12
Escola Técnica de Ceilândia Curso Técnico em Administração Gestão Pública – Lucélia Mandado de Injunção e Ação Popular Bruna Araújo Mailde Rosa Nikolly Avelar Rennan

Gestão Pública

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Mandato de injunção e ação popular

Citation preview

Escola Tcnica de CeilndiaCurso Tcnico em AdministraoGesto Pblica Luclia

Mandado de Injuno e Ao Popular

Bruna ArajoMailde RosaNikolly AvelarRennan

Ceilndia, Novembro de 2014

Sumrio

Introduo3Mandado de Injuno4Competncia5Ao Popular5Conceito5Origem5Objetivo6Finalidades da Ao Popular6Requisitos6Partes7Competncia7Procedimento7Sentena8Recursos8Execuo8Concluso9Referncias10

Introduo

Remdios constitucionais so aes judiciais ou direito de petio, postos disposio dos indivduos e cidados para provocar a interveno das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso de poder.Nesse trabalho, falaremos sobre o mandado de injuno e ao popular

Mandado de Injuno

chamadomandado de injunoo instrumento processual utilizado para se pedir a regulamentao de uma norma da Constituio, quando os Poderes competentes no o fazem. O pedido feito para garantir o direito de indivduo prejudicado particularmente pela omisso.Assim, s quem pode editar leis pode ser alvo (sujeito passivo) de tal ao.Sua regulamentao est prevista na Constituio Federal, no artigo 5, inciso LXXI e no artigo 102, inciso I, alnea "q".O instrumento classificado como uma ao civil constitucional. No Brasil, alm da ao direta de inconstitucionalidade por omisso, podemos utilizar o mandado de injuno, sendo que o ltimo mais adequado quando o autor da ao solicita direito que est estritamente ligado a seu interesse especfico.Importante salientar que uma pessoa jurdica pode ser tambm autora de mandado de injuno para pleitear a correo de eventual omisso.Caso seja dado ao instrumento natureza mandamental (isto , deciso do judicirio para que a autoridade responsvel tome as providncias necessrias e crie a lei que solicita o mandado de injuno), o descumprimento da deciso poder configurar desobedincia. Neste caso, pode-se aplicar a responsabilidade do Estado por omisso, caso o prejudicado demonstre prejuzo pela omisso legislativa e comprove o dano sofrido.A inexistncia da norma regulamentadora torna invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania popular e cidadania. o caso das chamadas normas de eficcia limitada, que so as espcies de normas que dependem de regulamentao.No adequado o mandado de injuno quando:1. A norma for auto-aplicvel ou quando precisar ser modificada;2. A norma for supostamente incompatvel com a Constituio;3. Quando a norma depender de interpretao;4. Quando se pretender atribuir uma aplicao de valores de justia norma j existente.

CompetnciaO processo e julgamento do Mandado de injuno competem ao STF quando a omisso na elaborao da norma regulamentadora for do: Presidente da Repblica Congresso Nacional Cmara dos Deputados Senado Federal Mesa de uma dessas Casas legislativas Tribunal de Contas da Unio Um dos Tribunais superiores Supremo Tribunal Federal

Compete ao STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento do mandado de injuno, sendo que este ir se reportar ao responsvel pela elaborao da lei, informando que este est "em mora legislativa", (ou seja, deixou de cumprir sua obrigao), para corrigir a omisso. Em alguns casos extremos, o prprio STF acabar por suprir a omisso.

Ao PopularConceitoA Ao Popular concede ao cidado o direito de ir juzo para tentar invalidar atos administrativos praticados por pessoas jurdicas de Direito Pblico enquanto Administrao Direta e tambm pessoas jurdicas da Administrao Indireta.Dessa forma podemos concluir que a Ao Popular um remdio constitucional, que possibilita ao cidado brasileiro que esteja em pleno gozo de seus direitos polticos, tutele em nome prprio interesse da coletividade de forma a prevenir ou reformar atos lesivos praticados por agente pblicos ou a eles equiparados por lei ou delegao, na proteo do patrimnio pblico ou entidade custeada pelo Estado, ou ainda a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico cultural.OrigemAo procurarmos sua origem vemos que sua criao se confunde com o prprio surgimento, em Roma, do habeas corpus, sendo um dos primeiros instrumentos de garantia do cidado contra os abusos do administrador arbitrrio.J na Inglaterra, quando a burguesia comeou a limitar o poder dos monarcas, sob o argumento de no poder legislar sem o Parlamento, na busca de controlar os agentes do Estado para que os mesmos no promovessem desmandos, criou-se a possibilidade do cidado levar a apreciao do judicirio ofensa que aqueles dessem origem.Percebe-se, portanto, que esses institutos influenciaram nosso direito, dando ensejo ao habeas corpus, mandado de segurana, o habeas data, mandado de injuno, a ao popular, quase todos os instrumentos constitucionais de garantia dos direitos individuais e coletivos.ObjetivoO objetivo a preveno ou correo de ato lesivo de carter concreto praticado contra o patrimnio pblico, quando praticado contra entidade em que o Estado participe ou ainda contra o meio ambiente, ou tambm ato de carter abstrato, sendo estes praticados ofendendo a moralidade administrativa e o patrimnio histrico cultural.Finalidades da Ao PopularA ao popular pode ser de natureza preventiva, de forma a no permitir que o ato acontea causando o dano.Pode, ainda, ser regressiva, neste caso utilizada aps o ato ter sido praticado, anulando o ato indevido.Ainda a possibilidade da ao de natureza corretiva da atividade administrativa, neste caso o ato ilegal deve estar acontecendo j h algum tempo. No visa apenas anular tal ato, mas tambm corrigir os atos que estejam sendo praticados de forma ilegal.Por ultimo, surge a possibilidade de a ao popular ter natureza supletiva da inatividade do poder pblico, quando a administrao pblica for omissa, no praticando os atos que estava obrigada a praticar. Ocorrendo isso, pode-se ajuizar ao popular com a finalidade de obrigar a administrao pblica para que pratique o ato que deveria e ainda no o fez.RequisitosO primeiro requisito que o autor seja cidado brasileiro e que esteja devidamente inscrito na justia eleitoral. A prova deste requisito o ttulo eleitoral, mas na falta deste e no caso de pessoas que no o possuem, tais como: pessoas como idade superior a 70 anos, a prova se faz por documento equivalente, a exemplo de certido de quitao obtida junto a justia eleitoral.Em segundo plano, deve-se apurar se o ato praticado realmente ilegal, lesivo ou se ele se funda em relevante ameaa a direito.Por fim, deve ser demonstrado que o ato praticado vem trazendo algum tipo de leso material ou imaterial, ou seja, concreta ou abstrata.

PartesQuanto ao sujeito ativo h possibilidade de qualquer cidado no gozo de seus direito polticos poder intentar, litisconsorciar tendo previso legal no artigo 6 pargrafo 5 da lei 4717/65, ou dar prosseguimento a este remdio constitucional.Sobre a legitimidade passiva que se relaciona com a pessoa jurdica envolvida no ato administrativo, podendo ser a autoridade, o beneficirio do ato e ainda, o avaliador de uma avaliao inexata, h a possibilidade de estes figurarem em litisconsrcio passivo.O Ministrio Pblico deve atuar em uma situao multi-falha, atuando como custus legisverificando se todos os atos processuais esto sendo praticados, respeitando o procedimento, preocupando-se com a produo probatria, possibilitando a maior produo de provas para os autos, na busca da verdade real.CompetnciaA principio, interessante ressaltar que a ao ser sempre interposta na justia comum de primeiro grau no foro do lugar da ocorrncia do dano ficando o juzo prevento. importante analisar quem praticou o ato lesivo, para que assim se possa determinar a competncia.O artigo 5 da lei 4717/65 determina que em se tratando de Estado e Municpio ser definida a competncia pela organizao judiciria do Tribunal Estadual. Se lesar bens de interesse da Unio a competncia ser definida de acordo com o artigo 109 da Carta Magna.ProcedimentoA ao popular segue subsidiariamente ao rito ordinrio do processo civil ptrio, tendo na lei especial n 4717/65 procedimentos e prazos diferenciados, tais como: a citao editalcia e nominal dos beneficiados, a participao do Ministrio Pblico, prazo comum para contestao de vinte dias prorrogveis por igual perodo, conforme a apreciao do magistrado quanto dificuldade de defesa.Possvel tambm o provimento liminar se presentes os requisitos do fumus boni iuris e o periculum in mora.SentenaSe julgado procedente a ao o ente da administrao pblica ser compelido a corrigir o ato anulado voltando para o estado anterior, ou quando no for possvel responder patrimonialmente pelos danos causados, havendo possibilidade de ao regressiva contra quem seus agentes administrativos e favorecidos que se beneficiaram do ato ora impugnado.Quando a ao popular receber sentena final desfavorvel pretenso dela havendo transito em julgado e no comprovada a m-f o autor ficar isento de custas, emolumentos e honorrios. Tal provimento judicial surtira efeitos erga omnes,devendo haver o duplo grau de jurisdio, no podendo ser intentada nova ao pelos mesmos motivos a no ser o caso do indeferimento ter ocorrido por carncia probatria, neste caso no fazendo coisa julgada.RecursosTodos os recursos e aes incidentais tanto para o juzoa quo, quanto para juzo ad quemquando oportunos so permitidos. Recebendo o recurso da sentena apenas o efeito devolutivo. A sentena improcedente s produzira efeitos aps o recurso ordinrio, portanto se as partes no recorrerem abrir possibilidade de recurso de ofcio.Quanto ao Ministrio Pblico impossvel que este interponha recurso quando a sentena for favorvel ao autor.ExecuoCom as alteraes promovidas pelas Leis 8.952/94, 10.444/2002, 11.232/2005 e 11.382/2006, houve alterao substancial no processo de execuo no Brasil, modificando todas as hipteses de comandos de fazer, no fazer e de dar (coisa diferente de dinheiro), inclusive no processo coletivo, de modo que a reforma mencionada tambm atinge a ao popular.Nos casos em que a ao popular tiver por objeto obrigao de fazer ou no fazer, seu procedimento executrio deve se submeter ao artigo especifico da LAP (artigo 14) e ao novo comando do Cdigo de Processo Civil que, inclusive, mais benfico para execuo. No h mais a exigncia de se instaurar novo processo para executar.Por fim, a Lei 4.717/65, em seu artigo 22, determina a aplicao subsidiria do Cdigo de Processo Civil ao popular, naquilo em que no contrariar os seus dispositivos nem a natureza especfica desta ao.

Concluso

Referncias7