10
Ensaio Argumentativo “O poder da reflexão” Desenvolvimento Profissional IV 3ºano da Licenciatura em Fisioterapia Módulos 10 e 11 Responsáveis: Módulo 10: Aldina Lucena Módulo 11: Ricardo Matias Unidade curricular: Carmen Caeiro Aluno: Sabrina Muiño Matos Nº:100554011 Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Saúde

Ensaio Argumentativo DP IV - Sabrina Matos.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • Ensaio Argumentativo O poder da reflexo

    Desenvolvimento Profissional IV

    3ano da Licenciatura em Fisioterapia Mdulos 10 e 11

    Responsveis:

    Mdulo 10: Aldina Lucena

    Mdulo 11: Ricardo Matias

    Unidade curricular: Carmen Caeiro

    Aluno:

    Sabrina Muio Matos

    N:100554011

    Instituto Politcnico de Setbal Escola Superior de Sade

  • Pgina | 2

    Introduo

    O Raciocnio clnico pode ser visto como um processo de reflexo e tomada de deciso que

    guia a prtica clnica de um profissional de sade. Existem vrias formas de desenvolver

    este mtodo, baseado em diferentes paradigmas de investigao. Para guiar a tomada de

    decises de diagnstico e gesto da relao teraputica os profissionais de sade podem

    fazer uso de algumas estratgias que se encontram descritas na literatura. Cada uma destas

    estratgias permite gerir uma diferente situao e/ou atingir um diferente fim. As

    estratgias de raciocnio clinico de gesto da relao teraputica so as seguintes:

    processual, interativa, colaborativa, de ensino, preditiva e tica, sendo que as estratgias

    com enfoque neste trabalho sero a estratgia interativa e colaborativa (Edwards, et al,

    2004a).

    importante para os fisioterapeutas definirem o tipo de terapeuta que consideram ser,

    estarem cientes do raciocnio clinico que desenvolvem na sua prtica e refletirem sobre as

    estratgias que podem utilizar em cada contexto e situao devido ao nmero e variedade

    de decises que tm de ser tomadas em contexto clinico. Devido a esta complexidade de

    decises que os fisioterapeutas enfrentam na sua prtica do interesse destes e dos

    prprios utentes que os fisioterapeutas se preocupem em melhorar as suas capacidades de

    tomada de deciso (Edwards, et al, 2004a).

    proposto, neste trabalho, que seja analisada e argumentada a seguinte tese, tendo em

    conta os pressupostos acima citados:

    In ideal decision making process, all involved are aware of their own interests and

    motivations; this clarifies the reasoning process and enables collaborators to reach

    critical decisions that include objective, emotional, political, cultural and other factors

    (Trade &Higgs, 2008).

    Apesar de o raciocnio clinico ser um processo transversal as profisses da rea da sade,

    neste trabalho o enfoque ser sobre a aplicabilidade e consequncias desta na relao

    teraputica entre o fisioterapeuta e o utente.

  • Pgina | 3

    Ensaio Argumentativo: O poder da reflexo

    Para que o processo de raciocnio clinico seja eficaz indispensvel que os fisioterapeutas

    reflitam sobre a sua prtica clnica e mais especificamente sobre a tomada de decises.

    Tendo em conta dois processos de raciocnio opostos, o hipottico-dedutivo, centrado na

    condio: e o Narrativo, centrado no utente, a tomada de decises e/ou a definio de um

    diagnstico tem um enfoque diferente. As estratgias de raciocnio clinico podem ser

    baseadas em um destes dois paradigmas, sendo que a inteno por de trs do uso de uma

    estratgia vai definir qual o paradigma subjacente a cada situao (Edwards, et al, 2004a).

    Um modelo que integra as duas perspetivas, fazendo o uso de cada uma delas quando se

    justifica, entende-se como o mais adequado, pois respeita o modelo de prestao de

    cuidados Bio-Psico-Social, que considera o utente como um todo a sua vertente biolgica,

    mais relacionada com os aspetos anatomofisiolgicos da condio, e as vertentes

    psicolgica e social, que se relacionam com a individualidade de cada pessoa e com o

    impacto desses fatores no bem-estar do utente e na relao teraputica. Esta conjugao de

    perspetivas relaciona-se com a Classificao Internacional de Funcionalidade e

    Incapacidade (CIF), modelo que considera todas as dimenses que interferem com as

    limitaes funcionais e participao dos indivduos num determinado contexto (Edwards,

    et al, 2004a).

    O raciocnio clinico interativo tem por base a criao de um relacionamento harmonioso

    com os utentes, permitindo desenvolver uma prtica centrada no utente que providencia

    inmeros benefcios para a prtica clnica (Edwards, et al, 2004a; Gibson, Fancott &

    Nixon, s.a ).

    A prtica centrada no utente um modelo que valoriza a parceria entre o profissional e o

    utente. Este modelo valoriza o conhecimento dos utentes e a integrao da sua perspetiva

    na definio dos objetivos de interveno, sendo que um dos pressupostos deste modelo

    que a interveno seja adaptada ao contexto e condio de cada utente, tornando os

    cuidados de sade acessveis a todos os utentes (Gibson, Fancott & Nixon, s.a).

    Tendo por base a prtica centrada no utente, existem trs modelos de relao teraputica

    nos quais os utentes assumem distintos papis e tm diferentes graus de envolvimento. O

    modelo no qual as decises recaem todas sobre o fisioterapeuta, e o utente se torna um

  • Pgina | 4

    elemento passivo na relao, denominado por Paternalismo. No modelo Consumista o

    fisioterapeuta tem o papel de informar o utente das opes disponveis e fornecer o

    tratamento selecionado pelo utente, sendo que o nico elemento ativo da relao o utente,

    neste modelo no existe qualquer interferncia da opinio do fisioterapeuta e sendo que

    este que detm o conhecimento tcnico e cientfico esta abordagem pode tornar-se

    negligente. O ltimo modelo conjuga os dois acima mencionados sendo que tanto o

    fisioterapeuta como o utente assumem um papel ativo na relao teraputica, tanto o

    conhecimento tcnico e cientfico do fisioterapeuta como o conhecimento e vivncia

    pessoal do utente com a sua condio e a sua experincia com os cuidados de sade so

    importantes no processo de tomada de decises, tornando se este um processo de tomada

    de deciso partilhada. Este ltimo modelo enfatiza a importncia do dilogo, como forma

    de evitar mal entendidos e tornar a prtica do fisioterapeuta transparente, o nome do

    modelo a Participao Mtua (Gibson, Fancott & Nixon, s.a).

    Aps anlise dos modelos evidente que o de Participao Mtua o que mais se adequa a

    uma prtica centrada no utente, sendo que esta requer que o utente seja o elemento central

    do processo de interveno e que este possa tomar decises informadas, baseadas no

    conhecimento cientfico que o fisioterapeuta detm e no conhecimento pessoal do prprio

    utente. A ptica centrada no utente pode ainda ser entendida como a capacidade de o

    fisioterapeuta fazer um uso adequado do raciocnio clinico, ou seja, a capacidade de o

    fisioterapeuta refletir sobre a sua prtica e sobre o seu papel, o do utente e do contexto na

    tomada de decises (Gibson, Fancott & Nixon, s.a; Cruz, Moore & Cross, 2012)

    Um conceito que surge com a prtica centrada no utente e com o modelo da participao

    mtua a tomada de deciso partilhada. Embora a definio deste conceito na literatura

    no seja consensual existem alguns aspetos em relao aos quais a maioria dos estudos est

    de acordo. Para que ocorra uma tomada de deciso partilhada essencial que o problema

    seja definido, sejam apresentadas opes, que os valores e preferncias dos utentes sejam

    identificados, que o conhecimento do fisioterapeuta seja integrado e que o entendimento

    seja clarificado. Estes elementos, contudo, por si s no tornam a tomada de decises um

    processo partilhado, apesar de ser essencial que os fatores definidos se encontrem

    presentes importante notar que uma tomada de deciso partilhada no se assenta sobre

    estes fatores mas sim pela genuna integrao do utente no processo de tomada de

    decises. O que define se nos encontramos perante uma tomada de deciso partilhada o

  • Pgina | 5

    processo de raciocnio clinico subjacente (Edwards et al, 2004b; Makoul & Clayman,

    2005; Trade & Higgs, 2008).

    O termo tomada de deciso colaborativa, tem por base a estratgia colaborativa de

    raciocnio clinico, que torna a relao teraputica uma parceria ente o fisioterapeuta e o

    utente. Considerando a tomada de deciso partilhada, esta pode ser entendida como

    colaborativa quando abordada por uma perspetiva crtica. Neste sentido, uma tomada de

    deciso verdadeiramente colaborativa tem como objetivo libertar as pessoas envolvidas

    numa relao teraputica de quaisquer constrangimentos, permitindo que a tomada de

    decises seja o mais coerente possvel com as perspetivas do fisioterapeuta e do utente

    (Makoul & Clayman, 2005; Trade & Higgs, 2008).

    Considerando a seguinte tese:

    In ideal decision making process, all involved are aware of their own interests and

    motivations; this clarifies the reasoning process and enables collaborators to reach

    critical decisions that include objective, emotional, political, cultural and other factors

    (Trade &Higgs, 2008).

    A minha perspetiva que se todos os envolvidos num processo de tomada de deciso

    forem autorreflexivos considerando todos os seus aspetos pessoais e/ou profissionais que

    podem influenciar o processo cada um tem uma correta perceo do seu papel na relao

    teraputica. A partir do momento em que os papis se encontram devidamente definidos e

    as perspetivas de ambos forem mutuamente percebidas e respeitadas considerando todos os

    fatores mencionados na tese acima referida considero que uma deciso crtica pode

    realmente ser tomada e o processo de tomada de deciso se torna colaborativo e integrativo

    (Trade &Higgs, 2008).

    A meu ver, nico aspeto em que a tese falha no referir que o fisioterapeuta deve ser

    capaz de identificar e interpretar as motivaes e perspetivas do utente e que estas devem

    ser clarificadas. Para que o processo de raciocnio clinico seja realmente colaborativo e

    interativo tem de haver uma partilha de significados por parte do utente e do fisioterapeuta

    evitando assim mal entendidos e tornando a prtica transparente livre de constrangimentos.

    A forma como o fisioterapeuta se v como profissional vai ditar a forma como tomam

    decises no contexto da sua prtica. Quanto maior for a perceo do poder que o mesmos

  • Pgina | 6

    considera que deve deter mais difcil se torna ceder algum desse poder no sentido de

    permitir ao utente estar envolvido no processo de tomada de deciso (Trade &Higgs,

    2008). Este aspeto evidenciado num estudo realizado por Cruz, Moore & Cross (2012) no

    qual um conjunto de terapeutas, considerados experts, demonstraram desenvolver uma

    prtica muito Paternalista descentrada dos seus utentes e focada no tratamento da condio.

    Um fisioterapeuta pode tomar um rumo paternalista na sua prtica devido a um pequeno

    erro de apenas no refletir sobre a sua prtica, por isso muito importante, para os

    fisioterapeutas desenvolverem esta reflexo crtica para melhorarem, cada vez mais a

    prestao de cuidados de sade (Trade &Higgs, 2008; Gibson et al, s.a; Atkins & Ersser,

    2008).

    Apesar de eu considerar, e de estar cientificamente comprovado, que deve haver partilha

    de poder na relao teraputica um aspeto a ter em conta que para fisioterapeutas com

    alguns anos de prtica que sempre adotaram um modelo biomdico pode no ser fcil

    aceitar esta nova perspetiva de partilha de poder e integrao do utente no processo de

    tomada de deciso, pois no foram alertados para este aspeto aquando da sua formao

    (Gibson et al, s.a; Goodyear-Smith & Buetow, 2001).

    Considero que a diferena de poder existe no s devido ao modelo de prtica adotado

    pelos fisioterapeutas, mas tambm devido a concees sociais de que o profissional de

    sade que tem o conhecimento cientfico e por isso ele que sabe o que melhor.

    Contudo, estas diferenas podem ser atenuadas recorrendo a estratgias, sendo que uma

    dessas a autorreflexo e o dilogo, que levam a uma partilha de significados.

    A noo de que os utentes devem ser envolvidos no processo de tomada de deciso

    baseada no fato de os mesmos referirem que realmente tm preferncia por participarem no

    mesmo e porque este tipo de prtica leva a que os objetivos de interveno sejam atingidos

    com uma maior eficcia, pois os utentes tendem a ser mais participativos e colaborativos,

    no apenas colaborantes. Isto significa que os utentes compreendem o que tem de ser feito,

    concordam com o que vai ser feito e querem realmente fazer o que estes definiram em

    conjunto com o fisioterapeuta, em contraste com os utentes colaborantes que apenas

    realizam os exerccios porque confiam no que o fisioterapeuta define, sem o questionarem

    em qualquer momento e sem estarem integrados no processo. Apesar de alguns

    profissionais de sade no adotarem esta prtica, por considerarem que leva mais tempo,

  • Pgina | 7

    pois no tm de questionar outros e as decises dependem apenas deles. Esta conceo no

    esta completamente correta. Muitas vezes, o fato de ser adotada uma prtica centrada no

    utente atravs do uso de estratgias de raciocnio clinico interativo e colaborativo, fazendo

    uso de uma tomada de decises partilhada, pode at ser poupado tempo pois verificam-se

    menos mal entendidos, dado que estes princpios tm subjacente a constante verificao da

    concordncia, no esquecendo que se deve buscar uma concordncia genuna (Trade

    &Higgs, 2008; Gibson et al, s.a; Atkins & Ersser, 2008; Say, Murtagh & Thomon, 2006;

    Moore & Jull, 2012).

    importante ainda notar que, apesar de ser importante desenvolver um processo de tomada

    de deciso colaborativo, nem sempre os utentes querem estar integrados no processo,

    existem decises que os utentes preferem no tomar. Se os utentes decidem entregar

    algumas decises nas mos do fisioterapeuta este tem de ser compreensivo, sendi que isto

    j uma deciso e pressupem o respeito pelas preferncias dos utentes. A distribuio de

    poder no tem de ser sempre equitativa e muitas vezes isso no possvel, existem

    momentos em que mais pertinente o fisioterapeuta ter um papel mais resolutivo na

    tomada de uma deciso e outros em que deve ser dado mais poder ao prprio utente.

    indispensvel considerar que cada utente um ser individual, nenhum igual ao outro,

    mesmo que partilhem a mesma condio e isso que vai ditar a sua preferncia em estar

    envolvidos no processo de tomada de deciso em cada momento. Dado isto, o raciocnio

    colaborativo pode apresentar-se na clnica atravs de um espectro variado, encontrando se

    num extremo uma relao teraputica na qual o utente decide colocar toda a

    responsabilidade da tomada de decises nas mos do terapeuta e no outro, o utente que

    quer estar envolvido em todas as decises que se apresentem no contexto da relao

    teraputica (Gibson et al, s.a; Atkins & Ersser, 2008; Say, Murtagh & Thomon, 2006).

    A meu ver, o mais importante que o fisioterapeuta assinale, sempre, devidamente, a

    inteno de integrar o utente na tomada de decises. Apesar de cada utente ter as suas

    preferncias deve sempre ser aferido se elas se mantm ao longo do processo de

    interveno pois existem variveis que podem interferir com as mesmas (Gibson et al, s.a;

    Atkins & Ersser, 2008).

    Se o fisioterapeuta criar as condies necessrias para integrar o utente no processo de

    tomada de decises pode assegurar que esta a permitir que o utente seja proactivo, se este

  • Pgina | 8

    decidir no faze-lo o fisioterapeuta deve respeitar e assegurar-se de que o utente concorda e

    compreende as decises tomadas e deve ainda averiguar se as suas preferncias se mantm

    no decorrer do processo.

    Para que o fisioterapeuta possa desenvolver uma prtica verdadeiramente centrada no

    utente os prprios devem refletir sobre quais as suas preferncias e motivaes e como

    estas podem influenciar a relao teraputica, sendo que o prprio fisioterapeuta pode

    alertar o utente para a importncia deste processo. Muitas vezes podem existir fatores que

    influenciam a prtica clnica, tanto por parte do fisioterapeuta como da do utente, esse

    fatores podem por vezes at ser modificveis o importante que o fisioterapeuta e o utente

    adotem uma perspetiva crtica, relativamente as suas crenas e motivaes, para que

    possam adaptar o melhor possvel todo o processo as caractersticas individuais do utente.

    Em suma, uma perspetiva crtica permite averiguar quais as diferenas entre os valores,

    interesses e intenes do fisioterapeuta e do utente para compreender o impacto dessas

    diferenas e como se pode arranjar um consenso para que a relao teraputica seja

    realmente colaborativa e centrada no utente. Esta perspetiva torna-se cada vez mais

    necessria devido ao aumento do acesso a informao por parte dos utentes o que os torna

    cada vez mais crticos relativamente ao que lhes apresentado e ao mesmo tempo mais

    exigentes. Essa exigncia s pode ser satisfeita se o fisioterapeuta se esforar no sentido de

    compreender o que o utente pretende, genuinamente, e se esforar para desenvolver a

    prtica mais satisfatria para o mesmo. Reunindo os aspetos referidos, alm de ser

    importante e pertinente adotar uma prtica reflexiva, a adoo desta perspetiva torna-se

    possvel se o fisioterapeuta criar as condies necessrias para que isso acontea, sendo

    que no algo que acontea por si s, naturalmente, tem de comear a ser um processo

    consciente (Trade &Higgs, 2008; Gibson et al, s.a; Atkins & Ersser, 2008)

  • Pgina | 9

    Concluso

    Em suma, na minha perspetiva importante que seja integrada uma perspetiva crtica no

    processo de tomada de deciso reflexiva como a teste defende. Est opinio sustentada

    nos dados que referem que este tipo de pratica a que produz melhores resultados e a que

    os prprios utentes consideram mais adequada, quando o objetivo tornar os utentes o

    centro da nossa interveno tendo por base o modelo Bio-Psico-Social assim como todos

    os outros conceitos e perspetivas abordados ao longo do ensaio, ningum melhor que os

    mesmos para definirem o que deve ser integrado na relao teraputica para que esta seja

    mais efetiva e adequada aos mesmos.

    indispensvel que esta perspetiva seja integrada no plano curricular dos estudantes de

    fisioterapia, sendo que esta perspetiva relativamente decente e no se encontra em uso

    por fisioterapeutas no mercado do trabalho, recm-licenciados. Este dado indica que os

    fisioterapeutas devem manter-se constantemente atualizados para providenciarem os

    melhores cuidados aos seus utentes (Cruz, Moore & Cross, 2012)

    (O corpo do trabalho constitudo por 2802 palavras)

  • Pgina | 10

    Bibliografia

    Atkins, S. & Ersser, S. (2008). Clinical reasoning and patient-centred care. In:

    Higgs, J., Jones, M.A., Loftus, S. and Christensen, N, editors. Clinical Reasoning in

    the Health Professions (3rd ed). Oxofrd: Butterworth- Heinemann.

    Cruz, E., Moore, A., & Cross, V. (2012). Clinical reasoning and patient-centred

    care in musculoskeletal physiotherapy in Portugal A qualitative study. Manual

    Therapy, 17(3), 246-250.

    Cruz, E., Moore, A., & Cross, V. (2012). A qualitative study of physiotherapy final

    year undergraduate students` percepcions of clinical reasoning. Manual Therapy, In

    press.

    Edwards, I., Jones, M., Carr, J., Braunack-Mayer, A., & Jensen, G. (2004a).

    Clinical Reasoning Strategies in Physical Therapy. Physical Therapy. 84, 312-330.

    Edwards, I., Jones, M., Higgs, J., Trede, F., & Jensen, G. (2004b). What is

    Collaborative Reasoning? Advances in Physiotherapy, 6, 70 -83.

    Gibson, B., Fancott, C., & Nixon, S. Are you poroviding patient-centred care? A

    Guide for Physiotherapists of Ontario.

    Goodyear-Smith, F., & Buetow, S. (2001) Power issues in the doctor-patient

    relationship. Health Care Analysis, 9, 449-462.

    Makoul, G., & Clayman, M. (2006) An integrative model of shared decision

    making in medical encounters. Patient Education and Counseling, 60, 301-312.

    Moore, A. & Jull, A. (2012). Patient-centredness. Manual Therapy, 17 , 377.

    Say, R., Murtagh, M., & Thomon, R. (2006). Patients` preferences for involvement

    in medical decision making: a narrative review. Patient Education and Counseling,

    60, 102-114.

    Trede, V. & Higgs, J. (2008). Collaborative decision-making. In: Higgs, J. &

    Jones, M.A., Loftus, S., and Christensen, N, editors. Clinical Reasoning in the

    Health Professions (3rd ed). Oxford: Butterworth- Heinemann .