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Emç.<o SurANAL oo JORNAL O Seculo lt<;ROA, l DE> FEVERE1RO DR 1<)09
Ulu~tracáoPortuljueza OIRECTOR: e'arlos lnalhtlro Dlas-Propried•d• d& !!. 3. da Sll~a 6r•ra -DIRECTO~ ARTISTICO: Jrancisco ttixtlra
~?.;~0:0:~2~=772:~:~-Sl ;:~~~=~~~~~?~~~f~ª7r~·;~: .. ;:;f:?::7.~~~'.~'u:; lll\:DAC('ÃO. ADMl~IS.TltAÇÃO K Ol'FICl ... AS ov. cox .. osu,;Ão IS u.u•1u:<;<\o- Ru• Fo"lnO .. , 43
s ,s
• I7 t'Jlustr . .... $IC1UA, 2r iJJ11str. ~ o NOVO PRf;S1DJ::?o."1t: JXr.oi E:sTAJ>OS UNIDOS, 2 illus/1 . .. so
P Capa: A ACTR11. zui.luR.\ RAMOS fClidcé da phot. rmutndts) Texto: o sn1A10 cau CA.R1ocA, ummar10 ! SAL;,o OA li.LUSTRAÇÃO PORTUGUEZA, UMA sr,ss\o DB JllUSJCA, 7 i/htst1 , +A OtiRA UE SILVA
~ \ N Riô, /.) illustr. + A KXPQSiÇÀO AN~UAL DA ESCOLA OH BELLAS .\RTES, II illustr. "*' FJCUR.\S E PACT'&', ~ro iiluslr. 4> O_ CH \ DAS ClNCO, Q i/Juslr. - .,. 4- ~ ~ + <e8>
TT..LUSTRAÇÃO PORTU<HJP.1.A li S.IRll!.
Vos Sois Baixo de mctis Se sois de estatura baixa havds de apprecl:tr a posição de!'la•
grnd:ivcl e humiliante dó bomemslnbo bablnho na gr:niura acima. ~fas talvt'"z n:io sabeis que ja n:i,o ê preciso <1uc conti
nues s<'ndo babiinJio e locomroruvel. A Companhia Cartlli!gem. de Pa.rls, Franç::a possue um
dce~h:i3° pgtt~º o.a~~! ~~5st'j~r3eP6º:'~"f}i ª~f:.eç~:~~-~~5~3o e~~~~~~~~ da cartilngcmC' porque é base.-ido sobre um mclhodo scicntiflco e phy.siologlco de d~r maior expansão ã c::irt Jagcm, todo o qua.I se acha. elara e dcUlhad:imcnte ex11lkndo no 01msculo intitulado
.. ~o~~l~:::c;~ c::~irn1~~~ 1~rct~~ ~~~~'º!~)~~~~'! ~~d~~-po d'uma for-ma h:'.lrmontosa. Não t.ó augmenta a altura, mas o seu. u~o faz: be(n il. saude, da mais torça ncn·os.i, augmenta o t.cstn\'Oh'lroento do cori>o e prolong" a \•ida. O seu uso não necessita
:~~!' d!~~ª,~.e~t~~ss~,~~~~~~~ 1,:l~r&~~~e!~~~~~~ô~r1l:,~~~~ qual for a ,·oss:i. td::ide ou suo, e isto 1>oderâ ctreiluarse em \ 'OS-'ia c-a.,a sem que nlngucm mais o saiba. Este mcthodo novo e orlgln .• I de :iugtuentar a estatura lt'm sido a1>11ronulo peloJ medloos e instruetores de desenvol\'imt'nlo phys1t'o. Se de.seJeis augment~r~ ''ºS"ª estatura de modo a 1-»<ierdcs \'er o que se Jl·.'&<>Se quando estcis rl)(leado de ge1:'1le. ou $8 desejeis poder andar sem ,·os sentir acanhado com (>CUl'>AS <(Uf! s.iio mais altas, e gotar das outras v::ntagens d'um:t e:H:'.llura regular, devereis escre\•er lmmedl."11a ... mente a J)tdlt" uma eopla do nosso oposculo gratuito inUlulado •• Como Crescer mais alto ". Ensinar vos ha como 1>odcrels
~~~~nct~t.cs~lacd:1!!~~~,<':rs~;~f: ~!,'!!P~x:i·1~~~~ ~:;o~:eJ~r~ :ef.3~; lido o que ''os admirara m:ib sel":l ••Como é que ninguem pensou em isto antes 1 " Escre-"el hoje mestllo à
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1
Das tantas multidões com que me tenho mis .. turado nenhuma mais con .. fusa e variegada do que esta! ~ eu a diuer inca ..
racteristica minto porque Já na ex .. quislla meseta um vinco de cz.racter se lhe cncontr •.
E desde o mulato dos jornaes, de olhos meigos, saltitante, esfarrapado, griLador, até ao mais imppnente e estadcante luxo de mulhtr gorda, tudo faz lambrt's no corredor a um tempo activo e ocioso da rua do Ouvidor, !am/Jris que se contin(1a todo tgua l pela. scenographla monomental da nova Ave· nida.
E eis que encontro jà um do~ sin~;elos moti\'OS porqu~ n~o ha para. mim commoçao de moola no conlraste entre o Rio \'clho e o Rio Novo, quando me esgueiro, enco1-
1- '1"\" c1,,. lurnnf"'lõ T~·pn caract\'n .. 1ku ''" lo(,,, 1k J111..-ro 2-T1~tl10 d.1 111;1 ,i,. ('arioc·n: \ *nu da.r. rU<t'i j1dnrlJMl .. do IHo 11" Jandro
f (1f,J,/ di! IJt. li. M.o\I lllj
todo a esse mesmo fundo de gen- . ~ te, do tubo de funil d'uma ma an~ i..
- . Ftfj' tiga ao dc~guadouro da .Avenida.
f.,' que a vista se me d1vcne na me1.ma tira de gente, onde, entre a maioria branca e co1mopofüa, o mul~tt> e o caboclo abundam com a sua côt d'um leve tor.:tado e um certo cunh() d'cDergia n'alguns, rnolc.s.a n 'outros, mas um começo da a1tivez orgulhosa do vencedor que cm muitos, de t\ po meudo, lembra o japonez: ..• mais homeo::.
!'ao se procure em dia de labu· ta o bnuilciro qne o pouuguez conhec-e ou imagina connt1 cr, oca .. ractcristico portugucz al.>razileirado das quintas minhotu. Será talvez porque esse capitalista está em via de reforma-e nllo sem 1em po já -ou no seu escriptorio, ou na sua chacara.
E. agora n 1cste 6m de outub portanto n'e.sta primavera bra-ro e
iileira umtypo aindaaurge.rcp. e· á· tido, e que salpica de quando em l onde o movimento, como pm· \ go~ de c•I uma calçad•: o da ; 1nulata, e pouco importa a côr 1 ~ porque as ha com ;oda a infi- p nita graduação dos c .. tanho.. ·
Talvex eu d'ella J<l ttnha fa. lado, mas deixem que aqui aprimore o '!Sbo(o feito. Veste de claro; a saia andadeira, turtd e rente ás ancu . sapato ou bota branca e meia preta. O bordado de leite do corptte
'lº
1-0 t1i•JU('<hld1" ll'i'> l'aindra<1 F.:t.arada (W f.-110 p11ra o t"orcv\·;M.10
muito recortadãnho no fundo caré e unidissimo da pelle; a cabeça dcs.
cobcna com seus pentes d'omatos eum lacinho prtto ou de côr viva no riso dos cabellos de azcvi
che ou no corredio cabo. c1o das mais alvas. Por vet.es entre os dois rijos
jnml>t>, nome do Cructo que d'ella tem a côr .. e o aroma!
E da chutma babelica ainda ha que des.taear a adolescente branca, que tem
amiudo .._ pujança de um aumarento pomo. Mui aflora nos rlozc ou treze an· nos, logo resvala á crise do Cructo satonado, e jà o collo é de corsa e entra-lhe o busto forte a pedir beijo•!
E é a final d' es!a inebriante creança -!>em K vê-que depois rompe-se dcs· aproveitada foi na JUSta edadc em que um !implcs movimento separaria da arvore o fructo feito-a senhora sempre gorda e
"ernpre cari"~imamtntc-cnt:io 41qu1' •• . -eK<a· d~r11(tt/a é d.1 g:ina ftuminenst- 1 !>Cnhora gorda que é quasi sempre louta ou "'lourada, enche 11• dedos papudos de brilhantes e rasga e cafcia com sujo bistre os olhos .sempre lindos.
~las, por tntre C.!>ta maliu.da turba, cm que O typo portu~uu vae Jesbotando, porque se amacillenta e e1m.1ece, cu nào me sinto e~tra· J. nho. E' gente que conheço 1 Porque? D'onde?
Provirá a illui.ao do $Cenano da casaria an l' tiga, tão pombalino, tan ll. Joao VI. Ser!l que ji aqui vivl ..• em avôs meu,.,:;
Corntudo, nao me sentindo estranho, receio que ao falar a minha língua não seja comprehendido, e quando desço do meu distrahido pairar ha· bitual. se ouç,, ao pé de mim falar
portugue?., todo eu estremeço, n'um pulo do meu coraçà.o nostalgico. co. mo se entre eitran. . . geiros, n'um c1tran- C'\ .• geiro arredado, u_m t}·. •!' patricio meu, 1urd_1s· . : . se, raro. a amaciar \ ......... ; as minhas grandes ~ :··.,: saudades l -
131
Ha cerca de scculo e meio o conde de Bobadella Gomes Freire de An
drade, ordenou em io,·t.stidura adminis· trativa que um refrigerio do c-éu, correue bem canalisado, à infusa dos muleques
fluminenses. Fez captar as aguas do rio Ca· rioc:a, encalhem rachoeiros cantantes e por um aqueducto de nove mil metros levou a desaitera11Je (l'mpha a deieseis bicas emergindo d'um paredio de granito em plena cidade.
Ao chafariz charnou-.. e chafariz da Co,ú>ra. Cari"~ª foi o largo para onde o cha(arii;
br\>tou e d~'edenta Cariocas foram as almas que o chafariz de!
aedentou e dc .. 1edenu •. AJ almas, porém, vinh: mil, ha du
zentos e cincocnta annos, sao hoje oitocentas mil e todas de boccas scquiosas
AOa ry..o.~! t• d'csta pittMttca phrasc que significa 'Q.SO
tia r<Jrre11ü do mal/o que deriva na opini2o do ctymolo~1sta bru:ileiro dr. Baptista Caetano a palavra Carioca.
Ora es!la corrente do matt.'.>,
vem do Céu!
E hoje, desícito jA cm parte esse aqueduc10 de ai-
venaria, que marca. na sua ponte de araeriu cm pleno bairro <la Lapa~ o mbnumcnto de maior monta dos tempos coloniaes - aqueducto D. Joio V como o du AgUiilS Livres - hoje melhor canalisada e escoodida na sua ptirte terminal a agua que elle guiava, tegue se-lhe o rasto e rente 3'01 seus destrnços por entre maravilhas de panora-mas, n'uma subida len-ta, suavíssima. subida que 'ligeira o cspi· rito e des-
materiali.a o pensar, caminha·~ i origem d'esse regalo de crystaJ, por entre verdura~ de seculos, gigantescas jacas, cedros, retos, e o'.Céu se atlinge quando passado o Sih•tslre, nas Pai-
•Jrnt.u !rn'l. f \·cltd~ d\ t. .. 1tal1ça1
- a vista mergulha na floresta bcmdita, toda en-
neíras pl a· nalto que é um gigantesco poJeiro de aguia
1-0 !'iih·fttre z-8au1fcaico, ,\·iloto do Alto do l ut1u,•tlu ... 1'"' .. 11n"1" do 111\<'i do n~u ~1'110 1 , IJI A \IAl.1A)
Entre um diabo e um anjo J Ccr· to é que chegado:s ao céu, e fui·
mioado o diabo com o sufficientc nickel logo me quedei no Paraizo. na volu· pia do Parafao, des6ando o meu tO·
sario de amoroso impenitente, a um Deus-a Naturua-que aqui l· todo de amor, e no de-s1umbramento da mais pujante verdura que até então me envolvera. Ri, chorei, ouvi nas treva!! o tumultuar da agua, o ralar das ci· garras, o rustifhar das cobras. E purificado de pecados subtis no fogo d' um o lhar de fogo, all i me qu~dei, .. alheado de mim . .. santificado! E alli me deixei ficar. . . do is cu rtos dias ... té que um tilint~r de telepho· ne--ohl o teJephone no Paraizc- me chamou á vida e o inferno da cidade ardente.
ProHicamente, se é que essa ascensho é alp:uma vez prosaica, n'uma rapida hora de devaneio panotami· co, passa.se do centro do Rio para uma soberba e fresquissin a Horesta, que trepa até cêrca de sete· centos metros acima do niYel do mar, no cume do Corcovado.
.E é e~te, sem duvida - com a magoificencia da Avenida Beira Mar, e o !;umaré a Tijuca-o maximo encanto d'esta t~rra d'encantos.
O acccsso é facil. Predsamer.te do largo de Ca· rioca onde o chafarit dcf.pcja, um bbnd nos leva, so· bre os arcos do aqueducto (transformado assim em viaducto) de um :norro (o de Santo Antonio) a outro morro (o de Santa Theret.a} e d'ahi, na phantasia <11uma ascensão, dominando t rechos da cidade, tre· chos da bahia, chacaras de sonho, seguindo sempre
1-:0:o r1>cau131}le do S1ht!l~u: 2-0 C()N'.i,\v:u\n, ,·l~o d.a11 t>slntlr~
-~ t~·
o .. ,""'""" .. '"''" ' •"""'"" ... l:J a velha calha de alvenaria da agua caplada, 1-.: dcixa .. noa a um dos lados do valle do Rio } Silvestre, d'onde um pesadissimo comboyo ) 1óbe n'uma rustilhada de feiro, com ar· r.rncot de monstro esfalfado, té ao planalto das Paiineiras e d'ahi ao cume do Corcovado: cimo do Gigante de pedra tao falado, arre· mettendo n'um pendor de queda eminente o ~eu bloco de pedra sol.Ire o ar.
""ºcaminho de ferro que I& nos pode con· duzir dircctamcnte, se em ve2 da travessia feito em btmd até ao SHvc1trc 1 o tomarmos de"de o começo da sua viagem no Cosme Velho, é todc. de cremalheira-e trepa dos .\; metros acima do oivel i.o mar onde a est4Ç3.o foi con,truida, até ao J>a,·ilb2o de Ferro quasi no cume da montanha, e na altura de o; o metros.
O ('unt1\arl .. \•j.;to da ;\\~nhfa lkmt \1~r , fCfi,·lt! d~ A. \U.I IAI
.Atraveua trcs viaduetos 1/ li i pittorescoa. \j m d · clles, o :.----.1''-'J,J,, ,·iadurto do Silvestre. tem ~ J an.:oi de 25 metros de , .. ~o, e um pc· ao total na sua parte metallica de 1• ·" toneladas.
R a n!lo ser entre um anjo e um bom demonio, de cl·u em céu, ~· porcíma d'es· ses centot ::!e tooelaJas que o se timo céu ~e alcanç1, Uu onde se dorme em cama íôía
cam1udocn·
anjos do <-éu buscam consu.ntcmentc almas na Tetra-é íacil ouvir da Terra o anjo íallar . . . ao telephone.
Rio d4 /aneiro.
1- !'\o f•M1t11 n•1JI~ alto 1to ("orr<wado. :J-0 l"aulhll.o tlto 1 t'tfO "ºalto c.lio Corttll'a<to .J 0 \l .. !JU•'lO do fül\«'f.lrt"-1(/u/t; d;. .li. '.\IAl.IAI
((11,Jih IÜ AISAl-l>fJ ·~~'N .. •C"A)
136
l la sete anno!'t que. por fins do mcz de &cternbru, eu percorri a ~inha, desembarcando em P .. lcrmo, dando "'c•ha á ilha, e rec:mbarorndo ao run de tres ~manas ('hl ~kss.ina.
\'111 a de Napoles. F.sti,·era e1•1 Ponmoli, no CaUo ~liseno, em Pr11dda, 4.~111 Í!'tchi;:-t, em Capri, cm :-;on tnto, no Cabo Po:-.illipu, cm P11rlin, tm ~alcrno, em llcri-olaliUtn e cm 1•ompeia.
T111ha vi'.'lto no incomparavel mu~u de N'apolu os a'.imira\ei~ rt' 0$ pompcian1 s r os -;uprem<-s
rapola:v111 da uculptura ~f'ga. Tinha vasto na <--athedral, miracu lo~int"nte descoa~lado grad.1 .11nhul.t, por occ;.i.,i:trJ 1la sllJ. ÍC:otla e sob a tumultu;uia intimaç:.io Jos la1..1uroni, o sangue de S. (jt·111Hm>. T inha assü1thlo cm Piedigrotta ao íouni1-:crado concur~o Dhl!\it.il de tarantella .... ~as traltori.tt deJ PoMllipo, em e~tacas ~bre o mar, ao laar-t pcJo de b;indohn~ e ao marulhaT tia ont j)QT baixo do ch!\r>. ha,·iarn-me scn·ut'\ sobre uma cam tda de algas as ostras dd
Fuu.ro e o prato de polenLl. ao lado do fr:uoo de •elho gra:mano, empalhado., iic boJO opherico e IN1g11 g;11i::;al•) cf;;:,uio. l· i11almt111c, ~ noite. do rvrl:út~·tltmtr do meu quarto na Riviera ele Chiaia, t'om a janclhL .1hem.1 &Obre a mon.:oifü:cnr.:ia do C:ülfo, t>U\iril evolar!'.e do magneuco siltn<i•> do luar, com um prelutiio d har
pa>. a lani:u1da melodia da~ barcarol:.5, ao me .. mo tempo qut·, sobre o vertice do Vc~u\'io, C<•mo amwez <111 lithurgin, 111-
t·c1ho de um thuribulo, a lua suhia lrot;um•1\te no d·u, fC!\plcmlcntc, como uma patena ele ouro.
lle tal sorte que, ac11rc.Jado, de maclru~ada, a bordo de um \•:l()()f ancor .. llfo no mais grac-ioso golfo do mõlr Tirreno. eu perguntava uciadamente a mim m~mo .. e. depois de ,·êr ~al'V\]e:o., n:lo sem. melhor 1norrer, como
1 \ ··11!.ult< tk 'JIP"'k·-. \'i"'.;11 \uaol.~ ''" 1un1ot .. ,1,. \'1r1ul111 2 ''"""'" /:.,,, .. ,, ~"ll'' d" \futt11dc• '\11111•1•
q;
diz. o rifa.o, do "f.Ue continuar alongando distancias, como Ulysses n 'aquellas mesn1as paragens, em demanda da lthaca ideal, rugidia vi~o dos dolori· dos sonhos de cada uro!
Mas, à vi.st.a dos meus olhos, a:; cun1iad::-1s do aspero e escal · vado monte Pcllegrino começam a tin,glr·se de côr ele rosa cnmo sob uma caricia da aurora. Ainda no céu, o desmaiado disco ae uma lua côr de opala. Em írente de mim, ao centro da dtlCe planicie - la ctJnt'a d~oro- cingida em semicirculo violacco por um amoroso abraço de montanhas, a capital da SiciHa desperta como n 'um bocejo de vida.
Os c.andieiros publicos, ain· da acesos, salpicam de pequenos pontos vermelhQs os caes e aigumas das n :as '-l"e lhes
isttr-· u#fr• ... Ç'l\'"'ttt-fttd.? " :ag·--~..J~ 7~ sao peq~ndiculares. !\a claridade crepuscular principiam a fum.e .. \?:;~~~ gar chamil)ês de fabrkas. C: do interior d'essa velha terra, outr'ora cstrondeante, onde º" cyclopes, a golpes de malho, fabricavam os raios de Jupiter nas bigornas de Vuk<1l)O, vem alegre e hos· pitalciramcotc 1>c.ra mim a C<Jnçâo da ~lvorada entoada pelos galos de Palermo, la feiice.
Ao terminaT a minha excursão, em Messina, e reatando o pensa· mcnto ao dia da minha chegada a Palermo, eu conclufa que, ain~a. para quem vem de Napoles e para quem percorreu toda a demais terra italica-Roma, Floreoça, l\Iilào, VenCzit, Verona, Piza, Padua, Orvicto, Perugia, Assis, S1enna, com todo o seu sortilcgio d'arte e todo o seu evocativo poder de poesia, de tradiçào e ,de historia, o especial, o insular encanto da 5icilia ultrapassa tudo na conquiMa do espirito.
Roma é monumentalrnente o templo e o baluarte latino. A Sicilia e a S)'1\lhese ~Stratifitada de to$las as raças e de todas ;:.s civilisa· Ç<le!S, que o maravilhoso poder civilisador de Roma fundiu e latiniS('lu.
Quem foram os aborigencs occupadores da ilha antes do esta· bcledmento das primeiras colonias ~regaq: e da~ primeiras feitorias phenicias? Quem eram ethnographic:11ncnte esses mysteriosos Silt.eles de que fala a OdNtén l
A resposta srientifica a este quesito principiou a dai-a no de-
1- I ~N1H Co/11/n;:-u~. do Mu..eu de Nap<ll~ i-lnt('rior d~ t-;;:<<-ia t~lll .'\lar101111ta., em h;lttn~
~~?!.é *;: =*= . ·--'<:iF' 5ti!P ~~C~ uurer do ~cul? XIX a m<-t~w~ica escavaçào da.\ nc·
1 uopole-.s da maa! rcmot..\ 4'nt1gu1dade e dos povoamcn· tos lleohthkos e prencol.itltiro!\ da regia.o. Foram os ar· ~_.hco logos prinripe de St.·ttlca, Savero Cavailari e Arito-
~ nin(') Salinas os que inidarnm estes estudos. E' ao tmhalho de Paolo Orsi, arn4 la hGje -<'reiocu-glnrio~o nm .. ervadr1r do adm1ravc·I mu .. eu de Siracusa, ciue <lo 1 &11 até agora se deve. a CXfHl:11iç!'lo systheruatica de pri1-'l'"n.f d<>Cumcnta.es, irreeu .. avei-. e dcfinith'aS, de .. vcn· d.1ndo pela geoln~ia e pcf.L nnthropologia o em·gma
f_~~~ p:>r tantos mil ann~~'\ mde,;iírado. ~ 1 <h S~d~s de Homero. ou os Si(ulos (Sinili) Ct>m'•·
'
... ~ J :1doptando a anti~ dcnomin:.u;!lo romana, lht.."i C"harna .,n:·! Or ... 1, domicilia.dos na :o;.ic-~lia muito tempo ante. do
~! ljU\: 1-alculara Thuddidc-J, \'1,·i;1m autonomamente n'ut<·1 lug.1· re ... desde o lerce1ro milfcnio anterior á no.,.:;a era. A popu·
~ l:u,·!l.o da Sicilia, a qll C dlc5 deram o nome, seria i>or C1'-.('
11 ~ t"mpo mais den~.i que n de Romíl. Os siculos eram tle fov· .. -t;,' miha latina. Falavam uma C11lCde d e latim rustko. Tinham 1
~,t uma confonnar,7\o c:r;meann analoga á dos sicilianos nmtcm·
~ ' (l1
'~ª~~:·primitivo sed·menlo cthnico sobrepuz.cram·"'e cam.l· d.ti formadas dM mJ.i\ dwer:&-\i ~entes. \~ieram <JU.cce";.i\· l
t-0 11( ... , do \1 11._.11 d<: '.'ialK1ic.: i U IUS•<'M-l•I J, }I'••• 1n11 .. ;,ii.;'U b),.,._.llin<> e:iu~t~nlt"
na esi.1~ l •l-11 ""ª'"ª"';\
mente Gregos, Phcuidos, Car· thagineze$, Romanu!I, \'anda· los,Gltdos, Br'•\nt1w>s, Surrace· nos, Berberes, ,\rahes, Nor· maodos, FraurtlCS, .\llcm!l.e..", .\ragooeze:;. Castclhan0$. O"~c t:io rompia.O e ht'tC•
r()!;Cneo amal=:arna de raças as. inftuencia.5 que m;a.i. caracteristicamente prt'J>Ondc~am na e\·olu~o da arte .. h ili.ma sao as que derivam <lus elementos grego. grcco·by!i.anlinn, roma· no, arabc e nonn,1nclo.
Ha vinle e ~me Kec:ulos que toda a Sicilia !>C hclle1)isára . . \s religiôe:s grc~a' prc·1~~aram· se por toda a ai ha. ~.10 d 'e~te cydo hellenico os templos de Diana, de )lineo11, de Jupi· ter, da Concordia, de Juno. de rroserpina, de Jupll<r 01\·mpico, de Cast~r e Pollux, de Vulcano, de Nc·ap11lc1, cujas
----r,r·~'?o:. r;-;~·~r~~·----f .. -~ .. ;--,... mquilaç:!o,du·
~·Í'fJ·~,.,;t· .. 'i..; ..J.---r;.~~';t,... ... \ raote asrepe·
~ .. ~.,· ·"" ... ?~ ' ~"~!'..(J;r \>~ .. •;. udas e san -. r """" grcntas guer-
'
-· ,-j ras que quas1 constantemente de"ast.aram a :jt:~ Sicilta até o advento do dommio romano A
{ ~-!\ esse dom1nio de sete seculos deveram os ci-' \ J ,f c1hanos trezentos annos de appetec1da e im· ..,,J ./ .( perturbavel paz. Yava demonstraç!'lo hJstorica
( ·-:/:... de que é de uma ragida e honesta disciplina ~' ' ) admmistratJ"ª! mais que do li~rahsmo hel-
- o len1co dos ph1losophos. do gen10 dos artista') ~~'Y'1~ e <la loquac1di.1dC dos sophistas e do!) fr&zca-
~i':'tf~I ~~~~·· que depende a felicidade dos esta·
I ~ O imperio romano cah1u e<phacelado p· la ·~ 1 corruf'W;:lO pohttca. assun como caluram a:-,
~', <lcmocr,-tt1ct1!-. cidades gregas d1ssol\lida!l pela
,.~ incapacidade administrativa. ,, ~ Os t~·rannos, -OS famosos L_Hannos de Sira-AA . cusa, uns nefastos, outros bcnefico:;, oào sao t:''1)~ mais que as e.xttcmas, impreteriveis e íatac:;
• ..- " ' d democratica, em que o povo, abdicando o lril_i,;.""\.f(.-4..' resu1tantes das successivás crises da anarchia
\~ !>Cu poder collectivo, entrega (!O arbitrio su-~ :") premo de prestigiosos ª"entu·
·\'~::r-=============~~ reiros os destinos da liberdade
qo
e a segurança da ordem. Pode-se d1/.er que Polyhio \'aticinou
o resultado da segunda guerra ptmica. com a derrota e o suici<lio do gr;..ude e desalentado Annibat. no dia. cm que es' reveu:-Em Caithago é o povo qt1e de· lil.iera, em Roma é o senado.
1-t.11/lrl",., r,,.,,,,,u "'*"''<' rdir:n1. do Mu:oeu de Xapol~ :- l'io:-<'l.11;r1\Ulll, ('!11 Z\AJ>l•I~
Os cemp1o~ ~r~o-:,iciliano"• a que ac l· c<==-.""''""'ho de referir·rni:, sào todoi1 clonu1-t, cm
pedra cakdria ,·xtrcmamente lltrmsa. Eram origmariameme rcH.,tidos de ('"'ltuc1ue proh:
liromad•>, de que .:~o evi<lentc .. <h \'e--;tigio"
81 ""'' ruina~ de ~r.:sto e de Seliounte. Em .\zri· \ t;C'nti, o h:mplo hamatlo dos ~gantn rau a ~i-~ .s:au/um) o:-.tcnta ª" lllftis coll.1~'iH.'S t"I• uml\a" ~~ que ~e.· ruoh~C<!~l. l'.m nula ca_nclura dus fus.
~ tes tht. 1 um 1ncc1. r;t. venlade D1odnro que 1.:a-
be um h 1mt·m. O d1;1•
metro de l <tda cavitcl trm a e,.paut<·~ d1m\ 1i~o d ... · 4• .~u. Dos oito atl.rntcs, pro\'avdmcn1e de~ti· nado' Ol :\U-.teu1ar eu a ringir '.'>U ... tt:ntar o tccto interii:•r
! ~= c~~':·o'~~t~~a~ ,,1 u.-n, '1q;' altura é
de ;• .11s A estat ll •l dt·'l'T"•n ada
1 <l"t'.,lC "(.'.mi·dru-. jaz nô 'h!\o junto d1' trmplo ot E' trtmt'rulo e.""e '="1ancfo_, .... ,
li Cthlaver l;1pi<l;ir, p;11t•1·<'n•I·• ".'mb11lisar o de lodo u1npov 1
' d''•jlt'Cl.1\.ttln p-lo fourind , d"' ... Z\lt".Hi.I"· Seliounte [, •i ;ir
1 ra .... do ptor ~~tu, o qu.._!_
' por ... ua ,.t·z ~ah1a um ann· •
li apenas dtpoi~ de ::-;t•linuntc.
j E. pomo mai '> ou nwou~ , a~:-;im, cm toda ... C!\)a~ ma~a
nlho~as a1.:ropolc-t cierruída!I no '°'º de __..,.-~ v;1o;tado1 lend1> afogado em \;tngue ~lcV "1'"~1 l't\llTt!otSh'oS \'l'l_lridos. purt.ko~. c·apitc1s. .1. t- J om:hitra,,·e~. tn::l.~:;>hus e mêt.i;·e,,, as n [ ) tina-;. obr-~... n m.u ... i)CrÍC1la él dcfüiitl\"3. ~ · prt-.lil.o de bellcz.& que ;:ur1i1.is r~ali!'>Ou o g<·· •
1 ltl•I,
Outra tia~ monumentac .. rÍtp.t,.7:as archcu· l11g1.:as da Sicilia N:lO o~ 8CU1 thc.ttros1 entre º" quae~ o de .S1rat·usa e o de f;iormina..
Taorminoi, :i V) lilc,;,mctr011. uma hora, d flf ~ler-. ... ina. c.leu·ine 3 -.c1.saçao, profunda e 1 • traduztYt:f. c.1,. mai:-. d•JCe, mai-s iu .. inua1.te, m;lis env .. lwntr mar.n•1lh,1 d:i D<itnrcld. e J
theatro é o primeiro du munt.lu. V de e lrnn · ge dizem o~ fran1 ezes ser o :;egundo.
(' ard1ltcct•) gre~o con~idcra\'a·se pcfo A<'U officio um collaOOtadr:;.r da natureza e tcU
c0Minuad.:1r. ' 1 reJe,·o do io!o erJ. a ba~ 1 intcgranH· ela obr;;t que o editit 10 se J, . 1 tina\'il ;1 tle·r1woh'er e a f<>l'Oor. /\ ai ru•
pule, o templo, o gymn;.1~in. o 1 thc.'Jlr1> ~:i.11 ci.theticamcntc in· •
sepêlra\'eh do lo-::ar t-m que o 1
ani .. 1a <>1 collocou O • iltro de T.1onni·
n it, t' n 11 rme, podendo C•>nter nrni:-. de qm11cn1~' mil c"'pc«·t;.Ldore!'.', t1111dl· tica1 tl 11.t ~ua "trut;tura pelos roman .. ·s, le,·cmcn·
te r1-·i.1f'i1i o t'C•
(·ulo X VIII. occu•>a o C'imo da mnnt.111 fia e·u·arpa<ta do ln'!."-· 111n nome .., ·bre o
IJI
nha no boho a Eneida:-Siulldl"J Afusae, /'tlll/O #IQ)QrO <OROIR11sf
="ào. Er~ simplesmente Jv,·cns io· glczas, minha!\ < 1 •mmensac~ cio hotel Ti mco, contit.tuo 110 theatl'o,-madrugadoras como n1to\·ia~, vestidalt de brancQ,• t'Om chapCU"- rnJ1olitr, um li\•ro na mno, e ramos dt• rnza~ no peito. l~vidcntemcn· te collec:iala'I em ferias, pa .. tortad:'ls por uma pret:cpt1>ra erudita. de ocuJo ... de ouro e de ba.nd ··\ brancos-.
Di~ipul.1"i de Huskin, ldhtt antigas 1·ai11has dt 11111io nas fest..tS d,1 prim,1 ,·era na escola ele Chelsea, teriam nas sua~ csguías m:ln!li, de ~csto!i. japoncn·li, c,cg\l· rado alle~orkos lirios ou ,.,·mbolicos ~ira.soei: teri<un rt\'CStido ª" hÓtl.1~ tunica.:> de !!)ne<cu t.alhadas pc)r Katc (iree
~, na•a~: teri.1m pc;1sto jQlOAs dc."JCnhadas
~.. por BurnC' Junnes e ciniclad;1-. pur ... ,, . :-
~ liJ '-,;1---
'7!~~{~ D 'I li IS 7 J. ~ .~ft ~I_, =r 'i .-r
3J. -l •l.•tua'"" """"*"" dt' \ruiu An11•l•oftl4'n.ai t'llll•tf"llk lllO \111 .... -,u 11hloeolQS1at d~ ~U••~ a-lti11,, .. r~lch• "\'"'"'•'' •••> \h1....-11 de :-.i.JW•I'"" ,_4 > llt-ro:u l~o; f.l11nw1•h• .i~, \tu~t'11 de ~;111.i•l\"'<I
,_, 111 l11U"•J•ho 11'411'4» rclr"\o otu 'h1wt1 •k 'ill.Mok!.J J-l!.111", 1ck\o ;111("i.i11 1\lu~•·u ,1 .. '11111•k!o/
J. ~Corri>; e, fieis:\ regra do seu uatriflffhn, virfr1m ai.:<na prC!)tar o seu dôc·e culto á Belleza da ~icilia.
lt1rh;,ra!i saxonih apenas, nas n 'aqucllc h.l~ar de sonho,
[! 1u1 n1:tlut1na d'nquclle sol nn.scendo d'eotn· tlt•rc"I, em turno d<l, suas mimosas bocc.as en-trcabcrt;.11 t'tn nn 11tko e"ta~e como a-; dos anjos
df' Dclla Robbia ou de Giovanni da Fu ~1>!e 1 n!lu se de<li~nari;Jm por certo tlc vot:jar amoro .... ;uuc·nte as idyHcas abe-
lha~ de l'heu1-rito.
\'"'lll'"flTl•lll!IHll'tC°lt'lt"'l'l'll! ... 11 ·l··:\'111oi•l("l)
A localísa11ào do~ ttrandcs
monumentos ~icilianos parece authtnti<'ar • .;,e na hbtoria com uma es~mpilha de sangue. Em Taormina correu o de mllharc~ de e~~r<1.vos suppliciados por occa .. i~o das guerra~
"c:rvis entre os anno~ 140 e 105 A-C
. \s Ídmoeas métop~ de
trr" dn't tcmplu .. <fo al-ropole de ;o;e. linunti·, 1 <•rrc~ponckntt"s ás 1rcs • poc-~1~ ;m hó\ice11 d:t arte clo·ica, t:on-11c1 "•• m•">C no mu-;cu de Palermo, de <1u1• -.:\o .- joia C'<1pirnl.
A l'!c·cç!\u pla .. 1ic;i d'cste museu ótd1;i·sc cm gl':-inde parte exposta no grande ctau~u·o (ur""''" rorlt'le J do cdifido, qul-! é o r'llíli!:I ilorido e pittn1·c~'º rt·tintu d'al'tC que se pode \'~•r. Cohrt•O :i ahohadn. do céu . Orn:uueuwm-o pmfo,;_1mcnte antigas p.-lu1ciro.1i1, b~1nancir;1~, ,-:1ftos1 maftllolins, roseiras e j:Bminciros, cirC.:\•m<tmdo e tn\·oh:endo de 11t'ire$ os pt·dcst.M·.s dn." c:~t1.ltua~. Engrin<tldan t.lo ,, .m·.1c13. trepam a!'!. miiis dcc<r ratl\:a1 e ar1 h;li1·lt., lantas ~arrncnto~' tl.1ll•)ra tg)J>ei3. .\n meio c.1;1 1 r:t!tta, ele uma envfm(" t.l',•' tk granil••, '>•D-hrc 11uc corre a agua entor
nada da amphorcl de uma nympb, cmagt1n 11111ita' ele nenuf.,rc' e de papyru~. de long...s e finas ha .. tu fil.;uncnto"3.~, tcrn.inandu ai• cencionahne111e cm grandes pluma., fi•fa! 1 ondulantl" , \'al'urosas, côr de nuvtm .
Para termc>!'i n~a.o do que C'ª· ( ra dos SC'U' gr .. ndo mc•numen .. .
tos, a. art~ mob1I da Sicdid durante a coloui•,1,ao g_rcg" • ~~~~ t'
nos pnrue1ros tempos d~t.dommaç;\o. romana,.".". q.uc t.:on-.ul .. tar Cicero, que é por excellenlia o dunutt d., Sic1lia. E' bem :onhecido o famo~o fibcJlo nt S1gNtJ Ç•)Ulfil o
pret.".;r Verres, que o u1e .. mo Ci<'cro, cm uma d.t-t 1\U;l'I epi ... tolas, Lào vh-amente no~ retrata, como n'um 1n~t.rnt.inco,
pa~seaodo fastientamCOtC por !\lt.'-"'tna, em htt1ra Cll'lttr\tOla a de alto fonet.. :iouario çorrupt.1.,, a oit•) c:i• MYO. i., luxurnamentc reelinado i;.obrc rosa., de Malu.
C1ccro Íclrc\ questf'lr na !"Kilia. niule vivera e d'on•le data muit~ das .. uas noticiosou cart.1s. O em.o&rito da :accuuç!\1) de Vcr-re:; levar..l-o a proceder a um rig.--,roso mquerito "ª" ga .. lerias e dcpo::-itosd'arte, que o ii.CCU~do. n'um largo gcstoA de dileu.antismo inteiramente modemo, complet.amcntc 1.1.·
queara ce\dlldo a illimitada e incondiúonal a\idcz t\--L.~ .. _X~ do colleciooador absolutamente l:• mpltto. l'~"i."i.I ·~Tro..t::::r-
A "errina DIU E.slal•as l~m a :autheottndade de "' um relatorio offidaL e, rc:lida. cvmu cu ti\·c a tut11,;•· ~l \ ~ ~idade de a releT 11 'um3 tarde de f.11 nt~1tl~ tobre v ' o theatro dvs al"'ontcrimcnto!I, n'um quarto du ~ hotel Trinacria, tm )fc, ... ina, C'"i<C- dou1mt11to usume tüdo , o palpitante intere~e de uma n•u"õt l dcbrt• ou de Ultl ·
pamph1eto politico do~ 00:)5'0-> c·oncntc .. \h·""· n:'lo ~e.nus
~~~ r,:~~~~: ~ ~~ ir~ pui<·ul;u.e111 que r,,. do tempo de Cicero. ·11
,1
1 I·
Curioso detalhe: O poder CCl\tral de Roma mostrava·SC em
geral extremamente latitudinario e runclliador peraute attentados da ordem d'aqucllct de que era accu,ado V erres. O governo romano ignorava coml'lctamente por occasiao d~ conqui:sta da Sidli~' o .. alor :la ane bellenica. O dcuo:-ato dos monumentos e a rapina dos ob1ect01 d •:ute m<.tl~t.aVit·ó tt·nub .. imamente, - o que p:arcc<.
demorunrnr tiuc uma con)ideravel porçào de inan1ovivcl estupidez, abroquelada pela impenetr.alJilidadc esthetica e pela indifreren(.;n ar~ ti5tica1 l· ap;magio de todos O$ go\'CfllC>'-., qualquer <JUC \Cja a sua confo1ma-.;:\o nrganit'a. Quer a hi'\toria convencer-no.., de que, rm lo<li,:, ~ tempos e em iodo~ os lagares, o trafr·go da politin tioe~tifica o~ homens.
RAllALHO <hnu.Ao. (ConlilOJn)
Nota da rOd•oplo A 11/ustrarbo Porl11.fl11e:t1 C'O·
mc<;a hoje a puhl k:u,f'l.o <le uma serie de artigoi. em ( j\lC
o grande cc;.criptor, arfr'il.a irw· gu.ttlavel <la founa, que /: Ra· m41Jho OrtJi;:!W, en>Ca, C<·m um lào apaixonado colorido e uma t.ào romnim·ida pied;1de, as !'>ensaçüe:~ <le ane CXJ>t'riment.ada:> durante ;:i-. l'IUai. dí· grel)sões por c~&.as terr.1~ admi· raveis e dolvro!<ia!ll du !'llll da ltalia, que a 1u:ti1J 1~woro:-a catastrophc itntba de a rruirrnr e; dci,t1 uir cou1 os llC\h ricos thcl)ouros de arte.
A importanda <ln p;.t;R"amcn· lO do ~u primoroso l.1,·or litte. rario, de~tinou·a i:t·ncro..amen· te o illustre e .. oiptor para a sub~ripçao aberta cm Í8't'Ot
das \Íctimas e.o tcrreni ''º·
A CO.SFLKIN('J.\ OK B.\PTIS·
T\ CoELtto (jo.\ .. PnoCA) "º ".u.lo º" h.i.u,T1tAç.\o PoR
TCGUEZ.\. A primeira. confcrt:ucia da serie que a lllu.strachCI Por111~11r :a resnl
\'CU offerel t-·r 110 ~cu )al!lo de fcl'i· t.1s realisou•:1, no dit1 ZI de ja· odro, o to•lc1u11~0 humoristà bra-1ileiro Bapti .. t•1 Cudho, l:UJª colfahorat;ào alei;:rc nu jornal d.J Dr,1-zil. sob ..> 1JSeudon~·mo de Jo~o Phoca, cu1~tituiu d~e o seu et,. mc-;o um do• mai:; espontaucos Mlccesso~ da 11nprc::nsa ffumincol)e, e que ainda huje mantem a mc-.ma li~ongeira popularidade.
Versou t''"l p.'llestra ,, obre O SUC:~C"'.\th·o thema dõ nam<.oro. c..IC"s..rt:,.cndo o t'p1rituo!<O conferente, tm cngrac;;1dissimos quadrO.:J de Uagrante ob!o.Crva\'lln ~ricatural, os processos, ~c:cn;.1"", tv-
po"t e incidentes de namoro ~ti no" di .. ·en; •s balrrot e ca- ~ ~ nucl~-. ~iae~ do Rio de \ 1~ J.omt-1ro, e f >i tr>eb t-lla um \"Crd.1rle:1ro e;ncanto de ~ra\a leve e francat p.1ra o
seleno auditorio que se reuniu nc. no~~a !->ala, e que era \!Ili grande parte composto de seuhor.1-.
A s c•>nÍercndas Jittcroui;_1-.. que ~10, lá f1'>ra, um habito con!\o-igratl•) Já. rcprc..cntam ainda, entre n·ls, q1Ja.'.'.>1 urna n<•,·1Jadc. que a /lb,1lrâ(ll.t1 Po1'Ngu~ro se cmpcnh<.l por 1ntrodu zit 1105 t.'ostumcs da no!.''' vida etc .. gantc e mundana. E pnde di7.cr·sc
que para init iilr a realisaça.o d'c ... tc intento nào podcriamos CS· colheruana maispr<.r mct~eôora e:ttreia.
~~~~~ Realis"u-sc, n >
cJia li 1 lo mez lindo, .1 inauguração da :!\Un:ur~l do .. \e· r u /q estabelecida na praça de D. Pedro, e p-.•de dl· zcr·sc que a nôva 1hM.1llã\'àOrrtcbcu do ~1ublico um a.côlhi111ent11 quP.. ape-1..ir de justificado pcl a indiscutivel v.intagt-·m do! seus sen·i\'<J•., pode con· sidcu.r-sc ,-erda· dc1ramcnte excepdN1al_ A ultima Jnit ia tiva do .')(cu
/, foi, pois, cor"a· da do 01esmo bti· lhautc e'.\.it•> que semprt' tem acompanhado todo ... os emprehend i me n
Oll do grande ornai.
1-.\i.l\ to.ah<! ...... o rndMt..,., I""' .1 ~ •oetra
~F"t• ,.. ,..,_, UIY q >hn 1k 4.rthur \h"M t._ardoo.
-~·· h.-.kt '•'"-iar f'C'('('t- o ,.,_ do ~,....
\mn1~ lo
O NOVO PRESIDENTEC05 ESTADOS UNID~ "' ~ &""' '\:,, ~ ~ g A estas horas j~ o presidente Rnmevelt en· ~ ,;, cctou os prtpar.u,.·os para a sua mudança da
.).~ .r Casa Branca. de que o novo pre 1dc:nte sr. T'lh tomará po,.~c no principio de março, em que comc~am os quatro annos da Mta gerentHL
S."-o grande$ a!il esperança~ fundadas oa prcsiden· _eia do randidato do partido republkano, vencedor
~ por uma grande maioria, nas ~lti\r'es de 3 de no\·tm· bro, do C'andida.10 d< mocratir(• lliT. Bn·cm. E é natu·
iJ ral que assim aconteça, porque o novo· pr<!'íidcnte dos
~~ Jo:stados L:nidos. é, n;k realidade, um home. m de inque~· tiona\'e) energia e um trabalhador iníath~avel, que deu jo'1 sutfu ientes pro\ as de tod;ls e~.i;as qualidades. tan· to no • ari:•' dehcado e diffidl de go\c:mador da~ filipi· "ª""• c1 mn no J~r de 1nini!->lrO da guerra e da" P,lonias, que ahttndonc1u ultim;.1mcnte, dc!>clt que foi rc<'."onheci· do oflid1drncnte como C'andidato (~ pnsidelll ia da repu· blica.
Os quatro annos d.a administrac;:lo dl.) H Taít n:lo scr~o. poi•, ~~uramcntc menos arti\'O:o,. e intcrei-...antes do que 01 da r r~ic!cncia do seu amigo Roc ~C\'elt, e de antemao pódr ter .. sc a certeza de que u:,, progressos rea· Ji<:ados pela grande republica norte americana duraote os ultirnos vmtc z.onos a<.lquirira.o, ~.,u u impuh.u de um espirito audacioso e tenaz como é o do DO\"O pr~identc, \'m maior e mai~ raJiido incremento ainda. lüsa é, de resto, a fciç:lo caractcri~tica e ~ingular da vida amcrica· na, que nos surprehcnde sempre a nc'>s, europeus lentos e timidoit, capazc~ de iodas as idéai; arrojada~. !-em du\lda, ma' tambtm incaraic~ do f!llÍOrço e da pcr,.i!'ltencia ne<l'~ .. uia fara a ~ua rtali~a~3o pratica.
:-· t '11hno fdralo du ~' \\' liam Taf1 1-~ t *""" 111, ... ,,1, ntll' Q in , 1l1• 1.ut111l:c c<~i"""~• f1lh-' ,1ni;,;11 l ltl.<•111 e< ,1.,;., lill1••,
<'111 wm J1'a~f;t'tf'I •I~ 11u111fl10\d
f( '/1.JuJ d.f '" 1tiu1t•J
'14 l>F. JM•EIRO EM FA\'OR l>A OHKA
OA l !'F.-\NCI A
1-Mndctnoi"<'llC' J t1dhb L11it:~llo F('rnaod~
rt..'7i(/I) da t'llOl". CA.'llACllQ\
i -0 çoníc«"n!(' R3pt11>ta C~l~ rl1itlli lia 1•t1UJ . \'ASQl:~l
J 1) . CAndi<b ~ Nova ·MOul<-im J.:end11.ll
- Madtm~:•dk M:nill. Htnftquc1" U'Korlh
~-r~ro fll:mçh ((71(/I! Ja l"llOT. ACliU.1.Uj
A FESTA Esc.;ol.AK 00 h•snfUTO D. Ai;r·o:-;so- Re;:tlisou-s«, no domingo .:q cio mez findo, a ~essa.o solem1le annuaJ da distri· buiç;:-io de premios ás alumoas do Instimto D. Aflonso, o magnifico estabelecimento de educac;!'lo íeminina làO merecidamente conhecirlo e elogiado.
A~sistiram á cerÍlnl·nia sua magestade el·tei ~ sua altr 7.~l o sr. i11fante D. Aflonso, que per· correram, em !:ieguida.. todas al) ctcpendcnda" do edificio. clcpendencht~ do edificio, que correspondem. pela sua admirnvel disposiç:to e meticulosa hy· gie11e, a todas as exigeocias dos collc~ios modernos.
1-k<'.trl\l<• do t11<11lp1M port11f'n«c R.,n1Jo Jtmior,
Ml•-tor d•> mo111m1t:nlo
l-.V"i/Nl'-111' (lo mnnmn~nto qlM' \;tf' '<('r c-rh:-idn
na roHJia de Ytu:&im ao C.-1:u do .1/t.w•
,;-O 11ei<:t.ffor J~ Rodri)(U'<'!l \111Jo. o (i-KO do .lf«t<> . .:;l\·:11leiro dJI íClfrl" F.;l':.\da.
o l~roit'1.~ 1"2tnlo do ~l\'a.\•kb-. lia ftow.a t1c- \'au1l'll, l.j,~t' :11 ra11<:ou
un\ll cc11Lc-n;1 rlc \'l<fas lló 1t1J1r
TRO. RRP.RESK~TAOA
l'FLA f>kDH-:UtA \'V.Z, SO
n l ... ATRO D. AltELI.'-, ?"A NOlT~ DE q tJi,;jANt::lkO
Qoinr,e dias passados so· bre uma primeira represen .. tac;301 a critica póde exer· cer·se, sem suspeitas de parcialidade, com a mais serena reflexão, n'este circumscripto meio onde todas as vaidades e todas as ambições se aco· tovelam, por completo liberta dos receios esc-rupulosos de prejudicar o publico, o au· <.;tOr ou a emprcza.
Quinze dias sobre uma peç.a, n 'uma pequena cidade como Lbboa, sem populaça.o fluctuaote, são quasi uma eternidade. Em quinze d ias, no thealro O. Amelia, uma peça, seja ella uma obra· prima , gasta· se como o diamante sob o esmeril do lapidador. N!lo é pois a pretençao tardia Ce intervir n 'um pleito, que sempre se derime tntrc o auctor e o publico, que hoje decide a llluslra(bo Porhig1u::a a ar-
~ t maturgo acclamado do ~ Amor á anliga. Augusto
(
de CaMro tem, no lhcatro, o seu nome feito. .Xinguem mais do que eHe, na moderna geraçào de homens de lettras, trouxe para a scena, depois de J ulio Dantas, uma capacidade authentica de escnptor theatral. As suas obras anima-as uma vivacidade em que se reftecte, sem nada perder dos seus cxpresi,ivos cambiantes, urn talento de observador sagacissimo, e onde palpita esse instincto do theatro, que surpreheode todos os segredos de tochnica e constitue a a.rte suprema do dramaturgo.
Quando, ha quatro annos, Augu>to de Castro fez representar no D. i\laria a sua primeira peça, facil foi para os do officio vaticinar que o debutante audacioso Aeria, eru bre\·c, um competidor. Mas o que poucos previram íoi a rapidez fulminante com que elle ja arrebatar a decisiva victoria. n 'aqucl-
ie mesmo palco, alguns mezes depois da sua esueia . A n represent.:1.Çào do Amdr á tu: .. ~9ivar=nas su=as pagina=s a re.. n e:=::::::>
~ U 1-Prhnelro actC): Soen:1. 1
l'-Dr. Augusto d(' Castro u====~ 153
Jú,•a collocou, sern conte1taçô,s, o lt"U au... prima e m•l{tc)o antiquado, a Slxie· fl1>r na primeira linha de-. nc~• drama- dtuk 0111de a gelflt .u afH>,rut, de Paille· turgos. ,\U'!\J$t.o de Castro n3.o te-ve, pilde diura.SC, ron. No!> tre!> acto~ da sua peça, Augusto de C.::\~· um tirodn10 1•ara a cct..:Uridadc. Consi.igt~tram·no tro. t·om uma ~dencia tle melie1 c1ue acalx1u de como um m~tre ao terçar da!ll primeira" armas. pi"lr cm cvidcn~ ia 0$ sicu!I admira\·eb instinctc~• de Chegou. \'iU e \'CDceu. dram.uurgo e ' .. rCCUr!IO!I de um tcdmico magis.
. .\ e-.ponta11cidade do ~cu ta.lento e o br~lho da trai. improviura uma debil ac<;!\ô para articular ~ua ohra ju"lt1fio1.vam por completo ess.e tnumpho uma sat.\ ra hilariante á!ll elcgantC8 burgueza1. Pe-rapic.li!o.Simo, obtido quul de surprcz:.l.. Ma~ª, fo~- rantc as e.spet:~tiva~ de um publico rc~h:ido :L rc-tuna ~mprc se paga caro. º"' applau--01 d ~~ sbur e .1 difhcuh..11-Jhe a ,.í :toria, cite exhibia. te-rcei ta mt-mora,·cl do • l•or ri ""lira conlUhtam mer.niain~te, uma peça de combate' E, por con-a Aui;usto de Castro uma divida tCm('roi.;.1 para SCfZ"Ull\lC, n'cssa noite da primiirc combatcU·S.e. com os invcJo~O') da !\la \'ictoria e at.C p::trn <·0111 Con~bate cheio <le gradnsidade, cou"I todos º' ex-c~'<-' mesmo publko que: tôra o docil trampolim ped1c11trs do c~pirilo e todas as §Ubtilezas da iro-. d•, .. eu saltn, O dra1D.t!ur~v JX dcria. ter lançado nia. s.·, quetn n~o dispuzcs:,e de 'lotnsihilida.dc po-mlo, n'e~~c lance, tlc um expediente já, como deria ~rrnane(·er lndiffcrente !1s 1·moções d'csse cllc, tonsagra<I-> pelo "uccesso: fugir aos ço11fron· combate que o talento de um e~niptor oHerccia a tos, dcrivantln traositotiamente para outro genero uma -i.ala sisuda como um conda\'e de mil juiies. de theauo fl e:>tr,,U.;t.:-:ma n).•) M" adequa\·~. po· E~u noite podia t~r iaunobili ... 1du Au~'~º de r(:m. ao tempnamcnto combaüvo, ~pontaneo (a!nro na mesma situac,-30 em ttue o dc1x01ra o e audacio3o do escriptur: e drpois de uma sucrc:;so do Amor d nutiga. \{as o ('..+ri dâs comedia de observat)lo, outra tomedia, tem· â11<'1 fel-o avarlçar até á dcci,h·a conSJgração perada com a mesma gr.1.•,a sat\nca, sa.au. e .. - que lhe falt.;1\·a: a do debate. O exito rio"-"''" fusiante de e. .. •.1.rito, agn.ada de mo\imen\v~, J · 1 n aJ1l16a f,ª,ra dema.-.i<Ado fac1I. N:..o lh'o d1scu-da :i.ua penna de 1ro01&,t,l. E~i>a no..-a comcdrn, til'.1m. Tiver,1 mais o <hpecto de uma couceuno c:1aipta de um J•tcto, drn1nouase C-l1a das tutro, a que de uma ronquista. D'csta vez, Aup;u~.to de e fiha·l><..':. mau dedaradan1ente. n·cue gcncro Castro c.'pcrimentou a Kll"'31,:lo "'3lu~r da arch1-d111i,d e'· theatro • que pertence. e •ID •
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0_ lucta. /•K•" um po,..tido, o que. em. h11era-
rnr;i. é a premgativa 1uax111'a a que ptute as· l"'1rar um combat,ntc. ( )s mcredulos por na· turc-u podiam, ain<la. !i,1 pnuco tcmp<), duvi· <lar díi \"eracid;_-tde de nm rnerito que a opi•1i:1,, proclamára com M
· r~« ipita\·ôes d<l 'llr• prC'Zõl. Hoje, Augusto e t ·a11ro, depnis da
!olla replica brilhante •'º" uhimos incrcduhuJ, ,/, tem uma tarefa a 1 umprir : escrever a sua J e<.·• do anno pro~imo. f. um \"oto terno~ n ·,"' • f..zcr que f'ncõntre, })"Ir• a en~iar, o mesmo lnl 111- rximio de ilJ;cira jMf<t a marcai, o 111rt-mo 1..:ompetenti!\"fimo arli~ta t:m quem d'é'llU \ cz rccahiu Cl:i!:IC trah.t· 1" v p •• ra a rcprõtn· t.ar, o mc:,mo grupo bri .. • lahli:' tJc actore,. que ::1 » l•c-m d!!sempc.:nlM· 1,1111 a i.u.t comedia c.I'<'!!-· 1c ;mno; e, finalmcutc, 1'ª'" ,1 ptir em sccna, o 111rM110 lo{fande cmp:c· z.irio que tào hdalgamc:ntc: poz agora o ~u thcatro á dispo!:liç~o do :-.· u talento.
1 ~1nrl(1111do '•f'na \'li :t - Terceiro •~w. :-.C·t'11:i \'Ili
~ l>--•mo~ cm se-.::uida a
diMribu1ç:t.o d•> Qa d.u liNrO
.\ n11uh· .. ,a ~ 111,i!d~l Pi'1IO \l,trlil Jlt'lc:na
1~-mi/111 1/'0lilYir.i ll l.U(ta
(,(l/IJ ~\.,us I>. ti1oria Hotdho J1urrlla d'Oliuin1
~lari.t <l;t ( .r.tnt. ifilha da n11uJe ... ,;t1
IWM'tl '"' _ .. ,,JNJd Clotillk tilh:,dt· l). Luri.t1
/-'tHili11 S1n1u-11/,, Juh:\11 Bu1dho A•r•1/o J.."-,s11
''·'""'='' .llr1;111d1'I' I r.."iJd Jur).!c-
(111/1\ (J/i;.ár(t t) rundc:
.l11lm;i11 Pinllâr . ., t>l tr-.a<
lf1rtw .'i..i1114J~
e J t 0110\Clhciro citahr l'i11/uiro
ll. ko.lna.:u da :o;ih.e1ra /kNril/Hr . l/:·t>s
G<l"'IMrKm·ll,\!o(-;.a ... 1·arào1 Nupl111f'/ . rt.u-911.ts
llo .. itlÍ, Ít,1Ji1mo, µrofe:!'.,Of de c.-.1nto
~l11/u11i" .\dr1H~1tM \'m;t, cr~ada
Ali' ••ilrot.i {!M.-Jdrio \'m <'rt-ado
.Jf,murl l'itta
1-Ó f<'tr.Hn de 5~h;."t r(lftO
cl~nludo J'°'r C-0o1tdt'io
3-(iYNrf,.;1Nd·-' tJ ,-('!o,.r11tf1, 11u:i.t'lr11 J!Crtt"111:cott' •• , >4 • .:on<l<-
do .\mcal
~- Jf,_. ,,.Ji,, d,, ,,,) J "j:,.//<1 quadt'-l JKrt("l1cci1tc ao "'. c:vutk
dQ :\nH:àl
quentemente fixaram n 'elle uma t~cordaçào mais perduravel .
Além d'isso, Silva Porto constituiu ainda, sem po.,::;ibilidadc de discussào, orna das individualidades maisca· racteristicas da arte portugueza. Mais de uma vez tem isto sido affirmado, e nós
proprios aqui o escrevemos j:t. Nas suas amora veis paizagens da Estremadura e do Minho, rndas cheias de urna candura t-nten\ecida, evvcadora de tanta coi:;a que é uma exhalaçào espiritual ela oa1ureza para os que verdadeiramente a amam e comprehel'l· dem, n 1esse pintor de estranha sensibilidade, e nas suas telas de conrcpc_!\o ideal sem prejuizo de reproducçà<> fiel da paizagcm rural, o qoe havia decerto mais nobre e glonoso era a sua feiç!\o absolutam.ente pessoal. o grande merecimento que o artista possuia
:===:=================:::::= ~v{ . "" pois, qu~ a re~·en· -.../~ Na.o admira,
te cxpos1ç!H1, r('a lis.ad;\ uo Pono p ir orcasi:tio da ,;siu ff·;la, da obrz pictural do eminente artista C<Jn ... 1it11i11.· t:e, rnmo constituiu, urn verdadeiro succes\o, Con scguiu.,c juntar urna parte Importante d· ... •lU4· dros do illustre mdtre e
de n~o se parct er com ningurm, o grande \•alor de originalidade pro. pn., que a -.ua obra apre-scnlava.
T;1J é a dupla circum· '\t,mcia qoc nmrorre para lJUC o culto 1)elo Q.randc p:11tor se con .. r-n·e "i"o e 1oquehrant4vd na ra. m11ia dos arh-.ta~ e no t:m:ulo res&rlctod1)$ amadorC!;, e que o ~wu no me mantf'nha nara o ~r.mde publico 'um bú· lh.mte pres.ti~io, que o tempo, co11-.tomtc curnphcr da morte na sua ohra iograt3 ele c~ueéimento, ainda nàit consc:i:uiu <lesvancct"r.
mento e do seu proíundo saber de ~~tt;~~--=---:-=--==========---...~~ execução. E raramente poderá con· seguir·~e. existiodv t!\o dispe:~· is os quadros do magnihro paizagi~ta, reunir uma serie tào numerosa. uma cullecçao tão valioAA e not;wel, para o C:'ltudo da obra de Silva Porto.
A ll/HS1r11(40 f'o,JNKJU:4, a quem to· d0$ . 1.., biUmptos e que ... tc'es arnstica"' intercS$3m predominantemente, como o~ nOS$0" leitores sabem. aoroveitou o en·
l'ÇJº <la cxposic,:ào portuense paril íazcr pbotoí:t,1· phar .1lguns dos qu.ulros - do in!'li g u c mestre, < uia~ reprod1ffÇ{'te" .. insere ho1e. \Jgumas d.a.-. Íc· lat rt"produzida§ 1~rttn<"tm. conlorme mostram :1s rt·!>ipCctivas inr!i. c;1 ... \e~, á coHt•c. i.!h., 1l•l Ca~ ){cal
\:V- ou a galcrht' particutare,, nl•) ,,·ndo por iuo ía1 il de ~r ,.i"l••l'i pclti~ que u desejem. <'ti':.. mo~, por CA!I<!
motivo. prõta.r um bom ~rv1ço com a -.ua pu• blicai.'ão.
1lfi.Ah <1-r ro1 1.., ..... 11.~l•A f'UI
\,lf,.,,.JI/, qwu1ru 1orrtf"lln"lltt' â ( ~..,. K.-11.I, J-.tf•"I"'"• tf,> º""· qtiadtu 1orrl11;1\~"'nte" â Ã('ll•kmla t'olt11~11~ 11< ll•·lla:o A1lt'!I .t .f· Í"'''" .ftJ 1vl'Nl1t. •111.i\<bú IX'r\1.:m1:11I.- A <·a .. Real
4 ·""º"",.' ,..,, j(.i, . o utt11110 11111,.lhu (lot' Siha I'º"º· •lllt' hC-lCI Jt'lf ~un• lolf , «' l>tf\"u•.'\' •to<•••· c"hd°' dn '"t<P~I
1 ~·
l 'M \ NOVA F.<;Çt"LPTUR.\ -A n/1"""4 dislmt/1sJ1ma que 11: (lttunn f). Ada da <.únltn n;.:tlou 110 pru:.•o /itlnl do seu 5.•
1111110 11n Acode-mia de Bellas-A1/rs do Por/o 1nn qualidades tk imnginacflo t dt romflb· sirtto q1u podrmos offirmor f/Nt Po1 /Hg-al pount ltoit uma tsnt/f'/1>n1 do mnis 61 ;. llulNlt /11/111·0. A pJtotopapltia j1t11/n t dt1 ,tnso .\ lnCmcia de Jesus- lrol>n/4" /ttlo 1"61 t o 14t11UJ i111poslo 11a !J1·t1N1 /i•al .tos
al•m•os do -t • t t1lli11UJ a•""· F.su '""'. pln o ass11,,,pio, stnl&·o a orltsln 1Nl<rPrt· tal' na '"ª mais alia si~Mi/it'o(dO pondo n 'tllt' " seulitfo rdigioso qNf' o llttma <OIN· f>tnln, t rralisnr çqm /J(rjriln mnlria de romposiftJtJ, de simpli&idadt t dt' grtt(a ttJmmu11irali"i'O.
() rn11too "ª"' AIORIO PON.WIS'iJo. l',\K \ A~ Vtt fUIA~
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D.\ Su.:ILIA
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