EXAME FÍSICO ESPECÍFICO

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EXAME FSICO GERALA impresso geral do estado de sade do paciente interpretada subjetivamente pelo mdico que leva em considerao sua experincia clnica e classifica o paciente em 3 estados:

utilizando uma escala numrica (escala de Glasgow) baseada na avaliao de 3 caractersticas: Abertura dos olhos (4 pontos), Resposta motora (6 pontos) e resposta verbal (5 pontos). O escore 15 representa o indivduo consciente, enquanto o escore 3 representa o indivduo em coma irreversvel. TIPOS CONSTITUCIONAIS: O bitipo ou tipo constitucional o conjunto de caractersticas morfolgicas apresentadas pelo indivduo. A classificao mais frequentemente utilizada classifica os tipos constitucionais em 3 padres:

Estado geral bom ou Bom Estado Geral (BEG) Estado geral regular ou Regular Estado Geral (REG) Estado geral ruim ou Mau Estado Geral (MEG)

A avaliao do estado geral importante para dar ideia do grau de comprometimento determinado pela doena. ESTADO DE CONSCINCIA: Diz respeito percepo do mundo exterior e de si mesmo. O indivduo consciente ou em estado de viglia apresenta-se orientado no tempo e no espao e as funes cerebrais superiores esto preservadas. O paciente em coma profundo (coma grau IV ou depass) apresenta perda de conscincia completa, no responde aos estmulos externos por mais intensos e dolorosos que sejam. No controla inclusive funes vitais como a respirao. Apresenta arreflexia tendinosa, cutnea e pupilar, incontinncia esfincteriana e relaxamento completo da musculatura. Entre estes dois extremos (conscincia e coma grau IV) existe diversas fases intermedirias onde o grau de comprometimento da conscincia piora progressivamente. Outra forma de caracterizar os estados de conscincia

Normolneo - ngulo de Charpy em torno de 90 graus; desenvolvimento harmnico da musculatura e do panculo adiposo; proporo equilibrada entre os membros e o tronco.

Longilneo - ngulo de Charpy menor do que 90 graus; pescoo longo e delgado; membros alongados desproporcionais em relao ao tronco; trax afilado e chato; pniculo adiposo escasso; musculatura pouco desenvolvida; estatura elevada.

Brevelneo ngulo de Charpy maior que 90 graus; pescoo curto e grosso; membros curtos em relao ao trax; trax alargado; pniculo adiposo espesso; muscutura bem desenvolvida; estatura baixa.

O tipo constitucional tem importncia para interpretao das variaes anatmicas de localizao dos diversos rgos.

FCIES: Constitui o conjunto de caractersticas anatmicas exibidas na face do paciente. Algumas doenas determinam alteraes caractersticas na face, permitindo o diagnstico com relativa facilidade. As fcies de apresentao mais frequente so:

almofada ( diferente do edema comum, no cede presso digital) principalmente na face e dorso das mos. A pele do rosto amarelada, com poucos pelos e com expresso sonolenta.

Fcies Basedowiana ou do Hipertireoidismo - rosto emagrecido, plpebras muito abertas, olhos salientes e brilhantes (exoftalmia), que somando-se ao estado de nervosismo do doente, em geral, do sexo feminino, do fisionomia uma aparncia de terror; tremores, pele quente e fina; excitabilidade psquica ( euforia); presena de bcio.

Fcies Cushingide ou de Lua Cheia - o rosto apresenta-se arredondado, devido ao depsito de gordura, pele brilhante e avermelhado, com aumento na quantidade de pelos e com acne. Aparece nas alteraes endocrinolgicas onde existe hipercortisolismo ou determinada pelo uso de corticosteroides. No h intumescimento das plpebras e os olhos permanecem com aspecto natural.

Fcies da Paralisia Facial Perifrica - face assimtrica, com incapacidade de fechar as plpebras do lado afetado, desaparecimento do sulco naso-labial, incapacidade de enrugar a testa do lado afetado e desvio da rima bucal para o lado no afetado.

Fcies Renal caracteriza-se pela presena de edema peri-orbitrio ( plpebras entumecidas, olhos empapuados), presente deste o perodo matutino e palidez. Presente nas doenas difusas dos rins (sndrome nefrtica, glomerulonefrite difusa aguda, etc.)

Fcies da Paralisia Facial Central - as plpebras so fechadas e a testa pode ser enrugada no lado afetado sendo o restante semelhante paralisia.

Fcies Mixedematosa ou do Hipotireoidismo - o rosto arredondado devido ao intumescimento difuso (infiltraes edematosas do rosto), plpebras semicerradas, tornando os olhos pequenos; boca semiaberta com macroglossia (crescimento da lngua), lbios grossos, a pele seca, plida e espessada e com acentuao dos sulcos, o nariz grosso, os cabelos so secos e sem brilho; face inexpressiva e sonolenta; apatia, expresso letrgica, indiferente sem vivacidade; madarose ( queda dos superclios nos treos externos); a alterao da pele o sinal que chama mais a ateno, pois observa-se tumefao difusa, lembrando uma

Fcies Mongolide presena de epicanto caracterstico com hipertelorismo, rosto arredondado, boca quase sempre entreaberta. Fcies Acromeglica - aspecto grotesco; proeminncia dos ossos frontais e malares; h acentuado desenvolvimento da mandbula, evidente crescimento do nariz, da lngua (macroglossia) e dos lbios (macroqueilia) e orelhas; plpebras espessas; espessamento e alongamento das orelhas, sobrancelhas longas, duras e espessas se

renem no centro sobre o nariz (sinofre) e h crescimento excessivo das partes moles distais do corpo.

msculos da mmica aumenta a expresso de dor e de angustia. observada na desnutrio grave, desidratao. Face pr- agnica.

Fcies tetnica ou sardnica observa-se contratura muscular na face, com acentuao dos sulcos naturais, enrugamento da regio frontal e modificao do aspecto da boca; sobrancelhas contradas, olhar fixo e angustiado. O conjunto d ao doente a aparencia de quem esboa um riso forado (trismo), pela hipertonia dos msculos da mmica, o que constitui o chamado riso sardnico.

Fcies leonina ou lepromatosa nas fases avanadas o rosto deformado pelos mltiplos tubrculos, face com rugas rgidas, principalmente ao nvel das regies malares, nasais, fronte e mento (queixo).

Fcies Miastnica ptose palpebral bilateral, com enrugamento da testa; paralisia de certos a msculos, fraqueza ocular. muscular facie acometendo apresenta a principalmente musculatura Essa

COR DA PELE A cor da pele normal depende de 4 pigmentos: melanina, caroteno, oxihemoglobina e desoxihemoglobina.

particularidade de no ser permanente, pois o doente geralmente pela manh tem a face normal e no decorrer do dia, ela se transforma aparecendo blefaroptose bilateral, mais acentuada de um lado; ptose; olhos so imveis ( olho sonolento de Hutchinson) e o doente, para enxergar obrigado a elevar a cabea para trs; debilidade dos msculos dos lbios e das bochechas. Tambm pode ser reconhecida nos acidentes ofdico brotalico ou elapidico.

Melanina pigmento marrom da pele sendo a sua concentrao geneticamente determinada, aumentando com a exposio ao sol. Caroteno pigmento amarelo ouro com preferncia para se depositar na gordura subcutnea e reas hiperqueratinizadas (palmas das mos e plantas dos ps).

Oxihemoglobina pigmento vermelho brilhante, predominando nas artrias e capilares. Desoxihemoglobina pigmento mais escuro, prximo do azul e do roxo.

Fcies hipocrtica ou mitral - rosto magro, com ossos bem salientes, traos fisionmicos afilados, olhos encovados, palidez ( pele de cor plida- terrosa), olhar vago e inexpressivo; uma ligeira contrao dos

O aumento do fluxo sanguneo nas artrias e capilares da pele produz vermelhido

(pletora) e a sua diminuio produz palidez. A palidez pode ocorrer nas situaes em que a concentrao de hemoglobina do sangue diminui (anemias) ou nas situaes em que o fluxo de sangue arterial est diminudo (insuficincia arterial, vasoconstrio generalizada, sncope, etc.). O aumento da concentrao de desoxihemoglobina nos vasos sanguneos cutneos produz cianose ( nveis maiores do que 5 g/ dl). A cianose pode ser de dois tipos na dependncia dos nveis de oxignio no sangue arterial:

A cianose central correlaciona-se diretamente com a hipoxemia que a oxigenao subnormal do sangue arterial e com a hipxia celular que a oxigenao subnormal ao nvel celular. A anlise da gasometria arterial pode ajudar na identificao do tipo de cianose, demonstrando a existncia ou no de hipoxemia. As principais causas de hipoxemia so:

Baixa concentrao de oxignio no ar inspirado - Exemplos incluem as altitudes elevadas, ambientes confinados, ventiladores mecnicos desregulados.

Nveis normais cianose perifrica Nveis baixos cianose central

A cianose perifrica ocorre quando o fluxo de sangue cutneo diminui e se lentifica e os tecidos extraem mais oxignio do sangue. A cianose perifrica pode aparecer em indivduos normais e ser devida ao frio ou ansiedade. Em situaes patolgicas onde existe lentificao do fluxo sangneo ( ICC, choque circulatrio, obstruo circulatria etc.) pode aparecer cianose do tipo perifrico. A cianose central decorre de oxigenao inadequada do sangue arterial nos pulmes, como ocorre nas doenas pulmonares avanadas, ou por comunicaes do corao direito com o esquerdo e passagem do sangue venoso para a circulao arterial (comunicaes interventriculares). A cianose central melhor observada nos lbios, mucosa oral e lngua e desaparece ou diminui com a inalao de oxignio. A cianose perifrica pode diminuir ou desaparecer com a elevao do membro afetado ou com seu aquecimento.

Hipoventilao eliminao inadequada do gs carbnico dos alvolos com diminuio da presso alveolar de oxignio. As causas podem ser agudas ou crnicas compreendendo obstruo das vias areas, depresso do centro respiratrio, doenas da parede torcica, doenas neuromusculares, doenas pulmonares parenquimatosas e ventilao mecnica insuficiente.

Distrbio da relao ventilao-perfuso a ventilao alveolar e perfuso devem estar em equilbrio para que ocorra oxigenao adequado do sangue. Quando a perfuso desproporcionalmente alta em relao ventilao ocorre shunt pulmonar (doenas pulmonares crnicas graves, SARA) ou efeito shunt, geralmente reversvel.

Bloqueio alveolocapilar o oxignio alveolar no consegue difundir-se adequadamente para o sangue em virtude do espessamento da barreira alveolocapilar.

BILIRRUBINA derivada do catabolismo da hemoglobina (bilirrubina no conjungada ou bilirrubina indireta) captada pelas clulas hepticas onde tranformada em bilirrubina conjungada ou direta. A bilirrubina direta excretada na bile e atravs da rvore biliar intra e extra heptica atinge o interior do intestino delgado. A distribuio da bilirrubina nos tecidos depende do tipo e da concentrao do pigmento. A bilirrubina no conjugada lipossolvel, tendo afinidade pelo sistema nervoso central onde pode impregar os ncleos da base determinando o quadro de Kernicterus em recm-nascidos. A bilirrubina conjugada hidrossolvel penetrando mais facilmente no tecido conjuntivo e nos lquidos corporais e determinando quadro mais acentuado do que o produzido pela bilirrubina indireta. Os mecanismos que levam ao desenvolvimento de ictercia podem ser:

Shunts artrio-venosos.

A cianose perifrica aparece quando ocorre remoo acentuada do oxignio na circulao capilar, podendo ocorrer em situaes de estase venosa ou diminuio do dimetro dos vasos da microcirculao determinado por causas orgnicas ou funcionais. Em algumas situaes podem coexistir mecanismos que determinam cianose central e perifrica ao mesmo tempo sendo o exemplo tpico a cianose da insuficincia cardaca grave onde a congesto pulmonar dificulta a oxigenao determinando hipoxemia e na periferia a estase vascular determina extrao acentuada. Nesta situao a cianose denominada do tipo misto. Alteraes da afinidade da hemoglobina pelo oxignio pode determinar o aparecimento de cianose como ocorre por exemplo nas metemoglobinemias e sulfemoglobinemias (uso de sulfas, nitritos, antimalricos) e em outras intoxicaes. ICTERCIA a colorao amarelada da pele, mucosas, esclerticas e lquidos corporais determinada pelo aumento de bilirrubina (pigmento derivado do catabolismo da hemoglobina). A ictercia deve ser distinguida de outras condies em que a pele se torna amarelada mas no ocorre alteraes da cor das mucosas, como p. ex. na hipercarotenemia ou uso de medicaes que impregnam a pele como a quinacrina.

Aumento na produo da produo de bilirrubina (anemias hemolticas) Diminuio da captao de bilirrubina pelas clulas hepticas Diminuio da capacidade do fgado de conjugar a bilirrubina (sndrome de Gilbert) Diminuio da excreo de bilirrubina na rvore biliar com retorno de alguma quantidade de bilirrubina conjugada para a circulao. A causa pode estar no fgado:

Ictercia hepatocelular leso das clulas hepticas;

Ictercia colesttica alterao da excreo devido a leso dasclulas hepticas ou dos ductos biliares intra ou extra-hepticos. Nos trs primeiros mecanismos a bilirrubina predominantemente do tipo no conjugado. Quando o defeito esta na excreo a bilirrubina no sangue do tipo conjugado podendo ser causada por hepatites virais, cirrose, colestase intraheptica induzida por drogas (contraceptivos orais, clorpromazina etc.), obstruo do ducto biliar comum por clculos ou neoplasias do pncreas.

Leses Primrias:

Leses circunscritas, planas, no palpveis da cor da pele: mcula - alteraes pequenas (at 1 cm) - sardas(eflides), petquias manchas - alteraes maiores - vitiligo, nevos. Leses palpveis, elevadas e slidas: ppulas - leses de at 0,5 cm - nevo elevado, verruga. placa - superfcie plana, elevada, maior que 0,5 cm - formada pelaconfluncia de ppulas.

Alteraes da cor da urina O aumento da bilirrubina conjugada no sangue pode induzir o aparecimento de bilirrubina na urina o que determina colria (escurecimento da urina que se torna cor de coca-cola). A bilirrubina no conjugada no excretada na urina

ndulo - maior que 0,5 cm, mais profundo e duro que a ppula,localizados na hipoderme.

Alteraes da cor das fezes Quando a excreo de bilirrubina no instestino delgado esta obstruda as fezes tornam-se brancas (acolia fecal).

tubrculos - elevaes slidas com dimetro maior que 0,5 cmlocalizados na derme

Prurido Na ictercia obstrutiva ou colesttica aparece prurido que pode ser intenso e incoercvel.

vergo - leso edematosa superficial, irregular e transitria. Leses elevadas, superficiais e circunscritas da pele,formadas por lquido livre numa cavidade no interior das camadas da pele:

Questes abertas que devem ser formuladas em relao pele e anexos: O Sr. percebeu alguma modificao na sua pele ?, no seu cabelo ? , nas suas unhas ? O Sr. notou ferida, caroos, coceira, manchas, erupes na pele ? LESES ELEMENTARES DA PELE

Vescula - at 0,5 cm de dimetro, preenchida por lquido seroso. Ex.leso do herpes simples.

Bolha - maior que 0,5 cm - queimaduras, Pstula - bolha ou vescula preenchidas por pus. acne, impetigo, varicela.

Liquenificao - pele spera e espessa com aumento da Leses Secundrias: visibilidade dos sulcos normais. Observado em eczemas e em reas submetidas a coaduras constantes. Resultam de alteraes das leses primrias.

Eroso ou Exulcerao- perda da epiderme superficial. Asuperfcie mida, porm no sangra. Ex. rea mida aps a ruptura de uma vescula. No deixa cicatriz.

Eritema - vermelhido acentuada da pele decorrente do aumentode sangue na regio devido vasodilao. Desaparece com a vitropresso. Quando em forma de mancha confluente constitui o eritema morbiliforme (sarampo, rubola). Quando em forma lenticular, arredondada e isolada constitui a rosola (tifo e lues). Eritemas generalizados aparecem nas infeces (escarlatina), nas intoxicaes e alergias.

lcera - perda mais profunda de superfcie cutnea; podesangrar e formar cicatriz. Atinge a derme. Ex. lcera crnica de perna.

Fissura ou Rgades - perdas lineares da camada epitelial nodeterminada por qualquer tipo de instrumento. Ocorre mais frequentemente nas dobras cutneas e ao redor dos orifcios naturais do corpo. Ex p de atleta.

Nevos Vasculares ou Rubis - alteraes de 1 a 3 mmarrendondadas, planas ou ligeiramente elevadas, podendo ser circundadas por halo plido, de cor vermelha intensa. No pulsteis. Podem clarear com a presso no centro. Aparecem no tronco e extremidades. Significado - nenhum. Aumenta em n e tamanho com a idade.

Crosta - o resduo ressecado de serosidade, pus ou sangue querecobre uma rea cutnea lesada. a "casca da ferida".

Escama - fina camada de epiderme esfoliada. Ex. caspa. Cicatriz - substituio do tecido destrudo por tecido fibroso. Atrofia - adelgaamento da pele com perda de seus sulcosnormais; a pele parece mais brilhante e transparente que o normal. Ex. atrofia senil.

Ndulos - tuberosidade subcutnea o que determina que a peledeslize sobre eles.

Tubrculo - pequenas tuberosidades da derma, sendoconsistentes e a pele no desliza sobre eles.

Escoriaes - abraso ou arranhadura da pele.

Manifestaes hemorrgicas da pele - nas hemorragiasintradrmicas e hipodrmicas aparecem manchas avermelhadas ou violceas que no desaparecem com a vitropresso. Estas

manifestaes so genericamente denominadas de prpura. Compreendem vrios tipos de leses: Na insuficincia da supra-renal ( D. de Addison) pode ocorrer hiperpigmentao da pele. Na hemocromatose (depsito de ferro na pele e orgos internos) a pele adquire uma cor escura de tonalidade metlica. ANEXOS DA PELE

Petquias - manchas hemorrgicas puntiformes. Vbice - manchas lineares Equimoses - manchas hemorrgicas extensas Sufuses hemorrgicas - manchas hemorrgicas que atingem um segmento corporal inteiro. Hematomas - manchas hemorrgicas acompanhadas de tumorao no local, indicando sangramento nos tecidos musculares sob a pele.

Pelos - a quantidade, a cor e a distribuio dos pelos variam com a idade,raa e sexo.

Adulto do sexo masculino - apresentam pelos mais abundantesaparecendo na cabea e face (cabelos, barba e bigode) No pbis aparecem na forma de um losango cujo vrtice superior se estende at o umbigo, continuando com os pelos da face anterior do trax.

Telangiectasias -(Aranhas vasculares) - dilatao de pequenos vasos da pele (derme), podendo ser artrias ou veias. Aparecem em doenas hepticas, gravidez, deficincia de vit. B e tambm podem ocorrer em individuos normais.

Adulto do sexo feminino - no apresentam barba e bigode. Os pelospubianos esto dispostos na forma de um tringulo com a base voltada para o umbigo. Em ambos os sexos existem pelos nas axilas. As crianas so glabras (sem pelos).

DISCROMIAS DA PELE - A cor da pele depende da quantidade de pigmento melnico presente.

Hipertricose ou Hirsutismo - aumento da quantidade de pelos (barba, bigode, losango pubiano, pelos torcicos na mulher). O Hirsutismo aparece quando h aumento dos hormnios andrognicos produzidos por adenomas ou tumores da supra-renal ou da hipfise anterior; por cistos ovarianos (Sndrome de Stein-Leventhal); por tratamento com corticides durante longo tempo.

Hiperpigmentao localizada - mancha pigmentria - constituios nevos, sardas e cloasma gravdico.

Ausncia de pigmentao - generalizada albinismo Localizada - vitiligo - localizado mais frequentemente na face,pescoo, mos e regies genitais.

Hipotricose - diminuio dos pelos. Pode aparecer no hipotireoidismo (onde os pelos so secos e quebradios), no hipopituitarismo onde ocorre queda dos pelos axilares e pubianos.

Unha em vidro de relgio - apresentam convexidade longitudinal. Hipocratismo Digital - falanges dos dedos dilatadas, em baquetas de tambor. Causado por pneumopatias crnicas com hipoventilao alveolar, casos de carcinoma brnquico, cardiopatias congnitas cianticas com hipofluxo pulmonar, casos de endocardite bacteriana, anemias crnicas.

Alopecia - ausncia generalizada ou localizada de pelos. Ex. calvcie ausncia de cabelos. Alopecias localizadas - em cicatrizes, doenas da pele (peladas), regies irradiadas, no tratamento quimioterpico e na sfilis. Canicie - emfraquecimento dos pelos devido alteraes na sua nutrio.

Fisiopatologia provvel - aumento do n de fstulas arteriovenosas devido hipxia.

A desnutrio determina o aparecimento de pelos secos, quebradios e a hipotricose com pelos finos com cor mais clara. A pele pode se apresentar seca e atrfica. UNHAS Normalmente so rseas, brilhantes, lisas e convexas no sentido transversal. A cor da unha depende do leito subungueal, sendo plida nas anemias, arroxeadas nas cianoses e pigmentadas na insuficincia adrenal. Perda de brilho da unha indica alterao trfica por alterao vascular (arteriopatia), por anoxia, doenas do sistema nervoso ou por processos infecciosos (lepra). Aumento da espessura e tamanho, tornando-as rugosas e encurvadas - doenas da pele que comprometem a matriz ungueal (micoses, infeces bacterianas). Se estes processos foram acompanhados de isquemia, as unhas podem tornar-se moles e frgeis. EXAME DA CABEA (inspeo). Inicialmente, deve ser observada a posio da cabea do paciente, que deve estar ereta e em perfeito equilbrio, sem movimentos involuntrios. As alteraes na postura, inclinao para frente e para trs, por exemplo, podem indicar doenas do pescoo ou das meninges. Movimentos de confirmao, especialmente

EXAME FSICO ESPECFICOCompreende o exame dos diferentes sistemas e aparelhos: cabea e couro cabeludo, face, pescoo, trax, mamas, sistemas respiratrio, cardiovascular, gastrintestinal, geniturinrio, neuromuscular, alm de dados de interesse para a enfermagem.

sincronizado com o pulso, pode estar associado a insuficincia artica, e a inclinao da cabea para um lado pode indicar perda unilateral da audio ou da viso.

1.1. Superfcie e couro cabeludo (inspeo e palpao).Crnio.

1.0.

Tamanho do crnio: normocefalia, arredondada e simtrica (alterao:macrocefalia, microcefalia).

Salincias (tumores, hematomas), depresses (afundamentos), cicatrizes,leses e pontos dolorosos.

Forma do crnio: mesocfalo, dolicfalo, braquicfalo (alterao: fronteolmpica).

Higiene do couro cabeludo e cabelos (presena de caspas, piolhos elndeas).

Posio e movimento: desvio (torcicolo inclinao lateral) e alterao domovimento (tiques, paralisia).

Cabelos (implantao, distribuio, quantidade, cor textura, brilho e queda).Observar alteraes como: hirsutismo (aumento anormal da pelificao em todo o corpo), hipertricose, alopecia e calvcie.

Pontos dolorosos Tumor do couro cabeludo ou sseo. 2.

Observe tambm o tipo de fcies. Na fcies eltrica, os olhos soavermelhados e h certa ruborizao na face e sorriso indefinido. O individuo tem voz pastosa e hlito etlico. Parmetro normal Problemas de enfermagem

Cabea erguida/ linha mdia do

tronco; Ligeiramente assimtrica

Cabea lateralizada: perda auditiva; Assimetria facial unilateral: paralisia do nervo facial. Assimetria da boca: leso do nervo trigmeo; Facie lua cheia: sndrome de Cushing, Hipotireoidismo; Traumatismo, acromegalia (sndrome causada pelo aumento da produo de hormnios de crescimento);

normal; Tamanho, forma e contorno; A textura dos cabelos e sua cor

podem indicar a raa da pessoa e

devem

possuir

brilho dos

natural.

comum alopecias em homens pela predominncia gonadais hormnios

Fratura: edema, depresso; Sensibilidade: espessamento, artrite temporal; Inflamaes: foliculares, abscessos; Pediculoses (piolhos e lndeas); Sujidade, seborreia ou caspa; Cabelos deficincia secos e quebradios: (falta de nutricional hematoma, endurecimento e

Pele: alteraes da cor, cicatrizes, leses cutneas (acne, mancha, cloasma).1.3 Olhos (inspeo e palpao) A inspeo do olho deve iniciar com as plpebras fechadas normalmente, a fim de se examinar sua superfcie externa com os clios e perceber se o fechamento completo. A palpao se faz atravs da compresso das plpebras com o polegar e indicador em pina para a pesquisa de edema. A seguir, solicita-se ao paciente que abra os olhos possibilitando o exame das demais partes do olho, como posio do globo ocular, conjuntivas (cor e umidade), crnea (integridade) e pupila (tamanho, simetria e reao luz). O ultimo passo a trao da plpebra inferior para o exame das conjuntivas palpebrais. O exame dos olhos tambm podem revelar afeces locais ou manifestaes oculares de doenas sistmicas, como ictercia, hipertireoidismo, entre outras. O examinador deve testar cada olho separadamente, ocluindo um de cada vez, sem precion-los.

sem

O couro cabeludo deve ser liso, descamaes, leses, boa

higiene, sem parasitas.

Ossos no distinguveis; Ausncia de ndulos ou massas Palpar artrias trajeto, temporais: e

protena), hipotireoidismo.

observar

elasticidade

sensibilidade.

1.2. Face. Fcies: decorrentes de caractersticas raciais, componentes psicolgicos oualteraes organometablicas. Tipos: normal ou atpica, tpica ou patolgica (renal, mongolide, hipertireoidismo, acromeglica).

Parmetro normal

Problemas de enfermagemtecido

Plpebras frouxo, dos clios;

e

clios:

Plpebras locais

e

clios: ou

*

edema de

abertura

simtrica,

(causas

indicativos

implantao e distribuio regular

patologias renais ou endcrinas), * xantelasma (placas ovais amareladas consequncia de hiperlipemia e hipercolesterolemia), * ptose (queda das plpebras indicativa de leso do terceiro nervo craniano ou miastenia quando (inflamao bilateral), da borda *blefarite cutneo-

A posio do globo ocupa a cavidade orbitria e sua poro anterior tangente linha dos clios. Quanto ao eixo ntero-posterior, eles devem desviar-se para as laterais paralelamente;

Expresso fisionmica ou mmica estado de humor (tristeza, desnimo, dor,alegria).

Simtrica ou normal, assimtrica (tumefaes ou depresso unilateral,paralisias).

mucosa da plpebra);

A conjuntiva ocular e a esclera devem A ser crnea umedecidas, deve ser lisa cor e esbranquiada e clara; transparente; ris e pupila: colorao variada, pupila com dimetro de 2 a 4 mm; pupila isocoricas. A conjuntiva palpebral deve ser avermelhada, lisa e mida.

Globo

ocular: e

exoftalmia enoftalmia em fase

(hipertireoidismo) doenas

(dilatao excessiva da pupila, caracterstica da morte), miose, anisiocoria (pupilas desiguais).

(retrao do globo ocular comum nas consumptivas e e inicial, desidratao grave);

Acuidade visual: reduo ou perda da viso (uni ou bilateral), correoparcial ou total com lentes de contato ou culos.

Conjuntiva

esclera: ptergio

conjuntivite, ictercia aspecto membranoso).

Observar sintomas gerais: dor ocular e cefalia, sensaes de corpoestranho, queimao ou ardncia, lacrimejamento, sensao de olho seco, hiperemia, secrees, edema palpebral, blefarite (inflamao aguda ou crnica da borda da palpebral), alterao na cor da esclertica e da conjuntiva, diplopia (viso dupla), fotofobia e escotomas (mancha escura mvel que encobre parte do campo visual).

(prega da prpria conjuntiva de

Crnea: arco senil e processos ris e pupila: anisocoria

ulcerosos; (dimenses diferentes do dimetro da pupila na mesma intensidade de luz), midrase (dimetro maior que 4 mm), miose (dimetro menor que 2 mm);

1.3. Ouvidos (inspeo).Deve-se iniciar o exame observando a formao e a pele que recobre a orelha. Tracionar o pavilho auditivo para cima e para trs possibilitando observar o canal auditivo e pressionar a regio pr-auricular investigando a ocorrncia de dor.

Conjuntiva

palpebral:

palidez

(associada a anemias) e conjuntivite.

Posio, tamanho e simetria das orelhas. Acuidade auditiva; perda parcial ou total (uni ou bilateral), uso de aparelho Aspecto: simtricos, lmpidos e brilhantes; plpebras com ocluso completa;conjuntiva palpebral rsea e bulbar transparente; esclertica branca e limpa; pupilas isocricas, redondas e reativas luz. auditivo.

Observar sintomas gerais: dor, prurido, zumbido, secrees, edema,hiperemia, sangramento, leses.

Alteraes: exoftalmias, enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro darbita, causado por desnutrio e desidratao), desvios (estrabismo), movimentos involuntrios (nistagmo), ptose (queda) palpebral; ectopia, entropia, midriase

Parmetros normaisPele integra com pequena quantidade de secreo sebcea inicialmente amarelada e posteriormente escurecida chamada cerume

Problemas de enfermagemAcmulo de cerume e processos inflamatrios (evidenciados por dor a trao e compresso pr-auricular)

sensibilidade normal a trao e presso na regio pr-auricular. Acuidade auditiva preservada.

Devem-se inspecionar as estruturas da boca com o auxilio de luvas e esptula, observando a colorao da cavidade oral e o hlito. Verificar a presena de rachaduras nas comissuras, que podem ser decorrentes de deficincia vitamnica. Verificar tambm a presena de edema, que pode aparecer na sndrome nefrtica, na insuficincia cardaca, no hipertireoidismo e em processos alrgicos.

1.4. Nariz e cavidades paranasais (inspeo e palpao).No exame do nariz, o examinador deve observar a forma e o tamanho do nariz, que podero estar alterados em caso de traumatismos, tumores ou doenas endcrinas (acromegalia). Parmetros normais Nariz: simetria, permeabilidade, respirao no ruidosa, ausncia de secreo e leses, colorao; Seios paranasais: sensibilidade normal palpao, ausncia de secreo nasal. Desvios de normalidade Assimetria, obstruo nasal (associada rinite aguda do resfriado ou alrgica), inflamao, sensibilidade, secreo (caracterstica), sujidade; Hipersensibilidade palpao

Parmetro normal

Problemas de enfermagem

Lbios: simtricos, lisos semleses, umedecidos e sua cor deve variar de rosado a acastanhado; Dentes: 32 dentes, lisos, brancos, brilhantes e firmes; Gengivas e bochechas: colorao de um vermelho mais vivo, macia, lisa e mida; Lngua: mida, avermelhada no dorso, rosada ventralmente com presenas de veias; Palato duro: esbranquiado em forma de cpula; Palato mole: rosa clara e lisa;

Lbios: cianose ou palidez /queilose / herpes labial / ressecamento; Dentes: ausncia, condies de higiene, cries ou doena periodontal; Gengivas e bochechas: edema e colorao vermelhoescura (associado ao acumulo de trtaro ou avitaminose C) / presena de estomatites (inflamao da mucosa que evolui com eritema, ulcerao, exsudao e cicatrizao); Lngua: lngua saburrosa e lngua seca e acastanhada (aparece na desidratao associada acidose metablica); Orofaringe: angina purulenta (amigdalas aumentadas com exsudato inflamatrio), faringite e

Simetria, colorao da mucosa, deformidades, desvio de septo. Observar sintomas gerais; dor, espirros, obstruo nasal (uni ou bilateral),secreo epistaxe, edema, inflamao leses plipos, alterao no olfato (hipo/hiperostomia, anastomia (ausncia de olfato), cacosmia).

Orofaringe: tecido rosadoliso, vula central, amidalas no visveis;

Palpao dos seios paranasais nas reas frontal e maxilar da face. 1.5. Boca e garganta (inspeo e palpao).

halitose.

Glndulas salivares e gnglios linfticos (occipitais, auriculares posteriores,paratidianos, submentonianos, submaxilares, cervicais superficiais e profundos) localizao, tamanho/volume, consistncia, mobilidade, sensibilidade.

Observar sintomas gerais: mucosas descoradas hipercoradas, cianticas ouictricas; dor e desconforto oral (odontalgia, glossalgia, disfagia, trismo, dor de garganta), leses (lceras, escoriaes, cistos, placa branca), estomatite, edema, hiperemia, sangramento gengival, gengivite, descamao, diminuio ou falta de salivao, lngua saburrosa, halitose e cries. 1.7. Pescoo (inspeo, palpao e ausculta). Inspecione o pescoo a procura de gnglios infartados (tamanho, consistncia, mobilidade, sensibilidade e localizao). Palpe com os dedos em garra os gnglios submandibulares, com os dedos em pina ao lado do musculo esternocleidomastideo os gnglios cervicais, e com os dedos em extenso os gnglios occipitais e pr- e ps- auriculares.

Traquia: posio, forma e desvio da linha mdia. Tireide: volume (normal ou aumentado), consistncia (normal, firme,endurecida, ptrea), mobilidade (normal ou imvel), superfcie (lisa, nodular, irregular), sensibilidade (dolorosa ou indolor), temperatura da pele (normal ou quente).

Parmetro normal

Problemas de enfermagem

Pescoo:

Forma e voluma: cilndrica de contorno regular variando conforme bitipo. Posio: mediana, rigidez (torcicolo), ou flacidez muscular. Mobilidade: ativa e passiva (flexo, extenso, rotao e lateralidade);alteraes: rigidez, flacidez.

Ingurgitamento das jugulares: turgncia e batimentos arteriais e venosos. Pele: colorao, sinais flogosisticos (edema, calor, rubor e dor).

ligeiramente hiperestendido, ausncia de massas ou assimetria, amplitude total sem desconforto, alinhamento da traqueia; tem amplitude de 180; Linfonodos: no so palpveis e visveis; Veias julgulares: normalmente no so distendidas quando se est em posio sentada. A partir de 30 podem tornar-se visveis, mas no pulsteis.

Movimentao: torcicolo; Veias julgulares: distensodas veias ( na posio sentada ou ereta implica aumento da presso venosa central para a veia cava superior); Tireide: aumento do volume; Grupos ganglionares: glanglios inflamatrios (geralmente aumentados, dolorosos e mveis) e gnglios malignos (podem estar fixados ao tecido subcutneo).

Posies: ortosttica (paciente em p) 1. braos laterais ao corpo, 2. braosacima da cabea, decbito dorsal (paciente deitada) braos sobre a cabea.

Inspeo: esttica e dinmica; observar volume (simetria/assimetria),diminuio, aumento, formato, pele (cicatrizes, sinais de inflamao), mamilos e aurolas (desvios, retrao, inverso, ulcerao) secreo mamaria (espontnea ou induzida).

2.

EXAME DO TRAX

Palpao: sentido horrio no quadrante superior mamas regio supraclavicular e axilar, observar a presena de massas, ndulos (local, tamanho, consistncia, mobilidade e sensibilidade).

Inspeo esttica: estudo do arcabouo torcico (pontos, linhas e regiesanatmicas, forma do trax).

Inspeo dinmica: estudo dos movimentos torcicos- Forma do trax: atpica ou normal, tpico ou patolgico (enfizematoso (ou tonel)), em quilha (ou peito de pombo), pectus excavatum (ou sapateiro), chato, em sino, escolitico (ou cifoescolitico). - Deformaes da caixa torcica: abaulamentos e retraes. - Alteraes da pele: colorao, manchas, cicatrizes e leses.

2.2. Sistema cardiovascular. Inspeo: observar rea precordial (protuberncia, retraes, ictus), varizes eedema dos mmii.

Palpao: anlise do ictus cordis (4 e 5 EIE de 6 a 10 cm da linhamedioesternal), presena de pulsos perifricos (freqncia, ritmo, amplitude, tenso), perfuso perifrica.

2.1. Exame das mamas. poca: 1 semana aps a menstruao, e na menopausa no incio de cadams.

Ausculta: a) ritmo normal regular em dois tempos (1 bulha = fechamentodas vlvulas mitral e tricspide = TUM; 2 bulha = fechamento das vlvulas artica e pulmonar = TA). b) anormal: irregular (ritmo de galope, extrasstole) c) Focos de ausculta cardaca:

- Foco artico (FA) 2 EID (linha paraesternal direita) - Foco pulmonar (FP) 2 EIE (linha paresternal esquerda) - Foco tricspide (FT) na base do apndice xifide - Foco mitral (FM) regio do ictus cordis (VE).

Altura: medidas antropomtricas medida planta-vrtice, levando-se emconta a idade, o sexo e a estrutura somtica. Importante na classificao do desenvolvimento fsico do indivduo (normal, nanismo, gigantismo).

Peso: Regra simples de Broca Peso ideal (PI) corresponde ao n de cm queexcede de um metro de altura e se expressa em Kg. Ex.: Homem de 1, 70m = PI de 70 Kg. Para o sexo feminino, subtrai-se 5% do valor encontrado. Ex.: mulher de 1,60m = PI de 57 Kg. Peso mximo normal= PI + 10% peso mnimo normal= PI 10%. Variaes de peso: magreza, obesidade, caquexia. Pode ser constitucional ou patolgica. Clculo do ndice de massa corporal (IMC) peso corporal (PC) Altura2 - IMC < 20 peso abaixo do normal - IMC entre 20 e 25 peso ideal - IMC entre 25 30 excesso de peso (com cintura at 89 cm, sem abundncia de gordura abdominal) excesso de peso (com cintura igual ou maior que 90 cm, acmulo de gordura abdominal, chance de problemas como diabetes, hipertenso). - IMC entre 30 e 35 obesidade leve - IMC entre 35 e 40 obesidade moderada - IMC maior que 40 obesidade mrbida

2.3. Sistema respiratrio. Inspeo: - esttica (forma e tipo de trax);- dinmica: movimentos respiratrios (freqncia, tipo e ritmo respiratrio); - pesquisar tosse (cheia com ou sem expectorao, seca), dor e retraes ao respirar.

Palpao: - anlise da expansibilidade torcica (teste com as mos escansosimtrica ou assimtrica) mos vibraes) - pesquisar sensibilidade dolorosa, contraturas, edema. - pesquisar frmito toraco-vocal (FTV) (teste com as

Ausculta: - sons normais (respirao brnquica, broncovesicular e murmriosvesiculares). - sons anormais (rudos adventcios roncos e sibilos, creptaes estertoras).

Bitipo: Tipo morfolgico (brevilnio, mediolneo, longileo) espressomanual e frmito vocal.

2.4. Pele.

Colorao: decorrente da concentrao de pigmentos na camaa basal daepiderme: leucodermo, melanodermo; alteraes: albinismo, ictercia, bronzeamento, carotenodermia, tatuagens.

mucosas, especialmente nas situaes em que as perdas extras (p vmitos, diarria, etc.) se sobrepem oferta de lquidos.

Temperatura: normal, elevada (hipertermia generalizada ou segmentar) oudiminuda (hipotermia).

2.6. Estado emocional:Verificao do estado emocional/afetivo (ansioso, agressivo, angustiado, deprimido, alegre, choroso, triste, aptico).

Umidade: o paciente hidratado apresenta pele mida e turgor conservado.Observar alteraescomo: pele mida e pegajosa, seca, oleosa, hiperidrose, anidrose, hiporidrose.

Turgor: avaliar a hidratatao tecidual que pode estar: normal, aumentada,diminuda.

3.

ABDOME

Elasticidade: norma, aumentada, diminuda. Textura: normal, pele lisa ou fina, spera, enrugada. Mobilidade: normal, aumentada, diminuda. Leses elementares: descrio do tipo, localizao, tamanho e profundidadedas leses, presena de secrees, sinais e sintomas, presena de curativos, etc.

I.

Abordagem geral

Certifique-se que o paciente est com a bexiga vazia; O paciente deve estar deitado confortavelmente, com os braos ao longo docorpo. Na maioria das vezes, uma inclinao dos joelhos ajudar a relaxar os msculos abdominais e facilitar a palpao.

2.5. Estado nutricional/hidratao:Observar mudana recente de peso (obeso, emagrecido, caqutico), ingesto atual (apetite, restries, dietas), problemas alimentares (dificuldade para engolir, mastigar), alterao da umidade e turgor da pele, alterao da umidade das

Exponha completamente o abdome. Verifique se suas mos, assim como odiafragma do estetoscpio, esto mornos.

O abdome delimitado externamente pelo apndice xifide e rebordo costal,que constituem o limite superior, e a snfise pubiana o limite inferior. E internamente constitudo pelos msculos abdominais, asas ilacas, estreito superior e coluna lombar.

Seja metdico na visualizao dos rgos subjacentes medida queinspeciona ausculta, percute e palpa cada quadrante ou regio do abdome, que dividido imaginariamente por duas linhas: uma vertical, que vai do apndice xifide a snfise pubiana, e uma horizontal, que passa pela cicatriz umbilical, dividindo o abdome em quadrantes: quadrante superior direito e esquerdo e inferior direito e esquerdo. Ou podendo ser em regies: hipocndrio direito e esquerdo, flanco direito e esquerdo, fossa ilaca direita e esquerda, e ainda o hepigstrio, mesogstrio e hipogstrio. A partir de duas linhas curvas que acompanham o rebordo costal, passando pelo apndice xifide, at as linhas axilares mdias; duas linhas biliacas que une as espinha ilacas antero-superiores horizontalmente. Divididas por duas linhas verticais mdio claviculares direita e esquerda.

ou varizes anais e proeminncias localizadas. Observe tambm a simetria, a peristalse visvel e as pulsaes articas.

Observe a cicatriz umbilical quanto ao contorno ou hrnia, e a pele paraerupes, estrias, cicatrizes, integridade e presena de circulao colateral. III. Ausculta

feita antes da percusso e da palpao, pois essas ltimas podem alterar ascaractersticas dos rudos intestinais.

Observe a freqncia e o carter dos rudos intestinais (altura, durao). Ausculte sobre a aorta e artrias renais (de cada lado do umbigo) para sopros,aneurisma da aorta abdominal, batimentos cardio-fetal.

II.

III.Inspeo

Percusso

Quanto forma, observe o contorno gera do abdome (plano, protuberante,escafide ou cncavo; volume, densidade, distenso, retrao, ascite, gravidez) abaulamento localizado (visceromegalias, tumores, hrnias), pele e fneros (cicatrizes, manchas, estrias, circulao colateral, distribuio de plos).

A percusso fornece uma orientao geral quanto ao abdome, presena demassas, lquidos e gases.

Proceda metodicamente de quadrante em quadrante, observe o timpanismo e amaciez, investigue a presena de ascite (sinal de piparote).

Observar sintomas gerais; dor (tipo, intensidade, durao, localizao,irradiao), eliminaes fecais (normal, endurecida, diarrica, melena, presena de muco, sangue, parasitas, flatulncias), apetite (percentual de alimentao), anorexia, hiporexia, polifagia, nuseas, vmitos, hematmese, ulceraes, fissuras

No quadrante superior direito (QSD), na linha medioclavicular, percuta aborda do fgado.

a. Comece num ponto de timpanismo na linha medioclavicular doQID e percuta para cima at o ponto de maciez (a borda heptica inferior); marque este ponto.

sobre a outra para palpar o abdome de um indivduo obeso ou de um paciente cujos msculos esto retesados).

Identifique qualquer massa e anote qualquer hipersensibilidade,observando a expresso facial d paciente enquanto apalpa.

b. Percuta para baixo desde o ponto de ressonncia pulmonaracima do QSD at o ponto de maciez (a borda superior do fgado) e marque este ponto.

Identifique aumento de vsceras, consistncia e bordos.A. Fgado

c. Mea em centmetros a distancia entre as duas marcas na linhamedioclavicular, representa espessura do fgado.

d. O timpanismo da cmara de ar gstrica pode ser percutido noQSE sobre a borda antero-inferior da reborda costal.

Comece colocando a mo esquerda debaixo das costas do paciente ao nvel da11 12 costela. Coloque a mo direita, com os dedos angulados e dirigidos para a margem costal, logo abaixo da borda inferior do fgado j percutida.

e. A localizao do bao costuma ser difcil. Pode ser obscurecidapelo ar gstrico ou clico.

Durante a palpao, com a outra mo direita, exera presso cm os dedos damo esquerda, para deslocar o fgado anteriormente (para facilitar a palpao).

f. Faz-se a percusso renal para excluir a presena de inflamao,tumor e clculo renal. No caso de dor registra-se Sinal de Giordano positivo.

Faa o paciente inspirar, e, durante a expirao, exera presso com os dedosda mo direito para dentro. Durante a inspirao profunda realizada pelo paciente mo mude a posio da mo direita; perceba a borda heptica se movendo sobre os dedos. Se nada for percebido durante a inspirao, palpe mais profundamente, e em cada inspirao subseqente desloque o dedo para cima, em direo ao rebordo costal. B. Bao

IV.

Palpao profunda

Instrua o paciente para relaxar os msculos abdominais. Use a superfcie palmar dos dedos de uma das mos e exploresistematicamente os quatro quadrantes (Poder ser necessrio usar uma mo

Incline-se sobre o paciente e coloque a mo esquerda atrs da caixa costalesquerda. Coloque a superfcie palmar da mo direita de forma que as pontas digitais estejam dirigidas para a margem costal esquerda no QSE. A mo direita deve ficar suficientemente afastada da reborda costal para no deixar passar desp ercebido em fgado aumentado e para permitir a mobilidade da mo direita. D. Outros Achados

A seguir, palpe a aorta com o polegar e o dedo indicador. Comprima profundamente na regio epigstrica (praticamente na linha mdia)e tente perceber com os dedos as pulsaes, assim como o contorno da aorta.

Pea ao paciente para realizar uma expirao profunda e tente perceber aborda do bao.

A palpao do QID pode revelar a parte do intestino denominado cecco. O clon sigmide pode ser palpado no QIE. As reas, inguinal e femural devem ser palpadas lateralmente, em busca degnglios linfticos.

Esse procedimento pode ser repetido com o paciente deitado do lado direito,pois a gravidade pode trazer o bao para diante, at uma posio palpvel.

C. Rim

As eliminaes fecais devem ser observadas quanto ao tipo/cor (normal,endurecida, lquida, diarrica).

A seguir palpe os rins esquerdo e direito. Coloque a mo esquerda debaixo das costas do paciente, entre a caixa torcicae a crista ilaca.

O nus deve ser avaliado quanto fissura, secrees, varizes, hemorridas,ulceraes, etc.

Inspecionar pulsao na regio umbilical (em cima da cicatriz umbilical=artria aorta; laterais cicatriz umbilical= artrias renais).

Apie o paciente enquanto palpa o abdome com a superfcie palmar direitados dedos dirigidos para o lado esquerdo do corpo.

Palpe tentando aproximar o mximo possvel a mo direita da esquerda,ligeiramente abaixo do nvel do umbigo, direita e esquerda.

4.

EXAME FSICO DA GENITLIA MASCULINA

Quando perceber o rim descreva seu tamanho, formato e qualquerhipersensibilidade.

Esta parte do exame, especialmente para hrnias (protuso de uma poro do intestino atravs de uma abertura abdominal), deve ser realizada com o paciente de p.

Cubra o trax e o abdome do paciente. Exponha a virilha e a genitlia. 4.1. Inspeo Inspecione a distribuio dos plos pubianos e a pele do pnis. Retraia ou faco paciente retrair o prepcio, quando presente (detectarfimose).

Palpe cada testculo e epiddimo separadamente entre o polegar e os doisprimeiros dedos, observando tamanho, formato, consistncia, hipersensibilidade incomum (a presso sobre o testculo geralmente produz dor).

Palpe tambm o cordo espermtico, incluindo o canal espermtico, incluindoo canal deferente dentro do cordo, desde o testculo at o canal inguinal. Observe qualquer ndulo ou hipersensibilidade.

Palpe em busca de hrnias inguinais, usando a mo esquerda para examinar olado esquerdo do paciente e a mo direita para o lado direito do paciente.

Observe a glande peniana e o meato uretral. Note qualquer ulcerao, massaou cicatriz.

a. Introduza o dedo indicador direito lateralmente, invadindo o sacoescrotal at o anel inguinal externo.

Observe a localizao do meato uretral e a existncia de secreo. Observe a pele do escroto para lceras, massas, vermelhido ou inchao.Observe o tamanho, o contorno e a simetria. Levante o escroto para inspecionar a superfcie posterior.

b. Se o anel externo suficientemente grande, introduza o dedo aolongo do canal inguinal no sentido do anel interno e pea ao paciente para fazer fora para baixo, observando se alguma massa toca o dedo.

Inspecione as reas inguinais e a virilha para proeminncias (sem e com opaciente fazendo fora para baixo, como se estivesse evacuando).

Palpe tambm a parte anterior da coxa para uma massa herniana no canalfemural, impalpvel, porm constitui uma abertura potencial na face anterior da coxa, por dentro da artria femural e abaixo do ligamento inguinal. 5. EXAME FSICO DA GENITLIA FEMININA Inspeo e palpao

4.2. Palpao Palpe qualquer leso, ndulo ou massa, observando hipersensibilidade,contorno, tamanho e endurecimento. Palpe o corpo do pnis em busca de qualquer endurecimento (dureza em relao aos tecidos circulantes).

Comece investigando a histria menstrual, inicio de menopausa, histriaobsttrica, prticas contraceptivas, histria de problemas geniturinrios, dispareunia, sangramentos durante ou aps as relaes sexuais e uso de medicamentos base de hormnios.

Extremidades e articulaes (inspeo, palpao e movimentao): com opaciente em p, sentado e deitado. Inspeo da marcha e da postura; atentar para escoliose, cifose, p torto, cavo ou plano.

Palpao das estruturas osteo-articulares e musculares: forma, volume,posio, presena de sinais de inflamao, rigidez, crepitao, estalidos e alteraes das massas musculares.

Faa inspeo da distribuio dos plos pubianos. Inspecione os grandes lbios, o monte pubiano e o perneo (tecido entre onus e a abertura vaginal).

Com a mo enluvada, separe os grandes lbios e inspecione o clitris, meatouretral e abertura vaginal. Observe a cor da pele, ulceraes, ndulos inguinais ou labiais, secreo ou inchao, prolpso uterino.

Movimentao das articulaes: avaliar amplitude de movimentos, edetectar os anormais ou limitados (total, parcial, mnimo, moderado ou intenso).

Observe a rea das glndulas de Skene e a de Bartholin. Se houver qualquerhistria de inchao dessas ltimas, palpe as glndulas colocando o dedo indicador na vagina, na extremidade posterior de abertura, e o polegar para fora da poro posterior da vagina. Palpe entre o dedo e o polegar em busca de ndulos, hipersensibilidade ou inchao. Repita de cada lado da abertura vaginal posterior.

Observar: queixas de dor, rigidez ps-repouso, fraqueza muscular,dificuldade para andar, tendncia a quedas, febre, anorexia e perda de peso. Avaliar a capacidade do paciente para realizar atividades dirias, como: alimentarse, banhar-se, vestir-se, locomover-se, usar o banheiro, etc.

6. 5.SISTEMA NEUROMUSCULAR (inspeo, palpao e percusso)

SISTEMA NEUROLGICO (inspeo)

Funo cerebral: conscincia, nvel de orientao (pessoa, tempo, espao eSistema musculoesqueltico: situao, memria, raciocnio, comportamento, estado de nimo e afeto).

Nvel de conscincia: alerta, orientado (quanto ao tempo, espao e pessoa),desorientado (quando h falhas nas respostas), calmo, agitado, obnubilado

(desorientado no tempo e no espao, mas normal em relao a perguntas e respostas de ordem banais e estmulos), torporoso (o doente no capaz de responder as perguntas de ordem banais), comatoso (respostas nulas a todas as solicitaes).

Funo motora: tnus muscular (hipotonia e hipertonia), fora muscular nosmembros superiores (mo, reflexo do antebrao, bicipital, elevao do brao e extenso do antebrao). Fora muscular dos membros inferiores (flexo da coxa, da perna e do p; extenso da coxa, da perna e do p).

f.1. Postura e motilidade: deambulao, paresia, parestesia, hipotonia,hipertonia, paralisia, opsttomo, ausncia de membros e calosidades.

f.2. Msculos: Eutrofia nutrio e desenvolvimento perfeito e regular detodas as partes do organismo. Atrofia defeito de nutrio no tecido muscular, causa diminuio no volume do msculo.

Coluna: Escoliose desvio lateral. Lordose desvio de convexidade anterior.Cifose desvio de convexidade posterior. Dor e desconforto observar a expresso do paciente, durante o exame fsico e anotar queixas.

Funo do cerebelo: marcha, postura, coordenao esttica e dinmica. Funes sensitivas: sensibilidade dolorosa, ttil, trmica, vibratria.