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Técnico em Biblioteca José Jordão Gomes 2013 Elementos de Estatística

Elementos de Estatística - Sistema Acadêmico · estatistica.htm Competência 01 . 6 ... amostral ou inferencial, e permite tecer estimativas acerca de uma pesquisa. Caros alunos,

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Técnico em Biblioteca

José Jordão Gomes

2013

Elementos de Estatística

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Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas

Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos

Vice-governador do Estado de Pernambuco

João Soares Lyra Neto

Secretário de Educação José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira

Secretário Executivo de Educação Profissional

Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Gerente Geral de Educação Profissional Luciane Alves Santos Pulça

Gestor de Educação a Distância

George Bento Catunda

Coordenação do Curso Hugo Carlos Cavalcanti

Coordenação de Design Instrucional

Diogo Galvão

Revisão de Língua Portuguesa Letícia Garcia

Diagramação

Izabela Cavalcanti

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INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

1.COMPETÊNCIA 01 | PLANEJAR AS ETAPAS PARA REALIZAÇÃO DE PESQUISA ...................... 5

1.1 Introdução à Estatística .......................................................................................... 5

2.COMPETÊNCIA 02 |ORGANIZAR E APRESENTAR DADOS ESTATÍSTICOS EM GRÁFICOS E

TABELAS .................................................................................................................................... 9

2.1 Porcentagem .......................................................................................................... 9

2.2 Frequência ............................................................................................................ 11

2.2.1 Frequência Absoluta.......................................................................................... 12

2.2.2 Frequência Relativa ........................................................................................... 12

2.2.3 Frequência Absoluta Acumulada ...................................................................... 13

2.2.4 Frequência Relativa Acumulada ........................................................................ 14

2.3 Média, Moda e Mediana ...................................................................................... 16

2.4 Gráficos ................................................................................................................ 17

3.COMPETÊNCIA 03 | IDENTIFICAR E FORMULAR O MODELO PROBABILÍSTICO PARA O

MONITORAMENTO DE VARIÁVEIS ......................................................................................... 22

3.1 Experimento Aleatório ......................................................................................... 22

3.2 Os Estudos Métricos da Informação e a Produção Científica .............................. 27

3.2.1 Uma Breve Revisão de Literatura Sobre a Bibliometria .................................... 28

CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 32

Sumário

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Elementos de Estatística

INTRODUÇÃO

Olá educandos,

É com grande satisfação que começamos a disciplina de Elementos de

Estatística. Juntos, vamos enveredar nos caminhos estatísticos, procurando

sempre que possível, estar voltados para o curso de Biblioteconomia.

Você deve estar se perguntando: Por que estudar Elementos de Estatística se

eu vou ser um técnico em Biblioteconomia? Respondendo sua pergunta,

podemos afirmar que, entre outras coisas, essa disciplina lhe ajudará a

compreender melhor a frequência dos usuários de sua biblioteca; ajudar-lhe-á

na construção de gráficos para compor seus relatórios mensais, além de fazer

você relembrar situações de porcentagem, probabilidade e bibliometria.

Dentro da nossa disciplina, vamos trabalhar aspectos quantitativos,

qualitativos, representações, formas de gráficos, suas construções e

apresentações, além de tabelas e quadros relacionados a levantamentos

estatísticos e probabilísticos.

E vocês já convivem com a Estatística e seus elementos muito antes de

começarem o curso, concordam?

Pois é. Fazendo um exercício simples no seu pensamento você percebe que

essa afirmação está correta. Pode ser que você ainda não tivesse dado conta

disso, ou nem sequer relacionado determinada situação ao conteúdo que

iremos estudar, mas agora, com um pouco de atenção, você já pode

vislumbrar alguns, não acha? Será que você pensou na possibilidade de ir a

alguma festa no final de semana? Ou quem sabe já participou do sorteio de

algum brinde na sua comunidade, ou até na escolha do seu representante no

condomínio? Voltando para a realidade do curso, quem sabe até pensou na

mudança do estilo literário de sua leitura, pois é, todas essas condições

podem ser trabalhadas dentro da estatística.

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Dentro dessas situações de possibilidades (probabilidades), sorteios,

escolhas e condições é que vamos trabalhar, de modo a podermos planejar

uma pesquisa, verificar a forma de sua apresentação, entender melhor como

funcionam as pesquisas e até quem sabe prever os possíveis resultados de

uma pesquisa.

Para tanto, vocês podem contar conosco interagindo no ambiente virtual e

nos encontros presenciais.

Estaremos todos juntos voltados para o nosso objetivo maior que é vê-los

formados como Técnicos em Biblioteconomia.

Desde já, desejo a todos, Sucesso!!!

Professor Jordão Gomes

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Elementos de Estatística

1.COMPETÊNCIA 01 | PLANEJAR AS ETAPAS PARA REALIZAÇÃO DE

PESQUISA

Bem, futuros Técnicos em Biblioteconomia, nesse material inicial estaremos

abordando a competência 1 que, como o título já diz, é “Planejar as etapas

para realização de pesquisa”, mas, para tanto, precisamos antes conhecer

alguns aspectos específicos de uma pesquisa e estes estão ligados

diretamente a uma ciência que é a Estatística, e nada tão específico como o

vocabulário empregado, seus conceitos e elementos mais utilizados.

Vamos lá!

1.1 Introdução à Estatística

Começamos pela definição de Estatística.

Segundo Bueno (2007, p. 326): “Ciência que reúne e classifica fatos,

baseando-se em seu número e frequência, tirando consequências e

conclusões gerais”. Bom, vamos deixar mais claro esse conceito? Quando o

autor se refere a classificar fatos, podemos comparar com a biblioteca, com

suas divisões de publicações, onde podem ser separadas por autor, ano de

publicação, assunto etc., dessa forma você pode chegar a certo número de

exemplares, isto é, quantificar. Além disso, na biblioteca você pode qualificar

o grau de interesse dos usuários através da observação da ficha cadastral,

como também traçar um perfil sócio cultural dos frequentadores, analisando

o tipo, o comportamento, e outras variáveis que você desejar.

A estatística, uma ciência multidisciplinar, (abrange diversas disciplinas, como,

por exemplo, matemática, biologia) é utilizada no campo experimental e

observacional para estudar, avaliar e interpretar as incertezas e seus impactos

nos fenômenos sociais e naturais. Você já se viu observando o funcionamento

de uma biblioteca? Se sim, então percebeu onde pode e deve utilizar a

estatística de modo a facilitar e dinamizar seu funcionamento.

Que tal um pouco

de História!!! www.eb23-

guifoes.rcts.pt/NetMate/sitio/matema

ticos/historia-da-estatistica.htm

Competência 01

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Bom, depois de entender a definição e enriquecermos com um pouco de

história, vamos continuar.

Alguns estudiosos dividem a Estatística em três partes, a saber:

1) Estatística Indutiva

Ela está ligada às conclusões. Também pode ser chamada de estatística

amostral ou inferencial, e permite tecer estimativas acerca de uma pesquisa.

Caros alunos, vamos entender melhor. A estatística inferencial, os métodos

estatísticos são usados para fazerem conclusões, estimações, predições e

generalizações sobre todo um conjunto de dados, estudando apenas parte

dele, ou seja, a estatística inferencial nos permite usar informações de

pequenos grupos para fazer inferências sobre grandes grupos dos quais dados

foram retirados.Por exemplo, fazemos uma pesquisa com alguns leitores de

certa biblioteca e depois promovemos ações baseadas apenas nesse número

de dados.

2) Estatística Descritiva

Ligada a uma determinada coletividade com suas características próprias para

uma adequada pesquisa.

Em estatística descritiva, a análise de dados descreve, sumariza e interpreta as

informações coletadas. Isto inclui a construção de gráficos, tabelas, e

computação de várias medidas, tais como, média, mediana, percentagem, e

outras. O propósito desta estatística é de fazer com que os dados coletados

sejam compreendidos mais facilmente.

3) Estatística Aplicada

Voltada a qualquer tipo de investigação científica. Nessa parte podemos

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Elementos de Estatística

mostrar sua utilização na frequência do público a uma biblioteca por exemplo.

De modo geral podemos afirmar que essa separação, Estatística Indutiva,

Estatística Descritiva e Estatística Aplicada fica muito próxima quando temos

uma visão maior da aplicabilidade de uma pesquisa.

Hoje em dia, a estatística é tida como uma ferramenta básica no trabalho

diário, de forma a obtenção dos dados; descrição, classificação e

apresentação dos resultados e conclusões a tirar dos dados obtidos. Em uma

biblioteca podemos levantar diversas informações sobre seu acervo e depois

procurar aprimorar o que não foi muito bem na pesquisa.

Outros verbetes que são muitos utilizados na estatística são: população,

amostra ou evento, variável e unidade.

Vamos partir para uma aplicação e depois associarmos a cada elemento uma

das palavras citadas anteriormente, certo?

Seja a seguinte situação “Oscar está na biblioteca pública da cidade e vai até a

secção de obras de Machado de Assis. Lá ele escolhe o livro ‘Dom Casmurro’”.

Ok! Com esse pensamento do Oscar acredito que ficou legal cada significado

dessas palavras, porém como já vimos na vídeo-aula podemos dividir a

variável em tipos, veja o diagrama:

POPULAÇÃO é todo o acervo da biblioteca. A

população deve ser definida claramente

e em termos daquilo que se

pretende pesquisar. AMOSTRA ou

evento é secção das obras do Machado.

Uma parte ou subconjunto da

população usada para obter

informação acerca do todo.

VARIÁVEL é o título, no caso Dom

Casmurro. Uma característica de

uma unidade que será medida a partir daquela unidade da

amostra. Unidade: o livro.

Qualquer elemento individual da população.

Competência 01

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Técnico em Biblioteca

Figura 1 Fonte: o autor

A partir do que já trabalhamos será que somos capazes de montar um

esquema para uma pesquisa?

Vejamos... Temos que definir bem nossa população, onde estarão presentes

as amostras e, por sua vez, acarretará nas variáveis. Ademais, devemos ter

muita atenção ao tipo de variável a ser trabalhado.

Muito bem, educandos, depois de termos entendido populações, amostras,

pesquisas; termos visto como “Digito” ajudou a solucionar o enigma, que tal

começarmos a pensar uma forma de organizar e apresentar tudo isso? É o que

veremos na próxima competência. Até lá! E bons estudos.

Para quem gosta de um bom FILME, que

tal ver:

“O Óleo de Lorenzo” - Filme

dirigido por George Miller, roteiro de George Miller e

Nick Enright, EUA, 1992.-

http://universoespirita.multiply.com/re

views/item/139

Direção de Darren Aronofsky, roteiro

de Darren Aronofsky (escrito por), Eric Watson (história) e Sean

Gullette (história), EUA, 1998

www.brasildownloads.net/download-

pi-o-filme-legendado

Nesses filmes temos muitos exemplos de

pesquisa.

Se você também gosta de DESENHO ANIMADO, procure

ver o episódio "Castelvânia" da serie Cyberchase.

Tem muita aplicação acerca do

que estamos trabalhando.

Recomendamos esse também!

www.4shared.com/video/R_Ywk1K6/CYBERCHASE_1_SCN-

2.html

Competência 01

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Elementos de Estatística

2.COMPETÊNCIA 02 |ORGANIZAR E APRESENTAR DADOS

ESTATÍSTICOS EM GRÁFICOS E TABELAS

Caros educandos, vamos continuar nosso estudo trabalhando a competência

2, que nos remete à parte organizacional e de apresentação de uma pesquisa

e seus dados levantados. Para tanto, vamos utilizar um pouco de matemática

na parte aritmética com as porcentagens e na parte geométrica com a

construção de retângulos nas tabelas. Vamos colocar a mão na massa? Ou

melhor, dizendo vamos trabalhar com os dados?

2.1 Porcentagem

Bem, futuros técnicos, vocês devem estar se perguntando por que apareceu

esse item de porcentagem aqui no meio do curso de Elementos de Estatística?

Bom, ele apareceu porque a porcentagem é uma ferramenta muito usada

dentro da estatística e muito utilizada dentro dos relatórios para informações

de dados, certo? Não se preocupe, pois vamos fazer uma pequena visita ao

mundo da Matemática, mais precisamente a parte que trata da porcentagem.

Nós sabemos que todos já têm um bom domínio desse conteúdo, porém não

custa nada relembrarmos. E quem tem dificuldade com a temática, não se

assuste, pois estamos aqui para auxiliar e dirimir as dúvidas que surgirem.

Vejamos uma situação que vocês passam de vez em quando: A conta do

restaurante ou da pizzaria vem escrito 10% do valor da conta. Todos vocês já

entendem que ao valor total do pedido será acrescido 10% no total da conta.

Não vamos entrar no mérito de que é obrigatório ou não você pagar os 10%,

vamos apenas relembrar o significado e a forma de calcularmos porcentagem,

que inclusive alguns autores também chamam de percentagem.

Pois bem, como o nome já sugere, porcentagem representa uma divisão por

100, ou seja, quando escrevemos % (símbolo de porcentagem), estamos

dividindo esse número por 100.

Que tal mais um pouco de História?

Acesse! www.brasilescola.com/matematica/his

toria-das-porcentagens.htm

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

Agora vamos dar um exemplo bem próximo de nós, quando atrasamos a

conta de luz de nossa casa, teremos um acréscimo de 2% na próxima conta.

Assim, se sua conta que atrasou custava R$ 92,00, na próxima conta será

cobrado R$ 1,84 a mais, além do valor da própria conta do mês, certo? Certo,

mas relembrando como foi encontrado o valor de R$ 1,84 temos que

multiplicar o valor de R$ 92,00 pelo fator de multiplicação 0,02 que foi

encontrado fazendo a divisão de 2 por 100, OK? Que nada mais é que a

expressão de 2%.

Mostrando o algoritmo matemático temos:

Fazemos 92,00 x 0,02 = 1,84

Assim podemos encontrar o fator de multiplicação e, por consequência, o

percentual desejado. Vale lembrar que existem outras formas de trabalhar

com a porcentagem. Vamos conhecer?

Podemos usar o processo de regra de três simples para determinarmos um

valor de qualquer porcentagem, vejamos um exemplo. Em uma biblioteca foi

feita uma ampliação no seu acervo que era de 42.800 exemplares e passou a

47.936, qual foi o percentual de aumento?

Para resolvermos esse problema podemos verificar qual a diferença entre os

exemplares e depois encontrar a porcentagem.

Competência 02

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Elementos de Estatística

Logo o acervo teve um acréscimo de 12%. Usamos a regra de três para

calcularmos qualquer uma das situações que o problema traz. Se quisermos

verificar pelo outro processo é só usar 0,12 como fator de multiplicação.

Vejamos: 42.800 multiplicado por 0,12 temos 5.136, que foi a quantidade de

livros acrescida ao acervo, ou ainda, como o acervo teve um aumento

podemos multiplicar o valor de 42.800 por 1,12 e teremos 47.936.

Legal a revisada de porcentagem !!! Bem que eu estava um pouco

esquecido.

2.2 Frequência

Para organizarmos os dados obtidos em uma pesquisa precisamos observar a

frequência, mas o que vem a ser frequência?

Frequência é o número de vezes que algo acontece em um determinado

período, ou intervalo, como vocês já viram e ouviram o Oscar falar. A

frequência, como a variável, também tem suas divisões vejamos:

Quem quiser pode dar uma olhada no

link, lá tem exercícios

resolvidos e para resolver, ok?

www.matematicadidatica.com.br/PorcentagemExercicios.

aspx

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

2.2.1 Frequência Absoluta

Valor exato, número de vezes que o valor da variável é citado. Exemplo,

quantos exemplares de certo título consta no acervo da biblioteca.

2.2.2 Frequência Relativa

Valor representado através de porcentagem, divisão entre a frequência

absoluta de cada variável e o somatório das frequências absolutas.

Vamos exemplificar para ficar mais claro, ok! Meu amigo Oscar fez um

levantamento de preços de uma coleção de romances em vinte sites na

internet e anotou os seguintes valores:

Observamos que temos 20 informações, porém algumas repetidas, certo?

Certo. Contando as informações, podemos verificar que temos 6 sites com

preço de 200,00, 4 sites com valor 250,00 e 10 sites com preço 260,00, logo

podemos encontrar a frequência absoluta e relativa dessa pesquisa.

Que tal melhorarmos essa apresentação? Então vamos novamente lembrar a

vídeo-aula e construirmos uma tabela com essas informações e definições,

ok?

Competência 02

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Elementos de Estatística

Tabela 1 Fonte: o Autor

Podemos chamar a primeira linha da tabela acima de cabeçalho. Acima dele,

poderíamos ter colocado um título, podemos dizer que o valor 20 está na

célula ou na casa da segunda coluna e quinta linha. A coluna do preço,

podemos nominar como coluna indicadora, e as demais colunas chamamos de

numéricas. Que tal deixar mais ilustradas essas informações? Observe a

reprodução da imagem 1:

Figura 2 Fonte: o autor

2.2.3 Frequência Absoluta Acumulada

A frequência absoluta acumulada é obtida adicionando-se a cada frequência

absoluta os valores das frequências anteriores, observe a tabela 2 abaixo.

PREÇO (R$) FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA

200,00 6 6/20 = 0,30 ou 30%

250,00 4 4/20 = 0,20 ou 20%

260,00 10 10/20 = 0,50 ou 50%

Total 20 100%

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

2.2.4 Frequência Relativa Acumulada

É a porcentagem relativa à frequência acumulada, observe a tabela 2.

Oscar também comentou que a frequência pode ser acumulada, onde é a

soma da frequência com as que lhe são anteriores na distribuição. Assim no

exemplo anterior da tabela 1, poderíamos acrescentar a coluna de frequência

absoluta acumulada e a coluna de freqüência relativa acumulada, vamos ver

como fica?

PREÇO (R$) FREQUÊNCIA ABSOLUTA

FREQUÊNCIA ABSOLUTA ACUMULADA

FREQUÊNCIA RELATIVA

FREQUÊNCIA RELATIVA ACUMULADA

200,00 6 6

6/20 = 0,30 ou 30%

30%

250,00 4 6 + 4 = 10

4/20 = 0,20 ou

20% 30%+20% = 50%

260,00 10 6 + 4 + 10 = 20

10/20 = 0,50 ou

50% 30%+20%+50%=100%

Total 20 20 100% 100%

Tabela 2 Fonte: o autor

Bom, já vimos como construir uma tabela com valores definidos, mas também

podemos montar tabelas usando ‘intervalos’ de valores.

Antes de prosseguirmos, vamos comentar sobre o significado de intervalos.

Para melhor entendimento, vamos para uma pequena biblioteca onde temos

exemplares com 10 anos ou mais, com 20 anos ou mais, com 30 anos ou mais,

com 40 anos ou mais e com 50 anos ou mais de publicação. E agora já

podemos perceber a ideia de intervalo? Sim, pois trata de um período entre

valores, no nosso caso o período entre as publicações, ou em outro exemplo

podemos ter o intervalo entre viagens, comemorações, etc.

Como já sabemos o que é intervalo, vamos observar o que mostra a tabela 3.

Competência 02

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Elementos de Estatística

CLASSES FREQUÊNCIA

10 a 19 3

20 a 29 5

30 a 39 2

40 a 49 3

50 a 59 1 Tabela 3 Fonte: o autor

Então podemos perceber que na biblioteca encontra-se 1 exemplar com

tempo de publicação entre 50 e 59 anos, que temos 5 exemplares entre 20 e

29 anos de publicação.

A esses intervalos chamamos de classes. O número de classes pode ser

determinado usando a regra de Sturges K= 1 + 3,3.log n, ou a regra do

quadrado com (K = ) onde K representa o número de classes e n o número

total de observações. De modo geral o número de classes de uma tabela deve

variar entre 5 e no máximo 30 para evitar exagero, manda o bom senso variar

de 5 a 20 classes em uma tabela.

Vale lembrar que podemos representar essas classes usando os símbolos de

intervalos , ( ou --|) determinando os limites superiores e inferiores.

Observe como fica a tabela 4:

Tabela 4 Fonte: o autor

CLASSES FREQUÊNCIA

10 19 3

20 29 5

30 39 2

40 49 3

50 59 1

Vamos dar uma olhada no vídeo??

Lá tem e uma aplicação de classes, ok!!!

www.youtube.com/watch?v=bah0c1UG

_dE

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

2.3 Média, Moda e Mediana

Média

Existem vários tipos de médias, vamos abordar a média aritmética que tem

sua utilização na análise de dados em uma pesquisa. Sua maneira de calcular é

muito simples, pois é a soma das quantidades dos dados, dividido pela

quantidade de item de dados. Se tomarmos como base a pesquisa de Oscar

sobre o preço da coleção dos romances podemos encontra a média dos

preços, vejamos:

Portanto o preço médio do produto é 240,00.

Moda

E a moda? Será que tem relação com o que se está vestindo na alta costura

em Paris ou nas baladas de final de semana? O nome por si só já se define: é o

que mais ocorre na pesquisa enquanto valores encontrados. Ainda usando a

pesquisa de Oscar qual foi o valor que mais apareceu? Foi 260,00, logo, esse

valor corresponde a moda dessa pesquisa.

Observação: De um jeito mais formal podemos dizer que Moda é valor de

maior frequência em uma série de dados, o que mais se repete. Pode ocorrer

em uma pesquisa que não tenhamos moda, logo será uma pesquisa amodal

ou ainda, se dois valores aparecem na mesma frequência, a moda será esses

dois valores e teremos uma situação bimodal.

Mediana

Competência 02

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Elementos de Estatística

A mediana é a medida central em uma determinada sequência de dados

numéricos encontrados. Quando a quantidade de elementos na sequência for

par, a mediana será determinada pela média aritmética dos dois valores

centrais. Vale lembrar que esses valores devem estar ordenados por

grandezas. Vamos verificar a mediana dos valores da pesquisa da coleção de

romances do Oscar:

Como são vinte valores, temos um número par, logo teremos a média

aritmética dos termos centrais que são: 250,00 e 260,00, logo, efetuando a

média entre eles temos 255,00.

2.4 Gráficos

O gráfico é utilizado para dar uma visão sintética dos dados. Um gráfico bem

construído pode revelar dados (características) sobre uma pesquisa que, ao

retirar de uma tabela, necessitariam de uma análise cuidada. Como Oscar

comentou na vídeo-aula temos vários tipos de gráficos, vamos conhecer

alguns!!

Os gráficos mais comuns encontrados em análises de dados estatísticas são:

Gráfico de Linhas; Gráfico em Colunas; Gráfico em Barras; Gráfico em Setores

e Gráfico pictóricos.

A partir dos dados já obtidos através das pesquisas, a construção do gráfico

será feita observando o tipo, o titulo, a escala e a legenda. Cada tipo de

gráfico tem sua particularidade, pois se bem escolhido o tipo do gráfico ajuda

a explanar da melhor forma possível os dados por ele utilizados.

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

É importante que ao elaborarmos um gráfico seja utilizando software

específico ou na construção manuscrita, tenhamos atenção com as escalas e

respectivas unidades de medida; Indicação das convenções adotadas

(legenda) e fonte de informação dos dados.

Vejamos o exemplo da construção de um gráfico com duas variáveis

envolvidas, observe a situação: Em uma biblioteca, foi realizada uma pesquisa

que envolveu dois gêneros literários, o Épico e o Lírico. A coleta de dados

consistia em quantificar no período de quatro semanas os dois tipos

requisitados para leitura. O resultado obtido foi representado na tabela 5:

Tabela 5 Fonte: o autor

Vejamos como ficou representada no gráfico 1, tipo de coluna, a tabela 5 que

foi fruto da pesquisa sobre gêneros:

Gráfico 1 Fonte: O Autor

Agora observe a mesma tabela 5, representada com o gráfico com um tipo

diferente: tipo gráfico de linha (Gráfico 2).

GÊNERO 1ª SEMANA 2ª SEMANA 3ª SEMANA 4ª SEMANA

Épico 24 20 15 32

Lírico 13 15 17 10

Competência 02

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Elementos de Estatística

Gráfico 2 Fonte: O Autor

Bem, ao tentarmos construir um gráfico de setor com as informações da

tabela 5, iríamos perceber que não seria muito econômico, pois, para cada

variável em estudo (Lírico ou Épico) teríamos que usar um gráfico, daí a

necessidade de escolhermos bem o tipo de gráfico a cada situação.

Abaixo temos a representação dos gráficos. Observe que se não fosse os

valores escritos em cada fatia do gráfico, teríamos dificuldade de fazer as

comparações entre os valores, pois o tamanho de cada um difere muito

pouco, não concordam? Observem cada gráfico (3 e 4):

Gráfico 3 Fonte: O Autor

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

Gráfico 4 Fonte: O Autor

Então, Educandos! Conseguiram notar o que foi comentado? Além do que foi

dito, vocês também perceberam que os valores são muito próximos,

causando toda essa preocupação na hora de construir o gráfico, para facilitar

a escolha observe cada item.

Linha. Para ver como um valor se altera com o tempo, o usuário deve

escolher gráficos do tipo linha. Conforme o tempo passa no eixo x, o valor

sobe e desce no eixo y, lembrando o plano cartesiano.

Barra. Com as barras, o usuário compara duas ou mais grandezas, e vê a

distância entre o primeiro lugar e o último, por exemplo. Esse tipo de gráfico

não funciona bem se uma grandeza é muito maior que as outras.

Pizza ou setor. Gráficos de pizza servem para que o usuário veja a

proporção de cada fatia em relação ao todo.

Colunas. Quando o usuário pretende enxergar grandezas discretas (uma

não é mera continuação da anterior), deve escolher um gráfico de colunas.

Também não funciona bem se uma grandeza se destaca demais das outras.

O Oscar comentou na vídeo-aula sobre gráficos pictóricos, que são bastante

Competência 02

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Elementos de Estatística

usados pela mídia de modo geral, pois procuram associar um tema com a

imagem representada, por exemplo, se o assunto em questão é água potável

podemos montar um gráfico como esse (gráfico 5):

Gráfico 5 Fonte: O Autor

Podemos trabalhar com gráficos e tabelas dentro dos relatórios em uma

biblioteca.

Explorando os diversos aspectos do acervo, da movimentação e das visitas

atrelando as ideias da frequência, média, moda e mediana.

Competência 02

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Técnico em Biblioteca

3.COMPETÊNCIA 03 | IDENTIFICAR E FORMULAR O MODELO

PROBABILÍSTICO PARA O MONITORAMENTO DE VARIÁVEIS

Educandos, depois de termos trabalhado com a construção de uma pesquisa,

de termos estudado os tipos de variáveis, vamos agora procurar montar

estratégias para o seu monitoramento e estudar alguns aspectos

probabilísticos.

Dentro dos elementos da estatística podemos usufruir da probabilidade como

uma grande ferramenta de auxílio no estudo dos resultados das pesquisas.

Estes por sua vez podem ser determinísticos, isso é, produzem o mesmo

resultado, desde que tenham sido fixadas as condições em que ocorrem.

Mas o que é probabilidade? Antes de procurarmos responder essa pergunta

vamos entender outros conceitos que estão atrelados à questão

probabilística. E onde isso aparece na biblioteca? Você lembra quando Oscar

comentou sobre o universo da biblioteca? Pois é, ela é nosso campo de

trabalho o nosso universo.

3.1 Experimento Aleatório

Em quase tudo, em maior ou menor grau, vislumbramos o acaso. Assim, da

afirmação “é provável que um dos exemplares do livro Capitães de Areia

esteja disponível hoje na biblioteca”, entendemos que há possibilidade de sim

ou não, portanto, podemos dizer que um experimento aleatório é quando não

conseguimos determinar com certeza o seu resultado, mas conseguimos

descrever todos os seus possíveis resultados.

Espaço Amostral é todo o resultado possível de um experimento

aleatório, assim, no caso de encontramos o livro de Capitães de Areia, o

experimento e o espaço amostral foi retirar o livro ou não.

Outro exemplo de experimento foi feito pelo Oscar na vídeo-aula, lembra? Foi

Educandos, vocês gostam de música? E que tal relembrar esse grande sucesso

dos Titãs “ Epitáfio”? É aquela

que diz mais ou menos assim “ ...o

acaso vai nos proteger....” dá uma

passada no link www.kboing.com.b

r/titas/1-60058/ Dentro dessa

música temos as possibilidades e as

variáveis bem tratadas!!!

Competência 03

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Elementos de Estatística

o lançamento da moeda, onde podemos determinar o espaço amostral, ou

seja, todos os resultados possíveis do conjunto, que é formado pela opção de

cara ou coroa.

O espaço amostral também pode ser classificado como Equiprovável, onde

todos os seus elementos tem a mesma possibilidade de ocorrer. Vejamos um

exemplo na biblioteca: em uma prateleira está localizado um exemplar de

cada título da trilogia Senhor dos Anéis, assim, um usuário pode pegar

qualquer um dos títulos. Outra situação é termos vários títulos repetidos em

uma mesma prateleira e apenas um exemplar diferente, é bem provável que

os títulos repetidos tenham maior acesso, não acham? A essa condição damos

o nome de não Equiprovável.

Vejamos através da Figura 3 uma situação equiprovável

Figura 3 - Títulos da trilogia Senhor dos Anéis. Fonte: o autor

Competência 03

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Técnico em Biblioteca

Figura 4 - Alguns Títulos da Saga Crepúsculo. Fonte: o autor

Evento Certo é aquele que ocorre com certeza, onde o espaço amostral

também é o evento. Oscar bem colocou quando afirmou que na biblioteca

encontraremos livros. Outro exemplo muito usado é afirmarmos que após

lançarmos um dado ( cubo numerado de 1 a 6), o valor da face superior será

um número menor que sete.

Evento Impossível, como o nome já diz, é quando dentro de espaço

amostral se deseje um elemento que não faça parte dele. Como você bem se

lembra do exemplo usado por Oscar, foi o de encontrar um bago de jaca

pronto para ser consumido dentro de uma biblioteca! Ou ainda no

lançamento do dado a face superior seja um número múltiplo de treze.

Bom, agora acredito que já podemos tratar da definição de probabilidade,

certo? Assim podemos dizer que probabilidade é a razão entre o número de

ocorrência de um fato ou situação dentro de certo conjunto e o número total

de elementos do conjunto.

Vamos exemplificar a probabilidade: em uma estante temos treze livros de

romance, quatro livros de comédia e oito livros de culinária, qual a

probabilidade de, ao acaso, retirarmos um livro de comédia dessa estante?

Competência 03

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Elementos de Estatística

Bem, comparando com a definição, vamos criar uma razão entre a ocorrência,

no nosso caso quatro livros de comédia e o conjunto de livros formado pela

soma de todos os exemplares em questão, que resulta em vinte e cinco livros.

Agora montamos a razão:

Como já estudamos porcentagem podemos escrever esse resultado na forma

de porcentagem que será 16%, relembrando o processo, procuramos um

número que multiplicando o denominador (25) ele passe a ser 100, logo esse

mesmo número multiplicará o numerador (4) no nosso caso o número

encontrado foi o próprio 4, o que gerou a fração dezesseis centésimos.

Podemos perceber que a probabilidade esta intimamente ligada ao tipo de

evento, assim, quando tivermos um evento certo a probabilidade será 1,

quando o evento for impossível a probabilidade será igual a zero.

Evento Complementar, sabemos que um evento pode ocorrer ou não,

sendo assim, a soma da possibilidade de ocorrer o evento com a possibilidade

de não ocorrer esse determinado evento corresponde a 100% da

possibilidade, certo? Daí quando nos deparamos com uma situação dessas

podemos afirmar que não acontece interseção entre as partes, pois eles se

completam.

Vamos dar um exemplo, se temos todos os romances e as crônicas de

Machado de Assis, em uma estante, qual a probabilidade de retirarmos o livro

Helena (1976) dessa estante, sabendo que foram catalogados 10 romances de

Machado de Assis. Se a ocorrência é 1 em 10, temos a fração um décimo,

logo, o evento complementar será a diferença entre o valor inteiro e a fração.

Competência 03

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Técnico em Biblioteca

Vejamos o algoritmo:

Legal!

Logo, nove décimos é a probabilidade de não retirar o livro Helena.

Eventos Independentes, dizemos que dois eventos são independentes

quando a realização ou a não realização de um dos eventos não afeta a

probabilidade da realização do outro e vice-versa.

Educandos, estou lembrando da vídeo-aula, quanto tive que lançar a moeda

lá na biblioteca!!!

Agora, exemplificando, na mesma estante anterior da biblioteca, tínhamos os

romances e as crônicas que são 25, agora, qual seria a probabilidade de

retirarmos simultaneamente uma crônica e um romance? Como os eventos

são independentes, a probabilidade da simultaneidade se dá pelo produto de

cada probabilidade, assim, do romance seria um décimo, e a crônica um vinte

e cinco avos. Montando o algoritmo da situação temos:

Legal!

Sendo assim, podemos monitorar as variáveis e entender com surgiu a

Educandos! Que tal da uma

aprofundada na Bibliometria!!

Acesse www.4shared.com/office/IFmc2p2K/bi

bliometria_-_conceitos_atuai.ht

ml www.4shared.com/office/UVZDHjT_/Da_bibliometria__we

bometria.html www.4shared.com/office/OBEmvYOm/

bufrem.html

Competência 03

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Elementos de Estatística

bibliometria, que foi ventilada pelo Oscar na última vídeo-aula. Bibliometria, o

termo vem do grego da junção do grego biblion, que significa livro, com o

latim metricus e o grego metrikos, que significam mensuração.

Dentro de biblioteca esse é um conceito relativamente novo, mas de grande

utilidade, pois trabalha com variável qualitativa e quantitativa.

3.2 Os Estudos Métricos da Informação e a Produção Científica

A pesquisa científica é a atividade intelectual na qual o homem evolui na

busca e aperfeiçoamento do conhecimento. Entre seus principais objetivos

conta-se a produção acadêmica e os canais de comunicação para sua

divulgação. Tal asseveração implica a necessidade de ponderar o valor das

organizações científicas por meio de sua produção intelectual, reflexo da

atividade política em função da socialização do conhecimento.

A memória da produção científica trata do acúmulo de conhecimento gerado

ao longo do desenvolvimento de uma atividade científica através dos

diferentes suportes. O próprio surgimento da Ciência da Informação tem

como foco essa concepção de memória como o registro do conhecimento

científico, a memória intelectual da civilização (PINHEIRO, 2005).

Ao ponderarmos a memória da produção de uma área do saber,

rememoramos determinada atividade científica, refletimos seus resultados

junto à comunidade acadêmica e a justificativa de sua relevância como agente

agregador de conhecimento sócio-econômico, promovendo perspectivas para

o planejamento futuro de pesquisas. Dessa forma, o sentido de memória

passa de estático e cumulativo, para agregar valor ao sujeito pesquisador

atuante na construção da ciência.

O papel da literatura periódica é de grande importância no processo de

circulação da informação científica, representando também um potente

indicador de efetividade das instituições de pesquisa calcada na quantidade

Competência 03

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Técnico em Biblioteca

da produção literária, sua qualidade e imagem organizacional da entidade e

seus membros pesquisadores que dela fazem parte. Esta é a grande

contribuição dada pelos estudos métricos da informação: servem não apenas

à compreensão estatística de quem e quantos produzem conhecimento, mas,

sobretudo, auxiliam na compreensão da dinâmica científica de uma área do

conhecimento, o que é algo fundamental para o planejamento de políticas de

informação para o desenvolvimento científico e tecnológico!

3.2.1 Uma Breve Revisão de Literatura Sobre a Bibliometria

O uso de técnicas bibliométricas como geradores indicativos da produção

científica, passou a ser freqüente em abordagens interdisciplinares na Ciência

da Informação como valiosa ferramenta de gestão, organização e recuperação

da informação, identificando variáveis e fatores relevantes que retratam a

atividade de pesquisa científica em cada campo do conhecimento (SANTOS et

al., 2007).

Conforme analisado por Santos e Kobashi (2008) os estudos bibliométricos, de

modo amplo, são abalizados na descrição e quantificação da informação,

todavia, afirmam a medida do objeto como recurso de compreensão. Ao

citarem o filósofo francês Gilles-Gaston Granger, os autores ratificam a

dicotomia entre o conhecimento quantitativo e qualitativo: a disjunção e

reunião de dados de um objeto são operações que devem possibilitar sua

inclusão no campo qualitativo à medida que se referem aos sentidos de forma

ou diferença “por meio de operações ativas de classificação, portanto, de

disjunção e de reunião, tal como na quantificação” (Santos e Kobashi, 2008, p.

108). Para Granger apud Santos e Kobashi (2008) essa dicotomia gera entre

outros elementos a descrição do objeto como forma de abordagem cuja

dimensão de seus dados incide na sua divisão em elementos enumeráveis e

concluem que “a descrição gera, portanto, um conhecimento morfológico que

evidencia um todo e as suas partes” (p. 108).

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Elementos de Estatística

Aston & Klavans, 1997; Spinak, 1996 e 1998; Trzesniak, 1998; Okubo, 1997

apud Santos e Kobashi (2005, p. 04) afirmam que indicadores bibliométricos

são utilizados como medida indireta da atividade de investigação científica, de

modo a auxiliar a análise e compreensão dos objetivos da pesquisa, da

estrutura da comunidade científica, do objetivo particular da pesquisa ou do

seu impacto social, político e econômico. Kleinubing (2010), Cardoso et al.

(2005) apud Leite Filho; Paulo Júnior; Siqueira (2008) inferem a bibliometria

como uma maneira de análise da produção científica através de publicações,

adotando princípios metodológicos de estudo e mensuração da comunicação

científica, permitindo o conhecimento sobre o impacto de autores na

literatura científica, a gestão e organização do conhecimento produzido,

tendências de pesquisa, planejamento e variações de pesquisas.

A natureza das ciências humanas e sociais caracteriza os processos de

quantificação da informação como estoque de conhecimento não

determinístico, necessitando de observações fundamentadas sobre o

fenômeno estudado, de modo a identificar e padronizar a grande massa de

dados por meio do auxílio das tecnologias da informação (TRZESNIAK, 1998).

Os indicadores, portanto, são importantes para analisar a memória da

produção intelectual tangível (publicações impressas, representações em

bases de dados, instituições, número de pesquisadores) representando uma

forma de agregar valor à informação e à atividade científica (MACÍAS-

CHAPULA, 1998).

No contexto das ciências humanas e sociais a construção de medidores da

produção científica leva em conta os fatores que incidem no conhecimento

dos sistemas ou processos da atividade em questão, constituindo um desafio

e grande esforço na adoção de métodos, técnicas na organização,

padronização e interpretação de dados e informações.

Prezado aluno, é importante que você leia alguns dos artigos sobre o tema

Bibliometria que constam no final da apostila de seu caderno. Os links estão

ativos e mostram um conteúdo teórico e aplicações práticas sobre o tema. Os

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Técnico em Biblioteca

vídeos que seguem abaixo são de grande valia para você se familiarizar sobre

este importante assunto da nossa área.

Bons estudos!

Saiba mais! Acesse! Pioneiros da Bibliometria:

www.youtube.com/watch?v=IzeU77cyp

sk Bibliometria:

www.youtube.com/watch?v=S392sCI6o

as Fontes de

Informação em Ciência da

Informação: Análise

bibliométrica: www.youtube.com/watch?v=gZLMg7F8

iTo

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Elementos de Estatística

CONCLUSÃO

Esse material contém informações inerentes a Elementos de Estatística,

voltados para pesquisa, organização, gráficos, apresentação e elementos

matemáticos. Educandos, com esse caderno buscamos proporcionar-lhe uma

ampliação dos seus conhecimentos, uma aplicabilidade dos elementos da

estatística na sua vida social e profissional, uma revisita a conceitos outrora

estudados, como também, provocar em você, um desejo pela busca de mais

conhecimentos inerentes a sua formação profissional. A todos, SUCESSO!!!

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Técnico em Biblioteca

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