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Métodos de avaliação de projetos
Valor Atualizado Líquido (VAL)
Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)
São as técnicas aconselhadas pela Teoria Financeira (o valor de
um qualquer ativo é definido como o valor atual dos fluxos futuros gerados
por esse ativo) para a análise previsional de projetos de
investimento porque têm em consideração o valor temporal do
dinheiro.
Payback Period (Período de Recuperação do Investimento)
Não considera o valor temporal dos cash flows esperados
VAL - Valor Atualizado Líquido
Compara o valor atual dos cash-flows gerados pelo projeto de investimento com o investimento realizado. Tem em consideração o custo de oportunidade do dinheiro no tempo, com a incerteza subjacente aos fluxos e refletindo o risco percebido pelo agente.
∑n
1=t
t
t0
r) + (1CFE + I- = VAL
I0 = Investimento inicial em capital fixo
CFEt = Cash-flow de exploração do projeto no ano t
n = Vida útil do projeto
r = Taxa de desconto do projeto. Custo de oportunidade do capital. Utiliza-se, p.ex.,
a taxa de juro de depósitos a prazo.
VAL > 0 é o critério de decisão para implementar o projeto.
Significa que os fluxos gerados são suficientes para remunerar os investidores à taxa pretendida e que ainda é gerado um excedente (VAL).
VAL - Valor Atualizado Líquido
Exemplo: Calcular o VAL utilizando uma taxa de 10%
∑n
1=t
t
t0
r) + (1CFE + I- = VAL
Período 0 1 2 3
Cash flow Exploração -1000 500 500 500
VAL = -1000 + 500/(1+0,1)1 + 500/(1+0,1)2 + 500/(1+0,1)3 = 243 €
Como o VAL é positivo, deve-se aceitar o projeto.
Considerando:
TIR - Taxa Interna de Rendibilidade
É a taxa de desconto que iguala o VAL do projeto a zero, ou seja, é a taxa máxima a que o investidor pode remunerar os capitais investidos.
0 = TIR) + (1
CFE + I-n
1=t
t
t0 ∑
I0 = Investimento inicial em capital fixo
CFEt = Cash-flow de exploração do projeto no ano t
n = Vida útil do projeto
O projeto é aceite sempre que a TIR superar a taxa de remuneração exigida pelos acionistas
TIR - Taxa Interna de Rendibilidade
Para calcular manualmente a TIR tem que usar-se o método de aproximações progressivas.
0 = TIR) + (1
CFE + I-n
1=t
t
t0 ∑
Considerando o exemplo anterior e começando por se admitir uma TIR de 20%, resultaria:-1000 + 500/(1+0,2) + 500/(1+0,2)2 + 500/(1+0,2)3 = 53
Como o resultado é superior a zero, a TIR é superior a 20%.
Tente-se com 23%:-1000 + 500/(1+0,23) + 500/(1+0,23)2 + 500/(1+0,23)3 = 5,7
Tente-se com 23,5%:-1000 + 500/(1+0,235) + 500/(1+0,235)2 + 500/(1+0,235)3 = -1,9
Como se obtém já um valor negativo, pode concluir-se que a taxa máxima a que o investidor pode remunerar os capitais investidos se encontra entre os 23% e os 23,5%.
Payback Period (Período de Recuperação do Investimento)
Representa o número de anos necessário para igualar o VAL a zero. Este critério de decisão tem vantagem quando aplicado a projetos de grande incerteza, nomeadamente em países com contexto políticos incertos.
0
n
1=t
t
t I = r) + (1
CFE T = PRI quando ∑
I0 = Investimento inicial em capital fixo
CFEt = Cash-flow de exploração do projeto no ano t
n = Vida útil do projeto
r = Taxa de desconto do projeto
O projeto é aceite sempre que o PRI seja igual ou inferior ao período de vida útil do projeto.
Payback Period (Período de Recuperação do Investimento)
Atente-se ainda no exemplo anterior à taxa de 10%:
0
n
1=t
t
t I = r) + (1
CFE T = PRI quando ∑
Período 0 1 2 3
Cash flow Exploração -1000 500 500 500
VA* do cash flow -1000 455 413 376
VA do cash flow acumulado -1000 -545 -132 244
* Valor Actual (VA) parte da premissa que 1€ recebido daqui a 1 ano vale menos que 1€ recebido hoje porque se perde a oportunidade de investir e começar a obter rendimento. Assim, é necessário ter um fator de atualização que é dado pela equação: VA = C/(1+r)t
Atendendo ao cash flow actualizado acumulado, verifica-se a recuperação do investimento entre os períodos 2 e 3. Se se quiser ser mais exacto, recorre-se à interpolação linear:
2,35 = + 2 = PRI (-132) - 244(-132) - 0 Nota: É assumido que os cash flows são gerados de forma
linear ao longo do período, o que pode não acontecer.
IR - Índice de Rendibilidade
Mede a rendibilidade de cada unidade de capital investido, considerando o valor
temporal do dinheiro e o risco. É uma variante do VAL e calcula-se do seguinte
modo:
0
n
0=t
t
t I r) + (1
CFE = VAL /][∑
Trata-se de um critério que, pelas suas características, é adequado para
ordenar projetos. Isto é, permite ajudar a decidir quais os que mais
contribuem para a criação de riqueza dos sócios/acionistas, por cada
unidade monetária investida.
Regra Decisão
IR > 1
IR < 1
IR = 1
Aceitar
Rejeitar
Indiferença
A DFC é muito objetiva por não se encontrar sujeita a amortizações, ajustamentos e provisões, tendo a vantagem de salientar:
• A capacidade da empresa para gerar fluxos de caixa positivos a partir da sua atividade operacional.
• A capacidade da empresa remunerar os seus sócios/accionistas.
• A necessidade de recurso a capitais alheios e a possibilidade de os reembolsar.
• A capacidade da empresa em gerar recursos para pagar os investimentos realizados.
• Falhas graves de tesouraria e potenciais falências.
A DFC classifica esses fluxos em 3 grandes categorias ou ciclos:
• Atividades/ciclo operacional
• Atividades/ciclo de investimento
• Atividades/ciclo de financiamento (operações de capital e de tesouraria)
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Atividades ou ciclo Operacional
Recebimentos por vendas de bens e prestação de serviços-
Pagamentos por fornecimentos de mercadorias e serviços-
Pagamentos ao pessoal=
Fluxos das actividades operacionais
Esquematicamente, tem-se:
Atividades que geram recebimentos de clientes e pagamentos a
fornecedores de exploração, pessoal, etc. As atividades operacionais vão
gerar no balanço contas de ativo cíclico e de passivo cíclico, isto é, contas a
receber e a pagar no curto prazo, relacionadas com a exploração.
Mapa de cash flows
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes (a)
Pagamentos a fornecedores (b)
Pagamento ao pessoal
+
-
-
( )
( )
( )
Fluxo gerado pelas operações ± [ ]
Pagamº/Recebº do imposto s/ o rendimento (c)
Outros recebº/pagamº relativos à activ. operacional (d)
±
±
( )
( )
Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias ± [ ]
Recebº relacionados c/ rubricas extraordinárias
Pagamº relacionados com rubricas extraordinárias
+
-
( )
( )
Fluxo das atividades operacionais [1] ± [ ]
Atividades ou ciclo operacional
Recebimento Clientes = Vendas + Prestação de serviços - ∆ Clientes
Pagamento Fornecedores = CMVMC + FSE + (Ef - Ei) - ∆ Fornecedores
Pagamento Pessoal = Custos com pessoal - ∆ Dívidas a pessoal
Atividades ou ciclo de investimento
Recebimentos por Investimentos financeiros, Imobilizações corpóreas, incorpóreas,…
-Pagamentos por Investimentos financeiros, Imobilizações
corpóreas, incorpóreas, …=
Fluxos das actividades de investimento
Esquematicamente, tem-se:
Incluem a aquisição e alienação de Imobilizações corpóreas e incorpóreas
e Aplicações financeiras não consideradas como equivalentes de caixa,
bem como recebimentos por subsídios, juros e dividendos.
Mapa de cash flows
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros (e)
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Subsídios de investimento
Juros e proveitos similares
Dividendos
. . .
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( ) [ ]
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
. . .
( )
( )
( )
[ ]
Fluxos das atividades de investimentos [2] ± [ ]
Atividades ou ciclo de investimento
Recebimentos de Imobilizado =
ImobilizadoN-1 - ImobilizadoN + Aquisições +
∆ Amortizações Acumuladas - AmortizaçõesN + Mais-valias
Valor contabilístico =
ImobilizadoN-1 - ImobilizadoN - ∆ Amortizações Acumuladas
Mais-valias=
Valor de venda - Valor contabilístico
Atividades ou ciclo de financiamento
Recebimentos por empréstimos obtidos, encaixes em aumentos de Capital, subsídios e doações, venda de acções
próprias, …-
Pagamentos por reembolso de empréstimos obtidos, juros e prestações de dividendos, …
=Fluxo das atividades de financiamento
Esquematicamente, tem-se:
São as que envolvem a obtenção de meios financeiros de curto e longo
prazo, junto de sócios/accionistas e de outros financiadores (bancos e
obrigacionistas), bem como o pagamento dessas dívidas e respectivos
rendimentos.
Mapa de cash flows
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:Empréstimos obtidosAumentos de capital, prest. suplem. e prémios de emissãoSubsídios e doaçõesVenda de ações (quotas) própriasCobertura de prejuízos. . .
( )( )( )( )( )( ) [ ]
Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidosAmortizações de contratos de locação financeiraJuros e custos similaresDividendosRedução de capital e prestações suplementaresAquisição de ações (quotas) próprias. . .
( )( )( )( )( )( )( ) [ ]
Fluxo das atividades de financiamento [3] ± [ ]
Atividades ou ciclo de financiamento
Pagamento de dividendos=
RLN-1 - ∑ ∆ Reservas de reavaliação, legais e livres
(É preciso ver, no Capital Próprio, como foi aplicado o RL do ano N-1)
Mapa de cash flows
Variação de caixa e seus equivalentes [4] = [1] + [2] + [3]
Efeitos das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
± [ ]
± [ ]
[ ]
[ ]
Rácios de tesouraria
Rácio de cobertura do pagamento de encargos financeiros e dividendos
Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias
Pagamento de juros e dividendos
Capacidade para pagar investimentos com Fluxos das Act. Operacionais?
Fluxo Act Operac + Receb de investimento - Pagam dividendos - Pagam juros
Pagamento de imobilizado
Fluxos das Act. Operacionais são significativos no total da atividade?
Fluxo das Atividades Operacionais
Fluxo Act Operacionais + Receb Investimento + Receb Financiamento