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    Erro de tipo

    Inescusável, evitável  ou indescupável- é a espécie de erro que provem

    da culpa do agente, ou seja, se ele empregasse a cautela e a prudência do

    homem médio poderia evitá-lo, pois seria capaz de compreender o caráter

    criminoso do fato.

    Escusável, inevitável ou desculpável – modalidade de erro que não

    deriva de culpa do agente, ou seja, mesmo que ele tivesse agido com a

    cautela e a prudência de um homem médio, ainda assim não poderia evitar

    a falsa percepão da realidade so!re os elementos do tipo penal.

    - nesse caso tem que ser levado em consideraão as condi"es em que o

    fato foi praticado.

    - o erro de tipo escusável ou inescusável sempre e#clui o dolo

    - o escusável e#clui o dolo e a culpa, acarretando na impunidade total do

    fato, enquanto o inescusável e#clui o dolo mas permite a punião por crime

    culposo, se previsto em lei . $esse ultimo o agente age de forma

    imprudente , negligente ou imperita, ao contrario do que faz no primeiro.

    Crime putativo por erro de tipo, ou delito putativo por erro de tipo:

    o agente quer praticar um crime, mas por erro, aca!a por cometer um fato

    penalmente irrelevante. E%& '() deseja cometer o crime de tra*co de

    drogas, mas por desconhecimento comercializa talco.

     Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:

    I - em estado de necessidade

      II - em legítima defesa 

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no eercício regular de direito

    Erro determinado por terceiro- o agente não erra por conta pr!pria "erro espont#neo$% mas

    sim de forma provocada%determinada por outrem. & erro provocado pode ser doloso ou

    culposo% depende do elemento su'(etivo do agente provocador.

    )rro so're a pessoa ou error in persona: o agente confunde a pessoa visada. )sse erro *

    irrelevante% o art +2+ protege o 'em (urídico que * a ,vida humana% ou se(a não isenta de pena.

    )rro so're o o'(eto: o su(eito cr que a sua conduta recai so're um o'(eto% mas na verdade

    incide so're um diverso. ): o agente acredita ter furtado um /ole% mas quando realmente

    furta uma replica . )sse erro * irrelevante% e não interfere na tipicidade penal.

    )rro so're as qualificadoras: o su(eito age com falsa percep0ão da realidade no que di1

    respeito a uma qualificadora. )sse erro não afasta o dolo nem a culpa. esaparece a

    qualificadora% mas se mantem o crime praticado.

    )rro so're o neo causal ou a'erratio causae: ocorre quando su(eito% acreditando ter produ1ido

    o o resultado alme(ado% pratica nova conduta com finalidade diversa% e ao final constata que

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    essa que foi essa ultima que produ1iu o que se 'uscava desde o inicio. )sse erro * irrelevante%

    o dolo * geral desde a eecu0ão at* a consuma0ão

    )rro na eecu0ão ou a'erratio ictus: o agente não se engana quanto a pessoa que dese(ava

    atacarmas age de modo desastroso% errando o seu alvo e acertando pessoa diversa.

    /esultado diverso do pretendido% a'erratio delict ou a'erratio criminis: por acidente ou erro na

    eecu0ão do crime% ocorre resultado diverso do crime% mas por erro na eecu0ão aca'a por

    cometer crime diverso.

    I4I5I67)

    ( ilicitude consiste na falta de autorizaão para a prática de uma conduta t+pica

    ( ilicitude é claramente o!jetiva& os inimputáveis, qualquer que seja a causa

    da ausência de culpa!ilidade, praticam condutas il+citas. E#& um de*ciente

    mental que mata outra pessoa realiza um comportamento il+cito, contrarioao direito, muito em!ora não possa ser a ele imposta uma pena, em face da

    sua inculpa!ilidade.

    Exclusão de ilicitude : um fato t+pico pode ser l+cito, desde que seu autor

    demonstre ter agido aco!ertado por uma causa de e#clusão da ilicitude.

    resente uma e#cludente de ilicitude, estará e#clu+da a infraão penal. ART

    23. CP

    '() efetua disparos de arma de fogo contra '), com o proposio de eliminarsua vida por vingana. osteriormente desco!re-se, que naquele e#ato

    instante ') iria acionar uma !om!a e laná-la em direão a casa de '),

    par mata-lo.

    - nesse caso, estaria e#clu+da a legitima defesa de terceiros, e '() responde

    pelo homic+dio praticado contra ').

    Aspectos Processuais

    /e comprovada a presena de uma causa de e#clusão da ilicitude, estará

    ausente uma condião da aão penal, e o 0inistério u!lico deverá requerer

    o arquivamento dos autos do inquérito policial. /e não o *zer no tocante aos

    crimes diversos dos dolosos contra a vida, o magistrado poderá rejeitar a

    denuncia, com fundamento no art. 123, 44 do 5digo de rocesso penal. 6

    fato narrado evidentemente não constitui infraão penal, e por

    conseq7ência, falta uma condião para o e#erc+cio da aão penal.

    $a hip5tese de denuncia ter sido rece!ida, o juiz poderá, ap5s a

    apresentaão da resposta escrita, a!solver sumariamente o acusado, em

    face da e#istência manifesta da causa de e#clusão de ilicitude do fato , nosmoldes do art. 128, 4 do . or outro lado, nos crimes de competência do

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     9ri!unal do :;ri evera,

    em verdade, a!solve-lo sumariamente com fulcro no art. ?@3, 4A, do ,

    diante da e#istência de circunstancia que e#clui o crime.

    E/9(>6 >E $EE//4>(>E& causa de e#clusão de ilicitude e quedepende de uma situaão de perigo