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Epistemologia, 2 Divisão do trabalho intelectual “[...] esta crítica interna que se exerce com uma severa lucide sobre os aparelhos de uma pr!tica cienti"ica deixa obrigatoriamente intato o horionte teleol#gico sobre o qual esta pr!tica "a "undo$ a vigil%ncia do territ#rio s# pode se exercer com a condi&ão de não suscitar problemas de "ronteira, a pr!tica interna das pr!ticas cientí"icas deve, se quer sobreviver como tal, se recusar a colocar o problema do lugar do territ#rio no qual ela tem 'urisdi&ão em rela&ão aos espa&os "ronteiri&os que a cercam( )pp. *+- /ob'eto0 Crítica externa examinar a ci1ncia na sua rela&ão com o “resto(, o “"undo do ser( como irre"letido pr+cientí"ico )p. - apriorismos sociol#gicos 3  e outros “[...] ver as coisas de bem alto e de resolv1+las sem se preocupar muito com os detalhes$ a filosofia [...] realia sua missão de crítica externa das ci1ncias com uma consci1ncia e uma ass idui da de admi r!v eis ( )p. - 4 “[. .. ] seus interesses est ão pr o" undame nt e enga'ados na batalha [...]( )p. 5-. [6 7i1ncia apareceria, nesse sentido, para a 8iloso"ia, portadora de um “ponto cego(, isto , esse “irre"letido pr+cientí"ico(, apriorístico, que estaria “"ora( da 9aão, no sentido :antiano 2 , os limites do su'eito cartesiano, do ;ensamento<7onsci1ncia * ] “[.. .] das qua is somente a =eo ria pod e permiti r apr eend er as in' un&>es ( )p. ?- abstra&ão no seu sentido positivo<"ilos#"ico [seguindo o mtodo da economia política$ que se pensa separada e acima da ....] @ Pro duçã o dos indiv íduos dete rmina da soci almen te $ su'eit os indep endentes por naturea )9ousseau- tampouco repousa sobre tal naturalismo. As pro"etas do sculo BC v1em+no como um ideal, que teria existido no passado , não como um resultado hist#rico, mas como ponto de partida da ist#ria 5 , porque o consideravam um indivíduo 1 ;ara Fimmel, o processo de socialia&ão se realiaria atravs das experi1ncias dos indivíduos. ;ara Gax Heber, in"luenciado por Fimmel, “a sociedade minha representa&ão no processo de atividade da consci1ncia(, “um a priori que est! contido nos su'eitos sociais( )=96I=EJKE9I, 3LL2, p. BC-. Heber busca uma ci1ncia social que escape dessa determina&ão valorativa apriorística. 2 Mant "a a crítica do racionalismo, ou, em outras palavras, tra N consci1ncia o limite da 9aão. 7". 8AO76OP=. 3 “Jão a consci1ncia que determina o ser, antes, o ser [social] que determina a consci1ncia( Marl Garx. 4 7omo duplo empírico+transcendental.

Epistemologia

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7/17/2019 Epistemologia

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Epistemologia, 2

Divisão do trabalho intelectual

“[...] esta crítica interna que se exerce com uma severa lucide sobre os aparelhos de

uma pr!tica cienti"ica deixa obrigatoriamente intato o horionte teleol#gico sobre o qual

esta pr!tica "a "undo$ a vigil%ncia do territ#rio s# pode se exercer com a condi&ão de

não suscitar problemas de "ronteira, a pr!tica interna das pr!ticas cientí"icas deve, se

quer sobreviver como tal, se recusar a colocar o problema do lugar do territ#rio no qual

ela tem 'urisdi&ão em rela&ão aos espa&os "ronteiri&os que a cercam( )pp. *+-

/ob'eto0

Crítica externa examinar a ci1ncia na sua rela&ão com o “resto(, o “"undo do ser(

como irre"letido pr+cientí"ico )p. - apriorismos sociol#gicos3 e outros

“[...] ver as coisas de bem alto e de resolv1+las sem se preocupar muito com os detalhes$

a filosofia [...] realia sua missão de crítica externa das ci1ncias com uma consci1ncia e

uma assiduidade admir!veis( )p. -4 “[...] seus interesses estão pro"undamente

enga'ados na batalha [...]( )p. 5-.

[6 7i1ncia apareceria, nesse sentido, para a 8iloso"ia, portadora de um “ponto cego(,

isto , esse “irre"letido pr+cientí"ico(, apriorístico, que estaria “"ora( da 9aão, no

sentido :antiano2, os limites do su'eito cartesiano, do ;ensamento<7onsci1ncia*]

“[...] das quais somente a =eoria pode permitir apreender as in'un&>es( )p. ?-

abstra&ão no seu sentido positivo<"ilos#"ico [seguindo o mtodo da economia política$

que se pensa separada e acima da ....]

@ Produção dos indivíduos determinada socialmente$ su'eitos independentes por 

naturea )9ousseau- tampouco repousa sobre tal naturalismo. As pro"etas do sculo

BC v1em+no como um ideal, que teria existido no passado, não como um resultado

hist#rico, mas como ponto de partida da ist#ria 5, porque o consideravam um indivíduo

1 ;ara Fimmel, o processo de socialia&ão se realiaria atravs das experi1ncias dos indivíduos. ;ara Gax Heber,

in"luenciado por Fimmel, “a sociedade minha representa&ão no processo de atividade da consci1ncia(, “um a priori 

que est! contido nos su'eitos sociais( )=96I=EJKE9I, 3LL2, p. BC-. Heber busca uma ci1ncia social que escape

dessa determina&ão valorativa apriorística.

2 Mant "a a crítica do racionalismo, ou, em outras palavras, tra N consci1ncia o limite da 9aão. 7". 8AO76OP=.

3 “Jão a consci1ncia que determina o ser, antes, o ser [social] que determina a consci1ncia( Marl Garx.

4 7omo duplo empírico+transcendental.

7/17/2019 Epistemologia

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con"orme N naturea Q dentro da representa&ão que tinham da naturea humana Q, que

não se originou historicamente, mas "oi posto como tal pela naturea.

Fomente no sculo BC aparece o “indivíduo isolado($ “A homem , no

sentido mais literal, um zoon politikon, não s# animal social, mas animal que s# pode

isolar+se em sociedade. 6 produ&ão do indivíduo isolado "ora da sociedade Q umacoisa tão absurda como o desenvolvimento da linguagem sem indivíduos que vivam

 juntos e "alem entre si( )G69B, 3LLL, p. 2?-.

A mtodo da Economia ;olítica$

“;arece que o correto come&ar pelo real e pelo concreto, que são a pressuposi&ão

 prvia e e"etiva [...]. Jo entanto, gra&as a uma observa&ão mais atenta, tomamos

conhecimento de que isso "also. 6ssim [...] teríamos uma representa&ão ca#tica do

todo [...].

“uma rica totalidade de determina&>es e rela&>es diversas($ “A concreto concreto

 porque a síntese de muitas determina&>es, isto , unidade do diverso. ;or isso o

concreto aparece no pensamento como o processo da síntese, como resultado, não como

 ponto de partida, ainda que se'a o ponto de partida e"etivo e, portanto, o ponto de

 partida tambm da intui&ão e da representa&ão. Jo primeiro mtodo, a representa&ão

volatilia+se em determina&>es abstratas, no segundo, as determina&>es abstratas

conduem N reprodu&ão do concreto por meio do pensamento. ;or isso que egel caiu

na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento que se sintetia em si, se

apro"unda em si, e se move por si mesmo4 enquanto o mtodo de consiste em elevar+se

do abstrato ao concreto não senão a maneira de proceder do pensamento para seapropriar do concreto, para reprodui+lo como concreto pensado. Gas este não de

modo nenhum o processo da g1nese do pr#prio concreto. [...] ;ara a consci1ncia [...]

 pois, o movimento das categorias aparece como o ato de produ&ão e"etivo Q que recebe

in"elimente apenas um impulso do exterior Q, cu'o resultado o mundo, e isso certo

na medida em que a totalidade concreta, como totalidade de pensamento, como um

concreto de pensamentos, de "ato um produto do pensar, do conceber4 não de modo

nenhum o produto do conceito que pensa separado e acima da intui&ão e da

representa&ão, e que se engendra a si mesmo, mas as elabora&ão da intui&ão e da

representa&ão em conceitos. A todo, tal qual aparece no crebro, como um todo de

 pensamentos, um produto do crebro pensante que se apropria do mundo do Rnicomodo que lhe possível [...]. A su'eito real permanece subsistindo, agora como antes,

em sua autonomia "ora do crebro, isto , na medida em que o crebro não se comporta

senão especulativamente, teoricamente.

[...] at as categorias mais abstratas Q precisamente por causa de sua naturea abstrata Q 

apesar de sua validade para todas as pocas, são, contudo, na determinidade dessa

abstra&ão, igualmente produto de condi&>es hist#ricas e não possuem plena valide

senão para essas condi&>es e dentro dos limites desta( )pp. *L+*-.

5 Garx, crítico do conceito de ist#ria<pr+hist#ria.

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