Upload
rogerio-nascimento
View
243
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GRINBERG, Keila. O Fiador dos brasileiros: cidadania, escravidão e direito
civil no tempo de Antonio Pereira Rebouças.
Introdução:
A partir da independência do país ouve uma efetiva pressão de distintos setores
da sociedade brasileira pelo reconhecimento da cidadania, tal movimento, segundo
autora, partiu de indivíduos que viveram diretamente ou pelos seus antecessores a
experiência da escravidão.
“... aquela era hora de decidir quem faria parte do corpo de indivíduos – agora
mais bem denominados cidadãos – que passariam a formar novas nações. Esta questão
mudou definitivamente a forma de encarar o problema da alforria e da emancipação dos
escravos, já que seria necessário resolver se eles e seus descendentes, agora livres,
também seriam considerados cidadãos. (p.32.) É a tensão entre as disputas em torno do
conceito de cidadania e a permanência do trabalho escravo que será analisada daqui em
diante, por intermédio, especificamente, do processo de codificação do direito civil
levado a cabo no Brasil do século XIX.” (p.33).
O primeiro capítulo é voltado para a descrição da trajetória de Antonio Pereira
Rebouças e a conjunta da Bahia no final do século XVIII. A Revolução do Haiti, a
Revolução Francesa e como tais movimentos influenciaram nas agitações e revoltas na
Bahia. “... no panorama da virada do século XVIII para o XIX, a situação que se
descortinava era a da fluidez dos significados de muitas normas e práticas sociais”
(p.58)
“...se a palavra liberdade para os escravos significava a libertação do jugo da
escravidão, para outros revoltos ela era a garantia dos direitos de propriedade e seus
correspondentes, como o livre comércio e a igualdade de direitos para todos os homens
livres.” (p.49)