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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

COMO PRÁTICA EDUCATIVA: Expectativa ou Insegurança?

Autor Neuzeli Benedita Costa

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Pedagogia

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Nilo Cairo, Ensino Fundamental, Médio e

Normal

Município da escola Apucarana

Núcleo Regional de Educação Apucarana

Professor Orientador Ms Rejane Christine de Barros Palma -

Instituição de Ensino Superior UEL

Relação Interdisciplinar O trabalho com a TIC compreenderá todas as disciplinas.

Resumo

Acreditamos que as Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC), incorporadas às práticas

educacionais, proporcionam novas idéias, novas

metodologias, novos recursos e novo alcance, agregando

valores e riquezas ao diálogo pedagógico. Tendo como

princípio a qualidade do ensino, torna-se relevante

analisar o uso das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) nos contextos escolares, para apontar

caminhos de intervenção. O objetivo do estudo é

investigar o uso das TIC, como prática educativa no

processo ensino-aprendizagem, analisando as

expectativas e inseguranças dos professores na escola

pública. Para fundamentar a pesquisa, buscou-se na

literatura referências sobre a trajetória das tecnologias na

educação, o uso das tecnologias nas práticas do

cotidiano do professor e a tecnologia como mediação

pedagógica na contemporaneidade. Para o

desenvolvimento do projeto, utilizou-se a metodologia

pesquisa-ação, em que o pesquisador envolvido no

problema participa de sua solução no planejamento,

observação, ação e reflexão de forma consciente e

sistemática. Os resultados dessa pesquisa serão

elencados, após a análise da pesquisa de campo em

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confronto com a teoria aqui proposta, no primeiro

semestre de dois mil e treze. Pretendemos, nesse período,

refletir sobre um fazer docente, em que a discussão

permeia a relação entre a educação e as tecnologias da

informação e comunicação, em um ambiente de

aprendizagem. Uma educação comprometida com o

desenvolvimento e a construção do conhecimento não

pode se restringir a oferecer um só caminho, ancorado

em exposição enciclopédica, desvinculada de contextos

significativos para o aluno. As ações educativas têm que

ser redimensionadas, colocando o aluno como o centro

da aprendizagem, levando em consideração seu papel

ativo no ato de aprender.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Educação. Tecnologia. Prática Educativa.

Formato do Material Didático Artigo

Público-Alvo Professor

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AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA: Expectativa ou Insegurança? 1

Neuzeli Benedita Costa 2 Rejane Christine de Barros Palma 3

RESUMO: Acreditamos que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), incorporadas às práticas educacionais, proporcionam novas idéias, novas metodologias, novos recursos e novo alcance, agregando valores e riquezas ao diálogo pedagógico. Tendo como princípio a qualidade do ensino, torna-se relevante analisar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos contextos escolares, para apontar caminhos de intervenção. O objetivo do estudo é investigar o uso das TIC, como prática educativa no processo ensino- aprendizagem, analisando as expectativas e inseguranças dos professores na escola pública. Para fundamentar a pesquisa, buscou-se na literatura referências sobre a trajetória das tecnologias na educação, o uso das tecnologias nas práticas do cotidiano do professor e a tecnologia como mediação pedagógica na contemporaneidade. Para o desenvolvimento do projeto, utilizou-se a metodologia pesquisa-ação, em que o pesquisador envolvido no problema participa de sua solução no planejamento, observação, ação e reflexão de forma consciente e sistemática. Os resultados dessa pesquisa serão elencados, após a análise da pesquisa de campo em confronto com a teoria aqui proposta, no primeiro semestre de dois mil e treze. Pretendemos, nesse período, refletir sobre um fazer docente, em que a discussão permeia a relação entre a educação e as tecnologias da informação e comunicação, em um ambiente de aprendizagem. Uma educação comprometida com o desenvolvimento e a construção do conhecimento não pode se restringir a oferecer um só caminho, ancorado em exposição enciclopédica, desvinculada de contextos significativos para o aluno.

Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Prática Educativa.

1.Artigo produzido como pré-requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - Estado do Paraná; 2.Neuzeli Benedita Costa- Professora participante do PDE – Turma 2012/2013; 3.Rejane Christine de Barros Palma –Professora Mestre e orientadora do trabalho - UEL

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INTRODUÇÃO

Esta pesquisa busca consolidar a proposta de efetivar a Produção

Didático-Pedagógica, em cumprimento aos estudos desenvolvidos pelo PDE –

Programa de Desenvolvimento Educacional de capacitação continuada da SEED,

que é proporcionar, aos professores da rede, especialização, atualização e

aprofundamento nas questões centrais que emanam os princípios da integração

na reconstrução da prática pedagógica. Tem como objetivo dinamizar o ensino

público no Estado do Paraná, articulando as experiências profissionais aos

estudos realizados e aos conhecimentos adquiridos durante o curso. Para tanto,

faz-se necessário buscar estratégias, métodos e experiências bem sucedidas,

para fundamentar a pesquisa, cujo tema é: Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) como Prática Educativa: Expectativa ou Insegurança?

Entendemos que um novo fazer educativo acontecerá a partir da incorporação e

implementação de novas tecnologias, mas de forma adequada ao contexto das

ações educativas, em ambientes de aprendizagem.

Segundo Moran (2000), a grande tecnologia é o ser humano, a nossa

mente. As tecnologias são extensões da nossa mente, do nosso corpo. Portanto,

ela passa a incorporar nossa vida, faz parte do ser humano contemporâneo e faz

parte da educação. Nesse contexto, o cerne da questão está no humano, não

bastam às ferramentas. Para as transformações acontecerem, é preciso sujeitos

que batalhem para a concretização das mudanças, com estratégias eficazes para

alcançar bons resultados.

A educação passa, historicamente, por transformações, carregada de

expectativas e inseguranças, no que se refere aos processos e métodos nas

práticas pedagógicas. Isso se manifesta claramente na necessidade das

transformações tecnológicas da informação e da comunicação, na inclusão das

mídias no contexto educacional. Por um lado, é necessário políticas educacionais

definidas e comprometidas com a qualidade da educação, proporcionando essas

mudanças, por outro, como protagonista no processo, o professor, quebrando

paradigmas e dominando essas tecnologias para incorporá-las nas ações do dia a

dia, no contexto escolar: as expectativas antagônicas às inseguranças; as

utopias, com as realidades; as vontades, com o comodismo; os desafios, com as

incertezas, enfim, a luta constante e necessária dos professores para uma

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urgência revisão de conceitos acerca da prática pedagógica, muitas vezes

enraizados à educação tradicional e bancária.

Pretende-se romper os grandes desafios que são apresentados

cotidianamente à educação e aos professores, decorrentes das transformações

que estão ocorrendo com a globalização e a revolução científico-tecnológica.

Equipar as escolas com ferramentas tecnológicas, primando por qualidade da

educação, com autonomia no uso das mídias, com novas linguagens de

comunicação é o grande desafio político da atualidade. O que se espera é a

conexão do discurso com a realidade.

O questionamento que permeia no discurso educacional nos remete a

uma reflexão no uso da TIC no contexto escolar, como mediadora do

conhecimento. Questionamos: as tecnologias da informação e comunicação (TIC)

são utilizadas como prática educativa, no processo ensino-aprendizagem? Como

as TIC podem contribuir, nas práticas educativas, como instrumento de mediação

do conhecimento? Quais as mudanças nas práticas docentes, com o uso das TIC,

como expectativa de transformação no processo ensino-aprendizagem? O

professor domina o universo das Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC) ou é dominado pelas inseguranças? E tantos outros itens podem incorporar

a discussão, no propósito de buscar caminhos metodológicos com o uso destas

ferramentas que vislumbram a comunicação e informação no mundo

contemporâneo.

Esta pesquisa tem como objetivo Investigar o uso das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC), como prática educativa no processo-ensino

aprendizagem, analisando as expectativas e inseguranças dos professores na

escola pública de Apucarana, analisar como as TIC podem contribuir nas práticas

educativas, como instrumento de mediação do conhecimento, verificar as

mudanças nas práticas docentes com o uso das TIC, como expectativa de

transformação no processo ensino aprendizagem e identificar os motivos que (im)

possibilitam os professores no uso das TIC, como metodologia no processo.

Partindo dessa construção, buscam-se, no referencial teórico, autores que

elucidam esse tema – TIC -, como mediador no processo ensino-aprendizagem.

Dentre outros aspectos, procura-se teorizar a trajetória das tecnologias na

educação, o uso das tecnologias nas práticas do cotidiano do professor e a

tecnologia como mediação pedagógica na contemporaneidade. Nessa trajetória, a

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metodologia trabalhada é a pesquisa-ação, em que o pesquisador envolvido no

problema participa de sua solução no planejamento, observação, ação e reflexão

de forma consciente e sistemática. O pesquisador na pesquisa-ação tem como

etapa o diagnóstico: ação, reflexão e avaliação.

Diante da relevância desse tema - “As Tecnologias da Informação e

Comunicação como Prática Educativa: Expectativa ou Insegurança?” -, pretende-se

trazer para o diálogo e reflexão, ao longo de dois mil e treze, junto aos

professores da rede, no Colégio Estadual Nilo Cairo - Apucarana- PR, questões

que abordem o fazer pedagógico do professor no seu cotidiano e o uso das

tecnologias como ferramenta mediadora do conhecimento. Essa temática deverá

permanecer no discurso educacional dos professores, após o término do

programa PDE - 2012/2013, pois a mesma é infinita e não se esgota.

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Historicamente, compete à escola ensinar o saber organizado da

sociedade humana. Por muito tempo, insistimos na urgência de ampliar a escola.

Hoje, sabemos que não basta ampliá-la, mas, sim, reinventá-la, reinventando

métodos e conteúdos, embarcando no tempo histórico que vivemos, usufruindo

da pluralidade de instrumentos de comunicação e de diferentes vozes,

apropriando-nos dos avanços tecnológicos e redirecionando-os.

Acreditamos que a educação seja a chave indispensável para a inclusão

do cidadão na sociedade contemporânea. Ela possibilitará ao indivíduo apropriar-

se dos conhecimentos cientificamente acumulados, desenvolvendo seu potencial,

suas habilidades e competências.

É sabida que a educação praticamente coincide com a própria existência humana. Em outros termos, as origens da educação se confundem com as origens do próprio homem. Na medida em que determinado ser natural se destaca da natureza e é obrigado, para existir, a produzir sua própria vida é que ele se constitui propriamente enquanto homem. Em outros termos, diferentemente dos animais, que se adaptam à natureza os homens têm que fazer o contrário: eles adaptam a natureza a si. O ato de agir sobre a natureza, adaptando-a as necessidades humanas, é o que conhecemos pelo nome de trabalho. Por isso podemos dizer que o trabalho define a essência humana. Portanto o homem para continuar existindo, precisa estar continuamente produzindo sua própria existência através do trabalho, Isto faz com que a vida do homem seja determinada pelo modo como ele produz sua existência. SAVIANI (1994, p.151)

Partindo dessa concepção, entendemos que um novo fazer educativo

está em constante mutação, pois a natureza do homem é estar constantemente

produzindo, modificando, transformando-se e a educação faz parte dessas

mudanças. Para acompanhar essas transformações, um dos aspectos é

incorporar novas tecnologias de forma adequada ao contexto de nossas ações

educativas, a serem desenvolvidas e implementadas em ambientes de

aprendizagem. “O atual avanço e a disseminação das tecnologias de informação

e comunicação vêm criando novas formas de convivência, novos textos, novas

leituras, novas escritas e, sobretudo, novas maneiras de interagir no espaço

cibernético” (POVOA 2000, p.128).

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As Tecnologias da Informação e Comunicação surgem da necessidade de

comunicação, da relação do homem com o seu meio de sobrevivência, da

modificação da natureza e do próprio avanço tecnológico. Na década de 70, por

meio de áudio e vídeo; nos anos 80 e nos anos 90, com o uso de redes e

satélites, além do correio eletrônico e a Internet, e do ano 2000 até os dias de

hoje, a tecnologia não tem atingido o ápice do desenvolvimento, pois conforme

(SAVIANI 1994) “o homem para continuar existindo, precisa estar continuamente

produzindo sua própria existência, através do trabalho, isto faz com que a vida do

homem seja determinada pelo modo como ele produz sua existência”, portanto, a

tecnologia não estagnou, o homem continua inventando e reinventando.

No Brasil, a tecnologia da informação e comunicação esteve presente no

cenário educacional, desenvolvendo programas de formação e capacitação

continuada aos professores. Destacamos alguns fatos na educação brasileira:

em 1941, criou-se o Instituto Universal Brasileiro com o objetivo de

difundir os cursos profissionalizantes, na área da eletrônica, na

modalidade à distância, por correspondência;

em 1959, a criação do Movimento de Educação de Base (MEB),

escolas radiofônicas criadas no Rio Grande do Norte, em que a

preocupação básica era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da

educação de milhares de jovens e adultos, principalmente nas

regiões Norte e Nordeste do Brasil.;

em 1970, surgiu o Projeto Minerva, vinculado às instituições

Ministério da Educação, Fundação Padre Anchieta e Fundação

Padre Landell de Moura, que dava ênfase à educação de adultos.

O Projeto Minerva era transmitido em rede nacional e foi

implantado como solução em curto prazo para os problemas de

desenvolvimento econômico, social e político do país.

em 1970, influenciada pelo sucesso da Open University Britânica, a

Universidade de Brasília (UNB) desenvolveu um projeto, adquirindo

o direito de tradução e publicação dos materiais didáticos

utilizados, começando a produzir cursos próprios.

em 1971, a Associação Brasileira de Tecnologia (ABT) foi criada e,

desde então, promove, anualmente, um seminário de tecnologia

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educacional e mantém a publicação periódica da revista Tecnologia

Educacional;

em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação

Roberto Marinho lançaram o Telecurso 2º grau, com programas de

televisão e material impresso, vendido em bancas de jornal. Em

1995, foi lançado o Telecurso 2000, nos mesmos moldes.

em 1980, iniciou-se o Programa de Aperfeiçoamento do Magistério

de 1º a 3º graus à distância. Implantou-se, também, o Curso de

Especialização em Tecnologia Educacional-Tutoria à Distância;

em 1990, as demandas de formação inicial e continuada mudam

substancialmente, apontando para duas grandes tendências: de

um lado, uma reformulação radical dos currículos e métodos de

educação, no sentido da multidisciplinaridade e da aquisição de

habilidades de aprendizagem, mais do que de conhecimentos

pontuais de rápida obsolescência; de outro, a oferta de formação

continuada muito ligada aos ambientes de trabalho, numa

perspectiva de aprendizagem ao longo da vida;

em 1991, foi lançado o Programa Um Salto para o Futuro, uma

parceria do Governo Federal, das Secretarias Estaduais de

Educação e da Fundação Roquete Pinto. O referido programa,

dirigido à formação de professores, vem sendo aprimorado no

sentido de atender a demanda dos professores, em relação às

apresentações e à oferta do número de telepostos pelas

Secretarias de Estado da Educação;

em 1993, cria-se o consórcio Interuniversitário de Educação

Continuada e à Distância (BRASILEAD), formado por 54

instituições públicas de ensino superior e pela Universidade Virtual

Pública do Brasil (UniRede), composta por 62 Instituições de

Ensino Superior e Pesquisa;

em 1995, o Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato

Grosso instituiu o Núcleo de Educação Aberta e à Distância

(NEAD), desenvolvendo dois programas: O Curso de

Especialização para formação de Orientadores Acadêmicos

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(tutores) e o Curso de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1ª

a 4ª séries do 1º grau, dirigido a quase 10.000 professores

atuantes nas séries iniciais do Ensino Fundamental;

em 1995, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) montou

o Laboratório de Ensino à Distância (LED), como conseqüência de

estudos desenvolvidos desde 1984 pelo programa de Pós-

Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), o qual indicou a

EAD como ferramenta de democratização e acesso de alunos, de

empresas e instituições ao conhecimento disponível na

Universidade. A UFSC se destacou no uso de teleconferências

como instrumento em programa de capacitação e formação de

nível superior.

em 1999, o conselho Universitário aprovou e institucionalizou a EAD

– Educação à Distância na UFPR, criando o Núcleo de Educação à

Distância (NEAD), com o objetivo de formar professores que não

possuem curso superior para atuar nos anos iniciais do ensino

fundamental.

... a velocidade e a abrangência das transformações foram ainda maiores a partir da década de 50, com a revolução tecnológica e o início da era da informática. Avanços como leitura ótica dos preços dos produtos nos supermercados, pesquisadores e pessoas em geral ligados em rede de computador, banco 24 horas, tomografia computadorizada, rádio e TV via satélite, são provas de que vivemos em um mundo cada vez mais mergulhado, dependente, guiado e produzido pela tecnologia. A tecnologia está no dia a dia das pessoas. SAMPAIO (2001, p. 17)

Conforme Sampaio (2001, p. 20), a presença da Tecnologia Educacional

e a discussão mais sistematizada sobre o assunto nas instituições educacionais

foi iniciada no Brasil a partir dos anos 60. A sua utilização, naquele momento, era

fundada no tecnicismo, teoria pedagógica que, segundo Libâneo (1984, apud

Sampaio, 2001), tinha como um dos principais objetivos formar mão de obra

especializada, para atender às demandas do mercado de trabalho.

Tedesco (2004, p.45) acrescenta que, até aqui, a educação foi

basicamente uma empresa low tech: usa a palavra do professor – na proporção

de 125 a 200 palavras por minutos – durante algumas horas por dia, o lápis, o giz

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e o quadro-negro, os textos impressos e, de maneira relativamente maciça no

mundo todo, o retroprojetor. Quando às outras tecnologias que bateram às portas

da escola, “o cemitério de experimentos fracassados é extenso”. “O rádio, o

cinema e a televisão não conseguiram alterar a forma de ensinar e aprender, mas

deu lugar a variadas modalidades de educação à distância que, ali onde

conseguiram se consolidar serviram para estender a educação, especialmente

para os locais mais afastados, favorecendo grupos sociais sem acesso à escola.

No Brasil, a partir da promulgação da Lei 9.394/96, que fixa as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, a educação à distância (EAD) deixa de ser tratada

como projeto experimental ao saber de períodos momentâneos e arbitrários e

passa a ser contínuo e ininterrupto. A Tecnologia da Informação e Comunicação

na educação passa a ter novos olhares, e iniciam-se políticas de incentivo à

organização do espaço escolar e à capacitação dos professores, numa

perspectiva de mudanças na educação, para atender um novo homem, uma nova

concepção de cidadão.

Nesse contexto, observa-se que mesmo a população mais carente, que

não tem acesso a alguns dos indicativos mais básicos de qualidade de vida

(habitação, rede de esgotos, hospitais, escolas), convive, em seu dia a dia, com

equipamentos automatizados como rádio, TV, celular, caixa eletrônico,

computadores e outros. Essas pessoas, muitas vezes, não têm acesso à

educação formal, mas estão sendo capacitadas pela educação informal, via

tecnologia, não fazem uma leitura crítica das mensagens e das diversas

linguagens que a tecnologia utiliza, portanto não entendem e nem participam das

conseqüências que ela provoca. A escola, por sua vez, tem a missão de gerenciar

e decodificar essas linguagens, para formar cidadãos capazes de analisar o

mundo (mundo tecnológico) e construir opinião própria comum à consciência de

seus direitos e deveres.

Tecnologia educacional, de acordo com a UNESCO, é um modo

sistemático de conceber, aplicar e avaliar o conjunto de processos ensino-

aprendizagem, levando em conta os recursos técnicos e humanos e as interações

entre eles, como forma de obter uma educação mais efetiva.

A tecnologia é o motor que move o mundo, como também a educação,

mas o importante são as transformações que ela provoca na maneira de ensinar e

aprender e os meios que proporciona ao processo educacional. Essas mudanças

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são possíveis na prática de ensino, desde que o docente modifique seu enforque

pedagógico e que se operem mudanças substanciais na gestão escolar, na

estrutura institucional e nas relações com a comunidade.

Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC - nas práticas educativas do Professor - expectativa ou insegurança?

Apesar das mudanças que vêm ocorrendo e sendo sugeridas no âmbito

do sistema educacional brasileiro, observa-se que a sala de aula, nosso principal

ambiente de aprendizagem, ainda não tem sido eficiente para contemplar essas

necessidades. “Grande parte das ações pedagógicas nos dias atuais privilegiam o

ensino transmissivo, à custa de uma ênfase na aprendizagem mediada pelo

professor e suas escolhas de recursos educacionais... Assim, pode esperar que

as tecnologias da informação e comunicação funcionem como catalisadores de

mudança, uma vez que não basta o rápido acesso às informações continuamente

atualizadas, nem somente adotar novos métodos e estratégias de ensino e de

gestão.” (ALMEIDA, 2001. p.41)

Não basta, apenas, o professor mudar de postura e definir seus

paradigmas em relação a uma nova visão tecnológica na educação. A reflexão

coletiva sobre os Projetos Educacionais deve redimensionar e reestruturar a

educação, dando nova roupagem e nova linguagem, pois a sociedade exige a

urgência dessas mudanças. Convivemos com indivíduos rápidos e conectados e

que exigem projetos que se adaptem e respondam às mudanças sociais. Trata-

se, portanto, de proporcionar uma educação que habilite os envolvidos no

processo a adaptarem-se à sociedade do conhecimento. Refletir sobre novas

propostas pedagógicas e projetos inovadores que acompanhem a era tecnológica

não é só uma estratégia para remodelar a estrutura já existente, mas uma nova

concepção educativa que, necessariamente, deverá levar a uma reorganização

da escola e de seus processos formativos, trata-se, portanto, de uma mudança de

grande envergadura, ou seja, conceber e pôr em prática um novo modo de

ensinar e aprender a produzir educação, com projetos pedagógicos que vão além

de preparar para a vida ou para o trabalho, é a educação como forma de

aprendizagem contínua, a própria vida.

Conforme Tedesco (2004, p.11), a incorporação das novas tecnologias à

educação deverá ser considerada como parte de uma estratégia global de política

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educacional e, nesses aspectos, ele destaca: existe uma grande demanda social

para incorporar as novas tecnologias à educação; estratégias relativas às novas

tecnologias exigem alianças entre o setor público e o setor privado e estratégias

que devem considerar, de forma prioritária, os professores e suas ações.

A maioria das escolas ainda não se apropriou desse avanço e estão

presas às práticas antigas e antiquadas de ensino, que não oferecem muito

estímulo ao aprendizado. Uma grande parcela de professores, diretores e

pedagogos é quase analfabeta digital e toda essa mudança exigirá todo o

letramento digital, ou seja, que tenham certo domínio das suas ferramentas para

aplicá-las na educação e formação dos alunos.

Nesse contexto, a educação requer do professor competência e saber

como usar as mídias e envolvê-las na educação. Cada vez mais, a educação

requer iniciativa, criatividade, capacidade de trabalhar com recursos exigidos pela

sociedade em sintonia com o mundo. Interessante destacar o surgimento de

todas as tecnologias, mas é necessária, também, uma abordagem sobre as

competências e os saberes necessários para a utilização dessas ferramentas.

Isso tudo deve acontecer junto ao contínuo domínio do conhecimento, cada vez

mais diversificado e capaz de interferir na vida das pessoas.

Nosso desafio maior é caminhar para um ensino e uma educação de qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano, para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesma, no que concerne aos aspectos sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando. MORAN (2000, P.15)

O professor é a figura mais importante no processo de ensino-

aprendizagem. Além de especialista em uma área de conhecimento, o professor

precisa ter uma visão de conjunto da sociedade e, também, noção de como se

desenvolvem os processos mentais vivenciados pelo estudante. Por isso, ter o

domínio de técnicas inovadoras e fazer a atualização contínua de conhecimentos

deveria fazer parte de sua rotina de trabalho.

O professor, em um mundo em rede, é um incansável pesquisador. Um profissional que se reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade de época para se aprimorar cada vez mais. Que procura conhecer-se para definir

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seus caminhos, a cada instante. Em um momento social em que não existem regras definidas de atuação, cabe ao professor o exame crítico de si mesmo, procurando orientar seus procedimentos de acordo com seus interesses e anseios de aperfeiçoamento e melhorias de desempenho. KENSKI (2010, p. 90)

Para cumprir esse novo perfil de educação, o professor buscará sua

capacitação continuada, em uma freqüência que acompanhe as necessidades da

sua ação. Dominar os conteúdos da especificidade da sua área é tão importante

quanto dominar as formar de sociabilizar o conhecimento.

Está cada vez mais presente um deslocamento semântico básico: de trabalho para atividade docente. Na tentativa de dimensioná-lo, é importante focalizar os processos favorecedores do esvaziamento do trabalho docente, com destaque para a relação entre a produção de conhecimentos e ensino. GERALDI (apud Barreto 2002, p. 107)

Nessa perspectiva, muda-se o perfil do professor em relação ao que é

exigido: a formação e suas competências, compromisso com o ensinar e o

aprender, promover situações significativas de aprendizagem, mediar conteúdos e

recursos, enxergar o conhecimento de forma não fragmentada, saber trabalhar

com as mídias e tecnologias na produção do conhecimento, ter conhecimento

teórico sobre grandes áreas do saber, estar aberto ao novo, com competência, e

ser o elo de comunicação na educação.

A ética do professor ao incorporar em suas práticas as mídias e

tecnologias é outro fator importante nessa relação de competências e saberes,

deve-se mediar esses recursos didáticos aos conteúdos sem fragilizar a qualidade

do ensino, desenvolver uma nova proposta pedagógica com ações reflexivas

sobre sua própria prática, compartilhar suas experiências, participar de programas

de formação continuada, por meio de ambientes virtuais que privilegiem as

interações, a articulação entre a ação e a reflexão, a prática e a teoria,

contemplando o contexto escolar. Reestruturar o papel de educador inovador tem

um único objetivo: criar condições que favoreçam o processo de construção do

conhecimento dos alunos.

O professor, para ser o mediador, com as novas tecnologias, deverá ter

características voltadas para a aprendizagem do aluno, aceitando que o aprendiz

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é o centro desse processo e que, em função dele e de seu desenvolvimento,

precisará definir o planejamento, as ações e a avaliação com co-responsabilidade

e parceria entre o professor e os alunos.

Barreto (2002) nos remete a uma reflexão sobre o papel e o perfil do

professor mediador das tecnologias em educação, a sua importância e suas

responsabilidades perante o processo de modernização do ensino e a difusão dos

avanços tecnológicos nas escolas, levando-se em conta que muitos professores

têm na sua formação conceitos impregnados de autoritarismo, dominação e

submissão no seu trabalho docente, dificultando o rompimento dos preconceitos e

paradigmas.

...as estratégias devem considerar, de forma prioritária, os professores. Os estudos realizados a esse respeito mostram que, embora a maioria dos professores manifeste atitudes favoráveis à utilização das novas tecnologias, existem aspectos culturais que merecem atenção. As novas tecnológicas modificam aspectos culturais. As novas tecnologias modificam significativamente o papel do professor no processo de aprendizagem e as pesquisas disponíveis não indicam caminhos claros para enfrentar o desafio da formação e do desempenho docente nesse novo contexto. TEDESCO (2004, p.11)

O professor ainda tem que descobrir um novo contexto educacional e isso

implica no uso de situações que venham desequilibrar suas estruturas e sua

maneira de pensar sobre a educação. Nada acontece se não partir da vontade, do

interesse, da disponibilidade, do comprometimento e da competência do

educador. Por isso, o primeiro passo para integrar as mídias na escola como

recurso do seu cotidiano, numa perspectiva de mudança pedagógica, com novas

linguagens e novas estratégias de comunicação, seria, ainda, a postura do

educador no seu dia a dia. Essas mudanças perpassam por impactos sobre as

formas de ser, de pensar, de agir e de sentir das pessoas envolvidas no cenário

produtivo educacional.

Nesse contexto, a atual configuração demanda um novo conhecimento de

pedagogia, de gestão escolar e, sobretudo, um novo conceito de ensinar e

aprender, no qual as novas tecnologias e linguagens assumam um papel definido

e o educador seja a peça fundamental para a transformação.

Conforme Kenski (2010, p. 88), em um mundo que muda rapidamente, o

professor deve auxiliar seus alunos a analisar criticamente as situações

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complexas e inesperadas informadas pelas mídias, a desenvolver suas

criatividades, a utilizar outros tipos de racionalidades, a desenvolver a imaginação

criadora, a sensibilidade táctil, visual e auditiva, entre outras. O respeito às

diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos que o professor

deve trabalhar com seus alunos.

Transformar a prática profissional docente é uma tarefa difícil, e toma tempo. A experiência em atualização de professores no uso de novas tecnológicas demonstra que um ou dois cursos não são suficientes. Com efeito, os professores levam de três a quatro anos para desenvolver os conhecimentos necessários para integrar, de maneira proveitosa, as tecnologias as suas tarefas docentes, especialmente quando não têm acesso contínuo à prática. TEDESCO (2004, p. 106)

Para Almeida (2003, p. 115), o educador terá a oportunidade de identificar

e analisar as problemáticas envolvidas em sua atuação na escola, no sistema

educacional e na sociedade. Poderá, ainda, participar de comunidades que

buscam encontrar alternativas para superar, ou melhor, compreender tais

problemáticas com base em novos paradigmas e metodologias que lhe permitam

identificar contribuições das TIC para transformar o seu fazer profissional e o seu

contexto de atuação, ou seja, na prática do professor, o que constitui um avanço

em termos de formação continuada, porém ainda se encontra em estágio

embrionário nas políticas públicas.

...estamos acostumados e sentimo-nos seguros com nosso papel tradicional de comunicar ou transmitir algo que conhecemos muito bem. Sair dessa posição, entrar em diálogo direto com os alunos, correr o risco de ouvir uma pergunta para a qual no momento talvez não tenhamos resposta, e propor aos alunos que pesquisemos juntos para buscarmos a resposta, tudo isso gera um grande desconforto e uma grande insegurança. MORAN (2000, p 142)

O professor, por sua vez, deverá ter o domínio de sua área de

conhecimento, demonstrando competência atualizada quanto às informações e

aos assuntos dessa área, para que não se valorize apenas uma perspectiva

metodológica a ser empregada ou uma atitude que venha cair no vazio. Buscar o

conhecimento, a reflexão, investigação e o intercâmbio de experiências, incentivar

a pesquisa entre os alunos e ajudá-los a desenvolver uma metodologia científica

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adequada estarão entre as grandes preocupações dos professores. Outra

característica indispensável ao professor, no uso das tecnologias, é o constante

diálogo entre o professor e os alunos numa freqüência contínua, com outra

dimensão de espaço e tempo, sem receio dos enfrentamentos nas indagações,

no momento do desenvolvimento das atividades. Assim, o professor supera as

incertezas e inseguranças de agregar as suas metodologias às tecnologias da

informação e comunicação, como recurso presente no seu fazer pedagógico.

Em vez das mediações que constituem a dimensão política pedagógica do trabalho docente, a proposta oficial “reduz o professor a tarefeiro, chamado de profissional”, talvez como um marceneiro, encanador ou eletricista, a quem compete realizar um conjunto de procedimentos preestabelecidos. BARRETO (2002, p. 108)

O uso das TIC como metodologia possibilita ao aluno ser autônomo nas

ações, integrando o aluno e o objeto do conhecimento, estabelecendo a qualidade

do software, como salienta (Coscarelli, apud Costa 2004)

Precisamos propor atividades que ofereçam desafios para os alunos, que desenvolvam suas habilidades intelectuais como o raciocínio e a solução de problemas, que os estimulem a buscar mais informação sobre determinado assunto e a encontrar uma solução satisfatória para um problema, que os levem a estabelecer relações entre as informações, a desenvolver a criatividade, a autoconfiança, a cooperação entre os colegas, bem como a desenvolver a autonomia da aprendizagem. (P.127)

O professor é um facilitador, articulador, provocador, colaborador e

mediador da aprendizagem, aberto para o diálogo, disposto a repassar e

socializar informações e acolher os novos desafios, para seu crescimento pessoal

e profissional, aberto a novos paradigmas e, principalmente, disposto a trabalhar

em grupo, em cooperação, desenvolvendo a ética profissional, praticando a

honestidade e o respeito em qualquer situação ou relação, criando um ambiente

de confiança, de reciprocidade e de colaboração, para vencer as inseguranças e

ter expectativas quanto às mudanças.

No primeiro momento, devemos refletir: o que significa a tecnologia como

mediação pedagógica? Mediar é uma atitude, um comportamento que se coloca

como facilitador, incentivador ou motivador, que se predispõe a ser uma ponte

que ativamente colabora para a ação de atingir os objetivos.

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Nessa perspectiva, para Perez e Castillo (apud Moran, 2000 p. 145), “A

mediação pedagógica busca abrir um caminho para novas reações do estudante:

com o próprio contexto, com outros textos, com seus companheiros de

aprendizagem, incluído o professor, consigo mesmo e com seu futuro.” São

características da mediação pedagógica: dialogar permanentemente de acordo

com o que acontece no momento, trocar experiências, debater dúvidas, questões

ou problemas, apresentar perguntas orientadoras, orientar nas crenças e

dificuldades técnicas ou de conhecimento que, no aprendizado, não consegue

encaminhá-las sozinho, garantir a dinâmica do processo de aprendizagem, propor

situações-problema e desafios, desencadear e incentivar reflexões, criar

intercâmbio entre a aprendizagem e a sociedade, propor conexões entre o

conhecimento adquirido e novos conceitos.

Dois fatos novos, porém, trazem à tona a discussão sobre a mediação pedagógica e o uso da tecnologia. Primeiro, o surgimento da informática e da telemática proporcionando a seus usuários- e entre eles, obviamente, alunos e professores – a oportunidade de entrar em contato com as mais novas e recentes informações, pesquisas e produções científicas do mundo todo, em todas as áreas: a oportunidade de desenvolver a auto-aprendizagens e a inte-raprendizagem à distância... O segundo fato novo que suscita o mesmo tipo de debate fica por conta da abertura que está havendo, há poucas décadas, no ensino superior, para a formação das competências pedagógicas dos professores universitários, que são de fundamental importância para sua atuação docente e a aprendizagem de seus alunos. MORAN (2000, p 138)

Tedesco, em 2004, fez um estudo na América Latina para conhecer o

impacto das novas tecnologias na sala de aula, em que foram observadas classes

desde o nível, pré-escolar até o universitário e entrevistados docentes e alunos.

Na visão de Tedesco (2004, p. 97), “Já temos quase 15 anos de experiências no

planejamento e na aplicação de programas para a introdução e o uso das novas

tecnologias na escola publica. Existem experiências importantes em escolas da

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Peru e Uruguai. Por

influência da globalização, buscando melhorar a qualidade por meio da

incorporação de programas e projetos que utilizam sistemas de satélite, televisão,

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informáticas e várias formas de multimídia, para destinatários bem definidos e

com propósitos muito específicos.”

Estabelecer políticas nacionais para o planejamento e a aplicação

de programas de integração das TIC, na educação pública, é uma

responsabilidade que envolve não só o setor educativo como

também outros setores governamentais. Por esse motivo, é

preciso uma organização interdisciplinar em nível nacional que

tome decisões, planifique e coordene sua instrumentação.

TEDESCO (2004, p.99)

Para Sampaio (2001, p.15), cercados como estamos pelas tecnologias e

pelas mudanças que elas acarretam no mundo, precisamos pensar em uma

escola que forme cidadãos capazes de lidar com o avanço tecnológico,

participando dele e de suas conseqüências. Essa capacidade acontece não só

por meio do conhecimento das tecnologias existentes, mas também por meio do

contato com elas e da análise critica de sua utilização e de suas linguagens. Para

cumprir essa tarefa, urge à escola e seus profissionais que se apropriem do

conhecimento sobre essas tecnologias: tanto daquelas mais comumente ligadas à

comunicação de massa (jornal, rádio, televisão e outras), quanto das que já se

convencionou usar na educação, ou ainda das tecnologias que sevem a variados

fins e que podem, na medida do possível, ser utilizadas pedagogicamente.

Dessa forma, a proposta de utilizar as TIC na educação, aliada às

práticas pedagógicas, passa a ser uma alternativa viável no desenvolvimento e

crescimento do educando, enquanto sujeito crítico, reflexivo e construtor do seu

conhecimento. A essa proposta, alia-se a questão da utilização consciente e

necessária das tecnologias, buscando democratizar o acesso a esse recurso na

vida do cidadão, como também na educação, que a cada dia mais se firma como

precursor da nova modalidade comunicacional, na qual também o processo

educacional se cria, se recria e se desenvolve.

...de que o uso das TIC na escola, principalmente com o acesso à internet contribui para expandir o acesso à informação atualizada, permite estabelecer novas relações com o saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais tradicionais, favorecendo a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a

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comunicação e permite eliminar os muros que separam a instituição da sociedade. ALMEIDA (2003, p.114)

Conforme Moran (2000), os jovens têm mais facilidade de lidar com a

linguagem imagética dos meios eletrônicos do que com a linguagem escrita. Para

Moran, os jovens se identificam com os meios eletrônicos, pois estes respondem

à sua sensibilidade (são rápidos, dinâmicos, tocam o afetivo e depois a razão) e

atraem pela mistura de linguagem, assuntos e conteúdos e ainda expressam e

significam o pluralismo das situações diárias. Esses meios baseiam-se no

processamento rápido de múltiplas informações e, acostumados com esta forma

de apresentação do mundo, os jovens aprendem vendo. Os meios, principalmente

a TV, misturam o real e o imaginário. Através da ficção ou da informação atingem

os desejos e sonhos, liberando na ficção, identificando-se mais com a fantasia do

que com a realidade.

O aluno, num processo de aprendizagem, assume papel de aprendiz ativo e participante (não mais passivo e repetidor), de sujeito de ações que o levam a aprendizagem a aprender, a mudar- se. Essas ações, ele as realiza sozinho (auto-aprendizagens), com o professor e com os seus colegas (inter-aprendizagem). MORAN (2000, p 141)

Em uma nova concepção de aprender, o professor e aluno assumem

papéis distintos e novas atitudes se esperam de cada um e também o uso

adequado das tecnologias nesse processo de aprender. O aluno busca uma

mudança de mentalidade e de atitude, ele trabalha individualmente para aprender,

para colaborar com a aprendizagem dos demais colegas. Esse olhar de aceitação

da parceria dos colegas como colaboradores na aprendizagem significa uma

mudança importante e fundamental de mentalidade no processo.

De acordo com Alonso (2003, p.31), a escola que se pretende hoje e que

estamos chamando de renovada é uma escola que assume como ponto de

partida as concepções psicopedagógicas provenientes do sócio-construtivismo e

requer uma base organizacional totalmente oposta àquela definida pelo modelo

burocrático do qual se originou. Destaca-se com características que a

aprendizagem é um processo que requer elaboração pessoal, o conhecimento

não é adquirido de fora para dento, mas é construído pelo indivíduo e, para tanto,

é necessário que aquilo que se pretende ensinar seja significativo para ele.

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Aprendizagem e desenvolvimento são conceitos interligados, é importante saber

aonde se pretende chegar e de que forma essas conquistas ajudam o indivíduo

em seu processo de desenvolvimento.

As informações constituem apenas a base para a chegada ao

conhecimento, portanto, a simples transmissão de informações não garante o

conhecimento e a aprendizagem. Outro aspecto relevante são as diferenças

significativas entre as pessoas, inclusive quanto à predominância de determinado

tipo de inteligência: é importante estar atento a isso e não colocar as mesmas

exigências para todos, tampouco se deve padronizar as atividades, mantendo

ambientes únicos de aprendizagem, aí entra como método facilitador da

aprendizagem as tecnologias da informação e comunicação, dando oportunidades

a todos de organizar a sua forma de aprender.

Quando falamos de tecnologia da informação e da comunicação não nos referimos apenas à internet, mas ao conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações que permitem a aquisição, produção, armazenamento, processamento e transmissão de dados na forma de imagem, vídeo, tato ou áudio. Para simplificar o conceito, chamaremos novas tecnologias da informação e da comunicação às tecnologias de redes informáticas, aos dispositivos que interagem com elas e a seus recursos. Televisão, raios, reprodutores de vídeo, materiais impressos e outras tecnologias “convencionais” não são considerados “novos”, em grande média devido ao fato de que esses recursos – ou sua operacionalização – estão convergindo em redes e em aplicações que utilizem o TCP/IP, protocolo da Internet. TEDESCO (2004, p. 96)

Para Moran (2000, p.152), por novas tecnologias em educação, estamos

entendendo o uso da informática, do computador, da Internet, do CD-ROM, da

hipermídia, da multimídia, de ferramentas para educação à distância – como

chats, grupos ou listas de discussão, correio eletrônico – e de outros recursos e

linguagens digitais de que atualmente dispomos e que podem colaborar

significativamente para tornar o processo de educação mais eficiente e mais

eficaz.

Devemos refletir que não se pode pensar no uso de uma tecnologia

sozinha ou solada. Seja na educação presencial ou virtual, o planejamento do

processo de aprendizagem precisa ser feito em sua totalidade e em cada uma de

suas unidades. Deve-se fazer um planejamento detalhado, de tal forma que as

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várias atividades integrem-se em busca dos objetivos pretendidos e que as várias

técnicas sejam escolhidas, planejadas e integradas de nodo a colaborar para que

as atividades sejam bem realizadas e a aprendizagem aconteça. Masetto (apud

Morran, 2000), afirma que:

... as técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos aprendam. Como o processo de aprendizagem abrange o desenvolvimento intelectual, afetivo, o desenvolvimento de competências e de atitudes, pode-se deduzir que a tecnologia a ser usada deverá ser variada e adequada a esses objetivos, não podemos ter esperança de que uma ou duas técnicas, repetidas à exaustão, dêem conta de incentivar e encaminhar toda a aprendizagem esperada. (p. 143)

Podemos, aqui, citar alguns instrumentos tecnológicos, utilizados na

implementação metodológica, nos contextos escolares:

TV e Vídeos são instrumentos tecnológicos mais usados entre os

jovens e crianças atualmente, como meio de comunicação,

informação e lazer. Eles exercem um fascínio sobre seu público

devido a sua linguagem, ao dinamismo e à velocidade que a

informação é passada, sendo assim, tem o poder de ditar os

padrões de comportamento social;

Computador e Internet no contexto escolar – os alunos dominam

estas ferramentas: editores de textos, planilhas, softwares de

apresentação, gravadores e editores de áudio e vídeo, bem como

linguagens e códigos em html e java, exigidos para a construção de

alguns blogs e sites ou para melhorarem e incrementarem suas

páginas com outros recursos e mídias interativas.

Blogs, sites personalizados para organização, registro e publicação

de trabalhos, bem como para troca de informações, idéias e

construção de textos colaborativos on-line com professores e

alunos de outras instituições. Podem, também, participar de fóruns

e criar comunidades virtuais educacionais, produzir vídeos e rádios

virtuais, para fins educacionais, além de trocar informações por e-

mail, MSN, chats e enviar torpedos por telefone celular, tablets e

outros.

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O termo tecnologia da informação não é necessariamente sinônimo de computador (hardware e software). Todavia, o computador pode ser considerado como o principal representante dessa tecnologia, talvez devido à sua pluralidade de utilização na solução de diversos tipos de problemas relacionados à recuperação, armazenamento, organização, tratamento, processamento, produção e disseminação da informação pertinente às várias áreas do conhecimento. NETO (2003, p.105)

A educação escolar precisa decodificar essa linguagem e incorporar

esses instrumentos tecnológicos no processo educacional, fazendo com que os

alunos, independentemente de faixa etária, identifiquem essa linguagem como

instrumento de comunicação do conhecimento científico. A escola também deve

utilizar democraticamente as mídias para formar cidadãos com autonomia ao

expressar suas ideias e produzir o conhecimento e a interação social. Pode-se

dizer que as TIC e suas múltiplas linguagens são subjetivas. Nessa ótica, nós,

professores, temos que redimensionar o uso das tecnologias, quebrar paradigmas

do contexto escolar, rever a interação e a avaliação no dia a dia. Devemos ser

mais críticos, reflexivos e debater sobre os conteúdos e linguagens apresentados

e, antes, conhecer o que estamos propondo. “As tecnologias permitem mostrar

várias formas de captar e mostrar o mesmo objeto, representando-o sob ângulos

e meios diferentes: pelos movimentos, cenários, sons, integrando o racional e o

afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espaço e o tempo, o concreto e o abstrato”

(Moran).

Para Alonso (2003, p.28), a educação terá de enfrentar o desafio da

mudança se quiser sobreviver, para tanto, deverá rever o significado social do

trabalho escolar na época atual, equacionando corretamente as novas demandas

e avaliando a sua eficácia para proporcionar melhor qualidade de vida a todos os

homens. Essas mudanças devem considerar os diferentes tipos de demandas e

expectativas colocadas para a educação: de um lado, atender às modernas

exigências econômicas e sociais decorrentes da expansão do mercado e da

globalização; de outro, possibilitar a reconstrução de culturas nacionais e locais,

preparando os jovens para uma participação efetiva no social.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Conforme Andrade (2001, p.129), a metodologia é a explicação

detalhada, sendo o conjunto de métodos ou caminhos que vão ser percorridos na

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busca do conhecimento para atingir o objetivo. É o esclarecimento do tipo de

pesquisa e do instrumento utilizado, desde o assunto pesquisado em partes,

iniciado pelas proposições mais simples e evidentes, até alcançar, por deduções

lógicas, a conclusão final.

Dentre os vários tipos de pesquisa, optou-se para o desenvolvimento

deste projeto a metodologia da pesquisa-ação, em que o pesquisador envolvido

no problema participa de sua solução no planejamento, observação, ação e

reflexão de forma consciente e sistemática. O pesquisador na pesquisa-ação tem

como etapa o diagnóstico: ação, reflexão e avaliação.

... um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. THEOLLEN

(1996, apud Figueiredo, (2009).

Para Dionnes (2007 apud Figueiredo, 2009), a pesquisa-ação é definida

como “prática que associa pesquisadores e atores em uma mesma estratégia de

ação para modificar uma dada situação e uma estratégia de pesquisa para

adquirir um conhecimento sistemático sobre a situação identificada”. É planejar,

pesquisar, refletir, agir, para melhorar a situação observada.

A pesquisa-ação, no campo prático, tem o objetivo de discutir as

condutas e as relações sociais, sendo que pesquisador e pesquisado envolvidos

interagem no diálogo, para montar estratégias, visando à solução do problema

detectado. Nessa perspectiva, a entrevista, a observação, o questionário com o

objetivo de analisar as TIC, no contexto da escola pública, serão o alvo das

atenções. Para desenvolver a coleta de dados da pesquisa, serão selecionados

como público alvo (30) professores da rede pública que atuam em diversas áreas

do conhecimento e nos seguintes níveis de ensino: Fundamental (6º a 9º ano),

Médio e Modalidade Magistério do Colégio Estadual Nilo Cairo, Núcleo Regional

de Ensino (NRE) da Cidade de Apucarana –PR.

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A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA

A implementação do Projeto de Intervenção no Colégio Estadual Nilo

Cairo está pautada em atividades práticas, com temas de reflexão, articuladas em

palestras, seminários e oficinas, dialogando sobre o fazer pedagógico e a

mediação das TIC no processo ensino-aprendizagem.

CRONOGRAMA DE AÇÕES:

PERÍODO AÇÕES TEMAS

Abril Palestra de

abertura

A Tecnologia da Informação e Comunicação

como prática educativa: Expectativa ou

Insegurança?

Abril 1º Seminário Inclusão Digital, o sujeito dominando as TIC no

mundo contemporâneo.

Maio 2º Seminário As práticas educativas no contexto escolar:

fragilidades e potencialidades.

Maio 1ª Oficina A Identidade do aluno na era digital e a nova

concepção de aprendizagem.

Maio 2ª Oficina Recursos didáticos multimídia.

Junho 3ª Oficina Plano de aula organizado com os recursos

didático-tecnológicos.

Junho 3º Seminário

de

fechamento

As probabilidades de mudanças nas práticas

pedagógicas. Um novo perfil de professor na era

digital.

CONSIDERAÇÕES

Promover um diálogo, para analisar as tecnologias da informação e

comunicação, no contexto escolar e as interações e mediações no processo

pedagógico é propor mudanças na postura e paradigmas no conceito do que é

utilizar a TIC na educação, sem medo e preconceitos. O uso das TIC no cotidiano

escolar poderá ser uma das alternativas, para a qualidade do ensino publico,

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mas, acima de tudo, a partir da reflexão-na-ação do professor, para que se possa

perceber o contexto real e o ideal da sua atuação. Para um ensino de qualidade,

não basta os aparatos tecnológicos se não houver uma postura reflexiva e

contextualizada, que faça um elo entre o conteúdo a ser trabalhado e as mídias

interativas.

Dessa forma, defendemos a formação continuada, presencial ou em

EAD, para o uso pedagógico das tecnologias, como uma possibilidade de

integração entre teoria e prática, a reflexão e a ação no campo de atuação

pedagógica, de forma autônoma e criativa. Durante o processo, o professor não

deve ater-se somente aos limites teóricos, mas buscar seu aprendizado na

criação e recriação de sua prática, apropriando-se dos recursos, dos métodos,

das teorias e técnicas, para refletir e modificar sua postura na sala de aula, no

processo ensino-aprendizagem.

As tecnologias da informação e comunicação não podem ser ferramentas

para utilizar o mesmo tipo de ensino. Não podemos correr o risco de mascarar as

ações pedagógicas, acreditando que estamos utilizando tecnologia em nossas

ações, sabendo que o que ocorre é um trabalho numa perspectiva tradicional,

sendo abordado da mesma forma com o uso das ferramentas tecnológicas. A

escola tem que deixar de ser uma educação bancária e passar a ser um local de

produção do conhecimento, mais crítico, recriando e dando significado às

informações.

A Tecnologia da Informação e Comunicação tem a função de reorganizar,

estruturar e de mediar o conhecimento no processo ensino-aprendizagem com

novas perspectivas.

Fatos reais já vêm acontecendo na educação do Estado do Paraná, a

relação escola e SEED tem comunicação e informação próprias e as ferramentas

tecnológicas passam a ser destaque no Brasil. O portal educacional, como área

de acesso ao aluno, professor, gestor e comunidade - “diadiaeducação”- , deixa

toda a comunidade escolar do Estado interligada em rede. Outra forma de

comunicação entre as escolas paranaenses são os sites de cada escola,

deixando na página o perfil, documentos, prestação de contas administrativas e

pedagógicas, para aqueles que desejarem buscar informações da escola onde

estuda, capacitação aos professores da rede por meio do moodle e outras formas

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de integração e comunicação que vêm acontecendo entre as escolas do Estado

do Paraná.

A intenção deste trabalho é buscar uma reflexão sobre a postura dos

professores no uso da TIC, como mediadora do processo ensino-aprendizagem,

no Colégio Estadual Nilo Cairo – Apucarana, PR, no programa PDE 2012 e 2013.

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Integração das Mídias no Apoio às Dificuldades Apresentadas no Processo Ensino-Aprendizagem /Marli Regina Fernandes da Silva /Neuzeli Benedita Costa /Nilva Ropelatto Abreu/ Washington Roberto Lerias – PUC/Rio. Monografia (Curso de Especialização em Tecnologias em Educação) – Setor de Educação.