Experiencias Basicas No Ser Humano

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    Conhecimento

    A questo do conhecimento:Para compreender a si mesmo e o mundo os homensquerem entender a sua prpria capacidade de entender.

    Sujeito e objeto:Os dois elementos do processo de conhecimento Conhecer representarem cuidadosamente o que exterior mente. Para que exista conhecimento,sempre ser necessria a relao entre dois elementos bsicos !m su"eito conhecedor #nossaconsci$ncia, nossa mente% e um ob"eto conhecido #a realidade, o mundo, os in&meros'en(menos%.

    As possibilidades do conhecimento:O ceticismo pre)a a impossibilidade deconhecermos a *erdade. O do)matismo de'ende a possibilidade de conhecermos a *erdade.

    Ceticismo absoluto:+udo ilusrio e passa)eiro. Consiste em ne)ar de 'orma totalnossa possibilidade de conhecer a *erdade. ssim, o homem nada pode a'irmar, pois nadapode conhecer. o di-er que nada *erdadeiro, o ceticismo absoluto anula a si prprio, poisdi- que nada *erdadeiro, mas acaba a'irmando que pelo menos existe al)o de *erdadeiro.

    O ceticismo relativo:e)a apenas parcialmente nossa capacidade de conhecer a

    *erdade. Dogmatismo:/ uma doutrina que de'ende a possibilidade de conhecermos a *erdade.

    0o)matismo in)$nuo Consiste em acreditar plenamente nas possibilidades do nossoconhecimento.

    Dogmatismo crtico:credita em nossa capacidade de conhecer a *erdade medianteum es'oro con"u)ado de nossos sentidos e nossa inteli)$ncia.

    Empirismo:0e'ende que todas as nossas ideias so pro*enientes de nossas perce1essensoriais #*iso, audio, tato, ol'ato e paladar%.

    Racionalismo crtico e materialismo dialtico: experi$ncia e o trabalho da ra-odepositam total e exclusi*a con'iana na ra-o humana como instrumento capa- de conhecera *erdade.

    2e h conhecimento humano, existe a *erdade, porque esta nada mais do que a adequao dainteli)$ncia com a coisa. Com a experi$ncia da *erdade, h consequentemente a exist$ncia dacerte-a, que passar a inteli)$ncia *erdade conhecida. inteli)$ncia humana tende a 'ixar3sena *erdade conhecida. 4etodolo)icamente h primeiro o conhecimento, depois a *erdade, e'inalmente a certe-a. +al tomada de posio perante o primeiro problema da cr5tica chamadodo)matismo. 2endo de'endida por 'ilso'os realistas, como por exemplo ristteles e +oms dequino.

    2e, ao contrrio, se sustentar que a inteli)$ncia permanece, em tudo e sempre, sem nada a'irmare sem nada ne)ar, sem admitir nenhuma *erdade e nenhuma certe-a, sendo a d&*ida uni*ersal epermanente o resultado normal da inteli)$ncia humana, est se de'endendo o ceticismo.

    O problema cr5tico representa um passo alm do do)matismo e do ceticismo. !ma *e- queadmite3se a exist$ncia da *erdade #*alor do conhecimento%, e da certe-a, per)unta3se entoOnde esto as coisas 2 na inteli)$ncia6 2 na matria6 o intelecto humano e na matria6 Ous na ra-o6 #como di-em os )randes 'ilso'os idealistas, racionalistas e realistas%.

    Para o idealismo o ente transcendental comp1e3se somente de ideias. Para o materialismo,somente matria. Para o realismo, ideias e matria. Para o racionalismo, ra-o. cr5tica abase necessria de todo o saber cient5'ico e 'ilos'ico, inclusi*e da prpria ontolo)ia.

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    !"#CA

    tica uma caracter5stica inerente a toda ao humana e, por esta ra-o, um elemento *italna produo da realidade social. +odo homem possui um senso tico, uma espcie de

    7consci$ncia moral7, estando constantemente a*aliando e "ul)ando suas a1es para saber se soboas ou ms, certas ou erradas, "ustas ou in"ustas.

    8xistem sempre comportamentos humanos classi'ic*eis sob a tica do certo e errado, do bem edo mal. 8mbora relacionadas com o a)ir indi*idual, essas classi'ica1es sempre t$m relao

    com as matri-es culturais que pre*alecem em determinadas sociedades e contextos histricos.

    tica est relacionada opo, ao dese"o de reali-ar a *ida, mantendo com os outros rela1es"ustas e aceit*eis. 9ia de re)ra est 'undamentada nas ideias de bem e *irtude, enquanto

    *alores perse)uidos por todo ser humano e cu"o alcance se tradu- numa exist$ncia plena e 'eli-.

    O estudo da tica tal*e- tenha3 se iniciado com 'ilso'os )re)os h :; sculos atrs.

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    intimamente e reconhecidas como *lidas e obri)atrias. Ba-emos uso de normas, praticamosdeterminados atos e, muitas *e-es, nos ser*imos de determinados ar)umentos para tomar

    decis1es, "usti'icar nossas a1es e nos sentirmos dentro da normalidade.

    s normas de que estamos 'alando t$m relao como o que chamamos de *alores morais. 2oos meios pelos quais os *alores morais de um )rupo social so mani'estos e acabam adquirindoum carter normati*o e obri)atrio. pala*ra moral tem sua ori)em no latim 7mos77mores7,que si)ni'ica 7costumes7, no sentido de con"unto de normas ou re)ras adquiridas por hbito.

    otar que a expresso 7bons costumes7 usada como sendo sin(nimo de moral ou moralidade.

    moral pode ento ser entendida como o con"unto das prticas cristali-adas pelos costumes econ*en1es histrico3sociais. Cada sociedade tem sido caracteri-ada por seus con"untos de

    normas, *alores e re)ras. 2o as prescri1es e proibi1es do tipo 7no matars7, 7no roubars7,de cumprimento obri)atrio. 4uitas *e-es essas prticas so at mesmo incompat5*eis com os

    a*anos e conhecimentos das ci$ncias naturais e sociais.

    moral tem um 'orte carter social, estando apoiada na tr5ade cultura, histria e nature-a

    humana. / al)o adquirido como herana e preser*ado pela comunidade.Duando os *alores e costumes estabelecidos numa determinada sociedade so bem aceitos, no

    h muita necessidade de re'lexo sobre eles. 4as, quando sur)em questionamentos sobre a*alidade de certos costumes ou *alores consolidados pela prtica, sur)e a necessidade de

    'undament3los teoricamente, ou, para os que discordam deles, critic3los. dol'o 2nche-92D!8E #FGG;, p. F;% coloca isso de 'orma muito clara

    este comportamento prtico3moral, que " se encontra nas 'ormas mais primiti*as decomunidade, sucede posteriormente 3 muitos mil$nios depois 3 a re'lexo sobre ele. Os homensno s a)em moralmente #isto en'rentam determinados problemas nas suas rela1es m&tuas,tomam decis1es e reali-am certos atos para resol*$3los e, ao mesmo tempo, "ul)am ou a*aliam

    de uma ou de outra maneira estas decis1es e estes atos%, mas tambm re'letem sobre essecomportamento prtico e o tomam como ob"eto da sua re'lexo e de seu pensamento. 03seassim a passa)em do plano da prtica moral para o da teoria moralH ou, em outras pala*ras, da

    moral e'eti*a, *i*ida, para a moral re'lexa. Duando se *eri'ica esta passa)em, que coincide comos in5cios do pensamento 'ilos'ico, " estamos propriamente na es'era dos problemas tericos3

    morais ou ticos.

    Ou como bem nos coloca Ota*iano P8=8@= #FGGF, p. :I%

    O *elho se contrapondo ao no*o o que podemos esperar como con'lito saud*el para o a*anoda moral. Ora, a *ida das pessoas no de*e ser como uma )eladeira para conser*as. O ideal e*itar o 7con)elamento7 da moral em cdi)os impessoais, que *o perdendo sua ra-o de ser,

    dado o carter dinAmico das prprias rela1es.

    O mesmo autor prosse)ue

    interao dialtica entre o que constitu5do #a moral *i)ente% e o constituinte #a moral sendorepensada e recriada% necessria sobre*i*$ncia tanto da prpria moral como da respiraodos indi*5duos 'rente a ela. dana dos *alores entra nessa inteno e na hierarquia que eles

    implicam. a hierarquia dos *alores a relati*idade dos mesmos que se de*e en'ati-ar, " que osu'ocamento do indi*5duo pela absoluti-ao do que est estabelecido o peri)o maior que se

    de*e e*itar. Balar em *alores e na sua relati*idade diante da dinAmica que a5 se estabelece re'erir3se necessariamente a uma crise em )eral permanente, ad*inda das rela1es entre o *i*ido

    e o herdado. / bom sempre tirarmos pro*eito disso, 'a-er dessa crise al)o saud*el. conteceque nossa Ansia ben'a-e"a em mudar, recriar o mundo se esbarra no 'ato moral natural de que,

    quando criamos re)ras, normas de conduta ou leis, ns as ima)inamos como um bem

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    permanente JKL. #ibid., p.:I%

    Como podemos entender ento o conceito de tica6 tica, tantas *e-es interpretada comosin(nimo de moral, aparece exatamente na hora em que estamos sentindo a necessidade deapro'undar a moral. Meralmente a tica apoia3se em outras reas do conhecimento como a

    antropolo)ia e a histria para analisar o conte&do da moral. 2eria o tratamento terico em tornoda moral e da moralidade.

    !ma disciplina ori)inria da 'iloso'ia, h muito discutida pelos 'ilso'os de todas as pocas eque se estende a outros campos do saber como teolo)ia, ci$ncias e direito.

    08B@@NO 08 /+@C

    tica seria ento uma espcie de teoria sobre a prtica moral, uma re'lexo terica que analisae critica os 'undamentos e princ5pios que re)em um determinado sistema moral. O dicionriobba)nado, entre outras considera1es nos di- que a tica 7em )eral, a ci$ncia da conduta7#>>MO, sd, p.QR% e 2anche- 92D!8E #FGG;, p.F:% amplia a de'inio a'irmando

    que 7a tica a teoria ou ci$ncia do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou se"a, ci$ncia de uma 'orma espec5'ica de comportamento humano.7 8 re'ora esta de'inio com ase)uinte explicao

    ssim como os problemas tericos morais no se identi'icam com os problemas prticos,embora este"am estritamente relacionados, tambm no se podem con'undir a tica e a moral.

    tica no cria a moral. Conquanto se"a certo que toda moral sup1e determinados princ5pios,normas ou re)ras de comportamento, no a tica que os estabelece numa determinada

    comunidade. tica depara com uma experi$ncia histrico3social no terreno da moral, ou se"a,com uma srie de prticas morais " em *i)or e, partindo delas, procura determinar a ess$ncia da

    moral, sua ori)em, as condi1es ob"eti*as e sub"eti*as do ato moral, as 'ontes da a*aliaomoral, a nature-a e a 'uno dos "u5-os morais, os critrios de "usti'icao destes "u5-os e o

    princ5pio que re)e a mudana e a sucesso de di'erentes sistemas morais. #ibid., p.F:%

    Os problemas ticos, ao contrrio dos prtico3morais so caracteri-ados pela sua )eneralidade.Por exemplo, se um indi*5duo est diante de uma determinada situao, de*er resol*$3la por simesmo, com a a"uda de uma norma que reconhece e aceita intimamente pois o problema do que

    'a-er numa dada situao um problema prtico3moral e no terico3tico. 4as, quandoestamos diante de uma situao, como por exemplo, de'inir o conceito de >em, " ultrapassamosos limites dos problemas morais e estamos num problema )eral de carter terico, no campo de

    in*esti)ao da tica. +anto assim, que di*ersas teorias ticas or)ani-aram3se em torno dade'inio do que >em. 4uitos 'ilso'os acreditaram que, uma *e- entendido o que >em,

    descobrir5amos o que 'a-er diante das situa1es apresentadas pela *ida. s respostasencontradas no so unAnimes e as de'ini1es de >em *ariam muito de um 'ilso'o para outro.

    Para uns, >em o pra-er, para outros o &til e assim por diante.

    Duando na anti)uidade )re)a ristteles apresentou o problema terico de de'inir o conceito de>em, seu trabalho era de in*esti)ar o conte&do do >em e no de'inir o que cada indi*5duo

    de*eria 'a-er numa ao concreta, para que seu ato se"a considerado bom ou mau.

    8*identemente, esta in*esti)ao terica sempre deixa consequ$ncias prticas, pois quandode'inimos o >em, estamos indicando um caminho por onde os homens podero se condu-ir nas

    suas di*ersas situa1es particulares.

    tica tambm estuda a responsabilidade do ato moral, ou se"a, a deciso de a)ir numa situaoconcreta um problema prtico3moral, mas in*esti)ar se a pessoa p(de escolher entre duas oumais alternati*as de ao e a)ir de acordo com sua deciso um problema terico3tico, pois*eri'ica a liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos esto su"eitos. 2e o determinismo

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    total, ento no h mais espao para a tica, pois se ela se re'ere s a1es humanas e se essasa1es esto totalmente determinadas de 'ora para dentro, no h qualquer espao para a

    liberdade, para a autodeterminao e, consequentemente para a tica.

    tica pode tambm contribuir para 'undamentar ou "usti'icar certa 'orma de comportamentomoral. ssim, se a tica re*ela uma relao entre o comportamento moral e as necessidades e osinteresses sociais, ela nos a"udar a situar no de*ido lu)ar a moral e'eti*a, real, do )rupo social.

    Por outro lado, ela nos permite exercitar uma 'orma de questionamento, onde nos colocamosdiante do dilema entre 7o que 7 e o 7que de*eria ser7, imuni-ando3nos contra a simplria

    assimilao dos *alores e normas *i)entes na sociedade e abrindo em nossas almas apossibilidade de descon'iarmos de que os *alores morais *i)entes podem estar encobrindo

    interesses que no correspondem s prprias causas )eradoras da moral. re'lexo ticatambm permite a identi'icao de *alores petri'icados que " no mais satis'a-em os interessesda sociedade a que ser*em. Sun) 4o 2!M e Sosu CAndido da 2@?9 #FGG;, p. FT% nos do

    um bom exemplo do que estamos 'alando

    a poca da escra*ido, por exemplo, as pessoas acredita*am que os escra*os eram seres

    in'eriores por nature-a #como di-ia ristteles% ou pela *ontade di*ina #como di-iam muitos namrica colonial%. 8las no se sentiam eticamente questionadas diante da in"ustia cometidacontra os escra*os. @sso porque o termo 7in"ustia7 " 'ruto de "u5-o tico de al)um que

    percebe que a realidade no o que de*eria ser. experi$ncia existencial de se rebelar diante deuma situao desumana ou in"usta chamada de indi)nao tica Jo )ri'o no 'a- parte do

    ori)inalL.

    2endo a tica uma ci$ncia, de*emos e*itar a tentao de redu-i3la ao campo exclusi*amentenormati*o. 2eu *alor est naquilo que explica e no no 'ato de prescre*er ou recomendar com

    *istas ao em situa1es concretas.

    tica tambm no tem carter exclusi*amente descriti*o pois *isa in*esti)ar e explicar o

    comportamento moral, trao inerente da experi$ncia humana.

    o 'uno da tica 'ormular "u5-os de *alor quanto prtica moral de outras sociedades, masexplicar a ra-o de ser destas di'erenas e o porque de os homens terem recorrido, ao lon)o da

    histria, a prticas morais di'erentes e at opostas.

    /+@C 8

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    *e-es, uma consider*el amplitude, por quanto 'ica di'5cil, com 'reqV$ncia, estabelecer umaseparao ri)orosa entre os sistemas morais 3 ob"eto prprio da tica 3 e o con"unto de normas e

    atitudes de carter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada 'asehistrica. Com o 'im de solucionar este problema, os historiadores da tica limitaram seu estudo

    quelas ideias de carter moral que possuem uma base 'ilos'ica, ou se"a, que, em *e- de sedarem simplesmente como supostas, so examinadas em seus 'undamentosH por outras pala*rasso 'iloso'icamente "usti'icadas. o importa neste caso, que a "usti'icao de um sistema de

    ideias morais se"a extra3moral #por exemplo, que se baseie numa meta'5sica ou numa teolo)ia%Ho decisi*o que ha"a uma explicao racional das ideias ou das normas adotadas. Por estemoti*o, os historiadores da tica costumam se)uir os mesmos procedimentos e adotar as

    mesmas di*is1es propostas pelos historiadores da 'iloso'ia. #4O=, FGGQ, p.:IQ%

    / muito interessante esta *ariedade de morais no tempo. Briedrich @8+E2Cem do 4al, 'a- uma colocao muito interessante sobre a intermin*el

    sucesso das doutrinas ticas, quando di- que 7aquilo que numa poca parece mau, quasesempre um restolho daquilo que na precedente era considerado bom 3 o ata*ismo de um ideal "en*elhecido7. 8ssa *iso re'orada por 2nche- 9W2D!8E #FGG;, p.:;% ao introdu-ir seu

    conceito de doutrinas ticass doutrinas ticas 'undamentais nascem e se desen*ol*em em di'erentes pocas e sociedades

    como respostas aos problemas bsicos apresentados pelas rela1es entre os homens e emparticular pelo seu comportamento moral e'eti*o. Por isto, existe uma estreita *inculao entre

    os conceitos morais e a realidade humana, social, su"eita historicamente mudana. Porconse)uinte, as doutrinas ticas no podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um

    processo de mudana e de sucesso que constitui propriamente a sua histria. /tica e histria,por tanto, relacionam3se duplamente a% Com a *ida social e, dentro desta, com as morais

    concretas que so um dos seus aspetosH b% com a sua histria prpria, " que cada doutrina estem conexo com as anteriores #tomando posio contra elas ou inte)rando al)uns problemas esolu1es precedentes%, ou com as doutrinas posteriores #prolon)ando3se ou enriquecendo3se

    nelas%.

    8m toda moral e'eti*a se elaboram certos princ5pios, *alores ou normas. 4udando radicalmentea *ida social, muda tambm a *ida moral. Os princ5pios, *alores ou normas encarnados nelaentram em crise e exi)em a sua "usti'icao ou a sua substituio por outros. 2ur)em ento, a

    necessidade de no*as re'lex1es ou de uma no*a teoria moral, pois os conceitos, *alores enormas *i)entes se tornaram problemticos. ssim se explica a apario e sucesso de doutrinas

    ticas 'undamentais em conexo com a mudana e a sucesso de estruturas sociais, e, dentrodelas, da *ida moral.

    4uitos 'ilso'os se debruaram sobre as quest1es morais e produ-iram contribui1es muitoimportantes sobre o tema. Bo)e ao alcance de nosso trabalho apresentar com pro'undidade as

    contribui1es que Plato, ristteles, 8spinosa, Xant e outros )randes 'ilso'os deram discusso sobre a moral. 4as, para entendermos nossas posturas 'rente aos problemas ticos

    'a-3se muito necessria uma anlise das nossas matri-es culturais, que no ocidente estoestabelecidas nas tradi1es )reco3romanas e "udaico3crists. Por essa ra-o important5ssima a

    anlise de al)umas doutrinas ticas que proporcionaro um embasamento terico ao nossotrabalho.

    0O!+=@2 /+@C2

    Para 'acilitar o estudo das doutrinas ticas, ou teorias acerca da moral, pre'erimos di*idi3las nosse)uintes se)mentos, correlacionados historicamente tica )re)a, tica crist medie*al, tica

    moderna e tica contemporAnea.

    2endo assim, *amos partir do princ5pio que a histria da tica te*e sua ori)em, pelo menos sob

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    o ponto de *ista 'ormal, na anti)uidade )re)a, atra*s de ristteles #YI 3 :: a.C.% e suasideias sobre a tica e as *irtudes ticas.

    a Mrcia porm, mesmo antes de ristteles, " poss5*el identi'icar traos de uma aborda)emcom base 'ilos'ica para os problemas morais e at entre os 'ilso'os conhecidos como pr3socrticos encontramos re'lex1es de carter tico, quando busca*am entender as ra-1es do

    comportamento humano.

    2crates #ITR3GG a.C.% considerou o problema tico indi*idual como o problema 'ilos'icocentral e a tica como sendo a disciplina em torno da qual de*eriam )irar todas as re'lex1es

    'ilos'icas. Para ele nin)um pratica *oluntariamente o mal. 2omente o i)norante no *irtuoso, ou se"a, s a)e mal, quem desconhece o bem, pois todo homem quando 'ica sabendo o

    que bem, reconhece3o racionalmente como tal e necessariamente passa a pratic3lo. opraticar o bem, o homem sente3se dono de si e consequentemente 'eli-.

    *irtude seria o conhecimento das causas e dos 'ins das a1es 'undadas em *alores moraisidenti'icados pela inteli)$ncia e que impelem o homem a a)ir *irtuosamente em direo ao bem.

    Plato #I:T3IT a.C.% ao examinar a ideia do >em a lu- da sua teoria das ideias, subordinou suatica meta'5sica. 2ua meta'5sica era a do dualismo entre o mundo sens5*el e o mundo dasideias permanentes, eternas, per'eitas e imut*eis, que constitu5am a *erdadeira realidade e

    tendo como cume a ideia do >em, di*indade, art5'ice ou demiur)o do mundo.

    Para Plato a alma 3 princ5pio que anima ou mo*e o homem 3 se di*ide em tr$s partes ra-o,*ontade #ou Animo% e apetite #ou dese"os%. s *irtudes so 'uno desta alma, as quais sodeterminadas pela nature-a da alma e pela di*iso de suas partes. a *erdade ele esta*a

    propondo uma tica das *irtudes, que seriam 'uno da alma.

    Pela ra-o, 'aculdade superior e caracter5stica do homem, a alma se ele*aria mediante a

    contemplao ao mundo das ideias. 2eu 'im &ltimo puri'icar ou libertar3se da matria paracontemplar o que realmente e, acima de tudo, a ideia do >em.

    Para alcanar a puri'icao necessrio praticar as *rias *irtudes que cada parte da almapossui. Para Plato cada parte da alma possui um ideal ou uma *irtude que de*em ser

    desen*ol*idos para seu 'uncionamento per'eito. ra-o de*e aspirar sabedoria, a *ontadede*e aspirar cora)em e os dese"os de*em ser controlados para atin)ir a temperana.

    Cada uma das partes da alma, com suas respecti*as *irtudes, esta*a relacionada com uma partedo corpo. ra-o se mani'esta na cabea, a *ontade no peito e o dese"o baixo3*entre. 2omente

    quando as tr$s partes do homem puderem a)ir como um todo que temos o indi*5duoharm(nico.

    harmonia entre essas *irtudes constitu5a uma quarta *irtude a "ustia.

    Plato de certa 'orma criou uma 7peda)o)ia7 para o desen*ol*imento das *irtudes. a escola ascrianas primeiramente t$m de aprender a controlar seus dese"os desen*ol*endo a temperana,

    depois incrementar a cora)em para, por 'im, atin)ir a sabedoria.

    tica de Plato est relacionada intimamente com sua 'iloso'ia pol5tica, porque para ele, apolis #cidade estado% o terreno prprio para a *ida moral. ssim ele buscou um estado ideal,um estado3modelo, utpico, que era constitu5do exatamente como o ser humano. ssim, como o

    corpo possui cabea, peito e baixo3*entre, tambm o estado de*eria possuir, respecti*amente,)o*ernantes, sentinelas e trabalhadores. O bom estado sempre diri)ido pela ra-o.

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    / curioso notar que, no 8stado de Plato, os trabalhadores ocupam o lu)ar mais baixo em suahierarquia. +al*e- isto tenha li)ao com a *iso depreciati*a que os )re)os anti)os tinhamsobre esta ati*idade.

    tica plat(nica exerceu )rande in'lu$ncia no pensamento reli)ioso e moral do ocidente, comoteremos oportunidade de *er mais adiante.

    ristteles #YI3:: a.C.%, no s or)ani-ou a tica como disciplina 'ilos'ica mas, alm disso,'ormulou a maior parte dos problemas que mais tarde iriam se ocupar os 'ilso'os moraisrelao entre as normas e os bens, entre a tica indi*idual e a social, rela1es entre a *ida tericae prtica, classi'icao das *irtudes, etc. 2ua conceo tica pri*ile)ia as *irtudes #"ustia,caridade e )enerosidade%, tidas como propensas tanto a pro*ocar um sentimento de reali-aopessoal quele que a)e quanto simultaneamente bene'iciar a sociedade em que *i*e. ticaaristotlica busca *alori-ar a harmonia entre a moralidade e a nature-a humana, concebendo ahumanidade como parte da ordem natural do mundo, sendo portanto uma tica conhecida comonaturalista.

    2e)undo ristteles, toda a ati*idade humana, em qualquer campo, tende a um 'im que , porsua *e- um bem o >em 2upremo ou 2umo >em, que seria resultado do exerc5cio per'eito dara-o, 'uno prpria do homem. ssim sendo, o homem *irtuoso aquele capa- de deliberar eescolher o que mais adequado para si e para os outros, mo*ido por uma sabedoria prtica embusca do equil5brio entre o excesso e a de'ici$ncia

    excel$ncia moral, ento, uma disposio da alma relacionada com a escolha de a1es eemo1es, disposio esta consistente num meio3termo #o meio termo relati*o a ns%determinado pela ra-o #a ra-o )raas qual um homem dotado de discernimento odeterminaria%. +rata3se de um estado intermedirio, porque nas *rias 'ormas de de'ici$nciamoral h 'alta ou excesso do que con*eniente tanto nas emo1es quanto nas a1es, enquanto a

    excel$ncia moral encontra e pre'ere o meio3termo. ?o)o, a respeito do que ela , ou se"a, ade'inio que expressa a sua ess$ncia, a excel$ncia moral um meio3termo, mas com re'er$nciaao que melhor e con'orme ao bem ela um extremo. #=@2+U+8?82, FGG:, p.I:%

    8 procede exempli'icado

    8m relao ao meio termo, em al)uns casos a 'alta e em outros o excesso que est maisa'astadoH por exemplo, no temeridade, que o excesso, mas a co*ardia, que a 'alta, que mais oposta cora)em, e no a insensibilidade, que uma 'alta, mas a concupisc$ncia, que um excesso, que mais oposta moderao. @sto ocorre por duas ra-1esH uma delas tem ori)emna prpria coisa, pois por estar um extremo mais prximo ao meio termo e ser mais parecidocom ele opomos ao intermedirio no o extremo, mas seu contrrio. Por exemplo, como se

    considera a temeridade mais parecida com a cora)em, e a co*ardia mais di'erente, opomos esta&ltima cora)em, pois as coisas mais a'astadas do meio3termo so tidas como mais contrrias aeleH a outra ra-o tem ori)em em ns mesmos, pois as coisas para as quais nos inclinamos maisnaturalmente parecem mais contrrio ao meio termo. Por exemplo, tendemos mais naturalmentepara os pra-eres, e por isso somos le*ados mais 'acilmente para a concupisc$ncia do que para amoderao. Chamamos portanto contrrio ao meio termo as coisas para as quais nos sentimosmais inclinadosH lo)o, a concupisc$ncia, que um excesso mais contrria moderao. #ibid,p.IQ%

    0a5 ser di'5cil, se)undo ristteles, ser bom na medida em que o meio3termo no 'acilmenteencontrado 7Por isso a bondade tanto rara quanto nobre e lou**el7.

    /tica de ristteles 3 assim como a de Plato 3 est unida sua 'iloso'ia pol5tica, " que paraele a comunidade social e pol5tica o meio necessrio para o exerc5cio da moral. 2omente nela

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    pode reali-ar3se o ideal da *ida terica na qual se baseia a 'elicidade. O homem moral s pode*i*er na cidade e portanto um animal pol5tico, ou se"a social. penas deuses e animaissel*a)ens no tem necessidade da comunidade pol5tica para *i*er. O homem de*enecessariamente *i*er em sociedade e no pode le*ar uma *ida moral como indi*5duo isolado esim no seio de uma comunidade.

    O estoicismo e o epicurismo sur)em no processo de decad$ncia e de ru5na do anti)o mundo)reco3romano.

    Para 8picuro #IF3:TR a.C% o pra-er um bem e como tal o ob"eti*o de uma *ida 'eli-. 8sta*alanada ento a ideia de hedonismo que uma conceo tica que assume o pra-er comoprinc5pio e 'undamento da *ida moral. 4as, existem muitos pra-eres, e nem todos soi)ualmente bons. / preciso escolher entre eles os mais duradouros e est*eis, para isso necessrio a posse de uma *irtude sem a qual imposs5*el a escolha. 8ssa *irtude a prud$ncia,atra*s da qual podemos selecionar aqueles pra-eres que no nos tra-em a dor ou perturba1es.Os melhores pra-eres no so os corporais 3 'u)a-es e imediatos 3 mas os espirituais, porquecontribuem para a pa- da alma.

    Para os estoicos #por exemplo, Eeno, 2$neca e 4arco urlio% o homem 'eli- quando aceitaseu destino com imperturbabilidade e resi)nao. O uni*erso um todo ordenado e harmoniosoonde os sucessos resultam do cumprimento da lei natural racional e per'eita. O bem supremo *i*er de acordo com a nature-a, aceitar a ordem uni*ersal compreendida pela ra-o, sem sedeixar le*ar por paix1es, a'etos interiores ou pelas coisas exteriores. O homem *irtuoso aqueleque en'renta seus dese"os com moderao aceitando seu destino. O estoico um cidado docosmo no mais da polis.

    O Cristianismo se ele*a sobre o que restou do mundo )reco3romano e no sculo @9 torna3se areli)io o'icial de =oma. Com o 'im do 7mundo anti)o7 o re)ime de ser*ido substitui o daescra*ido e sobre estas bases se constri a sociedade 'eudal, extremamente estrati'icada e

    hierarqui-ada. essa sociedade 'ra)mentada econ(mica e politicamente, *erdadeiro mosaico de'eudos, a reli)io )arantia uma certa unidade social.

    Por este moti*o a pol5tica 'ica dependente dela e a @)re"a Catlica passa a exercer, alm depoder espiritual, o poder temporal e a monopoli-ar tambm a *ida intelectual.

    8*identemente a tica 'ica su"eita a este conte&do reli)ioso.

    Os 'ilso'os cristos ti*eram uma dupla atitude diante da tica. bsor*eram o tico no reli)ioso,edi'icando um tipo de tica que ho"e chamamos de +enomo, que 'undamenta em 0eus osprinc5pios da moral. 0eus, criador do mundo e do homem, concebido como um ser pessoal,bom, onisciente e todo3poderoso. O homem, como criatura de 0eus, tem seu 'im &ltimo ele,

    que o seu bem mais alto e *alor supremo. 0eus exi)e a sua obedi$ncia e a su"eio a seusmandamentos, que neste mundo t$m o carter de imperati*os supremos.

    um outro sentido tambm apro*eitaram muitas das ideias da tica )re)a 3 principalmenteplat(nicas e estoicas 3 de tal modo que partes dessa tica, como a doutrina das *irtudes e suaclassi'icao inseriram3se quase na sua totalidade na tica crist.

    8*identemente, enquanto certas normas ticas eram assimiladas, outras, por suaincompatibilidade com os ensinamentos cristos eram re"eitados. "usti'icati*a do suic5dio, porexemplo, 'oi amplamente re"eitada pelos 'ilso'os cristos.

    tica crist uma tica subordinada reli)io num contexto em que a 'iloso'ia 7ser*a7 dateolo)ia. +emos ento uma tica limitada por parAmetros reli)iosos e do)mticos.

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    / uma tica que tende a re)ular o comportamento dos homens com *istas a um outro mundo #oreino de 0eus%, colocando o seu 'im ou *alor supremo 'ora do homem, na di*indade.

    / curioso notar que ao pretender ele*ar o homem de uma ordem natural para outratranscendental e sobrenatural, onde possa *i*er um *ida plena e 'eli-, li*re das desi)ualdades ein"ustias do mundo terreno, ela introdu- uma ideia *erdadeiramente ino*adora, ou se"a, todosseriam i)uais diante de 0eus e so chamados a alcanar a per'eio e a "ustia num mundosobrenatural, o reino dos Cus.

    8m sua )$nese essa tica tambm absor*e muito do que Plato e ristteles desen*ol*eram.Pode3se at di-er que seus dois maiores 'ilso'os, 2anto )ostinho #;I3IR% e 2o +oms dequino #F::Q3F:TI% re'letem, prospecti*amente, ideias de Plato e ristteles.

    puri'icao da alma, em Plato, e sua ascenso libertadora at ele*ar3se ao mundo das ideiastem correspond$ncia na ele*ao asctica at 0eus exposta por 2anto )ostinho.

    tica de +oms de quino tem muitos pontos de coincid$ncia com ristteles e como aquela

    busca atra*s de contemplao e de conhecimento alcanar o 'im &ltimo, que para ele era 0eus. histria da tica complica3se a partir do =enascimento 8uropeu e podemos chamar de ticamoderna s di*ersas tend$ncias que pre*aleceram desde o sculo Z9@ at o in5cio do sculoZ@Z.

    o 'cil sistemati-ar as di*ersas doutrinas ticas que sur)iram neste per5odo, tamanha suadi*ersidade, mas podemos encontrar, tal*e- como reao tica crist desc$ntrica e teol)icauma tend$ncia antropoc$ntrica.

    8*identemente essa mudana de ponto de *ista no aconteceu ao acaso. Be-3se necessrio umentendimento sobre as mudanas que o mundo so'reu, nas es'eras econ(mica, pol5tica e

    cient5'ica para entendermos todo o processo.

    'orma de or)ani-ao social que sucedeu 'eudal, tra- em sua estrutura mudanas em todasas ordens.

    economia, por exemplo, *iu crescer de 'orma muito intensa o relacionamento de suas 'orasproduti*as com o desen*ol*imento cient5'ico que comeara a 'undamentar a ci$ncia moderna 3so dessa poca os trabalhos de Malileu e e[ton 3 e desse relacionamento se desen*ol*em asrela1es capitalistas de produo.

    8ssa no*a 'orma de produo 'ortalece uma no*a classe social 3 a bur)uesia 3 que luta para seimpor pol5tica e economicamente. / uma poca de )randes re*olu1es pol5ticas #

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    Cesar >or)ia era tido como cruelH entretanto, essa sua crueldade ha*ia posto ordem na=omanha, promo*ido a sua unio e a sua paci'icao e inspirando con'iana, o que, bemconsiderado, mostra ter sido ele muito mais piedoso do que os 'lorentinos, os quais, paraesqui*arem da reputao de cruis deixaram que Pistia 'osse destru5da. 0e*e um pr5ncipe,portanto, no se importar com a reputao de cruel, a 'im de poder manter os seus s&ditos empa- e con'iantes, pois que, com pouqu5ssimas repress1es, ser mais piedoso do que aqueles que,por muito clementes, permitem as desordens das quais resultem assass5nios e rapina)ens. 8stasatin)em a comunidade inteira, enquanto os casti)os impostos pelo pr5ncipe atin)em poucos.#4D!@98?, sd, p.FRT%

    a *erdade o que estamos presenciando uma extraordinria su)esto para a aplicao deno*os *alores. obra de 4aquia*el in'luenciar, como *eremos mais tarde, outros pensadoresmodernos como o in)l$s +homas aruch de 8spinosa, extremamente realistas no quese re'ere tica.

    O homem recupera ento seu *alor pessoal e passa a ser *isto como dotado de ra-o e a'irma3seem todos os campos, da ci$ncia s artes. 0escartes #F;GQ3FQ;R% esboa com muita clare-a esta

    tend$ncia de basear a 'iloso'ia no homem, que passa a ser o centro de tudo, da pol5tica, da arte, etambm da moral. 9emos ento o aparecimento de uma tica antropoc$ntrica.

    Como se *$, a /. dos secs Z9@@ e Z9@@@ mani'esta um alto )rau de uni'ormidade no s ela uma doutrina do m*el mas tambm a sua oscilao entre a 7tend$ncia a conser*ao7 e a7tend$ncia ao pra-er7 como base da moral no implica uma di'erena radical, " que o prpriopra-er no seno o 5ndice e moti*o de uma situao 'a*or*el conser*ao.#>>MO, sd, p.QI%

    +homas

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    *erdadeiro como o todo ser maior que a sua parte. #82P@O2, FGT, p.:II%.

    Sonh ?oc\e #FQ:3FTRI% atrela a tend$ncia conser*ao e satis'ao uma conceo de7'elicidade p&blica7. 0i-ia ?oc\e

    Como 0eus estabeleceu um liame indissol&*el entre a *irtude e a 'elicidade p&blica, e tornou aprtica da *irtude necessria conser*ao da sociedade humana e *isi*elmente *anta"osa paratodos os que precisam tratar com as pessoas de bem, nin)um se de*e mara*ilhar se cada umno s apro*ar essas re)ras, mas i)ualmente recomend3las aos outros, estando persuadido deque, se as obser*arem, lhe ad*iro *anta)ens a ele prprio. #8nsaio, @, :, Q%

    0a*id

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    uni*ersali-ado ou no. 2e no posso querer a uni*ersali-ao da tortura, tambm no possoaceit3la no aqui e a)ora.

    Briedrich

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    !ma outra *iso nos apresentada no pensamento de iet-sche #FYII3FGRR%, que um cr5tico*eemente e morda- a toda moral existente, se"a ela a moral socrtica, a "udaico3cristo ou amoral bur)uesa.

    ecessitamos uma cr5tica dos *alores morais, e antes de tudo de*e discutir3se o *alor desses*alores, e por isso de toda a necessidade conhecer as condi1es e os meios ambientes em quenasceram, em que se desen*ol*eram e de'ormaram #a moral como consequ$ncia, mscara,hipocrisia, en'ermidade ou equ5*oco, e tambm a moral como causa, remdio, estimulante, 'reioou *eneno% conhecimento tal que nunca te*e outro semelhante nem poss5*el que o tenha. 8raum *erdadeiro postulado o *alor desses *alores atribui3se ao bem um *alor superior ao *alor domal, ao *alor do pro)resso, da utilidade, do desen*ol*imento humano. 8 por que6 o poderiaha*er no homem 7bom7 um sintoma de retrocesso, um peri)o, uma seduo, um *eneno, umsacri'5cio do presente a expensas do 'uturo6 !ma *ida mais a)rad*el, mais ino'ensi*a, mastambm mais mesquinha, mais baixa6... 0e tal modo que 'osse culpa da moral o no terche)ado o tipo homem ao mais alto )rau do poder e do esplendor6 8 de modo que entre todos osperi)os 'osse a moral o peri)o por excel$ncia6... #@8+E2C

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    $xito.

    0essa 'orma os *alores, princ5pios e normas perdem seu conte&do ob"eti*o e o bem passa a seraquilo que a"uda o homem em suas ati*idades prticas, *ariando con'orme cada situao.

    O pra)matismo pode bem ser o re'lexo do pro)resso cient5'ico e tecnol)ico alcanado pelos8stados !nidos no apo)eu de sua 'ase capitalista onde o 7esp5rito de empresa7, o 7american [a^o' li'e7, criaram solo 'rtil para a mercantili-ao das *rias ati*idades humanas.

    8xiste um )rande peri)o embutido no pra)matismo, que a reduo do comportamento moral aatos que condu-am apenas ao $xito pessoal trans'ormando3o numa *ariante utilitarista marcadaapenas pelo e)o5smo, re"eitando a exist$ncia de *alores ou normas ob"eti*as.

    !ma distoro muito comum em nossa sociedade capitalista a busca da *anta)em particular,onde o bom o que a"uda meu pro)resso e o meu sucesso particular.

    o podemos se)uir adiante, sem comentarmos a obra do 'ilso'o 'ranc$s er)son #FY;G3

    FGIF%. >er)son distin)uiu uma moral 'echada e uma moral aberta. 'echada o con"unto doque permitido e do que proibido para os indi*5duos de uma sociedade, tendo em *ista aautoconser*ao da mesma. 8la imposta aos indi*5duos e tem como 'inalidade tornar a *idaem comum poss5*el e &til a todos. 78la corresponde no mundo humano ao que instinto emcertas sociedades animais, isto , tende ao 'im de conser*ar as prprias sociedades.7

    0o outro lado encontramos a moral aberta, nascida de um impulso criador supra3racional. / amoral do amor, da liberdade e da humanidade uni*ersal, que resulta de uma emoo criadora.8nquanto tal, torna poss5*el a criao de no*os *alores e de no*as condutas em substituioquelas *i)entes se)undo a moral 'echada.

    / a moral dos pro'etas, dos ino*adores, dos m5sticos, dos sbios e dos santos. Mraas sempre a

    eles, 'oi, e poss5*el, a instaurao de uma no*a tica em 'ace da moral *i)ente.

    a 'iloso'ia contemporAnea, os princ5pios do liberalismo in'luenciaram bastante o conceito detica, que )anha 'ortes traos de moral utilitarista. Os indi*5duos de*em buscar a 'elicidade e,para isso, 'a-er as melhores escolhas entre as alternati*as existentes. Para o 'ilso'o in)l$s>ertrand =ussel #FYT:3FGTR% a tica sub"eti*a. o contm a'irma1es *erdadeiras ou 'alsas./ a expresso dos dese"os de um )rupo. 4as =ussel di- que o homem de*e reprimir certosdese"os e re'orar outros, se pretende atin)ir a 'elicidade ou o equil5brio.

    Para 'inali-ar esse cap5tulo, consideramos ser de )rande importAncia uma anlise dos trabalhosde

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    rela1es assimtricas e impediu uma interao plena entre as pessoas.

    proposta de

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    Esttica

    esttica uma disciplina que tra- em sua ori)em a discusso do dualismo. =a-o ou

    sensibilidade6 o ser consolidada no sculo Z9@@@, quando 'oi considerada Ci$ncia e Biloso'iada arte, circunscre*eu um espao terico e epistemol)ico. 4arc Simene-, um esteta 'ranc$scontemporAneo, ar)umenta. 'undao da esttica como disciplina aut(noma si)ni'ica que odom5nio da sensibilidade torna3se ob"eto de re'lexo e obtm direito de cidadaniaH a intuio e asensibilidade no so mais as _mestras do erro e da 'alsidade`.

    inda assim, a sensibilidade liberada e reabilitada, mas permanece sob o controle da ra-o,&nica 'aculdade que d acesso a um conhecimento puro, pois ainda predomina o que podemoschamar de ideal da =a-o. in*eno da esttica no sculo Z9@@@ absolutamente no se op1e aoa*ano do racionalismo. 8 ainda mais apesar da exploso romAntica do sc. Z@Z, que

    concreti-a a ento recente insurreio contra as lu-es e a ra-o, o racionalismo se)ue com opro)resso tecnol)ico.

    +rata3se, ento, para a esttica, de conciliar o dualismo 'undamental do homem constitu5do denature-a e de cultura.

    !ma histria da esttica J...L conta a histria da sensibilidade, do ima)inrio e dos discursos queprocuraram *alori-ar o conhecimento sens5*el dito in'erior, como contraponto ao pri*il)ioconcedido, na ci*ili-ao ocidental, ao conhecimento racional #S@488E, :RRR, p.:;%.

    8ssa tambm a busca da 'enomenolo)ia. 8, em certo sentido, a da Mestalt3+erapia, umapsicoterapia da totalidade.

    +enho buscado a arte e a esttica para dialo)ar. 4inha escolha tem sido trabalhar com a esttica'enomenol)ica de 4i\el 0u'renne, um 'ilso'o contemporAneo 'ranc$s, in'luenciado por2artre e 4erleau3Pont^. ssim, se coloca para ns, que trabalhamos na perspecti*a'enomenol)ica, uma identidade que 'unciona como ponto de partida.

    2ua obra marcante a _Benomenolo)ia da experi$ncia esttica`, que se re'ere experi$nciaesttica do espectador. ela, apresenta a distino entre obra de arte e ob"eto estticoH a obra dearte, por meio da perceo esttica, se torna ob"eto esttico. o descre*er o ob"eto esttico, o

    'ilso'o aponta tr$s n5*eis presena onde salienta o tratamento dado ao papel desempenhadopelo corpo na perceo, clara in'lu$ncia de 4erleau3Pont^ 3, representao e sentimento#B@M!=8??@ apud 0!B=88, :RRI, p.FF%.

    Partindo do pensamento de 4i\el 0u'renne, poder5amos sinteti-ar a ideia de experi$nciaesttica como o ato de o su"eito exprimir o ob"eto tornado esttico para si, buscando recri3lo esitu3lo num plano de sentido que para a consci$ncia.

    Percebe3se aqui a intencionalidade que li)a su"eito e ob"eto e isto aponta para o que )ostaria dedestacar aqui a di'erena radical, nesse processo de experi$ncia, do que se chama uma leitura

    meramente intelectual. a leitura meramente intelectual, h um distanciamento do su"eito e doob"eto e, como tal, o ob"eto redu-ido a al)uma coisa pens*el ou manipul*el. a experi$ncia

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    esttica, h a inau)urao de uma intimidade entre os polos ob"eti*o e sub"eti*o, permitindo,assim, a reduo da distAncia entre eles #O?@98@=, :RRI%. 8la 'undada na perceoprimordial, pr3re'lexi*a.

    perceo esttica , de 'ato, a perceo real, aquela que s quer ser perceo, sem se deixar

    sedu-ir pela ima)inao, que con*ida a *a)uear em torno do ob"eto presente, ou pelo intelectoque, para dominar o ob"eto, procura redu-i3lo a determina1es conceituaisH enquanto a perceoordinria sempre tentada pela inteleco desde que tem acesso representao procura uma*erdade sobre o ob"eto #0!B=88, :RRI, p. YR%.

    Ami$ade% amor

    ami-ade e o amor constituem as rela1es maiores e mais reali-adores que o ser humano,homem e mulher, pode experimentar e des'rutar. 4esmo o m5stico mais ardente s conse)ueuma 'uso com a di*indade atra*s do caminho do amor. o di-er de 2o Soo da Cru-, trata3se

    da experi$ncia da amada#a alma% no mado trans'ormada`.

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    de um ao outro. experi$ncia do amor ser*iu de base para entendermos a nature-a de 0eus 8le amor essencial e incondicional.

    4as o amor so-inho no basta. Por isso 2o Paulo em seu 'amoso hino ao amor, elenca osaclitos do amor sem os quais ele no conse)ue subsistir e irradiar. O amor tem que ser

    paciente, beni)no, no ser ciumento, nem )abar3se, nem ensoberbecer3se, no procurar seusinteresses, no se ressentir do malo amor tudo so're, tudo cr$, tudo espera e tudo suportaoamor nunca se acaba#FCor F, I3T%. Cuidar destes acompanhantes do amor 'ornecer o h&musnecessrio para que o amor se"a sempre *i*o e no morra pela indi'erena. O que se op1e aoamor no o dio mas a indi'erena.

    Duanto mais al)um capa- de uma entre)a total, maior e mais 'orte o amor. +al entre)asup1e extrema cora)em, uma experi$ncia de morte pois no retm nada para si e mer)ulhatotalmente no outro. O homem possui especial di'iculdade para esta atitude extrema, tal*e- pelaherana de machismo, patriarcalismo e racionalismo de sculos que carre)a dentro de si e que

    lhe limita a capacidade desta con'iana extrema.

    mulher mais radical *ai at o extremo da entre)a no amor, sem resto e sem reteno. Porisso seu amor mais pleno e reali-ador e, quando se 'rustra, a *ida re*ela contornos de tra)diae de um *a-io abissal.

    O se)redo maior para cuidar do amor reside no sin)elo cuidado da ternura. ternura *i*e de)entile-a, de pequenos )estos que re*elam o carinho, de sacramentos tan)5*eis, como recolheruma concha na praia e le*3la pessoa amada e di-er3lhe que, naquele momento, pensoucarinhosamente nela.

    +ais _banalidades` tem um peso maior que a mais preciosa "oia. ssim como uma estrela nobrilha sem uma atmos'era ao seu redor, da mesma 'orma, o amor no *i*e sem uma aura deenternecimento, de a'eto e de cuidado.

    mor e cuidado 'ormam um casal insepar*el. 2e hou*er um di*rcio entre eles, ou um ououtro morre de solido. O amor e o cuidado constituem uma arte. +udo o que cuidamos tambmamamos. 8 tudo o que amamos tambm cuidamos.

    +udo o que *i*e tem que ser alimentado e sustentado. O mesmo *ale para o amor e para ocuidado. O amor e o cuidado se alimentam da a'etuosa preocupao de um para com o outro.

    dor e a ale)ria de um a ale)ria e a dor do outro.

    Para 'ortalecer a 'ra)ilidade natural do amor precisamos de l)um maior, sua*e e amoroso, aquem sempre podemos in*ocar. 0a5 a importAncia dos que se amam, de reser*arem al)umtempo de abertura e de comunho com esse 4aior, cu"a nature-a de amor, aquele amor, quese)undo 0ante li)nieri da 0i*ina Comdia _mo*e o cu e as outras estrelas` e nsacrescentamos que como*e os nossos cora1es.

    Religio

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    / da experi$ncia reli)iosa que nasce a '. 0esta 'orma a reli)io impre)na a todas as 'ormas de

    *ida, principalmente, naquela que tan)e a espiritualidade. 8 neste contexto, o homem reli)iosoacredita que 0eus o criou e, portanto, sua ori)em pro*m de uma di*indade.

    O sobrenatural e o di*ino esto relacionados ao ser reli)ioso, neles o homem busca respostas esolu1es para seus problemas existenciais. Por isso a reli)io tem uma dimenso di*ina, tica ereli)iosa, captada muito bem por rnold +o^nbee, ao di-er que _ reli)io era a presena nomundo de al)o espiritual maior do que o prprio ser humano`. 8 isso nos 'a- entender eacreditar, se)undo

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    porm com um &nico ob"eti*o responder aos anseios e pobre-as humanas. /, tambm, aquelaque d ao homem a capacidade de sair de seu antropocentrismo, ceticismo, ou racionalismomrbido, para uma *ida de experi$ncias de ', de amor, de a'eti*idade, )enerosidade edi)nidade.

    Origem e di&uso do Cristianismo

    =eli)io hebraica"udia3 monotesta

    'esus Cristo de'iniu os princ5pios bsicos do Cristianismo

    F Amar Deus e o pr()imocomo a ns prprios: +odos os homens so iguaise 'ilhos de 0eus.

    Sesus Cristo de'endia simplicidade, amor e 'raternidade e diri)ia3se a todos os seres humanos.

    Os pro'etas israelitas acredita*am que 'esus era o *essiasen*iado +erra que salvaria toda ahumanidade.

    Os che'es reli)iosos "udeus, com medo de perder in'lu$ncia condenaram+no , morte, e Cristo'oi cruci'icado. o entanto, a sua doutrina mante*e3se e os seus se)uidores uniram3se emcomunidades crists.

    A di&uso do Cristianismo

    contecimentos da *ida de Cristo e a sua doutrina #no*o testamento% -li*ros sa)rados do

    Suda5smo #*elho testamento% ./blia

    O cristianismo espalhou3se de*ido

    F 0isperso dos Sudeus pelo Oriente.: >oa rede de estradas existente. !tili-ao de duas l5n)uas entendidas por quase todo o imprio #)re)o e latim%.

    A&irma0o da nova religio

    o in5cio, o cristianismo tinha mais adeso nas classes pobres, mas depois penetrou nascamadas superiores da sociedade. 4as, por recusarem o culto do imperador e de'enderem a

    i)ualdade social, milhares de cristos &oram mortos. 2 em F, com o /dito de 4ilo, osCristos obti*eram liberdade reli)iosa e, em YR, o Cristianismo tornou3se a reli)io o'icial doimprio.

    12#3ERSO: DE4#2#56O7 OR#8E* E E3O9156O

    O que o 1niverso

    !ma poss5*el de'inio de !ni*erso que ele tudo que nos in'luenciou no passado,nos in'luencia no presente e que poder nos in'luenciar no 'uturo. @sso si)ni'ica que qualquer

    coisa que puder ser decoberto pertence ao nosso !ni*erso, pois de al)uma 'orma essa coisa nosin'luenciou. 2e existir um outro !ni*erso, ele no poder ser descoberto.

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    O !ni*erso conhecido 'ormado por )alxias, estrelas, nebulosas, planetas, satlites,cometas, asterides e radia1es. / poss5*el que ha"a, tambm, matria numa 'orma ainda nodetectada. O !ni*erso atualmente conhecido tem um raio de cerca de :R bilh1es de anos3lu-,contendo cerca de FRR bilh1es de )alxias, incluindo a ossa Malxia, tambm chamada de 9ia3?ctea. dmite3se uma idade de cerca de :R bilh1es de anos para o !ni*erso. O estudo da

    ori)em e da e*oluo do !ni*erso recebe o nome de Cosmolo)ia.

    8xistem di*ersas teorias sobre a ori)em e e*oluo do !ni*erso

    4odelo 8sttico

    4odelo 8stacionrio #ou est*el%

    4odelo 8xpansi*o

    4odelo C5clico

    *odelo Est;tico

    Princ5pio Cosmol)ico o !ni*erso tem o mesmo aspecto para qualquer obser*ador, amenos de caracter5sticas locais. o modelo esttico, admite3se que o !ni*erso te*e, tem esempre ter o mesmo aspecto, ou se"a que ele no so're nenhum tipo de e*oluo. 8sse modeloapresenta o incon*eniente de ser contraditrio com as obser*a1es, que mostram que ocorremimportantes modi'ica1es nos elementos que constituem o !ni*erso obser**el.

    *odelo Estacion;rio

    Obser*a1es mostram que o !ni*erso est em expanso. @sso contraria o modelo8sttico, pois implica na diminuio da densidade do !ni*erso. Para contornar esse problema,esse modelo de'ine o Princ5pio Cosmol)ico Per'eito o !ni*erso tem o mesmo aspecto paraqualquer obser*ador em qualquer instante, a menos de caracter5sticas locais. Para )arantir amanuteno da densidade do !ni*erso, apesar da expanso, esse modelo sup1em a )eraoespontAnea de matria. o h pro*as de que essa hiptese se"a *lida, mas tambm no h

    nada que a re'ute.

    *odelo E)pansivo

    tra*s da obser*ao das di'erenas entre as cores de lu-es que as )alxias emitem eas que ns delas recebemos, pode3se *eri'icar que as )alxias se a'astam umas das outras. aparente mudana de cor recebe o nome de deslocamento para o *ermelho, ou _redshi't`, e omo*imento de a'astamento dessas )alxias conhecido como =ecesso das Malxias. 2abendoda expanso do !ni*erso, uma no*a de'inio do Princ5pio Cosmol)ico pode ser enunciada O!ni*erso homo)$neo e isotrpico para qualquer obser*ador que participe de sua expanso. O

    astr(nomo

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    0e que o !ni*erso est em expanso parece que no se tem d&*ida. 4as, ser que essaexpanso *ai continuar no mesmo ritmo atual, diminuir o ritmo ou aumentar o ritmo6

    *odelo Cclico

    Caso a massa do !ni*erso se"a maior do que um certo *alor cr5tico, ento a )ra*idadedo !ni*erso su'icientemente )rande para 'rear, )radati*amente, a expanso e impor umprocesso de contrao ao !ni*erso. s estimati*as atuais da massa do !ni*erso do um *alorli)eiramente in'erior ao m5nimo necessrio para que o !ni*erso so'ra essa contrao,mas...K Como se determina a massa do !ni*erso6 Por amostra)em. @ma)ima3se umadeterminada re)io do espao que possa ser considerada como representati*a da densidade do!ni*erso. Calcula3se a massa dessa re)io, le*ando3se em conta as estrelas, as nebulosas e apoeira a5 existentes.

    contece que h ind5cios da exist$ncia de >uracos e)ros, que por serem de di'5cildeteco, no entram nessa estimati*a. lm disso, parece que existem neutrinos que possuemmassa. Como neutrinos so subprodutos das 'us1es nucleares que ocorrem no interior dasestrelas, de*e existir um n&mero muito )rande de neutrinos espalhados no !ni*erso. 2e isso 'or*erdade, bem pro**el que a massa do !ni*erso se"a maior que aquela que se estimaatualmente, e nesse caso poss5*el que a massa ultrapasse a massa cr5tica, 'a-endo com que o!ni*erso pare de se expandir e comece a contrair.