Exercício Dirigido Empresarial I

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IESGO Faculdades Integradas IESGODireito Empresarial IProfessora: CARLAAluno: ngelo Badu Rabelo

Exerccios

1. Discorra e reflita sobre:a) Teoria da empresa;b) Com a lei 10406/02 que instituiu o novo Cdigo Civil em nosso ordenamento trouxe que consequncia/mudana para o direito empresarial brasileiro.c) Qual a principal fonte do direito empresarial.d) Os usos e costumes comerciais.e) As caractersticas fundamentais do direito empresarial, que diferenciam do direito civil.f) O conceito de empresrio para o ordenamento jurdico brasileiro e situao excepcional dos agentes econmicos.g) Sobre as vedaes ao exerccio de empresa.h) Registro de empresa.i) O SIREN (sistema nacional de registro de empresas mercantis).j) A escriturao do empresrio.k) Os livros empresariais e o seu sigilo.l) Nome empresarial.m) Estabelecimento empresarial, natureza jurdica, trespasse.

Respostas:

a) De acordo com o Cdigo Civil, o Direito brasileiro adota a Teoria da Empresa. Substituiu a teoria dos atos de comrcio pela teoria da empresa, deixou de cuidar de determinadas atividades (as de mercancia) para disciplinar uma forma especfica de produzir ou circular bens ou servios: a empresarial. Isto ocorre em razo da evoluo operada no comrcio mundial, notadamente com a difuso e aquisio de importncia da prestao de servios. Para tanto foi criada a Teoria da Empresa, que nasceu na Itlia e desenvolveu-se para corrigir falhas da teoria dos atos de comrcio, vindo, atualmente, a nortear a legislao ptria. Considera-se empresa a atividade econmica organizada.b) Com o advento do novo Cdigo Civil houve a derrogao do Cdigo Comercial, ficando este somente a parte sobre o direito martimo vigente at hoje, e, com a adoo da teoria da empresa, primeiro pela doutrina, jurisprudncia, depois por leis esparsas e ento aps a promulgao do novo Cdigo Civil adotou-se finalmente a teoria da empresa, e no mais se chamaria atos de comrcio.c) A principal fonte do direito empresarial considerada a lei como fonte primria destarte a importncia nos dias de hoje a lei civil como principal fonte uma vez que est elencado no respectivo diploma legal.d) Embora sem a importncia de outros tempos, os usos e costumes ainda mantm o seu tradicional prestgio, colocados que se acham entre as regras subsidirias de Direito Comercial, ao lado da legislao Civil. Com efeito, os usos e costumes ocupam o segundo lugar entre as fontes subsidirias do direito comercial.e) Direito empresarial ramo do direito privado e como tal aqueles que no exercem as atividades econmicas no se enquadram no regime jurdico. Desta feita algumas caractersticas so mais evidentes, enquanto no direito empresarial constata o universalismo, internacionalismo, cosmopolitismo; individualismo; onerosidade; informalismo; fragmentarismo; e a solidariedade presumida nas obrigaes, j no direito civil temos regionalismo, funo social, existncia de contratos gratuitos, formalismo, completude e solidariedade decorrente da lei ou vontade das partes.f) De acordo com o Cdigo Civil em seu artigo 966 empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica, organizada para a produo de bens ou de servios. Para exercer sua atividade regularmente est sujeito a um conjunto de normas especficas, denominadas regime jurdico empresarial. Nesse tocante a lei consigna de forma excepcional que alguns agentes econmicos no exercem atividade empresarial (art. 966, pargrafo nico), o intelectual, o cientista, o artista, o escritor, quem exerce atividade rural, as cooperativas, as sociedades por aes e as sociedades de advogados.g) Em decorrncia de proteo ao exerccio de empresa esto impedidos os falidos, os condenados pela prtica de crime cuja pena vede o acesso atividade empresarial, o leiloeiro, os funcionrios pblicos civis da Unio, os estrangeiros, os devedores do INSS, aqueles em desempenho de funo pblica, o estrangeiro com visto temporrio, o militar da ativa, o membro do MP, o magistrado, as pessoas arroladas no art. 1011 do CC.h) Conforme preceitua o Cdigo Civil (art. 967) obrigatria a inscrio do empresrio no Registro Pblico de Empresa Mercantis RPEM da respectiva sede, antes do incio de sua atividade.i) O Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis o sistema responsvel pela publicao dos atos dos agentes econmicos, afim de que se tornem conhecidos de terceiros e a eles serem opostos, composto pelo DNRC, Departamento Nacional de Registro do Comercio e pelas JECs , Juntas Comerciais dos Estados.j) Conforme preceitua o art. 1179, O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou no, com base na escriturao uniforme de seus livros, em correspondncia com a documentao respectiva, e a levantar anualmente o balano patrimonial e o de resultado econmico. A Lei clara em dizer que o empresrio e a sociedade empresria esto obrigados e a nica exceo para o produtor rural e o pequeno empresrio.k) Todo empresrio obrigado na forma da lei a executar a escriturao em livros prprios, ou seja, a escriturao contbil que fica sob responsabilidade de contabilista legalmente habilitado e que constar a vida econmica-financeira do empresrio. Os livros podem ser obrigatrios e facultativos, os obrigatrios so aqueles cuja escriturao imposta ao empresrio, e os facultativos so os livros que o empresrio escritura com vista a um melhor controle sobre seus negcios, j as EPP e ME gozam de prerrogativa legal por no precisarem de escriturao desde que optantes pelo Simples Nacional (LC 123/2006) e tambm o empresrio individual. Quanto ao sigilo podemos afirmar que os livros contbeis gozam da proteo do princpio do sigilo, ou seja, pelo fato de conterem, informaes minuciosas sobre a vida econmica da empresa.l) Toda empresa, seja ela constituda por empresrio individual, por sociedade empresria, possui um nome empresarial que o identifica e o diferencia dos demais.m) O estabelecimento empresarial o instrumento da atividade do empresrio, ou seja, a base fsica da empresa, o complexo de bens, corpreos ou incorpreos. Considerando que o estabelecimento empresarial simplesmente um conjunto de bens, portanto, no exerce direito. Contudo quando no restar bens suficientes para solver as dvidas do empresrio poder este alienar o estabelecimento comercial que damos o nome para esse de trespasse.