6
Ética nas Empresas O objetivo deste texto é refletir sobre a Ética nas Empresas no sentido de motivar ações, mudanças de conduta, e uma reavaliação do código de Ética aplicado pelas Empresas. A ética pode-se dizer que é na verdade como a educação de nosso caráter, temperamento ou vontade pela razão, em busca de um sentido na vida. Traduzindo é um processo consciente ou intuitivo em que vamos aprendendo ao longo de nossa vida, que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem. Ser ético, portanto, é buscar sempre estar de bem consigo mesmo, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza, é buscar ser feliz. A prática da ética nas organizações requer convicção, vontade política e competências adequadas para tornar as ações empresariais concretas e objetivas, minimizando as resistências e as incompreensões. Há muitas formas não éticas de agir nas organizações, como, de resto, na vida em geral. Você pode fazer afirmações que não são verdadeiras, superestimar ou subestimar circunstâncias e situações, reter informações que deveriam ser compartilhadas, sonegar impostos e burlar leis, distorcer fatos em seu interesse, contar meias-verdades que redundam em mentiras dissimuladas com aparência de verdade. Segundo Nash (2001, pg. 3) “apesar de que a atividade de ganhar dinheiro sempreteve uma aliança meio desconfortável com o senso de moralidade nas pessoas”. Num pais onde a cada dia surgem novos impostos, onde encontra-se intrínseco na cultura dos colaboradores o “jeitinhos brasileiro “, cabe aos gestores a missão de tornar suas empresas éticas, e que ganhar sempre não é o melhor caminho para o crescimento. No entendimento de Moreira (1999, p.28, apud, Ouvires, 2006, p3), que conceitua ética empresarial como “o comportamento da empresa entendida lucrativa quando age de conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)”. Na definição de Denny (2001, p.134), não há distinção entre

Ética: profunda revisão da cultura corporativa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A formação de equipes comprometidas é um desafio constante para as organizações que lidam com os efeitos da Globalização -- fenômeno que permite a disseminação do conhecimento em uma velocidade surpreendente. No entanto, para que os profissionais “vistam a camisa” da empresa é necessário que eles estejam motivados, sintam-se parte do negócio e entendam a importância do seu trabalho para o alcance e a superação de metas. Mas como conseguir que as pessoas, com pensamentos e necessidades individuais, trilhem em busca de um objetivo comum? Esse questionamento é feito inúmeras vezes por dirigentes de companhias que atuam em segmentos dos mais variados. Já a resposta para essa indagação, dependerá da cultura de cada organização e da adoção de ações concretas e direcionadas à Gestão de Pessoas. No entanto, um fator certamente influenciará a obtenção ou não do sucesso desses investimentos: a presença da ética organizacional.

Citation preview

Page 1: Ética: profunda revisão da cultura corporativa

Ética nas Empresas

O objetivo deste texto é refletir sobre a Ética nas Empresas no sentido de motivar ações, mudanças de conduta, e uma reavaliação do código de Ética aplicado pelas Empresas.A ética pode-se dizer que é na verdade como a educação de nosso caráter, temperamento ou vontade pela razão, em busca de um sentido na vida. Traduzindo é um processo consciente ou intuitivo em que vamos aprendendo ao longo de nossa vida, que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem. Ser ético, portanto, é buscar sempre estar de bem consigo mesmo, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza, é buscar ser feliz.A prática da ética nas organizações requer convicção, vontade política e competências adequadas para tornar as ações empresariais concretas e objetivas, minimizando as resistências e as incompreensões.Há muitas formas não éticas de agir nas organizações, como, de resto, na vida em geral. Você pode fazer afirmações que não são verdadeiras, superestimar ou subestimar circunstâncias e situações, reter informações que deveriam ser compartilhadas, sonegar impostos e burlar leis, distorcer fatos em seu interesse, contar meias-verdades que redundam em mentiras dissimuladas com aparência de verdade.Segundo Nash (2001, pg. 3) “apesar de que a atividade de ganhar dinheiro sempreteve uma aliança meio desconfortável com o senso de moralidade nas pessoas”.Num pais onde a cada dia surgem novos impostos, onde encontra-se intrínseco na cultura dos colaboradores o “jeitinhos brasileiro “, cabe aos gestores a missão de tornar suas empresas éticas, e que ganhar sempre não é o melhor caminho para o crescimento.No entendimento de Moreira (1999, p.28, apud, Ouvires, 2006, p3), que conceitua ética empresarial como “o comportamento da empresa entendida lucrativa quando age de conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)”.Na definição de Denny (2001, p.134), não há distinção entre moral e ética, a ética empresarial, para ele consiste na busca do interesse comum, ou seja, do empresário, do consumidor, do trabalhador e do governo. Os dois autores corroboram que as empresas devem seguir os princípios morais.A sociedade sofre, dia após dia, mudanças nos aspectos legais, econômicos, sociais e organizacionais. Nesse ciclo de metamorfoses, as empresas começam a perceber que o sistema tradicional de remuneração – baseado apenas em aspectos hierárquicos – pode ser substituído por modelos que considerem a habilidade, competência e o desempenho dos profissionais. Ao contrario do modelo tradicional, a remuneração por competências e habilidades está ligada a uma estrutura organizacional mais horizontal, a uma segmentação menor dos cargos e um foco maior na pessoa do quena função, buscando desenvolver o indivíduo e a organização. Diz Ênio Resende autor do livro "Remuneração e Carreira Baseada em Competências e Habilidades".“A remuneração por competências e habilidades permite dar mais objetividade e fazer justiça nos critérios de remuneração fixa, ou seja, no salário nominal".As empresas são temerosas quanto aos riscos trabalhistas de mexer nas políticas e práticas

Page 2: Ética: profunda revisão da cultura corporativa

salariais, mas se adotarem o modelo de competência criteriosamente não existe esse risco. O receio é injustificado, há muita acomodação. E por não adotarem critérios corretos de diferenciação salarial, as empresas acabam criando reais situações de injustiça salarial e reais motivos para reclamações trabalhistas.Quando a empresa tem em sua visão que o seu maior capital são seus colaboradores e proporciona para eles oportunidades de crescimento e desenvolvimento dentro da própria empresa, oferecendo salários dignos, capacitação profissional e reconhecimento pelos serviços prestados a empresa.As empresas devem ter uma postura ética independente dos fatores externos, e ter sempre focado os valores que ela defende. ETICA é algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas na verdade poucos levam a sério, algumas se mostram preocupadas, mas muitas delas esquecem o significado da palavra ETICA. ( Eduardo Botelho, 2000, p.5)O resultado disso é a imagem de que algumas empresas não estão na realidade, voltada para os clientes, mas sim, que estão apenas dizendoisto, mas sem ética.Algumas empresas, tem como missão a satisfação do cliente, mas esta satisfação acaba quando o cliente efetua o pagamento, o querer ganhar sempre faz com que muitas empresas estejam perdendo gradativamente espaço no mercado, pois consumidores querem ser tratados com respeito, e buscam nas empresas confiança e garantia dos serviços prestados assim como foi acordado, quando isso não acontece, se rompe o elo empresa/cliente.Focar a busca do lucro no interesse exclusivo dos acionistas da organização, com a exclusão explícita de todos os demais interesses das pessoas que participam do processo - empregados, clientes, público, concorrentes, etc - é uma forma de discriminação fundamentada na concentração da propriedade e da riqueza.Nos conflitos cliente/empresa deve se levar em consideração a lei vigente que determina os direitos e deveres de ambas as partes, mas o mais importante a manter o bom relacionamento com o cliente, reconhecer as falhas da empresas no processo, assumir os erros e agir de forma ética, entende-se Santos (1999, apud Ourives, 2006. p6) que nos dias de hoje é preciso pensar e pensar rápido, com coragem e ousadia, numa nova ética, para o desenvolvimento.A globalização da economia fez com que a logística deixe de ser mais um departamento isolado dentro da empresa, mas sim, um desafio para melhor atender o Cliente.O atendimento ao cliente, atualmente, pode ser considerado, sem dúvida, um dos grandes diferenciaiscompetitivos do mercado. A principal causa disto é a crescente exigência do público consumidor e a concorrência acirrada entre as empresas do mesmo ramo onde o melhor preço nem é um diferencial.A importância de cumprir os prazos de entrega, gera para empresa um grande desgaste e já há algum tempo os gerentes vêm se questionando sobre a questão dos atrasos de produtos, seja por fornecedores ou pelo próprio CD (Centro de Distribuição) o que vem gerando grande descontentamento entre os principais clientes e um desgaste dentro de empresa. E, diga-se de passagem, para uma empresa e incontestável melhoria no nível do serviço prestado ao cliente final, que quer prazos cumpridos.A relação entre empresa e cliente vem sendo responsável pela sobrevivência ou pelo fracasso de muitas instituições em nosso país. Fidelizar o cliente, ou seja, conquistá-lo e mantê-lo, é uma tarefa árdua para diversos empresários, pois sabemos que a satisfação de nossos clientes depende diretamente da superação de suas expectativas e da excelência no atendimento por parte das organizações.

Page 3: Ética: profunda revisão da cultura corporativa

Portanto, a logística requer também como pressuposto o melhor atendimento ao cliente, ou seja, excelência no tratamento ao mesmo.Com a evolução do mercado e com a preocupação das empresas em relação ao nível de serviço oferecido aos seus clientes, procurou-se indicativos de ética para a logística, que são fatores necessários para a elaboração de novos níveis de serviço como: prazo de execução erespectivo nível de confiabilidade, tempo de processamento de tarefas; disponibilidade de pessoal e dos equipamentos solicitados; atitude (serena) respeitosa, espírito conciliador, pontualidade, cordialidade, facilidade em sanar erros e falhas, agilidade e precisão em fornecer informações sobre os serviços em processamento, agilidade e precisão no rastreamento de cargas em processamento ou em trânsito, agilidade no atendimento de reclamações e no encaminhamento de soluções, estrutura tarifária fácil de entender e simples de aplicar; rotas simplificadas.No campo profissional são condutas que só é aceita, respeitada, admirada, se respaldada pelo comportamento que rege as ações da categoria profissional em uma sociedade específica que foi formada pelo conjunto de usos e costumes da mesma sociedade.A ética profissional tem como premissa o maior relacionamento do profissional com seus clientes e com outros profissionais, levando em conta valores como dignidade humana, auto realização e sociabilidade.Enfim, a preocupação constante dos profissionais com a ética deve concentrar-se em dois grandes pontos: o primeiro está no cumprimento das obrigações legais, dentro das normas preestabelecidas; o segundo, nos clientes, que mesmo não tendo seus desejos atendidos, têm os procedimentos para com os demais, corretamente satisfeitos.Quando a questão ética passa para o publico interno da organização uma serie erros está sujeitos a acontecer se a empresa não possui definido o seu códigode ética, e mesmo se possui a necessidade de estar constantemente integrando a ética em suas tomadas de decisões.Oferecer um programa de desenvolvimento administrativo que incorpore a ética nos treinamentos internos da empresa, pode ser uma solução para alcançar todos os níveis hierárquicos, fazendo com que o código de ética seja praticado amplamente por todos.Na década de 80 a Administração Participativa era amplamente discutido no mundo empresarial, dando origem a Associação Nacional de Administração Participativa (ANPAR), que facilitou o intercambio entre dezenas de empresas com experiência neste campo.A maior parte do processo da Administração Participativa porém se limita ao que podemos chamar de participação concedida, se abre espaço para opinar, discutir, sugerir, e até participar da tomada de decisão, porém não há participação no poder de decisão, geralmente a decisão já está tomada.Por esta razão, talvez, a Gestão Participativa não conseguiu avançar no meio empresarial, “ o receio de entregar o poder de decisão e perder o Domínio”.O que as empresas podem adotar é o modelo da Sociocracia que garante que o poder de decisão seja compartilhado com parceiros e colaboradores, de forma que a influencia do proprietário se mantém, enquanto para parceiros e colaboradores não é apenas “concedida”, e se torna uma verdadeira co-gestão.O termo Sociocracia foi usado pela primeira vez pelo Sociólogo - Filosofo Auguste Comte (1798 – 1857). Nofinal dos anos 60 Gerard Endenburg cria na industria de sua família na Holanda o modelo de Gestão Participativa Sociocrático .Pode-se afirmar que hoje as organizações são um dos maiores agentes transformadores da

Page 4: Ética: profunda revisão da cultura corporativa

sociedade. Por isso tem que trabalhar buscando o melhor para a sociedade que as cercam. Afirma Milton Friedman “Se homens de negócios têm outra responsabilidade social que não a de obter o máximo de lucro para seus acionistas, como poderão saber qual seria ela ¿ Podem os indivíduos decidir o que constitui o interesse social” ¿Pode-se responder as perguntas acima identificando meios de como os “homens de negócios” podem obter “o máximo de lucros”, oferecendo para a sociedade o retorno de seus atos presentes preservando o futuro:- Meio Ambiente: investindo na preservação dos recursos naturais, garantindo assim seu usufruto a longo prazo;- Carga Tributária: cumprir com as abrigações legais, mesmo que não estejam de acordo. Usando de meios legais para mudar a situação para bem de todos;- Comunidade: Participando de projetos sociais, incentivando a participação dos colaboradores nos projetos;- Colaboradores: Proporcionando uma verdadeira Gestão Participativa, apostando nos talentos, aceitando as diferenças.

Conclusão: Este trabalho é para ressaltar o valor da Ética dentro das organizações, a importância da responsabilidade social.Num cenário globalizado, percebe-se que há muitas cobranças e as exigências por parte dasociedade, pela transparência dentro das organizações, tanto no trato com os cliente, fornecedores, serviços prestados, para que não sejam enganados e que não prejudiquem o meio ambiente.As empresas precisam utilizar métodos de fiscalização dos seus processos e a sociedade adotar medidas para inibir abusos cometidos pelas organizações.Na minha opinião as empresas devem ser justa com os clientes, tratá-los com respeito, valorizando-os, sem enganá-los, agindo de forma ética, sabendo de suas responsabilidades e cumprindo-as de maneira correta.Valorizar os colaboradores dando auxilio e oportunidades de crescimento, pois eles muitas vezes é o cartão de visita da empresa.A ética empresarial pode ser a alma do negocio para combater a acirrada concorrência do mundo globalizado.