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Trabalho de grupo realizado no âmbito do módulo Gestão de Projectos da Pós-graduação em Prospectiva, Estratégia e Inovação (2011/2012)
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Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
1
[ISEG]
Abril 2012
HOMEMARKET – AS COMPRAS MAIS
ECONÓMICAS EM SUA CASA
[Trabalho de Grupo realizado no âmbito da UC V
LIDERANÇA, EMPREENDEDORISMO, E CONCEPÇÃO DE PROJECTOS]
Pós-Graduação em Prospectiva, Estratégia e Inovação
*Francisco Andrade *Marisa Silva *Marta Oliveira
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
2
ÍNDICE
ÍNDICE ............................................................................................................................................ 1
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Metodologia .................................................................................................................................. 4
FASE I – INICIAÇÃO DO PROJECTO ................................................................................................ 6
1. Business Case .................................................................................................................... 7
A. Descrição da Necessidade ............................................................................................. 7
B. Gestão de Requisitos ..................................................................................................... 8
C. Viabilidade Económica ................................................................................................ 10
D. Análise Preliminar do Risco ......................................................................................... 12
E. Identificação e Gestão de Stakeholders ...................................................................... 13
FASE II – ESTRUTURAÇÃO DO PROJECTO .................................................................................... 14
1. Termo de Abertura do Projecto ...................................................................................... 15
2. Plano de Gestão do Projecto ........................................................................................... 18
A. Âmbito ......................................................................................................................... 18
B. Tempo ......................................................................................................................... 23
C. Custo............................................................................................................................ 29
D. Qualidade .................................................................................................................... 31
E. Comunicação ............................................................................................................... 34
F. RH ................................................................................................................................ 38
G. Risco ............................................................................................................................ 47
H. Fornecedores............................................................................................................... 51
I. Gestão de Alterações .................................................................................................. 52
FASE III – REALIZAÇÃO E CONTROLO DO PROJECTO ................................................................... 53
1. Cenários de Execução ...................................................................................................... 54
FASE IV – ENCERRAMENTO DO PROJECTO ................................................................................. 60
1. Termo de Encerramento ................................................................................................. 61
2. Lições Aprendidas ........................................................................................................... 61
Conclusão .................................................................................................................................... 63
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
3
Introdução
A gestão por projectos, enquanto conjunto de conhecimentos, técnicas e ferramentas que se
traduzem em maior previsibilidade na gestão do orçamento, dos prazos e na satisfação de
clientes, tem vindo a alcançar maior visibilidade no panorama nacional e é cada vez mais
reconhecida como uma resposta eficaz à crescente necessidade de aumento da flexibilidade
orgânica e de aumento das probabilidades de sucesso dos projectos levados a cabo pelas
organizações.
Reconhecendo a importância desta ciência e arte, e no âmbito da unidade curricular de
Concepção de Projectos, procura-se no trabalho seguidamente exposto aplicar os conceitos
adquiridos na metodologia, considerando um projecto em todas as suas fases, desde a sua
justificação através de uma análise de viabilidade, estruturação, execução e controlo e
término.
Ressalve-se que, dado tratar-se este de um trabalho académico, de aplicação de
conhecimentos, optou-se por abordar as áreas de conhecimento de uma forma não exaustiva
mas antes fundamental.
Ainda que se trate de um trabalho teorético, de simulação, o Grupo está certo que o mesmo
servirá de preparação para projectos vindouros, onde poderá então aplicar devidamente as
lições aprendidas que daqui advirão.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
4
Metodologia
A metodologia de Gestão de Projecto a aplicar no projecto HomeMarket visa impulsionar a
excelência da sua gestão e proporcionar à Equipa de projecto, os processos, os modelos e as
ferramentas mais adequadas para aumentar a probabilidade de sucesso do mesmo.
Assim, procurar-se-á seguir as melhores recomendações internacionais de Gestão de Projecto
preconizadas pelo PMI e IPMA, e alinhadas com a ISO 21500 e com o devido tailoring às
especificidades do projecto.
A evolução do projecto de acordo com a metodologia adoptada pela MMF pode ser
sumarizada através do seguinte ciclo de vida da gestão do projecto:
• Iniciação – Apresentação de uma necessidade/oportunidade de negócio e elaboração
de uma análise inicial de risco, viabilidade e análise estratégica, para suportar uma
decisão de go/no go, consubstanciada num Business Case.
• Planeamento – Após a decisão de avançar, é elaborado o Plano de Gestão do Projecto,
constituído por uma colecção de planos subsidiários detalhados (plano detalhado de
actividades, respectivas sequências e dependências, lista de milestones e calendário
de execução, plano de comunicação, plano de riscos, plano de recursos, gestão de
alterações, etc.) que é a fonte primária de informação sobre como o projecto será
executado, monitorizado, controlado e gerido.
• Execução – O plano de projecto aprovado determina a execução do projecto, havendo
lugar a revisão ao plano inicial e maior detalhe necessário (rolling wave). São
realizadas as actividades e processos definidos no plano do projecto, e tem lugar a
coordenação de pessoas e recursos, a execução do trabalho, o cumprimento de
milestones e as entregas do projecto.
• Controlo – Actividades paralelas à Execução, em que é realizada monitorização e
controlo do progresso do projecto, através da identificação permanente de riscos,
controlo de alterações, reporting com recursos à técnica EVM, entre outros.
• Encerramento – Grupo de actividades relacionadas com o fecho do projecto/fase. É
neste grupo de actividades que se obtém a aceitação formal para o projecto global, é
elaborado o relatório de avaliação do projecto e são fechados os contractos com
fornecedores, se aplicável. Os produtos/serviços passam à fase de exploração e são
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
5
igualmente documentadas as Lições Aprendidas e arquivados os documentos do
projecto como histórico e referência para futuros projectos.
Apesar de estas fases se encontrarem descritas de uma forma aparentemente sequencial, as
actividades e processos que as constituem sofrem várias iterações dentro do mesmo grupo ou
entre grupos, e sobrepõem-se ao longo o ciclo de vida do projecto.
Por exemplo, as actividades de planeamento são revistas, detalhadas ou alteradas à medida
que o projecto evolui (proporcionando mais detalhe) e que surgem alterações, novos riscos e
incidentes.
O gestor de projecto utiliza as fases de modo a:
• Assegurar que os work packages são executados de uma forma lógica;
• Dividir o projecto no tempo em elementos que possam ser mais eficientemente
geridos;
• Minimizar os riscos;
• Estabelecer pontos nos quais os planos e estimativas possam ser revistas e redefinidas
com base no trabalho executado;
• Permitir que a gestão aprove ou que o projecto seja reformulado de acordo com o
trabalho realizado.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
7
1. Business Case
Não deve esquecer-se que um projecto não é um fim em si mesmo mas antes um meio para
atingir um dado fim, isto é, deverá ter uma justificação ao nível do negócio no que respeita a
benefícios associados, sejam de rentabilidade, poupança, conformidade ou outros, e
alinhamento com a estratégia da organização.
Note-se que a qualquer projecto está associada uma vertente de investimento, pelo que o
Business Case assume-se de especial relevância pois representa o conjunto de informação
necessária para julgar se o projecto é desejável, viável e alcançável e, portanto, se vale o
investimento a realizar.
A. Descrição da Necessidade
A actual situação económico-financeira vivida em Portugal, tem levado cada vez mais famílias
portuguesas a ter especial atenção na hora de gastar o seu dinheiro. Como todos sabemos as
despesas de supermercado representam uma fatia considerável do orçamento familiar.
Foi desta necessidade de poupar que surgiu o projecto Home Market, uma ideia da empresa
de consultoria MMF Consulting em parceira com a Deco Proteste. A principal motivação no
desenvolvimento desta solução é ajudar os consumidores a conseguir o melhor preço final
para as suas compras de supermercado.
O projecto prevê a criação de uma plataforma online de comparação de preços de diversos
supermercados nacionais com presença online.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
8
B. Gestão de Requisitos
As funcionalidades/ requisitos a ser implementadas serão:
• Integração com os sistemas online (base dados ou serviços) dos supermercados
Continente, Jumbo e Pingo Doce.
• Comparador de preços online – Será possível ao cliente criar a sua lista de compras,
sendo possível definir diversos parâmetros para obter o preço mais barato na rede de
supermercados associados.
• Aconselhamento de produtos – O Cliente será aconselhado para outros produtos
idênticos mais económicos.
• O Cliente pode registar-se no serviço online
• O Cliente poderá guardar a sua lista e continuar posteriormente.
• O Cliente poderá comprar todos os produtos da sua lista, que será entregue em casa
posteriormente, este serviço terá um custo associado.
• Através de uma aplicação móvel o cliente poderá adicionar mais produtos à sua lista
de compras.
• O portal deverá ter zonas reservadas para publicidade, que serão geridas
automaticamente.
• Gestão de Clientes – CRUD de utilizadores por parte da administração.
• Gestão de produtos – CRUD de produtos por parte da administração.
• Gestão de encomendas – CRUD de encomendas por parte da administração.
• Gestão de publicidade – CRUD de publicidade por parte da administração.
• O portal deverá correr nos principais browsers do mercado:
o Chrome
o Firefox
o IE8
o Safari
o Opera
• Aplicação móvel será implementada para os sistemas:
o Android (Google)
o IOS (Apple)
o Windows Phone (Microsoft)
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
9
O Sistema deverá receber o input de preços de vários supermercados online, essa
comunicação deverá ser feita através de serviços disponibilizados pelos próprios
supermercados.
A plataforma principal deverá ser instalada numa VPS de modo a garantir uma boa
performance. A tecnologia para desenvolvimento será JAVA com o servidor aplicacional JBoss
Aplication Server.
As aplicações para mobile serão desenvolvidas utilizando as APIs originais de cada SO
específico.
Home
Market
Continente Online
Pingo Doce Online
Jumbo
Online
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
10
Ciclo de Vida do Produto 5 anos
Inflação 1,75% ano
Financeiros 223.230,00 €
MIN MP MAX
Publicidade vendida + Nº de visualizações de página 3.000.000 4.800.000 5.500.000 0,015 € Valor médio publicidade vendida por ano 69.250,00 €
Margem sobre as compras + N.º de entregas realizadas 12.000 24.000 36.000 5 € Valor médio de uma entrega por ano 120.000,00 €
Subscrições + N.º de subscritores 1.000 2.000 3.000 16,99 € Valor médio de uma subscrição por ano 33.980,00 €
Benefício +/-Frequência/Ano
Métrica MédiaUnidade Frequência (Número, %) Descrição da métrica
C. Viabilidade Económica
A análise de viabilidade do projeto permite, comparando, entre outros, custos e benefícios,
aferir se o projeto vale ou não o investimento e se representa verdadeiramente benefício para
a empresa.
Como orçamento para o projeto foi aprovado o valor de 100.000€. Este foi desenvolvido por
estimativa análoga e tendo por base a análise de custos dos recursos necessários,
equipamentos e serviços associados.
Para a medição dos benefícios financeiros resultantes da exploração do projeto, consideraram-
se três grandes fontes de receita:
• Publicidade “vendida” no website – mensurável através do número de visualizações de
página, em que cada visualização constituiu um retorno de 0,015€;
• Margem sobre as compras – às entregas de compras realizadas assistirá uma margem
diferenciada de acordo com o valor global da compra, para a qual se estimou um valor
médio de 5€;
• Subscrições – para que os utilizadores disponham de funcionalidades avançadas, como
guardar histórico, imprimir lista de compras ou utilizar gratuitamente as aplicações
mobile, ser-lhes-á exigida a modalidade de uma subscrição, mensal ou anual, de
acordo com as suas preferências; para esta definiu-se o valor anual de 16,99€.
De acordo com estas métricas anuais e com base em projectos anteriores e dados de
referência do sector publicados que permitiram aferir um intervalo de ocorrências, concluiu-se
então um benefício anual de 223.230,00€.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
11
10% ano
Ano Investimento Benefícios Factor Act Inv Act Ben Act Cash Flow Nom Cash Flow Cum Nom Cash Flow Cum Act
0 100.000 € 1,00 € 100.000 € - € 100.000 €- 100.000 €- 100.000 €-
1 223.230 € 0,91 € - € 202.936 € 223.230 € 123.230 € 102.936 €
2 223.230 € 0,83 € - € 184.488 € 223.230 € 346.460 € 287.424 €
3 223.230 € 0,75 € - € 167.716 € 223.230 € 569.690 € 455.140 €
4 223.230 € 0,68 € - € 152.469 € 223.230 € 792.920 € 607.609 €
5 223.230 € 0,62 € - € 138.608 € 223.230 € 1.016.150 € 746.217 €
100.000 € 1.116.150 € Ref Ano 0 100.000 € 846.217 €
Fase: Projecto Exploração
Lucro = ? 1.016.150 € VAL (Valor Actual Liquido) = 746.217 €
BCR (Benefit Cost Ratio) = 8,46 €
TIR (Taxa Interna de Rentabilidade) = 222,6%
Payback = 5,4 meses
Tx Interesse =
Embora, numa primeira abordagem, este pareça ser um bom resultado, deverá ser comparado
com os custos previstos para o projecto considerando a actualização daqueles valores ao longo
do tempo.
Assim, da análise de Modelo Económico, considerando uma taxa de interesse de 10%/ano e
um ciclo de vida de 5 anos, obtiveram-se os seguintes:
Esta análise permite concluir da viabilidade económica do projeto, já que se traduz num VAL
positivo de 746.217€, representando um rácio custo/benefício de 8,46€, isto é, por cada 1 Euro
investido, 8,46€ são benefício. Analisando ao nível da TIR, esta apresenta também um valor
positivo e superior à taxa de interesse definida, pelo que o projeto tem também a este nível
parecer positivo.
Atendendo ao payback, verifica-se ainda que o projeto “paga-se” ao 5,4 meses, o que é um
indicador importante para avançar para o Go do projecto.
Note-se porém que esta análise confronta investimento (fase de projecto) e seus benefícios,
excluindo os normais custos fixos e de manutenção que decorrem da fase de exploração.
Contudo, para estes, não é expectável, de acordo com projectos semelhantes realizados
anteriormente, que ultrapassem o benefício ali espelhado.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
12
D. Análise Preliminar do Risco
Os riscos fazem parte de qualquer projecto, variando na sua importância e impacto, tendo em
conta o tipo de projecto em causa.
Numa análise de viabilidade do projecto, este vector tem especial importância podendo
determinar a decisão de avançar ou não.
Por estarmos ainda numa fase muito preliminar do projecto, designada até de pré-projecto,
não dispomos ainda de muita informação. Porém, atendendo à disponível e ao histórico da
empresa neste tipo de projectos, podemos enumerar os seguintes riscos:
Estes riscos serão mais amplamente explorados e monitorizados durante a execução do
projecto, no plano de gestão do Risco.
RISCO
Falha no orçamento de implementação Falta de apoio e envolvimento da alta direcção Perda de prioridade do projecto na organização Envolvimento insuficiente dos utilizadores na implementação do sistema Falta de integração e/ou confiança entre o implementador e o cliente Mudanças nos requisitos do sistema durante a fase de projecto Falha na estimativa dos prazos de implementação Dificuldades de integração com outros serviços externos Arquitectura inadequada da implementação Testes do sistema pouco efectivos
13
E. Identificação e Gestão de Stakeholders
Uma primeira identificação dos Stakeholders envolvidos no projecto é essencial para
complementar a sua análise de viabilidade. Para o projecto HomeMarket, foram
primeiramente identificados os seguintes:
Consideram-se Stakeholders internos, os actores-base do projecto, que estão intrinsecamente
ligados ao mesmo. Neste caso o Sponsor, a Deco Proteste, também definido como parceiro
estratégico, tem a notoriedade, conhecimento e experiência em elaborar estudos e análises
técnicas e económicas a variados produtos do mercado, com interesse para o consumidor,
considerados necessários para este projecto.
Por outro, a MMF Consulting é a consultora responsável pelo projecto, responsável pela
gestão do mesmo.
Consideram-se ainda os seguintes, externos:
• Super/hipermercados: Continente, Pingo Doce e Jumbo
• Consultores e programadores informáticos (Equipa)
• Departamento legal – Advogados
• Developers Mobile (fornecedor)
Estes serão mais amplamente analisados posteriormente, no capítulo da Comunicação.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
15
1. Termo de Abertura do Projecto
1. IDENTIFICAÇÃO <Identifica o projecto.>
Código do Projeto P_06_2012
Nome do Projeto HomeMarket Gestor do Projeto Baltasar Sete-Sóis, IPMA-C, PMP
Sponsor do Projecto Eng. AA (MMF Consulting)
Cliente do Projecto Dr. BB (Deco Proteste)
3. ÂMBITO DO PROJECTO <Identifica os principais entregáveis do projecto bem como datas de
entrega estimadas.>
No Âmbito Target Date
Caderno de Especificações 06-08-2012
Documento de Arquitectura 14-08-2012
Documento de User Interface 13-08-2012
Ficheiros PSD 15-08-2012
Ficheiros HTML 17-08-2012
Configuração Ambiente Desenvolvimento 20-08-2012
Configuração Ambiente Testes 21-08-2012
Configuração Ambiente Produção 22-08-2012
Scripts de Base de Dados 28-08-2012
Deploy para Ambiente Testes 15-10-2012
Caderno Testes 18-10-2012
Testes 02-11-2012
Manual Utilizador 12-10-2012
Manual Administração 17-10-2012
Entrada em Produção 05-11-2012
2. JUSTIFICAÇÃO <Descreve objectivos, oportunidade ou problema que o projecto vem
resolver, ie, a justificação do projecto.>
A actual situação económico-financeira vivida em Portugal, tem levado cada vez mais famílias portuguesas a ter especial atenção na hora de gastar o seu dinheiro. Como todos sabemos as despesas de supermercado representam uma fatia considerável do orçamento familiar.
Foi desta necessidade de poupar que surgiu o projecto HomeMarket, uma ideia da empresa de consultoria MMF Consulting em parceria com a Deco Proteste, em que se pretende ajudar os consumidores a conseguir o melhor preço final para as suas compras de supermercado através da criação de uma plataforma online de comparação de preços de diversos supermercados nacionais com presença online.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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5. MILESTONES <Identifica os principais milestones do projecto>
Milestone Data Estimada
Início do projecto 06-07-2012 Go live 05-11-2012
Fim do projecto 13-11-2012
6. CONSTRANGIMENTOS <Descreve restrições do projecto no que respeita ao cronograma,
orçamento, recursos, entre outros condicionantes ao projecto>
Tipo de Constrangimento Descrição
Cronograma O site tem que estar disponível antes de 15 de Março, dia Mundial dos Direitos do Consumidor
Orçamento O orçamento disponibilizado está limitado a 100.000€
7. PRESSUPOSTOS <Descreve pressupostos do projecto, que deverão ser validados.>
Tipo de Pressuposto Descrição
Acesso a Dados Externos Disponibilidade das cadeias de hipermercados para permitir o acesso em tempo real e directamente aos preços de venda
Disponibilidade da Equipa Disponibilidade da Equipa de acordo com as alocações planeadas
Fornecedores Domínio na implementação de soluções mobile
Disponibilidade do Cliente Disponibilidade do Cliente para validações e aceitação de entregáveis
4. NÃO-ÂMBITO DO PROJECTO <Identifica aquilo que não constitui entregável do projecto.>
Tudo o que não está explicitamente incluído na tabela acima está implicitamente excluído: Formação aos administradores Contractos com estafetas Outros
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
17
9. FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO <Identifica quais os factores críticos que terão de se
verificar para conduzir ao sucesso do projecto.>
ID Factor
1 Definição clara do âmbito do projecto, nomeadamente, requisitos dos entregáveis
2 Sponsorship e envolvimento do Cliente
3 Comunicação constante entre a Equipa e Gestor de Projecto
4 Disponibilidade do Cliente para esclarecimento de dúvidas e validações
5 Processo de controlo de alterações bem definido e conhecido por todos
10. APROVAÇÃO <A aprovação do Termo de Abertura indica que o conteúdo deste documento
foi compreendido e aceite. Quando assinado, o projecto descrito é formalmente reconhecido
e é atribuído ao Gestor de Projecto o poder para iniciar o projecto.>
O Sponsor do Projecto:
__________________________________
Eng. AA, MMF Consulting
Lisboa, 06 de Julho de 2012.
8. MODELO DE GOVERNO <Identifica momentos de controlo no projecto.>
Modelo de Governo Informação
Ponto de Situação com Equipa
Periodicidade Semanal
Dia / Hora Sextas-feiras / 12h-13h
Reunião de Steering Periodicidade Mensal
Dia / Hora Última Quinta-feira / 16h-18h
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
18
2. Plano de Gestão do Projecto
O plano de Gestão do Projecto é um documento essencial para o projecto, contendo nos seus
vários planos subsidiários orientações importantes sobre como o projecto será executado,
gerido e controlado. Este é um documento que deve ser revisto e alimentado ao longo do
tempo, de acordo com a evolução do projecto.
A. Âmbito
O âmbito do projecto é a manifestação daquilo que é o projecto, ao nível das entregas que
deverão ocorrer e tem a sua representação e instanciação na WBS.
A Work Breakdown Structure (WBS) representa a estrutura de decomposição do trabalho, isto
é, traduz aquilo que o trabalho vai entregar, sob uma forma hierárquica e orientada ao
entregável. O seu objectivo é decompor o trabalho em elementos cada vez menores, até ao
menor nível gerível, o do work package.
Em conjunto com o Dicionário da WBS e com a definição do âmbito (scope statement),
representam a baseline do âmbito do projecto.
Para o projecto Home Market definiu-se a seguinte WBS, composta por cinco fases, e
representada de forma gráfica abaixo, com os diferentes work packages:
0. Projecto Home Market
1. Iniciação
1.1. Business Case
1.2. Termo de Abertura
2. Estruturação
2.1. Plano de Projecto
2.2. Plano de Gestão de Projecto
2.3. Reunião de Kick-off
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
19
3. Execução
3.1. Análise
3.1.1. Especificações
3.1.1.1. Caderno de Especificações
3.2. Design
3.2.1. Arquitectura
3.2.1.1. Documento de Arquitectura
3.2.2. User Interface
3.2.2.1. Documento de User Interface
3.2.3. Design
3.2.3.1. Ficheiro PSD
3.2.3.2. Ficheiros HTML
3.3. Implementação
3.3.1. Configuração
3.3.1.1. Configuração do Ambiente de Desenvolvimento
3.3.1.2. Configuração do Ambiente de Testes
3.3.1.3. Configuração do Ambiente de Produção
3.3.2. Integração
3.3.3. Base de Dados
3.3.3.1. Scripts de Base de Dados
3.3.4. Core
3.3.5. Interface
3.3.5.1. Deploy para ambiente de Testes
3.4. Verificação
3.4.1. Caderno de Testes
3.4.2. Testes
3.5. Documentação
3.5.1. Manual de Utilizador
3.5.2. Manual de Administração
3.6. Rollout
3.6.1. Entrada em Produção
4. Monitorização e Controlo
5. Encerramento
5.1. Termo de Encerramento
5.2. Lições Aprendidas
20
0. Projecto Home Market
1. Iniciação
1.1 Business Case
1.2 Termo de Abertura
2. Estruturação
2.1 Plano Projecto
2.2 Plano GP
2.3 Reunião kikc-off
3. Execução
3.1 Análise
3.1.1 Especificações
3.2 Design
3.2.1 Arquitectura
3.2.2 User Interface
3.2.3 Design
3.3 Implementação
3.3.1 Configuração
3.3.2 Integração
3.3.3 Base de Dados
3.3.4 Core
3.3.5 Interface
3.4 Verificação
3.4.1 Caderno Testes
3.4.2 Testes
3.5 Documentação
3.5.1 Manual Utilizador
3.5.2 Manual Administração
3.6 Rollout
3.6.1 Entrada Produção
4 Monitorização e Controlo
5 Encerramento
5.1 Termo Encerramento
5.2 Lições Aprendidas
WBS do Projecto
21
Dicionário da WBS
O Dicionário da WBS constitui-se de especial relevância, já que dota a Equipa de uma
linguagem comum e permite que todos tenham um entendimento claro sobre a natureza de
cada elemento da WBS.
ID Elemento da WBS Descrição Critério de Aceitação
1 Iniciação
1.1 Business Case Documento que justifica a realização do projecto, viabilidade e sua exequibilidade
Conforme template da empresa; validado pelo PMO e disponível e aceite pelo Cliente
1.2 Termo de Abertura Documento que formaliza a existência do projecto e autoriza o Gestor de Projecto a iniciar o projecto
Conforme template da empresa; validado pelo PMO; assinado pelo Sponsor
2 Estruturação
2.1 Plano de Projecto
Plano que apresenta a estrutura de actividades, sequenciação, recursos, etc, e que é utilizado para planeamento e controlo do projecto
Conforme template MS Project da empresa; validado pelo PMO; disponível e aceite pelo Cliente
2.2 Plano de Gestão de Projecto
Conjunto de documentos que define como o projecto será planeado, gerido e controlado nas suas diferentes componentes (âmbito, tempo, custo, qualidade, comunicação, etc)
Conforme template da empresa; validado pelo PMO; disponível e aceite pelo Cliente
3 Execução 3.1 Análise
3.1.1 Caderno de Especificações O caderno de especificações detalhe requisitos técnicos e de negócio da solução
Conforme requisitos levantados; disponível e aceite pelo Cliente
3.2 Design 3.2.1 Arquitetura
3.2.1.1 Documento de Arquitetura Este documento especifica a arquitetura da solução a implementar.
Incluir especificações técnicas e diagramas de fluxos de dados; disponível e aceite pelo Cliente
3.2.2 User Interface
3.2.2.1 Documento User Interface O documento de User Interface define a disposição da interface de utilizador
Incluir wireframes finais validados pelo cliente, assim como o relatório de testes de usabilidade realizados; disponível e aceite pelo Cliente
3.2.3 Design
3.2.3.1 Ficheiros PSD Ficheiro vectorial produzido pelo designer
Conforme Documento de User Interface; ficheiros disponíveis e template aceite pelo Cliente
3.2.3.2 Ficheiros HTML Ficheiros HTML produzidos com base nos ficheiros PSD
Conforme ficheiros PSD; Ficheiros HTML disponíveis e
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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validados pela W3C
3.3 Implementação
3.3.1 Configuração Nesta fase deverão ser configurados os vários ambientes de desenvolvimento
Conforme Documento de Arquitectura; Ambientes disponíveis e configurados
3.3.2 Integração
Inícios da codificação da solução, os serviços de integração serão desenvolvidos nesta fase. São estes serviços que permitirão ao HomeMarket comunicar com entidades externas (supermercados)
API’s disponíveis
3.3.3 Base de Dados
Definição do modelo de dados a utilizar de acordo com os requisitos e arquitetura. Serão entregues os scripts para criação da base de dados
Script de base de dados disponível e aceite pelo Cliente
3.3.4 Core Implementação das principais funcionalidades do negócio
Ficheiros de código fonte aceites pela Qualidade
3.3.5 Interface
Implementação dos ecrãs da aplicação que vão comunicar diretamente com as funcionalidades de negócio implementadas no core
Plano de interfaces disponível e aprovado pelo Cliente
3.4 Verificação
3.4.1 Caderno de Testes Construção dos casos de testes, mapeados aos requisitos identificados
Lista da associação entre os requisitos e os casos de teste
3.4.2 Testes Realização de testes, de acordo com caderno de testes
Conformidade com caderno de testes e relatórios da execução dos testes
3.5 Documentação
3.5.1 Manual do Utilizador Documento produzido para auxiliar o utilizador durante a utilização do Homemarket
Conforme template disponível na empresa; disponível e aprovado pelo Cliente
3.5.2 Manual de Administração Documento produzido para ser utilizado pelos administradores do site (backoffice)
Conforme template disponível na empresa; disponível e aprovado pelo Cliente
3.6 Rollout Fase final em que o HomeMarket é disponibilizado aos primeiros utilizadores
Plano de rollout entregue e aceite pelo cliente; relatório de ocorrências
4 Monitorização e Controlo
4.1 Actividades de GP Inclui reuniões, steering, reporting, etc
Conforme templates e metodologia disponível na empresa; validado pelo PMO
5 Encerramento
5.1 Termo de Encerramento Documento que formaliza o fecho do projecto
Inclui tabela de variâncias; conforme template disponível na empresa; validado pelo PMO; disponível e aceite pelo Cliente
5.2 Lições Aprendidas Documento que registas as lições aprendidas com o projecto
Conforme template disponível na empresa; validado pelo PMO; inclui contributos de toda a Equipa
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
23
B. Tempo
A componente de Schedule constitui um dos elementos cruciais na triple constraint.
Para a estimativa de duração e esforço das actividades do projecto utilizou-se a abordagem
PERT, de três pontos, isto é, solicitou-se a cada elemento da Equipa envolvido na actividade
que apontasse uma estimativa pessimista, optimista e a mais provável para a sua execução.
Da mesma forma, também para a definição de dependências entre actividades se consultou a
Equipa, tendo-se daí obtido a seguinte timeline que espelha de uma forma rápida e objectiva
os principais milestones do projecto:
O cronograma final abaixo apresentado (após nivelamento de recursos e optimização do plano
de projecto), sob a forma de Gantt Chart, mostra com maior detalhe a sequenciação e duração
das actividades, num total de 107 dias de duração de projecto.
27
A sumarização dos principais eventos do projecto, pode ainda definir-se pelo Milestone Chart
abaixo:
Milestones Data Estimada
Business case aceite 05-07-2012 Fim de Iniciação 06-07-2012 Fim de planeamento 25-07-2012 Caderno de especificações aceite 06-08-2012 Documento de arquitectura aceite 14-08-2012 Documento de usabilidade aceite 13-08-2012 Template aceite 15-08-2012 Ficheiros HTML validados pela W3C 17-08-2012 Design concluído 17-08-2012 Configuração de Ambientes concluída 22-08-2012 Ficheiros de código fonte aceites pela Qualidade 28-09-2012 Deploy concluído com sucesso 15-10-2012 Testes concluídos com sucesso 02-11-2012 Go live 05-11-2012 Fim de Execução 05-11-2012 Fim do Projecto 13-11-2012
De acordo com a rede de precedências definidas, resultou o seguinte caminho crítico, visível
esquematicamente no Network Diagram representado, bem como, com mais detalhe, na
indicação de quais as actividades que são críticas, isto é, aquelas com folga de zero dias e,
portanto, onde não se pode verificar qualquer atraso sob prejuízo de impactar na data fim do
projecto:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
29
C. Custo
A componente de custo é, a par da de Schedule, uma das mais prementes na gestão do
projecto.
Para o projecto HomeMarket foi disponibilizado um budget de 100.000€.
Considerando que uma elevada proporção dos custos advém da utilização dos recursos
humanos (work), apresenta-se seguidamente as standard rates horárias que foram
consideradas, de acordo com a prática do mercado:
Recurso Rate
Analista de Negócio 50 € Gestor de Projecto 60 € System Architect 60 € Web Designer 40 € User Interface Designer 40 € System Administrator 60 € Developer Jr. 25 € Developer Sr. 40 € Tester 25 € Technical Writer 30 € PMO Manager 40 €
No que respeita à decomposição dos custos planeados, estes distribuem-se da seguinte forma:
Orçamento Total 100.000€
Reserva de Gestão 3.505€ Baseline Cost 96.495€
Reserva de Contingência 2.000€ Custos com Recursos Humanos 82.495€
Analista de Negócio 6.550€ Gestor de Projecto 41.880€ System Architect 6.600€ Web Designer 1.840€ User Interface Designer 2.000€ System Administrator 2.940€ Developer Jr. 5.300€ Developer Sr. 9.480€ Tester 2.775€ Technical Writer 1.590€ PMO Manager 1.540€
Custos com Fornecedores 12.000€ Contrato de Consultoria 12.000€
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
30
Assim, a baseline de custo do projecto é de 96.495€. Este valor inclui uma reserva de
contingência, conforme melhores práticas de Gestão de Projecto, a fim de fazer face a
eventuais riscos conhecidos que possam verificar-se no projecto. O valor remanescente face
ao budget disponibilizado será considerado na rubrica de reserva de gestão para fazer face a
riscos desconhecidos que possam ocorrer.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
31
Qualidade
Plan
Do
Check
Act
D. Qualidade
A Gestão da Qualidade tem como objectivo a implementação de políticas e procedimentos que
garantam, tanto quanto possível, que o projecto atinge os objectivos e satisfaz as necessidades
para que foi concebido.
Os principais processos definidos são:
• Planear a qualidade – Identificar os standards, políticas ou procedimentos de
qualidade, disponíveis para o tipo de projecto em causa e para a qualidade do esforço
de gestão de projecto.
• Executar a Garantia da Qualidade (Quality Assurance) – Conjunto de actividades que
asseguram que os procedimentos da qualidade estão a ser devidamente realizados.
Engloba auditorias periódicas ao projecto durante a sua execução.
• Controlar a Qualidade (Quality Control) – Conjunto de actividades que têm como
objectivo, garantir o nível de qualidade definido e planeado, “medindo” o grau de
conformidade com o definido no Plano de Qualidade.
Os processos de qualidade definidos para o projecto estão alinhados com o Sistema de Gestão
da Qualidade da MFF e serão objecto de melhoria contínua, num processo típico de PDCA
(Plan-Do-Check-Act), ilustrado na figura abaixo:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
32
• Planear (Plan) – Os processos são objecto de planeamento;
• Fazer (Do) – Os processos são executados;
• Rever (Check) – Os processos são auditados para verificar a sua adequação e são
planeadas melhorias sempre que tal seja necessário;
• Agir (Act) – As melhorias são implementadas nos processos
Atendendo ao âmbito do projecto, um dos standards que a Equipa procurará seguir respeita à
ISO 9126 que aborda as métricas de qualidade de software, nos critérios abaixo
representados:
Para o projecto, além da exigível conformidade aos requisitos, e integrando os melhores
princípios do SEI-CMMI, a qualidade do software será mensurável através dos seguintes
parâmetros:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
33
Medida Métrica
Funcionalidade Coerência entre os requisitos levantados inicialmente e as funcionalidades efectivamente entregue.
Confiabilidade Rácio entre número de linhas de código e erros detectados. Rácio entre erros levantados e corrigidos na fase de testes.
Usabilidade Coerência entre os ecrãs definidos na fase de design e os ecrãs que foram efectivamente implementados.
Eficiência Análise da performance na solução. Eficiência na resolução do problema apresentado inicialmente.
Manutenibilidade Rácio entre número de linhas de código e funcionalidades. Analisar a complexidade do código produzido, utilizando ferramentas para métricas.
Portabilidade Analisar a portabilidade da solução entre os vários browsers e sistemas operativos.
Todos os processos que formam o projecto consideram ainda as recomendações do normativo
ISO 9001:2008, uma vez que a MMF tem em curso a preparação da certificação do seu Sistema
de Gestão da Qualidade.
Porque o projecto assenta sobre uma Gestão de Projecto profissional, tem-se ainda em
consideração as boas recomendações da actual ISO 10006:2003, e os correntes
desenvolvimentos da futura ISO 21500, tendo-se desenvolvido ainda, ao nível da ferramenta
de planeamento e controlo MS Project, uma vista para o controlo da Qualidade do
planeamento, por parte da Gestão do Projecto.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
34
E. Comunicação
Qualquer projecto, para ser bem-sucedido, tem inerente a necessidade de uma comunicação
eficaz, correta e oportuna entre todas as partes interessadas, os Stakeholders, que sofrerão o
impacto do projecto e/ou exercerão influência sobre o mesmo, com os seus diferentes níveis
de interesse e poder.
Obter o buy-in e engajamento de todos os Stakeholders, em especial dos considerados chave
para o projecto, é, de resto, um factor crítico de sucesso que deve ser perseguido.
Efectivamente, uma efectiva gestão de Stakeholders implica a maximização dos apoios e a
minimização das ameaças, através do necessário envolvimento e tendo em conta a velha
máxima de que “ninguém destrói aquilo que ajuda a construir”.
Os Stakeholders-chave assumem assim papéis críticos na comunicação do valor do projecto e,
por conseguinte, exigem por parte da gestão do projecto um acompanhamento constante.
Para obter o nível de compromisso pretendido para cada um dos grupos-chave é necessária
uma abordagem sistemática na gestão da comunicação relacional com cada um destes grupos,
ao longo do ciclo de vida do projecto.
O processo de comunicação a seguir no projecto atenderá aos seguintes eixos de actuação.
• Identificar os Stakeholders
• Avaliar e classificar os Stakeholders-chave do projecto
• Estabelecer uma estratégia e plano de gestão dos Stakeholders, de forma a se
estabelecer e definir acções concretas de gestão de cada stakeholder mediante o seu
interesse e poder e comportamento pretendido face ao projecto
• Analisar de forma regular os Stakeholders-chave ao longo do projecto, com
mapeamento das respectivas posições e acompanhamento de tendências.
Identificação e Gestão de Stakeholders
Existindo vários actores, internos e externos, aptos a influenciar um projecto, o Gestor de
Projecto deve procurar identificar o mais cedo possível os Stakeholders impactados e com
impacto no projecto.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
35
Nesse sentido, para o projecto HomeMarket, foram identificados os Stakeholders abaixo:
Nome Organização Papel Poder Interesse Estratégia
Eng. AA MMF Sponsor Elevado Poder
Elevado Interesse
Gerir Activamente
Dr. BB Deco
Proteste Cliente
Elevado Poder
Elevado Interesse
Gerir Activamente
CC Continente Participante Moderado
Poder Moderado Interesse
Manter Satisfeito
DD Pingo Doce Participante Moderado
Poder Moderado Interesse
Manter Satisfeito
EE Jumbo Participante Moderado
Poder Moderado Interesse
Manter Satisfeito
FF Mais Mobile Develop. Sr. Fornecedor
Reduzido Poder
Moderado Interesse
Manter Informado
FI Mais Mobile Develop. Jr. Fornecedor
Reduzido Poder
Reduzido Interesse
Monitorizar
ADV Deco
Proteste Dep. Legal
Elevado Poder
Reduzido Interesse
Manter Satisfeito
Note-se que a identificação de Stakeholders é um processo vivo e contínuo, já que no decorrer
do projecto novos Stakeholders podem surgir ou pode haver lugar a alterações nos factores
(ex. poder, interesse) inicialmente enumerados.
De acordo com a informação registada acima, no que concerne à classificação dos
Stakeholders, é possível agora traçar a matriz de gestão de Stakeholders assim esquematizada:
Gerir
Activamente
Manter
Satisfeito
Manter
Informado Monitorizar
Poder
Interesse
AABB
CC
DD
EE
FF
FI
ADV
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
36
Para concretizar a estratégia de gestão de Stakeholders são considerados os seguintes planos
de acção:
Nome Comportamento Plano de Acção
Eng. AA Apoiante Envolvimento integral no projecto
Dr. BB Apoiante Reuniões mensais, comunicação constante, almoços
semanais
CC Neutro
Desenvolver relação de confiança com a cadeia de supermercado, mantendo informado da evolução do
projecto, convidar para acção de team building do projecto com storytelling de apresentação benefícios
DD Bloqueante
Desenvolver relação de confiança com a cadeia de supermercado, mantendo informado da evolução do
projecto, convidar para acção de team building do projecto com storytelling de apresentação benefícios,
marcar almoço
EE Apoiante
Desenvolver relação de confiança com a cadeia de supermercado, mantendo informado da evolução do
projecto, convidar para acção de team building do projecto com storytelling de apresentação benefícios
FF Neutro Envolver com Equipa interna, convidar para acções de
comemoração milestones
FI Apoiante Envolver com Equipa interna, convidar para acções de
comemoração milestones
ADV Apoiante Manter a boa relação entre as marcas/supermercados presentes no sistema, Reuniões mensais, comunicação
constante
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
37
Matriz de Comunicação
Directamente relacionada com a gestão dos Stakeholders, e porque é exigida uma boa
comunicação para saber gerir e endereçar as suas expectativas para o projecto, está também a
gestão da comunicação, isto é, identificar o que comunicar, de que forma, a quem e com que
frequência.
É igualmente importante garantir que a informação é recebida e é eficiente, pelo que a
distribuição da informação deverá também ser considerada, de forma a garantir que cada
stakeholder ou grupo de Stakeholders recebe a informação apropriada no formato apropriado
e com a frequência apropriada.
Na sequência do exposto, está definida a matriz abaixo de comunicação para o projecto. Esta
matriz será mantida e ajustada de acordo com a evolução do projecto:
Tipo De quem Para quem Frequência Meio
Kick-off Gestor de Projecto
Equipa, Sponsor Única Reunião e Acta
de Reunião
Ponto de situação semanal
Equipa Gestor de Projecto
Semanal Reunião
Steering Gestor de Projecto
Sponsor, Equipa Mensal Reunião
Devido às características do Project Server 2010 esta plataforma servirá também de suporte
privilegiado à comunicação entre os membros da Equipa, sendo que, ao longo da fase de
Execução será disponibilizado um site de projecto (workspace) que se constituirá como o
elemento agregador da comunicação de projecto.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
38
F. RH
Um projecto não existe sem pessoas. Portanto, para que o projecto seja bem-sucedido é
importante definir uma estrutura formal para que a Equipa envolvida possua um claro
entendimento das suas responsabilidades e autoridades definidas na realização das
actividades do projecto.
Organizational Breakdown Structure
Nesse sentido, um dos primeiros passos é o de estabelecer a Organizational Breakdown
Structure (OBS) do projecto. De acordo com os requisitos de recursos identificados, esta
compreende os perfis de Sponsor, Gestor de Projecto, Analista de Negócio, Web Designer,
User Interface Designer, Developer e Tester, esquematizados abaixo:
Funções e Responsabilidades
A correcta definição e documentação das responsabilidades dos diferentes intervenientes é
um factor crítico de sucesso. O foco na organização e responsabilidades asseguram que:
• As responsabilidades-chave sejam documentadas, percebidas e conhecidas por todos
os Stakeholders do projecto;
• A inter-relação entre a Equipa, Gestor de Projecto e Sponsor seja estabelecida de
forma a maximizar o sucesso do projecto.
Sponsor
Gestor de Projecto
Analista de Negócio
Web Designer
Developer Tester ...
Equ
ipa
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
39
Assim, para cada um dos Perfis enunciados, atente-se no seu descritivo de funções e
responsabilidades sumárias:
Função Papel Principais Responsabilidades
Sponsor
Responsável máximo do projecto. O seu perfil é o de um gestor com
capacidade de decisão para resolução de qualquer situação que
possa resultar em desvios aos objectivos do projecto
� Assegurar que o projecto recebe prioridade e recursos suficientes
� Disponibilizar recursos financeiros do projecto � Aprovar e aceitar os entregáveis do projecto � Definir as necessidades e objectivos do projecto � Apoiar na resolução de problemas no projecto � Identificar e documentar lições aprendidas
Gestor de Projecto
Responsável pelo sucesso do projecto e por alcançar os objectivos
e resultados do projecto nos vectores tempo, qualidade e custo,
de acordo com o definido. A sua missão é planear, coordenar e gerir os recursos atribuídos ao projecto,
informando periodicamente o Sponsor sobre a evolução e situação
do mesmo e assegurar os respectivos reportings
� Assegurar o sucesso do projecto � Garantir entrega do âmbito definido, com a
qualidade definida e no prazo e orçamento acordado
� Gerir as expectativas dos diferentes Stakeholders, com uma comunicação eficaz e regular e assegurando o envolvimento e comprometimento de todos
� Desenvolver e manter o plano de gestão do projecto
� Estabelecer a estrutura do projecto, organizar a Equipa e definir papéis e responsabilidades no projecto
� Manter a Equipa motivada e disponibilizar formação quando necessário
� Gerir, monitorizar e controlar o progresso do projecto
� Identificar e delinear respostas aos riscos do projecto
� Obter aprovação formal para os entregáveis do projecto
� Identificar e documentar lições aprendidas
Equipa
Responsável pela execução do projecto, bem como por reportar o
progresso das mesmas junto do Gestor de Projecto; deve ainda
contribuir na identificação e resolução de issues e riscos que
possam colocar em causa o normal decurso do projecto
� Fornecer estimativas para o planeamento � Conduzir as actividades de acordo com o
estabelecido no plano de projecto � Desenvolver a documentação técnica do projecto � Identificar e documentar riscos � Identificar e documentar lições aprendidas
De acordo com o seu perfil, note-se que a todos estes estão associadas competências técnicas,
comportamentais e contextuais que se deverão verificar para uma boa execução do projecto.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
40
Matriz de Responsabilidades (RACI-VS)
Definidas a WBS e a OBS, deverá estabelecer-se uma matriz de responsabilidades, que permita
cruzar as tarefas definidas com os intervenientes e diferentes responsabilidades.
A matriz de responsabilidades, abaixo representada, é uma importante ferramenta de
comunicação que deve ser apresentada à Equipa desde logo, pois permite estabelecer
expectativas sobre a área de intervenção de cada elemento e definir claramente
responsabilidades. Abaixo, apresenta-se, a título de exemplo, para aquelas actividades que o
Gestor de Projecto pretendeu destacar e esclarecer:
Actividade GP
An
alis
ta
Ne
góci
o
Syst
em
Arc
hit
ect
We
b D
esi
gne
r
Use
r In
terf
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De
sign
er
Syst
em
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.
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velo
pe
r Sr
.
Test
er
Tech
nic
al
Wri
ter
PM
O
Man
ager
Clie
nte
Business Case A;R V S
Plano Gestão Projecto
A;R I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C V S
Documento User Interface
V V A;R V S
Ficheiros HTML V V C C R A S
Testes V R;A S
Documentação V C;I A;R S
Entrada em Produção
V I I I I A;R I V I I I S
Actividades de GP A;R I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C I;C V S
R – Responsible – quem executa A – Accountable – quem é o responsável C – Consulted – quem deve ser consultado I – Informed – quem deve ser informado V – Verify – quem verifica S – Sign-off – quem faz o sign-off
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
41
Aquisição da Equipa
De acordo com a OBS apresentada, e havendo competências internas e especializadas no
âmbito core do projecto, a maioria da Equipa consiste em recursos internos à MMF. Neste
caso, sendo a MMF uma organização fortemente orientada a projectos e estando dotada de
uma estrutura projectizada, a aquisição da Equipa será realizada no início do projecto,
recorrendo à resource pool, identificando quais os melhores recursos aptos a integrar a Equipa
dentre os disponíveis e de acordo com os níveis de alocação previstos para o projecto.
Uma vez que o projecto compreende no seu âmbito a integração com aplicações mobile e esse
não é o core da organização, optou-se por subcontratar, em regime de outsourcing, um
recurso para executar aquelas actividades. O processo de aquisição encontra-se descrito com
maior detalhe no plano de Procurement.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
42
Calendarização de Recursos
Considerando o cronograma de projecto planeado, as necessidades de recursos ao longo do
tempo obedecem a períodos de alocação diferenciada. Abaixo, tome-se o exemplo do
histograma de utilização do System Administrator:
Como se verifica, numa primeira abordagem este recurso encontrava-se sobre-alocado. A fim
de resolver as sobrealocações existentes entre os recursos procedeu-se a técnicas de
nivelamento de cargas, como a revisão da sequenciação das tarefas (fast-tracking) e o ajuste
na distribuição das cargas, quando possível, de forma a assegurar não mais do que as 8h
diárias.
Deste modo, numa segunda iteração, a alocação do System Administrator apresentava-se da
seguinte forma:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
43
De uma forma geral, a alocação de recursos ao longo dos meses do projecto caracteriza-se
conforme abaixo:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
44
Formação
Ao abrigo do projecto, e dado que a Equipa tem o conjunto de skills necessários para o
projecto, não está prevista a necessidade de realização de formação. Porém, se no desenrolar
do projecto e na sequência das avaliações de desempenho, forem identificadas necessidades
de formação, as mesmas serão devidamente apresentadas ao Sponsor do projecto, em virtude
de eventual necessidade de financiamento para a mesma.
Avaliações de Desempenho
De forma a, entre outros, permitir o crescimento pessoal e profissional da Equipa, o Gestor de
Projecto levará a cabo avaliações de desempenho de cada elemento da Equipa, mensalmente.
A avaliação de desempenho assentará na atribuição de uma nota, numa escala de 1 a 4, e na
apresentação dos pontos fortes e a melhorar nas componentes técnicas, comportamentais e
contextuais.
Para esta avaliação de desempenho será ainda utilizado o método STAR, em que é solicitado
ao membro da Equipa que descreva uma Situação (S), indicando a Tarefa (T) levada a cabo
para lidar com a situação, qual a Actividade (A) realizada e qual o Resultado (R) alcançado em
sua consequência. Tal permite que seja o avaliado a identificar uma situação que pretende
destacar e fornece uma visão e avaliação orientada ao resultado, concreta e factual.
Reconhecimento e Recompensas
É hoje sabido e comummente aceite que a motivação das Equipas não provém apenas da
retribuição salarial mas também de outras recompensas e da capacidade de reconhecimento
nos momentos-chave. De resto, “obrigado” é das palavras mais importantes em Gestão de
Projecto.
Apesar das condicionantes do projecto não permitirem amplo espaço para recompensas, estão
planeados alguns momentos e/ou elementos de reconhecimento e recompensa para a Equipa
do projecto, nomeadamente:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
45
• Momento de descontracção, vulgo “saída para copos”, após atingir de cada milestone
no Schedule previsto;
• “Foto de família” do projecto na newsletter interna mensal da organização;
• 10 entregas grátis nas compras adquiridas através do website HomeMarket para os
elementos que obtenham pelo menos cinco vezes a nota 4 na avaliação de
desempenho mensal.
Código de Conduta
O código de conduta do projecto constitui um documento fundamental no relacionamento
com e entre a Equipa, pois estabelece um compromisso de orientação ética e profissional na
conduta, além de definir um conjunto de ground rules e comportamentos expectáveis e
desejáveis no seio do projecto, não negociáveis.
Assim, para o projecto Home Market, definiram-se os seguintes valores aos quais a Equipa de
Projecto deve obedecer:
A. Respeito
• Não discriminamos com base em critérios como, entre outros, sexo, raça, idade,
religião, incapacidade, nacionalidade ou orientação sexual
• Tratamos todos os Stakeholders de forma profissional, respeitosa e cordial,
procurando aperfeiçoar os processos de comunicação e de relacionamento
• Agimos de forma cortês, com disponibilidade e atenção a todas as pessoas com que
nos relacionamos, respeitando as diferenças individuais.
• Não prejudicamos a reputação de colegas ou chefias por meio de julgamentos
preconceituosos, falso testemunho, informações não fundamentadas ou qualquer
outro subterfúgio
B. Justiça
• Não usamos o cargo, função, actividade, facilidades, posição e influência com o fim de
obter qualquer favorecimento para nós mesmos ou para outrem
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
46
C. Honestidade
• Somos transparentes e imparciais nas nossas decisões e honramos os compromissos
que assumimos
• Negociamos de boa-fé
• Fornecemos informações precisas e oportunas
D. Responsabilidade
• Tomamos decisões e agimos com base nos melhores interesses da sociedade, na
segurança pública e no meio ambiente
• Não divulgamos informações estratégicas e de carácter sigiloso da empresa e do
projecto
• Quando nos consideramos não capacitados para executar alguma tarefa, procuramos
os colegas ou Gestor de Projecto a fim de obter os meios para superar essas limitações
E. Solidariedade
• Trabalhamos num clima de integração, companheirismo e colaboração com toda a
Equipa
F. Desenvolvimento Profissional
• Partilhamos lições aprendidas e promovemos uma aprendizagem contínua
• Aprendemos com base nos nossos próprios erros ou de outrem, eliminando as suas
causas e evitando a sua repetição
• Consideramos as críticas construtivas, feitas com transparência e através dos canais
adequados, como uma demonstração de lealdade ao projecto e aos colegas
• Estimulamos a manifestação de ideias, quando alinhadas com os objectivos do
projecto e discutidas em fóruns próprios.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
47
G. Risco
Tendo sido feita no Business Case uma primeira análise preliminar dos riscos associados ao
projecto, apresentamos de seguida uma análise mais completa sobre aqueles, incluindo planos
de resposta definidos, pois a gestão do risco é um processo iterativo e que exige monitorização
constante.
A gestão do risco consiste em identificar, analisar, planear e responder, de forma antecipada,
aos eventos de risco - aqui considerado como um evento incerto e com dada probabilidade de
ocorrência e impacto no projecto - que possam ocorrer ao longo do projecto e cujos impactos
se traduzam em efeitos negativos ou positivos (oportunidades) para os objectivos do projecto.
Assim, antes de se avançar para a análise dos riscos identificados, é imperativo que toda a
Equipa tenha o mesmo entendimento sobre as escalas de impacto usadas, sendo por isso
abaixo apresentadas as matrizes de definição de Impacto a considerar no projecto:
Estas escalas têm por objectivo uniformizar a linha de pensamento dos diversos participantes
na análise qualitativa de eventos de risco, para que estes consigam enquadrar, o mais
objectivamente possível, cada um dos eventos numa das classes, tanto de probabilidade como
de impacto. Com estas escalas pretende-se também (e principalmente quando não há
possibilidade de quantificar estes valores para cada evento de risco) possibilitar a sua
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
48
Muito Elevada 90%
Elevada 70%
Média 50%
Baixo 30%
Muito Baixo 10%
0,1 0,2
0,080,005 0,01 0,02 0,04
0,18 0,36
0,4
0,015 0,03 0,06 0,12 0,24
0,025 0,05
0,8
0,72
0,035 0,07 0,14 0,28 0,56
0,045 0,09
0,2 0,4
Importância (Probabil idade*Impacto)
Probabilidade
Impacto
0,05 0,1
avaliação, atribuindo-lhes um valor que permita efectuar uma comparação entre eles e
ordená-los.
A escala de probabilidade encontra-se dividida, em termos intervalares, em cinco níveis, sendo
o valor das diferentes probabilidades aquele que é utilizado no cálculo do valor do evento de
risco, combinado o impacto e a probabilidade de ocorrência atribuídos. Tal permite uma mais
fácil visualização da concentração dos eventos e o seu posicionamento em cada uma das zonas
identificadas.
De acordo com esta tipificação, obtemos diferentes patamares de criticidade do risco, que
exigirão medidas diferenciadas, nomeadamente, a exigência de uma acção imediata (cor
laranja), do planeamento de uma resposta (cor amarela), ou de documentar e colocar em
watchlist (cor verde).
Estando definidas as escalas a usar para a análise e avaliação qualitativa do risco, apresenta-se
seguidamente, os riscos identificados até à data presente:
49
ID Risco Categoria Probabil
idade Impacto
Estratégia Resposta
Plano Resposta Trigger Owner
1 Falha no orçamento de implementação Gestão Projecto
Baixa Médio Mitigar Controlo semanal de orçamento (CPI e EAC); revisão baseline
CPI < 0,8 GP
2 Falta de apoio e envolvimento da alta direcção
Gestão Stakeholders
Baixa Elevado Mitigar Reuniões mensais de evolução de projecto; comunicação constante
Ausência em reuniões; ausência de feedback
GP
3 Perda de prioridade do projecto na organização
Gestão Projecto
Baixa Elevado Mitigar Apresentação de resultados mensais; comunicação constante com Sponsor
Desvio de recursos para outros projectos
GP
4 Envolvimento insuficiente dos utilizadores na implementação do sistema
Gestão Stakeholders
Média Elevado Mitigar Convocar para reuniões
Críticas infundamentadas; resistência à implementação
GP
5 Falta de integração e/ou confiança entre o implementador e o cliente
Gestão Stakeholders
Baixa Médio Mitigar Pontos de situação semanais
Críticas infundamentadas; resistência à implementação
GP
6 Mudanças nos requisitos do sistema durante o projecto
Gestão Projecto
Elevada Elevado Mitigar
Reuniões de esclarecimento de requisitos; monitorização do plano de requisitos; controlo da gestão de alterações
Submissão de pedido de Alteração de Requisitos
Analista Negócio
7 Falha na estimativa dos prazos de implementação
Gestão Projecto
Média Médio Mitigar Controlo semanal de Schedule (SPI e EDAC); crashing e fast tracking do calendário
SPI < 0,8 GP
8 Falta de qualidade dos dados a integrar Tecnologia Média Elevado Mitigar Solicitação prévia de lista de preços e/ou recolha de lista por colaboradores internos
Limitação no mapeamento na fase de Integração (API)
System Admin
9 Arquitectura inadequada da implementação
Tecnologia Média Elevado Mitigar Testes sobre diferentes versões da arquitectura
Peer review apresenta dúvidas
System Archit.
10 Testes do sistema pouco efectivos Tecnologia Média Elevado Mitigar Caderno de testes com critérios de aceitação bem definidos
Erro no deploy para ambiente de testes
Tester
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Para uma efectiva resposta aos riscos identificados serão tidas em conta técnicas como o
Fishbone Diagram, esquematizado abaixo, ou a técnica dos 5 Whys.
Falha totalda aplicação
Complexidade -Definição doProjecto
AmbienteHardware
Ambiente/ Envolvente -Competências Especializadas
AmbienteSoftware
Análise deRequisitos Pobre
Inexistência detestes de aceitação
Falta de exposiçãoao mundo real
Formaçãodesadequada
Hardware da aplicaçãonão suportado
Teste de sistemadiferente da produção
Uso de versãodiferente
Uso de dadosdiferentes
Ask Why 5 Times (Exemplo)
Descrição do Problema: Os utilizadores estão insatisfeitos com a aplicação disponibilizada.
1 Porque é que os utilizadores estão insatisfeitos com a aplicação?
Porque a aplicação não contém algumas funcionalidades importantes.
2 Porque é que a aplicação não contém algumas funcionalidades importantes?
A aplicação foi desenvolvida de acordo com requisitos que as não contemplavam.
3 Porque é que as especificações não contemplavam as funcionalidades importantes?
Porque os utilizadores não participaram na definição de especificações.
4 Porque é que os utilizadores não participaram na definição de especificações?
Porque não estavam integrados na Equipa de Projecto.
5 Porque é que os utilizadores não estavam integrados na Equipa de Projecto?
Porque o Plano de Gestão do Projecto não foi bem definido.
Causa: Plano de Gestão do Projecto mal definido / falhas na definição do projecto.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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H. Fornecedores
O âmbito do projecto HomeMarket é favorecido no sentido em que assenta sobre as
competências core internas à MMF. Porém, no que respeita às aplicações mobile, esta não é a
especialização da empresa, que viu na subcontratação desta componente a melhor opção a
tomar.
Assim, para essa parte do âmbito foi realizado um contrato de preço fechado no valor de
12.000€, com uma empresa especializada no sector, a Mais Mobile.
Esta foi considerado o tipo de contrato mais adequado uma vez que o âmbito é conhecido e
está bem definido.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Identificar
Avaliar
Decidir
Implementar
I. Gestão de Alterações
Muitas vezes os projectos falham devido a um ineficiente processo de gestão e controlo de
alterações. Assim, porque as alterações são inevitáveis, esta temática assume especial
preponderância na gestão do projecto HomeMarket.
São os seguintes os objectivos do sistema de controlo de alterações implementado no
projecto:
• Gerir os Pedidos de Alteração, de modo a manter o âmbito do projecto controlado;
• Garantir a formalização dos Pedidos de Alteração;
• Garantir a avaliação do impacto de cada Pedido de Alteração nos objectivos do
projecto – âmbito, prazo, recursos, custo, qualidade e risco;
• Garantir que o impacto das alterações pedidas é efectivamente compreendido pelos
principais Stakeholders, bem como devidamente documentado, gerido e
implementado caso seja aceite;
• Garantir que cada Pedido de Alteração é aceite, rejeitado ou diferido pelo responsável
apropriado;
• Assegurar a implementação ordenada e controlada de cada alteração aceite.
Assim, cada Pedido de Alteração deverá fluir através de uma sequência de estados, sendo de
destacar o papel do Change Control Board definido no processo de aprovação/rejeição da
alteração.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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1. Cenários de Execução
O sucesso de um projecto depende da forma como os gestores escolhem a melhor estratégia
para atingir os objectivos propostos.
A MMF sabe pela sua experiência que, no dia-a-dia do projecto, será necessário tomar
decisões baseadas em dados rigorosos, factuais e objectivos, de forma célere e por isso
utilizará neste projecto um sistema de reporte de métricas Earned Value Management (EVM)
que permite uma leitura simples e clara em tempo real do estado de performance do projecto,
informação necessária para a tomada de decisões de gestão baseadas em indicadores reais.
O termo “Earned Value” é um conceito muito valioso nos dias que correm e afirmando-se
como uma metodologia indispensável na área de Gestão de Projecto.
A gestão de projectos fundada na técnica EVM, única técnica capaz de integrar âmbito, custo e
tempo, abona e dota o gestor de projecto de respostas absolutamente relevantes para a
condução do projecto até aos seus objectivos:
• Qual o progresso global do projecto?
• Qual o desvio de prazo até à data actual?
• Se continuarmos com esta velocidade quando é que vamos terminar?
• Qual o desvio de orçamento verificado para o progresso realizado?
• Qual será o custo final do projecto?
De forma a obtermos a resposta a estas questões, o registo do progresso do projecto tem sido
actualizado no Project Server, com uma periodicidade semanal, decorrente do preenchimento
de timesheets pelos membros da equipa de projecto. Esta granularidade permitirá um
acompanhamento e controlo dos tempos de execução adequados, privilegiando com especial
enfoque os indicadores de status como o Cost Performance Index (CPI) e Schedule Performance
Index (SPI), mas também fornecendo indicadores de progresso e de forecast.
Assim, atente-se para os seguintes 2 cenários de execução, com status dates diferentes:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Status date: 06-08-2012
SPI: 1,01
CPI: 0,98
% Progresso: 19%
À data de 06-08, iniciava-se a fase de Análise, sendo que as anteriores apresentaram um
comportamento igual ao planeado, culminando num indicador de velocidade positivo, de 1,01
e num indicador de produtividade muito próximo do desejável, estando a ser influenciado peta
tarefa de QA/QC onde se registou um custo superior ao planeado por via de mais horas
necessárias do que aquelas que estavam previstas. Na generalidade, o projecto apresenta uma
% de completude de sensivelmente 19% e bons indicadores de EVM.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Status date: 15-10-2012
SPI: 0,73
CPI: 1,86
% Progresso: 61%
Num cenário posterior, à status date de 15-10 e com o projecto já a entrar nas suas fases finais
de execução, assiste-se a um SPI de 0,73, o que significa algum atraso face ao planeado, como
se verifica facilmente nas fases de Design e de Implementação. Quanto ao CPI, estendendo a
tendência que parecia emergir no cenário anteriormente apresentado, encontra-se a 1,86, o
que significa uma poupança de custos assinalável, cujo maior contributo provém das fases de
Arquitectura e Design.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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De forma tabelar podemos observar essa mesma informação abaixo:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Uma outra forma bastante intuitiva de realizar a monitorização e controlo pelo EVM é sob a
forma gráfica, assim ilustrada:
Observe-se ainda os indicadores de forecast obtidos:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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De acordo com estes, se continuarmos à velocidade e produtividade actual, terminaremos o
projecto com um custo de 51.758,92€ (EAC), bastante favorável face ao orçamento previsto de
96.495€ (BAC), e com uma duração de aproximadamente 147 dias (EDAC), o que representa
um atraso face aos 107 dias estimados (DAC) e que levaria a que o projecto terminasse a 08-
01-2013 em vez de 13-11-2012.
Poder desde logo obter indicadores previsionais para o futuro através de EVM, permite à
Gestão do Projecto endereçar muito mais rapidamente e com indicadores factuais e números
assertivos a evolução do projecto e assim empreender as medidas necessárias para corrigir a
mesma.
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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1. Termo de Encerramento
Findo o projecto, deverá aferir-se se todos os entregáveis foram aceites e se foram
endereçadas as expectativas do Cliente e demais Stakeholders. Uma vez que a validação e
entrega de aceitáveis foi sendo feita gradualmente e sempre privilegiando um
acompanhamento constante do projecto junto do Cliente, conseguiu terminar-se o projecto
com sucesso, apesar de alguns desvios, a título de simulação, que abaixo se indicam.
Baseline Real Variância
Data Inicio 18-06-2012 18-06-2012 0 dias Data Fim 13-11-2012 18-12-2012 25 dias Duração 107 dias 132 dias - 25 dias Custo 96.495 € 70.328,54 € 26.166,46 €
Não obstante o desvio ao nível de duração – essencialmente derivado de ligeiros atrasos nas
fases de Implementação e Verificação e um pedido de alteração implementado - o site ficou
disponível antes da deadline que tinha sido apontada. No que respeita ao custo do projecto, o
custo ficou abaixo do planeado, o que constitui um facto muito positivo, em virtude,
sobretudo, de poupanças realizadas nas fases de Arquitectura e Design.
Porém, o sucesso de um projecto é definido pelo Cliente. Assim, por forma a concluir sobre a
percepção de qualidade e satisfação do Cliente foi entregue para assinatura o Termo de
Encerramento e aceitação do Projecto e realizada breve entrevista com o mesmo na sessão de
encerramento, de onde se obteve um feedback muito satisfatório.
2. Lições Aprendidas
O identificar de Lições Aprendidas ao longo do projecto é de uma importância crucial, pois
permite que a Equipa se foque no que correu bem e menos bem, de modo a que em futuros
projectos boas práticas possam ser replicadas e erros não se voltem a cometer.
Enquadrada na sessão de encerramento, foram compilados na tabela abaixo os variados
feedbacks sobre lições aprendidas pela Equipa:
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Tema Como foi feito Lição Aprendida/ Recomendação para futuro
Schedule Verificou-se que as estimativas fornecidas para algumas fases não foram as mais adequadas
Para estimativa sobre as fases mais críticas do projecto, solicitar expert judgement de recursos mais experientes
Budget Verificou-se uma poupança de budget, derivado de uma estimativa demasiado pessimista
Rever a percentagem alocada à reserva de contingência
Sponsorship Envolvimento permanente e alto patrocínio pelo Sponsor
Replicar no futuro
Gestão de Fornecedores
A gestão de fornecedores decorreu sem issues. Todavia, no futuro poderá pensar-se outros regimes de contratação
Analisar com mais profundidade o processo de selecção de fornecedores e regime de contratação (ex: outsourcing); fornecedor com nota positiva para futuros projectos
Gestão de Stakeholders
Os Stakeholders foram continuamente monitorizados e não se registou qualquer issue neste domínio
Replicar no futuro
Gestão da Equipa
A Equipa foi empenhada e manifestou-se motivada mesmo nos picos de trabalho mais intensos; o Developer Jr mostrou explicitamente interesse em adquirir competências ao nível mobile para o futuro
Equipa recomendável para projectos semelhantes futuros; verificar com Dep. Formação oferta de formação ao nível de Desenvolvimento em Mobile
Gestão do Risco
Verificou-se um plano efectivo de resposta aos riscos e a Equipa contribuiu activamente na sua identificação. Porém, haverá espaço para melhorias na identificação de triggers que permitam maior tempo de resposta
Apurar os triggers de próximos projectos; definir prazos de implementação dos planos de resposta
Gestão de Alterações
Todos os pedidos de alteração seguiram o processo definido, tendo havido um pedido de alteração com impacto pouco significativo implementado
Continuar a usar e difundir o processo de gestão de alterações; ressalvar a importância de todos os pedidos cumprirem o processo
Metodologia
Foi utilizada a metodologia da empresa, baseada nas boas práticas IPMA e PMI. Alguns elementos da Equipa consideraram uma metodologia muito “pesada” para o projecto, sugerindo uma combinação de práticas SCRUM para projectos semelhantes futuros
Apurar o tailoring da metodologia ao tipo de projecto; estudar a aplicabilidade de metodologias ágeis em projectos futuros
Trabalho de Grupo – Gestão de Projectos
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Conclusão
A aprendizagem por via da experiência constitui uma das mais enriquecedoras formas de
aprender e, chegada esta página de conclusões, podemos agora afirmar que com este trabalho
conseguimos amplamente atingir esse objectivo.
Como lições aprendidas pelo Grupo na realização deste trabalho de planeamento e simulação
da gestão de um projecto, do início ao fim, apontamos as seguintes, para utilização em
projectos vindouros e como recomendações para outros colegas:
� A análise de benefícios não deve ser descurada: deve justificar claramente a existência
do projecto;
� Um projecto é mais do que um plano de projecto no MS Project: existem todo um
conjunto de práticas, técnicas e ferramentas que devem ser ponderadas para bem-
fazer acontecer o previsto no plano;
� Um projecto envolve sobretudo saber equilibrar os vários objectivos conflituantes que
sempre se verificam; neste trabalho, a relação qualidade/tempo foi sobretudo
complexa de gerir, pelo que futuros trabalhos exigirão um foco no essencial, a garantir,
e só depois incrementos graduais, na lógica de melhoria contínua;
� Um projecto pode não ter um plano mas exige um planeamento. Não devemos ceder à
tentação de fazer tudo de uma vez, mas antes sequenciar fases e actividades e
prioritizar a sua realização. “How do you eat na elephant? One bite at a time.”;
� Não existem metodologias óptimas: a metodologia utilizada deve ser adaptada
(tailoring) ao ambiente, cultura organizacional e tipo de projecto em causa, e pode
inclusivamente beber de várias fontes;
� Um projecto é também alinhar expectativas, sobretudo dos Stakeholders-chave; uma
forma de garantir o sucesso do projecto é ter várias entregas e aceitações parceladas
junto do Cliente (neste caso, o Professor) em vez de uma entrega final total; não ter
medo de questionar o Porquê – para alinhar expectativas e definir os requisitos é das
palavras mais utilizadas pelo Gestor de Projecto;
� O trabalho em Equipa é sempre mais valioso e enriquecedor do que um trabalho
individual: aprendemos uns com os outros e, juntos, todos aprendemos.