Empreendedorismo e a pequena empresa

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    PERS MICASJ A N E I R O D E 2 0 0 6

    DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA / ESCRITRIO DE PROGRAMAS DE INFORMAES INTERNACIONAIS

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    JOURNALURNAL

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    eJournal USA

    Perspecti vas Econmicas/ Janei ro de 2006

    Editor........................Jonathan SchafferEditor-gerente........................ Bruce Odessey

    Editores colaboradores........................ Gretchen Christison........................ Michael Jay Friedman

    ..................... Kathleen E. Hug........................ Linda Johnson

    ..................Kathryn A. McConnell...................... Andrzej Zwaniecki

    Editora de ilustraes....................... Maggie J. SlikerIlustrao da capa........................Min-Chih Yao

    Editora-chefe........................Judith S. SiegelEditor executivo........................Richard W. HuckabyGerente de produo........................Christian Larson

    Assistente de gerente de produo........................Sylvia ScottRevisora de portugus........................Mar li a Arajo

    Conselho editorial........................Alexander C. Feldman........................ Jeremy F. Curtin........................Kathleen R. Davis

    Capa: Reunio informal de negciosFoto: 2006 JUPITERIMAGES eseus licenciadores

    Todos os direitos reservados

    O Escritrio de Programas de Informaes Internacionais doDepartamento de Estado dos EUA publica cinco revistaseletrnicas com o logo eJournal USA PerspectivasEconmi cas, Questes Globais, Questes de Democracia,Sociedade e ValoreseAgenda de Poltica Externa. Nelas, soanalisadas as principais questes enfrentadas pelos EstadosUnidos e pela comunidade internacional, bem como asociedade, os valores, o pensamento e as instituiesamericanas.

    A cada ms publicada uma revista nova em ingls, queno prazo de duas a quatro semanas seguida de verses emfrancs, portugus, russo e espanhol. Algumas tambm sotraduzidas para o rabe e o chins. Cada revista catalogadapor volume (o nmero de anos em circulao) e por nmero(o nmero de edies publicadas durante o ano).

    As opinies expressas nas revistas no refletemnecessariamente a posio nem as polticas do governo dosEUA. O Departamento de Estado dos EUA no assumeresponsabilidade pelo contedo nem pela continuidade doacesso aos sites da internet para os quais h links nas revistas;tal responsabilidade cabe nica e exclusivamente s entidadesque publicam esses sites. Os artigos, fotografias e ilustraesdas revistas podem ser reproduzidos e traduzidos fora dosEstados Unidos, a menos que contenham restries explcitasde direitos autorais. Nesse caso, necessrio pedir permissoaos detentores desses direitos mencionados na publicao.

    O Escritrio de Programas de Informaes Internacionaismantm os nmeros atuais e os anteriores em vriosformatos eletrnicos, bem como uma relao das prximasrevistas, em http://usinfo.state.gov/journals/journals.htm.Comentrios so bem-vindos na embaixada dos EstadosUnidos no seu pas ou nos escritrios editoriais:

    Editor, eJournal USA: Economic PerspectivesIIP/T/ESU.S. Department of State301 4th St S.W.Washington, D.C. 20547United States of AmericaE-mail: [email protected]

    PERSPECTIVAS ECONMICAS

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    Perspecti vas Econmicas/ Janeiro de 2006 eJournal U SA

    PERSPECTIVAS ECONMICASDEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA / JANEIRO DE 2006 / VOLUME 11 / NMERO 1

    http://usinfo.state.gov/journals/journals.htm

    NDICE

    O EMPREENDEDORISMO E A PEQUENA EMPRESA

    22 ApresentaoHECTOR V. BARRETO, ADMINISTRADOR,ADMINISTRAO DE PEQUENAS EMPRESAS DOS EUA

    33 Como as Pequenas Empresas Contribuempara a Expanso Econmica dos EUADEREK LEEBAERT, PROFESSOR DE GOVERNO,UNIVERSIDADE DE GEORGETOWNAs pequenas empresas contribuem de forma

    significativa para a economia americana em inovao,adaptabilidade e criao de empregos para as mulheres eas minorias, assim como nas reas carentes.

    66 As Pequenas Empresas na Histria dosEUACHRISTOPHER CONTE, ESCRITOR FREELANCE E EX-EDITOR E REPRTER DO THEWALL STREET JOURNALOs pequenos negcios construram a economia dosEstados Unidos em seu primeiro sculo e at hoje osamericanos tm alto apreo pelas pequenas empresas,cuja flexibilidade proporcionou lies s empresas degrande porte.

    1100 O Papel do Governo no Incentivo sPequenas EmpresasSTEVE STRAUSS, ADVOGADO, ESCRITOR,COMENTARISTA DE TELEVISO E COLUNISTA DENEGCIOS DO USA TODAYPara estimular a expanso das pequenas empresas, osgovernos devem propiciar maior acesso a capital,facilitar a capacitao empresarial, promover oempreendedorismo, reduzir os encargos regulatrios eproteger a propriedade intelectual.

    1133 Leis de Falncias dos EUA: Incentivo aoRisco e ao EmpreendedorismoNATHALIE MARTIN, PROFESSORA DA CTEDRADICKASON DE DIREITO, UNIVERSIDADE DO NOVOMXICODiferentemente da legislao da maioria dos outrospases, as leis americanas visam eliminar a vergonha emcaso de falncia e estimulam os que fracassam nosnegcios a fazer outra tentativa.

    1166 Ento, Voc Quer Abrir um PequenoNegcio?PHIL HOLLAND, FUNDADOR DA YUM YUM DONUTSHOPS INC. E PRESIDENTE DA MYOWN BUSINESSINC.Abrir uma pequena empresa requer primeiramenteintrospeco e depois decises cruciais sobre que produtoou servio vender; como obter financiamento; se haverscio ou no; e como elaborar um plano de negcios.

    2200 Pequenas Empresas em Plena AtividadeM ICHAEL JAYFRIEDMAN E BRUCE ODESSEY, EQUIPEDE REDAO DO DEPARTAMENTO DE ESTADO

    Flickerwood Wine Cellars: uma empresa familiarTLC Adcentives: receita de sucesso de uma mulherTimberl ine Tractor & Marine: prestao de serviospara o mundoLYNKA: operao de uma pequena empresa no exteriorRadio One: uma pequena empresa que cresceu

    2255 Bibliografia

    2266 Recursos na internet

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    APRESENTAO

    sucesso das pequenas empresas crucial para amanuteno da solidez da economia americana. Osnmeros praticamente falam por si mesmos:

    Noventa e nove por cento das empresas americanas sode pequeno porte. As pequenas empresas fornecem cerca de 75% dos

    novos empregos lquidos gerados na economia americanatodos os anos. As pequenas empresas representam 99,7% de todos os

    empregadores. As pequenas empresas empregam 50,1% da fora de

    trabalho privada. As pequenas empresas so responsveis por 40,9% das

    vendas do setor privado no pas.

    Na verdade, a inovao, a resistncia e a determinao deseus proprietrios so o que fazem das pequenas empresas ocerne da economia americana. As empresas de pequeno porteexpandem a base de participao na sociedade, criamempregos, descentralizam o poder econmico e do spessoas a oportunidade de apostar no futuro. Ser dono depequena empresa significa no s muito trabalho, mastambm compensaes. A posse de um pequeno negcio

    estimula a liberdade pessoal e aumenta o poder individual. a empresa de pequeno porte que constri e perpetua aestabilidade social e poltica. Alm disso, suscita o tipo deinovao que gera ganhos de produtividade econseqentemente aumenta a prosperidade local e atnacional.

    Mas as pequenas empresas no conseguem fazer tudo issosozinhas. O governo americano desempenha papel crucial nacriao de um ambiente no qual os empreendedores possamcrescer. Implementamos polticas para reduzir os

    regulamentos onerosos e eliminar a burocracia de forma acriar ambiente favorvel pequena empresa, que ajude aperpetuar a existncia de mercearias de bairro e alfaiatariaslocais. Sem ateno especial, polticas governamentais podemacabar com o setor de pequenas empresas de qualquereconomia.

    Para criar um ambiente em que as pequenas empresasamericanas possam prosperar, o presidente George W. Bushaliou-se a organizaes sem fins lucrativos, comunitrias ereligiosas do setor privado. O objetivo concentrar talento,conhecimento especializado e outros recursos para facilitar o

    crescimento econmico e os empreendimentos por todo opas, especialmente nas reas at ento ignoradas. Juntos,esses grupos esto instruindo os americanos interessados emempreendedorismo. Administram aulas sobre contratao deempregados, negociao de contratos e comercializao deprodutos.

    Os investimentos do governo em pequenas empresasbeneficiam no apenas as empresas em si, mas tambm aeconomia nacional e a sociedade americana em geral. Umaempresa de pequeno porte saudvel cria empregos nacomunidade e possibilita a participao do empregador e dosempregados no progresso do bairro. Em tempos difceis, apequena mercearia que nos socorre at a chegada de dias

    melhores. Cabe ao governo garantir que suas polticas noatrapalhem, e sim ajudem, os empreendimentos, criandocondies para o progresso das pequenas empresas eincentivando o cidado a tentar ser dono de uma.

    Hector V. BarretoAdministradorAdministrao de Pequenas Empresas dos EUA

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    COMO AS PEQUENAS EMPRESASCONTRIBUEM PARA A

    EXPANSO ECONMICA DOS EUADerek Leebaert

    As pequenas empresas contribuem muito mais para oconjunto da economia e da sociedade americana do que sepode calcular apenas a parti r dos gastos e lucros gerados porelas. Essas empresas tendem a ser mai s inovadoras do ponto devi sta econmico do que as empresas maiores, mais capazes deresponder demanda sempre em mudana dos consumidorese mais receptivas criao de oportunidades para as mulheres

    e as minorias e tambm de ativi dades em reas carentes.Criar, gerir e expandi r uma pequena empresa faz parte deum ciclo virtuoso de criati vidade e aumento da prosperidadeque pode ser gerado por pessoas srias e dedi cadas de qualquerlugar do mundo, afirma o autor. No existe segredo, e odinheiro costuma ser menos importante do que umacombi nao ponderada de imaginao e esforo.

    Derek Leebaertprofessor de Governo da Universidade deGeorgetown. co-autor da tri logia da MIT Press sobre arevoluo da tecnologia da i nformao e atua como consultorpara a Management Assessment Par tners (MAP), empresa

    internacional de consultori a.

    uem visitar os Estados Unidos encontrar muitosjornais e revistas especializados em negcios: TheWall Street Journal, Fortune, Forbes, Business Week,

    Barron's. Na televiso ou no rdio, ouvir sobre o IndustrialDow Jones e o S& P 1000 ndices que refletem as altas ebaixas do mercado de aes, segundo o valor das maioresempresas americanas. O termo Fortune 500, cunhado h 50anos pela revista Fortune, classifica as principais empresas danao: General Motors, General Electric, DuPont e, maisrecentemente, Microsoft e Oracle. Alm disso, marcas como

    Ford, Coca Cola e IBM provavelmente so lugar comum hdcadas no pas de nosso visitante. Com esse pano de fundo,ele poder ter a impresso de que a economia, o emprego, ainovao e as exportaes dos Estados Unidos soimpulsionadas unicamente por esses gigantes.

    Muitos americanos tm essa mesma impresso e estoenganados. Sem dvida, as maiores 500 ou 1.000 empresasoferecem material estimulante para os jornalistas, como se vna cobertura detalhada dos escndalos e das aquisiescorporativas. Essas empresas tm visibilidade, influnciapoltica e, devido ao seu porte e relativa estabilidade, so

    receptoras de fundos de penso e outros investimentos delongo prazo de muitos americanos. Elas so responsveis porgrande parte da produo total de bens e servios da nao.Mas, para entender a dimenso completa da produonacional, bem como da criao de emprego e da inovao naeconomia dos EUA e tambm a origem dessas empresasenormes, temos de ir alm das manchetes dos jornais.

    ESTMULO AO CRESCIMENTO DOS ESTADOSUNIDOS

    As pequenas e grandes empresas no so segmentosdistintos da economia dos EUA: elas comercializam produtosentre si e dependem das inovaes umas das outras para gerarcrescimento econmico. As empresas menores quase sempreso mais jovens, criadas por empreendedores autnomos.Essas empresas contribuem ainda mais para o crescimentoeconmico ao desafiar as tecnologias e prticas tradicionais.Por sua vez, o crescimento econmico promove a atividadeempreendedora ao fornecer mercados e financiamento parahomens e mulheres audaciosos o suficiente para seaventurarem sozinhos nos mares tempestuosos de umaeconomia em constante expanso.

    Devido a esse impulso disseminado para a abertura e aexpanso de empresas, os Estados Unidos se beneficiam maisdesse tipo de ciclo de crescimento do que outras economiasindustrializadas. Em graus variados, o empreendedorismo

    Funcionrio da MGI Products Inc. solda parte de um transportadorde placa de quartzo, dispositivo para segurar placa paraprocessamento na fabricao de semicondutores

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    visvel em todos os bairros americanos e de nenhum modofica limitado alta tecnologia abordada pela imprensa comfreqncia. Tampouco uma pequena empresa necessariamente uma empresa nova mas para mant-lapequena necessria a agilidade de um empreendedor,apenas para evitar que ela se torne presa das vantagens dodinheiro, do alcance e do poder de compra desfrutadas pelasgrandes empresas.

    Uma pequena empresa no definida somente pelareceita ou pelo nmero de funcionrios, muito menos pelotempo de funcionamento, mas por sua funo na economia.Por exemplo, uma pequena empresa manufatureira temmenos de 500 funcionrios, ao passo que uma pequenaempresa comercial atacadista pode no ter mais de 100funcionrios. Devido aos diferentes custos de materiais, umaempresa de limpeza de carpetes, por exemplo, consideradapequena se sua receita anual for inferior a US$ 4 milhes,enquanto uma pequena empresa de construo pode terreceitas de at US$ 30 milhes. Esse tipo de preciso importante para que os estatsticos possam alinhar asempresas com os programas governamentais destinados afornecer emprstimos, treinamento e benefcios fiscais a essasfontes de crescimento.

    De fato, existem microempresas com receitas anuaisinferiores a US$ 1 milho valor relativamenteinsignificante no mundo dos negcios, podemos achar, atsabermos que essas microempresas chegam a representar15% da economia dos EUA. No outro extremo da nossadefinio, podemos encontrar aqueles pequenos fabricantescom at 500 funcionrios, embora a maioria ainda seja depropriedade familiar, e incluir cerca de 330 mil empresas,empregando cerca de 7 milhes de trabalhadores.

    De uma empresa iniciante de software com duas pessoasa uma frota de caminhes que ajudam a construir cidades, osetor dos pequenos negcios catalisa a expanso econmicaao:

    englobar 99,7% de todos os empregadores dos EUA,o que significa que apenas 17 mil empresas, ou 0,3% detodos os empregadores, tm 500 ou mais funcionrios;

    gerar metade da produo no agrcola da economiados EUA e empregar cerca de metade de todos os americanosque no trabalham no governo, acrescentando anualmente60% a 80% dos novos empregos lquidos (no-governamentais);

    abranger 97% dos exportadores e produzir 29% detodas as exportaes pontos centrais quando consideramos

    que as exportaes representaram cerca de 25% docrescimento econmico dos EUA na dcada passada esustentam aproximadamente 12 milhes de empregos;

    ganhar quase 24% de todos os contratosgovernamentais, variando de construo de navios aimpresso de folhetos.

    As grandes empresas quase sempre comeam pequenas,como nos faz lembrar o 30oaniversrio da Apple Computer,fundada em 1976 por trs membros do HomebrewComputer Club (Clube do Computador Feito em Casa). Noentanto, nem todos os 23 milhes de pequenas empresas dos

    Steve J obs, fundador da Apple Computer, mostra imagens decomputadores iMac durante conveno

    Estados Unidos aspiram ser includas na Fortune 500. Hempresas como a cervejaria Anchor Steam que percebemque os lucros podem vir da resistncia tentao deexpandir. Sua contribuio para a economia oferecerprodutos e servios de nicho no oferecidos pelas grandesempresas e normalmente cobrar mais por essaespecializao. a diversidade, como tambm o dinamismode uma economia, que assegura um caminho de contnuaascenso.

    INOVAO E FLEXIBILIDADE

    As pequenas empresas oferecem benefcios catalisadores economia. Elas contribuem para a produo nacional e paraa sociedade como um todo, alm dos gastos e lucros que

    geram. Consideremos o seguinte.

    Em termos de inovao econmica:

    As pequenas empresas produzem 13 a 14 vezes maispatentes por funcionrio do que as grandes empresas.

    As patentes das pequenas empresas tm duas vezesmais probabilidade do que as das grandes empresas de estarentre o 1% de patentes mais citadas (isto , as maisimportantes).

    As pequenas empresas empregam 39% detrabalhadores de alta tecnologia, como cientistas,engenheiros e especialistas em tecnologia da informao,gerando a maioria das inovaes provenientes das empresasamericanas.

    Essas empresas conseguem criar novas alianas eparcerias pioneiras, ao contrrio das grandes empresas cominteresses competitivos demarcados, como mostrado pelasempresas de biotecnologia vi s--vi ss gigantes farmacuticasdos EUA.

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    Em termos de flexibilidade econmica:

    Altos gastos em tecnologia da informao permitemrespostas geis s exigncias sempre em mudana dosconsumidores: pequenas e mdias empresas representam45% dos gastos nos EUA com tecnologia.

    Empresas com cem a mil trabalhadores gastam emtecnologia oito vezes mais rpido do que as grandesempresas, facilitando ainda mais a aproximao dosproprietrios com os usurios finais de seus produtos ouservios.

    Ao empregarem tcnicas flexveis de produopropiciadas tanto por tecnologias quanto por prticas maiseficientes, as pequenas empresas podem se adaptar maisrapidamente mudana das condies econmicas.

    As pequenas empresas atuam como amortecedores dasflutuaes no emprego causadas por redimensionamento eglobalizao: 53% das pequenas empresas funcionam na casado proprietrio, de cabeleireiro para vizinhos a consultoriapara grandes e pequenas empresas.

    Em termos de coeso social:

    As pequenas empresas servem de porta de entrada naeconomia para novos trabalhadores ou trabalhadores antesmenosprezados: pequenas empresas de propriedade demulheres, por exemplo, geram quase US$ 1 trilho emreceitas anualmente e empregam mais de 7 milhes detrabalhadores.

    As pequenas empresas geram cada vez maisoportunidades empreendedoras para as minorias segundodados do censo, 4,1 milhes de empresas que geram US$695 bilhes por ano e empregam 4,8 milhes de

    trabalhadores so propriedade de representantes de minorias. As pequenas empresas levam atividade econmica a

    reas carentes: cerca de 800 mil empresas (90% delasmicroempresas) esto localizadas nas reas mais pobres das100 maiores cidades americanas.

    As pequenas empresas oferecem satisfao eautonomia no emprego: de acordo com estudos, a maioriadas empresas aberta por pessoas que querem melhorar desituao e no por falta de alternativa, com cerca de meiomilho de novas empresas abertas a cada ms.

    CICLO VIRTUOSO

    O setor das pequenas empresas constitui grande parte daeconomia dos EUA, mas sua influncia transcende seutamanho j significativo. Como a prosperidade daseconomias est mais ligada forma de aplicao doconhecimento do que de recursos materiais, aspectos comoinovao, flexibilidade, customizao em grande escala eespecializao so cada vez mais valorizados seja na vendade sanduches, seja na programao de softwares. Enquanto a

    Escritor freelance trabalhando em casa

    porcentagem de americanos empregados pelas empresas daFortune 500 apresenta queda constante (de 20% da fora de

    trabalho em 1980 para menos de 9% atualmente), umamdia de 9,36% da populao abriu seu prprio negcio nadcada passada.

    H histrias de sucesso dois teros dos novos negcioscom mais de um nico funcionrio continuam em atividadedepois de dois anos e falncias honestas, que no causamestigma social nos Estados Unidos. possvel tentar de novo,talvez com uma inovao mais sofisticada, melhorentendimento do mercado e novos aliados empresariais.Criar, geri r e expandir uma pequena empresa faz parte de umciclo virtuoso de criatividade e aumento da prosperidade quepode ser gerado por pessoas srias e dedicadas de qualquerlugar do mundo. No existe segredo, e o dinheiro costuma

    ser menos importante do que uma combinao ponderada deimaginao e esforo.

    As opinies expressas neste artigo no refletem necessariamente a posionem as polticas do governo dos EUA.

    (MarkLudak/TheImageWorks)

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    AS PEQUENAS EMPRESAS NAHISTRIA DOS EUA

    Christopher Conte

    Os americanos hmuito reverenciam as pequenas empresasno apenas por construrem a economia, mas tambm porfortalecerem a democracia. Hmais de um sculo os EstadosUnidos implementam leis com o objetivo de evi tar que asgrandes empresas concorram com as pequenas de formadesleal. Se as pequenas empresas geram um volumedesproporcional de empregos no estclaro, mas certamenteelas influenciaram as de grande porte a adotar prticasflexveis de empresas menores.

    Christopher Conte, ex-edi tor e reprter do The Wall StreetJournal, escri tor freelance e aborda vrias questes dapoltica pblica.

    alvin Coolidge, presidente dos Estados Unidos nodecorrer da dcada de 1920, os loucos anos 20, fezuma declarao que ficou famosa: O negcio dos

    Estados Unidos so os negcios". No primeiro sculo daexistncia do pas at os anos 1880 teria sido igualmentecorreto dizer que o negcio dos Estados Unidos eram ospequenos negcios, pois naquele tempo praticamente todasas empresas da nao eram pequenas. Certamente, os

    empreendimentos de larga escala ofuscaram a pequenaempresa de modo significativo desde ento, mas a grandemaioria ainda pequena, visto que quase 90% dosempregadores americanos tm menos de 20 empregados.Alm disso, a pequena empresa continua a ocupar grandeespao na imaginao do povo americano.

    Nos primrdios dos Estados Unidos, as empresas notinham outra alternativa seno a de serem pequenas. Otransporte era moroso e ineficiente, com os mercados muitofragmentados para comportar empreendimentos de grandeporte. As instituies financeiras tambm eram muitopequenas para dispor de financiamentos para grandesempreendimentos. E a capacidade produtiva era limitada em

    razo dos ventos, da gua e da fora animal, nicas fontes deenergia poca. Independentemente do motivo de asempresas serem pequenas, os americanos gostavam delasdessa maneira. A pequena empresa, acreditavam eles, cultivao carter e fortalece a democracia. Como dizia ThomasJefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos, uma naode agricultores e pequenos empresrios evitaria adependncia que gera subservincia e vulnerabilidade,sufoca a essncia da virtude e molda instrumentosapropriados aos desgnios da ambio.

    Incio dos anos 1900, empregados da rede de lojas varejistasWoolworth, criada a partir de uma loja aberta em 1879

    A crena americana na pequena empresa comeou a serposta prova no final dos anos 1800. Surgiram avanoscomo estradas de ferro, telgrafo, criao de mquinas avapor e rpido crescimento populacional. E tudo isso criou

    condies nas quais algumas empresas especialmente as quedemandam grande volume de capital como as indstrias demetais primrios, de processamento de alimentos, demaquinrio e qumicas puderam se tornar maiores e aomesmo tempo mais eficientes. Muitas pessoas comemoraramo aumento dos salrios e a reduo dos preos resultantes daproduo em alta escala, mas outras recearam que asqualidades exaltadas por Jefferson pudessem se perdersimultaneamente. "Ao mesmo tempo que abraavam o queconsideravam a maior eficincia e produtividade da grandeempresa, escreveu o historiador Mansel Blackford no AHistory of Small Business in America, os americanoscontinuavam a reverenciar os pequenos empresrios por sua

    auto-suficincia e independncia.

    LEGISLAO VERSUS REALIDADE ECONMICA

    Como descreve Blackford, os formuladores de polticastentaram inmeras vezes conciliar a satisfao dosamericanos diante dos benefcios que as grandes empresaslhes proporcionavam com sua reverncia ao pequenoempresrio. Em 1887, o Congresso dos EUA sancionou aLei de Comrcio Interestadual para regulamentar o uso dasestradas de ferro, em parte para proteger as empresas

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    menores de um suposto monoplio natural. Em seguida, aLei Antitruste Sherman (1890) e a Lei Antitruste Clayton(1914) tiveram por objetivo evitar que as grandes empresasexercessem poder excessivo no mercado. Mais tarde, a LeiRobinson-Patman de 1936 e a Lei Miller-Tydings de 1937visaram controlar as grandes redes de lojas varejistas.

    Entretanto, em cada uma dessas leis, os entusiastas daspequenas empresas tiveram que apaziguar os legisladores quese opunham interferncia governamental na economia econsideravam as grandes empresas mais eficientes do que aspequenas. O resultado foi uma srie de compromissos quelimitava, pelo menos um pouco, a capacidade das grandesempresas de usar seu poder para sufocar a concorrncia, masno as impedia de crescer por meios considerados legais. ALei Sherman, por exemplo, no combateu propriamente asgrandes empresas e, na verdade, foi usada muitas vezes paraevitar fraudes entre as pequenas e tambm entre as grandes.Da mesma forma, a Lei Clayton no condena o crescimentoem si, apenas e meramente proibiu mtodos desleais deconcorrncia.

    Em 1953, os legisladores adotaram uma estratgiadiferente: criaram a Administrao de Pequenas Empresas SBA, uma agncia federal que oferece treinamento e ajuda aspequenas empresas a garantir financiamentos e contratos decompra e venda de imveis a prestaes com agnciasgovernamentais e a levantar capital social. Atualmente difcil avaliar o impacto da SBA. Porm, os economistasacreditam que a pequena empresa tem sobrevivido ao longodos anos mais em razo das realidades econmicas e da suaprpria criatividade do que graas legislao. Em algunssetores fbricas de mveis, serrarias e vrias empresas deservios, por exemplo as pequenas empresas continuaram aexercer importante papel por no praticarem o tipo deeconomia de escala que permitiu o crescimento das empresasem outros setores.

    Em alguns setores, as pequenas empresas encontramnichos de mercado com muito pouca demanda para justificara produo em larga escala. Blackford cita a empresaBuckeye Steel Castings Company de Columbus, Ohio,fundada em 1881, que por muitos anos prosperou nomercado produzindo engates ferrovirios automticos, porexemplo. Tambm descreve como muitas empresas txteis depequeno porte da Filadlfia sobreviveram no sculo 20produzindo roupas para um mercado sazonal em constantemutao. Mais recentemente, surgiram inmeras empresasde tecnologia da informao produzindo softwares paraaplicaes altamente especficas em computadores, e vriasempresas pequenas da internet vendem produtos voltadospara segmentos de mercado muito restritos.

    Algumas empresas permaneceram pequenas apenasporque seus proprietrios no querem que cresam. E oseconomistas observaram outra funo das pequenasempresas: em perodos de declnio econmico como aGrande Depresso dos anos 1930 e recesses como as de1973-1975 e 1980-1982, muitas pessoas que perderam seusempregos em empresas maiores montaram seu pequenonegcio para sobreviver durante os tempos difceis.

    Garagem em Palo Alto, Califrnia, onde c omeou a gigante daeletrnica, Hewlett-Packard, em 1939

    De modo geral, embora o sonho de tocar o prprionegcio tenha alimentado um aumento estvel no nmerode pequenos empreendimentos nos Estados Unidos, temsido esta a tendncia comum desde os anos 1880: as

    pequenas empresas crescem na proporo do crescimentopopulacional, mas sua participao relativa na produoeconmica diminui tendo em vista que surgem grandescorporaes em vrios setores. A SBA reconheceutacitamente a tendncia de expanso das empresas aoredefinir para maior o tamanho de uma pequena empresa.Nos anos 1950, a agncia classificava como pequenas asindstrias com menos de 250 empregados, mas atualmenteempresas com at 500 empregados so consideradas depequeno porte. Ainda assim, a grande maioria das empresasamericanas pequena. Em 2002, por exemplo, havia apenas16.845 empresas com mais de 500 empregados, emcomparao com 5.680.914 que empregavam um nmero

    menor, segundo a SBA.

    A IMPORTNCIA DO TAMANHO

    As pequenas empresas mostraram sua presena duradourano mercado especialmente durante os anos 1970 e 1980.Nessa poca, a concorrncia estrangeira levou a um declnioda produo em larga escala em indstrias de base como asde ao, automveis e txteis. Na nova economia global, osservios se tornaram relativamente mais importantesenquanto declinou a importncia da produo. Com isso,aumentou a relevncia das pequenas empresas quetradicionalmente dominavam muitos setores de servios. Mas

    alguns economistas detectaram outros motivos pelos quais aspequenas empresas se tornariam uma parte mais importanteno cenrio econmico. Em uma economia global altamentecompetitiva e em rpida mudana, argumentavam eles,empresas capazes de inovar, personalizar produtos e seadaptar com agilidade s circunstncias em transformaoteriam vantagem. As pequenas empresas, com sistemasgerenciais menos hierrquicos e com menos empregadossindicalizados, pareciam apresentar exatamente esses pontosfortes. Alm disso, as empresas de pequeno porte ganharamimpulso extra porque a reduo nos custos de transporte e o

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    surgimento dainternet tornouainda mais fcilpara elas concorrerno cenrio global.

    A onda deentusiasmo emtorno das pequenasempresas atingiu oauge em 1987quando DavidBirch, economista efundador daempresa depesquisa CogneticsInc., escreveu queas pequenasempresas criam amaioria dos novosempregos na

    economia. As descobertas de Birch atraram muita ateno eainda hoje so citadas. Entretanto, muitos economistas ascontestam. Em um estudo de 1993, por exemplo, a AgnciaNacional de Pesquisa Econmica descobriu que, embora asempresas com menos de 500 trabalhadores realmentetenham gerado mais empregos entre 1972 e 1988, elastambm saram do mercado com mais freqncia. Portanto,seu efeito lquido sobre a gerao de empregos no foi maiordo que o das empresas maiores, concluiu a organizaoprivada e apartidria de pesquisas.

    De qualquer forma, a pequena empresa pode ter mantidosua participao no mercado nos ltimos anos, mas norecuperou a fatia que perdeu para as grandes empresas nosculo anterior. Em parte porque as grandes empresas setornaram mais competitivas aprendendo algumas lies comsuas concorrentes menores, segundo a revista TheEconomist. Em 1995, a publicao britnica divulgou que asgrandes empresas estavam cada vez mais se comportandocomo as pequenas levando a tomada de deciso para esferasmais baixas da administrao, reestruturando-se em torno deequipes e unidades de produto e se tornando maisempreendedoras.

    Atualmente, grandes e pequenos empreendimentosparecem ter atingido algum equilbrio. A participao daspequenas empresas no produto interno bruto americano, porexemplo, que era de 57% em 1958, oscila em torno de 50%desde 1980. Se Calvin Coolidge ainda estivesse vivo, diantedesses nmeros possivelmente reiteraria sua crena de que onegcio dos Estados Unidos so os negcios. Mas, talvezacrescentasse que eles proliferam em todos os tamanhos, dogrande ao pequeno.

    As opinies expressas neste artigo no refletem necessariamente a posionem as polticas do governo dos EUA.

    (Foto:AP/WideWorld)

    Tcnico da rede de lojas varejistas deprodutos eletrnicos Best Buy atende achamado para consertar computador

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    SBA na verdade no fornece esses emprstimos, ela d agarantia dos emprstimos. Os bancos preferem emprestardinheiro a novas empresas de risco quando sabem que aSBA e o governo americano garantiro o pagamento,mesmo que o devedor fique inadimplente. O resultado uma economia americana vigorosa em que 99% de todas asempresas so pequenas.

    Conseqentemente, a primeira coisa que qualquergoverno deve fazer para promover pequenas empresas estabelecer um pool de emprstimos garantidos pelogoverno federal. Fcil acesso ao capital cria a base para umsetor de pequenas empresas vigoroso.

    Salo de beleza de Nova J ersey que, para abrir, recebeuassessoria gratuita de um centro patrocinado pelo rgo dogoverno federal Administra o de Pequenas Empresas

    ENSINAR O EMPREENDEDORISMO

    So vrios os componentes necessrios para se criar umaeconomia de pequenas empresas bem-sucedida, mascertamente um dos mais importantes a existncia de umconjunto de empreendedores dispostos a abrir novosnegcios. Para que isso ocorra, os cidados precisam tercondies de aprender habilidades empresariais. Nesseaspecto, o governo pode ajudar de diversas maneiras:

    Criar incubadoras de empresas. Incubadora deempresas uma instalao que oferece o local paraque as empresas iniciantes possam crescer.Normalmente, as incubadoras de empresas soligadas s universidades, e os professores e outros

    especialistas dedicam seu tempo e conhecimento paraensinar tudo aos novos empreendedores, desdevendas e marketing a legislao e tributao. Assimque os futuros empresrios terminam o cursointensivo sobre administrao de empresas seguemadiante e abrem suas empresas, e novosempreendedores assumem seu lugar. Os governospodem oferecer incentivos financeiros suniversidades para que criem incubadoras deempresas no campus.

    Uso da internet.A SBA tem orientadores on-linepara passar conhecimentos de administrao deempresas e idias a qualquer pessoa com acesso internet http://sba.gov/training/coursestake.html.Todos os governos interessados em promoverempresas de pequeno e mdio portes deveriam fazeralgo semelhante.

    Contratao de especialistas.Da mesma forma,podem-se contratar profissionais do setor privadoespecializados em pequenas empresas para dar aulasde capacitao empresarial on-line. Tenho umacoluna semanal no jornal USA Todaycom esseobjetivo:http://www.usatoday.com/money/smallbusiness/front.htm.

    PRESTIGIAR E FOMENTAR PEQUENAS EMPRESAS

    preciso no s capacitar os novos empreendedores paraque tenham sucesso, mas tambm prestigiar os

    empreendedores j estabelecidos de forma a incentivar maispessoas a abrir pequenas empresas. Na Costa Rica e noUruguai so realizadas feiras e exposies de pequenasempresas para enaltecer pequenos negcios eempreendimentos. No Uruguai h premiaes para aspequenas empresas que contribuem com a sociedade. Narealidade, os governos podem fazer muita coisa parapromover as pequenas empresas. Por exemplo:

    Patrocinar um prmio Empreendedor do Ano.Um prmio anual, tanto em nvel local quantonacional, se bem divulgado, poder contribuir muitopara a criao do esprito empreendedor.

    Aproveitar o conhecimento de lderes empresariais.Um pas que quer promover as pequenas empresasdeve trabalhar para que a populao tenha nosempreendedores um exemplo. O governo pode fazerisso convocando lderes empresariais para ajudar aresolver vrias questes e problemas. Os painisgovernamentais de alto nvel devem aproveitar oconhecimento dos empreendedores.

    CRIAR AMBIENTE FISCAL E REGULATRIOADEQUADO

    O cdigo fiscal do pas um dos melhores instrumentospara a promoo do crescimento de pequenas empresas. NosEstados Unidos, por exemplo, o cdigo fiscal freqentemente modificado graas idia de que crditos,dedues ou redues fiscais podem ser usados parafomentar o crescimento de um ou outro segmento.

    Eis outro exemplo: quase 98% de todas as empresascanadenses so pequenas. Os Contabilistas de GestoCertificados do Canad recomendaram recentemente aoParlamento Canadense que a melhor maneira de incentivar

    (Foto:AP/WideWorld)

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    ainda mais o crescimento das pequenas empresas promover mudanas na poltica fiscal do pas, entre elas:

    reduo da alquota de imposto das empresas; oferta de crditos fiscais para investimentos em

    capacitao e educao; aumento das dedues para investimentos.

    Alm de diminuir os impostos para incentivar a criaode empresas, importante reduzir e posteriormente eliminaras regulamentaes governamentais que dificultam ocrescimento das empresas. Quanto mais simples e maisrpido for o processo regulatrio, maior a probabilidade deexpanso das pequenas empresas.

    PROTEGER A PROPRIEDADE INTELECTUAL

    Qualquer governo que queira incentivar as pequenasempresas precisa criar leis que protejam as inovaes dosempreendedores. As inovaes esto na essncia docrescimento das pequenas empresas, mas se no foremprotegidas legalmente, os empreendedores no se mostrarodispostos a correr os riscos necessrios para inventar novas

    solues para os problemas da sociedade. Da mesma forma,polticas que protegem patentes, direitos autorais e marcasregistradas so fundamentais para o florescimento daspequenas empresas.

    Em resumo, qualquer governo disposto a promover aspequenas empresas deve implementar polticas que ajudemos empreendedores a assumir menos riscos e a ganhar maisdinheiro. Faa isso, e o sucesso das pequenas empresas serseu tambm.

    As opinies expressas neste artigo no refletem necessariamente a posio

    nem as polticas do governo dos EUA.

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    meio do amplo uso de crdito. J no incio dos anos 1700,quando a economia americana concorria com economiaseuropias muito mais desenvolvidas, seu crescimento foimais rpido do que se poderia imaginar, e ela logo se tornoua maior do mundo.

    Esse uso generalizado de crdito nos primrdios daeconomia dos EUA era algo nico no mundo, com algumaspessoas recebendo o pagamento de bens e suprimentos meses e at mesmo anos depois da concesso do crdito. Issopermitia s pessoas abrir uma empresa sem muito dinheirono bolso. A disponibilidade creditcia fez disparar a atividadeeconmica e promoveu o surgimento de uma forte economiabaseada no crdito.

    O grande volume de crdito disponvel no sistema temtambm o seu lado negativo. Algumas empresas faliram.Mesmo assim, os Estados Unidos eram um pas propcio aoesprito capitalista, uma vez que seu objetivo era incentivar aspessoas a correr riscos nos negcios para fomentar aeconomia nascente. O resultado foi o desenvolvimento deuma cultura jurdica tolerante com os que no podiam pagar.Eles eram, assim, estimulados a continuar com suasatividades empreendedoras, apesar do insucesso anterior.

    A relativa lenincia da lei de falncias dos EUA, emcomparao com a do continente europeu, representou umchoque para algumas pessoas, inclusive o filsofo francs,Alexis de Tocqueville, que, no incio dos anos 1800, teceucomentrios sobre a "estranha indulgncia" existente naUnio Americana para com empresas falidas. Ele afirmava aesse respeito que "os americanos no somente se diferenciamdos pases da Europa, mas tambm de todas as naescomerciais do nosso tempo".

    MODERNAS LEIS DE FALNCIAS NA PRTICA

    Se uma empresa dos Estados Unidos for falncia, oempreendedor pode continuar com sua vida sem precisarsentir vergonha ou viver na pobreza total. Isso mais do queapenas uma bela teoria.

    Muitos dos mais bem-sucedidos empresrios dos EUAfracassaram em suas primeiras tentativas de negcios,inclusive o magnata do ketchup, John Henry Heinz, HenryFord, da Ford Motor Company, e Phineas Barnum, quecriou o circo americano. Todos esses homens acabaram porficar muito ricos, em parte porque lhes foi dada a chance detentar montar um negcio, falir e comear de novo.

    Nos Estados Unidos, as pequenas empresas so a molapropulsora da economia, empregando mais pessoas do que as

    gigantescas companhias multinacionais. O sistema de crditoe sua contrapartida, o sistema de falncias, apiamclaramente as pequenas empresas e o empreendedorismo. Noentanto, o enorme volume de crdito disponvel nos EstadosUnidos assustador para os padres globais, com muitosamericanos comuns capazes de obter US$ 50 mil ou mais deemprstimos bancrios, cartes de crdito e outras fontes,mesmo sem depositar garantia. Muitos novosempreendedores iniciam seus negcios com dinheiro dessasfontes.

    Loja de revelao de filmes fotogrficos fecha as portas em reaeconomicamente deprimida da cidade de Pittsburgh, Pensilvnia

    Muitas pessoas fora dos EUA consideram as leis defalncias americanas estranhas, em parte por serem todiferentes das leis dos seus prprios pases. Na maior partedo mundo, dvidas no so perdoadas com facilidade, e h

    geralmente um estigma em relao falncia financeira. Emmuitas partes da Europa qualquer falncia vista comoconstrangimento, mesmo que voc trabalhe para a empresade outra pessoa, e ela seja obrigada a fechar as portas.Algum que tenha ligao com a falncia de uma empresapode ter at mesmo dificuldade para encontrar outroemprego. Conforme descobri em minha pesquisa, em algunslugares do mundo, como o Japo, o estigma da falnciafinanceira forte o suficiente para levar as pessoas aosuicdio.

    Outros pases, contudo, inclusive Japo, Itlia, Frana,Reino Unido e Alemanha, comeam a abrandar suas prpriasleis para promover o empreendedorismo e fomentar

    economias mais ativas. Em alguns lugares, os legisladoresacreditam que um sistema de falncias mais brandoeconomizar ativos e incentivar economias de crescimentolento. O Japo deflacionrio o exemplo de um pas queprocura usar leis de falncias mais tolerantes para aumentar onvel de emprstimos e de atividade econmica. Como amaioria dessas leis bastante nova, ainda no se sabe comclareza se essas mudanas ajudaro a promover odesenvolvimento da pequena empresa. Algumas vezes, fatoresculturais podem tambm contribuir para que as pessoas nofaam uso dessas novas leis mais lenientes.

    O estigma associado com uma empresa falida muitomenor nos Estados Unidos. Alguns futuros empregadores

    podero at mesmo comear a dar mais valor ao empregadode uma empresa falida por causa das lies aprendidas noemprego anterior. Alm disso, a pesquisa mostra que muitosproprietrios dos EUA com bom desempenho em suasempresas fracassaram em empreendimentos de riscoanteriores. A capacidade de comear de novo o que faz comque alguns americanos estejam prontos para correr riscos nosnegcios, o que pode ser bom para a economia como umtodo. A ampla disponibilidade de crdito tambm degrande utilidade para o novo empreendedor.

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    O PAPEL ECONMICO DADVIDA DOS

    CONSUMIDORES

    Alm das dvidas contradaspor americanos para montar seusnegcios, eles tambm usam ocrdito para consumir bens,

    como casas, carros, mveis evesturio. Tambm utilizammuito mais cartes de crdito doque dinheiro em espcie emcomparao com osconsumidores de outras partesdo mundo. Como grupo, oscidados dos EUA tambmadquirem bens de consumo emvolume ainda maior do que oconsumido por cidados deoutros pases afluentes comoJapo e Canad. A manuteno

    de um alto nvel de gastos dosconsumidores algo muito bompara a economia, principalmentequando os gastos das empresasso baixos.

    No entanto, quando se tratada pessoa fsica que abusa docrdito para adquirir bens deconsumo, as leis de falncias dosEUA no so to lenientes como no caso das empresas.Como mostra o grfico, existe forte correlao entre dvidados consumidores e fracasso financeiro e a falncia resultantedos gastos desses consumidores.

    Alm disso, as pessoas fsicas que gastam em bens deconsumo acima do seu limite financeiro tero maioresdificuldades para quitar suas dvidas. Esse o resultado deuma mudana recente nas leis de falncias dos consumidoresnos EUA a fim de refrear os gastos com consumo.

    UMA PALAVRA FINAL

    Promover o desenvolvimento de uma economia ativa nosEstados Unidos equivale quase a um dever cvico. Correrriscos de crdito para iniciar um negcio pode oferecergrandes recompensas financeiras: se o negcio der certo, tudosero flores para o empreendedor; se fracassar, a pessoa ter

    uma segunda chance. No entanto, contrair dvidaconsidervel como consumidor acarreta os mesmos riscossem praticamente nenhuma recompensa.

    As opinies expressas neste artigo no refletem necessariamente a posionem as polticas do governo dos EUA.

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    Influncia da dvida total dos consumidoressobre as tendncias de pedidos de

    falncias por ano, 1980 - 2003

    Fonte: Instituto Americano de Falncias

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    Perspecti vas Econmicas/ Janeiro de 2006 16 eJournal U SA

    ENTO, VOC QUER ABRIR UMPEQUENO NEGCIO?

    Phil Holland

    Quem pensa em abr ir uma pequena empresa deve levar emconta seu prprio temperamento, sua experincia econhecimento, assim como a deciso crucial a ser tomada que tipo de produto ou servio especializado vai vender. Apsdefi ni r o mercado, o empreendedor deve preparar um planode negcio, cumprir todas as exigncias legais e ter algumdinheiro para abr ir a empresa. Comear com meio expedientee um pequeno i nvestimento no midia.

    Phi l Holland, fundador da Yum Yum Donut Shops Inc., presidente da My Own Business Inc., que oferece curso on-line gratui to para pequenos empresrios e aspirantes aempreendedores no sitewww.myownbusiness.org.

    ocar um negcio bem-sucedido pode ser uma formamuito gratificante de ganhar a vida e, ao mesmotempo, a auto-suficincia financeira. Porm, antes de

    comear, preciso avaliar com ateno alguns dos fatores quepodem estimular o sucesso e minimizar o fracasso. As pessoasque tm xito na administrao de negcios prpriosnormalmente alcanam notas altas nos seguintes atri butos:

    ter forte desejo de ser auto-suficiente; ter satisfao em administrar o negcio; concentrar-se em servio ou produto especializado

    que atenda a uma necessidade atual; possuir experincia prvia no negcio; possuir conhecimentos bsicos de contabilidade e

    controle de fluxo de caixa.

    H grandes vantagens em comear o negcio em regimede meio expediente antes de deixar o emprego atual. Durantea fase inicial de implantao da empresa, seu empregocontinuar a prover renda e benefcios. Talvez algunsfamiliares, que por si j formam uma estrutura

    organizacional, possam ajudar a administrar o negcioenquanto voc est no emprego. E seus filhos podemdescobrir os desafios e os benefcios de ter uma empresa.

    DEFINIO DO SEU MERCADO

    Definir o mercado a deciso mais importante a sertomada por quem deseja abrir uma empresa. A maior partedos negcios tem melhor desempenho quando atende adeterminado mercado. Por exemplo, nos Estados Unidos asredes de fast-foodvendem uma linha de produtos muito

    limitada, que pode incluir sorvete, donuts, frango ouhambrgueres. Restaurantes de fast-foodque tentam bomdesempenho com um cardpio muito variado geralmentefracassam. Procure escolher uma s demanda e lhe atendaexcepcionalmente bem. Recomendaria tambm que notente enfrentar um mercado muito competitivo. melhorescolher uma atividade mais modesta do que um negcio dealto risco, melhor pular um obstculo menor do que ummaior.

    Uma boa idia evitar mercados que lidem comcommodities. Em um mercado de commodities, voc precisa

    concorrer apenas no preo de seu produto e deve ter o menorcusto para poder sobreviver. Se voc mora em um pas ondeos custos da mo-de-obra so baixos, poder ter aoportunidade de exportar seu produto para pases onde amo-de-obra bem mais cara. Por outro lado, se seu produtofor fabricado em um pas com mo-de-obra cara, voc correo risco de que algum em algum lugar ganhe uma vantagemde custo e se torne sria ameaa a seu negcio. Nesse caso,voc poder pensar em terceirizar a produo em outra partedo mundo que tenha custos mais baixos.

    Muitos pequenos varejistas esto fora do preo porquelojas imensas como a Wal-Mart proporcionam maior ofertade produtos ao consumidor e geralmente a preos menores.

    Empresas que vendem servios tendem a ter mais "poder depreo" do que aquelas que vendem produtos. Poder de preo a capacidade de reduzir a ameaa de perda de mercadoporque um concorrente pode dispor de maior fidelidade doconsumidor. Em uma empresa de servios, seja de aluguel decarros, seja de pintura de paredes, o consumidor geralmenteprefere pagar um preo justo por um servio confivel e dequalidade superior do que procurar um concorrente maisbarateiro.

    ELABORAO DO PLANO DE NEGCIOS

    A preparao de um plano de negcios medida essencialpara qualquer empresrio, independentemente do tamanhodo empreendimento. O principal valor do plano de negcios criar um esboo escrito que avalia todas as perspectivaseconmicas de um empreendimento. O plano de negciosdefine e concentra seus objetivos. Pode ser usado comoferramenta de vendas ao negociar com financiadores einvestidores. Pode revelar omisses e pontos fracos em seuplanejamento. E poder ser usado para consultar a opiniode pessoas do ramo, que geralmente ficam satisfeitas em darpreciosos conselhos.

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    OS MAIORES ERROS COMETIDOS AO SE ABRIR UMA EMPRESA

    O erro mais freqente que as pessoas cometem noescolher o negcio certo. Tenha calma. O que se ouve falarno ramo imobilirio No existe essa coisa de a melhor

    localizao do momento tambm se aplica aos negcios:No existe essa coisa de ltima grande oportunidade. Se halgum negcio para o qual voc tem aptido especial que lhedar vantagem competitiva, seria um erro no coloc-lo notopo de suas prioridades para avaliao.

    No dependa apenas de recursos externos para montarseu prprio negcio. A primeira fonte de recursos dever sersuas economias; se ainda no tem reserva financeira, horade comear a faz-la. E quando tiver de pedir dinheiroemprestado, esteja preparado para apresentar um plano denegcios abrangente, que inclua sua fonte de rendimento eplano de pagamento.

    Muitos empreendedores precipitam-se no momento deiniciar um negcio. Caso tenha um emprego, no o deixe atestar perfeitamente qualificado e preparado em todos osaspectos para se dedicar sua empresa em tempo integral.Ou, quem sabe, uma soluo ainda melhor seria dedicarmeio expediente ao seu negcio, sem abandonar seuemprego.

    Muitos marinheiros de primeira viagem erram ao noconsultar outros mais experientes. As pessoas gostam de falardos seus negcios no tenha receio de fazer perguntas.Poder, assim, conhecer os piores problemas, com base naexperincia dos que j vivenciaram tal situao.

    um erro no ter a assistncia de um advogado aoassinar um contrato de locao, parceria, franquia ouqualquer outro documento importante. Lembre-se de que,ao assinar um contrato de locao de cinco anos a US$ 1 milpor ms, estar firmando um compromisso de US$ 60 mil.

    Voc se aventuraria em um esporte sem saber comomarcar os pontos?Pense no grande erro que seria arriscar seupatrimnio em um negcio sem entender de contabilidade efluxo de caixa. Sua empresa ser avaliada pelos seusfinanciadores com base em medidas financeiras clssicas:balano patrimonial, demonstrao da conta de lucros eperdas e fluxo de caixa. Sua capacidade de prever a liquidez

    futura por meio de controle do fluxo de caixa ser essencial. No deixe de adotar controles financeiros internosrgidos. O objetivo garantir que a sua empresa receba todasas receitas, sem que nada seja desviado por desperdcio,fraude, empregados desonestos ou simples negligncia. E,embora voc precise aprender a delegar responsabilidades aosseus funcionrios, no faa isso na hora de assinar cheques oumesmo ordens de compra.

    um erro iniciar a expanso de um negcio antes queesteja operando de maneira estvel e lucrativa. Resolva osproblemas com cuidado e elabore um modelo que d lucro apartir do qual a ampliao dever ser feita. uma boa idiafazer teste de mercado em pequena escala com seu produtoou servio. Conforme o seu crescimento, crie incentivos

    monetrios para seus gerentes, baseando-se o mximopossvel nas contribuies individuais deles prprios para oslucros, em vez de remuneraes de incentivo com base nodesempenho da empresa como um todo.

    Muitos empresrios no adotam medidas com a rapideznecessria quando ocorrem graves problemas comerciais ourecesses. Quando tiver de enfrentar alguma fase de declnioeconmico em sua empresa (e isso vai acontecer), identifiquee reconhea os problemas e no hesite em cortar custosrapidamente para manter o fluxo de caixa positivo. Busquetambm oportunidade na adversidade: quando sua empresaentrar em recesso, seus concorrentes tambm estaroenfrentando dificuldades, e alguns podero querer venderseus negcios a preo de ocasio. Lembre-se que os negciosso cclicos; permanea no ramo que conhece melhor esupere os perodos de adversidade.

    Phil Holland

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    A maior parte dos empreendedores de primeira viagemignora essa importante ferramenta porque no temexperincia com formato e contedo de um bom plano. Paraestimular os empreendedores a no se furtar preparao deum plano de negcios, o site que fundei para promoverempreendedores de sucesso contm modelos gratuitos deplanos de negcios teis e atraentes que podem serpreenchidos e impressos(http://www.myownbusiness.org/s2/index.html).

    CUMPRIMENTO DAS EXIGNCIAS LEGAIS

    H muitas leis que se aplicam aos proprietrios depequenas empresas. Como as exigncias operacionaisimpostas pelo poder pblico variam muito de pas para pas,caso seja possvel, aconselhvel ter um advogado para obteras autorizaes e licenas necessrias. Na maior parte doscasos, o advogado d consultoria gratuita inicial em troca dapossibilidade de ser membro da equipe de consultores daempresa.

    Em muitos pases, os empresrios precisam escolher uma

    forma de organizao para seu negcio. Algumas das formasmais comuns de negcio so as firmas individuais, sociedadesem nome coletivo e sociedades em comandita simples, almde vrios formatos de corporao. Cada forma impe aopequeno empresrio um conjunto diferente de exignciasmunicipais e federais e vrios nveis de exposio aresponsabilidades, reiterando a necessidade de slidaconsultoria jurdica.

    COM OU SEM SCIO?

    H vrias razes para considerar a abertura de empresaem sociedade com outra

    pessoa. Primeiro de tudo, ha segurana dos nmeros.Voc conta com duas cabeaspara tomar decises e noapenas uma. Voc teralgum altamente motivadocom habilidades quecomplementam as suas. Sevoc sabe fazer bem oproduto, talvez sejainteressante ter um scio queseja bom em vendas. Emalguns casos, pode ser

    necessrio ter um scio quecontribua com capital ecompartilhe os riscosfinanceiros de abrir e administrar uma empresa.

    Entre os argumentos contrrios s sociedades citam-se aobrigatoriedade de compartilhar os ganhos do negcio e ocontrole das decises. O pior cenrio ter um scio cujodiscernimento seja precrio e cujos hbitos de trabalho etica sejam diferentes dos seus. Os detalhes de qualquersociedade devem ser descritos em documento conhecidocomo contrato de compra e venda de participao que

    determine com preciso a situao da empresa caso hajasrias discordncias entre os scios ou morte ou invalidez deum deles.

    FINANCIAMENTO DA EMPRESA

    Muitos futuros empresrios ficam desapontados quandotomam conhecimento de que os bancos no fazem

    emprstimos a empresas que esto comeando a operar amenos que existam ativos de terceiros para garanti-los. Obtercapital inicial geralmente considerado o maior obstculo abertura de uma empresa. No concordo com essa percepogeral, visto que a maior parte das empresas pode comear demaneira modesta e com pouco capital. Ao comear pequenoe utilizar poupana pessoal e dinheiro da famlia e de amigos,voc pode participar de todos os aspectos da empresa. Com aexperincia obtida nesse incio modesto, voc no serfacilmente enganado mais tarde sobre o que funciona e nofunciona, medida que a empresa cresce.

    Ao comear pequeno, voc pode utilizar a fora dotrabalho rduo combinada com composio matemtica. Se

    uma empresa comea com vendas no valor de US$ 10 mil noprimeiro ano e duplica o volume nos trs anos seguintes, noquarto ano as vendas atingiro US$ 80 mil. E, se as vendastiverem um aumento de 25% ao ano nos prximos 10 anos,no 14oano chegaro prximo aos US$ 750 mil.

    PROMOO DA EMPRESA

    A maior parte dos setores empresariais tem estratgiascomerciais especficas que funcionam melhor e j forampostas em prtica. Voc pode se beneficiar da experincia deseus concorrentes ao copiar seus planos comerciais bem-

    sucedidos, entre eles, os

    mtodos de venda, atribuiode preos e publicidade. Faauma lista de seusconcorrentes de maiorsucesso e os estude.Considere a possibilidade deusar uma lista de verificaopr-abertura para avaliar seugrau de preparao para omercado. Sua lista deverificao pode levar emconta o seguinte:

    Seus clientesprocuram convenincia, bompreo, qualidade e servio?

    Seu produto ou servio especfico ou especializado? Voc possui as ferramentas de comrcio eletrnico

    necessrias, inclusive um site informativo e capacidade paravender seu produto ou servio on-line?

    Se planeja vender a crdito, j tem uma poltica declassificao de crdito pronta?

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    J fez teste de mercado de seu produto antes de lanarum amplo programa de comercializao?

    Sua projeo de fluxo de caixa anual indica quehaver dinheiro disponvel no banco durante o perodoinicial de funcionamento da empresa?

    Com seus programas de comercializao prontos, vocest preparado para iniciar a excitante viagem para o sucessode seu prprio negcio.

    As opinies expressas neste artigo so de responsabi lidade do autor e norefletem necessariamente a posio nem as polticas do governo dos EUA.

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    recomendam-no para outros e voltam a fazer negcios comvoc.

    Bruce Odessey

    TIMBERLINE TRACTOR & MARINE: PRESTAO DE

    SERVIOS PARA O MUNDOLori Scholtz nunca acreditou que ela e o marido, Joseph,viessem a ter uma empresa, quanto mais uma que fizessereparos em motores no mundo todo. A histria delesdemonstra como uma combinao de habilidade, muitotrabalho e disposio de agarrar as oportunidades quandosurgem pode levar ao sucesso nos negcios.

    Joseph Scholtz um talentoso mecnico de motores. Porcerca de 15 anos trabalhou para a Caterpillar Tractor,importante fabricante de motores a diesel e a gs natural.Durante esse tempo, Scholtz aprimorou suas habilidadescom determinao, principalmente fazendo cursos sobrereparos avanados em motores e obtendo certificados que

    demonstravam sua especializao no conserto de motoresmais complexos.Por volta de 1981, Scholtz foi procurado por um

    concorrente da Caterpillar, fabricante de uma linha de peasde reposio. Assim como ocorre com carros, os donos deescavadeiras, carregadeiras frontais e outras mquinas podempreferir consertar seus equipamentos com peas de reposioque sejam mais baratas. Esse fabricante de peas ofereceu aosScholtzes a oportunidade de lanar sua prpria empresa. Eleforneceria as peas e Joseph Scholtz realizaria os reparos. Esseacordo significava abandonar a Caterpillar, mas dava aosScholtzes a oportunidade de ser seus prprios patres.

    A empresa diversificou-se e cresceu. Alm de escavadeiras,

    Joseph Scholtz trabalhava com motores usados em hospitais,bem como motores de barco. Motores martimos em especialpodem ser complexos e exigir muito trabalho; o conserto deum deles constitui trabalho de grande porte e pode ser degrande valia para uma pequena empresa em tempos depouco servio.

    Quando o fornecedor de peas quis que os Scholtzes seconcentrassem em tratores e escavadeiras, excluindo otrabalho martimo, eles romperam o relacionamento einvestiram pesadamente em sua prpria empresa,registrando-a com o nome de Timberline Tractor & Marine.

    O maior obstculo com que se deparou essa empresainiciante, diz Lori Scholtz, foi fluxo de caixa. Mas a

    Timberl ine possua ativos importantes. A capacidade tcnicade Joe era o mais bvio. Joe tambm mantivera seus contatosna Caterpillar e em vrias empresas de barcos nasproximidades dos Grandes Lagos dos EUA. Esses contatosseriam fundamentais no desenvolvimento da parte martimada empresa. A t ransio para empresa internacional decorreunaturalmente da experincia da Timberline com motoresmartimos. Quando um cargueiro, navio de cruzeiro ououtra embarcao de grande porte exige conserto do motor,ele no removido e levado ao mecnico; em vez disso, os

    mecnicos viajamat o barco,despachando antesas ferramentas epeas. Joe Scholtze uma equipe detrabalhadoresqualificadosviajaram paraCingapura, Itlia eoutros pases parafazer reparos emmotorescomplexos.

    Apesar de suapresena em

    mbito internacional, a Timberline continua uma pequenaempresa. Alm de Joe e Lori Scholtz, emprega trs secretriase mais um mecnico, embora outros mecnicos sejamcontratados para ajudar em algum trabalho grande.

    Lori Scholtz, que antes trabalhava para uma empresamdica, nunca imaginou que dirigiria um negcio. Noentanto, ela acha recompensador o papel de proprietria deempresa e considera "uma beno" a presso recebida paraabandonar seus clientes martimos, o que incentivou acriao da Timberline.

    Michael Jay Friedman

    LYNKA: OPERAO DE UMA PEQUENA EMPRESANO EXTERIOR

    Os donos americanos da LYNKA, importante empresa de

    produtos promocionais na Polnia, prosperaram superandoos mesmos tipos de desafios que as empresas enfrentam emtodos os lugares, alm de outros especficos de operao empas estrangeiro, de acordo com o co-proprietrio JohnLynch.

    A maioria dos problemas com que lidamos refere-seexatamente s mesmas questes comerciais enfrentadas poroutras empresas lidar com os sistemas de preos, treinar opessoal, conseguir um bom programa de marketing,melhorar a qualidade de seu produto, diz Lynch.

    Lynch e a co-proprietria Anne Kalin juntos operam aLYNKA, com sede na Cracvia, produzindo camisetas,

    jaquetas, canetas, canecas de caf, bolsas de couro e milhares

    de outros produtos com os logos de corporaes, escolas ergos governamentais.

    Os dois chegaram Polnia em 1991, participantes deum programa da Agncia dos Estados Unidos para oDesenvolvimento Internacional para prestar assessoria sempresas polonesas sobre como atuar em uma economia demercado. Eles decidiram ficar e abrir seu prprio negcio.

    Era de fato o Leste selvagem, relembra Lynch.Em 1992, Lynch e Kalin comearam a prestar servios de

    consultoria. Em 1993, tiveram a idia de fabricar roupas e

    O dono da Timberline, J oseph Scholtz,mede a bronzina da biela de ummotor martimo

    Cortesia:Timb

    erlineTractor&MarineInc.,

    Cleveland,

    Oh

    io

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    Quando a primeira emissorade rdio se tornou lucrativa, elacomprou outra, mais outra... emuitas mais. H dez anos eladesistiu dotalk showdirio.

    O conselho dela para aspessoas com inteno de iniciarum negcio no pensar quealgum trabalhar com maisafinco do que voc em seu prprionegcio. Segundo ela, quemtrabalha para pessoa fsica avaliaseu compromisso com a empresacom base em sua percepo docompromisso do dono.

    Portanto, no se pode abrir uma empresa e ir passear ... eesperar que outras pessoas faam seu negcio triunfar.

    O empresrio deve ser a primeira pessoa a fazer opossvel para transformar a empresa em sucesso, mesmo queisso consuma 25 horas em um dia de 24, declara ela. Deve-se ter autoconfiana e acreditar que possvel conseguiraquilo a que se props.

    Uma das coisas que Hughes diz ter feito de maneiraacertada foi trazer seu filho, Alfred Liggins, para a empresa,atuando como presidente e diretor executivo, dirigindo asoperaes do dia-a-dia, enquanto ela passou a presidir oconselho administrativo, tomando decises de longo prazo.

    Segundo afi rma, nas naes em desenvolvimento, asfamlias ampliadas, bem como as famlias nucleares, muitasvezes so a mo-de-obra das empresas.

    Bruce OdesseyPresidente efundadora da RadioOne, CatherineHughes

    Cortesia

    :RadioOne

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    eJournal USA 25 Perspecti vas Econmicas/ Janei ro de 2006

    BIBLIOGRAFIALeituras adicionais sobre pequena empresa

    Evans, Harold, Gail Buckland e Devid Lefer. They MadeAmerica: From the Steam Engine to the Search Engine: TwoCenturies of Innovators[Eles Fizeram a Amrica: Da Mquinaa Vapor Ferramenta de Busca: Dois Sculos deInovadores]. Nova York, NY: Litt le, Brown & Co., 2004.

    Fundao Ewing Marion Kauffman. UnderstandingEntrepreneurship: A Research and Policy Report[ParaEntender o Empreendedorismo: Relatrio sobre Pesquisa ePolticas]. Kansas City: Fundao Ewing Marion Kauffman,2005.http://research.kauffman.org/cwp/jsp/redirect.jsp?& resourceId=Research/Resource/Report_070.htm

    Gardiner, Rebecca. "Business, African Style" [Negcios, oEsti lo Africano]. Profit, vol. 24, no4 (setembro de 2005): p.17.http://www.profitguide.com/exporting/article.jsp?content=20050927_170636_5564

    Johnson, Pitch. "Entrepreneurship and Democracy"[Empreendedorismo e Democracia]. Hoover D igest, no1(primeiro trimestre de 2005): pp. 152-156.http://www.hooverdigest.org/051/johnson.html

    Karlgaard, Rich. "It's the Entrepreneurs, Stupid!" [So osEmpreendedores, Idiota!]. Forbes, vol. 176, no1 (4 de julhode 2005): p. 39.

    http://www.forbes.com/global/2005/0704/075_print.htmlMullins, John W. The New Business Road Test: WhatEntrepreneurs and Executi ves Should Do Before Writing aBusiness Plan [Teste Prtico de uma Empresa Nova: O QueEmpreendedores e Executivos Devem Fazer antes deElaborar um Plano de Negcios]. Indianpolis: PrenticeHall, 2004.

    Peabody, Bo. "Lucky Or Smart?" Inc., vol. 27, no1 (janeirode 2005): pp. 89-96. Publicado em portugus com o ttuloSorte ou Talento?Editora Campus, 2005.http://www.inc.com/magazine/20050101/lucky-or-smart.html

    Power, Carla, et al."Arabia Retools" [A Arbia seReorganiza]. Newsweek(20 de junho de 2005): p. 56.http://msnbc.msn.com/id/8185446/site/newsweek/

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento,Comisso sobre o Setor Privado e o Desenvolvimento.Unleashing Entrepreneurship: M aking Business Work for thePoor[Desencadeando o Empreendedorismo: O Poder dasEmpresas a Servio dos Pobres].Nova York: Programa dasNaes Unidas para o Desenvolvimento, 2004.http://www.undp.org/cpsd/indexF.htm~

    Robinson, Frances. "Kelsey's Cash Cow" [A Galinha dosOvos de Ouro da Kelsey]. Mother Earth News, vol. 212(outubro/novembro de 2005): pp. 90-92.http://www.motherearthnews.com/top_articles/2005_October_and_November/Kelsey_s_Cash_Cow

    Scudamore, Brian. "The Traits That Triumph"[Caractersticas Que Levam ao Triunfo].Profit, vol. 24, no4(setembro de 2005): p. 93.http://www.profitguide.com/brianscudamore/article.jsp?content=20051008_154620_3456

    Shiffman, Kim. "Six Secrets of Super Startups" [SeisSegredos de Superempresas Iniciantes]. Profit, vol. 24, no4(setembro 2005): pp. 57-60.http://www.profitguide.com/hot50/2005/article.asp?ID=1334

    Spruell, Sakina P. e James C. Johnson. "From Concept toCustomer" [Do Conceito ao Cliente]. Black Enterprise, vol.36, no4 (novembro de 2005): pp. 124-130.

    "Succeeding Against All Odds" [Como Ter Sucesso ContraTodas as Dificuldades]. Ebony, vol. 60, no12 (outubro de2005): pp. 74-80.

    Taylor, T. Shawn. "Leaps of Faith" [Atos de F]. Essence,vol. 35, no11 (maro de 2005): pp. 112-121.http://findarticles.com/p/articles/mi_m1264/is_11_35/ai_n13661851

    Timmons, Jeffry A., Stephen Spinelli e Andrew Zacharakis.How to Raise Capital: Techni ques and Strategies for Financingand Valuing Your Small Business[Como Levantar Capital:Tcnicas e Estratgias para Financiar e Valorizar SuaPequena Empresa]. Nova York: McGraw-Hill, 2005.

    Timmons, Jeffry A., Andrew Zacharakis e Stephen Spinelli.Business Plans That Work: A Guide for Small Business[Planosde Negcios Que Do Certo: Um Guia da PequenaEmpresa]. Nova York: McGraw-Hill, 2004.

    O Departamento de Estado dos EUA no se responsabi liza pelo contedo edi sponi bi lidade dos recursos de outras agncias e organizaes relacionadosacima. Todos os links de internet estavam at ivos em janeiro de 2006.

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    RECURSOS NA INTERNETFontes adicionais de informaes sobre pequena empresa

    GOVERNO DOS EUA

    Administrao de Pequenas Empresas (SBA)http://www.sba.gov/

    AGNCIAS INTERNACIONAIS

    Banco de dados Doing Business do Banco Mundialhttp://www.doingbusiness.org/Default.aspx

    Comisso do UNDP sobre o Setor Privado e o Desenvolvimentohttp://www.undp.org/cpsd/indexF.html

    Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento

    Econmico,Centro de Empreendedorismo, PMEs e Desenvolvimento Localhttp://www.oecd.org/department/0,2688,en_2649_33956792_1_1_1_1_1,00.html

    RECURSOS ACADMICOS, DE PESQUISA EPRIVADOS

    Academia Internacional de Pesquisa sobre Empresas Familiareshttp://www.ifera.org/

    Centro de Empreendedorismo Arthur M. Blank daFaculdade Babson

    http://www3.babson.edu/eship/research-publications/http://www.babson.edu/entrep/fer/

    Conselho Internacional para a Pequena Empresahttp://www.icsb.org/

    Entrepreneur.com: Solues para Empresas em Crescimentohttp://www.entrepreneur.com/http://www.entrepreneur.com/howto/0,5967,,00.html

    eVenturinghttp://www.entreworld.org/

    Inc.com: Os Recursos para Empresas em Crescimentohttp://www.inc.com/home/

    Instituto de Empresas Familiareshttp://www.ffi.org/http:/ /www.ffi .org/gentemplate.asp?cid=138

    Instituto de Frum Pblico, Dilogo Nacional sobreEmpreendedorismohttp://www.publicforuminstitute.org/nde/global/index.htmhttp://www.publicforuminstitute.org/nde/entre/stories/index.htm

    Meu Prprio Negcio

    http://www.myownbusiness.org/index.html

    Morebusiness.comhttp://www.morebusiness.com/http://www.morebusiness.com/gett ing_started/primer/

    Organizao do Empreendedorhttp://www.eonetwork.org/Default.aspxCom unidades em 40 pases:http://www.eonetwork.org/Public/About/Chapters.aspx

    Rede de Empresas Familiareshttp://www.fbn-i.org/fbn/main.nsf/doclu/home?

    OpenDocument

    Tornando-se Globalhttp://www.growing-global.com/index.asphttp://www.growing-global.com/resources.asp

    MULTIMDIA E BLOGUES

    Empreendedores & Idias Empreendedorashttp://realentrepreneur.com/

    Jim Blassingamehttp://www.smallbusinessadvocate.com/

    Knowledge@Wharton - Inovao e Empreendedorismohttp://knowledge.wharton.upenn.edu/index.cfm?fa=viewCat& CID=12

    Podcast como Estratgia para PMEshttp://feeds.feedburner.com/SMBStrategyCast

    Rdio do Empreendedorhttp://www.business-talk-radio.com/

    SBTVhttp://www.sbtv.com/

    Tendncia das Pequenas Empresashttp://www.smallbusinesses.blogspot.com/

    O Departamento de Estado dos EUA no assume responsabi lidade pelocontedo e disponibi lidade dos recursos relacionados acima. T odos os linksestavam ati vos em janeiro de 2006.

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    REVISTAMENSALEM

    VRIOS

    IDIOMAS

    VEJA A RELAO COMPLETA DOS TTULOS EMhttp://usinfo.state.gov/journals/journals.htm