ESPECIFICO _-_Navegação_Marítima

8/3/2019 ESPECIFICO _-_Navegação_Marítima

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ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOSDE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

Cargo 6 – qualquer formação superior

AULA 3



Navegação Marítima A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA

Características gerais

a) A Navegação é o conjunto de procedimentos que permitema condução segura de uma embarcação de um ponto aoutro da superfície terrestre.

b) Navegação marítima, ou transporte marítimo, é um dos sub-modais que contemplam o transporte aquaviário. É realizada

em mar aberto, como também em águas oceânicasexploradas pelo Estado e nas áreas dos portos e terminais.c) Ao transporte marítimo se refere ao que possui fins comerciais

ou mercantis. A realização do comércio marítimo faz-se pormeio de uma atividade de navegação.

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Navegação MarítimaContexto Internacional e Nacional

O comércio exterior brasileiro vem acompanhando a tendênciamundial do início da década de 2000 e evoluindo a cada ano.

Países desenvolvidos e emergentes se aparelharam de forma eficientepara uma melhor inserção de suas economias na economiaglobalizada. (Exemplo: Coréia do Sul)

O aparelhamento do setor portuário e os incentivos à indústria navaldesses países é uma de suas principais características.

O Brasil participa da economia global, essencialmente, com o

comércio mundial de commodities, ou seja, produtos primários debaixo valor agregado. O escoamento das mercadorias nacionais esbarra nas ineficiências

internas, principalmente as relacionadas ao sistema de transportes.

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Navegação Marítima Os entraves oriundos do escoamento da produção decommodities no país, ou seja, no transporte interno até osportos brasileiros, causa o chamado Custo Brasil.

Um dos gargalos no sistema logístico nacional se refere aosistema de transporte marítimo, pois falta maiorparticipação do capital nacional, eficiência e interaçãocom os demais modais.

O Brasil já teve uma das maiores indústrias navais domundo, entretanto, na atualidade, esse setor depende deencomendas do setor petrolífero nacional.

Na atualidade, os países que dominam o mercado daconstrução naval são Japão, Coréia e China.

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Navegação Marítima A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA NO BRASIL

A Navegação Marítima no Brasil é dividida em quatro modalidades:

1. Longo Curso - a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;2. Cabotagem - a realizada entre portos ou pontos do território

brasileiro, utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveisinteriores;

3. Apoio Marítimo - a realizada para o apoio logístico a embarcaçõese instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica,que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais ehidrocarbonetos;

4. Apoio Portuário - a realizada exclusivamente nos portos e terminaisaquaviários, para atendimento a embarcações e instalaçõesportuárias;

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Navegação MarítimaLongo Curso

Mercado dominado por grandes empresas internacionais; As exportações brasileiras que são transportadas a partir dosportos e terminais do país, por empresas de navegação de

longo curso, ficam na ordem de 90% O comércio internacional realizado através dos oceanos

representa 80% das transações realizadas em todo o mundo.

Grécia, Japão, Noruega, Estados Unidos, China, Hong Kong, Alemanha, Reino Unido, Singapura e Dinamarca possuíam,no início da década, as maiores frotas mercantes do mundo.

A participação de empresas brasileiras é reduzida nomercado internacional, inclusive nas exportações dascommodities produzidas em território nacional.

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Navegação Marítima Até o fim de 2008, a ANTAQ tinha autorizado 21 EBNs

na navegação de longo curso.

66% das EBNs na navegação de longo curso possuemsede no estado do Rio de Janeiro;

A lei 9432/97, em seu artigo 5°, estabelece que aoperação ou exploração do transporte de mercadoriasna navegação de longo curso é aberta aos

armadores, às empresas de navegação e àsembarcações de todos os países, observados osacordos firmados pela União, atendido o princípio dareciprocidade.

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Navegação MarítimaCabotagem

Na navegação de cabotagem, o Estado procurou preservar o mercado paraembarcações brasileiras.

O artigo 7° da lei 9432/97 estabelece que “as embarcações estrangeirassomente poderão participar do transporte de mercadorias na navegação decabotagem (...) quando afretadas por empresas brasileiras denavegação”.

Isso somente pode ocorrer quando verificada inexistência ouindisponibilidade de embarcação de bandeira brasileira de tipo e porteadequados para o transporte.

Para o afretamento de embarcação estrangeira é necessário, antes, umprocesso de circularização. Mesmo com um potencial enorme, tendo em vista os mais de 8.500 km de

litoral, a cabotagem não é utilizada em sua plenitude no Brasil. Os principais produtos transportados na cabotagem são: combustíveis,

minérios e carga geral;

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Navegação Marítima Os principais problemas apontados pelos usuários da

navegação de cabotagem, geralmente, estão relacionados àcarência de linhas regulares, o grande número de tarifas, aineficiência portuária, o elevado custo da estiva e o excesso de

burocracia. Até 2008, 20 empresas possuíam linhas regulares autorizadas

pela ANTAQ. A Cabotagem no Brasil convive com outro problema. Os

serviços de cabotagem são encarecidos pela incidência deum adicional de 10% sobre os valores dos fretes – AFRMM.

O pequeno crescimento da cabotagem no país, verificadonesta década, esbarra na limitação do crescimento dafrota, pois a oferta de navios fabricados no país não consegueacompanhar a demanda.

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Navegação Marítima A regulação da navegação de cabotagem, ao estabelecer como seus

objetivos o fomento da competição entre operadores, amodicidade nos fretes e a ênfase na repressão a infrações da ordemeconômica, tem como foco principal o bem-estar dos usuários dos

serviços de transporte de cargas no setor e o interesse público. A política industrial para a navegação de cabotagem, por outro lado,

tem como foco principal o fomento à construção naval. Segundo alguns operadores, uma regulação severa do setor poderia

trazer mais empecilhos aos serviços de cabotagem.

Contradição – Regulação (fomento da competição entreoperadores) X (necessidade de crescimento e expansão da frota)Operadores.

Essa contradição é válida?

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Navegação Marítima Notícias sobre a cabotagem ...

Fretes marítimos e valor do petróleo podem atrapalhar em 2009Texto publicado em 13 de Janeiro de 2009 - 05h47

A navegação de cabotagem ainda encontra diversos entraves para crescer noBrasil. Com o transporte aquaviário relegado ao segundo plano na culturarodoviarista do País, se fez necessário muito esforço para incentivar anavegação marítima na costa brasileira.

A Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) procura facilitar o

desenvolvimento da cabotagem e demonstra animação pelo crescimento nosúltimos anos. A superintendente de Navegação Marítima e de Apoio da Agência, Rosa Amélia Ribeiro, comemora o aquecimento do setor e lembra quehá mais de um ano, no final de 2007, foi requisitada, por uma empresabrasileira de navegação, a construção de cinco navios porta-contêineres de2.700 TEUs cada, com entrega no período de 2010 a 2013.

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Embora grande parte do setor industrial tenha entrado em “compasso deespera” devido à crise econômica mundial, Rosa não acredita em declínio namovimentação de cabotagem. Como argumento, ela destaca a navegação de

apoio marítimo. “Mais de 100 embarcações foram construídas nos últimosnove anos. Novas empresas brasileiras de navegação foram autorizadas e váriosestaleiros foram mobilizados ou reativados. Atualmente, há 28 embarcaçõescom entrega prevista até 2011. A Petrobras anunciou a encomenda de 146embarcações novas, a serem construídas no País até 2015, para atender àsdemandas da exploração do pré-sal e de substituição de embarcações de

bandeira estrangeira”.

Os valores dos fretes marítimos, entretanto, ainda causam certo desconfortoaos envolvidos com a cabotagem. Diante do quadro recessivo internacional eda grande oferta de tonelagem, esses fretes tendem a alcançar níveis muito

baixos, com graves reflexos para a estabilidade de investimentos do setor. Alémdisso, lembra Rosa, a grande queda dos valores do barril de petróleo nomercado internacional e sua manutenção no atual patamar poderão causarredução de investimentos na exploração de petróleo no mar, com reflexos paraa navegação de apoio marítimo.

Fonte: : http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=19993

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Navegação Marítima Apoio Marítimo

A navegação de apoio marítimo, também conhecida como Off-Shore, tem no Brasil um grande cliente, que é a PETROBRÁS.

A maioria das empresas autorizadas trabalha em razão da produçãode petróleo da PETROBRÁS.

As embarcações de apoio Marítimo executam as tarefas detransporte entre as bases terrestres e as plataformas de extração depetróleo.

È transportado, nessa modalidade de navegação marítima, cargasdestinadas às instalações da indústria do petróleo. Tem comofinalidade otimizar sua operacionalidade.

Transporta-se óleo combustível, água industrial, água potável,fluídos de perfuração, ácidos, silos ou tanques, gênerosalimentícios, equipamentos, etc.

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Navegação Marítima A embarcação Off-Shore é a típica embarcação de

suprimentos. O surgimento de novos campos de exploração no litoral de

São Paulo e Rio de Janeiro, popularmente chamado de Pré-

Sal, colocará o Brasil em posição de destaque na produçãomundial de petróleo. Paralelamente, as perspectivas para ocrescimento da Navegação de Apoio Marítimo tambémcrescem e também o interesse de empresas estrangeiras.

Algumas dessas já participam do mercado nacional. Aplica-se, nessa modalidade de navegação marítima, o artigo

7° da lei 9432/97, que permite o uso de embarcaçõesestrangeiras desde que sejam afretadas por empresasbrasileiras de navegação e que essa siga todos os itensdispostos na lei.

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Navegação Marítima Apoio Portuário

A navegação de apoio portuário tem a finalidade de atender as

embarcações que estão atracadas ou fundeadas nos berços deatracação, dentro da área do porto organizado ou terminal privativo. O abastecimento das embarcações, o transporte da tripulação entre

o navio e o cais, a assistência em manobras dentro da área do portosão as principais atividades deste tipo de navegação.

As empresas de apoio portuário também prestam auxilio aosestaleiros e empreiteiras que possuem atividades nas áreas dosportos organizados.

As EBNs que atuam no apoio portuário estão buscando, naatualidade, embarcações com maior potência, alto grau demanobrabilidade e capacidade de resposta rápida.

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Navegação Marítima Mesmo sendo considerada uma especialidade de

navegação marítima, é comum a autorização de

empresas de apoio portuário em hidrovias e portosfluviais. Isso em razão das características de cada portoem receber embarcações marítimas. Um exemplo ocorreno porto de Manaus.

Aplica-se, nessa modalidade de navegação marítima, oartigo 7° da lei 9432/97, que permite o uso deembarcações estrangeiras desde que sejam afretadas porempresas brasileiras de navegação e que essa siga todosos itens dispostos na lei.

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Navegação Marítima A dragagem também é considerada um tipo de navegação de

apoio portuário.

Origem do problema: deposição de sedimentos (materiais

rochosos) nos leitos dos rios ou nas áreas de atracação dasembarcações.

O conflito: Necessidade de manter, satisfatoriamente, asprofundidades de portos, rios e canais, possibilitando anavegação.

A solução dragagem: Aprofundamento do leito dos rios oudas áreas de atracação e fundeio de embarcações por intermédiodas operações de dragagem, ou seja, remoção dos depósitossedimentares ou simples remoção do assoalho fluvial ou

marítimo. 23



Navegação Marítima Tipos de dragas:

Dragas mecânicas: aplicação de força mecânica pararetirada de cascalho, areia, argila, silte e turfa.

Dragas hidráulicas: utilizam bombas para sucção edesagregação do material sedimentado.

Problema ambiental: fazer o que com o materialdragado?

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Navegação Marítima

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Navegação Marítima A indústria naval na atualidade

Após o declínio nas encomendas da indústria naval nasegunda metade da década de 1980, esse setor apresenta,ainda que timidamente, um crescimento no início doséculo XXI.

As encomendas realizadas pela TRANSPETRO,subsidiária da PETROBRÁ S, geraram um novo ânimo

aos estaleiros nacionais. A conseqüência desse novo ânimo foi o crescimento do

número de novas encomendas, feitas por EBNs eempresas de outros países e o aumento do emprego na

indústria naval. 28



Notícias sobre a indústria naval ...NET MARINHA, 28/01/2009 - Crise econômica não afeta a indústria naval brasileira

O cenário mundial aponta para a existência de 10.139 navios em construção. O Brasilocupa o sexto lugar no ranking internacional da indústria naval, com a construção

de 82 navios. Mas, esse número deve subir. No final de 2008, 154 novas construções foramconfirmadas pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), representando investimentosde US$ 4 bilhões.

O Brasil conta, hoje, com 26 estaleiros, sendo que o Estaleiro Atlântico Sul, no municípiode Ipojuca - complexo portuário de Suape (PE) - é o maior do hemisfério sul. Quatroestaleiros brasileiros estão investindo na ampliação: Alliança e MacLaren Oil (RJ), Wilson, Sons (SP) e Rio Grande (RS). Três novos estão em processo de implantação: Jurong (ES), STX Brasil Offshore - ex-AkerYards (RJ) e o Estaleiro da Bahia - EDB (BA).

Os dados comprovam a previsão do Sindicato Nacional da Indústria da Construção eReparação Naval e Offshore (Sinaval) que, no final de 2007, anunciou que o segmentocaminhava para a sua consolidação.

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Navegação Marítima Considerações O desenvolvimento da navegação marítima deve passar por

políticas de Estado. O estimulo a indústria naval nacional e a

maior inserção das EBN na navegação de longo curso são exemplos. A cabotagem deveria ser mais estimulada, como opção de

transporte de carga mais barata e ambientalmente mais sustentável;

A navegação de apoio marítimo é totalmente dependente dasações comerciais da PETROBRÁS. Essa terá mercado durantealgumas décadas.

O apoio portuário dependerá do comércio exterior nos próximosanos.

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