composto de marketing

Cobra (1997, p.97) acredita que “composto de marketing é o conjunto de

ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no

mercado-alvo”. Entre essas ferramentas estão os 4 P’s de McCarthy, os 4 A’s de

Richers, e alguns doutrinadores ainda consideram os 4 C’s de Lautenborm.

O composto de marketing são variáveis controláveis das empresas para obter

respostas do mercado que ela está inserida. De acordo com Kotler (1998, p.39), “o

mix de marketing consiste em todas as ações e esforços da empresa com a intenção

de influenciar e estimular a demanda do seu produto”.

McCarthy (1997) classifica as ferramentas de marketing em quatro amplos

grupos que denominou os 4Ps do marketing: produto, preço, praça (ponto de venda

ou distribuição) e promoção (comunicação), termos que vêm do inglês product, price,

place e promotion. Kotler (1999, p.38), pontua que “os 4Ps representam a visão que

a empresa vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar

compradores”.

28

De forma similar, Lamb Jr; Hair Jr; e McDaniel (2004, p.17-18) afirmam que “o

termo composto de marketing refere-se à combinação única de estratégias de

produto, distribuição (local ou place), promoção e preço (os quatro Ps), planejadas

para produzir trocas mutuamente satisfatórias com o mercado-alvo. Os

administradores de marketing podem controlar cada ferramenta do composto de

marketing, mas as estratégias para todos os quatro componentes devem ser

combinadas para a obtenção de resultados ideais.”.

Segundo Kotler (1999), as variáveis específicas de marketing sob cada P são:

• PRODUTO: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome

de marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções;

• PREÇO: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento,

condições de financiamento;

• PROMOÇÃO: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações

públicas, marketing direto;

• PRAÇA: canais, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte.

Segundo ele, existe uma crítica que sustenta que o conceito dos 4P´s vê o

mercado do ponto de vista do vendedor, e não do comprador. Um comprador, ao

avaliar um produto ou serviço, pode vê-lo de maneira diferente. Kotler (1999) afirma

que os 4P´s podem ser mais bem descritos, da perspectiva do comprador, como

4C´s, de acordo com a Figura 2, abaixo:

Figura 1 – Os 4 P’s na perspectiva do comprador Fonte: Kotler (1999, p.45)

Na visão de Kotler (1999), ao passo que a empresa se vê como vendedora de

um produto, os clientes se vêem como compradores de um valor ou da solução de

um problema. Os clientes percebem mais que preços; percebem o custo total de

obtenção, uso e descarte de um produto. A clientela não deseja promoção; quer

uma comunicação bidirecional.

29

Kotler (1999, pg.45) afirma que “os profissionais de marketing deveriam

pensar primeiro em atender aos 4 C´s do cliente e utilizá-los, em seguida, como uma

plataforma para o desenvolvimento dos 4 P´s”.

Para Richers (apud COBRA 1997), a interação da empresa com o meio

ambiente e a avaliação dos resultados operacionais se dá em função dos 4 A’s:

• ANÁLISE: procura identificar as forças vigentes no mercado e suas interações

com a empresa. Os meios utilizados são: a pesquisa de mercado e o sistema

de informações de marketing.

• ADAPTAÇÃO: consiste no processo de adaptação das linhas de produtos ou

serviços da empresa ao meio ambiente identificado através da análise, e isso

acontece através da apresentação ou configuração básica do produto: design,

embalagem e marca. E ainda por meio do preço e da assistência ao cliente.

• ATIVAÇÃO: os elementos-chave da ativação são a distribuição (seleção dos

canais), a logística (a entrega e armazenagem de produtos), a venda pessoal

(o esforço para efetuar a transparência de posse do bem ou serviço) e

composto de comunicação (publicidade, promoção de vendas, relações

públicas, e merchandising).

• AVALIAÇÃO: é o controle dos resultados do esforço de marketing,

isoladamente e em conjunto. Essa função é também chamada de marketing.

Enfim, esses autores parecem sugerir a importância de conquistar e manter

clientes satisfazendo suas necessidades através da eficaz gestão do Composto

Mercadológico viabilizando, assim, significativo retorno financeiro.

2.2.6.3 Segmentação de Mercado – Público-Alvo

Para Cobra (1997, p.71), “a segmentação é uma subdivisão do mercado

global de uma empresa em parcelas o mais homogêneas possível, com o fito de

formular estratégias de marketing”.

Já para Churchill; Peter (2003, p.204), segmentação “é o processo de dividir

um mercado em grupos de compradores potenciais com necessidades, desejos,

percepções de valores ou comportamento de compras semelhantes”.

30

Percebe-se que a segmentação de mercado baseia-se na idéia de que um

produto comum não pode satisfazer necessidades e desejos de todos os

consumidores. Pois, eles estão dispersos em inúmeras regiões, têm hábitos de

compras variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades, desejos e

preferências. Assim sendo, não se pode tratá-los da mesma forma nem mesmo

totalmente diferentes. O que se faz, então, é reunir grupos de pessoas com

características, preferência e gostos semelhantes e tratá-los como se fossem iguais.

Segundo Kotler; Armostrong (1999), a empresa deve identificar parte do

mercado que melhor atende e qual a sua porcentagem de vendas corresponde a

este mercado. Esta parte do mercado corresponde a seu público-alvo, é importante

conhecer, pois as decisões tomadas pela empresa serão de influência do público-

alvo.

De acordo com Churchill; Peter (2003), o público-alvo consiste em um grupo

de compradores atuais ou potenciais com necessidade, desejos em comum, no qual

a organização decide conhecer.

Antes de qualquer processo é fundamental que se identifique qual o público-

alvo a ser direcionado o esforço de comunicação. A identificação do público-alvo

deve já estar bem definida, pois os mesmos exercem uma grande influência nas

decisões do consumidor.

Para Las Casas (1999, p.94), “o primeiro passo que facilitará a estratégia de

marketing é a determinação do mercado alvo. Não se pode atender a todos os

clientes em um mercado”. O autor ainda afirma que o mercado alvo é aquele em que

a empresa deve prestar atenção, para que seus objetivos sejam alcançados.

A escolha do mercado alvo não é um passo simples a se tomar, a empresa

deve estar ciente do que deseja, qual a resposta que deseja que seus clientes

transmitam.

Kotler; Armostrong (2000) definem seis passos importantes para o

comunicador:

• CONSCIENTIZAÇÃO: o comunicador deve conscientizar o público-alvo,

fazendo com que eles o reconheçam;

• CONHECIMENTO: o consumidor deve conhecer de fato o que é lhe

oferecido;

• SIMPATIA: o consumidor deve opinar sobre o que acha do produto/serviços;

31

• PREFERÊNCIA: o comunicador deve fazer com que torne o produto/serviço

algo de preferência para seus clientes;

• CONVICÇÃO: o comunicador deve convencer que o produto/serviço é o

melhor para o consumidor;

• COMPRAS: o comunicador deve fazer com que os consumidores tomem a

iniciativa de comprar naquele instante.

Após desenvolver um bom produto, determinar corretamente seu preço e

torná-lo acessível ao consumidor, o caminho natural para a empresa é criar o seu

programa de comunicação ou PROMOÇÃO, formulando estratégias de

comunicação.

2.3 Comunicação

Comunicação vem do latim communis, que remete a comum, comunhão,

comunidade. Conforme Melo (1977, p. 14): “Comunicar significa, assim, tornar

comum, estabelecer comunhão, através de intercâmbio de informações.” Segundo o

autor, existem vários conceitos científicos e filosóficos sobre comunicação.

O processo de comunicação consiste na propagação de uma mensagem

através de um meio, gerada e codificada por um emissor e recebida e decodificada

por um receptor. De acordo com Bordenave (2003), o ser humano constrói a si

mesmo através das comunicações que estabelece em seu meio-ambiente. Ainda

segundo o autor, não existe sociedade sem comunicação e vice-versa.

Mas para Shimp (2003, p.31), comunicação é: “o processo pelo qual os

pensamentos são transmitidos e o significado é compartilhado entre pessoas ou

entre organizações e pessoas”

Considerada a importância da comunicação na sociedade e no cenário

econômico, essa se estende a todo o ambiente mercadológico. Toda forma de

produção, de precificação, de distribuição e de promoção de bens e serviços são

interdependentes da comunicação. Da mesma forma que não há sociedade sem

comunicação, também não há marketing.

De acordo com Costa; Talarico (1996, p.51):

32

O ato de se comunicar com o mercado envolve, também, toda e qualquer oportunidade em que algo ou alguém da empresa, de alguma forma, tenha algum contato, direto ou indireto, com os públicos, passando-lhes algum tipo de mensagem; assim temos: a telefonista que atende ou faz ligações, recepcionistas, veículos da empresa, funcionários em geral dos vários setores, serviços específicos de atendimento ao público, correspondência, papelaria, etc.; todos esses canais de comunicação devem seguir uma mesma linha de comunicação, auxiliando e fortalecendo a imagem da empresa e complementando o efeito das chamadas estratégias de comunicação.

A importância da comunicação no marketing se revela sob vários aspectos.

Do ponto de vista das organizações, a comunicação é necessária para fazer

conhecer seus produtos e/ou serviços, criar um clima de simpatia e cordialidade,

oferecer novas alternativas, persuadir, comercializar produtos e/ou serviços e

construir um relacionamento de longo prazo com seus consumidores. Do ponto de

vista dos consumidores, a comunicação fornece informações para a tomada de

decisão de compra de produtos e/ou serviços que satisfarão suas necessidades.

Através da comunicação, o consumidor pode comparar várias alternativas.

Lopes (1994) encaixa as atividades de Propaganda e Relações Públicas,

juntamente com as de Imprensa, como setores da Assessoria de Comunicação

Social de uma organização (FIGURA 3). Seguindo essa lógica, Ogden (2002)

destaca que, embora sejam atividades diferentes, relações públicas e publicidade,

geralmente, são agrupadas. Muitas vezes são desempenhadas pelo mesmo

indivíduo dentro das organizações.

33

Figura 2 – Estrutura da Assessoria de Comunicação Social Fonte: Lopes (1994, p. 18)

Assessoria de Comunicação Social é descrita por Lopes (1994) como um

setor especializado, que deve perseguir o aprimoramento dos fluxos de

comunicação no interior das empresas e perante a opinião pública. Esta assessoria

é responsável por todo o trabalho de comunicação em uma empresa, definindo as

estratégias que reúnem os setores de jornalismo (Assessoria de Imprensa), relações

públicas e propaganda.

Assessoria de imprensa conforme Lupetti (2007, p.18):

É uma ferramenta que contribui para a formação da imagem da organização, seja pela divulgação de sua marca, pelos fatos ocorridos na empresa ou ainda pela opinião emitida por seus diretores em qualquer campo de atividade.

A Associação Brasileira de Relações Públicas define as relações públicas

como “a atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo para estabelecer e

manter a compreensão mútua entre uma instituição pública, privada ou de grupos de

pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada”

34

No Brasil, o termo propaganda confunde-se com publicidade. Na realidade,

publicidade refere-se à divulgação não paga; portanto é uma atividade englobada

pela área de relações públicas. Propaganda, segundo a Associação Americana de

Marketing (citado por LAS CASAS, 2001, p. 247), “é qualquer forma paga de

apresentação não pessoal de idéias, produtos ou serviços, levada a efeito por um

patrocinador identificado”.

Assim, quando veicula-se anúncios em jornais, revistas ou se veicula em

outdoors se está fazendo propaganda. Enquanto que notas em colunas sociais ou

páginas de economia, sem custo, são publicidade.

2.3.1 Comunicação Integrada de Marketing

O composto de marketing inclui os elementos produto, preço, praça e

promoção. Desta maneira, o composto promocional é um subitem do composto de

marketing, envolvendo a combinação de outras variáveis para satisfazer a

necessidade do mercado alvo, em que o administrador de marketing procura com o

composto promocional atingir a melhor combinação de vários elementos

promocionais para alcançar os objetivos (BOONE; KURTZ 1998).

Para Churchill; Peter (2003), a Comunicação Integrada de Marketing (CIM) é

uma “abordagem que combina os elementos do composto das comunicações em um

todo consistente para fornecer maior clareza e impacto de marketing”.

A partir dos objetivos de marketing definidos, decide-se como cada elemento

do composto de comunicação pode apoiar esses objetivos. É preciso considerar

como os clientes entram em contato com a organização, seus produtos e suas

mensagens. A comunicação integrada de marketing tenta corrigir desvios ocorridos

pela realização de ações não conjugadas e permite que a organização responda às

mudanças no ambiente de marketing. Este processo possibilita o aumento de valor

para o cliente-alvo.

Para Ogden (2002), a CIM é uma expansão do item PROMOÇÃO do Mix do

Marketing, que essencialmente é o reconhecimento da importância de comunicar a

mesma mensagem ao público-alvo. E também que todos os componentes da CIM

35

comunicam algo e que existe uma sobreposição na comunicação efetuada por eles.

Deste modo, o autor indica que todos esses elementos da CIM afetam o programa

de marketing como um todo.

Ao comentar o composto promocional, Kotler (1999) aborda o conceito de

comunicação integrada, salientando não apenas a importância da coordenação das

atividades de comunicação, mas também a necessidade de alinhamento das

estratégias de comunicação com os demais elementos do marketing mix. Ou seja,

as políticas de comunicação devem ser coerentes com as características do produto,

faixa de preço e formas de distribuição. Por exemplo, uma campanha massiva é

inócua para bens de especialidade, de preço premium e distribuição exclusiva; da

mesma forma a comunicação dirigida não é efetiva quando se trata de bens de

conveniência, a preços populares com distribuição intensiva.

Devido ao consenso dentre os autores estudados, para este trabalho, as

ferramentas da CIM adotadas são: Propaganda, Venda Pessoal, Marketing Direto,

Marketing Digital, Promoção de Vendas e Relações Públicas e Publicidade.

(FIGURA 4)

Figura 3 – MIX da Comunicação Integrada de Marketing Fonte: Ogden (2002, p.14)

O marketing moderno exige mais da empresa do que simplesmente

desenvolver um bom produto, determinar corretamente seu preço e colocá-lo em

locais acessíveis ao consumidor. A empresa que quiser contar com um programa

36

contínuo e estruturado de vendas necessita desenvolver um programa eficaz de

comunicação e PROMOÇÃO.

2.3.1.1 Propaganda

Segundo Churchill; Peter (2003), propaganda é qualquer forma paga de

apresentação não-pessoal de idéias, produtos ou serviços por um patrocinador

identificado. Para os autores, os anunciantes podem apresentar-se como pessoas

físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos. Eles ainda destacam o uso dos

meios de comunicação de massa para a utilização da propaganda.

A propaganda é de extrema importância para a atividade mercadológica. Por

meio dela, conforme Las Casas (2001, p.247):

“as empresas podem manter cooperação de seus intermediários, familiarizar seus clientes com o uso dos produtos fabricados, criar imagem de credibilidade, lançar novos produtos, estimular demanda, criar lealdade de marca, enfatizar características dos produtos, entre outros”.

Gomes (2001, p. 117) define propaganda como “o controle do fluxo de

informação, direção da opinião pública e manipulação — não necessariamente

negativa — de condutas e, sobretudo, de modelos de conduta”. A propaganda induz

a uma concepção de modo de informação persuasiva, devidamente organizada e

orientada para influir e influenciar intencionalmente as atitudes (opiniões e ações) de

outras pessoas ou grupos de pessoas, previamente definidos e segmentados como

alvos da mensagem.

De acordo com Kotler; Armstrong (2000, p. 387):

O primeiro passo é estabelecer os objetivos da propaganda. Eles devem ser fundamentados em decisões anteriores sobre o mercado-alvo, posicionamento e mix de marketing, que definem que tarefa cabe à propaganda no programa de marketing total. O objetivo da propaganda é uma atividade específica de comunicação a ser realizada com um público-alvo específico durante um período de tempo determinado. Os objetivos podem ser classificados segundo seus propósitos primordiais: informar, persuadir ou lembrar.

Shimp (2003), da mesma maneira que Churchill; Peter (2003), destaca a

capacidade da propaganda de atingir um grande número de consumidores através

dos meios de comunicação de massa. Para o autor, a propaganda tem a função de

informar, persuadir, agregar valor e auxiliar outros esforços da empresa.

37

O anunciante, segundo Sampaio (1996), pode fazer a propaganda

diretamente no veículo com auxílio de um corretor do próprio veículo ou através de

uma agência de propaganda. Fazer propaganda ainda pode envolver fornecedores e

produtoras especializadas. O autor acredita que fazer propaganda, geralmente,

obedece a uma seqüência lógica formada pelas etapas: (1) definição dos objetivos;

(2) pesquisa; (3) planejamento; (4) aprovação e revisão do planejamento; (5) (a)

criação; (b) mídia; (6) criação, revisão e mídia; (7) (a) produção e aprovação; (b)

compra mídia e acertos;(8) veiculação; (9) aferição e correções.

Em suma, propaganda é um modo de execução pelo patrocinador de

qualquer mensagem de lembrança, informação ou persuasão, comunicada a um

mercado ou público-alvo através de um meio não-pessoal.

2.3.1.2 Promoção de Vendas

Promoção de vendas é a ferramenta utilizada quando a empresa deseja

lançar ou ampliar rapidamente as vendas dos produtos a partir de suas campanhas

de comunicação. De acordo com Pinho (1998) a promoção de vendas consiste nos

esforços de comunicação mercadológica, utilizados em espaços e tempo

determinados, junto aos canais de revendas e consumidores, com o objetivo de

agilizar as vendas, incrementando o volume total consumido ou disponibilizando o

consumo futuro.

Churchill; Peter (2003, p.453) definem promoção de vendas como: “A pressão

de marketing feita dentro e fora da mídia e aplicada durante um período

predeterminado e limitado ao âmbito do consumidor, a fim de estimular a experiência

com um produto e aumentar a demanda ou a disponibilidade”. O estímulo desta

experiência pode ser conseguido através de várias formas de promoção de vendas

como redução de preços, ofertas do tipo “Compre um e ganhe outro grátis”,

reembolsos pelo correio, amostras e cupons para sorteios de prêmios.

Para Las Casas (2001) a promoção de vendas abrange as atividades que

suplementam vendas pessoais de propaganda, coordenando-as e ajudando a torná-

las eficazes. A promoção é possível em três diferentes níveis: junto à própria

empresa, através de intermediários e diretamente com os clientes.

38

A promoção de vendas envolve uma série diversificada de instrumentos que

podem ser agrupados, segundo o campo de atuação, em três áreas:

• Promoção dirigida ao consumidor: amostras, cupons, ofertas de devolução de

dinheiro, descontos, prêmios e demonstrações;

• Promoção dirigida aos lojistas: abatimentos na compra, mercadorias gratuitas,

descontos nos produtos e concurso de vendas para revendedores;

• Promoção dirigida aos vendedores: prêmios, concursos e competições de

vendas.

Para Cobra (1992), as principais vantagens que a promoção de vendas

apresenta são:

• Estimula e aumenta o tráfego no ponto de venda;

• Incentiva o consumidor a comprar;

• Estimula a tendência de demonstrar o produto;

• Aumenta a atração pelo produto gerada pela propaganda;

• Facilita a introdução de produtos novos ou novos usos do produto;

• Convence as pessoas a comprarem maior quantidade do produto;

• Levam as pessoas a citarem o produto;

• Inspiram os compradores a obterem e manterem maior o estoque;

• Estimula força de vendas.

Pinho (1998) adverte que a excessiva utilização da promoção de vendas pode

trazer riscos que precisam ser conhecidos. Entre os principais perigos estão o

declínio da fidelidade do consumidor às marcas e a perda do conceito do valor real

da mercadoria.

Implantando idéias e atitudes na mente do consumidor, a propaganda tem um

papel fundamental na criação de um conceito ou imagem de marca, que contribui

para garantir a fidelidade do consumidor a uma determinada marca.

Se a promoção de vendas é utilizada em abundância, há o declínio de

fidelidade às marcas e um aumento da oportunidade do lançamento de produtos

sem marca, ou seja, produtos com a marca do varejista.

A promoção de vendas para esse autor, só deve ser usada de forma e em

ocasiões especiais, que acrescem uma dimensão de evidência ao produto. A grande

quantidade de produtos em promoção e quase todos iguais tira a vantagem da

promoção, resultando numa diminuição de resultados.

39

2.3.1.3 Venda Pessoal

Outra ferramenta que toda organização precisa ter e muito bem estruturada,

naturalmente, variando de acordo com o tipo de negócio, é uma boa equipe de

vendas capaz de entender bem seu ramo de atividade, pró-ativa e com foco no

cliente.

Seguem algumas definições de autores para se conhecer o conceito de venda

pessoal e suas aplicações. Para McCarthy (1997), a venda pessoal envolve

comunicação oral direta entre vendedores e consumidores potenciais. A venda face

a face promove o feedback imediato que ajuda a adaptação dos vendedores.

Kotler (1998, p. 544) considera que a venda pessoal é a ferramenta mais

eficaz em termos de custo nos estágios finais do processo de compra,

particularmente no desenvolvimento da preferência, convicção e ação do

consumidor.

Já para Nickels; Wood (1999), venda pessoal é um processo de comunicação

interpessoal no qual os representantes da empresa identificam clientes potenciais,

examinam suas necessidades, apresentam informações sobre o produto,

conseguem um compromisso e acompanham e mantêm os relacionamentos de troca

com eles.

Embora os vendedores sejam incluídos na maioria dos compostos de

marketing, a venda pessoal pode ser muito cara. Assim, é freqüentemente desejável

combinar venda pessoal com venda em massa e promoção de vendas

(MCCARTHY, 1997).

As vendas pessoais têm as vantagens de permitir uma avaliação da eficácia,

recebem uma resposta mais rápida e também permitem a adequação da mensagem

para se ajustar ao consumidor. Sua desvantagem é que se baseia quase

exclusivamente na habilidade do vendedor e envolve um custo alto por contato

(BOONE; KURTZ, 1998).

A venda em massa é uma atividade que envolve comunicação com grande

número de consumidores potenciais ao mesmo tempo. É menos flexível do que a

venda pessoal, mas quando o mercado alvo é amplo e espalhado à venda em

massa pode ser mais barata (MCCARTHY, 1997).

40

Para Boone; Kurtz (1998), a venda pessoal é forma mais original de todas as

promoções, que pode ser definida como uma apresentação promocional de um

vendedor a um comprador, conduzida numa forma de corpo a corpo. Estabelece-se

deste modo uma relação direta de promoção que pode ser conduzida face a face,

através de videoconferência ou de redes interativas de computador. Já as vendas

não pessoais incluem propaganda, promoção de vendas e relações públicas, sendo

que as duas primeiras são consideradas as formas mais importantes de vendas não

pessoais.

2.3.1.4 Relações Públicas e Publicidade

Relações Públicas é uma ferramenta muito comum nas grandes

organizações, que vem sendo cada vez mais implementada, devido a sua

importância, pois é ali que se vive uma maior proximidade com o cliente. Também se

faz presente nas questões intermediárias entre diretoria e presidência. Para se

entender o conceito de relações públicas e suas aplicações, têm-se visões

diferenciadas de vários autores que seguem na seqüência.

Nas palavras de Lesly (1995), relações públicas é um fenômeno e uma

necessidade do nosso tempo, tendo sido criada pelas forças que aumentaram o

ritmo do mundo, colocando as pessoas em muitos grupos diversificados, todos

buscando objetivos diferentes, mas todos precisando trabalhar juntos no sentido de

obter vantagens e progresso comuns.

As relações públicas representam o relacionamento e a comunicação entre a

empresa e seus vários públicos, que incluem consumidores, fornecedores,

acionistas, empregados, governo, o público em geral e a sociedade na qual a

empresa opera. Estas são vantajosas pela capacidade de criar uma atitude positiva

em relação a um produto ou empresa e por acentuar a credibilidade deles. Suas

desvantagens são não permitir uma avaliação precisa dos seus efeitos nas vendas e

envolver muitos esforços direcionados a metas não orientadas para o marketing

(BOONE; KURTZ, 1998).

Na visão de Nickels; Wood (1999), relações públicas é o processo de avaliar

as atitudes dos grupos de interesse, identificando os produtos e as atividades da

41

empresa com os interesses destes últimos e utilizando comunicações não pagas

para construir relacionamentos de longo prazo com eles.

Assim, cabe ao relações públicas apenas o gerenciamento da imagem da

empresa junto aos vários stakeholders (públicos) da organização, alcançado através

de um bom relacionamento com os mesmos (OGDEN, 2002).

A publicidade é outra ferramenta interessante, porque todas as organizações

a fazem sem ter consciência disso, tecnicamente. Algumas definições estão

expostas para uma melhor compreensão desse tópico.

Para Costa (1996), a publicidade é considerada a estratégia que explora o

caráter informativo da comunicação, a criação de fatos e provocação de notícias,

desenvolvendo um trabalho de formação e fortalecimento da imagem corporativa da

empresa e de informação do lançamento, modificações e de características

específicas de produtos.

Já para McCarthy (1997), publicidade é qualquer forma gratuita de

apresentação impessoal de idéias, bens ou serviços, na tentativa de atrair a atenção

para a empresa e suas ofertas sem ter que pagar os custos de mídia.

A publicidade é parte integrante no esforço de se ter um trabalho eficiente de

relações públicas. Pode ser definida como estímulo não pessoal à demanda por um

bem, serviço, pessoa, causa ou organização, através de notícias significativas nos

meios de comunicação escrita ou de apresentações favoráveis em rádio, televisão

ou palco, que não são pagas por um patrocinador identificado (BOONE; KURTZ,

1998).

2.3.1.5 Marketing Direto

Bacon (1994) coloca que Marketing direto é contabilizável. Ele alega que

marketing direto é propaganda que a pessoa pode justificar e localizar. O autor

mostra que, inicialmente, o marketing direto se referia à venda direta, como venda

pelo correio. Mas hoje, o termo é usado para justificar muitos objetivos de marketing.

Romero (1998) reforça essa idéia, listando também o telemarketing e a Internet.

Costa e Talarico (1996) definem o marketing direto de uma forma mais ampla,

incluindo não apenas todas as atividades que geram respostas, mas também o

42

atendimento, serviços ao cliente e a subseqüente venda decorrente. Para eles, os

resultados do marketing direto são quase imediatos, de modo que é fácil atingir

objetivos diários e perder os sinais das metas globais de sua organização.

Bacon (1994) considera como muito importante, para uma empresa, ter

definido qual será o tempo empregado no marketing direto e ter ainda um banco de

dados atualizado. Ele enfatiza que vendedores bem-sucedidos sabem que quanto

mais conhecem o seu cliente, mais estarão habilitados para atendê-los.

Kotler; Armstrong (1999, p. 328) entendem que Marketing Direto constitui-se

do “(...) uso de várias mídias de propaganda para interagir diretamente com os

consumidores, em geral solicitando deles uma resposta direta”. Já Keegan (2002, p.

435), diz que a atividade envolve todo o “(...) sistema de marketing que integra

elementos geralmente separados do marketing para vender diretamente a

consumidores e outros negócios, sem envolvimento de varejistas e do pessoal de

vendas”.

Neste contexto, o MARKETING DIRETO visa criar uma resposta rápida e

imediata do mercado. Entre as várias formas de marketing direto estão: mala-direta,

o tele-marketing, o call center, a venda direta, a propaganda de resposta direta e as

diversas formas de marketing direto utilizando meios eletrônicos (COBRA, 1992;

BACON 1994; ROMERO, 1998; OGDEN 2002).

No tocante a mala direta, Cobra (1992) apresenta sete tipos. Entre esses

tipos estão: a carta vendas; cartão-resposta; folheto; volante; broadside; livreto;

catálogo e publicações internas. Apesar do alto custo por leitores, ele acredita que

esta apresenta significativas vantagens, que são: seletividade, intensidade de

cobertura, velocidade, flexibilidade de formato; informação completa e

personalização. Bacon (1994) parece corroborar com ele quando destaca que entre

todas as formas de Marketing direto, considera a mala direta a mais versátil e muito

vantajosa.

Já, o Telemarketing vem sendo uma mídia odiada pelas empresas, mas é

eficaz e amplamente usada. Sua possibilidade de comunicação um-a-um pode se

tornar inicialmente caro (BACON,1994; COSTA; TALARICO, 1996). Entretanto,

Romero (1998) adverte que essa atividade deve ser implantada com operadores

treinados em todas as fases do atendimento telefônico. Ele defende o uso de um

roteiro para as abordagens dos possíveis clientes. Num processo mais amplo, para o

43

autor, as empresas podem aplicar os serviços de telefonia e informática associados

para um melhor desempenho da atividade de telemarketing.

2.3.1.6 Marketing Digital

Outra ferramenta deste mix é o MARKETING DIGITAL, ou Web Marketing,

como também é conhecido. Este utiliza computadores e redes de computadores

para atingir públicos e reforçar as outras estratégias da CIM aplicadas (OGDEN,

2002).

As novas tecnologias, segundo Ogden (2002), possibilitaram o

desenvolvimento de novos modelos de negócios com novas oportunidades e riscos.

O marketing digital pode influenciar negócios no presente e no futuro.

Chleba (2000) expõe que as maiores forças do Marketing Digital são:

interatividade, personalização, globalização, integração, aproximação e

democratização da informação. Para ele, esses fatores influenciam as vendas o

relacionamento com o cliente.

O autor destaca que com o emprego da tecnologia multimídia podem-se

divulgar produtos e serviços com grande volume informativo, imagem, vídeo e áudio.

E que através da venda on-line gera-se uma maior aproximação do consumidor ao

produto.

Além disso, a Internet proporciona, segundo ele, uma distribuição de grande

volume a custo baixo e rapidez na atualização. E que nesse meio eletrônico pode-se

ainda criar modelos e propagandas on-line como mala direta eletrônica; os anúncios

classificados e o sistema de banners (CHLEBA 2000; OGDEN, 2002).

Chleba (2000) relata que o Marketing Digital tem conquistado clientes fiéis

com baixo custo operacional, e que o custo de atendimento do pedido é baixo, já

que o processo é feito via sistemas computadorizados que recebem pedidos e

fornecem informações refletindo diretamente na diminuição da quantidade de

funcionários. A tecnologia interativa, tanto para Chleba (2000) quanto para Ogden

(2002), pode auxiliar em muito as empresas e aumentar a sua participação no

mercado.

44

2.4 Plano de Comunicação

Entende-se o ato de planejar na comunicação como um dos papéis mais

importantes dentro de uma organização. Ele deve prever o conjunto das ações da

empresa perante o mercado, ou seja, os objetivos de comunicação são definidos a

partir dos objetivos de marketing, além de nortear todo o processo administrativo da

empresa em relação à comunicação.

Costa; Talarico (1996, p.213), definem que plano de comunicação:

É o conjunto de estudos, análises e estabelecimentos de objetivos que devem ser atingidos através das ações de comunicação, definição das formas existentes neste campo para atingir esses objetivos, ou seja, das estratégias específicas de comunicação e, a elaboração dos planos de cada uma dessas estratégias (propaganda, publicidade/relações públicas e assessoria de imprensa, promoção de vendas/de persuasão ou com fins institucionais e de merchandising etc.) denominados planos de ação.

O plano de comunicação diminui o risco da incerteza de futuro, quando o

mercado é extremamente competitivo e está em constante mudança. O papel do

comunicador de marketing consiste, justamente, em prever e atuar, de forma

inteligente e estratégica, para alterar o futuro em proveito dos objetivos de seu

cliente.

Kotler (1994), expõe que devem ser seguidas oito etapas do desenvolvimento

de um programa de comunicação e promoção completo. O comunicador de

marketing deve:

1. Identificar a audiência-alvo;

2. Determinar os objetivos da comunicação;

3. Desenvolver a mensagem;

4. Selecionar os canais de comunicação;

5. Definir o orçamento total de promoção;

6. Decidir sobre o composto promocional;

7. Mensurar os resultados da promoção;

8. Administrar e coordenar o processo de comunicação de marketing.

No sentido de desenvolvimento do plano de comunicação, Ogden (2002,

p.17), ressalta que:

Existem numerosos modos de desenvolver uma campanha de CIM. Assim como em um mapa, existem muitas estradas para o destino desejado e,

45

portanto, não existem esquemas perfeitos que se encaixem em todas as necessidades do gerente de CIM.

Já para Dias (2003), existem nove etapas que compõem a elaboração e a

implementação do plano de comunicação de marketing, sendo:

1. Análise do problema ou da oportunidade;

2. Definição dos objetivos da comunicação;

3. Seleção do público-alvo da comunicação;

4. Seleção dos elementos do composto de comunicação;

5. Definição da estratégia da mensagem;

6. Definição dos meios de comunicação;

7. Definição do orçamento de comunicação;

8. Implementação do plano;

9. Avaliação dos resultados.

Seguindo essa linha, Ogden (2002) deixa claro que no processo de

desenvolvimento e implementação de um plano de comunicação, os profissionais de

marketing e os publicitários devem sempre seguir o conceito de marketing e nunca

perder o foco, que são as necessidades e os desejos do consumidor.

O autor ainda afirma que a comunicação integrada de marketing é uma

expansão do elemento de promoção do mix de marketing. Ela é essencialmente o

reconhecimento da importância de comunicar a mesma mensagem para os

mercados-alvo.

Mas Dias (2003) aponta que o plano de comunicação de marketing deve ser

coerente com as estratégias do composto de marketing, ou seja, as estratégias de

produto, preço e distribuição. Deve resultar na maneira mais eficaz e efetiva de

combinar os elementos de comunicação, como propaganda, promoção de vendas,

vendas e relações públicas.

Para um plano eficaz e criativo de comunicação é preciso ter a compreensão

do mix de CIM, pois, sabendo da importância da integração desses elementos para

um plano de marketing, é possível montar um plano de comunicação que

ultrapassará a concorrência.

O fluxograma da Figura 5 oferece uma orientação baseada em clareza,

conteúdo e simplicidade na concepção de Ogden (2002).

46

Figura 4 – Fluxograma de Comunicação Integrada de Marketing do Dr. Ogden Fonte: Ogden (2002, p.18)

Em termos dos modelos de Planos de Comunicação, percebe-se certa

semelhança em alguns pontos, onde é possível destacar que os autores citados têm

uma mesma idéia e dão uma orientação similar de como o profissional de Marketing

deve agir para elaborar uma estratégia eficaz.

47

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste capítulo do trabalho são relatadas e analisadas as informações da

empresa Transfrigo Logística de Transportes Ltda, buscando concretizar os objetivos

apresentados no capítulo 1, tornando as informações claras de modo a desenvolver

um plano de comunicação para a empresa.

3.1 Caracterização da Empresa

Nesta etapa do trabalho é descrita a empresa quanto a sua história, suas

estruturas organizacionais e físicas, seus clientes e concorrentes.

3.1.1 Histórico da Empresa

A Transfrigo Logística de Transportes Ltda surgiu da separação de outra

empresa chamada TCI – Terminal de Contêineres Itajaí Ltda, quando os sócios,

Geraldo Luiz da Silva e Flávio Martins Viana decidiram dividir seus bens em 50%

para cada.

O sócio Flávio Martins Viana, juntamente com sua esposa Sônia Santos

Viana fundaram a atual empresa, que se localiza à Avenida Adolfo Konder, n. 250,

nas salas 2 e 3 anexo à Brasfrigo e passou a ser, desde junho de 2001, mais uma

opção de transporte de cargas congeladas palletizadas (Break Bulk) e contêineres.

A empresa atende com exclusividade o transporte de cargas frigorificadas da

Brasfrigo/EADIF, tendo como rotas o Porto de Itajaí e o Terminal privativo da

Braskarne. Além disso, atua no transporte de contêineres para diversas empresas

da região, que destinam suas cargas para os Portos de Itajaí, São Francisco do Sul,

Imbituba, Paranaguá e Santos.

48

Como a empresa é de pequeno porte, sua missão e visão eram informais.

Dessa forma, o pesquisador, juntamente com os proprietários, iniciou um processo

de construção e formalização das mesmas, partindo de algumas idéias, com o

auxílio de colaboradores, atingindo um resultado satisfatório. Então, as mesmas

ficaram definidas como:

- MISSÃO: Atender a todos os clientes de forma a transformar seus desejos

em realidade, através de serviços com qualidade e a preços competitivos, se

adequando exatamente as suas necessidades.

- VISÃO: Ser a transportadora líder na região de Itajaí na modalidade de

transporte de contêineres e carga Break Bulk, até o ano de 2010, destacando-se

pela qualidade, agilidade, segurança e pontualidade.

3.1.2 Estrutura Organizacional

A empresa tem como proposta a eficiência e qualidade no transporte, aliado a

preços competitivos. Para que isso aconteça, conta com profissionais qualificados no

ramo da logística, transporte e setor portuário. A FIGURA 6 apresenta o

Organograma da empresa, o qual foi desenvolvido pelo pesquisador.

Figura 5 – Organograma da Transfrigo Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Sócio Gerente

Gerente Logística

Gerente Comercial

Gerente Adm/Fin

Encarregado de

Operações

Motoristas

Auxiliar Administrativo

49

A empresa é composta por um sócio-gerente, um gerente de Logística, um

gerente Comercial, um gerente Administrativo/Financeiro, um encarregado de

operações, um auxiliar administrativo e dez motoristas.

3.1.3 Estrutura Física

Instalada em duas salas com aproximadamente 120m2, a empresa tem a sua

disposição um estacionamento para automóveis com seis vagas e um bicicletário

com capacidade para trinta bicicletas. Conta ainda, com um estacionamento para

caminhões onde os motoristas aguardam a chamada para a realização dos serviços

contratados.

Também possui dez caminhões com carretas porta-contêineres próprios,

além de trabalhar com mais de quinze caminhões agregados terceirizados que

prestam serviços para a empresa. A Transfrigo ainda possui três caminhões Trucks

com carroceria aberta para o transporte de cargas Break Bulk.

No escritório, a empresa conta com seis computadores, impressoras,

programas para acompanhamento e cobrança dos fretes realizados, dois ar-

condicionados tipo Split de 30.000 BTUs cada, duas linhas telefônicas, central de

alarme anti-furto, aparelho de fax e uma máquina copiadora.

3.1.4 Clientes

O Brasil e principalmente o Estado de Santa Catarina continuam sendo os

maiores exportadores de produtos congelados (aves, bovino e suíno) do mundo e, é

justamente esse mercado que é atendido pela Transfrigo e suas concorrentes.

Cada vez mais, os exportadores deste ramo exigem qualidade, pontualidade

e preços competitivos para que empresas possam se habilitar a transportar suas

cargas. Em Santa Catarina, encontram-se as maiores empresas no segmento de

50

produtos agropecuários, e pela grande quantidade de cargas movimentadas, são

atendidas por várias transportadoras.

No caso da Transfrigo, pode-se citar as gigantes: Sadia, Seara/Cargill, Friboi,

Aurora e Porcobello.

3.1.5 Concorrentes

O sucesso do Porto de Itajaí, hoje considerado o segundo maior Porto do

Brasil em movimentação de contêineres e o primeiro em movimentação de cargas

frigoríficas, atraiu para a cidade inúmeras empresas de transportes e também

proporcionou condições de abertura de novas.

Conforme dados obtidos no Porto de Itajaí, estão cadastrados e autorizados a

carregar e descarregar mercadorias em seu pátio mais de oito mil caminhões, o que

faz de nossa cidade uma das maiores sedes de empresas de transportes. Tal

número força a uma gigantesca concorrência, obrigando os profissionais da área a

cada vez mais se especializarem e procurarem alternativas para atrair clientes.

Algumas empresas que concorrem diretamente com a Transfrigo são:

• Ws Transportes Ltda;

• TCI – Terminal de Contêineres Itajaí;

• Paula Transportes Ltda;

• Transdom Ltda;

• Expresso Dalçoquio Ltda;

• Contrans – Transportes e Logística;

• Transportes Ceccato;

• ALS Transportes;

• EIL – Expresso Itajaiense Logística;

• Legus Transportes Ltda;

• Transportes Brusville;

• Pexter Ltda;

• Transpaulo – Transportes de Contêineres e Cargas em geral;

• Trevel Cargo;

51

• JBR – Transportes de Contêineres Ltda.

3.2 Resultados da Pesquisa

Esta seção visa à apresentação dos resultados da pesquisa realizada com os

5 clientes ativos da empresa em questão.

3.2.1 Perfil dos Clientes

Esta seção trata dos dados levantados quanto ao perfil dos clientes da

empresa em estudo. Os aspectos levados em consideração foram: porte das

empresas, tempo de existência, produtos, volume anual, exportação, continentes

para onde se exportam, modal utilizado.

Seguindo essa linha, no que se refere ao PORTE DAS EMPRESAS

entrevistadas, os resultados foram os seguintes (Gráfico 1).

Porte das Empresas em Estudo

Média20%

Grande80%

Micro0%

Pequena0%

Micro

Pequena

Média

Grande

Gráfico 1 – Porte das Empresas Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

52

A análise dos resultados do o Gráfico 1 aponta que 80% das empresas

classificam-se como Grande Empresa (GD) e 20% como Média Empresa (MDE).

Através destas constatações, infere-se que a maioria dos clientes da Transfrigo, são

empresas consideradas de Grande Porte.

Já, no âmbito TEMPO DE EXISTÊNCIA das empresas os resultados estão

plotados no Gráfico 2.

Tempo de Existência das Empresa(anos)

20%0%

20%

40%

20%

até 20

21 a 40

41 a 60

61 a 80

81 a 100

Gráfico 2 – Tempo de Existência Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Um quadro interessante se configurou neste caso, pois conforme o Gráfico 2,

40% das empresas entrevistadas possuem de 41 a 60 anos de mercado e as demais

empresas se dividem em 20%, variando seu tempo de existência em: 0 a 20, 21 a 40

e 61 a 80 anos de existência.

Tratando-se de PRODUTOS, o Gráfico 3 demonstra os produtos

comercializados pelas empresas.

53

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Percentual

bovinos suínos aves outros

Produtos

Percentual de Empresas X Produtos Comercializados

Percentual

Gráfico 3 – Produtos Comercializados

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Através dos dados plotados no Gráfico 3 pode-se constatar que, 100% das

empresas comercializam produtos suínos, 60% comercializam bovinos e aves, e

20% comercializam outros produtos, ou seja, todas as empresas são do setor de

Agroindústria.

Já, o Gráfico 4, a seguir, apresenta a produção anual das empresas.

Volume anual em milhões

80%

20%

até 5000

acima 5.000

Gráfico 4 – Volume Anual

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

54

O Gráfico 4 mostra, que 80% das empresas tem sua produção acima de

5.000 (milhões) toneladas anualmente e 20% tem uma produção abaixo ou igual

desta quantidade.

Estes números confirmam o porte das empresas que em sua maioria são

empresas de grande porte.

E em termos de EXPORTAÇÃO, percebe-se no Gráfico 5 que todas as

clientes da Transfrigo são exportadoras.

Exportação

100%

Gráfico 5 – Exportação

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Sabendo que todas as empresas entrevistadas são exportadoras, o Gráfico 6

apresenta os continentes para as quais disponibilizam seus produtos.

100 100 100

80

100

80 80 80

0102030405060708090

100

Percentual das Empresas

Am

éric

ado

Nor

te

Am

éric

aC

entra

l

Am

éric

ado

Sul

Áfri

ca

Ási

a

Eur

opa

Oce

ania

Orie

nte

Méd

io

Continentes

Continentes que Recebem Produtos das Empresas em Estudo

Gráfico 6 – Continentes que Recebem Produtos das Empresas em Estudo

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

55

Pode-se observar no Gráfico 6, que 100% das empresas exportam para

América Central, América do Sul e Ásia, e 80% das empresas comercializam seus

produtos para os demais continentes, são eles: América do Norte, África, Europa,

Oceania e Oriente Médio.

No que se refere o MODAL UTILIZADO, o Gráfico 7 exibe os tipos de modais

utilizados pelas empresas no transporte de seus produtos.

100

0

100

0

20

0

20

40

60

80

100

Percentual Empresas

Rodoviário Ferroviário Marítimo Duto aéreo

Tipo do Modal

Modal Usado pelas Empresas em Estudo

Percentual

Gráfico 7 – Modal Usado pelas Empresas

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

A partir da leitura dos dados plotados no Gráfico 7 conclui-se que, 100% das

empresas utilizam os modais Rodoviário e Marítimo. E apenas 20% utilizam o modal

Aéreo para o transporte de seus produtos. É importante observar que, sabendo que

as empresas exportam seus produtos para diversos continentes, é imprescindível o

uso do modal marítimo para o transporte, por ter uma capacidade maior e ainda um

preço mais acessível em relação ao modal aéreo.

3.2.2 Comunicação

Esta seção trata dos resultados obtidos com relação à comunicação dos

clientes com seus fornecedores, envolvendo as seguintes questões: Ferramentas

Utilizadas para tomar conhecimento e captar Fornecedores, Ferramentas de

56

Marketing Direto, Ferramentas de Marketing Digital, Promoção dos Fornecedores,

Contato com os Fornecedores, Assinatura de Revistas Especializadas, Eventos.

Tratando-se da comunicação com os fornecedores das empresas

entrevistadas, o Gráfico 8 apresenta os seguintes dados interessantes.

0

60 60

0

40 40

0

20

40 40 40

00

10

20

30

40

50

60

%

Tv

Cat

álog

o

Cal

endá

rio

Rád

io

Fol

der

Can

eta

Jorn

al

Out

door

Bon

és

Rev

ista

s

Pai

nel

Out

ros

Ferramentas

Ferramentas Utilizadas para tomar conhecimento e captar Fornecedores

%

Gráfico 8 – Ferramentas Utilizadas para tomar conhecimento e captar Fornecedores

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Conforme o Gráfico 8, 60% das empresas utilizam catálogos e calendários

como ferramentas de comunicação, 40% das empresas usam folder, canetas,

bonés, revistas e painéis rodoviários, e 20% lembraram de outdoor como forma de

comunicação com seus fornecedores. Nenhuma das empresas informou que

usufruem rádios, jornais ou outros meios de comunicação com fornecedores.

O Gráfico 9 expõe as Ferramentas de Marketing Direto que as empresas

utilizam em seu cotidiano.

57

Marketing Direto

Mala Direta40%

Catálogo40%TV

0%

Internet100%

Telemarketing0%

Mala Direta

Catálogo

Telemarketing

Tv

Internet

Gráfico 9 – Marketing Direto

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Conforme se pode observar, 100% das empresas utilizam a Internet e 40%

utilizam mala direta e catálogo como ferramenta de Marketing Direto. Nenhuma das

empresas entrevistadas apresenta a TV e o telemarketing como ferramentas de

comunicação.

No que se refere a Marketing Digital, o Gráfico 10 apresenta os dados a

seguir.

40

80

40

0

40

100

0

0102030405060708090

100

%

New

slet

ter

Hom

e P

age

Ban

ners

Des

k H

elp

E-F

lyer

s

e-m

ail

Out

ros

Ferramentas

Marketing Digital

%

Gráfico 10 – Marketing Digital

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O Gráfico 10, a seguir, exprime que 100% das empresas utilizam o e-mail,

80% utilizam a Home Page e 40% utilizam newsletter, banners e E- flyers como

58

ferramenta de Marketing Digital. Os dados demonstram que a Internet se tornou um

veículo de comunicação indispensável no mundo atual.

Outro ponto relevante desse estudo é a Promoção dos Fornecedores, cujos

resultados podem ser analisados no Gráfico 11.

Promoção dos Fornecedores

0% 0%20%

80%

0%

100%

Descontos

Feiras

Promoção de vendas

Brindes

Ofertas

Outros

Gráfico 11 – Promoção dos Fornecedores

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

De acordo com o Gráfico 11, observa-se que 100% dos fornecedores utilizam

os brindes como promoções em suas empresas, 80% promovem feiras e 20%

utilizam os descontos como formas de promoções. Nenhum dos fornecedores

utilizam ofertas e promoção de vendas.

Mencionando o assunto sobre fornecedores, o Gráfico 12 demonstra como é

feito o contato com as empresas entrevistadas.

100

60

100

60 60

0

0102030405060708090

100

%

Tel

efon

e

Fax

e-m

ail

Vis

itas

Site

Out

ros

Ferramentas

Contato com os Fornecedores

%

Gráfico 12 – Contato com os Fornecedores

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

59

Ele (Gráfico 12) ostenta que 100% das empresas utilizam telefone e e-mail

para manter contato com seus fornecedores, e 60% utilizam fax, visitas de

fornecedores e sites com informações e propagandas. Nenhuma das empresas

utiliza outros meios de comunicação.

No quesito de Assinatura de Revistas Especializadas, o Gráfico 13, a seguir,

exibe quais as empresas assinam jornais e, ou revistas do setor

Portuário/Rodoviário.

0102030405060

Percentual das empresas

Sim Não

Situação

Assinatura de Revistas Especializadas

Sim

Não

Gráfico 13 – Assinaturas de Revistas Especializadas

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Pode-se observar no Gráfico 13, que 60% das empresas não tem acesso a

qualquer tipo de jornal ou revista especializada no setor Portuário/Rodoviário, e 40%

assinam e tem acesso constante a essas ferramentas.

Entretanto, tratando-se de Eventos para analisar Fornecedores, o Gráfico 14

mostra a importância de se avaliar fornecedores em eventos pelas empresas em

estudo.

60

100%

0%

20%

0%

0102030405060708090

100P

erce

ntua

l

Feiras Exposições Congressos Outros

Eventos

Eventos para Analisar Fornecedores

%

Gráfico 14 – Eventos para Analisar Fornecedores

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Conforme o Gráfico 14, 100% das empresas participam de Feiras para

analisar fornecedores e 20% preferem estar presente em congressos.

Isto demonstra que apesar da maioria das empresas entrevistadas não ter

acesso a revistas e jornais do ramo Portuário/Rodoviário, todas se preocupam em

avaliar seus fornecedores com contato pessoal em feiras e congressos, facilitando a

comunicação entre ambas.

3.2.3 Serviços Utilizados

Esta seção trata dos dados levantados quanto aos Serviços Utilizados das

empresas em relação à Transfrigo. Os aspectos levados em consideração foram:

Caminhões Utilizados, Fretes por mês, Como Descobriu a Transfrigo, Comunicação

com a Transfrigo e Freqüência de Serviços.

Assim, no que se referem a CAMINHÕES UTILIZADOS, os resultados obtidos

no Gráfico 15 são relevantes.

61

60

20

100

40

60

0 0 0

60

0

20

00

102030405060708090

100

Percentual

Por

ta C

onta

iner

Toc

o

Cav

alo

Tru

ckad

o

Sid

er

Baú

2 ei

xos

Bi-T

rem

Tan

que

Tru

ck

3 ei

xos

Gra

nele

iro

Out

ros

Caminhões

Caminhões Utilizados

%

Gráfico 15– Caminhões Utilizados Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Pois, 100% das empresas utilizam Cavalo Truckado, 60% utilizam Porta

Container, Baú e Truck; 40% usam caminhões tipo Sider e 20% utilizam caminhões

Toco e Graneleiro, mostrando que as variedades de seus produtos exigem

caminhões distintos e com características que assegurem e preservem a qualidade

estabelecida pelo cliente.

Outro tema importante desse estudo é a QUANTIDADE DE FRETES POR

MÊS que as empresas entrevistadas costumam transportar através do modal

rodoviário. Os dados podem ser observados no Gráfico 16.

62

Fretes por mês

40%

60%

até 1000

acima de 1000

Gráfico 16 – Fretes por Mês

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O Gráfico 16 expõe que os resultados são extremamente favoráveis à

empresa em estudo, pois 60% costumam transportar acima de 1.000 fretes por mês

e 40% ficam abaixo, mas bem próximo desse número.

Quando o assunto é COMO DESCOBRIU A TRANSFRIGO, o Gráfico 17,

mostra dados bastante significativo.

Gráfico 17– Como Descobriu a Transfrigo

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Como Descobriu a Transfrigo

Visita100%

Outros0%

Painel Rodoviário0% Jornal

0%

Internet0%

Folder0%

Lista Telefônica0%

Revista0%

Jornal

Internet

Folder

Lista Telefônica

Revista

Visita

Painel Rodoviário

Outros

Visita de representante

63

Pois, 100% das empresas entrevistadas souberam da existência da

Transfrigo através da Visita de Representante, ou seja, o contato direto acaba sendo

mais utilizado porque os fornecedores têm como prática realizar visitas aos possíveis

clientes nas atividades de prospecção.

Sabendo que a Transfrigo dá ênfase ao contato pessoal para contatar novas

empresas, o Gráfico 18 expõe os seguintes dados.

80%

20% 20%

0%0%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Per

cen

tual

Telefone e-mail Fax Visita Outro

Ferramentas

Comunicação com a Transfrigo

%

Gráfico 18 – Comunicação com a Transfrigo

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O Gráfico 18, apresenta que 80% das empresas utilizam o telefone como

maior meio de comunicação e 20% utilizam e-mail e fax para comunicar-se com a

empresa em estudo.

Seguindo essa linha, o Gráfico 19 demonstra a freqüência na qual as

empresas solicitam os serviços da Transfrigo.

64

Frequência de Serviços

60%

40%

0%0%

0%

0% Diariamente

Semanalmente

Quinzenalmente

Semestralmente

Mensalmente

Outros

Gráfico 19 – Freqüência de Serviços

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

De acordo com o Gráfico 19, observa-se que 60% das empresas solicitam

semanalmente os serviços da empresa Transfrigo, enquanto 40% solicitam

diariamente, demonstrando um resultado extremamente favorável para a empresa.

3.2.4 Entrevista com o Proprietário

A entrevista foi realizada com o proprietário da Empresa em estudo, Flávio

Martins Viana, que contou desde a criação e o atual momento, e informou sobre a

comunicação entre os clientes atuais e em potencial.

Através desta entrevista, descobriu-se que a Transfrigo surgiu através do

rompimento de outra empresa, e não possuía até então uma carteira de clientes,

desta forma sentiu necessidade de ir à procura destes.

O método utilizado para atrair clientes foi através de visitas, nestas

oportunidades o proprietário apresentava sua estrutura, propostas e tabela de

preços.

Desta forma, o proprietário demonstrou que não utiliza outras ferramentas

para se comunicar com os clientes além das visitas pessoais, achando que esta é a

65

forma mais apropriada e direta para apresentar suas propostas, pois assim acredita

ele, que se cria credibilidade e confiança entre o cliente e a empresa.

Sobre o cenário atual do mercado, Flávio não se preocupou em modernizar

os meios de comunicação, utilizando apenas e-mail, fax e telefone para manter

contato com fornecedores e clientes.

Flávio demonstrou interesse pelos mais variados veículos de comunicação,

mas tratando-se de uma empresa de pequeno porte, essas ferramentas muitas

vezes não se tornam viáveis pelo custo. Por isso, muitas vezes, não se tem o retorno

esperado.

Quando interrogado sobre os tipos de propaganda que a empresa utiliza, o

proprietário informou que não dispõe de ferramentas, mas ainda poderá colocar a

logomarca da empresa em seus caminhões.

Flávio insiste que a visita de representantes é a mais utilizada pela empresa e

não pretende modificar esta política, tendo somente os cartões de visitas

personalizados como meio de divulgar a empresa. Ele apresentou grande pretensão

em aplicar promoções para presentear seus clientes, como, camisetas, canetas,

bonés e calendários personalizados, mas ainda não conseguiu viabilizar este

projeto.

Para encerrar, foi interrogado sobre a participação em eventos, feiras,

congressos, exposições do segmento portuário/rodoviário, e nos informou que

procura estar sempre presente, enviando algum funcionário, com o intuito de

contatar novos clientes. Porém, nunca pensou em alugar um stand e apresentar

seus serviços.

3.2.5 Implementação do Plano de Comunicação

Com base nos dados obtidos na pesquisa junto aos clientes ativos da

Transfrigo e com a entrevista com o proprietário, pôde-se elaborar um de Plano de

Comunicação para a empresa.

A empresa deverá comunicar-se com seus clientes de forma focada e não em

massa, tendo como principal objetivo construir relacionamentos mais próximos,

66

integrando e coordenando cuidadosamente seus diversos canais de comunicação, a

fim de sempre transmitir uma mensagem clara, consistente e atraente sobre a

organização e seus serviços. Pois, os resultados demonstram que a clientela da

Transfrigo a descobriu via visita de representantes da empresa, ou seja, por meio da

ferramenta da CIM, Venda Pessoal, como demonstra o os resultados plotados no

Gráfico 17.

Neste contexto, a seguir são apresentadas as nove etapas que compõem a

elaboração e a implementação do plano de comunicação de marketing, segundo os

modelo de Dias (2003): (1) Análise do problema ou da oportunidade; (2) Definição

dos objetivos da comunicação; (3) Seleção do público-alvo da comunicação; (4)

Seleção dos elementos do composto de comunicação; (5) Definição da estratégia da

mensagem; (6) Definição dos meios de comunicação; (7) Definição do orçamento de

comunicação; (8) Implementação do plano; (9) Avaliação dos resultados.

A escolha deste autor deve-se, primeiramente, ao fato de ser um dos livros

mais atualizados. Além disso, proporciona fácil entendimento, constando dados que

se encaixam com a realidade da empresa.

Etapa 1 – Análise do problema ou da oportunidade;

De acordo com o levantamento dos dados executados na empresa Transfrigo

Logística de Transportes Ltda, por meio de entrevista com seu proprietário, verificou-

se os seguintes problemas:

• desde o início, o proprietário não investiu em ferramentas necessárias para a

comunicação com os clientes ativos e em potencial;

• da parte da empresa, houve somente a preocupação de contatar o cliente

através do contato pessoal e após essa etapa, a organização não atualizou suas

ferramentas para facilitar e oferecer um melhor serviço;

• não houve interesse por parte do proprietário em divulgar a empresa nos mais

variados meios de comunicação;

• o proprietário não viabilizou um de seus projetos referentes à divulgação

através de brindes personalizados.

Já em termos de oportunidades percebe-se, através da entrevista e dos

resultados com os questionários que:

67

• apesar de ser em número reduzido, os clientes são empresas de renome e

destaque nacional, sendo assim, empresas de expressiva produtividade,

faturamentos e fluxo de trabalho com a Transfrigo;

• todas elas são exportadoras e têm necessidades freqüentes de utilizar os

serviços da empresa, como pode-se constatar no Gráfico 19;

• e a quantidade de frete, também, é expressiva.

Etapa 2 – Definição dos objetivos da comunicação;

Conforme os dados obtidos através dos questionários e entrevista, ficaram

definidos os seguintes objetivos relativos à comunicação:

• a Transfrigo pretende atualizar e aumentar sua comunicação com clientes em

geral, implementando novas ferramentas de marketing;

• quer fazer de sua comunicação um diferencial, tornando-se uma empresa

completa em relação aos concorrentes;

• a empresa pretende expor sua marca, abrangendo diversas regiões,

buscando, desta forma, maior visibilidade.

Etapa 3 – Seleção do público-alvo da comunicação;

A promoção se destina somente ao público-alvo da empresa em estudo. Este

abrange, principalmente, as empresas do segmento da Agroindústria da Região Sul.

Etapa 4 – Seleção dos elementos do composto de comunicação;

A partir da pesquisa realizada com os clientes e a entrevista com o

proprietário da Transfrigo, foi possível definir que a empresa irá investir nas

seguintes ferramentas da CIM: Propaganda, Marketing Direto, Marketing Digital e

Promoção de Vendas.

Etapa 5 – Definição da estratégia da mensagem

Através dos dados obtidos, definiram-se quais as estratégias a empresa irá

68

utilizar para alcançar suas metas traçadas e consolidar seus objetivos. Deste modo,

segue o Quadro 1, no qual são relatadas as estratégias de comunicação que

poderão ser implementadas pela empresa para tornar possível o plano de

comunicação elaborado.

ESTRATÉGIAS

AÇÕES

Propaganda

Publicações da empresa em placas rodoviárias, revistas especializadas e adesivagem nos caminhões.

Marketing Direto Folder.

Marketing Digital Criação de site da empresa, e-mail próprio, Newsletter, E-Flyers.

Promoção de Vendas

Calendários, canetas, bonés, camisetas personalizadas, participação em feiras, exposições e congressos.

Quadro 2: Estratégias de Comunicação definidas para a empresa Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Essas estratégias foram elencadas de acordo com os resultados das

pesquisa, as necessidades da empresa e também com as condições que ela

apresenta em relação à viabilidade de implementar cada estratégia da CIM.

Etapa 6 - Definição dos meios de comunicação

Para cada item de estratégia, devem ser definidas ações, as quais servirão de

meios para que a empresa possa atingir seus objetivos e concretizá-los.

• Propaganda: A estratégia de propaganda adotada conterá um plano de

comunicação envolvendo publicações da empresa em placas rodoviárias

espalhadas na região onde está inserido o público-alvo da empresa, também fará

uso de meia página da Revista Portuária como forma de divulgar sua marca e seus

serviços, além de adesivar todos os caminhões da empresa com sua logomarca.

• Marketing Direto: Na estratégia de Marketing Direto, a Transfrigo fará uso de

apenas uma ferramenta, o Folder, que constará um breve histórico, bem como

apresentar seus serviços.

• Marketing Digital: Tratando-se de Marketing Digital, a empresa deverá

promover um plano de comunicação com várias ferramentas que são essenciais, e

tem como objetivo principal facilitar o contato com o cliente. Será feito um contrato

com uma empresa especializada em serviços para Internet, com o intuito de

69

desenvolver uma Home - Page da empresa, juntamente com um e-mail

personalizado, a criação de Newsletter e E-Flyers, a fim de ampliar suas formas de

comunicação com os clientes.

Pois, os resultados do Gráfico 12, apontam que além do telefone, a clientela

utiliza, principalmente, os e-mails para se comunicar com os fornecedores. Além

disso, em termos de marketing digital, ainda aproveitam os sites dos mesmos.

• Promoção de Vendas: Através da Promoção de Vendas, a empresa terá

como plano de comunicação desenvolver e confeccionar calendários, canetas,

bonés, camisetas personalizadas como brindes, bem como participar de feiras,

exposições e congressos do setor Portuário/Rodoviário com o objetivo de prospectar

novos clientes.

Etapa 7 - Definição do orçamento de comunicação

Painel Rodoviário

Criação......................... R$ 300,00 (um layout) Produção Papel............................ R$ 300,00 cada (traço, sem imagem) Lona............................. R$ 1.053,00 cada (lona, 100% imagem, impressão digital) Exibição (veiculação) Dias.................. 15 dias (ou bi-semana) Valor................. R$ 480,00 cada 5 outdoors - traço - 15 dias Criação..................... R$ 300,00 Papel........................ R$ 1.500,00 Exibição................... R$ 2.400,00 Investimento total..... R$ 4.200,00 para cinco, 15 dias Valor unitário............ R$ 840,00 cada 10 outdoors - traço - 15 dias Criação..................... R$ 300,00 Papel........................ R$ 3.000,00 Exibição................... R$ 4.800,00 Investimento total..... R$ 8.100,00 para cinco, 15 dias Valor unitário............ R$ 810,00 cada Sugestão lona com imagem - 30 dias

70

3 layouts em lona, veicular 30 dias, trocar de lugar a cada quinzena. Primeiros 15 dias do mês Criação........................... R$ 300,00 (um layout) Lona................................ R$ 3.159,00 (três lonas) Exibição.......................... R$ 1.440,00 (3 pontos) Investimento total............ R$ 4.899,00 para três outdoors, 15 dias Valor unitário................... R$ 1.633,00 cada Últimos 15 dias do mês Criação........................... Mesmo layout que a quinzena anterior Lona............ Mesmas lonas da quinzena anterior, mas colocadas em outros pontos Exibição.......................... R$ 1.440,00 Investimento total........... R$ 1.440,00 para três outdoors, outros 15 dias Valor unitário.................. R$ 480,00 cada Total 30 dias Criação.......................... R$ 300,00 (um layout) Lona.............................. R$ 3.159,00 (três) Exibição......................... R$ 2.880,00 Investimento final.......... R$ 6.339,00 (para 30 dias, três pontos diferentes a cada quinzena) Investimento unitário..... R$ 1.056,50 cada um dos seis

Revistas Especializadas

Meia página Revista Portuária................................. R$ 1.000,00

Adesivagem dos caminhões

100 Adesivos de Vinil de alta performance feito em policromia digital

26x19..................................................................... R$ 370,00

Folders

2.000 Folders 21x30.............................................. R$ 455,00

Empresa Especializada em serviços para Internet

Criação e desenvolvimento de Home - Page, Newsletter, E-Flyer.

Home Page de Luxo de 16 até 25 páginas, até 30 imagens, 1 formulário e links de

e-mails. Design exclusivo...................................... R$ 1500,00

71

Newsletter - Com layout exclusivo, cartões comerciais para ser enviado por e-mail

com logomarca da empresa e propaganda com links para e-mails e

site........................................................................ R$150,00

E-Flyer e e-mail próprio são feitos pela empresa, não tendo custos adicionais sobre

essas ferramentas.

Calendários, Canetas, Bonés e camisetas personalizadas

1.000 Calendários de mesa, produzido em papel Supremo, com laminação brilho

em toda parte externa......................................... R$ 495,00

350 Canetas de metal com acessórios cromados e gravação a

Laser................................................................... R$ 1.000

300 Bonés com seis gomos, aba simples, regulador em velcro e bordado com

logotipo da empresa............................................ R$1.200,00

100 Camisetas de material malha cardada, penteada 100% algodão e com

Transfer............................................................... R$ 800,00

Investimento Total: R$ 13.309,00

Participação em Feiras, Exposições e Congressos

Em relação a Feiras, Exposições e Congressos a Transfrigo estará presente

em alguns dos maiores eventos do país, como por exemplo, a Intermodal South

America 2008 - Feira de Logística, Transportes e Comércio Exterior, Feira de

Transporte Intermodal e Logística, Transpo-Sul - Feira de Transporte e Logística,

Expotran 2008 - Feira Internacional de Transporte Intermodal e Logístico,

Expoportos 2008 - Feira de Logística, Transporte e Comércio Exterior e Itajaí Trade

Summit 2008 - Feira de Comércio Internacional e Logística da Região Sul. Conforme

o Gráfico 14, 100% das empresas questionadas participam de feiras para analisar

fornecedores e 20% preferem estar presente em congressos.

Etapa 8 - Implementação do plano

72

O plano será implantado pela Transfrigo, por um período de um ano, com

alguns ajustes se necessário, como por exemplo, a verificação do desempenho das

ferramentas utilizadas, sendo que mal empregadas poderão ocasionar custos

desnecessários à empresa.

Etapa 9 - Avaliação dos resultados

As estratégias implantadas neste plano de comunicação devem ser

supervisionadas cuidadosamente, medindo sempre sua eficiência, analisando o

feedback de seus clientes e adaptando-as de acordo com o desenvolvimento da

organização.

Portanto, propõe-se que a empresa firme parceria com empresas

especializadas em medir o retorno do público-alvo às estratégias apresentadas

neste plano. Sendo necessário, a organização reformular e ou implantar estratégias

adicionais caso a empresa julgue necessário para obter um maior retorno.

Para avaliar os resultados, serão analisados números de ligações de novos

possíveis clientes, os números de visitas na Home-Page da empresa, a quantidade

de ordem de serviços e de fluxo de trabalho, o número de caminhões terceirizados

utilizados e por fim o faturamento da empresa em estudo.

73

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A competição entre as empresas está cada vez mais acirrada, e as pequenas

empresas para que possam sobreviver no mercado, precisam utilizar da melhor

forma possível, os seus recursos, habilidades, superar as ameaças ambientais,

explorar as oportunidades e estabelecer os melhores meios para se comunicar com

os clientes.

Percebendo a rápida evolução tecnológica e a importância de acompanhar as

transformações constantes desta área, é que foi tomada a iniciativa de elaborar um

Plano de Comunicação voltado para a empresa Transfrigo Logística de Transportes

Ltda.

De acordo com o estudo, constatou-se que a empresa não possuía uma

eficiente forma de comunicação com os clientes ativos e em potencial, desta forma,

o Plano de Comunicação teve como objetivo implementar e adaptar algumas

ferramentas da CIM com o intuito de melhorar sua divulgação, prospectar clientes e

principalmente oferecer ferramentas para facilitar o contato com os clientes ativos.

As estratégias propostas à empresa fizeram com que a mesma possua uma

visão maior, voltada à comunicação com o cliente e que refletirá na atualização de

suas ferramentas investindo em Propaganda, Marketing Direto, Marketing Digital e

Promoção de Vendas. Respondendo assim, o problema de pesquisa, adaptando-se

as necessidades e aos objetivos da Transfrigo.

O acadêmico consultou diversos autores para que as ações previstas neste

trabalho tenham êxito futuramente, mas acabou optando pela adoção do Plano de

Comunicação de Dias (2003) por se tratar de um modelo atualizado e que lhe

proporcionou fácil entendimento do processo durante o desenvolvimento do

trabalho.

A metodologia do trabalho científico foi adequada e permitiu alcançar os

objetivos determinados, pois retratou o caminho a ser seguido no trabalho desde a

caracterização da pesquisa até o tratamento de análise. Os autores consultados

74

nesta etapa foram: Marconi e Lakatos (1999), Roesch (1999), Mattar (1997),

Richardson (1999), Malhotra (2001) e Oliveira (1999), Vergara (2003) e Rudio

(2002).

Também importante é que os resultados apresentados, além de atender as

expectativas do acadêmico, atendem as do proprietário da empresa.

Desta forma, observa-se que o estudo foi de suma importância tanto para a

empresa quanto para o acadêmico, pois possibilitou aos mesmos elaborarem o

plano de comunicação, viabilizando ações que lhe darão uma ótima oportunidade de

crescimento.

75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÂO Brasileira de Relações Públicas. Disponível em: http://www.abrpsaopaulo.com.br. Acessado em 06 set. 2007. ADAMI, Luiz Saulo. Manual de Assessoria de Imprensa. São Paulo: FENAJ, 1986. ARAÚJO, Francisco F. R. de. Introdução a Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 1996. ARCHER, Stephen H. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Harbra, 1996. BACON, Mark S. Marketing Direto. Faça Você Mesmo. Segredos para Pequenas Empresas. São Paulo: Atlas, 1994. BOONE, Louis E.; KURTZ, David L. Marketing Contemporâneo. Rio de Janeiro: LTC, 1998. BORDENAVE, Juan E. D. O que é comunicação. 28º ed. São Paulo: Brasiliense, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de empresas. 3. ed. São Paulo: 1997. ______. Administração – teoria, processo e pratica. 3. ed. São Paulo: Makron, 2000. CHLEBA, Márcio. Marketing Digital. Novas Tecnologias & Novos modelos de Negócio. São Paulo: Futura, 2000. CHURCHIL, Gilbert A, Jr; PETER, J. Paul. Marketing: Criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2003. COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. ______. Marketing básico: uma abordagem brasileira. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997. COSTA, Antônio Roque. Marketing promocional: descobrindo os segredos do mercado. São Paulo: Atlas, 1996. COSTA, Antônio R. e TALARICO, Edison de Gomes. Marketing Promocional. Descobrindo os Segredos do Mercado. São Paulo: Atlas, 1996.

76

CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2005. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. GOMES, Neusa Demartini. Publicidade ou propaganda? É isso aí! Revista FAMECOS. Porto Alegre, n. 16, p.111-121, dez. 2001. KEEGAN, Warren J. (2002). Global marketing management. 7. ed. Upper Saddle River, USA: Prentice Hall. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. ______. Marketing. São Paulo: Atlas, 1995. ______. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro. LTC, 1998. ______. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ______. Administração de marketing. 10 ed. Editora Pearson Education do Brasil, 2000. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações Públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAMB JR. Charles W.; HAIR JR., Joseph F.; MCDANIEL, Carl. Princípios de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de serviços. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1991. ______. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. ______. Plano de marketing para micro e pequena empresa. São Paulo; Atlas, 1999. ______. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. LESLY, Phlilip – Os fundamentos de relações públicas e da comunicação. São Paulo: Pioneira, 1995.

77

LEVITT, T. A. Escolha de estratégia para mudança. São Paulo: Nova Cultura, 1998. LOPES, Boanerges. O que é Assessoria de Imprensa. São Paulo: Brasiliense, 1994. LUPETTI, Marcélia. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MALHOTRA, N. Pesquisa de Marketing. 3. ed. Porto Alegre: Brookim, 2001. MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva,1999. MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. MAXIMIANO, Antônio C. A. Introdução a administração. 5. ed. São Paulo: Atlas 2000. McCARTHY, E. Jerome. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. MELO, José M. Comunicação social: teoria e pesquisa. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1977. MURPHY, D. MBA – compacto – marketing. 2 ed. São Paulo: Campus, 2000. NICKELS, Willian G. & WOOD, Marian Burk. Marketing: relacionamentos, qualidade e valor. Rio de Janeiro: LTC, 1999. OGDEN, James R. Comunicação Integrada de Marketing: Modelo Prático para um Plano Criativo e Inovador. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico. 14. ed. São Paulo: Atlas, 1996. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1999. PINHO, José Benedito. Comunicação em marketing. 3. ed. Campinas: Papirus, 1998. ROCHA, J.C. Grandes temas de marketing. Fortaleza: De Ponta, 2001. ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio do curso de administração. São Paulo: Atlas, 1999. ROMERO, Rubens Ramon. Marketing para Pequenas e Médias Empresas. São Paulo: Erica, 1998.

78

RICHARDSON, R.J. Pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. RUDIO, F.V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2002. SANDHUSEN, Richard L. Marketing Básico. São Paulo: Saraiva, 2003. SANT’ANNA, Armando. Propaganda – teoria, técnica e prática. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 1993. SAMPAIO. Rafael. Propaganda de A a Z. Como Usar a Propaganda para Construir Marcas e Empresas de Sucesso. Rio de Janeiro: ABDR, 1996. SHIMP, Terence A. Propaganda e Promoção: Aspectos complementares da comunicação integrada de marketing. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. SILVA, Adelphino T. da. Administração e controle. 10. ed. São Paulo: Harbra, 1997. SLACK, Nigel, CHAMBERS,Stuart, JOHNSTON, Robert - Administração da Produção: ATLAS, 2. edição de 2002. TAHARA, Mizuho. Mídia. 7. ed. São Paulo: Global, 1998. VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

79

ANEXOS

80

ANEXO A ADESIVAGEM SUGERIDA NOS CAMINHÕES DA TRANSFRIGO

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2008).

81

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2008)

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2008)

82

ANEXO B FOLDER ELABORADO PARA A EMPRESA

83

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2008)

84

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2008)

85

APÊNDICES

86

APÊNDICE A ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO DA TRANSFRIGO FLÁVIO MARTINS VIANA� � � �

���Sabe-se que a Transfrigo foi aberta através de um rompimento dos sócios em outra empresa. Quando surgiu a Transfrigo você já tinha uma carteira de clientes ou foi à procura? �

R: Não tinha uma carteira de clientes, fomos à procura. �

���Qual método foi utilizado, naquela época, para contatar clientes?�

R: Visitas as empresas para apresentar a nova empresa, estrutura e nossa tabela de preços.�

���Qual meio de comunicação você acha mais apropriado para atrair clientes para a Transfrigo?�

R: Existem vários meios para se comunicar com o cliente, porém um dos mais utilizados é a comunicação direta com o cliente através de visitas pessoais, para apresentar a empresa, tabela de preços, etc.�

���A Transfrigo sempre esteve atenta às tecnologias da informação e implantou ferramentas ligadas à Internet (e-mail, site, propaganda na Internet) para que facilitasse o contato com os clientes?�

R: Somente e-mail, site e telefone.�

���Você, como proprietário da Transfrigo, se comunica com mais freqüência com seus clientes utilizando telefone, e-mail, fax? Ou o contato direto é mais freqüente?�

R: Depois de apresentar a empresa pessoalmente, normalmente nos comunicamos com o cliente através do telefone e e-mail.�

���Você acha importante a divulgação da empresa em jornais, revistas da área ou outro tipo de mídia para atrair clientes? A Transfrigo utiliza/assina tais ferramentas?�

R: Acho importante a divulgação em todo meio de comunicação, às vezes o que impede uma empresa como a nossa, de pequeno porte, é o custo dessas ferramentas. Por um bom tempo utilizamos a “Revista Portuária” para anunciar nossa empresa e comparecemos em eventos ligados ao Comércio exterior, como feiras, para contatar e tentar atrair clientes.

87

��A empresa utiliza algum tipo de propaganda em rodovias, como painel rodoviário, Outdoor ou até mesmo a logomarca no caminhão?�

R: Somente logomarca em nossos caminhões.�

��A Transfrigo utiliza a visita de representantes (Venda pessoal) para atrair clientes?�

R: Sim, geralmente o primeiro contato com o cliente é feito pessoalmente.�

���A empresa possui Folders, malas-diretas, cartão de visitas, envelope e papel de carta personalizado para apresentação da Transfrigo?�

R: Utilizamos apenas os cartões de visita.�

���� A empresa costuma aplicar promoções presenteando seus clientes com algum tipo de brinde, como canetas personalizadas, bonés, calendários ou camisetas?�

R: Gostaríamos, mas até o momento não conseguimos viabilizar esse projeto.�

���� A Transfrigo costuma estar presente em feiras, congressos e exposições para apresentar seus serviços?�

R: Procuramos estar presente em feiras, congresso apenas para contatar clientes, nunca pensamos em alugar um stand e apresentar nossos serviços.

Fonte: Elaboração Própria (2008)

88

APÊNDICE B MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO COM OS CLIENTES

PERFIL DO CLIENTE

1 - Empresa:

2 - N° de Funcionários:

3 - Localização: (Cidade/UF e bairro) 4 - Data de fundação:

5 - Setor de atuação:

6 - Que tipos de produtos a empresa comercializa? (múltipla escolha) ( ) Produtos Bovinos ( ) Produtos Suínos ( ) Aves ( ) Outros 7 - Qual o volume anual a empresa costuma produzir?_________________________________ 8 - A empresa é exportadora? ( ) Sim ( ) Não 9 - A empresa exporta para quais continentes? (múltipla escolha) ( ) América do Norte ( ) África ( ) Oceania ( ) América Central ( ) Ásia ( ) Oriente Médio ( ) América do Sul ( ) Europa 10 - Qual modal a empresa mais utiliza para a distribuição de seus produtos? (múltipla escolha) ( ) Rodoviário ( ) Ferroviário ( ) Marítimo ( ) Dutoviário ( ) Aéreo

COMUNICAÇÃO 11- Quais os meios utilizados por sua empresa para se comunicar com seus fornecedores de serviços de transporte? (múltipla escolha) ( )TV ( )Rádio ( )Jornal ( )Revistas ( )Catálogo ( )Folders ( )Outdoor ( )Painel Rodoviário ( )Calendário ( )Canetas ( )Bonés ( )Outros___________ 12- Quais as ferramentas de marketing direto que a sua empresa utiliza para se comunicar com seus fornecedores? (múltipla escolha) ( )Mala direta ( )Telemarketing ( )Internet ( )Catálogo ( )Televisão 13- Quais as ferramentas de marketing digital que a sua empresa utiliza para se comunicar com seus fornecedores? (múltipla escolha) ( )recebe Newsletter (informativo) ( )acessa Desk help (atendimento online) ( )acessa Home Page (site próprio) ( )recebe E - Flyers (panfleto eletrônico)

89

( )Banners (propaganda) em outros sites ( )recebe e-mail (carta eletrônica) ( )Outros________________________ 14 - Quais os tipos de promoções seus fornecedores costumam aplicar? (múltipla escolha) ( )Descontos ( )Brindes ( )Feiras ( )Ofertas ( )promoção de vendas ( )Outros:______________________________ 15- Como mantém contato com os seus fornecedores? (múltipla escolha) ( )Telefone ( )e-mail ( ) site ( ) Fax ( ) visita do representante ( ) Outros:_______________ 16 – A empresa tem acesso (assinatura) de jornais e/ou revistas do setor Portuário/Rodoviário? ( ) Sim ( ) Não Qual? _______________________ 17 – A empresa costuma participar de que tipos de eventos para analisar novos fornecedores? (múltipla escolha) ( ) Feiras ( ) Congressos ( ) Exposições ( ) Outros:_____________________________

SERVIÇOS UTILIZADOS 18 - Que tipo de caminhões/carretas abaixo a empresa utiliza no transporte de seus produtos? ( )Porta-conteiner ( ) Carreta-Baú ( )Truck ( ) Toco ( ) Carreta 2 eixos ( )Carreta 3 eixos ( ) Carreta Cavalo Truckado ( ) Bi-Trem 7 eixos ( )Graneleiro ( ) Sider ( ) Tanque ( )Outros:______________ 19 - Qual o número de fretes a empresa costuma transportar por mês pelo modal rodoviário (Exportação)? ____________________________________________________________ 20 – Como sua empresa descobriu a Transfrigo? ( ) Jornal ( ) Lista telefônica ( ) Visita de representante ( ) Internet ( ) Revista Portuária ( ) Painel Rodoviário ( )Folder ( ) Outros:_______________ 21 – Qual o meio de comunicação que é mais usado entre sua empresa e a Transfrigo? ( ) Telefone ( )e-mail ( ) Fax ( ) Visita de representante ( )Outros:____________ 22 – Há quanto tempo utiliza os serviços da Transfrigo? ( ) 6 meses ( ) entre 6 meses e 12 meses ( ) entre 1 ano e 2 anos ( ) acima de 2 anos

90

23 – Com que freqüência a sua empresa solicita os serviços da Transfrigo? ( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( ) Quinzenalmente ( ) Mensalmente ( ) Semestralmente ( )Outros:________________ Fonte: Elaboração Própria (2008)

91

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A empresa TRANSFRIGO LOGÍSTICA DE TRANSPORTES

LTDA declara, para devidos fins, que o estagiário FERNANDO

SANTOS VIANA, aluno do Curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do

Vale do Itajaí – UNIVALI, de 01/08/07 a 02/06/08, cumpriu com a

carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o

cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou

nossas normas internas.

Itajaí, 02 de Junho de 2008.

_____________________________________

Flávio Martins Viana

92

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Fernando Santos Viana

Estagiário

Flávio Martins Viana

Supervisor de Campo

Profª. Bárbara Silvana Sabino

Orientadora de Estágio

Profº. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos estágios em Administração