10
Finanças Públicas É um amo de conhecimento que estuda como o Estado moliza recursos para o o bem comum. ESTADO NA ECONOMIA Fases de Intervenção do Estado na economia 1ª Fase: Estado Mínimo Essência: Primazia no mercado ou Estado liberal. O Estado se resume à provisão de bens e serviços Públicos necessários ao bom funcionamento do mercado por Exemplo: Defesa e segurança interna, leis, tribunais e administração da Justiça. Escola clássica inglesa: Laissez Faire e tem como os seus defensores: 1º Adam Smith: defende que o Governante não pode interferir nas actividades Produtivas da população. 2º David Ricardo: traz a ideia de regra de Ouro 3º Jean Baptiste Say: Complementa a ideia anterior dizendo que o melhor imposto é aquele que proporciona a melhor receita. 4º John Stuart Mill: Diz que qualquer princípio que viole o Laissez Faire é com certeza um mal. 2ª Fase: Estado de Bem-estar ou protector ou Walfare Estate Partem da ideia de que o mercado não é plenamente Justo, por isso o Estado intervêm deliberadamente no mercado, garantindo um GERSON & MULUNGO 1

Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Resumo da cadeira de Finanças Públicas

Citation preview

Page 1: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Finanças Públicas

É um amo de conhecimento que estuda como o Estado moliza recursos para

o o bem comum.

ESTADO NA ECONOMIA

Fases de Intervenção do Estado na economia

1ª Fase: Estado Mínimo

Essência: Primazia no mercado ou Estado liberal.

O Estado se resume à provisão de bens e serviços Públicos necessários ao

bom funcionamento do mercado por Exemplo: Defesa e segurança

interna, leis, tribunais e administração da Justiça.

Escola clássica inglesa: Laissez Faire e tem como os seus defensores:

1º Adam Smith: defende que o Governante não pode interferir nas

actividades Produtivas da população.

2º David Ricardo: traz a ideia de regra de Ouro

3º Jean Baptiste Say: Complementa a ideia anterior dizendo que o melhor

imposto é aquele que proporciona a melhor receita.

4º John Stuart Mill: Diz que qualquer princípio que viole o Laissez Faire é com

certeza um mal.

2ª Fase: Estado de Bem-estar ou protector ou Walfare Estate

Partem da ideia de que o mercado não é plenamente Justo, por isso o Estado

intervêm deliberadamente no mercado, garantindo um rendimento mínimo,

provendo aquilo que são chamados bens de mérito Ex: Educação básica,

Cuidados primários de Saúde etc.

Nesta fase o Estado tem 3 componentes distintas:

O Estado como Agente distribuidor de rendimento;

O Estado como fornecedor de bens primários;

GERSON & mULUNGO 1

Page 2: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

O Estado como redutor de informação assimétrica.

3ª Fase: Estado Imperfeito

Partem do pressuposto que o Cidadãos tanto na esfera pública como na

privada agem em função de interesses próprios.

Funções do Estado

Segundo Musgrave, o Estado tem 3 funções na economia:

Promover a eficiência económica atrvés da provisão de bens

públicos/regulamentação

O Estado deve garantir o equilibrio de procura e oferta, pois os

mercados não são efecientes, a intervenção é para prover bens e

serviços públicos.

Promover a equidade através da tributação e da provisão de bens

públicos;

Promover a estabilidade macroeconómica através de políticas fiscais e

financeiras e monetárias,

Significa que, cabe ao Estado pover o cresscimento económico sustentável.

Receita Pública - é o conjunto de recursos1 que o Estado dispõe para

financiar sua despesas.

Recita fiscal – é aquela que provem de impostos directos e indirectos.

1 Estes recursos podem tomar várias formas: Recursos próprios; Empréstimos e doações.

GERSON & mULUNGO 2

Page 3: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Receita creditícia

São receitas resultantes da contracção de divida por parte do Estado junto

dos particulares e demais entidades financiadoras (nacionais e estrangeiras)

normalmente de subscrição voluntária e de natureza não-voluntária,

implicando o posterior reembolso do capital mutado

Tributo – é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda.

Impostos – é uma prestação unilateral em dinheiro feita pelo Estado e é

coersiva.

Directos – são os que incidem sobre rendimentos, de pessoas singulares

ou colectivas.

Indirectos – são os que incidem sobre transações de bens e serviços

(IVA; Imposto de consumo específico)

Taxa – é uma prestação pecuniária e há uma contra-partida.

Crédito – é um valor tomado de emprestímo com compromisso de devolver

num determinado período de tempo combinado, acrescido a uma taxa de

juro.

Donativos – é um valor tomado de outro sem compromisso de dar algo em

troca, isto é, não há reembolso.

Falhas de Mercado

1. Bens públicos - – é falha de mercado na medida em que existe para

colmatar aquela lacuna que o mercado deixa porque o mercado não

fornece esse bem público porque não tem como lucrar na provisão desse

bem.

2. Externalidades - são resultado de acção de um determinado agente

que afecta terceiros, que podem ser: negativas ou positivas.

GERSON & mULUNGO 3

Page 4: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

3. Assimetria de informação – é falha de mercado quando nota-se que a

procura e oferta tem informação diferente sobre as condições do produto

e também é falha por que o mercado não tem produtos Homogénios.

4. Monópolio – constituí falha de mercado no caso de monopólio natural,

isto é, quando a geração de lucro só é visível quando o bem é produzido

em larga escala. Ex: linha férrea.

ORÇAMENTO DO ESTADO

Conceito e suas dimensões

Orçamento – é um plano expresso em termos financeiros.

Não existe orçamento sem plano, pois o plano é o orçamento.

O orçamento é um plano/documento que estima as receitas e fixa as

despesascom objectivo de operacionalizar a política financeira do Estad

(mobilizição e aplicação de recursos). (Lei nº 9/2002 de 12 de Fevereiro,

SISTAFE).

Em suma pode-se dizer que, o OE é o documento no qual estão previstas as

receitas a arrecadar e fixadas as despesas a realizar pelo Estado ao longo do

ano.

A estimação de receitas é estabelecida pelos valores minímos e a fixação

das despesas pelos valores maxímos. É de frizar que OE é a expressãodo

Plano Económico e Social.

Receita Pública Despesa Pública

GERSON & mULUNGO 4

Page 5: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Orçamento do Estado

Dimensões

As dimensões do orçamento são:

1. A Económica – o orçamento constitui uma previsão da gestão

orçamental e uma exposião do plano financeiro do Estado.

Facilita a gestão dos recursos públicos, tormando-a mais racional e

efeciente, bem como possilitar que os agentes económicos e a sociedade

em geral conheçam as principais linhas desta política.

2. Política – é autorizado por meio de um processo político, isto é, é

autorização política do plano financeiro.

Assegura o equilíbrio e a separação dos poderes, o legislativo que

representa a colectividade autoriza a arrecadação de receitas e a

utilização das mesmas, o Executivo executa o orçamento, por sua vez o

primeiro fiscaliza sua execução e outro órgão jurisdicional.

3. Jurídica – o OE é uma Lei, traduz num documento, através da qual

delimita-se o poder financeiro do Estado, sua aplicação deve ser

fiscalizada pelo poder judiciário.

É imperioso que os órgãos da Administração Pública sigam as directrizes

traçadas pelo OE na execução da gestão financeira: não poderão gasta

mais do que aquilo que vem especificado no orçamento nem cobrar

receitas que não estão inscritas neste documento.

GERSON & mULUNGO 5

Page 6: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

PRINCÍPIOS ORÇAMNETÁRIOS

Princípio do Equilíbrio Orçamental

O OE terá, que prever os recursos necessários para cobrir todas as despesas,

ou seja, todas as despesas têm que estar cobertas por receitas. Em última

instância, as despesas serão cobertas parcialmente por donativos e

empréstímos contraídos no País ou no exterior.

Princípio Bruto

Todas as receitas e despesas são inscritas no orçamento pela importância ou

valor integral em que forem avaliadas, ou seja, as receitas e as despesas

devem ser inscritas no orçamento de forma bruta e não líquida.

Princípio da não Consignação

De acordo com este princípio, não se poderá afectar o produto de quaisquer

receitas à cobertura de despesas pré-determinadas. Todas as receitas

devem servir para cobrir todas despesas.

Princípio da Especificação

Esta regra obriga o governo a individualizar suficientemente cada receita e

cada despesa, segundo classificações que fixam o grau de descriminação

das mesmas.

Em Moçambique, as despesas públicas são específicadas de acordo com a

natureza económica, funcional, orgânica e territorial.

GERSON & mULUNGO 6

Page 7: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Princípio Unidade e da Universalidade

A regra da universalidade implica que todas as receitas e todas as despesas

devem ser inscritas no orçamento.

A regra da unidade, por sua vez, diz que o orçamento deverá constituir um

único documento.

Em Moçambique a lei prevê que algumas ecepções à regra da

universalidade: não constarão no orçamento as receitas e despesas das

instituições autonómas, das empresas públicas e autarquias, que se regem

por legislação própria, isto é, as empresas públicas e autarquias dispõem de

orçamento próprio.

Princípio da Publicidade

Um orçamento não publicado não é orçamento. É através da publicação do

orçamento que se concretiza a autorização política das receitas e despesas.

Em Moçambique , a publicação é feita bo Boletim da República, sendo

matéria de publicação a Lei Orçamental, a tabela de receita e a tabela de

despesa.

Classificação da despesa

1. Ponto de vista Económico2

2 A classificação Económica é importantante porque permite aferir o grau de aplicação

dos recuros recentes e futuros.

GERSON & mULUNGO 7

Page 8: Finanças Públicas Resumo Da Cadeira

Despesa corrente – refere-se a toda aquela que não altera a capacidade

de prestação de serviço pelo Estado, pois é uma despesa regular, no

sentido de que ela ocorre continuamente com vista a mater a máquina

administrativa do Estado (despesa com o pessoal e de bens e serviços).

Despesa de capital – a que altera a composição do activo do Estado,

consequentemente afecta a capacidade de prestação de serviços

públicos.

2. Ponto de vista do Território

É fundamental indicar onde os recursos são alocados, isto é, até que ponto a

alocação dos recursos públicos procura equilíbrio no desenvolvimento

regional.

3. Ponto de vista Orgânico

Os recursos públicos são alocados de acordo com a estruturação ou

órgãos do Estado.

4. Ponto de vista Funcional

Permite demostrar como os recursos são alocados para o funcionamento

da máquina administrativa estatal.

Ex: defesa, saúde, educação, saneamento...etc

GERSON & mULUNGO 8