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Resumo da cadeira de Finanças Públicas
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Finanças Públicas
É um amo de conhecimento que estuda como o Estado moliza recursos para
o o bem comum.
ESTADO NA ECONOMIA
Fases de Intervenção do Estado na economia
1ª Fase: Estado Mínimo
Essência: Primazia no mercado ou Estado liberal.
O Estado se resume à provisão de bens e serviços Públicos necessários ao
bom funcionamento do mercado por Exemplo: Defesa e segurança
interna, leis, tribunais e administração da Justiça.
Escola clássica inglesa: Laissez Faire e tem como os seus defensores:
1º Adam Smith: defende que o Governante não pode interferir nas
actividades Produtivas da população.
2º David Ricardo: traz a ideia de regra de Ouro
3º Jean Baptiste Say: Complementa a ideia anterior dizendo que o melhor
imposto é aquele que proporciona a melhor receita.
4º John Stuart Mill: Diz que qualquer princípio que viole o Laissez Faire é com
certeza um mal.
2ª Fase: Estado de Bem-estar ou protector ou Walfare Estate
Partem da ideia de que o mercado não é plenamente Justo, por isso o Estado
intervêm deliberadamente no mercado, garantindo um rendimento mínimo,
provendo aquilo que são chamados bens de mérito Ex: Educação básica,
Cuidados primários de Saúde etc.
Nesta fase o Estado tem 3 componentes distintas:
O Estado como Agente distribuidor de rendimento;
O Estado como fornecedor de bens primários;
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O Estado como redutor de informação assimétrica.
3ª Fase: Estado Imperfeito
Partem do pressuposto que o Cidadãos tanto na esfera pública como na
privada agem em função de interesses próprios.
Funções do Estado
Segundo Musgrave, o Estado tem 3 funções na economia:
Promover a eficiência económica atrvés da provisão de bens
públicos/regulamentação
O Estado deve garantir o equilibrio de procura e oferta, pois os
mercados não são efecientes, a intervenção é para prover bens e
serviços públicos.
Promover a equidade através da tributação e da provisão de bens
públicos;
Promover a estabilidade macroeconómica através de políticas fiscais e
financeiras e monetárias,
Significa que, cabe ao Estado pover o cresscimento económico sustentável.
Receita Pública - é o conjunto de recursos1 que o Estado dispõe para
financiar sua despesas.
Recita fiscal – é aquela que provem de impostos directos e indirectos.
1 Estes recursos podem tomar várias formas: Recursos próprios; Empréstimos e doações.
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Receita creditícia
São receitas resultantes da contracção de divida por parte do Estado junto
dos particulares e demais entidades financiadoras (nacionais e estrangeiras)
normalmente de subscrição voluntária e de natureza não-voluntária,
implicando o posterior reembolso do capital mutado
Tributo – é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda.
Impostos – é uma prestação unilateral em dinheiro feita pelo Estado e é
coersiva.
Directos – são os que incidem sobre rendimentos, de pessoas singulares
ou colectivas.
Indirectos – são os que incidem sobre transações de bens e serviços
(IVA; Imposto de consumo específico)
Taxa – é uma prestação pecuniária e há uma contra-partida.
Crédito – é um valor tomado de emprestímo com compromisso de devolver
num determinado período de tempo combinado, acrescido a uma taxa de
juro.
Donativos – é um valor tomado de outro sem compromisso de dar algo em
troca, isto é, não há reembolso.
Falhas de Mercado
1. Bens públicos - – é falha de mercado na medida em que existe para
colmatar aquela lacuna que o mercado deixa porque o mercado não
fornece esse bem público porque não tem como lucrar na provisão desse
bem.
2. Externalidades - são resultado de acção de um determinado agente
que afecta terceiros, que podem ser: negativas ou positivas.
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3. Assimetria de informação – é falha de mercado quando nota-se que a
procura e oferta tem informação diferente sobre as condições do produto
e também é falha por que o mercado não tem produtos Homogénios.
4. Monópolio – constituí falha de mercado no caso de monopólio natural,
isto é, quando a geração de lucro só é visível quando o bem é produzido
em larga escala. Ex: linha férrea.
ORÇAMENTO DO ESTADO
Conceito e suas dimensões
Orçamento – é um plano expresso em termos financeiros.
Não existe orçamento sem plano, pois o plano é o orçamento.
O orçamento é um plano/documento que estima as receitas e fixa as
despesascom objectivo de operacionalizar a política financeira do Estad
(mobilizição e aplicação de recursos). (Lei nº 9/2002 de 12 de Fevereiro,
SISTAFE).
Em suma pode-se dizer que, o OE é o documento no qual estão previstas as
receitas a arrecadar e fixadas as despesas a realizar pelo Estado ao longo do
ano.
A estimação de receitas é estabelecida pelos valores minímos e a fixação
das despesas pelos valores maxímos. É de frizar que OE é a expressãodo
Plano Económico e Social.
Receita Pública Despesa Pública
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Orçamento do Estado
Dimensões
As dimensões do orçamento são:
1. A Económica – o orçamento constitui uma previsão da gestão
orçamental e uma exposião do plano financeiro do Estado.
Facilita a gestão dos recursos públicos, tormando-a mais racional e
efeciente, bem como possilitar que os agentes económicos e a sociedade
em geral conheçam as principais linhas desta política.
2. Política – é autorizado por meio de um processo político, isto é, é
autorização política do plano financeiro.
Assegura o equilíbrio e a separação dos poderes, o legislativo que
representa a colectividade autoriza a arrecadação de receitas e a
utilização das mesmas, o Executivo executa o orçamento, por sua vez o
primeiro fiscaliza sua execução e outro órgão jurisdicional.
3. Jurídica – o OE é uma Lei, traduz num documento, através da qual
delimita-se o poder financeiro do Estado, sua aplicação deve ser
fiscalizada pelo poder judiciário.
É imperioso que os órgãos da Administração Pública sigam as directrizes
traçadas pelo OE na execução da gestão financeira: não poderão gasta
mais do que aquilo que vem especificado no orçamento nem cobrar
receitas que não estão inscritas neste documento.
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PRINCÍPIOS ORÇAMNETÁRIOS
Princípio do Equilíbrio Orçamental
O OE terá, que prever os recursos necessários para cobrir todas as despesas,
ou seja, todas as despesas têm que estar cobertas por receitas. Em última
instância, as despesas serão cobertas parcialmente por donativos e
empréstímos contraídos no País ou no exterior.
Princípio Bruto
Todas as receitas e despesas são inscritas no orçamento pela importância ou
valor integral em que forem avaliadas, ou seja, as receitas e as despesas
devem ser inscritas no orçamento de forma bruta e não líquida.
Princípio da não Consignação
De acordo com este princípio, não se poderá afectar o produto de quaisquer
receitas à cobertura de despesas pré-determinadas. Todas as receitas
devem servir para cobrir todas despesas.
Princípio da Especificação
Esta regra obriga o governo a individualizar suficientemente cada receita e
cada despesa, segundo classificações que fixam o grau de descriminação
das mesmas.
Em Moçambique, as despesas públicas são específicadas de acordo com a
natureza económica, funcional, orgânica e territorial.
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Princípio Unidade e da Universalidade
A regra da universalidade implica que todas as receitas e todas as despesas
devem ser inscritas no orçamento.
A regra da unidade, por sua vez, diz que o orçamento deverá constituir um
único documento.
Em Moçambique a lei prevê que algumas ecepções à regra da
universalidade: não constarão no orçamento as receitas e despesas das
instituições autonómas, das empresas públicas e autarquias, que se regem
por legislação própria, isto é, as empresas públicas e autarquias dispõem de
orçamento próprio.
Princípio da Publicidade
Um orçamento não publicado não é orçamento. É através da publicação do
orçamento que se concretiza a autorização política das receitas e despesas.
Em Moçambique , a publicação é feita bo Boletim da República, sendo
matéria de publicação a Lei Orçamental, a tabela de receita e a tabela de
despesa.
Classificação da despesa
1. Ponto de vista Económico2
2 A classificação Económica é importantante porque permite aferir o grau de aplicação
dos recuros recentes e futuros.
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Despesa corrente – refere-se a toda aquela que não altera a capacidade
de prestação de serviço pelo Estado, pois é uma despesa regular, no
sentido de que ela ocorre continuamente com vista a mater a máquina
administrativa do Estado (despesa com o pessoal e de bens e serviços).
Despesa de capital – a que altera a composição do activo do Estado,
consequentemente afecta a capacidade de prestação de serviços
públicos.
2. Ponto de vista do Território
É fundamental indicar onde os recursos são alocados, isto é, até que ponto a
alocação dos recursos públicos procura equilíbrio no desenvolvimento
regional.
3. Ponto de vista Orgânico
Os recursos públicos são alocados de acordo com a estruturação ou
órgãos do Estado.
4. Ponto de vista Funcional
Permite demostrar como os recursos são alocados para o funcionamento
da máquina administrativa estatal.
Ex: defesa, saúde, educação, saneamento...etc
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