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FERNANDA CLÍMACO GUIA COMPLETO DA BNCC PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Guia Completo da BnCC para a eduCação inFantil...Guia Completo da BnCC para a eduCação inFantil 4 pra Começo de ConVerSa… Vivemos um momento histórico na Educação Infantil

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Fernanda ClímaCo

Guia Completo da BnCC para a eduCação inFantil

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Os direitos de todos os textos contidos neste livro eletrônico são reservados a seu autor, e estão regis-trados e protegidos pelas leis do direito autoral. Esta é uma edição eletrônica (e-book) não comercial, que NÃO pode ser vendida nem comercializada em hipótese nenhuma, nem utilizada para quaisquer fins que envolvam interesse monetário. Este exemplar de livro eletrônico NÃO pode ser duplicado em sua íntegra ou com alterações, distribuído e compartilhado mesmo para usos não comerciais, entre pessoas ou instituições sem fins lucrativos. Nenhuma parte isolada deste livro, que não seja a presente edição em sua íntegra, pode ser isoladamente copiada, reproduzida, ou armazenada em qualquer meio, ou utilizada para qualquer fim. Este livro eletrônico não pode ser impresso.

Guia completo da BNCC para a Educação Infantil Fernanda Clímaco

Revisão:Isabela Piva

Capa e projeto gráfico:Carol D’Alessandro

© 2018, Fernanda Clímaco

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SumÁ

rio

1. Pra começo de conversa ................................................ 04

2. O que significa BNCC na Educação Infantil? ..................... 05

3. Agora é BNCC? E o Referencial (RECNEI)? E as Diretrizes

(DCNEI)? ....................................................................... 06

4. Quadro comparativo RCNEI-DCNEI-BNCC ........................ 08

5. O que isso quer dizer? ................................................... 09

6. O que muda na Educação Infantil? .................................. 10

7. Qual é o papel do Professor da Infância? ......................... 11

8. Tem bebê na BNCC! ....................................................... 12

9. Cuidar e educar: afeto e aprendizagem ........................... 14

10. Os Direitos de Aprendizagem .......................................... 16

11. Direitos de Aprendizagem: no planejamento e na prática... 17

12. Campo de Experiências: o quê e quais são eles? .............. 23

13. Avaliação ..................................................................... 33

14. Planejamento ............................................................... 34

15. Transição para o ensino Fundamental ............................ 36

16. Sobre as outras transições na Educação Infantil ............... 39

17. BNCC, Educação Infantil e Diversidade ............................ 40

18. BNCC não é currículo! .................................................... 42

19. E não vamos parar por aqui! ........................................... 43

20. Referências bibliográficas............................................... 44

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pra Começo de ConVerSa…

Vivemos um momento histórico na Educação Infantil no Brasil e é muito importante conversar com outros educadores, coordenadores e gestores pedagógicos sobre algumas dúvidas:

• O que significa a BNCC?• Quais as mudanças da BNCC

na Educação Infantil?• Como aplicar as mudanças

no dia a dia e nas minhas práticas?

Mas afinal, o que é essa tal de BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular é um documento de caráter normativo que orientarará a construção de novos currículos e Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) de redes, escolas e instituições de educação. Na Educação Infantil, ainda há muitas incertezas sobre essa política pública e as mudanças que ela prevê.

Vamos conversar sobre algumas dessas incertezas nesse e-book preparado especialmente para ajudar você, professor da infância, com questões que impactam diretamente as instituições, as crianças, as famílias e, é claro, a nossa profissão.

O objetivo deste material é ajudar a entender as principais mudanças e concretizar a implementação da BNCC na prática. Leia, estude, converse e experimente os ensinamentos expostos aqui e complemente seus conhecimentos com o curso online da EPI – a Escola de Professores da Infância.

Você vai se atualizar, se qualificar e se aprimorar na profissão!

Quer aprender SoBre a BnCC na eduCação

inFantil?Vem Que eu te ajudo!

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o Que SiGniFiCa a BnCC na eduCação inFantil?

• Significa uma mudança histórica de grande importância na Educação Infantil do nosso país porque, pela primeira vez, um documento apresenta uma proposta de estrutura curricular que organiza os direitos e os objetivos de aprendizagem a partir dos campos de experiências, garantindo a todas as crianças, inclusive os bebês, o direito de aprender durante toda a trajetória escolar.

• O documento também inova ao reconhecer a Educação Infantil - a primeira etapa da Educação Básica - como uma etapa em que se organiza a construção da identidade e da subjetividade da criança e que inclui as seguintes faixas etárias: os bebês, de 0 a 18 meses, e as crianças bem pequenas, de 1 ano e 7 meses a 2 anos e 1 mês.

• A BNCC aponta que é preciso ter cuidado para não estigmatizar as crianças pequenas, utilizando os

objetivos de aprendizagem relacionados às faixas etárias de forma rígida. Cada criança tem seu tempo de desenvolvimento e o adulto precisa respeitar isso.

• Entende-se que a criança precisa de tempos, espaços, brincadeiras e interações para pensar sobre o mundo em que habita, observar, criar hipóteses, construir narrativas e expressá-las por meio das múltiplas linguagens e a sistematização desses conceitos, como a formalização da alfabetização, por exemplo, só deve acontecer na etapa do Ensino Fundamental. Aqui, no Infantil, experiências ricas com a literatura, práticas de escrita e leitura podem despertar a criança para esse universo, mas sem forçar a barra!

• Portanto, a Educação Infantil não é etapa preparatória, ela tem especificidades e um fim em si mesma.

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aGora É a BnCC?e o reFerenCial (rCnei)?e aS diretriZeS (dCnei)?

Depois do referencial, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, (DCNEI) de 2009 indicam um avanço quando consideram a criança como FOCO da ação educativa nas instituições e seu direito aos conhecimentos do patrimônio científico, cultural e artístico. A integração com a natureza e as práticas cotidianas, que respeitam o modo como a criança habita o mundo também estão previstas nas DCNEI.

As DCNEI trazem como eixos estruturantes as INTERAÇÕES

e as BRINCADEIRAS, além de considerar os princípios ÉTICOS, ESTÉTICOS e

Muitas instituições utilizam ainda o Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI) de 1998, que foi uma grande conquista para a Educação Infantil. O documento propõe, pela primeira vez, uma orientação didática de conteúdos e objetivos de aprendizagem para as práticas pedagógicas relacionadas à infância, porém, ainda não apresenta a criança como foco principal da discussão/ das propostas.

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POLÍTICOS que devem ser norteadores da produção do conhecimento na Educação Infantil. Outra importante contribuição das Diretrizes é que ela traz à tona o marco conceitual entre cuidar e educar, que a BNCC valida e reforça.

Diante desse contexto, a BNCC não é novidade. A Constituição Federal de 1988 menciona a exigência de “conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum.” Em 1996, a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinou que “os currículos da Educação Infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum”. Ou seja, a BNCC está prevista na Constituição Brasileira, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE). Fundamentada na DCNEI, a BNCC é um documento normativo, uma política do Estado brasileiro e apresenta uma proposta de organização curricular singular para a Educação Infantil.

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aprenda a diFerença entre oS trÊSdoCumentoS no Quadro ComparatiVo:

doCS ViSão de

Criança oBjetiVo orGaniZação

rCne

i

Considera a criança como alguém que responde ao estímulo do adulto - no caso da escola, o professor.

Foco no desenvolvimento integral da criança.

Aponta o que deve ser ensinado na Educação Infantil.

É organizado em eixos, de forma integrada:Identidade e autonomiaMovimentoNatureza e sociedadeLinguagem oral-escrita MatemáticaArtes visuaisMúsica

dCne

i

Amplia o olhar sobre a criança. Considera a brincadeira e as interações sociais como condições para a aprendizagem. A criança está no foco em toda sua potência. Reconhece a ed. Infantil a partir dos princípios éticos, estéticos e políticos.

Reforça a importância do acesso ao conhecimento cultural e científico e o contato com a natureza, porém, preservando o modo da criança aprender.

Considera, como eixos estruturantes, a interação e a brincadeira, mas propõe a articulação das diferentes linguagens para a organização curricular e didática.

BnCC

Traz a criança como protagonista em todos os contextos de que faz parte: ela não apenas interage, mas cria e modifica a cultura e a sociedade.

Traz um avanço no entendimento de como a criança aprende, oferece referências para a construção de um currículo baseadas em direitos de desenvolvimento e aprendizagem bem definidos.

Considera que as diversas áreas de conhecimento e as diferentes linguagens se integram por meio dos campos de experiência. Parte-se do pressuposto de que a criança aprende por meio das experiências vividas no contexto escolar.

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eSSa É a eStrutura propoStapara a eduCação inFantil

o Que iSSo Quer diZer?

Quer dizer que, como fruto das discussões sobre muitos documentos legais, entre eles as DCNEI, o avanço apresentado pela BNCC está na articulação entre os Direitos de Aprendizagem, os Campos de Experiências e os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento na Educação Infantil.

Dessa maneira, entendemos que existe um grande movimento de mudanças que estão prestes a ocorrer. A Educação Infantil constitui a primeira etapa educativa

Objetivos de Aprendizagem e DesenvolvimentoCampos de ExperiênciasDireitos de Aprendizagem

da vida escolar. não é ensino, e sim Educação Infantil.Esse jeito de pensar essa etapa traz novas mudanças também nas concepções de criança, professor, práticas educativas, escolas, integração e participação das famílias, tempos e espaços…

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o Que muda na eduCação inFantil?

Muda muita coisa, gente!São novos olhares para a educação da infância.Observe cinco principais pontos de mudança:

1. A BNCC sugere organização curricular que articula Direitos de Aprendizagem e Campos de Experiências. Ou seja, não há como pensar em áreas de conhecimento ou disciplinas. Não há separação de conteúdos, nem práticas interdisciplinares, há práticas intercomplementares.

2. Se não há disciplinas, não há aulas. Ninguém pode dar aulas para um bebê! Já tinha pensado nisso? O que deve haver são experiências e vivências que partem de um cotidiano educativo integrado, pensado, organizado e planejado intencionalmente.

3. Se ninguém dá aulas na Educação Infantil, o

que acontece então? Há planejamento de contextos educativos, ambientes e materiais próprios para as pesquisas das crianças que incluem práticas cotidianas de atenção e cuidados pessoais.

4. Se não há aulas na Educação Infantil, não há alunos. Há crianças. Bebês, crianças bem pequenas e pequenas. Meninos e meninas.

5. Professores são mediadores. Parceiros nas descobertas, guias amorosos e dedicados, que respeitam as crianças profundamente e por suas necessidades físicas e emocionais.Não são professores rígidos e centralizadores, possuem escuta sensível, olhar atento e cuidadoso, colocam-se ao lado das crianças na busca de descobertas e aprendizagens. É capacitado, preparado e está sempre disposto a aprender.

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Qual É o papel do proFeSSor da inFânCia?

O professor da Educação Infantil é aquele que não ocupa o centro do processo educativo. Ele é o mediador, o parceiro nas aprendizagens e nas pesquisas das crianças. Ele NÃO é o sabe-tudo que conduz o tempo inteiro as propostas, ao contrário: ele está aberto a novas visões de mundo, aos questionamentos infantis, sem impor uma única lógica - a sua. Ao sair do centro do processo, o professor da infância se torna um colaborador, um

participante competente, um pesquisador das pesquisas das crianças, capaz de garantir por meio da organização de tempos, espaços e materialidades, muitas explorações e investigações às crianças. Para isso, ele desenvolve uma escuta atenta, um olhar sensivel e falas cuidadosas, constrói registros e organiza documentações que comunicam os processos e saberes das crianças.

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Nesse contexto, o professor da infância é um profissional de educação que estuda, pesquisa e se mantém atualizado. Dialoga com diferentes áreas do conhecimento, está em constante formação e sabe muito sobre o desenvolvimento infantil.Eu me identifico com esse novo papel do professor da infância. E você?

tem BeBÊ na BnCC!

A BNCC adotou objetivos específicos de aprendizagem para três categorias da Educação Infantil:

• Bebês: crianças de zero anos a 1 ano e 6 meses• Crianças bem pequenas: crianças de 1 ano de 7 meses a 3 anos e 11 meses• Crianças pequenas: crianças de 4 a 5 anos e 11 meses.

Criançaspequenas4a-5a11m

Bebês0-18m Crianças

bempequenas19m-3a11m

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A especificidade deste novo atendimento sugerido pela BNCC exige uma nova concepção sobre a infância, sobre a criança, sobre ser professor de Educação Infantil e, ainda, sobre as práticas educativas na creche. Professores de bebês e crianças pequenas precisam ter uma postura pesquisadora do universo infantil, da cultura, das necessidades, dos interesses e dos saberes das crianças.

Sabe-se que a criança, desde bebê, expressa-se de diversas formas: através do choro, do olhar, do movimento, das vocalizações, através do seu jeito próprio de ver e pensar o mundo, vivendo um dos momentos mais significativos do processo evolutivo do ser humano. É viver tudo pela primeira vez... A infância é a etapa inaugural da vida.

Já pensou na importância disso?

Por isso, é necessário garantir, nas ações pedagógicas planejadas, os Direitos de Aprendizagem, assim como é imprescindível organizar experiências essenciais, vivências ricas e de qualidade,

no sentido de instigar o desejo da criança de agir sobre o mundo. Experiências em que elas, mesmo tão pequenas, já possam exercer o papel de protagonistas de suas ações.

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Cuidar e eduCar: aFeto & aprendiZaGem

Gostamos de quem cuida da gente. Isso acontece com todo mundo. E com os bebês e crianças também é assim. Cuidar pressupõe um modo de ser, de relacionar-se com o outro. A maneira de olhar, o tom da voz, a escolha das palavras, os gestos e a postura fazem transparecer a presença ou ausência do cuidado nas relações cotidianas entre as pessoas. Essa perspectiva revela como é importante compreender que o cuidado na Educação Infantil é uma modalidade de atividade das crianças.

Para além da experiência, esses são momentos privilegiados para a construção de vínculos e criam uma oportunidade única para o trabalho da autoestima. Aprender a comer sozinho, a limpar-se após usar o banheiro e a tomar banho são algumas das primeiras tarefas que uma criança aprende a desenvolver sem o auxílio de um adulto. A confiança que ela adquire ao aprender a cuidar de si mesma será fundamental para as demais aprendizagens.

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Com os bebês e crianças bem pequenas, é fundamental que momentos de atenção e cuidado pessoal não sejam mecânicos. Por exemplo: quando estiver trocando uma

As DCNEI já estabeleciam que cuidar e educar nnão eram dimensões separadas, mas duas faces de uma experiência única. A BNCC valida e reforça esse conceito de que as ações de cuidado estão plenamente integradas com as ações de conhecer e explorar o mundo: as atividades “de cuidados” não devem ser separadas das atividades que objetivam o acesso e a articulação do conhecimento.Tudo é aprendizagem.

fralda, alimentando ou dando banho na criança, o professor deve estar totalmente dedicado à criança, deve observar as reações dela e propor interações, conversar e brincar.

A ideia do cuidar está atrelada à postura de cuidado do professor, que pode se manifestar em diferentes situações da rotina. Quando organiza as produções das crianças em uma exposição, por exemplo, está adotando um cuidado estético, um dos princípios dos Direitos de Aprendizagem, conforme veremos a seguir.

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oS direitoS de aprendiZaGem

Os seis direitos de aprendizagem, são elaborados a partir dos princípios éticos, estéticos e políticos das DCNEI (BRASIL, 2009), são os direitos de toda criança que acessa uma escola de Educação Infantil no Brasil.

Além de expressos nos princípios, os direitos representam os modos como as crianças aprendem e funcionam também como elementos orientadores do trabalho pedagógico.

O professor da infância deve se guiar pelos Direitos de Aprendizagem, tomando-os como orientadores do planejamento pedagógico - no agrupamento das crianças, em pequenos ou grandes grupos, nas relações que se estabelecem entre elas, adultos, espaços, na materialidade, nos cuidados pessoais, na gestão do tempo, e até nas intencionalidades anunciadas nas propostas e nas investigações que aparecem no planejamento.

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ConHeça oS SeiS direitoS de aprendiZaGem e aprenda Como Garanti-loS no planejamento e na prÁtiCa!

com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos,

utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento sobre si e sobre o outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

Conviver significa pensar também no outro. Devemos vivenciar ricamente o

cotidiano e suas belezas e tristezas para construir sentimento e atitude de empatia, solidariedade e cooperação. Para isso, podemos integrar as crianças na organização, na convivência e no planejamento do dia com o grupo, na construção de rotinas, na preparação dos ambientes, no cuidado dos espaços coletivos. Criar situações em que bebês e criançcas possam brincar e interagir com os colegas de diferentes idades. Brincar e inventar jogos de regras, utiizar situações reais para levantar hipóteses e possibilidades de resolução de problemas.

1. CONVIVER

NA PRÁTICA:

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cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com

diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

Brincar é a linguagem natural da criança, é um espaço de

investigação e de construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Para que as crianças brinquem é importante que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação. Brincar é uma atividade cotidiana na vida das crianças e deve estar presente intensamente na sua rotina escolar, em diferentes momentos, todos os dias. A partir da observação das crianças brincando, o professor pode disponibilizar materiais e criar ambientes que auxiliem no desenvolvimento das brincadeiras ou que conduzam a outras. Brincar livre, dirigido, brincar heurístico, jogos, faz de conta, literatura, desenho, são algumas possibilidades. Se há propostas bem planejadas, com espaço para outras linguagens, há enormes chances de novas brincadeiras surgirem dessas vivências.

2. BRINCAR

NA PRÁTICA:

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ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da

gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana (a escolha das brincadeiras, dos materiais dos ambientes). Assim a criança desenvolve diferentes linguagens e elabora conhecimentos, decidindo e se posicionando.

Acreditar na capacidade e na potência das crianças é estar

disposto a acolher todas as contribuições que vem delas e, a partir daí, criar cenários educativos que realmente façam sentido: ajudar a organizar a mesa do almoço ou do lanche, colaborar para a limpeza da sala ou dos colegas, fazer-se presente em jogos e brincadeiras, são alguns desses momentos do dia a dia. Muitos professores têm ideias incríveis, fazem tudo em casa, sozinhos, e quando levam as atividades para a turma não recebem com interesse as suas ideias. Ou então acabam vendo sua criação se desintegrar em minutos nas maõs curiosas das crianças, que querem entender como aquilo foi feito. É necessário envolver as crianças em todas as etapas das atividades, permitindo que opinem, trabalhem, manipulem, decidam sobre materiais, estruturas, tamanhos, cores… Acreditar no potencial criativo e realizador das crianças pode mudar a dinâmica e colocá-la no foco do processo, como protagonista. É preciso realizar projetos e planejamentos compartilhados, ações coletivas e dividir tarefas no cotidiano, que cresce e ganha sentido por isso.

3. PARTICIPAR

NA PRÁTICA:

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movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,

transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

O professor deve proporcionar situações de exploração que

façam sentido para a meninada. Isso é muito diferente de trazer coisas prontas e apresentar materiais e dizer: “isso é da natureza, é de madeira!” As crianças precisam de tempos e espaços para investigar a materialidade, os fenômenos, os elementos simbólicos, os sons, as histórias e as marcas gráficas, por exemplo. Momentos de observação, de escuta e de registros devem ser criados para as crianças perceberem o que é importante, quais as interações e investigações querem trabalhar. O professor deve estar atento, ver o que desperta o interesse e potencializar esse contexto.

4. EXPLORAR

NA PRÁTICA:

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como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades,

emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões e questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

Garantir esse direito significa realmente dar vez e voz às

crianças. Momentos de rodas diferenciadas ao longo da rotina podem garantir isso e é importante que sejam frequentes. Com as crianças maiores é importante a criação de rodas de papo sério, conselhos ou assembleias para dialogar sobre o cotidiano, resolver problemas, espaço de escuta e fala. As linguagem das emoções e do corpo precisam ser identificadas e valorizadas com aquelas crianças que ainda não falam. Essas crianças devem ter o mesmo espaço na rotina. Deve-se considerar as múltiplas linguagens e criar contextos para que as crianças se expressem através delas: pintura, escultura, construções, desenhos, sons, movimentos, gestos, danças, entre muitas outras.

5. EXPRESSAR

NA PRÁTICA:

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e construir sua identidade pessoal, social e cultural,

construindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

Desde os bebês, essa é a busca do ser humano, conhecer-se! Na escola,

podemos criar diferentes situações para que as crianças possam se conhecer e construir uma imagem de si. Com os pequenos, por exemplo, conversar, avisar quando vamos trocá-lo, tocá-lo é a primeira oportunidade para ele se reconhecer como pessoa e não como objeto. Preparar momentos de ajuda nos cuidados pessoais, incentivando a autonomia e o autocuidado, ajuda a despertar a consciência de si. Atividades com espelhos, com fotos, imagens e videos podem ajudar nessa percepção. Criar contextos, ler histórias, conversar sobre preferências, igualdades e diferenças também são estratégias para trabalhar esse direito que também está interligado aos outros.

6. CONHECER-SE

NA PRÁTICA:

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CampoS de eXperiÊnCiaS, o QuÊ e QuaiS São eleS?

De acordo com a BNCC (BRASIL, 2017), os Campos de Experiências constituem um arranjo curricular inovador adequado à educação da criança de 0 a 5 anos e 11 meses, porque promovem a construção de saberes por meio de experiências vivenciadas. A escola tem um papel importante na atribuição de sentidos às diversas situações concretas que as crianças vivenciam. Ou seja: o momento de lanche, por exemplo. Todo dia tem, é uma atividade cotidiana e pode

ser um rico contexto para aprendizagens, desde que a meninada participe ativamente! Planejando com o professor, elas podem contar crianças da turma e informar na cozinha para que não haja falta nem desperdício de alimentos, ajudar na organização do espaço, servindo copos e pratos, podem distribuir alimentos, recolher objetos, entre tantas propostas…

Os Campos de Experiências acolhem as situações e as experiências concretas da vida

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cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte de nosso patrimônio cultural. Eles rompem a lógica artificial e disciplinar de organizar o currículo e reconhecem possibilidades mais complexas de produção de saberes tanto das crianças, quanto dos adultos.

Pense…

Em outras palavras, é importante que as práticas do professor estejam diretamente comprometidas com as necessidades e os interesses

Sabemos, por exemplo, que é comum nas instituições as crianças serem espectadoras de sequências de atividades ou ficarem reféns de propostas sem sentido.

Como, por exemplo, aprender a traçar linhas: treinando exaustivamente ou desenhando livremente?

da criança, para que a vivência se transforme em uma experiência e tenha, de fato, um propósito educativo. Uma intencionalidade educativa.

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Na definição dos Campos de Experiências na BNCC para a Educação Infantil, mais uma vez partiu-se do que dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a serem propiciados às

crianças, associados às suas experiências.

Considerando esses saberes e conhecimentos, os 5 CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS em que se organiza a BNCC são:

A aprendizagem dos bebês e crianças acontece nas situações cotidianas, nos momentos de cuidados, alimentação, roda, brincadeiras e interações, em contextos

lúdicos, que se aproximam das práticas sociais e que fazem sentido para eles. Vamos conhecer os Campos de Experiências tendo em mente:

Campo de eXperiÊnCianão É

Área de ConHeCimento

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1. eu, o outro e o nÓS

eSSeS São oS CinCo CampoS de eXperiÊnCiaS na eduCação inFantil

É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Esse Campo de Experiência ressalta:

• As experiências relacionadas à construção da identidade e da subjetividade;

• As aprendizagens e as conquistas de desenvolvimento relacionadas

à ampliação das experiências de conhecimento de si mesmo;

• A construção de relações que devem ser, na medida do possível, permeadas por interações positivas, apoiadas em vínculos profundos e estáveis com os professores e os colegas;

• O desenvolvimento do sentimento de pertencimento a um determinado grupo, o respeito e o valor atribuído às diferentes tradições culturais.

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2. Corpo, GeStoS e moVimentoS

Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade. O corpo é o universo privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e para a liberdade, e não para a submissão.

Por meio dos momentos de atenção pessoal (como o sono, a alimentação, o banho,

entre outros) e das diferentes linguagens (como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta...), as crianças se comunicam e se expressam com o corpo, com as emoções e com a linguagem.

Esse campo enfatiza as experiências das crianças em situações de brincadeiras, nos exploram o espaço com o corpo e com as diferentes

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formas de movimentos. A partir daí, elas constroem referenciais que as orientam em relação a aproximar-se ou distanciar-se de determinados pontos, por exemplo. Este Campo de Experiência também valoriza as

brincadeiras de faz de conta, nas quais as crianças podem representar o cotidiano ou o mundo da fantasia interagindo com as narrativas literárias ou teatrais.

3. traçoS, SonS, CoreS e imaGenS

No cotidiano da instituição escolar, conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, possibilita às crianças vivenciar diferentes formas de expressão e linguagens, como as artes visuais: pintura, colagem, modelagem, fotografia,

literatura, música, teatro, dança e audiovisual, entre outras. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca.

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Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com

sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos.

4. eSCuta, Fala, penSamento e imaGinação

Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura

corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro.

Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas e cordéis propicia a

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familiaridade com os diferentes gêneros literários, com a diferenciação entre ilustração e escrita, com a aprendizagem da direção da escrita e com as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita, que se revelam, inicialmente, sob a forma de rabiscos e garatujas.

Para saber mais: Garatujas são aqueles belos desenhos rudimentares, normalmente irregulares que as crianças fazem na tentativa de expressar uma ideia, um objeto, uma situação. E que são lindos! Pronto! Agora nunca mais você vai deixar que alguém chame aqueles desenhos de “rabiscado”.

5. eSpaço, tempo, QuantidadeS, relaçÕeS e tranSFormaçÕeS

As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos

naturais e socioculturais, como cultivo em hortas e experiências culinárias, por exemplo.

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Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade, país.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã, semana que vem, ano novo etc).

Esse Campo de Experiência envolve aprendizados em relação à medidas, favorecendo a ideia de que, por meio de situações problemas em contextos lúdicos, as crianças possam ampliar, aprofundar e construir novos conhecimentos também sobre:

• Medidas de objetos, de pessoas e de espaços

• Compreender procedimentos de contagem

• Aprender a operar com quantidades, comparando, classificando, selecionando e ordenando, aproximando-se das noções de números

• Conhecer a sequência numérica verbal e escrita.

A ideia é que as crianças entendam que os números são recursos para representar

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quantidades e aprender a contar objetos usando a correspondência um-a-um, comparando quantidade de

grupos de objetos utilizando relações como mais que, menos que, maior que e menor que, entre tantas outras.

O Campo também ressalta as experiências de relações ede transformações, favorecendo a construção de conhecimentos e valores das crianças sobre os diferentes modos de viver de pessoas em tempos passados ou em outras culturas. Da

mesma forma, é importante favorecer a construção de noções relacionadas à transformação de materiais, de objetos e de situações que aproximem as crianças da ideia de causalidade.

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aValiação

As instituições de Educação Infantil são responsáveis por criar procedimentos para o acompanhamento dos percursos das crianças e para a avaliação do trabalho pedagógico. A avaliação, feita pelo professor/ pela professora, torna-se um modo de acompanhar as crianças em uma perspectiva processual. A avaliação não tem o objetivo de aferir o desempenho das crianças, e sim de se constituir como um instrumento de reflexão sobre suas aprendizagens e também de

busca dos melhores caminhos para orientar a continuidade da prática pedagógica.

A avaliação, conforme estabelecido na lei n.9394-96, deve ter a finalidade de acompanhar e repensar o trabalho realizado, sem o objetivo de promoção.

• NÃO devem existir práticas inadequadas de verificação da aprendizagem, tais como provinhas, nem mecanismos de retenção das crianças na Educação Infantil.

Para observar e escutar crianças é preciso estar com elas. Brincar junto, estar ao lado. Tomar distância, algumas vezes, para ver melhor.

Conversar, ouvir, deixar falar. Perguntar.

De acordo com Hoffman (2012), a permanente

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curiosidade do professor sobre a criança é ponto de partida da avaliação, sem a intenção de julgar o que a criança não sabe.

Para entender sobre a aprendizagem das crianças,

é preciso caminhar com elas. Lado a lado. Não se pode ficar ao lado da criança só no final do caminho e dizer se chegou ou não lá. O professor precisa estar presente durante todo o percurso.

planejamento

A ação educativa não deve acontecer no improviso. É essencial que o professor tenha realmente clara sua intenção de educador, observando, agindo, registrando, analisando e planejando os próximos passos. A integração deve ser buscada sempre. Parte-se da orientação fundamentada em uma concepção de planejamento que integra tempos, espaços e experiências compreendendo que não é possível separar linguagens, vivências e aprendizagens pois as crianças vivem as situações e os momentos como se fossem um todo, completo e complexo.

As crianças não separam as aprendizagens por linguagens,

temas, brincadeiras. Dessa maneira, é necessário acolher a criança na suas singularidades no seu jeito de ser e estar no mundo. E, para isso, não existe um modelo único e ideal. Depende da intencionalidade pedagógica do professor, do contexto, dos envolvidos. Por isso é fundamental conhecer para fazer escolhas consistentes na hora de planejar as experiências educativas e escolher recursos e instrumentos eficientes de registro para iniciar processos de documentação pedagógica com as crianças. Veja abaixo alguns exemplos de estratégias e instrumentos que pode-se utilizar:

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eXemploS de inStrumentoS de reGiStroS do proFeSSor

1. Documentação pedagógica: narrativas compostas por marcas, escritas, desenhos, imagens, videos, áudios

2. Diário de bordo, caderno de anotações, blocos de notas

3. Mapas de ideias, mapas conceituais, pautas de observação

Entende-se que professores da Educação Infantil são profissionais que precisam sempre refletir sobre o trabalho. É preciso pensar sobre o que se faz, avaliar, repensar e muitas vezes, replanejar. As práticas pedagógicas exigem tomada de decisão, registros, planejamentos, estudos, parcerias com outros profissionais de educação que fazem da profissão uma atividade rica e complexa. Nesse sentido, o planejamento é essencial porque possibilita construir uma prática docente reflexiva.

Sendo assim, o planejamento deve considerar prioritariamente: o brincar

como linguagem própria; a cultura infantil; o cuidar; as interações; as experiências e as atividades do cotidiano, evitando bruscas interrupções.

Viver o cotidiano da escola se constitui em viver relações, viver rotinas, viver o inesperado… enfim, viver a vida! Há o momento de chegada, da acolhida de adultos e crianças, deve-se organizar os pertences e escolher onde se vai brincar, com quem, onde e com o quê. Organizar tempos e espaços, todo dia. Deve-se planejar experiências com diferentes possibilidades de interação e descobertas tendo em vista a continuidade do cotidiano.

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tranSição para o enSino Fundamental

A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve garantir a a continuidade das experiências e dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando as suas individualidades, potencialidades e necessidades. Diante disso, é preciso “estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo” (BNCC, 2017, p.49).

Dessa maneira, a continuidade do processo de aprendizagens das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, tem como referência uma Síntese de aprendizagens esperadas em

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cada campo de experiências. Essas aprendizagens indicam os objetivos a serem alcançados em todo o segmento da Educação Infantil, mas não devem ser marcadas como pré requisito para o acesso à nova etapa de ensino.Veja no quadro a seguir, a Síntese das aprendizagens definidas em cada campo

de experiências que deverão ser exploradas na Educação Infantil e que fundamentam o processo de continuidade no Ensino Fundamental, quando serão organizadas conforme as áreas de conhecimento da BNCC (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática) e respectivos componentes curriculares.

SínteSe daS aprendiZaGenS para a tranSição para o enSino Fundamental

O eu, o outro e o nós

Respeitar e expressar sentimentos e emoções, atuando com progressiva autonomia emocional.

Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir novas relações, respeitando a diversidade e solidarizando-se com os outros.

Agir com progressiva autonomia em relação ao próprio corpo e ao espaço que ocupa, apresentando independência e iniciativa.

Conhecer, respeitar e cumprir regras de convívio social, manifestando respeito pelo outro ao lidar com conflitos.

Corpo, gestos e movimentos

Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes saudáveis.

Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.

Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação) como instrumento de interação com o outro e com o meio.

Coordenar suas habilidades psicomotoras finas.

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Traços, sons, cores e formas

Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e interagir com a música, percebendo-a como forma de expressão individual e coletiva.

Reconhecer as artes visuais como meio de comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras, jogos, imitações, observações e expressão corporal.

Recriar a partir de imagens, figuras e objetos, usando materiais simples e ensaiando algumas produções expressivas.

Oralidade e escrita

Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes meios.

Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é produzida.

Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.

Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura como fonte de prazer e informação.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos objetos, estabelecendo relações entre eles para a formulação, o raciocínio e a resolução de problemas.

Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou artificias, demonstrando atitudes de investigação, respeito e preservação.

Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor, igual etc.), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso, fino) como meio de comunicação de suas experiências.

Resolver, criar e registrar situações-problema do cotidiano e estratégias de resolução.

Utilizar unidades de medida (dia / noite, dias / semanas / meses / ano) e noções de tempo (presente / passado / futuro, antes / agora / depois), para responder a necessidades e questões do cotidiano.

Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de representação (contagens, desenhos, símbolos, escrita de números, organização de gráficos básicos etc.).

Fonte: BNCC, 2017, p.50-51.

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SoBre aS outraS tranSiçÕeS na eduCação inFantil

Fala-se muito da transição da Educação Infantil para o ensino fundamental, mas as crianças e famílias vivem outros momentos de transição e adaptação ao longo da Educação Infantil. Esses são alguns deles:

• as transições de casa para a instituição de Educação Infantil ( primeira vez na creche, berçário, escolinha…)

• aquelas vividas no interior da instituição (do berçário para o maternal, da creche para a pré-escola,)

• Mudanças de professores e cuidadores, mudanças da família, de escola, dentre outras…

Diante disso, professores e escolas tem o compromisso de planejar estratégias que auxiliem esse momento de transição de casa para a escola, por exemplo, buscando garantir:

• O início de uma relação de corresponsabilidade entre família e escola, instituída por meio de encontros e conversas sobre a criança.

aS SínteSeS daS aprendiZaGenS não São prÉ reQuiSito para o enSino Fundamental

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• Um ambiente estável de colaboração e clima de confiança para os bebês e suas famílias

• Momentos de cuidados pessoais como guias no planejamento.

• A construção de uma relação afetiva com a criança que comece com olhares, sorrisos, oferta de

objetos para brincar e o fortalecimento dessa relação amorosa que se constrói no dia a dia.

• Tempos, espaços e materialidades planejados para esse acolhimento

• O processo de inserção da criança, tempo inicial de permanência, presença dos familiares, etc.

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BnCC, eduCação inFantil e diVerSidadeReconhecer a diversidade significa conviver e acolher com respeito, implica no incentivo de uma visão plural de mundo e de um olhar que considere as diferenças existentes entre as pessoas e entre os contextos ou culturas. Significa também a identificação e a eliminação de barreiras, especialmente as de acesso ao conhecimento, mudando o foco da condição da deficiência para a organização e promoção da acessibilidade nos ambientes escolares e a comunicação (oral, escrita, sinalizada ou digital) em todos os níveis, etapas e modalidades, estimulando o desenvolvimento e aprendizagem dos bebês e demais crianças pequenas. Deve-se pensar na criança em primeiro lugar, independente de sua condição ou outras situações possíveis.

O apoio às especificidades das crianças com deficiências, distúrbios orgânicos, síndromes, transtornos, déficits, altas habilidades ou outros problemas que impliquem cuidados especiais deve ser garantido no Projeto Político Pedagógico (PPP), visando a oferta do atendimento educacional especializado, como por exemplo, a oferta de tradução e interpretação de Libras, entre outros.

Reconhecer a potência da comunidade, a parceira com as famílias, bem como as características plurais das crianças, no que se refere à identidade cultural e regional, socioeconômica, etnicorracial, regional, linguística e religiosa, faz parte de um proposta curricular de Educação Infantil comprometida com os direitos das crianças. A BNCC aponta a necessidade dessas temáticas relacionadas as diferentes modalidades serem tratadas nos PPPs e nos documentos produzidos pelas intituições de Educação Infantil, uma vez que possuem diretrizes e regulamentações próprias.

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BnCC não É CurríCulo!

A BNCC é um documento de referência. Portanto, ela NÃO É o currículo.

Nesse sentido, a BNCC deve ser estudada e discutida como um documento orientador, voltado para nortear a construção de um currículo próprio para os Estados e municípios e para guiar o Projeto Político Pedagógico de cada instituição de Educação Infantil em todo o Brasil.em todo o Brasil.

Os currículos são os caminhos

A BASE É O RUMO.É AONDE QUEREMOS CHEGAR.

A BASE NãO é O CuRRíCuLO

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e não VamoS parar por aQui!

www.proFeSSoreSdainFanCia.Com.Br

Este e-book traz um conteúdo que é muito importante para você se atualizar, para aprender sobre as mudanças e as novas propostas para a Educação em todo o país.

Mas isso não é o suficiente. Se você já é professor, atua em sala de aula, sabe como é difícil acompanhar as mudanças. É preciso revisitar suas concepções, prestar atenção nas suas práticas pedagógicas, criar novas, replanejar, avaliar, registrar…

Se você está se formando, precisa aprender como vai fazer ao assumir sua primeira turma, como vai organizar seu cotidiano, preparar os contextos de aprendizagem para a meninada, acolher e organizar a rotina!

São muitos os desafios para ser professor da infância, não é mesmo?

E a dica é: estudar!

Não há maneira melhor de se aprimorar. Por isso eu estou sempre em formação! E não vou parar por aqui! Isso é o que me move!

Foi pensando nisso, nesse meu desejo de te ajudar a se formar e a ter novas chances na profissão, que eu criei a EPI – a minha Escola de Professores da Infância.

Vamos estudar juntos no meu curso on-line!Basta clicar, se inscrever e participar! Um universo de novas ideias pedagógicas se abrirá para você! Tenho certeza que vai te ajudar muito!

Será uma honra ter você estudando comigo!Quer aprender mais sobre rotinas, adaptação, concepções de criança, planejamento, avaliação e muito mais na Educação Infantil?

Vem que eu te ajudo!

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reFerÊnCiaS BiBlioGrÁFiCaS

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BONDIOLI, Anna; MANTOVANI, Susanna. Manual de Educação Infantil: de 0 a 3 anos. Porto Alegre: Artmed, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília/DF, 2009.

______. Secretaria de Educação Básica. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. In: BRASIL.

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_______. Base Nacional Comum Curricular.Segunda versão revista. Ministério da Educação. Brasília: MEC, 2016. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/>.

_____.Base Nacional Comum Curricular. Quarta versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/>.

CRUZ, Silvia H. Vieira. A criança fala: a escuta de crianças em pesquisas. São Paulo: Cortez editora, 2008.

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella & cols. Et al. Bambini: A abordagem italiana à Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FOCHI, Paulo Sergio. Ludicidade, continuidade e significatividade nos campos de experiência. In: FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (org). Campos de experiência na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de Educação Infantil brasileiro. Campinas: Leitura Crítica, 2015.

HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, Cores, Sons, Aromas: A organização dos espaços na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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