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GESTÃO , Empresas & Produtos Revista de Negócios da Acieg www.acieg.com.br Ano VI - Nº 31 - Outubro de 2013 R$ 7,00 O desafio e a estratégia para a microempresa enfrentar um cenário nublado Material especial ACIEG-SEBRAE, para a micro e pequena empresa goiana, sobre os desafios para novos negócios em uma economia estagnada e a importância das entidades na proteção e apoio ao setor. CÓDIGO DO CONTRIBUINTE É APROVADO NA ASSEMBLEIA OS GARGALOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Gestão, Empresas e Produtos

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Edição nº 32 da revista Gestão, Empresas e Produtos - da Acieg. Publicada em outubro, a revista destaca como empresas conseguiram inovar com auxílio de entidades como Sebrae e Acieg. A revista traz ainda matéria sobre legislação trabalhista, código do contribuinte, CadFor, home office e etc. Boa leitura.

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Page 1: Gestão, Empresas e Produtos

GESTÃO,Empresas & Produtos

Revista de Negócios da Acieg

www.acieg.com.br Ano VI - Nº 31 - Outubro de 2013 R$ 7,00

O desafio e aestratégia paraa microempresaenfrentar umcenário nubladoMaterial especial ACIEG-SEBRAE,para a micro e pequena empresagoiana, sobre os desafios paranovos negócios em umaeconomia estagnada e aimportância das entidades naproteção e apoio ao setor.

CÓDIGO DO CONTRIBUINTE ÉAPROVADO NA ASSEMBLEIA

OS GARGALOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

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Rua 14, Nº 50, Edifício Santino Lyra Pedrosa,

Setor Oeste, Goiânia-GO – CEP: 74120-070

CNPJ: 01.615.301/0001-92

Revista GESTÃO, Empresas & Produtos

é uma publicação da Associação Comercial,

Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

MISSÃO DA ACIEG

Atuar na defesa incondicional do setor produtivo,

fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a

sua integração com a sociedade.

expediente

Editor

Leandro Resende (JP-1145)

Reportagem

Ana Helena Borges

Warlen Sabino

Estagiárias

Paula Alana Oliveira

Pedro Nunes

Fotografias

Solimar Oliveira e Assessorias

Edição de fotos

Manoel de Sousa Silva

Diagramação e Projeto

Contemporânea

Gráfica

PUC

REDAÇÃO

(62) 3237-2616 ou 3237-2642

COMERCIAL (ANÚNCIOS)

(62) 3237-2613 (Marina Anderi)

Presidente

Helenir Queiroz

42ª Diretoria

GESTÃO,

Telefone geral: (62) 3237-2600

Fax: (62) 3237-2602

conversacom o leitor

CONTATOS REVISTA GESTÃO

GERAL - 3237-2600

PRESIDÊNCIA - 3237-2631

ADMINISTRATIVO - 3237-2622

JURÍDICO - 3237-2629

IMPRENSA - 3237-2616

EVENTOS-CURSOS - 3237-2624

ACIEG JOVEM - 3237-2609

1ª CORTE- 3237-2627

CONTATOS ACIEG

3 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013

Os negócios estão em constante mutação. Já ouviuisto em algum lugar? É mais uma verdade incom-pleta, que de tanto ser repetida, se torna verdadeúnica. Assim como os relacionamentos, os negóciostêm princípios dinâmicos, mas fortemente estabele-cido e imutáveis. A ética, por exemplo, não está emmutação. Assim como a hierarquia, a responsabili-dade social e jurídica ou a honestidade do negociante.

Preservados estes princípios imutáveis, o empre-sário deve sim atentar diariamente para estar atuali-zado quanto aos itens que evoluem diariamente, queestão muito relacionados aos processos de produzir,vender ou gerir. Mas, mesmo nisso, existe uma tem-pestade de informações sobre tudo e muita informa-ção até atrapalha. Uma dica constante de revista Ges-tão é que se busque ajuda para não ficar perdido nomar de informações. Um exemplo clássico é: queremagrecer, melhor ir ao nutricionista que fará umverdadeiro diagnóstico do que ir direto à internet.

Essa ajuda para o empresário é vital. Evita perdade dinheiro e tempo. O industrial, o comerciante, oprestador de serviço e o produtor rural em Goiás sãobem atendidos por entidades experientes. Nesseguarda-chuva de proteção do setor empresarial, in-clui-se o Sebrae-Goiás, uma casa de amigos dos em-presários, com orientação e soluções inovadoras parafortalecimento das micro, pequenas e médias empre-sas. Outubro é o mês da micro e pequena empresa, etambém é o tema principal desta revista Gestão, commatérias e entrevistas especiais.

Confira, ainda, entrevista com Bel Pesce; gargalosda legislação trabalhista; a inflação no bolso do em-presário; defina qual carreira seguir; a aprovação doCódigo do Contribuinte; os avanços do Vapt Vupt; oCadFor; o Clube do Desconto do Servidor; o novo siteda Acieg; marketing digital; colunas e uma centenade notícias sobre empresas goianas. Boa leitura!

O editor.

O guarda-chuvadas empresas

E-mail: [email protected]

ACIEG

www.acieg.com.br

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MicrOeMpresa

DesafiOs e DileMas De

eMpreenDer

GESTÃO,Empresas e Produtos

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A Acieg e o Sebrae-Goiás prepararam uma matéria especial nesta edição de outubro, mês do empreendedor,sobre empresas que saíram na chuva (crise) e venceram, usando inovação e capacidade empresarial. Alémdos méritos empresariais, estas empresas compreenderam que têm nas entidades do setor um guarda-chuva, que oferece proteção e apoio. Ilustra a capa uma instalação muito criativa realizada nas ruas dapequena cidade de Águeda, em Portugal, ocorrida há dois anos, onde vários guarda-chuvas criam umabonita e útil sombra. A cena acima representa artisticamente o papel coletivo das entidades.

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Colunas

6 DE PrImEIra

16 mUNDO EXECUTIVO

18 ParaDa OBrIgaTÓrIa

38 CENÁrIO ECONÔmICO

52 armaZÉm

53 FIm DE sEmaNa

56 arTIgO

58 galErIa

10 VaPT VUPT22 mil atendimentos no 1ºano do Vapt Vupt da Acieg

20 PrEsIDENTEs2º Fórum de Presidentes foi destaque no Estado.

36 COmUNICaÇÃOAcieg atualiza seu site queagora tem perfil de portal.

14 TECNOlOgIaConfira dicas de aplicativos e programas.

32 hOmE OFFICETrabalhar em casa? Sonhoque pode virar pesadelo.

48 CONCIlIaÇÃOEmpresários usam 1ª Cortepara resolver problemas.

INFlaÇÃO NO PraTOO preço subiu pra todo mundo.

Empresários sofrem no bolso.

BEl PEsCEEssa menina é referência

mundial de empreededorismo.Confira sua entrevista à Gestão.

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Acompanhe a Acieg:

facebook.com/acieg

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flickr.com/acieg

GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 5

4411

28 CÓDIgO DO CONTrIBUINTEAssembleia Legislativa aprova

Código e promove avanço histórico

gargalOsLegislação trabalhistanão acompanhaavanços do País. Custosaltos limitam expansão.

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deprimeira

"Os elefantes demoram a se adaptar, já as

baratas sobrevivem em qualquer ambiente.”

PETER DRUCKER

A Acieg lançou em setembro projeto para novos associados, o “Café com a presidente” que consiste em um encontro com 20 novasempresas filiadas à entidade, a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, e diretores da Casa. Durante o café, os empresários podem conhecer maissobre a história da entidade, os serviços da Acieg e como utilizá-los, além de receber orientação sobre gestão de negócios e competitividade.

Segundo balanço da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), entrejaneiro e agosto deste ano, foram realizadas mais 216 mil visitascomunitárias e aproximadamente 8 mil solidárias. A maioria delas com afinalidade de orientar e auxiliar empresários, comerciantes e líderes dosetor produtivo e comunitários na prevenção de crimes. De acordo como comandante geral da PMGO, coronel Silvio Benedito Alves (foto), alémdo expressivo número de visitas, o ano de 2013 teve como diferencial aimplantação do Sistema de Controle Operacional (Siscop) que permiteacompanhamento real de ocorrências, informações sobre locais, dias ehorários de incidências de crimes, bem como número de policiais,viaturas e operações em andamento. O balanço foi apresentado emreunião institucional realizada na Acieg no dia 4 de setembro.

Balanço da segurança

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A administradora deempresas Christiane Pock(foto) assumiu a GestãoExecutiva da Acieg emjunho deste ano com oobjetivo de aplicar suaexperiência em projetos eplanejamento paramodernizar e padronizar osprocessos internos daAssociação. Com MBA emGerenciamento de Projetos,Christiane Pock tem 18 anosde experiência no setor,sendo que 10 destes comolíder em gestão. Entre asnovidades vindas com a nova gestora estão a implantação dosistema de controle e gerenciamento de atividades, por meio desistema de Customer Relationship Management (CRM), início daimplantação de processos e sistema de qualidade de atividades,apoio profissional aos colaboradores com a realização daSemana do Colaborador da Acieg e palestra para líderes. Naárea de infraestrutura, a gestora inaugurou nos últimos meses amodernização dos sistemas de informação e tecnologia a partirda contratação de serviços terceirizados de TI, reforma nodepósito de materiais, e para os próximos meses espera iniciar econcluir a reforma das salas administrativas e de eventos daentidade. Segundo Christiane Pock, o objetivo é melhorar osserviços oferecidos pela entidade sem burocratizar os processos.

Nova gestora

Café com a presidente

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8 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013

AGILIDADE ◄► Serviços

No dia 22 de agosto de 2013, oVapt Vupt Empresarial da Acieg fe-chou o primeiro ano de atividade como total de 22.648 atendimentos reali-zados. Detalhe é que, além do alto nú-mero de atendimentos, o índice de sa-tisfação daqueles que utilizaram osserviços disponíveis é de 99%.

Uma marca histórica para uni-dade pioneira no Brasil que dimi-nuiu o tempo para a resolução de di-versos processos do setor produtivocom o poder público e que foi come-morada em reunião de Diretoria daAcieg realizada na mesma data.

Durante o evento, a presidente daAcieg relembrou grandes ações reali-zadas por meio da unidade, entreelas o acesso facilitado ao crédito, ocadastro de fornecedores do Estado(CadFor), o encontro com o secretá-rio de Meio Ambiente e Recursos Hí-dricos (SEMARH), Leonardo Vilela,e a renegociação de dívidas tributá-rias. “O Vapt Vupt permitiu que o

empresário ficasse mais próximo daresolução dos seus problemas. E va-mos fazer muito mais, vamos trazernovamente o Recuperar, e ainda aSIC, a AMMA, e tudo aquilo que foranseio dos empresários porque estaé sua casa.”

Helenir Queiroz ressaltou ainda osdados de satisfação como demonstra-ção da importância do Vapt Vupt Em-presarial da Acieg para o setor produ-

tivo, já que quase 100% dos empresá-rios atendidos saiam da unidade“muito satisfeitos” com a resoluçãodas pendências e o tratamento rece-bido. “Era um sonho antigo de todosos empresários, foi nossa plataformade campanha e uma conquista imen-surável”, disse a presidente.

Por meio do Vapt Vupt Empresa-rial da Acieg o processo para aberturade empresas teve o tempo reduzidoem 75 dias, passando de 120 para ape-nas 45 dias dispensados. Já o licencia-mento do Corpo de Bombeiros, quepodia durar meses, é feito para peque-nas empresas em três dias e paragrandes em 15 dias, em média.

Dentre os órgãos, o mais procu-rado desde a inauguração do órgãoé o da Prefeitura de Goiânia, se-guido da Junta Comercial do Es-tado de Goiás e da Corte de Conci-liação e Arbitragem, além do Se-brae e do Corpo de Bombeiros Mili-tar. (ANA HElENA BORGES)

1º ano do Vapt Vupt Empresarial Acieg

Mais de 22 mil atendimentosO quE TEM NA AGêNCIA

AciegSebrae GoiásPrefeitura de GoiâniaAgência de FomentoProcon GoiásJucegSefazMultifuncionalCertificado DigitalCorpo de BombeirosCRC-GO1ª Corte de Conciliação

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entrevistaBel Pesce

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Uma meninaempreendedora

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entrevista: BEl PESCE

Conhecida como “A Menina do Vale”, a paulista Bel Pesce é uma re-ferência mundial de empreendedorismo no setor de tecnologia deinformação. Com um currículo que inclui passagens pela Micro-soft e Google, a empreendedora é considerada uma das “100 pes-soas mais influentes do Brasil”, pela revista Época, foi nomeada

“Jovem Empreendedora do Ano” pelo Prêmio Jovem Brasil em 2012, e teveseu livro – A Menina do Vale – eleito como o melhor livro do ano pela ArataAcademy. Em maio deste ano, ela esteve em Goiânia, para ministrar umacurso de empreendedorismo intensivo de habilidades. Em entrevista para arádio CBN Goiânia, ela conta como desenvolveu o espírito empreendedor quea levou a se aventurar em startups que têm como produtos aplicativos recon-hecidos mundialmente, como a carteira digital Lemon Wallet.

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MARílIA RODRIGuES

Você sempre sonhou em serempreendedora?

O que é interessante é que desde aminha infância eu sempre criei muitosprojetos, mas somente fui conhecer aexistência da palavra “empreender” porvolta dos 17 ou 18 anos. Eu acho quenunca tive o sonho de serempreendedora porque eu não sabia oque era isto, quando descobri, já nafaculdade, percebi que sempre fuimesmo sem saber que era. Isto porque, asminhas diversões quando criança jápossuíam uma estrutura organizada ebem empreendedora. Aos 10 anos, porexemplo, eu adorava um game chamado“Game Boy” e criei várias ideias paragames, anotava tudo sobre como seria,sugestões, história, o que acontecia ecoloca em pastinhas que ficavam semprecomigo e falava delas para todos.Cheguei até a entrar em contato compessoas que poderiam coloca-las emprática, falei até mesmo com estúdios degames. Além disto, já vendi bijuterias,montava e desmontava computadores,que de certa forma são pequenascriações, vendas de visões. Mesmoamadora já possuíam estruturaempreendedora.

Como é investir em startup? É muitodifícil pelos riscos da inovação? Quaissão os benefícios?

Fazer startup é muito difícil. O maiorrisco é você acabar criando algo queninguém quer porque o empreendedorcria produtos ou serviços que têmpotencial para ser utilizado pelas pessoas,

mas pode ser que não seja exatamentecomo elas queriam para solucionaralgum problema ou sanar umanecessidade. Mas, o lado legal é saber quecom seu trabalho, com suas ideias, vocêpode auxiliar a vida das pessoas.

O Brasil tem trilhado o caminho paratornar o empreendedorismo uma dassuas principais atividades?

No mundo todo empreendercontinua muito difícil. E no Brasil não édiferente. Empreender é difícil pelaprópria natureza da prática porquesignifica tomar decisões diante deinformações incertas. A legislaçãotambém não facilita a abertura deempresas pequenas, há diversos fatoresque influenciam e aumentam adificuldade. Mas, cada vez mais, sãodisseminadas informações do que érealmente o empreendedorismo. Isso emum primeiro momento é muitointeressante porque, até alguns anosatrás, ser empreendedor não era vistocomo forma de carreira, e as pessoasverem que empreender é uma opção éum passo muito importante para acultura empreendedora.

E como estão as mulheres em relação aoempreendedorismo no setor detecnologia?

Não é uma tradição tão forte termulheres no setores de engenharia etecnologia, porém, o cenário temmudado muito nos últimos anos. Cadavez mais, a mulher tem percebido queelas possuem características muitonecessárias, principalmente, para asstartups. Lidar com pessoas é uma das

principais e é muito bem feito pelasprofissionais do sexo feminino. Umponto interessante a se observar emrelação ao crescimento do número demulheres no setor é o aumentoexpressivo da quantidade de empresasfundadas por mulheres.

O que não pode faltar em uma pessoaque deseja ser empreendedora ?

No livro “A Menina do Vale”, queinclusive está disponibilizado on-line, háalgumas historinhas que são essenciais.Em resumo: uma delas é ter cabeça bemaberta para aprender, com a consciênciade que você não sabe de tudo e que vocêvai aprender no dia-a-dia. O piorempreendedor é aquele que sabe de tudoe, por isto, não percebe se o cliente desejaou não o produto ou serviço. Outra dicalegal é a importância da equipe, pessoassão tudo, então, é preciso procurarpessoas com quem você possa crescer,aprender, se divertir. Há diversas dicas,mas eu julgo que equipe e humildade sãoas mais importantes.

Quem quiser saber mais sobre seutrabalho, onde deve procurar?

No Youtube há um canal meu,chamado Caderninho da Bel no qual euposto o que eu aprendi durante o dia.Tenho também um site, owww.fazinova.com.br, é o nome daminha escola que lancei recentementesobre empreendedorismo, e já tem trêscursos: inovação, empreendedorismo ehabilidades de como lidar com pessoas.No meu site também, oameninadovale.com.br, há muitainformação disponível.

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 13

Nasci em São Paulo, em uma família simples.Foi somente aos 17 anos que aprendi sobre o MIT,uma das melhores universidades do mundo e nãodemorou muito para ele se tornar meu maiorsonho. Mas esse era um sonho muito distante. Aschances estavam contra mim: apenas 100 pessoasao redor do mundo são aceitas a cada ano.Quantos prestam MIT? Mais de 3,5 mil. E a grandemaioria desses aplicantes são os melhores de seuspaíses. Além disso, seria praticamente impossívelconseguir pagá-lo. E para dificultar as coisas umpouquinho mais, eu só descobri sobre o MITalguns dias antes do prazo para entregar todos osdocumentos. O processo de aplicação é extenso ecomplicado. Já havia passado a data para meinscrever na prova de múltipla escolha SAT etambém para ser entrevistada por um ex-aluno doMIT. O ‘não’ eu já tinha. Queria ver se conseguiatransformar aquele ‘não’ em ‘sim’.

Todo mundo me falou que era muito tarde eque eu devia desistir. Mas aprendi cedo que terperseverança e dar o melhor de si pode fazermilagres. Se eu não fizesse nada, com certeza nãoseria aceita. Então parti para a missão de tornar o“não” em “sim”. Fiz duas coisas um tanto malucas.Primeiro, descobri o endereço de um ex-aluno doMIT em São Paulo e fui bater na sua porta. Comoeu não sabia o que era essa tal de entrevistacoloquei tudo que fiz na vida em uma caixa depapelão, que levei comigo para mostrar ao ex-aluno que trazia meu coração e minha vida paraaquela entrevista.

Segundo, apareci nas provas do SAT e imploreipor um exame, mas infelizmente as provasvinham contadas dos Estados Unidos. Pedi paraesperar e ver se havia alguém que faltasse, masme asseguraram que isso não iria acontecer. Emuma cena dramática, fiquei ali à porta, vendo aspessoas entrarem e sentarem em frente aos seusexames. Mas um assento continuou sempre vagoe acabei fazendo.

No dia 18 de março de 2006, recebi uma cartadizendo que eu havia sido aceita no MIT. Nossa,eu não acreditava. Sabia que minha vida iria virarde cabeça pra baixo depois daquilo! Mas acelebração foi rápida, pois tinha que focar em umanova missão: como pagar o MIT?

No mesmo dia que recebi a carta deadmissão, saí correndo para o meu colégio, oEtapa, para pedir um emprego. O MIT era meusonho e não o sonho dos meus pais, e então euqueria pagá-lo com meu próprio dinheiro, ao invésde enterrar meus pais em empréstimos. Um dos

diretores do colégio, o Ed, concordou em me daro emprego.

Sempre amei tecnologia e negócios, e decidique tinha que aprender o máximo sobre essesdois tópicos. Primeiro foquei em tecnologia,estudando Engenharia Elétrica e Ciências daComputação. Aprendi como desenvolversoftware e design novos telefones celulares.Depois disso, resolvi estudar Matemática.

Para colocar em prática esses aprendizados,trabalhei em diversas companhias. Na Microsoft,trabalhei no Windows Mobile e depois gerenciei aequipe do Touchless. Na Google, trabalhei noGoogle Translate, inovando os sistemas por trásdo tradutor. No MIT Media Lab, fiz vários projetosde pesquisa. Para me tornar uma engenheira maiscompleta, focando também nas habilidades compessoas.

Como também sou apaixonada por negócios,comecei um diploma de Administração na MITSloan School. De contabilidade a operações afinanças, aprendi muitas coisas novas. Trabalheiem Wall Street, no Deutsche Bank, depoiscomecei um diploma em Economia. Tambémtrabalhei como consultora, analisando relatóriosanuais de companhias para aprender quaisestratégias estão sendo usadas para maximizarrendimentos. Descobri a minha maior paixão,empreendedorismo, quando participei de umacompetição de planos de negócios, a MIT 100KEntrepreneurship Competition.

Com alguns amigos, criei uma equipe efizemos um projeto muito interessante quechamamos de MeshPhone, que visava aumentara cobertura de celulares nas áreas rurais da África.A ideia era a seguinte: todo celular tinha umaantena com um alcance de 15 quilômetros epoderia falar de graça com os outros celulares.Mas aqui está o segredo: se você estivesse a 15quilômetros de mim e eu estivesse a 15quilômetros do seu amigo, você ainda poderiafalar com o seu amigo de graça, roteando a ligaçãopelo meu telefone.

Nós montamos um protótipo, testamos emGana e criamos um plano de distribuição. Fomosfinalistas da competição. Com esse projeto,aprendi que o meu maior sonho era criar umacompanhia que tocasse milhões de vidas de umaforma positiva. Além de hardware, tambémcomecei uma companhia focada em software,What If, um website que estimula a criatividade echama a atenção para o valor da colaboração.

Em junho de 2010, me formei e, depois disso,

decidi me juntar a um programa único entreGoogle e MIT, no qual eu podia fazer o mestradona Google, no Vale do Silício. Fiz metade doprograma e percebi que estava vivendo uma vidadupla: durante o dia, eu programava e elaboravanovas pesquisas. Durante a noite, ia a eventossobre empreendedorismo e conhecia pessoas eprojetos novos.

Então o meu sonho de empreender faloumais alto. Conheci três funcionários da Google quetinham acabado de sair da empresa para fazerema própria companhia, a Ooyala. Trabalhar lá foisensacional. Na época que conheci a empresa,haviam 20 funcionários. Quando sai, haviam maisde 200. Nela eu tive a oportunidade de ser gerentede produto e liderar três times de engenheiros.Além disso, continuei o meu mestrado no MIT edurante esses anos lancei a Tisk-Task, umorganizador de tarefas voltado para comunidades.

Depois de um ano e meio na Ooyala, decidique queria dedicar 100% do meu tempo a umacompanhia que eu pudesse ver crescer desde oprimeiro dia. Encontrei dois empreendedores daAmérica Latina e me juntei a eles para fazer aLemon acontecer. A Lemon é um aplicativo quecria uma réplica digital da sua carteira. Lançamoso produto em Outubro de 2011 e o crescimentotem sido acelerado, com mais de 1 milhão deusuários após 3 meses do lançamento.

Enquanto a Lemon crescia resolvicompartilhar algumas lições que mudaram minhavida. Em Maio de 2012, lancei o livro digital “AMenina do Vale”. Nesse meio tempo, fuiescolhida TED Fellow, um programa maravilhosoque engloba participar da conferência TED econhecer pessoas dos mais diversos ramos. Nãodesgrudei dos que trabalhavam com educação.

Em Fevereiro de 2013, depois de 7 anosestudando, trabalhando e empreendendo nosEstados Unidos, resolvi me mudar de volta aoBrasil e trabalhar com empreendedorismo eeducação, fundando a FazINOVA. Em Abril, osprimeiros cursos FazINOVA foram lançados edesde então, cerca de 500 alunos passaram poralgum curso presencial dela.

Ao longo da minha vida, ouvi muitosconselhos. Conheci mentores que mudaramminha vida para sempre e me ajudam muito acrescer. O meu conselho para você é para secercar de pessoas inteligentes, motivadas eapaixonadas pelo que fazem. E daí trabalhararduamente em algo que você ama. Não há comodar errado com essa receita.

Bel Pesce, a menina do Vale

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14 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013

TECNOLOGIA◄► Mobilidade

Osucesso de um novo ne-gócio envolve muitos fa-tores e etapas, que vãodo planejamento até a di-vulgação, passando por

desenvolvimento e contratação de pes-soal. Felizmente, existem aplicativos e

serviços que podem ajudar na escaladaaté o topo. São programas e serviçosonline gratuitos e pagos. Eles são úteisem cada um desses passos e podem tor-nar a vida do empreendedor menoscomplicada.

Confira abaixo algumas sugestões

da GESTÃO de aplicativos úteis para fa-cilitar o empreendedor na abertura desua empresa – considerando opçõespara iOS e Android.

Mande sugestões para esta coluna,trazendo também livros virtuais e pro-gramas para computador pessoal.

Aplicativos paraempreendedores

TrelloAntes de colocar um projeto para funcionar,

é preciso primeiro organizar todas as tarefasrelacionadas a ele. E uma boa ferramenta paraisso é o webware gratuito Trello, que permitecriar listas completas para cada um de seus

projetos, com coisas a fazer, em andamento e feitas. Assim, dápara manter os sócios atualizados sobre o andamento de tudo eainda designar funções a quem estiver trabalhando com você.

TeamViewerAcessar computadores remotamente e

compartilhar telas pode ser muito útil na hora dotrabalho em equipe. E o aplicativo mais popular noramo é o TeamViewer. Multiplataforma (versões para Windows,Mac, Linux, Android, iOS e Windows Phone), o app permite acessaroutras máquinas à distância.

CryptocatPrivacidade é essencial na hora de discutir

algo relacionado ao empreendimento, e não dápara deixá-la de lado na internet. Por isso, oCryptocat é altamente recomendável: apesar de

simples, este serviço de bate-papo permite trocar mensagenscriptografadas com outras pessoas, de forma que possíveisintrusos tenham bastante dificuldade para lê-las.

userVoiceUma boa forma de melhorar

seu serviço é receber um feedbackfrequente de usuários, e éjustamente para isso que serve o UserVoice. O webware ofereceaos assinantes uma ferramenta de fórum, um sistema de ticketspara clientes enviarem solicitações e uma base de dados, útilpara responder às principais dúvidas e encontrar informações.

Jobvite e linkedInNão é preciso depender de métodos

tradicionais para encontrar funcionários.Sistemas como o do Jobvite podem ser degrande ajuda. O diferencial é o apelo social:ele pode se conectar a Facebook, Twitter e

Linkedin para divulgar a vaga disponível e ainda ajudar vocêa conhecer mais sobre os possíveis contratados.

Fábrica de AplicativosO site de um empreendimento é

acessível tanto por computadores quantopor dispositivos móveis. Mas, no segundocaso, em vez de fazer um usuário abri-lono navegador, por que não criar um appque dá acesso direto ao conteúdo da página? É mais fácil doque parece, e há serviços como a gratuita Fábrica deAplicativos que tornam as coisas ainda mais simples.

IntenseDebateAlém de um fórum e

de tickets, um sistemade comentários no sitede seu empreendimentoé uma boa maneira de manter um canal direto de contatocom clientes. Compatível com os serviços de blogWordPress, Blogger, TypePad e Tumblr, o InstenseDebateé ótimo para isso. O sistema é gratuito.

iBrainstormingEm um grupo, uma boa forma de se

“ter” uma ideia é partir de umbrainstorming. O aplicativo pode ser usadopor até quatro pessoas ao mesmo tempo,e todas podem colocar e editar os post-its

na tela, estabelecendo ligações entre eles até, quem sabe,chegar a uma boa ideia.

Page 15: Gestão, Empresas e Produtos
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mundoexecutivo

PÃO DE AÇÚCARO Grupo Pão de Açúcar (GPA) renovou

a marca corporativa. Desde setembro, acompanhia passa a se chamar ‘GPA’.“Somos uma companhia multinegócios emultiformatos. A marca corporativa precisatraduzir a dimensão e amplitude do nossonegócio”, disse Enéas Pestana, CEO do GPA.A companhia reúne as marcas Pão deAçúcar; Extra; Assaí; além de Pontofrio eCasas Bahia, que formam a Via Varejo; e aNova Pontocom (comércio eletrônico), alémdo GPA Malls.

PAGÚ PROPAGANDAA Pagú Propaganda preparou uma campanha repleta de bom humor paraa Saga Motors, um de seus grandes clientes. O foco do trabalho é a chegadada linha 2014 do Toyota Corolla. Visto como um automóvel de luxo, o Co-rolla tem público específico, no entanto, a Pagú lembra em sua campanhaque um bom carro é capaz de agradar a todos os gostos e usa para isso oslogan “Todo mundo vai cantar de alegria”, mostrando que até o navega-dor, item de série do Corolla 2014, é capaz de se animar com o novo mo-delo da Toyota. As três divertidas peças preparadas pela agência de publici-dade já fazem parte da programação da TV e no YouTube.

TENDTuDODando continuidade aos seus investimentos no mercado eletrônico,

a TendTudo acaba de lançar a sua loja virtual para aparelhos de internetmóvel, chamado também de e-commerce. Com isto, a empresa esperaaumentar ainda mais sua presença neste segmento. De acordo com odiretor de e-commerce da TendTudo, Patrick Scripilliti, cerca de 8% dasvisitas às páginas das lojas são realizadas por meio de aparelhos comotablets e smartphones. Com a novidade, espera-se fidelizar este públicoe facilitar a ação de compra na página.“A partir do momento que o IPmobile do aparelho é identificado, a página é alterada para este tipo denavegação. Além disso, a página carrega apenas os elementos essenciaispara a compra, simplificando o tráfego de dados e garantindo maiorvelocidade e conforto ao usuário”, explica o diretor. Tendência deconsumo. Segundo dados da consultoria e-Bit, o e-commerce devecrescer em torno de 25% em 2013, o que corresponde a umfaturamento de R$ 28 bilhões. Desta fatia, aproximadamente R$ 2bilhões serão obtidos por meio de compras via mobile.

JORDÃO PuBlICIDADEAcompanhando o momento positivo do mercado publicitário

nacional e confirmando as previsões de crescimento para o ano de2013, a Jordão Publicidade alcançou já no primeiro semestre, ameta traçada em 2012, que previa incremento de 50% em suacarteira de clientes. Depois de assumir contas como ProvendaImobiliária, O Popular e Jornal Daqui (assinaturas e circulação), RivalCalçados, Drogaria Santa Marta, NEO Incorporadora e Talismã Sítiosde Lazer, a agência conquista o sétimo cliente no ano: a São JorgeShopping da Construção.

ESTÁCIOA Estácio e a Harvard

Business Publishingacabam de firmar umaparceria: estudos de casoda instituição americanafarão parte da ementados cursos de pós-graduação dauniversidade brasileira. Oprojeto tem início, já emoutubro, com as novasturmas dos cursos deMBA em Marketing, MBAem Gestão Estratégica dePessoas, MBA em Gestãode Projetos e MBA emGestão Empresarial. Osquatro cursos têm cargahorária de 360 horas.

MITSuBISHIUm dos grandes frutos do programa Anhanguera II, que prevê o

investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica da Mitsubishi Motors emCatalão. Desde julho, o Mitsubishi ASX ganha nacionalidade brasileira."O programa Anhanguera II ainda prevê a produção de outrosmodelos e a ampliação de nossa fábrica em Catalão, no estado deGoiás. Tudo isso com capital 100% nacional", afirma Robert Rittscher,presidente da Mitsubishi Motors do Brasil.

16 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013

Toctao EngenhariaA Toctao Engenharia recebeu um dos mais relevantes reconhecimentos do setor

da construção civil, o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social, a ser entregue pelaCâmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), durante a solenidade de aberturado 85º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).

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"Se você criar um caso de amor com seus

clientes, eles próprios farão sua publicidade."

PHILIP KOTLER

qGA rede de alimentação qG

Jeitinho Caseiro amplia suapresença em Goiânia. A novafranquia abriu na Plaza D'Oro

Shopping, no Bairro Eldorado,localizado na região Sudeste.

Com a inauguração doespaço, a rede QG JeitinhoCaseiro passa a contar com

15 lojas na capital. Aexpectativa é de que circulem,

nesta unidade, cerca de 10 milclientes por mês.

CHOPP BRAHMA A unidade Chopp Brahma Express de Goiânia

possui show room de 220 m² e é administradapelos empresários Rodrigo Dias Gobbo e MarcoAntônio de Melo Oliveira. O Chopp BrahmaExpress, uma boutique de chope que permite aosconsumidores levar para residência, além doproduto, toda a ambientação e clima de umautêntico boteco, celebra cinco anos de atuaçãoem Goiânia. A loja tem proporcionado umaexperiência completa do mundo do chope. "Osserviços que dispomos permitem que osconsumidores apreciem o produto em casa, antesrestrito a bares e restaurantes", explica um dosfranqueados, Marco Antônio Melo.

lG SISTEMASA empresa goiana lG Sistemas, anunciou em

agosto, a formação de uma parceria com uma dasprincipais empresas de private equity do mundo,a H.I.G. Capital, que mesmo sem os valores eporcentagens revelados passa – conforme notapublicada pela H.I.G. – a ter “participaçãorelevante” nos negócios da LG. Em entrevista parao site da Acieg, o diretor-presidente da empresagoiana, Gustavo Teixeira, comentou a aquisiçãoda private equity. Segundo o Teixeira, com aparticipação da H.I.G., a LG Sistemas deve acelerarsua entrada no mercado internacional, eaumentar a suíte de produtos e serviços.

COMFORT HOTEl GOIÂNIAMais uma bandeira de sucesso chega ao mercado

hoteleiro goiano, o Comfort Hotel Goiânia. Classificadona categoria Midclass - entre a classe econômica esuperior, complexo é administrado pela Atlantica Hotelse aposta na filosofia de oferecer atrativos essenciais aoturismo de negócio agregando soluções para surpreenderseus clientes. A estratégia, segundo os empreendedores,reflete a evolução dos serviços e estrutura que eramoferecidos no Sleep Inn desde a inauguração. “Aevolução do empreendimento vem sendo reconhecidaem âmbito nacional e internacional, já que no início de2013, conquistamos pelo segundo ano consecutivo oPlatinum Awards, a mais importante condecoraçãoentregue pela administradora hoteleira norte-americanaChoice Hotels International, parceira da Atlantica Hotelsno Brasil, e proprietária da marca Comfort Hotel”, explicao gerente geral André Luiz Bomfim.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 17

DuCATIFoi inaugurada em setembro, em

Goiânia, a 4ª concessionária Ducati noBrasil. A abertura da loja faz parte daexpansão da marca no País, quedeve totalizar oito concessionáriasexclusivas. A Ducati Goiânia é doGrupo Voar, que possui tradiçãono setor de duas rodas, efuncionará no Bueno. Nafoto ao lado, o presidente daempresa no Brasil, RicardoSusini, e a empresária goiana,Ana Flávia Abrão.

FuJIOKACom 49 anos de atuação, o Fujioka, referência em áudio e vídeo, cine e foto,

informática, telefonia, ótica e serviços fotográficos, sempre se manteve atento àinovação dos produtos e a qualidade no atendimento. E no dia 3 de outubro, aempresa apresentou para convidados, uma loja conceito, que passa a ser a maiorunidade de rede em Goiânia. O local escolhido para apresentar o novo conceito deexperimentação, layout moderno e produtos exclusivos, é a loja localizada próximaà Praça Tamandaré. Inaugurado em 1991, o espaço é referência pela tradição,atendimento, localização de fácil acesso, além de contar com amploestacionamento, o que proporciona ainda mais conforto aos clientes.

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paradaobrigatória

Craques da PazEntre os dias 18 e 21 de setembro o Instituto

Soldados da Paz, e parceiros, promoveu a culturade paz durante o Festival Craques da Paz,realizado no Palácio da Música, no OscarNiemeyer. A programação foi composta porpalestras, oficinas, apresentações culturais erodada de negócios sociais. Um dos destaques foia Rodada de Negócios que reuniu gestores deorganizações sociais, profissionais que atuam emprojetos sociais, de responsabilidade social e deinvestimentos social privado, visando ainterlocução entre os diversos atores quedesejavam apoiar projeto do terceiro setor.

“Estamos sempre pagando para conhecer as pessoas."

MOACIR GARCIA, especialista em RH

Feirão do ImpostoO Fórum de Jovens Lideranças Empresariais de Goiás, em parceria com a Confederação Nacional dos Jovens Empresários

(Conaje), realizou, no dia 21 de setembro, a 7ª edição do Feirão do Imposto em Goiás. O evento visa a alertar a população sobre ovalor que os impostos implicam no preço final de produtos e serviços no Brasil. Para isso, foram sorteados o direito sem a cobrançade tributos, além da promoção de almoço livre de impostos promovido pela Acieg Jovem, no Cateretê, no dia 18. A ação contou coma participação de mais de 19 Estados, e os participantes foram incentivados a aderirem ao “Assina Brasil”, documento de apoio aoMovimento Brasil Eficiente (MBE), que visa solicitar a redução e simplificação dos impostos no Brasil, estabelecendo cinco grupos detributos, além da criação de um Conselho de Gestão Fiscal para ajustar o sistema fiscal brasileiro.

CaseA proprietária da marca

Havaianas, Angela Hirata,ministrou palestra voltada paraempreendedores em Goiânia nodia 24 de setembro. Durante aapresentação, a executiva paulista,responsável por transformar otradicional chinelo brasileiro emsucesso de vendas em mais de cempaíses, contou sua história e comoo chinelo brasileiro se tornou umareferência mundial no setor decalçados.

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FÓRUM ◄► Presidentes

Realizado no dia 1º de outubro, a segundaedição do Fórum dos Presidentes –promovido pelo Grupo José Alves e Acieg –reuniu aproximadamente 250 empresáriosno Hotel Mercure, em Goiânia, para discutir

a inovação estratégica e sua influência para o cenárioeconômico dos próximos anos. Segundo as análisesdos palestrantes, a inovação será o motor da retomadado crescimento e sobreviverão ao atual cenárioeconômico as empresas que utilizarem a atualconjuntura para projetar o amanhã, tendo em vista oaumento da produtividade e o atendimento de umconsumidor cada vez mais exigente. “Como Crescercom a Economia Estagnada”, “Gestão PúblicaInovadora”, “Potencialidades de Goiás”, “CenárioMacro Econômico”, “Inovação e Investimentos emGoiás” também estiveram entre os temas debatidos.

Inovação estratégica

“Goiás vive importante momentode transformação, que o tornará omaior centro logístico do País. Desde2011, o setor privado investiu R$ 30,1bilhões no Estado.”

Alexandre Baldy, secretário deIndústria e Comércio de Goiás

“Para garantir a eficiência, énecessário avaliar gestão de receita,redução de custos logísticos e dedistribuição, redução de custos fixos eredimensionamento de pessoal. Àsvezes, empresas pequenas são maiseficientes porque têm o olhar do donomais próximo.”

Gustavo Pierini, presidente daGradus Consultoria

“Num momento em que as condiçõesde financiamento e do mercado decapitais não são tão favoráveis, é umaalternativa a empresa buscar sócios econtinuar crescendo. O Brasil tem ummercado de capitais organizado, o quepesa para o investidor.”

José Berenguer, presidente do JP Morgan Brasil

Os anseios dessa juventude‘internetizada’, que conhece o mundo etem informação instantânea, são outros.Ser um grupo consolidado já não égarantia de sobrevivência porque ascartas mudam de mãos rapidamente.

luiz Paulo Rosenberg, presidenteda Rosenberg Associados

“Os líderes precisam estar atentosàs novas tecnologias e utilizá-las paraacelerar o crescimento, a partir doemprego delas como fonte deinovação e também pela incorporaçãode conhecimento tanto por pessoascomo em processos.”

Antônio luiz Schuch, Diretor daGoogle Entreprise Latin America

“O Brasil precisa dereformas política, tributária,trabalhista, previdenciária eadministrativa efetivas paradiminuir a burocracia econtinuar a crescer. E paraisso, é preciso conversarcom os empresários,escutá-los e dar maioratenção a eles.”

José Alves Filho, presidente doGrupo José Alves e da Adial Brasil

“Inovar é ver com umnovo olhar, e é isso que asempresas precisam agora:não se conformar com aslimitações e barreiras elutar para crescer.”

Helenir queiroz,presidente da Acieg

“Vivemos na era da‘revolução criativa’, dainformação, da conectividade.O que torna uma empresacompetitiva é a quantidade deboas ideias que ela tem e aexcelência em tornaremviáveis. A competitividade éuma jornada sem fim.”

Gian Martinez, diretor deExcelência Criativa da Coca-Cola

Marconi Perillo,governador de Goiás

“A partir do quefoi apresentadopor palestrantese participantes doFórum podemosperceber que otema destaedição foiassertivo, porqueé quase umconsenso de quea inovação será achave para ocrescimentoeconômico.”

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CAPA ◄► ESPECIAL ACIEG-SEBRAE

Hora de abrir oguarda-chuva

No mês da Micro e Pequena Empresas, Sebrae Goiás e Aciegtrazem especial sobre como empresários inovam para crescer

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 23

WARlEM SABINO

No dia 5 de outubro, comemo-rou-se o Dia Nacional da Micro e Pe-quena Empresa. A data foi insti-tuída, de maneira simbólica, em1999, para marcar o início da vigên-cia do primeiro Estatuto Nacional daMicroempresa e Empresa de Pe-queno Porte. Pelo Brasil afora, umasérie de eventos marca a data. Noentanto, em Goiás, a comemoraçãose estenderá por 31 dias. Outubro,para o Sebrae Goiás, será o Mês daMPE.

A programação inclui 375 açõesdiversas, como cursos, palestras, se-minários, oficinas, workshops, me-sas-redondas, clínicas tecnológicas,mostras, feiras e encontros empre-sariais. O público-alvo do Mês daMPE são empresários de micro e pe-quenas empresas, empreendedoresindividuais e futuros empreende-dores. A expectativa de público é de25 mil pessoas nas capacitações.

"Nosso objetivo é reforçar para asociedade organizada, instituiçõesde classe e órgãos governamentaisformadores de políticas públicaspara as MPE, a importância da mi-cro e pequena empresa. Demonstrar

de forma clara a participação dasMPE na economia", explica o presi-dente do Conselho Deliberativo doSebrae Goiás, Marcelo Baiocchi Car-neiro.

"As ações de capacitação somam-se ao trabalho que o Sebrae vemdesenvolvendo ao longo do ano noEstado, mas recheado com ativi-dades voltadas ao fortalecimentodas micro e pequenas empresas,principalmente nas áreas que elasmais demandam, como políticas pú-blicas, palestras, seminários, inova-ção e acesso ao crédito", afirma o di-retor-superintendente do SebraeGoiás, Manoel Xavier Ferreira Filho.

Para Helenir Queiroz, Goiás temuma preocupação especial com o se-tor, com entidades e organizaçõesfortes sempre a frente do debate edefesa do segmento. “É preciso li-berdade, inovação e estímulo paraproduzir, além de justiça tributária.Buscamos dar oportunidade a quemprocura aproveitar as oportuni-dades”, diz a presidente da Acieg.

FORÇA DA MPE

As micro e pequenas empresasrepresentam 99% do total de empre-sas do País, geram 52% dos empre-

gos formais e são responsáveis por40% da massa salarial. Segundo pes-quisa da Global EntrepreneurshipMonitor (GEM), 70% dos empreen-dedores iniciaram o próprio negóciopor oportunidade; 30%, pela neces-sidade. "Isso é sinal de melhoria naqualidade das empresas, pois as pes-soas se planejam antes de abrir oprimeiro negócio", adverte ManoelXavier.

"As micro e pequenas empresassempre deram uma grande contri-buição para ajudar a resolver aspec-tos fundamentais da socioeconomia,como o combate à pobreza pela ge-ração de trabalho, emprego e melhordistribuição da renda; a redução dainformalidade; a interiorização dodesenvolvimento pela promoção deiniciativas locais e dos arranjos pro-dutivos; e o incremento da atividadeprodutiva nacional", finaliza Ma-noel.

Para celebrar o mês, a revistaGestão publica matéria especial eaborda, em várias colunas e reporta-gens da publicação, o tema. Nas pá-ginas a seguir, confira algumas histó-rias de empresas que mudaram paravencer a turbulência ou a estagnaçãodo próprio negócio e da economia.

Manoel Xavier: Qualidade Marcelo Baiocchi: Organização Helenir Queiroz: Inovação

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CAPA◄► Especial Acieg -Sebrae

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Reginaldo Alves Machado, de35 anos, sempre soube que não passa-ria muito tempo como motorista deuma empresa de Goiânia (GO). A von-tade de crescer e de alcançar seussonhos fez com que conseguisse se tor-nar empreendedor de sucesso. Ele atéesperou três anos por uma oportuni-dade de mudança de cargo no estabele-

cimento em que atuava. Mas, como nãorecebeu a chance, decidiu mudar os ru-mos da sua vida por conta própria.Hoje, Reginaldo é proprietário do Res-taurante Kabutiá, que tem duas uni-dades na capital – uma no Jardim Pla-nalto e outra no Setor Goiânia Viva.

A ideia de servir refeições surgiuainda quando trabalhava como moto-rista. Um dia, sentado em frente à em-presa, observou que muitas pessoasbuscavam marmitas em restaurantespróximos ao local. Foi então que selembrou do tempero da irmã Ana Rita,de 39 anos. “Fiz o desafio e ela aceitou”,conta. Mesmo sem muitos recursos, em2006, os irmãos compraram um res-taurante no Goiânia Viva por R$ 5 mil,valor parcelado pela antiga dona. O co-meço foi difícil. Eram poucas panelas,mesas e quase nenhum capital de giro.Eles trabalhavam sozinhos e, atéconquistarem freguesia, passaram

apertos, perderam alimentos já prepa-rados e quase não vendiam. Reginaldoconta que, quando conseguiam venderR$ 30, o dia era de alegria.

Em 2009, ele expandiu o negócio eabriu uma filial do Kabutiá na AvenidaT-9. Foram gastos R$ 70 mil paradeixar o local aconchegante e atrativo.

A persistência e o investimento va-leram a pena. Hoje, cada uma das uni-dades do restaurante atende 280 pes-soas por dia. No total, 22 funcionáriosauxiliam no atendimento e o fatura-mento anual dos estabelecimentoschega a R$ 1,6 milhão.

A cada dia, Reginaldo percebe que ocrescimento é real e aposta nisso. Elerecebe orientações do Sebrae Goiás, pormeio do projeto Agentes Locais de Ino-vação (ALI).

Atento às mudanças do mercado,ele investe em inovações e, principal-mente, em ações de marketing.

Empreendedor do município deIpameri (a 198 km de Goiânia), Ade-mir Vaz está confiante de que a suaempresa, a Esteio Produtos Agrope-cuários, ainda terá muitos anos debons negócios pela frente. Após parti-cipar do Programa Banho de Loja doSebrae Goiás, ele deixou para trás fa-tores como a falta de organização doestoque. “Há 20 anos no mercado, eusabia que precisava mudar algumascoisas, mas sempre adiava. Com aorientação empresarial do Sebrae, per-cebi que já tinha perdido muitotempo.”

Com o programa do Sebrae, Ade-mir percebeu que era preciso aumen-tar o quadro de funcionários, a varie-dade de produtos, organizar e infor-matizar a loja. Com as mudanças colo-cadas em prática, contabiliza o acrés-cimo de 5% nas vendas. “Mesmo fal-tando terminar de pintar as paredes ecolocar um toldo na fachada, é impres-

sionante como os clientes já notaram oque foi feito”, disse.

Ademir e outros 14 empresários, devários segmentos, receberam certifi-cado do programa em setembro, nasede da Associação Comercial e Indus-trial de Ipameri (Aciipa). Durantecinco meses, os empreendedores par-ticiparam de oficinas, consultorias in-dividuais e dos cursos PlanejamentoEstratégico, Gestão do Visual de Loja,Gestão Financeira na Medida, Gestãode Pessoas (atendimento ao cliente) eGestão de Estoques.

O Programa Banho de Loja é subsi-

diado e ministrado pelo Sebrae e temcomo objetivo fortalecer as micro e pe-quenas empresas, principalmente nasáreas de qualidade, produtividade,gestão, marketing, faturamento e au-mento de vendas. É voltado a qualquertipo de comércio ou serviço, de confec-ção a oficina mecânica.

Restaurante cheio de vantagens

Empresa serenova após20 anos

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 25

Proprietário da única lan house do Residencial RealConquista, na região Sudoeste de Goiânia, EucimarSilva, 43 anos, mostra, com entusiasmo, os dez computa-dores de seu estabelecimento, a bomboniere, o servidor e aimpressora. O espaço é atraente, com baias feitas de már-more, paredes revestidas com cerâmica e ar-condicionado.

"É um conforto só", afirma o comerciante, com umlargo sorriso no rosto. "O povo aqui fala que eu sou doido,porque eu invisto no meu negócio. Mas não sou doido. Euapenas me capacitei. Aprendi como trabalhar da maneiracorreta", emenda Eucimar, que apresenta os diplomas doscursos realizados no Sebrae Goiás.

O foco na gestão e no atendimento ao cliente fez o ne-gócio prosperar. Hoje, Eucimar é referência na região. Ra-ramente alguma de suas baias está vazia. Recentemente,negociou convênio com o único estabelecimento de ensinodo bairro - Escola Municipal Renascer. Estudantes querealizarem pesquisa escolar na Click Virtual pagam apenasR$ 1. O valor normal é de R$ 3 a R$ 5.

"O bairro é carente de infraestrutura. A internet prati-camente não chega aqui, seja via cabo, rádio ou modem3G. Por isso, conversei com os professores da escola e esta-belecemos o convênio. Para ninguém precisar se deslocargrandes distâncias para estudar", explica.

Eucimar passou dificuldades para estabelecer seu ne-gócio. O comerciante era um dos ocupantes da Invasão doParque Oeste, bairro próximo ao Real Conquista. Quandofoi despejado, em fevereiro de 2005, mudou-se com os de-mais invasores para um acampamento improvisado noSetor Grajaú. No ano seguinte, teve início seu negócio,após deixar o trabalho de fiscal de uma empresa de trans-porte coletivo em Brasília. A partir do momento em queconseguiu a internet dedicada, em 2010, Eucimar decidiuque era hora de formalizar o empreendimento. Eleconstruiu o cômodo na frente da casa, comprou computa-dores e fez uma lan house 'de verdade'. Para não perder orumo do negócio, foi ao Sebrae Goiás para se capacitar.

O click do sucesso

O buffet AsMarias atende ca-samentos, bodas,festas de 15 anos egrandes inaugura-ções de lojas, masfaz questão de pre-parar os alimentosde maneira artesa-nal. “Ainda prefiroas festas menores,porque fazemosum trabalho arte-sanal, meticuloso ecom carinho”,afirma Maria Cristina Franklin Ferreira, uma das fun-dadoras. Ela e a irmã, a outra Maria (Maria de FátimaFerreira Garcia), montaram o negócio há 15 anos.

Quando decidiu se aposentar do Tribunal de Contas,Maria Cristina sabia que não queria parar de trabalhar.Juntou-se à Maria de Fátima, que já preparava pratos porencomenda, e montou uma confeitaria especializada em fa-zer produtos mais finos e elaborados. Surgiu o primeiroobstáculo: os outros negócios da redondeza praticavam pre-ços mais baixos. Com apenas um ano de existência, à época,elas decidiram dar um novo posicionamento ao negócio.

A confeitaria fechou e o foco permaneceu nos jantarespor encomenda. Nas palavras delas, o serviço rendeu mais eas horas trabalhadas diminuíram. A capacidade de atendi-mento foi ampliada rapidamente. Iniciou com dez pessoas,logo chegaram a cozinhar para 300. Hoje, servem até trêsmil. Para seguir as novas demandas, as irmãs procuraram oSebrae Goiás para assessoria financeira e construção de umsite. O site asmariasbuffet.com.br, já no ar, surgiu com a de-manda dos próprios clientes e potenciais clientes, principal-mente de outras cidades, que queriam ver um pouco do tra-balho. Já na tela inicial, o site deixa o internauta com águana boca, com as fotos dos pratos da casa. O contato com osclientes foi aproximado com a construção de um blog, ali-mentado pela chef Patrícia Garcia, com receitas refinadas.

A página foi construída de forma simples e totalmentefuncional, e elas afirmam que ficou com a cara da empresa.A intenção agora é aproveitar a credibilidade que o sitetrouxe, de acordo com as proprietárias, para aumentar apresença on-line.

Buffet investe emtrabalho artesanal

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CAPA◄► Especial Acieg -Sebrae

Um novo conceito de trabalho, rela-tivamente novo no mundo, tornou oBrasil e, principalmente Goiânia, pio-neiros no mundo dos negócios digitaise startups. Trata-se dos escritórios decoworking, espaços nos quais profissio-nais autônomos, novos empreende-dores e proprietários de negócios liga-dos à internet podem trabalhar lado alado, trocar experiências e até auxilia-rem uns aos outros.

Goiânia já conta com três espaçosdo tipo. Um deles, o PontoGet Cowor-king, inaugurado em agosto de 2012,surgiu da necessidade de abrigar outronegócio já existente e que necessitavade atuar em um espaço mais profissio-nal, a PontoGet Inovação Web.

Em 2009, os fundadores da em-presa de TI, cinco estudantes de Engen-haria da Computação, trabalhavam nacasa de um dos sócios, Vandré Sales.Com o aumento dos negócios, eles pro-curaram escritórios que seguem o mo-delo tradicional, mas viram que os cus-

tos eram muito altos. Foi aí que eles to-param com o conceito de coworking.

No início, nem mesmo a internetajudava nas pesquisas. Vandré lembraque até o Google falhava no quesito.

Naquele ano, os dois primeiros es-critórios de coworking do Brasil esta-vam sendo inaugurados, a Ponto deContato e o HUB São Paulo, que hoje jáespalhou franquias para os cinco conti-nentes. Outra fonte foi a revista digitalDeskMag, que falava de iniciativas que,na época, não formavam mais que 100escritórios em todo o mundo.

O conceito caiu como uma luva,tanto para abrigar a expansão da Pon-toGet, quanto para abrigar essa de-manda que já vinha do mercado de tra-balho. Vandré, então, se uniu ao pai,Ronaldo Sales, para fundar a PontoGetCoworking, que, além do ambiente deestações de trabalho, tem escritórios,sala de reunião, auditório, cozinha,banheiro e até uma sala em que os co-workers podem jogar videogame, paraajudar a eliminar o estresse.

As idas ao Sebrae Goiás tambémpassaram a ser constantes e chamarama atenção de consultores. Afinal, o escri-tório de coworking é um modelo de ne-gócio que auxilia outros negócios, prin-cipalmente microempresas e empreen-dedores que ainda vão se formalizar.“Uma coisa que me ajudou muito foi ocurso Empretec no Sebrae. Ele é idealpara quem quer empreender, mesmoque seja na empresa do patrão. Isso de-via ser passado ainda no Ensino Mé-dio”, defende Vandré Sales.

“Nosso negócio é auxiliar outros negócios”

A abertura do Mês da MPE peloSebrae Goiás foi no dia 1º de outubro,em grande estilo, com a peça teatralO monge e o executivo, no Palácio daMúsica Belkiss Spencière, no Centrode Convenções Oscar Niemeyer. Oespetáculo é adaptação do livro demesmo nome, de James C. Hunter, emostra que o desenvolvimento da li-derança e a construção ou desenvol-vimento do caráter são a mesmacoisa – ambos exigem mudança.

Outros destaques ao longo de ou-

tubro serão a Semana de Inovação,de 21 a 25, o Cine Sebrae Empreende-dorismo, a capacitação Preparandopara o Natal e o Seminário Desafiospara o Crescimento.

A Semana de Inovação aconteceráde maneira simultânea em 10 regio-nais do Sebrae Goiás - exceção deGoiânia, devido ao feriado do aniver-sário da capital no dia 24. Durante oscinco dias úteis, ocorrerão palestras,clínicas tecnológicas, cursos, consul-torias e atendimentos individuais.

Outubro, mês da micro e pequena empresa

Números

375atividades de capacitação

5palestras de alto impacto

36 seminários

29 palestras

88 cursos

68 oficinas

21 clínicas tecnológicas

30 Cine Sebrae

25 mil pessoas deve ser opúblico nas capacitações

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ANA HElENA BORGES

OEstado Goiás pode ganharainda neste ano um marcopara a regulamentação dedireitos e deveres das em-presas em processos de

fiscalização administrativa tributária.O Código de Direitos, Garantias e Obri-gações do Contribuinte – intituladocomo Código do Contribuinte – foiaprovado por unanimidade nas duasvotações na Assembleia Legislativa,sendo a última, e definitiva, realizadaem 3 de setembro. De autoria do depu-

tado estadual Fábio

Sousa, elaborado com a participaçãoda Acieg, da OAB-GO e Fórum Empre-sarial, o projeto de lei aguarda agorasanção do governador do Estado, Mar-coni Perillo, para se tornar efetivo.

Com a normatização das relaçõesentre empresários e governo estadual,Acieg e OAB-GO esperam que o Estadoganhe o diferencial competitivo da se-gurança jurídica. “Saber como funcionaos processos administrativos tributá-rios é indispensável para as empresasporque assim fica mais fácil o empresá-rio saber o que é exigido na área tribu-tária e ainda prever como proceder emcaso de fiscalização. Isto é um fator im-

portante na atração de novas em-presas” ,

explica o presidente da entidade Hen-rique Tibúrcio.

Helenir Queiroz aponta os benefí-cios para empresário e assinala aindaganhos para o governo com a quedanos gastos públicos originados comas inúmeras contestações existentesem processos tributários.

“Há uma infinidade de normas e re-gras acessórias, que acabam atrapal-hando, pela quantidade de interpreta-ções e exigências que podem vir a surgirem uma fiscalização. O Código doContribuinte extingue isso e o Estadopassa a gastar menos com a demandados processos de fiscalização”, apontou.

A presidente da Acieg, Hele-nir Queiroz, afirma estar

confiante na apro-

Código do Contribuinte:um avanço histórico

Aprovado em segunda e definitiva votação na Assembleia,projeto aguarda sanção do governador para entrar em vigor

DIREITO ◄► Evolução

Page 29: Gestão, Empresas e Produtos

vação do Código tendo em vistaque Perillo já havia dito ser fa-vorável ao projeto. “O governa-dor declarou publicamente queé filho de pequeno comerciantee que sabe das dificuldades doempresário em relação à manu-tenção do negócio”, relatou.

CÓDIGO DO CONTRIBUINTE

A proposta normatiza a rela-ção entre o contribuinte e a ad-ministração pública, dando efi-cácia a garantias e direitos,como prazos para procedi-mento fiscalizatório e a preser-vação do sigilo de dados.

A iniciativa já vigora sob aforma de lei em Estados comoSão Paulo, Minas Gerais e Pa-raná, sendo um importante ins-trumento para resguardar osdireitos das empresas, princi-palmente, para as de médio epequeno porte, uma vez queconfere a elas tranquilidadepara que produzam, gerem em-pregos e recolham os tributosdevidos.

Segundo o diretor da Co-missão de Direito Tributário daOAB-GO, Thiago Miranda, atualmente um pro-cesso de fiscalização pode durar até cinco anos, edurante todo o período a empresa fica com docu-mentação retida e com a possibilidade de ter queapresentar novas documentações ou provas, cau-sando incertezas e dúvidas ao empresário. “O que oCódigo vai fazer é regular essa relação para quehaja mais agilidade, a partir do estabelecimento deprazos até mesmo para a fiscalização que não po-

derá ultrapassar até 90 dias”, comple-mentou.

Thiago Miranda acredita que o Código é umadas respostas para o anseio da sociedade brasileirade maior transparência dos governos, uma vez quehaverá delimitação do que pode ou não ser feito,exigido e em qual tempo.

Na justificativa do processo, o deputado Fábiode Sousa relata a importância da minuta: "O Có-digo de Defesa do Contribuinte é uma lei que visa aharmonizar a relação entre o Fisco e o contribuinte,com o intuito principalmente de evitar abusos porambas as partes. Visa, ainda, a reforçar e regula-mentar os direitos e garantias já previstos naConstituição Federal", anotou.

aDeterminação das datas de início e fim do procedimento fiscalizatório, quenão poderá ultrapassar o prazo de 90 dias, com a descrição do objeto defiscalização e dos documentos que deverão ser disponibilizados para exame;aDar ciência formal da tramitação ao contribuinte, o que inclui osjulgamentos, e das decisões proferidas nos autos de processo tributário;aAmpla defesa do contribuinte poder ser realizada pela entidade classista;aO contribuinte não pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo,considerando nula a prova assim obtida;aA vedação da prática de sanções políticas, inclusive para fins de cobrançaextrajudicial de tributos, e a adoção de meios coercitivos contra o sujeitopassivo, tais como a interdição de estabelecimento, a imposição de sançõesadministrativas, a instituição de barreiras físicas, a inserção de seu nome emórgão de proteção ao crédito e cartórios de protesto;aMulta por descumprimento de obrigação acessória passa a ter queobservar, sob pena de nulidade, o porte econômico e os antecedentes fiscaisdo contribuinte;aCaso algum benefício ou incentivo fiscal concedido pelo Estado de Goiásseja julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocontribuinte não poderá ser autuado pelo uso daquele benefício ouincentivo;a Proibição para que o Estado fique impedido de responsabilizar pordébitos tributários o sócio administrador sem prévio processo administrativotributário;a Implantar no prazo de 180 dias contados da data de publicação da lei, umserviço gratuito e permanente de orientação e informação ao contribuinte.

O que prevê o Código do Contribuinte?

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DIREITO ◄► Atraso

70 anos demodernidade e retrocesso

CLT se tornou um dos maiores indicativos que a legislação brasileiranão acompanhou os avanços do País

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ANA HElENA BORGES

O que foi uma das maiores inova-ções na consolidação de direitos e obri-gações trabalhistas se tornou um dosmaiores marcos do retrocesso brasi-leiro quando o assunto é setor produ-tivo. Isto porque após 70 anos daConsolidação da Legislação Trabal-hista (CLT) as relações entre emprega-dor e empregado tiveram aproximada-mente 500 novos acertos e ainda assimnão atende a realidade do País, tor-nando o número de pedido de altera-ções ainda maiores: até maio deste anoa Câmara dos Deputados e o Senadocomputavam 569 propostas parlamen-tares em tramitação sugerindo mudan-ças na CLT.

Criada por meio de um decreto-leiem 1º de maio de 1943, durante o Es-tado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), a CLT conta com os mesmos 922artigos desde que nasceu. Entre as no-vidades nascidas com a regulamenta-ção estavam as férias, fundo de garan-tia, pagamento de horas extras, seguro-desemprego e diversos outros benefí-cios e exigências que estão relaciona-dos com a época de sua criação, e não àdo século da tecnologia e do home of-fice.

Segundo informações das casas le-gislativas as disparidades tornam aCLT uma das legislações com maioralvo de projetos de leis. Do Total, 437foram iniciados na Câmara dos Depu-tados e os demais 132 no Senado. Inde-pendente da instância o revelado com oelevado número de pedidos é a urgên-cia em mudanças efetivas. Até mesmoporque, constantemente, a legislaçãotrabalhista é motivo para críticas à Jus-tiça brasileira, já que nem mesmo elatem compreensão única dos textos nor-mativos. “As leis precisam ser mais cla-ras, mais seguras de forma a ser possí-vel que todos entendam as exigências.Hoje até mesmo o TST (Tribunal Su-perior do Trabalho) não tem uma com-preensão unanime e consolidada, o quegera conclusões diferentes sobre o

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mesmo tema”, explica o advogado epresidente do Instituto Goiano de Di-reito do Trabalho (IGT), Rafael Lara.

Para Lara a modernização da CLTdeveria ser tratada como tema urgente,por ela “não refletir mais a realidade doBrasil”. Entre os pontos que devem seralterados ele destaca a flexibilização dashoras, moralização do seguro desem-prego, de trabalho e maior objetividadena avaliação do que se refere à saúde esegurança. “O TST diz que tudo que forrelativo à segurança e saúde não podeser negociado, mas se formos avaliarprofundamente tudo pode ser conside-rado questões de saúde e segurança, oque gera insegurança jurídica devido àdifícil e contraditória compreensão.”

O presidente do IGT diz tambémque é necessário se pensar nas empre-sas, tanto nas particularidades de cadasegmento – uma vez que atualmente aCLT não faz distinções tendo em vistaas especificidades da forma de trabalhode cada setor e tamanho da empresa –quanto em sua proteção.

De acordo com Rafael Lara, a faltade proteção à empresa gerou tambémum ciclo de “maus trabalhadores”, queé mais evidente na construção civil. Istoporque – conforme afirma o advogado– há uma grande parcela da mão deobra que passou a forçar a demissãoapós seis meses de trabalho, com a fina-lidade de receber o seguro-desempregoe, ainda, com a possibilidade de moveruma ação contra a empresa por motivo

fútil ou pela falta de informação do em-pregador que faz, na maioria das vezes,a rescisão direta gerando precedentespara ações indenizatórias.

“É impossível não ficar refém, se,por exemplo, a empresa cria algum tipode benefício para dar maior qualidadede trabalho como extras, bônus, carros,entre outros. É possível que a Justiçapossa incorporar a política de valoriza-ção no quadro salarial, onerando aindamais o custo de uma demissão que já émuito alto”, enfatiza.

Autora do projeto que resume ospontos mais urgentes de alteração, se-gundo o setor produtivo, e tambémsugestões de novo tratamento, cha-mado “101 propostas para Moderniza-ção Trabalhista”, a Confederação Na-cional da Indústria (CNI) há váriosanos luta pela consolidação das mu-danças e em especial da regulamenta-ção da terceirização. Mesmo sendocomum no Brasil – e uma das princi-pais ferramentas de contratação deserviços especializados em todo omundo – ainda não possui normatiza-ção e é, constantemente, alvo de ques-tionamentos de centrais sindicais.

O vice-presidente da entidade,Alexandre Furlan, acredita que o tema(terceirização) não ter recebido conven-ção jurídica é um dos maiores indicati-vos que a legislação trabalhista nãoacompanhou o crescimento do País esua nova ordem econômica. “É uma ne-cessidade no País e não pressão dos em-presários. É uma forma moderna de or-ganizar, de fomentar a especialização,melhorar a qualidade dos serviços e au-mentar a profissionalização, de chamaralguém especializado quando necessá-rio. Não existe empresa que não tercei-rize. Especialidade é eficiência”, relata.

Dados da CNI apontam que o ser-viço público é um dos maiores benefi-ciados pelo mecanismo, e que empresasligadas ao governo federal, como a Pe-trobrás, chegam a utilizar mais de 80%da mão de obra por meio de terceiriza-ção. E que os maiores problemas sãooriundos deste setor devido a subsidia-

riedade solidária e a falta de fiscaliza-ção.

A grande discussão em relação aotema é a alegação que a terceirização di-minuiria os postos de trabalho, possibi-lidade que o vice-presidente Furlandescarta por assegurar que é hoje a “ati-vidade que mais formaliza trabalha-dores”, por ser uma estrutura moderna,sendo essencial para a economia poraumentar os níveis de qualificação demão de obra e também incentivar o em-preendedorismo. Furlan argumentaainda que se ater a tais prerrogativasdemonstram o retrocesso do sistematrabalhista brasileiro em relação ao res-tante do mundo. “Não é a terceirizaçãoque precariza”, ostenta.

Alexandre Furlan, da CNI “A Justiça do Trabalhovirou um parque de diver-sões, os trabalhadores en-tram com ação contra a em-presa mesmo sem direitosapenas por precisão comona há avaliação sobre as ne-cessidades de cada em-presa, nem mesmo umaproteção para o setor pro-dutivo, elas quase sempreacabam condenadas, se tor-naram vítimas da CLT.”

Rafael Lara, advogado e presidente do IGT

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EMPREGO ◄► Trabalho

PAulA AlANA OlIVEIRA

Equem nunca sonhou em tra-balhar em casa? Não preci-sar enfrentar o trânsito dasgrandes cidades, poderacompanhar os filhos em seu

dia a dia, fazer seu próprio horário e fi-car longe do chefe.

Sim, o Home Office é a mais novaprática de trabalho adotada por muitos.E o primeiro dia de trabalho em casa éuma festa. Você escolhe uma poltronamacia, coloca o notebook no colo, apóiaas pernas sobre uma banqueta. Depois,passa para a cadeira da cozinha, fica alidesajeitado com o computador sobre amesa.

Walison Verissimo, proprietário deuma Agência de Propaganda, tem seuhome office há 8 anos. Ele conta quequando montou seu escritório em casa,foi por uma necessidade de se ter umambiente para estudar, “Montei meuescritório, para fazer trabalhos da facul-dade e ter um local para guardar meuslivros e demais objetos”, diz.

Com a correria do dia a dia, se deslo-car de casa e ir até ao local de trabalho,exige paciência e tempo. Com isso, mui-tos profissionais estão optando por pra-ticidade, montando então um home of-fice em sua própria casa.

Segundo a Arquiteta Ana Maria Mil-

ler, não existe um perfil definido paraaqueles que optam por um home office,algumas pessoas simplesmente mon-tam um escritório em casa por ser orga-nizado.

“Alguns clientes simplesmente bus-cam este espaço para cuidar da admi-nistração da casa ou ter um local ondeseus filhos possam estudar”, diz.

Walison acabou gostando da ideiaapós montar seu home office e com o

trânsito caótico de Goiânia ele começouoptar em trabalhar alguns dias da se-mana em casa. “Com a vida corrida dodia-a-dia, às vezes acabo usando o es-paço para fazer as coisas da empresa emcasa. Assim tenho mais praticidade eeconomia de tempo, não preciso gastarmais de 30 minutos para chegar ao es-critório”, diz Veríssimo.

De acordo com Ana Maria, a de-manda por este tipo de projeto em Goiâ-

Home office, o sonho de muitos

Exercer a profissão em casa é opção de muitos profissionaisdas mais variadas áreas, mas é preciso muita disciplina

Daniel Gomes, gestor de RH

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Ana Maria Miller, arquiteta

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nia tem crescido demasiadamente,muitos estão entrando na onda doHome Office e adotando a ideia.“Desde o início da minha carreiracomo arquiteta, meus clientes solici-tavam esse ambiente em seus proje-tos. Só não o denominávamos comohome office, e sim, como escritório.“E agora com esse novo conceito, abusca por esse segmento tem sidomuito procurada’’, conta.

Quem tem filhos sabe o quanto édifícil trabalhar e dar atenção. Muitasmães acabam optando por uma es-cola de tempo integral, uma babá, ouaté mesmo uma creche. Mas este nãofoi o caso de Daniela Genovese, queoptou por montar seu home office ecuidar da filha Debora de 7 anos.“Optei por ficar em casa cuidando daminha filha, pois assim posso acom-panhar o crescimento dela e o mel-hor, posso trabalhar de pijama”, dizDaniela.

Ela, que tem seu escritório emcasa há 6 anos, e não se arrepende daescolha.

“Sou editora de imagens e webdesigner, sempre gostei de internet,computador, então comecei a fazersites e gifs animados. Atualmentetenho meu site de molduras e ganhoa vida assim, trabalhando em casaperto da minha filhota.”

A dificuldade para se concentrarno trabalho lidera o ranking de des-vantagens do home office. Muitosacabam perdendo atenção com os fil-hos e prejudicando o trabalho. Da-niela conta que a única desvantageme a falta de tempo para sua vida pes-soal. “Não tenho final de expediente,final de semana nem férias”, conta.

Já Walison diz que o psicológicomuitas vezes atrapalha muito, poisnão consegue diferenciar casa e tra-balho. “Esse é o mais difícil de lidar,pois, muitas vezes, por estar emcasa a concentração não é a mesma,porém, eu consigo separar as duascoisas”, diz ele.

Veríssimo conta que já houve ca-

sos em que amigos que também têmhome office, para conseguir seconcentrar se vestem com terno egravata, para simular que estão naempresa, e conseguirem desempen-har o mesmo papel que no ambientede trabalho.

Não saber diferenciar trabalho evida pessoal é uma das grandes recla-mações, portanto o profissional quedeseja optar em trabalhar em casadeve buscar um consultor para saberse tem o perfil correto. Outra desvan-tagem é o local inapropriado, muitosque optaram em montar um homenão buscam a ajuda de um profissio-nal e acaba comprando uma cadeiradesconfortável, um móvel errado.

Ana Maria Miller explica: “É deextrema importância que se busqueum profissional para um projetodesse tipo, pois assim vamos investir

em uma boa poltrona, móveis querespeitem os conceitos de ergometriae iluminação adequada à leitura eprodução textual, por exemplo.”

De acordo com Miller, é possívelmontar um bom escritório com ape-nas R$ 1,5 mil. Em um espaço de 5m2, já é possível se criar um eficientehome office. Perguntamos ao Gestorde Recursos Humanos, DanielGomes, qual o perfil que a pessoadeve ter para trabalhar com HomeOffice. Segundo ele, a pessoa deve terum perfil empreendedor, ou seja, deum profissional. “É importante quequem for trabalhar remotamente sesinta dono do negócio e que se autogerencie, que esteja principalmentefocado na atividade a ser executadapara evitar dispersões e, por conse-quência, perda de produtividade”,conclui Daniel.

a Ter disciplina – Definir os horários para inicio e fim do expediente;

a Ter foco – Não se deixar interromper pelos estímulos à dispersão (Filhos,

animais, atividades domésticas).

aAdministrar bem o tempo – Definir com antecedência as atividades

prioritárias para o dia, lembrando sempre de separar em torno de 25% do tempo

para as demandas emergências que possam surgir no decorrer do expediente.

Seria ótimo aproveitar também o tempo extra que este profissional possui, tendo

em vista que não gasta tempo com o deslocamento de Casa x Trabalho –

Trabalho x Casa, que chega a consumir de 3 a 4 horas diária da maioria dos

profissionais;

a Ter uma estrutura de trabalho adequada ergonomicamente – Cadeira /

Mesa dentro dos padrões de conforto e segurança para evitar fadiga e/ou dores

por provocados por constante má postura.

Dicas para trabalhar em casa

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MARKETING ◄► Internet

PEDRO NuNES

Aprevisão dos especialistas éque até 2017, 20% de toda averba destinada à mídiaseja para o mercado digital- o equivalente a 4 bilhões

de dólares. Este número foi apresen-tado na 2º Conferência Internacionalde Estratégias de Comunicações Digi-tais, em junho, promovida pelo jornalA Redação, no Castro’s Park Hotel emGoiânia. Para os palestrantes doevento não há dúvidas: compensa, emuito, investir no meio online.

A dúvida aparece na forma de se apli-car. Para o CEO da agência digital DRB,Lucas de Paula Lima, a mídia digital já éuma realidade. Ele conta que as vendasonline, apenas no Brasil, já renderam R$24 bilhões. Mas para Lucas, o que faltapara as agências é um profissional espe-cializado que consiga dominar e venderbem os resultados alcançados com as fer-ramentas digitais. "Muitas empresasainda encaram as mídias digitais e seusbenefícios como bruxaria, como algomuito difícil de ser atestado. Posso afir-mar com toda certeza que não é", avalia.

De acordo com o CEO, o diferencialque está mídia oferece, em relação aosoutros meios de comunicação, é o poderde saber a origem do usuário, enten-dendo melhor o cliente e tendo contatodireto com o público alvo. “Uma das

maiores vantagens em adotar o uso decanais digitais como forma de comunica-ção é a possibilidade de monitorar tudo oque acontece, desde o clique do usuário,o que ele faz no site até o tempo de nave-gação em cada página.”

Para o diretor-geral do Mercado Li-vre, Helisson Lemos, o mercado de pu-blicidade caminha cada vez mais para serdigital. “Estamos comemorando o fatode que, pela primeira vez, os investimen-tos em publicidade online superaram osde mídia imprensa no Brasil, algo que játinha ocorrido em outros países como

EUA e Inglaterra. Isso comprova o po-tencial deste mercado”, explica o diretor.A empresa online está atualmente entreas 50 maiores da categoria no mundo

Helisson lembra que o Mercado Li-vre era considerado um brechó onlinee, hoje, 80% dos produtos vendidos narede são novos. Mas ele conta que a es-sência da empresa não se perdeu.

“Mesmo com essa mudança, osusados ainda têm um efeito comple-mentar muito grande. Nossa linha deautomóveis, por exemplo, é a maisprocurada no País.”

Compensa investir em mídia digital

Especialistas apontam que mídia digital vai receber 20% das verbas publicitárias até 2017

Lucas Lima, da agência DBRHelisson Lemos, do Mercado Livre

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COMUNICAÇÃO ◄► Acieg

Lançado no dia 22 de agosto,o novo site da Acieg – o Por-tal do Empresário – foi des-envolvido pela AgênciaPutz!, com o objetivo de tor-

nar o hotsite mais interativo e dinâ-mico para o empresário. Dividido porsegmentos, o portal traz novidadescomo área para o Vapt Vupt, DescontoEmpresarial, possibilidade de pré-fi-

liação online e de cadastro de eventos,mais espaço para a veiculação de in-formações dos parceiros da entidade,além de uma agenda para que o usuá-rio possa acompanhar o dia a dia daAcieg.

De acordo com diretor de Marke-ting da Agência Putz!, Maikell Reis, onovo layout foi desenvolvido com vis-tas a tornar a navegação mais senso-

rial, com conteúdo disposto de formasistemática para os empresários, semque houvesse perdas na identidadeimparcial da Associação. “Suavizamoso layout e priorizamos as possibili-dades de interação e navegação. Aideia era torná-lo atual, moderno emais ‘clean’, que fosse uma demons-tração da importância da Acieg para asociedade”, explica.

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Site da Acieg agora é oPortal do Empresário

Novo site da Acieg traz mais possibilidades de interação e setorna um portal de informações e serviços para o empresário

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A postagem do conteúdo é feitapelo sistema WordPress, que é umdos gerenciadores mais utilizadosno cenário nacional, segundo o di-retor. “O WordPress foi escolhidopor ser uma plataforma de fáciloperação, o que torna o processo depostagem e edição de conteúdomais rápido”, relata.

MARKETING DIGITAL

O diretor executivo da AgênciaPutz! conta que, ao formatar o pro-jeto, a equipe buscou trazer para oempresário um modelo de marke-ting digital. “É um portal moderno einterativo, que permite o estabeleci-mento de uma comunicação maisrápida e um suporte de serviçospara os associados”, ressalta.

A busca por exemplificar as ca-racterísticas de um site voltado parao marketing digital reflete as possi-bilidades do setor, que hoje é umdos maiores influenciadores deconsumo: cada consumidor acessaa internet, em média, três vezespara pesquisar o produto ou serviçoantes da compra, conforme pes-quisa da consultoria norte-ameri-cana, McKinsey. E as informações -quando positivas e encontradas fa-

cilmente – elevam o faturamentoda empresa em até 18%.

Adriano Pinheiro diz que o cres-cimento exponencial dos númerosde performance do “online” nos úl-timos anos é um indicativo de queas empresas que não trabalharemcom a integração entre o “on” e o“off” estão “fadadas a ficarem obso-letas devido à mudança cultural so-bre o novo condicionamento da in-formação na velocidade em que seespera”.

Para ele a forma com que a em-presa se apresenta no mundo vir-tual é uma “representação das em-

presas” o que leva à somatória depercepções, ou seja, se a empresanão possui uma boa imagem na in-ternet o consumidor irá concluirque fora do mundo virtual tambémnão, assim como o contrário tam-bém ocorre.

DIGITAL EFICIENTE

O diretor da Agência Putz co-menta que a maior parte de umaimagem positiva na internet pro-vém de um marketing digital efi-ciente, por isto é necessário teracompanhamento de profissionaisespecializados na área.

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Adriano e Maikell, da Agência Putz: projeto prevê marketing digital

a Sites e redes sociais devem buscar aproximação comercial com o cliente,

mas isto tem que ser uma via de mão dupla em que os dois participam.

aNossa vida é bombardeada de informações e publicidade, na internet o

poder de escolha do que se quer ver é maior então é preciso despertar

interesse do consumidor. Para fazer isto é preciso lançar, promover e

transferir informações de interesse dele, e permitir que ele interaja com elas.

a A interação é “a alma do negócio online”.

a É preciso uma boa estratégia, um bom site, um excelente material digital,

presença nas redes sociais. Mas nada adiantará se toda a informação gerada

não tiver credibilidade.

a Gere informações e responda o cliente em alta velocidade. Não adianta

somente estar na internet, é preciso marcar presença.

Dicas para se posicionar bem na internet“O novo site agradoua entidade e aos empresários que começaram a buscaro site para anunciarsuas marcas. Esse eraum dos objetivos”

HELENIR QUEIROZpresidente da Acieg

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cenárioeconômico

CONTA ANTIGA - Os empresários brasileiros ainda

pagam ao governo uma conta que já foi quitada em 2012.Hoje, um trabalhador demitido sem justa causa recebe40% do que tem no Fundo de Garantia do Tempo deServiço (FGTS) como multa e o empregador paga mais 10%para o governo manter no saldo de patrimônio do fundo.Essa taxa adicional foi criada em 2001 para ajudar a cobriruma dívida bilionária do FGTS junto a trabalhadoreslesados nos planos Verão e Collor 1.

TAMANHO DA CONTA - Segundo cálculos da

Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante os 11anos em que a regra esteve em vigor, os empresáriosdesembolsaram R$ 45,3 bilhões para reequilibrar as contasdo FGTS. A última parcela das dívidas geradas com osplanos econômicos foi paga em junho de 2012. A CNIcalcula que, entre julho de 2012 e abril de 2013, osempresários tiveram de arcar com R$ 2,7 bilhões.

SEM SENTIDO - Para o economista Cláudio

Henrique de Oliveira a cobrança não tem mais sentido.“Essa compensação para recompor o fundo já foiultrapassada. O que era provisório ficou permanente”,avalia. De acordo com o economista, esse adicional temservido desde então para outros propósitos, comoprojetos sociais ou de infraestrutura.

INVESTIMENTO - Para o empresário Antônio

Almeida, da gráfica Pronta Editora, esse adicional poderiaser utilizado para melhorar a sua empresa. “O impacto émuito grande. Com esse valor, que já é alto, mais a multaadicional, eu poderia estar investindo em equipamentos eem tecnologia para a minha empresa. Além disso, poderiamelhorar as condições de trabalho e os salários dos meusempregados”, revela.

DIlMA VETOu - Os deputados federais chegaram a

aprovar em agosto, por 315 votos a favor e 95 contra, oprojeto de lei que extingue a cobrança da multa rescisóriade 10% sobre o saldo do FGTS. Porém, a presidente DilmaRousseff vetou o projeto, alegando uma inadequaçãoorçamentário-financeira e que o projeto “geraria umimpacto superior a R$ 3 bilhões por ano nas contas doFGTS”.

“A economia é extremamente útil como

forma de emprego para os economistas.”

JOHN GALBRAITH

CARGA EXTRA

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Passeio das ÁguasO Passeio das Águas Shopping, o maior shopping da região Centro-Oeste

do Brasil, abre suas portas no dia 30 de outubro. O empreendimento daSonae Sierra Brasil, incorporadora, proprietária e administradora de shoppingcenters, teve investimento de mais de R$ 384 milhões e deve gerar mais de6.300 empregos diretos. O Shopping contará com 78,1 mil m² de ABL (ÁreaBruta Locável) distribuídas em 267 operações, sendo 10 lojas âncoras, novesemiâncoras, 206 satélites, entre elas 27 opções de fast-food e noverestaurantes. Marcas renomadas farão parte do novo empreendimento. Entreelas, algumas inéditas na cidade, como Artex (cama, mesa e banho), Etna(móveis e decoração), Striker Boliche, Zelo e outras marcas consagradas, taiscomo C&A, Cinemark (com sete salas de cinema), Eletrosom, Marisa,MMartan, Renner, Riachuelo e Ri Happy, entre outras. Grifes locais tambémestarão presentes, como Dolce Vita, Flavio´s Calçados, Fujiclick, Novo Mundo,Pactus, Primetek, Purpurina Flor/Ginger Man, Shopping dos Cosméticos, alémda operação de alimentação Jerivá, entre outras.

NOVO SHOPPING

Recuperar jácomeçou

A Secretaria da Fazenda iniciou dia 30 desetembro a adesão ao Programa de Recuperaçãode Créditos da Fazenda Pública Estadual(Recuperar) para contribuintes em débito de ICMS, IPVA e ITCD. O maiordesconto, que isenta o pagamento de juros e multas, é concedido àqueles quepagarem a dívida à vista até 11 de outubro. Segundo o secretário da Fazenda,José Taveira, a expectativa é arrecadar R$ 160 milhões até o final deste ano, masapenas 40% ficam no Tesouro estadual, após partilha com as vinculaçõesconstitucionais.“O Recuperar tem efeitos positivos nos municípios, pois elestambém maximizam suas receitas”, declarou. Afinal, os municípios recebem 25%do ICMS e 50% do IPVA. Para 2014, a previsão é arrecadar R$ 111 milhões.

SEFAZ

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O SONHO DE SER PATRÃOA maioria dos brasileiros prefere ter um negócio próprio a fazer carreira em uma empresa. Virar

patrão só perde na lista de anseios para uma viagem pelo Brasil e a compra da casa própria. É o quemostra a pesquisa “GEM – Global Entrepreneurship Monitor: Empreendedorismo no Brasil 2012″.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 39

Fusões e aquisiçõesAcieg e OAB-GO realizam encontro no dia 31 de outubro, às 9 horas,

para apresentar um panorama das operações de fusões e aquisições. Oevento será na ACIEG, com o advogado Samuel Carvalho Gaudêncio(NGMTLaw), apresentando o tema. O debate ocorrerá com Marlos Nogueira(NOM AC) e Cássius Pimenta (MAROL).

O objetivo do evento é debater o contexto em que as tais transações sãorealizadas e o processo de seu desenvolvimento, a racionalidade dosagentes, as estruturas jurídicas mais utilizadas e a moldura legal aplicável, acompreensão de questões e pontos mais negociados, bem comocompreender o pano de fundo global em que estamos inseridos nestemercado são assuntos de interesse para o público goiano.

AGENDE-SEAcieg Jovem

O empresárioLeopoldo Veiga Jardim seráo novo presidente da AciegJovem, com a sucessão aDiego Siqueira Santosocorrendo no início dopróximo ano. No entanto,o planejamento estratégicoda nova gestão jácomeçou. No último dia 3,o professor EdwardGuimarães conduziu oLaboratório de DiagnósticoEstratégico, umametodologia criada eamplamente testada pelaBonum Consultoria Empresarial e que permite conhecerprofundamente os condicionantes do desenvolvimentoorganizacional, sendo a primeira etapa para a elaboração deum planejamento estratégico consistente. O mandato danova gestão vai de 2014 a 2017.

NOVA GESTÃO

Balança comercialA balança comercial goiana atingiu marca histórica, ao

consolidar saldo comercial de US$ 2,018 bilhões, no períodode janeiro a setembro deste ano. O valor é maior do que orecorde anterior registrado no ano de 2012 quando osuperávit anual atingiu a cifra de US$ 2,011 bilhões. O saldoobtido é fruto das exportações do período acumuladas emUS$ 5,346 bilhões e das importações de US$ 3,327 bilhões.Segundo o secretário de Indústria e Comércio, AlexandreBaldy, o segredo do sucesso do comércio exterior goiano estána ousadia dos goianos em produzir produtos competitivos,que chegam a mais de 150 diferentes países. Ele admite quea venda de produtos básicos ainda prevalece na pauta dosprodutos goianos, entretanto, ele afirma que o Governo deGoiás tem envidado todos os esforços para que o Estadoconsiga nos próximos anos melhorar a performance dosprodutos industrializados. “Estamos trabalhando fortementepara que o nosso Estado se consolide cada vez mais como umcentro produtor de manufaturados e semimanufaturados.”

RECORDE

EVENTOS

A AJE Goiás inova e cria o Google Business Group - GBG Goiânia, parapromover acesso ao conhecimento do mundo Google voltado paraempresas. O grupo é aberto a empreendedores que querem conhecercomo o Google pode aprimorar processos de trabalho e como a tecnologiapode ser a grande aliada para o crescimento empresarial. Evento delançamento será dia 17 de outubro, às 19h. Não deixe para a última horapois as vagas são limitadas.

Google Business Group

A próxima edição do Café com a Presidente será realizada no dia 15 deoutubro, às 9 horas, na sede da Associação. O evento, lançado emsetembro deste ano, visa a dar boas vindas aos novos associados eapresentar a instituição, suas atividades, serviços e benefícios maisprofundamente. A partir do encontro feito com vinte empresários, poredição, a Acieg tem a oportunidade de conhecer a realidade das empresasassociadas e seus anseios.

Café com a Presidente

O anual Jantar de Diretoria da Acieg de 2013 já tem data marcada: seráno dia 5 de dezembro, a partir das 19 horas, também na sede daAssociação. A confraternização reúne empresários e gestores das empresasque compõem a diretoria da Associação, bem como seus acompanhantes,em uma noite animada para celebrar as conquistas do período.

Diretoria Acieg

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CARREIRA ◄► Profissões

Em qualprofissão

vou medar

bem?

PAULA ALANA OLIVEIRA

Escolher quais rumos tomar na hora de decidir umaprofissão é uma tarefa difícil. Possivelmente ao entrarem um curso superior à área que escolheu pode estarem alta no mercado, porém ao terminar o curso, talvezoutras profissões já tenham ocupado o lugar do ran-

king de melhores carreiras. Segundo estudos divulgados pelaHeadhunters, uma das maiores consultorias de recrutamento doBrasil, as mudanças na economia do País, o excesso de formandosno mercado e os avanços tecnológicos colocaram algumas profis-sões na lista das baixas contratações no mercado de trabalho, en-tre eles Direito, Jornalismo, Sociologia, Antropologia, Psicologia,História e Geografia.

Será que existe poucas vagasou profissionais demais? Saiba

como fazer a escolha certaentre tantas carreiras em alta

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A maioria das profissões divulgadas na pesquisaestá na área de humanas, justamente a área do conheci-mento que oferece mais vagas em faculdades e, por-tanto, colocam mais recém-formados ano a ano dispu-tando espaço no mercado de trabalho.

Segundo a presidente da ABRH Dilze Percilio, fazerum teste de aderência profissional é uma boa alterna-tiva para não errar na hora de escolher a profissão. “Pri-meiramente o profissional precisar ver claramente qualé seu objetivo de vida e de carreira, depois ver quais sãosuas vocações e se possível verificar o valor de mercadoque cada profissão tem. Ou seja, para quais áreas e car-gos o mercado paga mais e oferecem mais oportuni-dades de vagas”.

Dilze conta que na hora de optar por um curso su-perior é de extrema relevância levar em conta o custo doinvestimento e quanto o mercado remunera esta áreaescolhida. “Talvez investir em uma formação em níveltécnico ou tecnólogo, onde tenha muita demanda epaga quase igual às profissões que exigem curso super-ior seja uma boa opção profissional”.

ESCOLHAS

Anderson Rios que, possui duas graduações na áreade humanas, a primeira em Administração e a segundaem Jornalismo, porém trabalha atualmente com mar-keting em uma grande indústria goiana, por causa dasdificuldades encontradas para conseguir uma vaga nasáreas de formação original. “Cursei Administração e de-pois iniciei o Jornalismo. O primeiro curso é muitoabrangente, dificilmente você se especializa em algo en-tão fui tentar outro curso, porém o mercado aqui deGoiânia não oferece grandes oportunidades para profis-sionais de jornalismo, foi aí que migrei para o marke-ting” diz Anderson.

Anderson Rios conta que se especializou na atualfunção e não se arrepende das demais graduações.“Levo muito dos meus dois cursos superiores, utilizo oque aprendi diariamente, seja na comunicação comona administração. Hoje olho para trás e não me arre-pendo das escolhas que fiz, mas se eu pudesse voltar aopassado certamente eu olharia com outros olhos omercado e procuraria especializar em uma das gradua-ções.”

De acordo com a presidente da ABRH, a culpa deexistir esse índice de carreiras em alto e baixo mercadoé tanto dos empregadores quanto o empregador. “Infe-lizmente os profissionais são vitimas de dois vilões domercado de trabalho: o primeiro é o selecionador quenão consegue identificar as habilidades dos candida-

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tos, ficando apenas em seu histórico pro-fissional, ou seja, se a vaga é para Ge-rente de Atendimento, e não existir essecargo no currículo do candidato, o recru-tador nem olha.”

Dilze conta que é importante o em-pregador não fixar apenas itens da vagadescrita, porém ver com outros olhos queaquele profissional formado em jorna-lismo ou pedagogo poderia ser um exce-lente profissional de RH no subsistemade Comunicação Interna ou Treina-mento. “Mas o maior vilão é o próprioprofissional, que não se vê como um‘complexo de habilidades e competên-cias’, e se define apenas por seu históricoprofissional e curso”, diz Dilze.

Ao contrário das carreiras em baixacolocação no mercado, existe aquelasque estão no topo das contratações comorevela o estudo realizado pela Brasil In-vestimentos & Negócios (BRAiN), a pes-quisa trouxe à tona informações impor-tantes sobre as áreas de formação maisrelevantes, no que se refere a aumentosalarial alcançado e à procura por partedos empregadores. Constatou-se queáreas como medicina, militar, engenha-ria (diversas especialidades, influencia-das logicamente pela Copa, Olimpíadas epelas ações do PAC), além de arquiteturae estatística estão entre as mais valoriza-das da última década.

A pesquisa da BRAiN se fundamenta

nos indicadores fornecidos pelos censosde 2000 e 2010 e traça um perfil compa-rativo entre os rendimentos de profissio-nais de nível superior e os de nível inter-mediário. Uma das conclusões a que che-gou o estudo é que, em algumas áreas, adiferença salarial entre esses níveis de es-colaridade chegava a mais de 250% noano de 2010. Portanto, ainda vale à penabuscar uma formação que vá além do ní-vel médio geral.

Outro dado interessante do estudodiz respeito à permanência do profissio-nal, quando inserido no mercado de tra-balho, em sua área de formação. Nessequesito, profissionais de áreas como me-dicina e arquitetura se sobressaíram.

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CLUBE DO DESCONTO ◄► Canal de venda

Ofereça seu produtoaos servidores

PAULA ALANA DE OLIVEIRA

Com o objetivo de pro-mover a realização deparcerias entre empre-sas privadas de váriossegmentos, o Clube do

Desconto foi criado em julho desteano e deve trazer mais facilidadeao empresário goiano na buscapor preços mais competitivos. Oprojeto, instituído pelo Decreto nº7.931, faz parte da Política Esta-dual de Apoio e Benefícios ao Ser-vidor, que integra o Programa deGestão e Valorização dos Servi-dores Públicos do Governo do Es-tado.

O clube funciona da seguintemaneira: o dono de uma empresade um determinado segmento secadastra oferecendo descontos deseus produtos voltados exclusiva-mente para o servidor estadual,assim o clube busca atender o ser-vidor em suas diversas necessi-dades do dia a dia, uma forma defacilitar a vida do funcionário pú-blico. A iniciativa já existe em ou-tros Estados do País, como SãoPaulo, Bahia e Espirito Santo.

O servidor terá acesso ao clubepor meio do Portal do Servidor

que deve começar a funcionar emsetembro. No portal haverá umalista com as empresas associadasao clube e o percentual de des-conto oferecido.

“Os descontos vão do pet shop-ping à farmácia, da loja de roupasaté a fábrica de malhas. Esse pro-jeto é uma ótima oportunidade doservidor público aproveitar os des-contos das empresas cadastradas”,afirma a gerente de Apoio e Bene-fícios ao Servidor, Rosa Donzelli.

Segundo a gerente, a empresaescolhe o valor de desconto a seroferecido conforme sua preferên-cia e necessidade. “Para se ter umaideia algumas empresas chegam aofertar 30% de desconto para oscadastrados no Clube e isso de fatoé muito importante, pois no finaldo mês todos os cadastrados terãouma economia significativa emseus orçamentos”, diz Rosa.

CADASTRO

O cadastro de participação narede deve ser feito no Vapt VuptEmpresarial da Acieg, e está dis-ponível desde o dia 1º de agosto.Não há cobranças de taxas e umavez assinado o termo a empresaterá de oferecer obrigatoriamente

os descontos propostos no docu-mento.

Os documentos exigidos são:contrato social devidamente atua-lizado e com firma reconhecida;uma linha de telefone fixo; alémde ter como responsável pela par-ceria o diretor ou proprietário daempresa, registrada em cartório,ou terceiro, munido de procura-ção, mediante comprovação pormeio do contrato social.

Empresas cadastradas no Clube do Servidor poderãose beneficiar com descontos em produtos

Rosa Donzelli: oportunidade

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PREÇOS ◄► Alimentação

Famosa por suas casas noturnas,bares e restaurantes a cidade de Goiâ-nia é uma ótima opção para quem des-eja comida gostosa e badalação. Porém,sair para comer e beber fora tem se tor-nado uma opção quase extinta da listados goianienses, pois com a alta na in-flação o custo de uma noite vai aos céus.

Sem falar no famoso café damanhã, no acumulado de 12 meses,nem o popular pão com ovo escapa daalta dos preços dos alimentos, grupopersistentemente acima da média ge-ral dos principais indicadores. Se-gundo levantamento da Fundação Ge-túlio Vargas (FGV), a inflação medidapelo IPC-10 dos itens que compõem ocafé da manhã acumula alta de14,64%, quase nove pontos superior àmédia do índice, 5,65%.

Prejuízo para João Batista, proprie-tário da panificadora Bello Pão, hácinco anos. Ele que conta como esta di-fícil manter o funcionamento de suapadaria com os preços tão altos. “A si-tuação está muito complicada, a infla-ção tem prejudicado bastante os lucrosdos empresários. Já pensei até emdeixar o ramo e tentar outro seg-mento”, diz ele.

De acordo com a FGV, os des-taques da alta são o pão francês, comalta de 12,45%, puxado pela alta dopreço do trigo importado em dólar, e oleite longa vida, vilão do primeiro se-mestre que continua pressionado, au-mentando mais de 30% em 12 meses.

João Batista relata que atualmente

possui 24 funcionários em sua padaria,mas já pensa em uma solução para nãosofrer tantos danos sem não repassar aalta para seus clientes; para isso a dis-pensa de funcionários é uma opção.“Já estou pensando na implantação deum auto-serviço na panificadora, as-sim, irei diminuir o quadro de funcio-nários e não afetarei o bolso dos meusclientes, até por que se o preço aumen-tar os clientes somem e o prejuízo éainda maior”.

Só na primeira semana de outubroo Índice de Preços ao Consumidor - Se-manal (IPC-S) acelerou para alta de

0,38%, depois de variar 0,30% na úl-tima semana de setembro, de acordocom levantamento da Fundação Getú-lio Vargas (FGV).

Na atual apuração, quatro das oitoclasses de despesa componentes do ín-dice registraram variações mais altas.A maior contribuição partiu do grupoalimentação, cuja taxa subiu de 0,14%no fim de setembro para 0,41% no iní-cio de outubro.

Não é apenas o proprietário da pa-daria que tem sofrido com a alta da in-flação nos últimos meses. O dono deum dos grandes restaurantes de Goiâ-nia também demostra a grande preo-cupação com o aumento desordenadoda taxa nos alimentos: Newton Emer-son Pereira proprietário do bar e res-taurante Cateretê, mostra sua indigna-ção. “Só do começo do ano até agora,tive que reduzir mais de 12% do nú-mero dos meus funcionários, pois coma alta nos preços, o movimento tem di-minuído bastante e, com isso, o nú-mero dos meus funcionários. É uma si-tuação lamentável”, desabafa.

Inflação para o empresárioAlta generalizadade preçostambém prejudicaempresas

Newton Pereira, do Cateretê

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CANAL DE VENDAS ◄► CadFor

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Um cliente antigopode estar sendodeixado de ladopelo empresa-riado goiano: ogoverno. E estecliente pode ser

uma grande oportunidade para aformação de novos negócios ecrescimento nas vendas. Seja nacomercialização de produtos, ouna prestação de serviços, o pri-meiro passo para se tornar umfornecedor do Estado é o Cadas-tro de Fornecedores (CadFor),realizado no Vapt Vupt Empresa-rial da Acieg, que somente no pri-meiro semestre deste ano já re-gistrou 591 novos cadastros.

O superintendente de Supri-mentos e Logística da Segplan,Antônio Eurípedes de Lima,afirma que qualquer empresárioque deseja se tornar fornecedor dealgum produto ou serviço para oEstado deve passar obrigatoria-mente pelo processo de registrono CadFor. De acordo com o su-perintendente, esta inscrição é ne-

cessária, tanto para a realizaçãode contratações, quanto para a ge-ração de empenhos com o go-verno.

Ele revela ainda que, indepen-dente da cidade onde o empresá-rio se encontra, só há dois lugaresem Goiás em que é possível fazer o

cadastramento. “Apenas dois lu-gares no Estado realizam o Cad-For: o Vapt Vupt Empresarial daAcieg e da Juceg.”

Segundo Antônio Eurípedes,os locais foram escolhidos por tor-narem mais rápida a conclusãodos processos que marcam a rela-

Vapt Vupt Empresarial da Acieg realizou 591 cadastrosde fornecedores apenas no primeiro semestre de 2013

Quer vender seuproduto para o

governo?

Antônio Lima: Só dois lugares no Estado fazem o Cadfor, na Acieg e Juceg

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro e3 2013 | 47

Como se tornar um fornecedor do governo

1º Passo: Cadastro - CadForA inscrição é necessária para a realização de contratações e para

geração de empenhos com o governo. O Cadastro de Fornecedores(CadFor) pode ser realizado no Vapt Vupt Empresarial da Acieg. Este é oprimeiro contato com o governo estadual e uma forma de interaçãoentre as partes.

2º Passo: Certificação – CRCApós o cadastramento, não havendo nenhuma pendência na

documentação, é emitido o Certificado de Registro Cadastral (CRC) aosempresários. A apresentação do CRC substitui alguns documentosnecessários, como: a Habilitação Jurídica e a Regularidade Fiscal, ecomprova ainda a qualificação econômica e financeira nos processoslicitatórios.

3º Passo: Comércio - ComprasNet.goO ComprasNet.go permite duas modalidades de licitação: dispensa

pelo valor e pregão (presencial e eletrônico). Os órgãos públicos, agênciase fundações estaduais lançam suas necessidades de compra ou decontratação de serviços no site e aguardam o lance dos fornecedores. Nocaso de dispensa pelo valor, se negocia os lances. Já no caso dos pregõesa negociação se estende até atingir o menor preço.

Vantagens- São várias as

vantagens para ambas aspartes neste processo. Parao fornecedor é uma formade estabelecer um novocanal de negócios.

- E para o governo,aumenta o poder decompra com a participaçãode um número maior defornecedores cadastrados,o que possibilita a geraçãode ofertas com preçosmenores e de maiorqualidade. O resultadodessa parceria é ofortalecimento daeconomia regional.

ção entre governo e empresas. “O lo-cal é um facilitador, pois nele há to-dos os órgãos envolvidos, se conferetoda a documentação e isso traz maisagilidade para os empresários e parao Estado.”

Com a conclusão do cadastro e,não havendo nenhuma pendência nosdocumentos, há a liberação do Certi-ficado de Registro Cadastral (CRC). Aapresentação do CRC substitui docu-mentos como a Habilitação Jurídica ea Regularidade Fiscal, e comprova aqualificação econômico-financeiranos processos licitatórios.

Já com o CRC em mãos, o empre-sário pode concluir a última etapapara se tornar um fornecedor esta-dual e fazer a sua última inscrição, nosite do ComprasNet.go - sistema ele-trônico de gestão de compras. Após aconclusão da última etapa, a empresaé considerada apta a realizar serviçosou oferecer produtos para o governoestadual.

FACILIDADE PARA O EMPRESÁRIO

Para o supervisor do Centro deIntegração Empresa-Escola (CIEE),Guilherme Rosa, o CadFor é a formamais eficaz para se tornar um forne-cedor do Estado. Registrado pormeio do Vapt Vupt Empresarial daAcieg, o CIEE – conforme relataGuilherme Rosa – passou a termaiores possibilidades de estabele-cer um relacionamento comercialcom o governo estadual. “O cadastrode fornecedores traz maior comodi-dade para nós, empresa. Além de fa-cilitar a concretização de nossos pro-jetos com o governo.”

A Associação é agora responsávelpor administrar programas de está-gio de vários órgãos e autarquias es-taduais. “Quando surge uma vaga deestágio, entramos em contato com aempresa e depois com os interessa-dos. Caso haja algum interesse daspartes, agendamos a entrevista”,afirma.

Passo-a-passo

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BENEFÍCIO ◄► Justiça rápida

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Empresários usam Corte de Concialiação

para resolver pendências

Processos que podem demorar de dois a cinco anos sãoresolvidos num período de 15 a 45 dias na 1º Corte de

Conciliação e Arbitragem na sede da Acieg

PEDRO NuNES

Newton Batista fez um negó-cio com uma prefeitura dointerior e não recebeu o din-heiro. Depois de muitas via-gens à cidadezinha e nen-

hum resultado, ele resolveu procurar a1º Corte de Conciliação e Arbitragem,localizada na sede da Acieg, para tentarreaver o dinheiro que já era dado comoperdido. Para sua surpresa, logo após aprimeira audiência de conciliação, eleconseguiu negociar a dívida em algumasparcelas e recuperar o dinheiro.

“Na época quando a gente ia atrás dopagamento sumia todo mundo, nin-guém nos atendia. E para a minha sur-

presa, logo na primeira audiência, apa-receu o prefeito, o tesoureiro e até o pre-sidente da Câmara da cidade. Fizemos oacordo na primeira audiência”, revela.

A Prefeitura devia R$ 12 mil e, após aaudiência, a dívida foi parcelada emquatro vezes com valor de R$ 3mil. Naépoca Newton pagou aproximadamenteR$ 100 e depois de 15 dias recebeu o pri-meiro pagamento. Bom negócio? Esse éum exemplo real do que a conciliaçãopode fazer.

Newton Batista é advogado e temmais de 30 anos de experiência na área.Além disso, ele utiliza a Corte de Conci-liação há mais de 15 anos. “Eu sou umfrequentador assíduo da Corte. Princi-palmente pela celeridade, pelo baixo

custo, pela eficácia e até pelo atendi-mento que se tem lá.”

Ele conta que no Poder Judiciário oprocesso pode demorar de dois a trêsanos. Já na conciliação esse tempo podeser reduzido. “Na Corte de Conciliaçãoeu levo de 15 a 30 dias para conseguirum acordo.”

Segundo o conciliador e árbitro da1ª Corte de Conciliação e Arbitragem,José Costa Neto, a conciliação pode sera solução para os empresários que pos-suem créditos vencidos.

Na opinião do conciliador, a corteacaba com o problema que existia anti-gamente quando se contratava empre-sas de cobrança. “Hoje não. A corte fazessa cobrança indiretamente com um

O quE é?É uma forma opcional de

Justiça que visa solucionarquestões relativas a direitospatrimoniais disponíveis, (quepossam ser negociados), viaconciliação ou Arbitragem, a

baixo custo, com rapidez, (15a 60 dias) eficiência, demaneira definitiva,independente do valor dareclamação.

CuSTO?Os valores são de R$ 100

para associados e R$ 120 paranão associados da Acieg parase realizar o protocolo daação/reclamação mais o valordo mensageiro para intimar.

ONDE FICA

Rua 14, 50, Setor Oeste, Goiânia

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 49

custo bem menor. Isso faz com que aconciliação se torne um produto a serutilizado pelo empresariado de formaeficaz”, afirma.

Independente do montante daação, os valores são de R$ 100 paraassociados e R$ 120 para não asso-ciados da Acieg para se realizar o

protocolo da ação/reclamação mais ovalor do mensageiro para notificar.

“Aqui fazemos a arbitragem dequalquer valor. O mesmo tratamentoque temos com as ações de R$ 10 mil,temos com o de R$ 20 milhões. O sis-tema é o mesmo. No Fórum se pagaum valor porcentual, mas na Corte de

Conciliação da Acieg o valor é fixo”,revela o conciliador.

José Costa Neto conta que nor-malmente de 85% a 90% dos negó-cios protocolados são concluídos emacordo logo na primeira audiênciacom a assinatura do Termo deConciliação.

corte de conciliação da aciegfirma convênio com Universo

A 1ª Corte de Conciliação e Arbi-tragem, localizada na sede da Acieg,formalizou no dia 19 de setembro otermo de convênio junto a Universi-dade Salgado de Oliveira (Universo),em reunião realizada com a participa-ção dos coordenadores Marcus Joséde Oliveira e Ageu Cavalcante Lemos.A proposta será voltada para os estu-dantes de direito que precisam de ho-ras complementares de estágio na áreapara se formarem.

A ideia surgiu após alguns apelosdos alunos da Universidade. “Nós tive-mos alguns relatos dos alunos que tive-ram dificuldade em poder participardas cortes, mesmo porque eles preci-sam de horas complementares”, afirmaAgeu Cavalcante Lemos, também ges-tor do Núcleo de Práticas Jurídicas.

Para ele, essa parceria será provei-tosa para as duas partes. “Penso euque para a corte também seja provei-tosa essa parceria porque acaba divul-gando as suas atividades. Já para aUniversidade, poder levar a prática aosacadêmicos e permitir que eles visuali-zem o que aprendem na sala de aulano aspecto prático é de extrema im-portância.”

O professor de direito e represen-tante da parceria com a Universo,Éder Araújo, conta que esse convêniovai capacitar, de maneira específica, os

futuros profissionais da área. “O obje-tivo é levar a Corte até a Universo paraque, assim, haja um conhecimentomaior dos futuros operadores do di-reito em relação à atribuição da Cortede Arbitragem no âmbito da soluçãode qualquer conflito judicial”, revela.

Ele revela ainda que será disponi-bilizada aos alunos uma pauta de au-diência por semana e elas serão reali-zadas dentro das dependências da uni-versidade. As audiências serão abertaspara os estudantes do sétimo período,porque a partir desta etapa, já é ativi-dade obrigatória com participaçõesem audiências de conciliação, media-ção e arbitragem. As atividades se es-tendem até o décimo período de di-

reito. De acordo com o conciliador e ár-

bitro da 1ª Corte de Conciliação e Arbi-tragem, José Costa Neto, esta inicia-tiva irá amadurecer o instituto arbitraljunto aos estudantes e demais usuá-rios. “Quanto mais cedo eles tiveremcontato com esse mecanismo, maiseles valorizarão e utilizarão de formaconstante.”

Ele acredita que, se as gerações fu-turas entenderem sua eficácia, logoperceberão também que sua utilizaçãoé importantíssima para a solução doconflito de forma mais rápida e sim-ples. A intenção de ambas as partes éque as audiências já comecem a serrealizadas ainda neste semestre.

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NOVOS NEGÓCIOS ◄► Evento

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Goiás tem Feira de Franquia

PEDRO NuNES

A vontade de crescer e expandir osnegócios fizeram com que a empresáriaPaula Stival, proprietária da Lisa Insti-tuto de Depilação, se tornasse uma fran-queadora. Voltado para o público femi-nino, a maior aposta do empreendi-mento, explica a dona, é a facilidade quea cliente encontra no atendimento semhora marcada. “A nossa ideia era abriruma franquia de depilação em que acliente não precisasse marcar horário.Isso porque hoje em dia a maior dificul-dade para a mulher moderna é acharum horário vago nos salões.” Ela e ou-tras cinco empresas goianas tomaram amesma atitude na primeira Feira deFranquias de Goiás realizada nos dias 9e 10 de agosto no Centro de Convençõesde Goiânia.

O proprietário da TRC Sustentável -outra empresa goiana que se lançoucomo franquia na feira -, AndersonSilva, se surpreendeu com o volume denegócios movimentados durante oevento. “Nós esperávamos que a feira ti-vesse mais um perfil institucional ape-nas para apresentar o produto ao mer-cado, mas não. Surpreendeu nossas ex-pectativas porque em apenas três horasnós já conseguimos quatro unidadespré-negociadas em Goiás.”

A Feira de Franquias de Goiás movi-

mentou, aproximadamente, R$ 150milhões em negócios efetuados e com aexpectativa de chegar a R$ 360 milhõesa partir de cadastros de potenciais in-vestidores. Ao todo, 250 unidades das60 franquias expositoras foram comer-cializadas, além de 400 pré-negóciosfirmados.

Segundo pesquisa inédita realizadaem Goiás e divulgada pela BMT Negó-cios e Franquias durante a feira na capi-tal, o mercado de franchising no Estadoestá em ascensão e com previsão decrescimento de mais de 40% até 2014.

As franqueadoras brasileiras foramresponsáveis por registrar R$ 103 bil-hões em faturamento em 2012, com ossetores de serviços em primeiro lugar(R$ 24 bilhões) e alimentos em segundo(R$ 21 bilhões). Desse total, a estimativaé que Goiás tenha faturado 2.789 bil-

hões.Os resultados atraem a atenção de

empreendedores que buscam uma ati-vidade com menos riscos, o que podeinfluenciar na abertura de novos pontosde venda. Segundo a diretora da BMT,Louise Moreira, a dificuldade para secomeçar um novo negócio se dá pelafalta de conhecimento e experiênciapara poder se situar no mercado. O que,para ela, não ocorre com as franquias,pela consultoria especializada e apoiodo franqueador.

“Além do conhecimento e do KnowHow é mais tranquilo trabalhar na ad-ministração da empresa do que ter quecuidar se ela vai sobreviver ou não. En-tão um dos motivos pra se abrir umafranquia hoje é para se ter o conheci-mento que ela te oferece e que você nãovai ter ao abrir uma empresa comum”,afirma.

De acordo com o presidente do Mo-vimento Goiás Competitivo (MGC), Pe-dro Bittar, um dos organizadores daFeira de Franquias do Estado, aproxi-madamente 55% das novas empresasno mercado encerram suas atividadesdepois de cinco anos de existência. Jánas franquias esse número cai para10%. “É um negócio mais seguro para oempreendedor até mesmo para aquelepequeno empresário que esteja come-çando”, conta.

Pesquisa revela que setor deve crescer 40% em Goiás

Pedro Bittar, do MGC

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E-BUSINESSA Elmo Incorporações

lançou em setembro umempreendimentocomercial de alto padrão,em Aparecida de Goiânia:o E-Business Rio Verde,que será construídoestrategicamente naregião mais nobre daAvenida Rio Verde, emfrente ao Buriti Shopping.O edifício contará com232 unidades, sendo 4lojas térreas.

ORGANIQUEA Organique,

primeiro energéticoorgânico do Brasil,acaba de chegar a110 lojas Pão deAçúcar de SãoPaulo, Rio deJaneiro, Brasília,Goiânia e Curitiba. Anovidade tambémpode serencontrada no Delivery da marcapara essas cidades, owww.paodeacucar.com.br.

SJC BIONERGIAA SJC Bioenergia, joint venture formada em setembro de 2011pela multinacional de alimentos Cargill e o grupo sucroenergé-tico USJ, inaugurou sua segunda unidade da Usina Rio Dourado,em Cachoeira Dourada, no sul de Goiás, a 240km de Goiânia.

FINlANDEKA Finlandek, marca de

artigos para casa, apresentasua coleção Primavera-Verão2014. A nova coleção contacom mais de 180 produtoscomo aparelhos de jantar,copos, tacas, faqueiros eminox, canecas, bowls,edredons, lençóis, futtons,almofadas, entre outros, comtemas e referências inspiradosnas ultimas tendênciasmundiais em decoração.

52 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013

O McDonald’s incrementa ainda mais o cardápioda rede com duas novidades deliciosas. Nacampanha Grandes Prazeres, Pequenos Preços, onovo produto é o Duplo Bacon. O sanduíche écomposto por dois hambúrgueres, duas fatias debacon, queijo cheddar, cebola, ketchup e mostarda nopão com gergelim. No novo McFlurry Ovomaltine,foram acrescentadas mais gotas de chocolate.

MCDONALD’S

A Villa Náutica traz novamente o que há de melhor emembarcações para Goiânia. Lançamento da Fibrafort, a Focker 320GTé o maior modelo de Lancha Day Cruiser produzido até hoje. Ela éuma versão ampliada da Focker 310GT, líder em sua categoria,atraindo o exigente perfil dos consumidores de artigos de luxo.

FOCKER 320GTMAKE B.

O Boticário apresenta este mês,Make B. Rio Sixties, uma coleçãocompleta de maquiagem para asestações primavera/verão 2014. São 23itens para o rosto, incluindo batons,sombras, delineador, blush e póiluminador, além de acessórios e umafragrância surpreendente. Entre osdestaques, Make B. Rio SixtiesDesodorante Colônia, que une asofisticação da perfumaria às tendênciasda moda.

CASA OPUS A Casa Opus Vaca

Brava será o maior eúltimo empreendimentoedificado junto aoparque. Composto por33 unidades (1 por andarcom quatro suítes cada),o Casa Opus impressionapela distribuição daplanta, comaproveitamento máximodos espaços, comdestaque para as áreaspara convívio e lazer.

novoarmazém

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fim desemana

A série House of Cards, produzida e veiculada pela empresa de TV pelainternet Netflix, é uma adaptação do romance homônimo escrito porMichael Dobbs e da minissérie britânica criada por Andrew Davies que narraa história um impiedoso e ambicioso político que almeja um alto cargopúblico em Washington. Estrelada por Kevin Spacey como Frank Underwood,a série conquistou sucesso surpreendente com 14 indicações ao Emmy.

Dirigidopor HeitorDhalia o filmebrasileiro,Serra Peladanarra a históriada corrida peloOuro no Parádurante a décadade 80. O enredo trazà tona a difícil vida nosgarimpos e também aobsessão por ouro, namaior febre pela pedra damodernidade. Comopersonagens principais estãoJuliano e Joaquim, estreladosrespectivamente por Juliano Cazarré eJúlio Andrade.

HOuSE OF CARDS

GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 53

Dirigido por Heitor Dhalia o filme brasileiro, Serra Pelada narra a história dacorrida pelo Ouro no Pará durante a década de 80. O enredo traz à tona a difícilvida nos garimpos e também a obsessão por ouro, na maior febre pela pedra damodernidade. Como personagens principais estão Juliano e Joaquim, estreladosrespectivamente por Juliano Cazarré e Júlio Andrade, que chegam à maior minade ouro a céu aberto da atualidade como dois grandes amigos cheios de sonhose ilusões e se tornam rivais devido à ganância desenfreada dos dois. O elenco dolonga é composto ainda por Wagner Moura, Matheus Nachtergaele e SophieCharlotte, que interpretam papéis complexos no longa de drama e ação. Aestreia está prevista para outubro.

SERRA PElADA

O TEMPO E O VENTO

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fa iâniom GE

a dimelAoiábFm o cealf oCoicóS

3541.018462 |a iânGoiampcsulno

[email protected]|3541.0184

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 55

Goiânia, outubro de 2013 - Ano VI - n° 18 - www.acieg.com.br

Conversa com o

Associado“para ser empreendedoré preciso acreditar,focar e perseverar”

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ANA HElENA BORGES E luANA PIMENTA

Considerada uma das maioresfranquias brasileiras, com mais 3,5mil lojas distribuídas em todo o País,O Boticário desde 2011 é a rede defranchising com maior faturamento.No ano em que superou o, até então,líder em lucratividade, McDonald’s, arede faturou R$ 5,5 bilhões. E so-mente no ano passado cresceu 20% epara este ano a previsão é de taxasainda maiores. Somente em Goiâniasão mais de 30 lojas, todas adminis-tradas pelo Grupo Vis, que foi fun-dado pelo empresário Divino JoséDias e hoje administra duas outrasfranquias, a Chopp Brahma e tam-bém a recém-inaugurada Quemdisse, Berenice?

Visionário e inovador, DivinoJosé Dias, juntamente com sua es-posa Cândida Maria Gobbo, foramresponsáveis por tornar a O BoticárioGoiânia a melhor franquia do Brasil,e receberam por ela o “Prêmio IAF”(Instrumento de Análise de Fran-quia).

Segundo Divino José Dias, antesda aquisição de O Boticário ele eragerente regional de uma empresa de

eletrodomésticos e móveis em Brasí-lia, e a primeira franquia veio apósformação de parceria com os amigosMarcos Antônio e Jaci de Oliveiraque se tornaram sócios do negócio.

HISTóRIA DE VIDA

“O Boticário é o nosso negócio, emais do que nosso trabalho, são 33anos somente em Goiânia é uma his-tória de vida”, relatou. Inicialmentea empresa era intitulada comoGrupo Natureza, depois de algunsanos foi rebatizada como Grupo Vis.Com 431 colaboradores, os em-

preendedores resolveram ampliar onegócio, abrindo unidades da fran-quia Chopp Brahma”. Recente-mente, o Grupo fez uma nova expan-são com a abertura de duas uni-dades da inovadora rede de maquia-gens Quem disse, Berenice?

Para o empresário, o sucesso doGrupo está aliado à visão e ao sonhodos empreendedores e dedicação dosparceiros. Exemplos que, segundo ele,deve ser seguido por quem desejar ob-ter os mesmos resultados no setor em-presarial. “É preciso acreditar, focar eperseverar”, resume.

Além de OBoticiário,Grupo Vis atuacom franquias da ChoppBrahma e Quem Disse,Berenice?

Divino Dias, na Acieg

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ARTIGOS

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Se alguém tem alguma dúvida sobrea importância das microempresas parao Brasil e o valor que esse contingente dehomens e mulheres lutadores tem paranosso país, a Pesquisa 2012 do GlobalEntrepreneurship Monitor demonstracom clareza que pelo menos 30,2% dosadultos brasileiros são empreende-dores, somando 36 milhões de brasilei-ros envolvidos em algum tipo de negó-cio.

Isto significa que mais de 30% da po-pulação brasileira, entre 18 e 64 anos,está envolvida com empreendedorismo,demonstrando a importância econô-mica e social do tema e a necessidade deações governamentais para sua consoli-dação.

Fico imaginando quanto se econo-mizaria com Bolsa Família e outras bol-sas se houvesse mais investimento paraajudar os pequenos negócios a se conso-lidarem. As barreiras a superar são cla-ras e nos fazem lembrar da tão conhe-cida fábula “A Cigarra e a Formiga” :

MEDO DE EXISTIR

É a grande causa da informalidade.Primeiro o rito para registro é desani-mador: a Indústria dos Alvarás reinanteno Licenciamento Ambiental, Uso doSolo, Alvará de Funcionamento, Corpode Bombeiros e outros passos do Calvá-rio são o primeiro teste de persistênciaque pode durar meses a fio.

Passada essa fase, vem a descobertadas dezenas de taxas que chegam, antesmesmo da primeira venda: Taxa deFuncionamento, Taxa de Propaganda,Taxa de Risco de Incêndio, Sindicatos,Conselhos Profissionais, o famigerado

ECAD que não perdoa nem consultóriode psicóloga e por aí vai.... A cada dia écriada uma taxa nova.

É preciso muita fibra empreende-dora para não desanimar quando sepercebe que o lucro final é bem menordo que o valor pago em impostos etaxas.

Se o corajoso empreendedor tiver asorte de enquadrar seu negócio no Su-per Simples, a dor é um pouco menornos impostos. Mas há muitos segmentosque mesmo sendo micro empresas estãofora do Simples e pagam como gentegrande. Corretoras de Seguros, empre-sas de informática, transporte de tu-rismo e a maior parte do segmento deserviços não pode usar os benefícios doSimples. Optam pela informalidade,quando seria muito melhor muitos pa-gando pouco ao invés de poucos pa-gando muito. Basta o Simples ser aplicá-vel por porte e não por área de atuação.

MEDO DE VENDER

As compras governamentais sãouma excelente alternativa para melho-rar o desempenho das Microempresasmas é sempre bom lembrar que os pe-quenos negócios têm pouco capital degiro e não resistem a atrasos de paga-mento, muito comum em compras degoverno. Há que se criar alternativa degarantir o pagamento para quem forne-ceu corretamente. Sem essa garantianão há como a microempresa fornecerpara Estado e Prefeituras.

E o pior é que, mesmo sem receber opagamento por seu trabalho o empreen-dedor tem que pagar seus impostos. Seatrasar o pagamento a inclusão do Sim-

ples é cancelada. Por que não viabilizar o parcela-

mento de débitos tributários para evitarexclusão do Simples e manter o pe-queno negócio em operação, gerandomais empregos?

MEDO DE CRESCER

Se passar por todas estas etapasnosso heróico empreendedor sonharáem crescer, expandir, contratar maispessoas, vender mais.

Mas só de pensar em enfrentar a pe-sada carga tributária de quem está forado Simples, ele faz as contas e descobreque não vale a pena. É melhor ficar pe-queno, senão, a fatia do leão cresce maisdo que o pequeno negócio pode supor-tar.

Criativo, opta por abrir outra mi-croempresa. Não seria mais eficaz au-mentar o limite Receita Bruta AnualMáxima e fazer uma escada para sair doSimples para a realidade das médiasempresas?

Todas as projeções mostram que es-sas ações não reduzem a arrecadação, aocontrário, a cada ano o valor pago emimpostos pelos brasileiros tem aumen-tado, crescendo bem mais do que o PIB.E, convenhamos, o Simples contribuiumuito para isso.

No mínimo essas ações reduzem anecessidade do paternalismo das bolsas,trocando doação por emprego e incenti-vando a proliferação de produtivas for-migas da economia nacional, ao invés deinvestir indefinidamente na improduti-vidade das cigarras; ou, ainda pior, naproliferação dos gafanhotos, mas isso jáé assunto para outro artigo.

a cigarra e a formiga

HElENIR quEIROZ

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Nesta edição, GALERIA traz trabalho de WESlEYCOSTA. Na profissão desde 1997, atualmentetrabalha como editor no jornal OHOJE.

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