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PONTES de esperança

Guia comunicação pontes de esperança

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Guia comunicação pontes de esperança

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PONTES deesperança

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PONTES deesperançaGuia para diretores de Comunicação

Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

OrganizadoresEdson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn

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PONTES DE ESPERANÇAGuia para diretores de Comunicação

Organizadores: Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn

Editoração: Kenny Zukowski (Agência Zoom) e Renato Groger (Unaspress)Capa e design: Amanda Cabrerizo e Gleibson Oliveira (Agência Zoom)Diagramação: Amanda Cabrerizo e Kenny Zukowski (Agência Zoom)Ilustrações: Alexandre RochaRevisão: Márcia Ebinger, Nélida Leguizamón, Renato Groger, Silmira Rosa, Mani Maria Pereira e Felipe LemosImpressão: Casa Publicadora Brasileira

Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn, organizadores

Pontes de Esperança: Guia para diretores de Comunicação2° ed.

UNASPRESS, 2012Engenheiro Coelho, SP1. Comunicação; 2. Igreja; 3. Publicidade4. Jornalismo; 5. Relações Públicas

ISBN: 978-85-89504-16-4

2º edição atualizada5.565 exemplares2012

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

Divisão Sul-AmericanaTel.: (61) 3701-1818 / HomePage: www.portaladventista.org

UNASPRESS – Imprensa Universitária AdventistaCentro Universitário Adventista de São Paulo – Campus Engenheiro CoelhoTel.: (19) 3858-9055 / Home Page: www.unaspress.unasp.edu.brImpresso: Casa Publicadora Brasileira

Page 5: Guia comunicação pontes de esperança

Índice

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1

Índice

I. INTRODUÇÃO 11

II. DECLARAÇÃO DE ÉTICA 13

1. A COMUNICAÇÃO E A IGREJA ADVENTISTA 15

Deus é um comunicador 17

A Comunicação e a Missão 19

A Igreja e o Departamento de Comunicação 20

2. O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO NA IGREJA ADVENTISTA 21

De Silver Spring a Puerto Williams 22

Funções do Departamento de Comunicação 24

Extrato do Manual da Igreja 26

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4

33. PADRÃO DE IDENTIDADE VISUAL DA

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 29

Explicação do símbolo gráfico 30

Cores oficiais 31

Fundos 32

Configuração preferencial para fachadas de igrejas 32

Cuidados com o logotipo da Igreja 34

Outros logotipos 35

4. COMUNICAÇÃO INTERNA 37

Introdução à comunicação interna 38

Apoio a outros departamentos 38

Cadastro e pesquisa de membros 41

Boletins e jornais internos 45

Anúncios públicos 52

Murais e quadros de avisos 55

Ministério da recepção 58

Lista classificada 60

Comunicação e o aspecto físico da igreja 62

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7

6

55. COMUNICAÇÃO EXTERNA 65

Introdução comunicação externa 66

Assessoria de imprensa 66

Dicas de como trabalhar com a imprensa local 71

Gerenciamento de crises 72

Mídia impressa 76

Mídia exterior, ao ar livre ou alternativa 82

6. RELAÇÕES PÚBLICAS 85

Cumprimentos protocolares 86

Noções de cerimonial 92

Atividades sugeridas 101

Revista Esperança Viva 104

Composição de participantes – precedência 109

Organização e controle de eventos 112

7. PRODUÇÃO DE PROGRAMA DE RÁDIO 119

Rede Novo Tempo de Rádio 120

Produção de programa 121

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8

11

10

9

8. TELEVISÃO 127

Rede Novo Tempo de Televisão 128

Como criar vídeos 131

9. FOTOGRAFIA 143

Noções básicas de fotografia 144

Postura do fotógrafo em eventos religiosos 151

10. COMUNICAÇÃO DIGITAL 155

Introdução a comunicação digital 156

A internet comunicando esperança 157

Planejamento de websites 158

E-mail marketing 164

Blogs e redes sociais 166

A Igreja nas redes sociais 168

Diretrizes para os web sites da Igreja Adventista 174

11. REDAÇÃO DE TEXTO 177

Release – comunicados de imprensa 178

Lead – mostrando o caminho 179

ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) 184

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14

12

13

12. PAC.com - PROGRAMA ADVENTISTA DE CAPACITAÇÃO

EM COMUNICAÇÃO 187

Introdução 188

Níveis 188

Certificado de Participação e Certificado de Extensão Universitária 189

Atribuições 191

13. FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO 193

Áreas da comunicação social 194

Cursos de Comunicação Social na Igreja Adventista 196

14. ORGANIZAÇÃO E AUTORIA 203

Organizadores 204

Autores 206

Colaboradores 210

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Introdução

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ontes de Esperança. Esse é o lema mundial do Departamento de Comunicação da Igreja Adventista do

Sétimo Dia. Construir pontes, não muros. Normalmente levantamos barreiras ao nosso redor, nos isolamos. O

Departamento de Comunicação é uma PONTE para unir os membros igreja com um só objetivo de levar ao mundo

mensagens de esperança e facilitar o acesso delas às belas verdades da palavra de Deus.

Construir pontes significa que devemos usar todos os recursos possíveis para comunicar uma mensagem

de esperança ao mundo da maneira mais eficiente e eficaz possível.

Esse guia não é uma receita pronta. Ele é na verdade um roteiro de como dizer, quais as técnicas e ferra-

mentas para desenvolver interna e externamente, uma comunicação que realmente faça diferença na missão da

igreja e na vida das pessoas.

Esgotar todo o assunto em comunicação é impossível. Um dos objetivos deste guia é despertar o seu inte-

resse em conhecer mais e pesquisar outras possibilidades da comunicação.

IntroduçãoIntrodução

P

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Outro objetivo é servir de guia de referência para o trabalho do Departamento de Comuni-

cação da igreja local.

O guia está divido em capítulos temáticos: A Comunicação e a Igreja Adventista do Sétimo Dia,

o departamento de Comunicação na Igreja Adventista, Padrão Mundial de identidade visual; comu-

nicação interna, comunicação externa, relações públicas, produção de programa de rádio, televisão,

fotografia, comunicação digital, redação de texto, Programa Adventista de Capacitação em Comuni-

cação, formação de profissionais de comunicação.

Cada capítulo contém as informações conceituais sobre como desenvolver materiais e conteú-

dos para uso na igreja, além de dicas práticas sobre o tema.

Não há lições de como operar softwares específicos ou sugestões de textos prontos ou esque-

mas de boletins para você apenas preencher seus dados. Diz o provérbio que, é mais importante ensinar

a pescar do que dar o peixe e é isso que o Guia de Comunicação da Divisão Sul-Americana se propõe fazer.

Mais do que fórmulas prontas, você terá acesso a orientações que vão dar liberdade de tra-

balho e ao mesmo tempo segurança para desenvolver a comunicação da maneira mais responsável

e adequada para a igreja.

No site www.portaladventista.org/comunicacao, você terá exemplos como materiais já de-

senvolvidos pelos departamentos de Comunicação de algumas igrejas da Divisão Sul-Americana

podem servir de inspiração. Você encontrará outros subsídios para desenvolver seus próprios ma-

teriais de excelente qualidade quando não houver um direcionamento do campo local.

Os autores desse guia são profissionais experimentados e competentes, aptos a transmitir

os conhecimentos no formato adequado. Mais importante que isso, vários foram ou ainda são res-

ponsáveis pelo Departamento de Comunicação em suas igrejas locais e sabem, como você, quais são

as verdadeiras dificuldades e necessidades de quem assume esse departamento tão importante.

Tenha esse guia como um amigo, um conselheiro. Sempre que precisar, recorra à Associa-

ção ou Missão, que tem um Director de Comunicação competente e preparado para o cargo. E te-

nha a Deus como orientador e objetivo de qualquer trabalho. São passos que certamente o levarão

ao sucesso nessa jornada de construir Pontes de Esperança.

Boa leitura e bom trabalho,Departamento de Comunicação

Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Diawww.portaladventista.org/comunicacao

www.eunopac.com

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Declaração de Ética para os Comunicadores Adventistas do Sétimo Dia

ÉTIC

A

O evangelho comissiona seus discípulos a se

comunicarem. Assim sendo:

1. Glorificar a Deus é o propósito final de toda comunicação;

2. O contexto de todas as mensagens deveria ser as boas novas do amor de Deus e a esperança

da Segunda Vinda de Jesus Cristo;

3. Os comunicadores adventistas respondem aos aspectos, crenças e valores da igreja e se ex-

pressam como membros fiéis da igreja;

4. Toda comunicação legítima ou mídia profissional tem um chamado santo que requer compa-

nheirismo, apoio e respeito pelo meio, mensagem e companheiros de comunicação;

5. Tornar prioridade a liberdade para comunicar-se com integridade, abertura, objetividade, ho-

nestidade, sensibilidade, diversidade e excelência; os obreiros e constituintes devem ser informa-

dos da necessidade da comunicação transparente, aberta e honesta;

6. Afirmamos que a verdade e a confiança são essenciais ao viver responsável; e a coerência e

a fidelidade para com a verdade deveriam predominar sobre o imediatismo e o sensacionalismo;

7. Todas as nossas produções de mídia deveriam ser elevadas, confiáveis e enobrecedoras do

leitor/telespectador e incentivar a fé viva, a religiosidade prática e o compromisso de fortalecer

a comunidade;

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8. Todo profissional de comunicação é obrigado a expandir seu conhecimento e acentuar suas capacidades me-

diante a afiliação e participação em organizações profissionais, a educação contínua e o desenvolvimento profissio-

nal a fim de manter elevados padrões de excelência proporcionais à disciplina de comunicação;

9. As atividades de comunicação deveriam estar isentas de conflitos de interesses; o nepotismo e o favoritismo

não têm lugar na contratação e promoção de comunicadores e seu staff; a contratação deve ser justa e não estar

baseada na influência indevida;

10. As mensagens da organização da igreja, direcionando a atividade dos comunicadores, deveriam legitima-

mente refletir sua identidade e seus valores bem como estar estruturadas em todas as decisões e escolhas morais.

Adotada do Conselho Mundial de Comunicação,

Silver Spring, Maryland, 22 de março de 2006.

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A comunicação e a Igreja Adventista

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16 | Pontes de Esperança

A comunicação é um processo no qual as pessoas compartilham informações, ideias e sentimentos.

Esse processo envolve não somente a expressão verbal através de palavras escritas e faladas, mas também a

expressão não verbal, ou seja, informações transmitidas de forma consciente ou inconsciente por meio de

uma linguagem que não utiliza palavras, como a linguagem corporal, gestos, entonação, maneirismos, estilo,

comportamento, bem como o ambiente ou quaisquer outras coisas que acrescentem significado à mensagem.

A comunicação é vital em todas as áreas de nossa vida. Usamos a comunicação para persuadir, influenciar,

informar, compartilhar. Através da comunicação descobrimos as necessidades dos outros e compartilhamos as

nossas próprias.

Os termos comunicar e comunicação têm sua raiz na palavra “comum”, ou seja, comunicar é tornar o

nosso pensamento comum, fazê-lo conhecido às demais pessoas, e isso se faz por meio de símbolos. Devemos,

portanto, utilizar os símbolos que estão à nossa disposição, como as palavras, gestos e sons, combiná-los adequa-

damente e transmitir nosso pensamento com exatidão para os outros. Se assim fizermos, as pessoas nos enten-

derão e consequentemente poderão cooperar conosco. É dessa mesma raiz (comum) que surgem muitas outras

palavras conhecidas como comunidade, comunismo e comunhão, por exemplo. Essas palavras estão associadas à

ideia de convivência, relação de grupo, sociedade, ter em comum ou partilhar as mesmas coisas.

Pesquisas têm demonstrado que as palavras ocupam apenas 7% do poder de transmissão da mensagem.

Os 93% restantes têm a ver com a linguagem não verbal, ou seja, gestos, entonação, testemunho e envolvimento.

Todo processo de comunicação pode apresentar ruídos, que são os elementos que causam interferên-

cia e atrapalham a transmissão da mensagem. Estes podem ser de natureza física (um barulho, uma mancha

no papel, iluminação fraca, lâmpada queimada, som inadequado, ambiente abafado e sem climatização, etc.),

psicológica (aspereza, agressividade, etc.), cultural (palavras ou expressões inadequadas etc.) ou espiritual

(incoerência entre o que fala e o que vive) e devem ser eliminados ao máximo. Por outro lado, o receptor deve

se portar da maneira mais aberta possível para receber a informação de forma clara e precisa. Quanto menor

for o nível de ruídos, maior será a possibilidade da comunicação tornar-se um veículo eficaz de diálogo, dis-

cussão e troca de ideias, atingindo, assim, o seu objetivo, de promover um saudável crescimento social e bom

entendimento entre as pessoas.

Não pode haver comunicação sem envolvimento. A melhor mídia que existe é a vida, o exemplo, o testemu-

nho, a encarnação da verdade. É viver aquilo que se acredita e pregar o que se vive. Os demais veículos são importan-

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A comunicação e a Igreja Adventista | 17

tes, mas são apenas canais, são aparatos, mas não são vitais.

É exatamente por isso que o comunicador que pretende passar uma mensagem religiosa deve ser

íntegro e verdadeiro, porque as pessoas estarão lendo a coerência entre suas palavras e sua vida.

“Paulo levava consigo a atmosfera do Céu. Todos os que com ele se associavam sentiam a influência de

sua união com Cristo. O fato de que sua própria vida exemplificava a verdade que pregava, dava a sua pregação

um convincente poder. Nisto reside o poder da verdade. A influência espontânea e inconsciente de uma vida

santa é o mais convincente sermão que se pode fazer em prol do evangelho” EGW, Atos dos Apóstolos, 510.

Deus é um comunicador “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus...” João 1:1. Como podemos

perceber, Deus e a Palavra são um. A comunicação faz parte da essência de Deus. Deus é um comunicador por

excelência.

Na criação, Deus falou e tudo se fez. “E disse Deus: Haja... e houve.” “Pela Palavra do Senhor foram feitos

os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca”, “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apa-

receu” (Gên. 1: 3; Sal. 33: 6 e 9). Os atos criativos de Deus foram expressos com palavras, através de uma comuni-

cação perfeita, sem ruídos, verdadeira e poderosa. As palavras de Deus são a expressão idêntica de Seu caráter,

por isso Ele fala e há.

A comunicação no Éden era perfeita e Deus falava cara a cara com Seus filhos. Porém, após a entrada do

pecado, essa comunicação tornou-se impossível. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso

Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isa. 59:2). O pecado é o maior

“ruído” de comunicação de que se tem notícia. O ser humano desde a queda no Éden tem que pagar o preço da

desobediência, que é a morte, e como consequência de seu ato, as possibilidades de voltar a se relacionar com

Deus de forma direta terminaram.

Deus em sua infinita sabedoria e amor, estabeleceu um plano para o resgate e redenção da raça caída: “e

porei inimizade entre ti e a mulher, esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gên. 3:15).

Esse plano deveria ser conhecido pelo ser humano, mas como o pecado continua sendo uma barreira de se-

paração entre a comunicação de Deus com o homem, Deus buscou formas de revelar o Seu plano e de Se revelar.

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18 | Pontes de Esperança

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós

falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1:1)

O plano da Salvação envolveu os mais significativos elementos da comunicação. Deus Se comunicou de

muitas maneiras, muitas vezes e por diferentes meios. Seu objetivo foi alcançar os pais no passado, e agora quer

nos alcançar utilizando a maior mídia de que já se teve notícia: a Palavra encarnada. Portanto, Deus falou, criou,

escreveu, utilizou-se de rituais e símbolos, habitou entre Seu povo e por fim se encarnou. Para a comunicação de

Deus ser eficaz e compreensível a nós, seres imperfeitos, ela exigiu a maior e a mais incompreensível entrega: seu

Filho. Esse gesto provou que para a comunicação ser eficaz deve haver, além de palavras, relacionamento e envol-

vimento.

“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. ...e,

tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, ...e reconciliasse ambos em um só corpo

com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2:13-16). Através de Jesus Cristo podemos

nos dirigir a Deus. Está restaurado o canal de ligação, está destruída a parede de separação entre nós e Deus. Jesus

é o meio, (a mídia, o canal, o veículo) pelo qual podemos nos comunicar com o Pai.

Comunicar é produzir respostas. E foi desta exata maneira que Deus estabeleceu Suas metas. “A palavra

que sair da minha boca, não voltará para mim vazia” (Is 55:11). A comunicação de Deus não falha.

No plano original, o povo escolhido tinha uma missão: tornar o caráter do Deus verdadeiro conhecido a

todo o mundo através das palavras e da vida da nação, mas devido ao orgulho nacional por ser um povo escolhido

e especial, essa missão falhou. Deixaram de comunicar as boas novas ao mundo. Deus enviou seu Filho, “veio para

o que era Seu, mas os Seus não O receberam” (Jo 1:11). Essa missão ainda é a mesma até hoje.

A morte de Jesus é a mensagem que o mundo precisa. A Igreja nasceu na cruz. A missão dos seguidores de

Jesus se confunde com a missão da Igreja: levar a mensagem ao mundo. “E este evangelho (boas novas) do reino

será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, então virá o fim” (Mt 24:14).

O fim está relacionado com a pregação, que é um ato de comunicação. A finalidade da Igreja é facilitar,

promover, fomentar e criar condições para que esse objetivo seja atingido. Todas as pessoas que foram batizadas

estão na Igreja como missionários e são, portanto comunicadores ativos da mensagem.

Como sabemos, os seguidores de Jesus são portadores de diferentes dons, mas todos cooperam para um

mesmo fim: promover e facilitar a pregação.

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A comunicação e a Igreja Adventista | 19

A comunicação e a missão “E disse-lhes (Jesus): Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15).

A comunicação é o elemento básico da pregação da mensagem. Sem ela, a missão confiada aos ho-

mens estará comprometida uma vez que lidarão com ideias e com a necessidade de expressá-las a um número

maior de ouvintes. A clareza da exposição dessas ideias dependerá do domínio das técnicas da comunicação,

bem como da correta utilização dos princípios que a regem. Essa comunicação deve ser efetivada com e sem

palavras, ou seja, pela pregação e pelo testemunho.

O crescente número de rádios e canais de TV que estão à disposição da Igreja é outro elemento que enfati-

za esta necessidade. O despertamento ressaltou a necessidade de se levar o evangelho às pessoas com a utilização

dos mesmos, bem como de se fazer um acompanhamento do trabalho envolvido. “Todos quantos estejam relacio-

nados com a obra devem manter ideias novas” (Evangelismo, p. 178).

Em virtude de estarmos vivendo a era da informática e da eletrônica, torna-se imprescindível um contato

com estes elementos para que haja uma contextualização de nossos métodos, tornando-os compatíveis com as exi-

gências desse tempo. “Deus deseja que sigamos métodos novos, ainda não experimentados” (Evangelismo, p. 125).

Entretanto, a comunicação que objetiva levar uma mensagem que transforme a vida das pessoas não se

faz através de um processo meramente técnico, mas primordialmente espiritual.

A linguagem deve carregar os sentimentos e a verdade – que é Jesus. Essa linguagem, além de ser suave

e simples, deve conter em sua delicadeza uma força tal que fertilize a mente, o coração e transforme a vida. Essa

comunicação não é a responsabilidade de qualquer tipo de linguagem, mas é o privilégio de quem se propõe a pre-

gar aquilo que vive: Jesus. Acima de tudo, a comunicação dentro do ministério prova que você não comunica o que

você quer, você comunica, primeiramente, o que você é. Para tanto é preciso se entregar cada vez mais ao Espírito

Santo para ser usado por Ele.

“Mas o professor da verdade sagrada só poderá comunicar aquilo que ele conhece por experiência própria.

‘O semeador semeia sua semente.’ Cristo ensinava a verdade, porque Ele era a verdade. Seu pensar, Seu caráter,

Sua experiência da vida eram incorporados em Seus ensinos. Assim também é com Seus servos; os que querem

ensinar a Palavra de Deus precisam apropriar-se dela pela experiência pessoal” (Parábolas de Jesus, p. 43).

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20 | Pontes de Esperança

A Igreja e o Departamento de Comunicação A Igreja Adventista, obedecendo a ordem de Jesus e consciente da necessidade de ir e pregar o evangelho

a todo o mundo, tem também como missão atrair as pessoas ao batismo, tornando-as discípulas a fim de que tam-

bém preguem o evangelho. Para tanto, tem desenvolvido um programa de comunicação para maximizar os efeitos

da pregação e atrair um grupo cada vez maior de pessoas aos pés de Cristo.

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito

Santo” (Mt 28:19).

Com esse objetivo em mente foi criado o Departamento de Comunicação nas igrejas onde pessoas capa-

citadas, acadêmica, cultural e espiritualmente utilizarão meios modernos de comunicação de massa para adminis-

trar pessoas, unificar os pensamentos, ideais, propósitos, atitudes e ações da igreja, além de promover o relaciona-

mento saudável entre igreja e comunidade, para que de todas as formas o evangelho possa ser pregado e corações

alcançados.

BibliografiaBÍBLIA SAGRADA

BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita, 22ª. Edição, Ática, São Paulo 2006

HYBELS, Sandra. WEAVER II, Richard. Communicating Effectively, McGraw-Hill, Inc. New York, 1995.

MANUAL DA IGREJA, 20ª. Edição, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2006

SMITH, Donald K, Creating Understanding, Zondervan Publishing House,

Grand Rapids, Michigan, USA, 1997

WHITE, Ellen G. Evangelismo, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999

WHITE, Ellen G. Atos dos Apóstolos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999

WHITE, Ellen G. Parábolas de Jesus, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999

WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999

Page 21: Guia comunicação pontes de esperança

O Departamento de Comunicação na

Igreja Adventista

Page 22: Guia comunicação pontes de esperança

22 | Pontes de Esperança

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é reconhecida mundialmente por sua organização. A descentralização

das decisões incentivando o trabalho da igreja local, caminha lado a lado com as definições de projetos e políticas

conduzidas pela Associação Geral, pelas Divisões, Uniões, Associações e Missões.

A Associação Geral, sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada em Silver Springs, no es-

tado de Maryland nos Estados Unidos, é responsável por coordenar os projetos de alcance mundial, assim como

discutir e atualizar os procedimentos internos da Igreja que devam ser adotados pelas igrejas em todo o mundo. Lá

também existe um Departamento de Comunicação que cuida das políticas e orientações gerais que serão seguidas

pelos Departamentos de Comunicação de todo o mundo.

Na sequência, temos as Divisões, que são extensões da Associação Geral, reunindo regionalmente alguns

países com características similares. A Divisão Sul-Americana coordena os trabalhos em oito países: Argentina,

Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru, e Uruguai. O trabalho da Divisão passa por adaptar às realidades

continentais as políticas mundiais propostas pela Associação Geral, além de propor as estratégias locais para os

grandes desafios mundiais de crescimento e condução da Igreja. O Departamento de Comunicação da Divisão Sul-

-Americana age dessa forma. O guia que o leitor tem em mãos é um exemplo desse trabalho.

As Uniões, blocos administrativos dentro das Divisões, estão responsáveis pela coordenação dos trabalhos em Es-

tados ou Países. O Departamento de Comunicação da União trabalha na replicação das políticas já adaptadas pela Divisão.

Na sequência, em contato direto com as igrejas locais, trabalham as Associações e Missões, escritórios ad-

ministrativos que têm por objetivo suprir as igrejas a sua volta de mão-de-obra especializada e materiais. Também

é o escritório de referência para resolução de problemas locais, o ponto de contato dos oficiais da igreja com todo o

sistema administrativo denominacional.

Na posição mais nobre de toda a cadeia de atividades está a igreja local e seus departamentos, que têm a

oportunidade do contato direto com os membros e com as pessoas que precisam receber a mensagem do advento.

O Departamento de Comunicação da igreja local e por extensão seus oficiais - o Diretor de Comunicação e

sua equipe de trabalho- são a ponta mais importante de todas as atividades de comunicação da Igreja Adventista.

Todas as coordenadas gerais para a Igreja Adventista no mundo, planejadas em Silver Spring, EUA, e adap-

tadas na Divisão Sul-Americana, têm sua aplicação em cada igreja local até, por exemplo, Puerto Williams, a loca-

lidade mais ao sul de nosso território, situada a 1.090km da Antártica.

De Silver Spring a Puerto Williams

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O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 23

Todo o planejamento culmina no trabalho de cada pessoa da equipe de comunicação. Cada projeto inter-

nacional passa, no final das contas, pelas mãos dos responsáveis pelo boletim, pelo mural da igreja, pelos folhetos

de sábado à tarde. Por isso é tão importante que o Departamento de Comunicação da igreja local esteja bem pre-

parado e alinhado com os Departamentos de Comunicação do campo.

Associação GeralDivisão Sul-Americana

União

Associação/Missão

Igreja

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24 | Pontes de Esperança

Funções do Departamento de Comunicação da igreja local

As atividades desenvolvidas pelo Departamento de Comunicação são de grande relevância para o bom an-

damento da Igreja. Abaixo listamos as principais atividades que estão sob a responsabilidade da equipe da

Comunicação:

■ Participar na Comissão da Igreja com seu representante, o Diretor de Comunicação.

■ Manter-se em contato direto com o pastor distrital e planejar o trabalho com os

dirigentes da Igreja.

■ Desenvolver todos os materiais de comunicação de uso interno da igreja, como o boletim, mural, momen-

tos dos anúncios, jornal comunitário, folhetos, pôsteres, painéis, vídeos e site da igreja.

■ Desenvolver materiais promocionais de eventos e programações especiais da igreja, tais como car-

tazes e anúncios para os meios de comunicação locais: rádio, jornais, TV e internet.

■ Relatar as atividades da igreja local de interesse comunitário para os meios de comunicação locais:

rádio, jornais, TV e internet.

■ Manter o Diretor de Comunicação da Associação/Missão informado com as notícias de destaque da

igreja local.

■ Apoiar os departamentos da igreja no desenvolvimento de materiais publicitários para divulgação das res-

pectivas atividades e, depois disso, fazer notícia divulgando a realização.

■ Atender - quando necessário e na impossibilidade da Associação local ou do pastor distrital - a imprensa e

comunidade na explanação de projetos, acontecimentos e eventos da igreja local.

■ Coordenar a distribuição de materiais de campanhas realizadas pela Associação/Missão, União ou Divisão.

■ Responder os relatórios das atividades de comunicação da igreja local para a Associação local.

■ Promover os órgãos de comunicação da Igreja Adventista:

1. Portal oficial para a Igreja Adventista na América do Sul:

www.portaladventista.org e a ASN (Agência Sul Americana de Notícias);

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O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 25

2. Rede Novo Tempo de Comunicação, e todo o seu complexo de programas de TV e Rádio em por-

tuguês e espanhol; a escola bíblica, sites missionários como www.esperanca.com.br em portu-

guês e www.esperanzaweb.com em espanhol; ministérios Voz da Profecia e Está Escrito;

3. Programas televisivos ou radiofônicos que utilizam outros veículos de comunicação.

4. As editoras: CPB- Casa Publicadora Brasileira e ACES (Asociación Casa Editora Sudamericana – Ar-

gentina), bem como seus livros, revistas e periódicos;

5. Promover as instituições mantidas e administradas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, tais como

as instituições de ensino elementar e secundário, universidades, inclusive seus cursos de ensino

superior em Jornalismo e Propaganda; instituições de saúde, hospitais, clínicas de vida saudável e

fábricas de alimentos.

É imprescindível que as ações do Departamento de Comunicação da Igreja local não entrem em conflito

com as atividades propostas para toda a Divisão Sul-Americana, Uniões e Associações/Missões.

Logicamente muitas das atividades, como por exemplo, boletins, são internas, e não dependem de autori-

zação ou orientação adicional para ser desenvolvidas. No entanto, outras fazem parte de programas que só terão

sucesso se todas as igrejas se envolverem da mesma forma, ao mesmo tempo.

Para saber quais materiais e programas estão sendo promovidos mundialmente, consulte o Departamento

de Comunicação da Associação ou Missão local quando você for desenvolver o planejamento do seu departamento.

Para mais informações, acesse:

• www.portaladventista.org, site da Divisão Sul-Americana

• www.eunopac.com, site Curso de Capacitação em Comunicação.

• www.novotempo.org.br, site da Rede Novo Tempo de Rádio e TV

• www.nuevotiempo.org, site da Rede Nuevo Tiempo de Rádio e TV

• www.cpb.com.br, site da Casa Publicadora Brasileira

• www.aces.com.ar, site da Asociación Casa Editora Sudamericana

• www.unasp.edu.br, site do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Brasil

• www.uapar.edu, site da Universidad Adventista del Plata, Argentina

• www.upeu.edu.pe, site da Universidad Peruana Unión, Peru

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26 | Pontes de Esperança

Extrato do Manual da IgrejaPág. 90-91

Comunicação O Ministério de Comunicação demanda o apoio de cada membro leigo, cada obreiro da igreja e cada insti-

tuição denominacional. O Departamento de Comunicação promove o uso de um consistente programa de relações

públicas e de todas as modernas técnicas de comunicação, tecnologias sustentáveis e mídia na propagação do evan-

gelho. A igreja deve eleger um secretário de comunicação e, quando necessário, uma comissão de comunicação.

“Precisamos empregar todo meio razoável de levar a luz ao povo. Que a impressora seja usada, e que se utili-

zem todos os meios de publicidade para chamar a atenção quanto ao trabalho” (Testemunhos Para a Igreja, v.6, p.36).

“Serão elaborados meios para alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferen-

tes dos que foram usados no passado” (Evangelismo, p. 105).

Diretor de Comunicação O diretor de comunicação deve ter habilidade para se relacionar bem com as pessoas e representar digna-

mente a igreja; bom-senso, boa organização, eficiência para redigir e disposição para cumprir os compromissos.

Ele reúne e divulga notícias na mídia local, coopera com o diretor de comunicação da Associação e apre-

senta relatórios periódicos à reunião administrativa da igreja. O diretor do Departamento de Comunicação da

Associação provê orientação e ajuda adequadas para os diretores de comunicação das igrejas.

O pastor, que é o principal responsável pelo programa de comunicação da igreja, trabalhará em estreita

ligação, como conselheiro, com o diretor e com a Comissão de Comunicação.

Qualquer departamento ou organização da igreja pode designar um individuo para fornecer informações

sobre as principais atividades de seu departamento ao diretor de Comunicação ou à Comissão de Comunicação.

Comissão de Comunicação Em igrejas grandes, uma comissão de comunicação poderá lidar mais adequadamente com muitas facetas

do programa de relações públicas e de comunicação. A igreja elege essa comissão e o diretor de comunicação atua

como seu presidente. Os membros da comissão podem receber atribuições especificas na área da comunicação,

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O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 27

tais como: lidar com a imprensa, com produtores de mídia e de internet e com a mídia interna da igreja. Se

houver uma instituição da igreja, na área, um membro de Relações Públicas ou do pessoal de comunicação

dessa instituição deve ser convidado a participar da comissão.

Comissão Central de Comunicação Se várias igrejas numa área decidem estabelecer uma comissão central de comunicação, o diretor

de comunicação de cada igreja deve ser membro e deve trabalhar em harmonia com qualquer plano geral

que coordene adequadamente o manuseio das notícias e as outras atividades das igrejas envolvidas. A

organização dessa comissão central serão convocadas e presididas por alguém escolhido pelo grupo.

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Padrão de identidade visual da Igreja Adventista

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30 | Pontes de Esperança

Constantemente somos bombardeados com imagens chamando nossa atenção. Como uma igreja, é cada

vez maior a necessidade de tornar distinta nossa mensagem entre o povo.

A solução não é gritar mais alto, mas comunicar eficientemente com uma “voz” forte e unificada. Quando

todas as entidades de nossa Igreja apresentar em a mesma identidade visual, nossa “voz” terá muito mais visibi-

lidade e impacto, além de ser mais rapidamente reconhecida. Como resultado, a proclamação de nossa mensagem

será mais eficiente.

Essa é a razão pela qual o logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi criado. Ele foi desenhado para ser

facilmente identificado, e se tornar rapidamente familiar para qualquer um que entrar em contato com as várias

entidades da Igreja. Contudo, simplesmente possuir um logotipo não é suficiente.

O uso somente esporádico e interpretações diferentes do desenho poderiam causar confusão e trazer mais

prejuízos do que benefícios. Para ser eficaz, o logotipo precisa ser usado sempre dentro dos parâmetros oficiais.

Esses parâmetros foram concebidos cuidadosamente para prover um sistema de identificação visual eficiente e

unificado.

O logotipo é composto de duas partes: a parte escrita, que são as palavras “Igreja Adventista do Sétimo

Dia”, e o símbolo gráfico.

Explicação do símbolo gráfico A parte mais fácil de ser identificada no logotipo é o símbolo gráfico. Com o uso consistente e

continuado, o símbolo pode por si próprio, tornar-se sinônimo do nome Adventista do Sétimo Dia.

O símbolo foi desenhado para ser mais do que uma coleção de referências simbólicas. O desenho,

como um todo, pretende refletir o espírito e o caráter de nossa dinâmica e crescente Igreja.

Contudo, os elementos individuais que forma a base do desenho foram selecionados cuidadosamente para

representar as crenças e a missão da Igreja.

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Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 31

Cores oficiais Essa versão em três cores (GC Green para a Bíblia, GC Gold para a chama e GC Gray para a

parte escrita) é a versão oficial de combinação de cores. Essas cores devem se aproximar o máxi-

mo possível, não importa qual o material ou meio que forem aplicados.

É permitido reproduzir o símbolo nas cores naturais de materiais como bronze, pedra,

vidro ou madeira para as placas ou para uso decorativo.

As linhas no topo do desenho sugerem um contínuo movimento para cima, simbolizando a ressurreição e a ascenção de Jesus Cristo, bem como a sua segunda vinda, o principal foco de nossa esperança.

A Bíblia abertaA Bíblia forma a base do desenho e representa o fundamento bíblico de nossas crenças. Está retratada numa posição completamente aberta, sugerindo a total aceitação da palavra de Deus.

A CruzO símbolo da cruz, representa o evangelho da salvação, está posicionado no centro do desenho para enfatizar o sacrifício de Cristo, que é o tema central de nossa fé. É também significativo que a Bíblia, representando a lei, e a chama, representando o Espírito, apareçam junto na cruz.

GC GreenPantone 5477 ou60% cyan0% magenta30% yellow72% black

GC GoldPantone 1245 ou0% cyan27% magenta100% yellow18% black

GC GrayPantone 402 ou0% cyan6% magenta15% yellow34% black

A chamaEssa forma é feita de três linhas em volta do círculo, na esfera implícita. As linhas representam os três anjos, de Apocalipse 14 circulando o globo, e a nossa missão de levar o evangelho ao mundo inteiro. A chama por inteiro representa simbolicamente o Espírito Santo.

Page 32: Guia comunicação pontes de esperança

32 | Pontes de Esperança

Fundos O fundo claro neutro é o melhor para o logotipo. Nunca aplique o logotipo colorido sobre um fundo co-

lorido. Quando um fundo colorido for inevitável, o logotipo deve ser de uma cor sólida para que haja contraste

suficiente para assegurar uma boa legibilidade.

Configuração preferencial para fachadas de igrejas Para identificar a igreja é possível a aplicação de um letreiro metálico na fachada da igreja ou em um muro

ou mureta especialmente preparados para isso.

Existem kits de aplicação prontos, fáceis de instalar, de custo baixo e seguramente dentro do padrão. Con-

sulte a Associação/Missão sobre esses kits de instalação.

Não encomende a reprodução do letreiro em serralherias ou artesãos que não tenham os moldes forneci-

dos pela Associação/Missão para essa finalidade, pois os letreiros poderão sair do padrão.

O guia dos “Padrões de Identificação Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia” está disponível no De-

partamento de Comunicação da Associação/Missão ou no site www.portaladventista.org/comunicacao. Siga-o

estritamente, pois assim estão fazendo todas as outras igrejas, e instituições ao redor do mundo, garantindo seu

significado em toda língua, tribo, raça e nação, simbolizando nossa mensagem distintiva e de esperança.

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Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 33

Fachada TV Novo Tempo

Fachada de igreja

O Departamento de Comunicação da Divisão

Sul-Americana tem estimulado aos diretores de comu-

nicação a se empenharem na identificação da igreja

com a logomarca oficial da Igreja Adventista do Sétimo

Dia. Um passo além é que cada fachada de nossas igre-

jas seja colocado a logomarca padrão da Novo Tempo

com o número do canal da TV Novo Tempo local, o dial

da emissora de Rádio Novo Tempo local, o canal Sky e

o site novotempo.com. Ou seja, o objetivo é que cada

igreja se identifique, também, com uma congregação

que está ligada à Rede Novo Tempo de Comunicação.

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34 | Pontes de Esperança

Cuidados com o logotipo da Igreja ■ Não mude as proporções ou posição dos elementos do logotipo.

■ Não use apenas partes dele, como efeito decorativo, por exemplo, a chama. Quando utilizar o logotipo,

use-o completo.

■ Nunca mude o tipo das letras usadas para escrever “Igreja Adventista do Sétimo Dia” (o correto é o uso da

fonte Goudy Old Style).

■ Não abrevie para “IASD” no logotipo.

■ Não mude as cores do logotipo, mesmo que por cores parecidas.

■ Sempre que usar o logotipo, deixe um espaço livre em volta dela sem quaisquer elementos visuais. Esse

espaço deve ter, no mínimo, a mesma medida da altura do “S” de “Sétimo Dia” deve circundar o logotipo em

todos os lados.

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Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 35

Outros Logotipos Além da logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia usado para representar a igreja como um todo, exis-

tem alguns departamentos com logotipos específicos, como é o caso dos Desbravadores, Aventureiros, Ministério

Pessoal, Escola Sabatina, ADRA, Ministério da Mordomia Cristã, Ministério da Família, Jovens Adventistas, Ministé-

rio de Publicações, Rede Adventista de Educação e Rede Adventista de Saúde, entre outros. De preferência esses

outros logos devem ser usados em conjunto com o da Igreja.

Essas logotipos devem ser utilizados somente em materiais específicos e seguindo as orientações também

de cada departamento.

A Associação local está apta a fornecer as informações necessárias sobre o uso de cada logotipo e algumas

possuem seus próprios manuais de utilização, como no caso dos Desbravadores, por exemplo.

Sempre siga as orientações de cada departamento e evite a utilização de logotipos sem prévio conheci-

mento de suas políticas de uso.

Para ter os arquivos digitais dessas logotipos acesse o portal de internet da Divisão Sul- Americana em

www.portaladventista.org e escolha o link “Logos Adventistas”.

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Comunicação interna

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38 | Pontes de Esperança

Introdução a Comunicação Interna O Departamento de Comunicação da igreja local possui uma série de incumbências e responsabilidades

diferentes, mas que mantêm uma mesma essência: SERVIR. Isso porque o departamento em si, salvo em casos de

treinamentos próprios da área, desenvolve materiais de comunicação anunciando ou informando atividades de

outros departamentos como Ministério Pessoal, Desbravadores, ADRA, Ministério das Crianças, entre outros, em

geral para a própria comunidade de membros. Portanto, a primeira esfera de atuação do Departamento de Comu-

nicação é igreja à qual pertence, e o primeiro público, antes de se pensar em comunicação externa ou mídia, é a

própria igreja também.

Informar corretamente e motivar através das mensagens desenvolvidas é um dos passos para o sucesso

das atividades de outros departamentos. Dessa forma, o sucesso da atuação do Departamento de Comunicação

está diretamente ligado ao sucesso da atuação dos demais departamentos da igreja.

Nesse capítulo vamos explorar como o Departamento de Comunicação deve atuar dentro da própria igreja

apoiando os demais departamentos e cumprindo seu papel fundamental de manter os membros informados.

Apoio a outros departamentos Como vimos, o Departamento de Comunicação deve apoiar as atividades dos outros departamentos da

igreja através de anúncios, informativos e motivacionais.

O primeiro passo para desenvolver bem esse trabalho é o seguinte:

Isso é conseguido através de reuniões com os líderes de cada departamento. Se a sua igreja segue a re-

comendação da Associação/Missão local, cada departamento deve ter, após a escolha dos respectivos líderes no

início de cada ano, um calendário de atividades planejadas para o ano todo, considerando as datas especiais, ati-

vidades externas e campanhas. Tenha uma cópia de cada um desses planejamentos de datas e una-os todos em

uma única planilha ou mapa. Você então terá uma visão completa de todas as atividades da igreja no período de

Tenha um calendário geral com todas as atividades programadas de

todos os departamentos da sua igreja

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Comunicação interna | 39

um ano. Além disso, apesar de não ser a função principal do Departamento de Comunicação, você será o primeiro

a conseguir detectar conflitos de datas e programações, podendo ajudar de forma mais decisiva na organização do

calendário da igreja.

O passo seguinte é:

As atividades que apenas requeiram que os membros sejam informados da sua existência, como reuniões

de departamentos, cultos, programas em rádio ou TV, etc., devem ser classificados como INFORMAR, e serão alvo

de sua preocupação apenas para incluí-los em boletins, murais de aviso ou roteiros de anúncios nas datas apropria-

das. São as atividades que dão menos trabalho isoladamente, mas compõem o maior volume de atividade na igreja.

É necessário cuidado constante com as datas, horários e locais, que sempre devem ser informados corretamente.

Esse certamente é um trabalho para todas as semanas.

As atividades da igreja local que requeiram desenvolvimento de materiais próprios como cartazes, bole-

tins especiais ou convites, devem ser indicadas como DESENVOLVER. Isso pode acontecer durante as Semanas de

Oração, Semanas de Saúde, Semana da Família, Séries Evangelísticas, etc. Para esses casos os materiais precisam

ser desenvolvidos com antecedência e geram mais trabalho. Não entanto são mais raros. Note que além de “desen-

volver materiais”, essas atividades precisam ser anunciadas oportunamente, e, nesse caso, também devem levar a

anotação de INFORMAR.

Finalmente, as atividades que ocorrerão na igreja, mas que serão organizadas pelo campo local, Associa-

ção/Missão ou pela União, muitas vezes tem materiais próprios para divulgação e entrega como apostilas, revistas,

folhetos promocionais ou lições prontas que devem ser utilizadas. São materiais, portanto que devem ser RECEBI-

DOS e não precisam ser desenvolvidos. Ao contrário, deve-se evitar a criação de materiais adicionais ou paralelos

aos materiais indicados pelo Campo (ver capítulo sobre o Departamento de Comunicação e a Igreja Adventista).

Lembre-se que, assim como as atividades classificadas como DESENVOLVER, as atividades classificadas

como RECEBIDAS precisam ser anunciadas oportunamente, e, então, também devem levar a anotação de INFOR-

MAR.

Classifique cada atividade como INFORMAR,

DESENVOLVER ou RECEBER

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40 | Pontes de Esperança

Com esse mapa em mãos, você deve então dar o terceiro passo:

Isso é muito importante, pois cada departamento estará preocupado com o desenrolar das suas atividades

e não é raro esquecerem-se de avisar o Departamento de Comunicação com a devida antecedência. Crie, então,

uma carta, nominal a cada líder de departamento, contendo os seguintes dados:

■ Data e hora limite para envio de anúncios para o boletim ou para os anúncios de púlpito.

■ Antecedência necessária (em dias) para o desenvolvimento de cartazes e boletins para atividades dos de-

partamentos.

■ Materiais necessários para o desenvolvimento de cartazes e boletins para atividades dos departamentos

(como nomes, músicas, datas, imagens, títulos).

■ Quem deve ser procurado para cada departamento “encomendar” os materiais dos quais precisa (nome,

telefone, e-mail, endereço).

■ Quais materiais podem ser desenvolvidos (cartazes, boletins, filmes, comerciais, etc.) e quais não podem

ser (por questões técnicas, de custo ou disponibilidade de espaço).

■ Qual a forma de gerenciamento de custos de cada material (quem paga, como paga e para quem paga).

Atenção: não se esqueça que a produção de materiais, sobretudo impressos, tem custo, por vezes alto.

Sempre combine, antes do início do desenvolvimento dos mesmos quanto vai custar à produção e quem vai pagar

(se o departamento que pede, com sua verba, ou se será doação, etc.). Muitas vezes os departamentos solicitam

materiais e os esperam prontos esquecendo-se de que precisam ser pagos. O custo, então, fica a cargo do Depar-

tamento de Comunicação ou precisa ser pago com uma saída de caixa da igreja, o que sempre é ruim quando não

programado com antecedência.

Regras para INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO e

RECEBIMENTO de materiais

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Comunicação interna | 41

Finalmente, o último passo na organização do relacionamento com os demais departamentos é:

Isso vai fazer com que você saiba quando, e principalmente, o quê precisa ser desenvolvido e com qual con-

teúdo. Esperar que cada departamento defina sozinho o que desenvolver e apenas “encomendar” com o Depar-

tamento de Comunicação pode fazer com que materiais bem eficientes sejam esquecidos e outros, mais comuns,

porém menos eficientes, sejam os únicos lembrados, visto que os participantes dos demais departamentos não

necessariamente têm experiência para pensar em materiais de comunicação.

Participar de todas as reuniões pode ser exaustivo e, às vezes, impossível, se ocorrer mais de uma ao

mesmo tempo. Por isso, é importante acompanhar as atas para se ter ideia do objetivo de cada atividade e, assim,

propor, entre outras sugestões, opções de materiais de comunicação.

Cadastro e pesquisa de membros Uma das primeiras regras de trabalho do bom comunicador é saber com quem está se comunicando, e isso

inclui: Quem; como e quantos são!

Não raro os comunicadores da igreja não têm noção da quantidade de membros assíduos da mesma. Isso

impede que se planeje com cuidado, por exemplo, a quantidade de materiais a serem produzidos impactando em

custos e na eficiência da comunicação. Algumas orientações importantes para isso são:

É possível que a secretaria da igreja tenha uma relação oficial do número de membros da sua igreja, mas

nem sempre esse número reflete a realidade do tamanho do público com o qual nos relacionamos. Primeiro, por-

que os registros contam apenas os membros batizados. Segundo, porque não contam os frequentadores assíduos,

mas que não são batizados ou que possuem seus registros de membro em outras igrejas.

Envolver-se com os outros Departamentos, participando das

reuniões de definição de atividades de cada um deles ou

pelo menos, ter acesso à ata de reunião.

Faça um censo (contagem) de membros da igreja

Page 42: Guia comunicação pontes de esperança

42 | Pontes de Esperança

Para se ter um número mais realista, por três semanas consecutivas designe um membro de sua equipe,

ou faça você mesmo, uma contagem de todas as pessoas que frequentam cada reunião ou culto, em cada classe,

incluindo os departamentos infantis. Com essa metodologia simples você descobre qual o volume de membros que

frequenta cada reunião, e, assim, poderá desenvolver o material correto, na quantidade correta para cada ocasião.

Agora que você sabe quantos são, é importante que você saiba o que pensam os membros da igreja.

Esse é o período de tempo ideal para uma pesquisa na igreja, pois é tempo suficiente para tentar efetuar

mudanças em pontos indicados por pesquisas anteriores (a menos que seja a primeira) e avaliar novamente se

houve mudança na opinião.

A pesquisa deve ser feita por escrito com todos os membros da igreja, incluindo crianças, a quem podem

ser feitas perguntas, anotando-se as respostas.

Uma vez anotadas todas as respostas possíveis, a contagem de todas elas deve ser feita (chamada de tabu-

lação) e posteriormente a leitura das informações e análise.

A análise dos dados normalmente é um processo que requer experiência e sensibilidade, assim como a

forma de apresentar os resultados. Sempre que possível peça a ajuda de alguém que já tenha participado desse

processo.

Os cursos de comunicação nas faculdades adventistas como o Centro Universitário Adventista de São Pau-

lo - Campus Engenheiro Coelho, no Brasil, na Universidad Adventista del Plata na Argentina e Universidad Peruana

Unión, no Peru, podem ser facilmente contatados e dispõem de profissionais e alunos capacitados que podem

ajudar nessa tarefa, sem necessidade de estarem presentes durante todo o processo.

NOTA: A Secretaria da igreja tem um programa fornecido pela Associação/Missão, onde poderão ser

cadastradas todas as pessoas que frequentam a igreja: interessados, membros que ainda não solicitaram a

carta de transferência, etc.

Visite o site www.portaladventista.org/comunicacao; para amostras de pesquisa de opinião

Faça uma pesquisa de opinião ao menos uma vez a cada três anos

Page 43: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação interna | 43

Finalmente, você também pode criar uma ficha de cadastro para uso do departamento de Comunicação, para

ser preenchida por todos os frequentadores, que sejam membros da igreja ou não, batizado ou não, crianças ou adultos,

bastando que a frequência seja assídua. Nessa ficha podem constar:

Você pode também acrescentar outros dados, mas com esses já é possível acompanhar e informar aniver-

sários, enviar correspondências por famílias, convocar membros específicos para reuniões e programações, etc.

- Nome- Endereço completo- Data de nascimento- E-mail

- Telefone- Nome dos pais- Nome dos filhos

- Profissão- Local de trabalho/estudo- Data de batismo

Igreja Adventista do Sétimo Dia de ____________________PESQUISA DE OPINIÃO

Modelo de pesquisa de opinião

QUEM É VOCÊ – A pesquisa é anônima, mas se desejar, poderá se identificar no final da mesma. Ajude-nos a traçar um perfil dos membros da igreja nos contando o seu perfil. Marque com um X no quadro que melhor descreve suas características:

Sexo ( )Masculino ( )Feminino

Idade ( )10 ou menos ( )11 a 15 ( )16 a 20

( )21 a 25 ( )25 a 30 ( )31 a 40

( )41 a 50 ( )51 à 60 ( )61 a 70

( )70 ou mais

Estado Civil ( )Solteiro ( )Casado ( )Viúvo ( )Divorciado

Batizado ( )Sim ( )Não

Profissão ( )Prof. liberal ( )Empresário ( )Obreiro

( )Emp. setor privado ( )Emp. setor público

( )Aposentado ( )Dona de Casa ( )Estudante

Tempo na Igreja Adventista ( )0 a 2 anos ( )3 a 9 anos ( )10 ou mais

Tempo na igreja local ( )0 a 2 anos ( )3 a 9 anos ( )10 ou mais

Estudou em escola adventista ( )Sim, externo ( )Sim, interno ( )Não

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44 | Pontes de Esperança

FAÇA AGORA SUA AUTO-AVALIAÇÃO – Marque com um X no campo que você acha representar melhor a sua postura em relação à nossa Igreja:

SUA DISPOSIÇÃO – Marque com um X o que você gostaria de fazer na Igreja e ainda não o faz.

Pregar

Cantar em coral

Cantar em solo

Cooperar em algum departamento

Outra coisa

Qual? ________________________________________

O quê? _______________________________________

( )

( )

( )

( )

( )

AVALIE SUA IGREJA – Marque com um X no campo que você acha representar melhor a realidade da nossa igreja.

Page 45: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação interna | 45

SUAS IDEIAS – Escreva em uma linha, no máximo, as suas ideias sobre os seguintes assuntos:

O que você mais gosta na igreja? ____________________________________________O que você menos gosta na igreja? __________________________________________O que você gostaria que existisse aqui na igreja e que não existe?____________________________________________________________________O que você gostaria de ver nos cultos, em se tratando de programação, e que você não vê?_____________________________________________________________________Em qual departamento da Igreja você gostaria de trabalhar no próximo ano?_____________________________________________________________________

Boletins e jornais internos Boletins e jornais internos servem, basicamente, para informar o grupo de frequentadores

de uma igreja. A diferença entre ambos é o tamanho: o boletim é menor, tem menos páginas e

conteúdo e é produzido semanalmente, ou para todas as programações; já o jornal interno pode

ser mensal ou bimestral, por exemplo, mas suas técnicas para desenvolvimento e produção são

similares e são indicados para o mesmo público.

Caso haja possibilidade, o boletim poder ser colocado na página web da igreja, sendo um

boletim online, que deverá ser enviado a todos os membros por e-mail. Deverá ser impresso como

apresentado a seguir.

Recente pesquisa realizada numa das maiores igrejas da Divisão Sul-Americana em núme-

ro de membros (mais de 2.500), indicou algumas percepções interessantes sobre boletins, como,

por exemplo, o que os membros mais esperam de um boletim.

1. Que esteja disponível (pode surpreender, mas o que mais incomoda as pessoas a

respeito do boletim é não estar disponível quando chegam à igreja);

2. Que seja graficamente atraente;

3. Que traga informações de interesse pessoal (lembrando que cada um tem seus

próprios interesses e afinidades);

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46 | Pontes de Esperança

4. Que traga informações não conhecidas por outra fonte (boletins não devem ser repetições de

anúncios de púlpito e vice-versa);

5. Que tenha espaço para seus recados.

Um bom boletim de igreja: 1. Faz parte de um conjunto de ações do Departamento de Comunicação, que se complementam.

2. Deve obrigatoriamente trazer informações da programação referente ao momento em que ele é

entregue (essa á característica principal que o qualifica como um boletim).

3. Tem espaço para os departamentos anunciarem suas atividades e compromissos. 4. As informações contidas nele são claras, em textos curtos e objetivos, indicando “o que vai acon-tecer”, “quando vai acontecer”, “onde vai acontecer” e “quem deve participar”. Com essas informações já possí-vel que a nota cumpra seu papel. 5. É familiar sem ser repetitivo (segue um projeto visual, mas tem espaço para alterações de acordo com a necessidades de cada programação). Ex.: programação infantil, jovens, idosos, pôr-do-sol, etc.) Um boletim pode parecer um impresso simples, mas aqueles que já trabalharam na edição de um boletim de igreja sabem do trabalho envolvido. Primeiro, porque é uma atividade que envolve muitas pessoas. Segundo, porque dispõe de um prazo curto para ser executado. Terceiro, porque se repete semana após semanas, sem poder falhar. Por isso é muito importante ter um método de trabalho eficaz e bem coordenado a fim de evitar desgastes físicos e de relacionamentos na igreja, além de, é claro, garantir que ele cumpra seu papel.

Desenvolvimento e entrega de um boletim 1. Reunião de editores: diretor(a) de comunicação, secretário(a) do departamento, pastor da igreja e responsável técnico Essa reunião de editores acontece no momento da criação do boletim, e só precisa ocorrer uma vez, ou apenas quando o boletim vai mudar. Nela são definidas a linha editorial (que tipo de anúncio o boletim vai conter, quais serão evitados, quem poderá anunciar no boletim, quais as informações obrigatórias, quem será o responsá-vel pela coleta das informações, quem será o responsável pela montagem do boletim e sua impressão) e o projeto gráfico (dimensões, cores, formato, tipo de papel, tipo de impressão, quantidades).

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Comunicação interna | 47

Após essa reunião o Departamento de Comunicação terá em mãos um guia próprio para o boletim que vai direcionar o trabalho de todas as semanas. 2. Criação e entrega da carta de apresentação do boletim para os departamentos Essa carta deve conter as orientações básicas sobre como cada departamento pode usar o boletim: que tipo e qual o tamanho dos anúncios, qual o prazo para envio do conteúdo, para quem devem ser enviados os anún-

cios e outros detalhes operacionais.

Ela pode ser entregue com a carta de apresentação do Departamento de Comunicação citada anteriormente.

Obs.: Os dois primeiros passos ocorrem somente uma vez. A partir do terceiro passo o trabalho acontece todas as

semanas em que vai haver distribuição do boletim.

3. Recebimento dos Conteúdos Cada interessado em anunciar no boletim, incluindo o ancião que controla as informações de programação

(pregador, horários de cultos, etc.) deve enviar os dados obrigatoriamente para uma única pessoa que atuará como

uma “central de recebimento”, acumulando todo o conteúdo para posteriormente repassá-lo para as demais fases

de trabalho.

Considerando que há muita coisa a ser feita ainda antes da entrega do boletim, a recomendação é que

o limite máximo para entrega de conteúdos seja a quarta-feira à noite, no culto de oração (culto normalmente

realizado pelas Igrejas Adventistas ao redor do mundo nesse dia da semana). É tempo suficiente tanto para quem

precisa anunciar levante as informações de que precisa, quanto para que o responsável pelo boletim possa colocá-

-lo em desenvolvimento até o final da semana.

É imprescindível que esse prazo seja obedecido. Certamente, no início dessa prática muitos anúncios fica-

rão de fora do boletim, causando alguma frustração. No entanto, a experiência tem mostrado que a manutenção

firme da ordem e organização só traz benefícios, e após algumas semanas todos os envolvidos compreendem e

adaptam-se ao fluxo de trabalho.

Tenha convicção no processo: não abra exceções a menos que seja uma indicação direta do pastor de sua

igreja, que é o coordenador de todos os departamentos. Ele tem uma visão mais generalista e certamente saberá

indicar quando realmente isso for necessário.

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48 | Pontes de Esperança

4. Diagramação e montagem da arte

Após coletadas as informações, um pacote com todos os conteúdos, incluindo programações, reca-

dos e demais informações que vão constar no boletim devem ser encaminhados para o diagramador que,

usando as ferramentas que melhor se adaptarem às necessidades e disponibilidades de cada igreja, vai

“montar” o boletim para que posteriormente ele possa ser impresso.

O diagramador, então, deve passar o material para um revisor (uma cópia digital é o suficiente, caso o boletim

não seja desenvolvido em computador, deve ser feita uma cópia impressa:

O revisor vai analisar basicamente três pontos:

1. A correção ortográfico-gramatical;

2. A coerência entre os títulos e informações contidas nos anúncios (não é raro um título indicar uma data

e o texto do anúncio indicar outra, gerando conflito de informações);

3. A existência de conflitos entre anúncios diferentes (é possível também que duas reuniões, por exem-

plo, estejam sendo marcadas para a mesma hora e mesmo local, e somente no momento da revisão do

boletim é que isso seja percebido).

Após esse trabalho, o revisor indica para o diagramador se há alterações para serem efetuadas.

O diagramador, então, finaliza o trabalho preparando os originais para serem enviados para o local de im-

pressão (uma empresa de fotocópias, uma gráfica rápida, uma gráfica tradicional ou outros, quando for o caso).

Obs.: Você que tem interesse nessa etapa especificamente pode ter mais informações no capítulo sobre comuni-

cação externa na parte de orientações sobre como criar mídia impressa.

5. Impressão e cópia Após as demais etapas realizadas, o boletim deve ser entregue para impressão.

Basicamente três métodos podem ser utilizados:

1. Para pequenos grupos, de até 20 ou 25 pessoas, a impressão pode ser feita numa impressora domés-

tica, por vezes até pelo próprio diagramador. Economiza-se tempo e recursos financeiros se as impressões forem

limitadas.

2.Para grupos maiores, a impressão doméstica tem um custo muito alto e velocidade limitada. Nesse

caso, a segunda opção é entregar os originais (digitais ou já impressos) para uma fotocopiadora ou gráfica rápida,

que reproduzirá cópias do material na quantidade desejada. A velocidade de impressão é mais do que suficiente e

o custo moderado, apesar de não ser o mais barato unitariamente.

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Comunicação interna | 49

3. A terceira opção, a mais econômica de todas para grandes quantidades. Imprime-se em uma gráfica

tradicional um lote grande de boletins (acima de 200 por reunião), porém apenas um lado, contendo informações

que não mudam a cada reunião, como o nome da igreja, telefones de contato, sequência da programação, ende-

reço, orientações para anúncios. Esse lote deve corresponder ao número de boletins entregues no em caso de

boletins distribuídos semanalmente), e servirá como capa.

A cada semana, então, serão entregues para a gráfica, (a mesma ou outra a critério da igreja), boletins im-

pressos em apenas um dos lados da folha de papel na quantidade necessária para distribuição na reunião seguinte.

A gráfica imprimirá os anúncios e informações no lado em branco (o miolo). Esse, como citado, é o método mais

econômico, mais prático e com melhores resultados para grandes congregações.

6. Dobragem

Depois de prontos os boletins que serão entregues, não se esqueça de que em alguns casos, especialmente

se a escolha for por impressão em gráfica rápida, os boletins virão impressos em uma folha aberta que precisará

ser dobrada antes da entrega. Antecipe-se a essa demanda combinando com um grupo de apoio a realização da

tarefa antes da reunião na qual será entregue o boletim. Pode parecer uma tarefa simples, mas dobrar 200 boletins

ou mais pode levar mais de 2 horas de dedicação total de uma pessoa realizando a tarefa sozinha.

7. Entrega Finalmente, fechando o ciclo de trabalho de um boletim, chega-se ao ponto que as pessoas indicam ser de

relevância total: a entrega.

Algumas igrejas deixam os boletins impressos sobre uma bancada ou mesa na entrada da recepção para

que cada membro retire o seu. Essa prática não é adequada, pois não há controle de quantos boletins são retirados

por cada pessoa ou família, e, via de regra, faltam exemplares para todos, causando desperdício e frustração.

A recomendação é que a equipe de recepção entregue os boletins. Além de representar uma atitude mais

agradável e simpática, oferecer o boletim ao membro ou visitante com boas-vindas calorosas ela possibilita contro-

lar o volume entregue e há uma percepção mais clara se o boletim está sendo impresso em quantidade suficiente

ou não. Para tanto a equipe de recepção deve estar presente no local da reunião pelo menos 30 minutos antes do

início da mesma, e logicamente os boletins impressos e dobrados devem estar com a equipe desde então.

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50 | Pontes de Esperança

Alguns comentários A. Programações Especiais podem alterar o fluxo normal de trabalho Semanas de Oração, por exemplo, muitas vezes têm suas próprias coletâneas que servem de boletim,

ocasionando a suspensão da produção do boletim daquela semana. Avalie com antecedência a necessidade de

produção de boletins nesses casos de programações especiais que já tenham seus materiais.

Outra situação possível é a ocorrência de eventos especiais e festividades na igreja, como batismos ou

presença de oradores conhecidos, que atraem muito mais público e que demandam uma quantidade de boletins

superior a das demais semanas.

B. Serviços de cópias e gráficas geralmente não são exclusivos e nunca são inquebráveis A não ser que a igreja tenha sua própria máquina de cópias, o que não é comum, as impressões são

feitas em fornecedores que possuem outros clientes e outros trabalhos para realizar.

Considerando que a impressão de boletins geralmente é feita na sexta-feira, nunca deixe para fazê-la na

sexta à tarde, sobretudo na parte final da tarde. Considere que pode haver muito trabalho na copiadora ou gráfica

e que não seja possível imprimir o boletim antes do sábado. Ou pior, que a máquina esteja quebrada e que não seja

possível a impressão em hora nenhuma. Para evitar essas situações, programe o fluxo de trabalho para entregar o

boletim a fim de que seja impresso no máximo sexta-feira pela manhã e sempre tenha uma alternativa de fornece-

dor para casos excepcionais como os citados.

C. Quantidade de boletins a ser impressos Aqui a conta deve levar em consideração um meio-termo entre a necessidade de o boletim estar disponí-

vel a todos e não haver desperdício, que implica em perda de material e de recursos financeiros.

O limite mínimo recomendado é obtido pela soma do número de famílias da igreja com 20% desse número.

Por exemplo: se no censo realizado o número de famílias numa igreja de 300 membros foi de 80, então o limite

mínimo deverá ser de 80 mais 20% de 80, ou 16, totalizando 96 boletins. Menos do que isso existe o risco de muitas

pessoas ficarem sem acesso ao impresso.

O limite máximo seria logicamente um boletim por pessoa presente. Mas como isso é difícil de ser previsto

(e não havendo realmente necessidade de um boletim por pessoa, já que um por família, ou por casal, por exem-

plo, seria mais do que suficiente), a recomendação é que o limite superior seja 3 vezes o inferior, ou seja, o número

Page 51: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação interna | 51

de famílias da igreja, mais 20%, vezes 3. Normalmente esse número ainda causará algum desperdício. Então impri-

ma uma vez e vá acompanhando a distribuição, adequando o número à demanda natural pelo boletim.

D. Dicas de diagramação Como citado anteriormente, o próximo capítulo vai indicar algumas regras de diagramação e arte. Mas

algumas dicas, próprias para boletins, podem ser adiantadas:

1. Considerando que há pessoas idosas com alguma dificuldade de leitura na igreja, nunca imprima textos

com fontes de corpo menor que 10.

2. Letras claras, sobretudo brancas, em fundo escuro, sobretudo preto, apresentam bom contraste para

leitura na tela. No entanto, no momento da impressão, a tinta escura geralmente se esparrama um pouco pelo pa-

pel (fenômeno chamado tecnicamente de “ganho de ponto”) cobrindo as letras claras, em especial as “perninhas”

(serifas) e partes mais finas, dificultando a leitura. Evite.

3. Na reunião de definição editorial (o primeiro passo), defina se o boletim será colorido (mais bonito)

ou preto e branco (mais barato, tecnicamente chamado de “escala de cinza”). Após essa definição desenvolva

alguns testes de diagramação e composição de elementos (formas geométricas, sublinhados, sombras). Nor-

malmente um boletim desenvolvido em cores ao ser impresso em escala de cinza não muda apenas nas cores,

mas sua dinâmica visual também muda muito. Se for para ser impresso em escala de cinza, já o desenvolva em

escala de cinza desde o início.

4. Crie uma estrutura de diagramação fixa, que mantenha os mesmos elementos no mesmo lugar, toda

semana. Por exemplo: a programação do dia sempre no mesmo lugar, assim como os recados, a lista de aniversa-

riantes, etc. Isso facilita o trabalho da diagramação e gera a familiaridade desejada no boletim.

E. Conteúdos sugestivos para um boletim O que vai determinar quanto de conteúdo vai num boletim é o seu tamanho final. Normalmente não se

consegue inserir num boletim tudo que se imaginou no começo de seu desenvolvimento. Assim, segue a orientação

do que é obrigatório em um boletim, e algumas sugestões de informações adicionais e opcionais que podem fazer

parte do conteúdo mediante disponibilidade de espaço:

Page 52: Guia comunicação pontes de esperança

52 | Pontes de Esperança

Anúncios Públicos Uma das principais funções de um bom boletim é evitar a necessidade de anúncios públicos. No entanto,

em algumas situações, esse tipo de anúncio pode ser necessário. Problemas de impressão, semanas especiais

nas quais não tenham sido impressos boletins regulares, acontecimentos relevantes de última hora, falecimentos,

cancelamentos de anúncios que saíram errados no boletim são algumas das situações que podem ocasionar a ne-

cessidade de anúncios falados.

Além disso, algumas igrejas, por uma questão de economia, não imprimem os boletins e os anúncios são

constantes.

Quais os cuidados nesses casos? Tempo. Existe uma tendência natural de se estender o tempo pré-determinado para os anúncios. Normal-

mente, uma explicação mais detalhada de algum ponto já basta para “estourar” o tempo planejado.

Estrutura dos anúncios. A falta de uma estrutura pré-estabelecida provoca confusão e falta de clareza nos

anúncios.

Obrigatórias1. Programação do dia, incluindo nomes e sequência de acontecimentos;2. Informações dos eventos, reuniões e campanhas que ocorrerão na semana seguinte;3. Programação da semana seguinte;4. Formas de contato para anunciar no boletim;5. Horários regulares de cultos e reuniões.

Adicionais1. Lista de aniversariantes da semana seguinte;2. Recado pastoral;3. Horários de pôr-do-sol;4. Textos bíblicos;5. Quadros fixos para departamentos.

Boletins para downloads, acesse: www.portaladventista.org/comunicacao

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Comunicação interna | 53

O cérebro humano tem uma dificuldade maior de guardar informações que tenham sido somente

ouvidas, e não lidas ou visualizadas. Dessa forma, mesmo com um texto pré-determinado claro, a maior

parte dos membros terá esquecido boa parte dos anúncios apenas um minuto após eles terem sido expla-

nados! Considere isso na sua avaliação de eficiência dessa forma de informação.

Mas se ainda assim eles forem necessários, siga essas seis regras: 1. Escolha uma pessoa para dar os anúncios Defina apenas uma pessoa para dar todos os anúncios. Isso dá mais ritmo e celeridade ao processo.

Essa pessoa escolhida deve saber ler bem, deve ter uma boa entonação e impostação de voz e deve ser

simpática. Desta forma, não haverá necessidade que cada líder de departamento dê seus anúncios próprios.

2. Escreva os anúncios que serão falados Escreva os recados como se eles fossem ser impressos no boletim mesmo, com os cuidados da boa reda-

ção. Em seguida, agrupe-os por assuntos e imprima-os numa página.

Oriente, então, a pessoa que vai ler os anúncios para seguir a ordem dos recados e se ater ao texto, sem

explicações adicionais ou comentários

3. Feche o roteiro de anúncios na sala pastoral, com pastor e ancião, antes de iniciarem os anúncios

Verifique se o pastor ou ancião tem algum anúncio a ser informado ainda e inclua-os no roteiro.

4. Use o momento mais apropriado Sugerimos no final da Escola Sabatina e antes do início do culto.

5. Sempre que possível, use suporte visual para os anúncios Como dito anteriormente, os anúncios apenas falados são mais difíceis de serem guardados pelos mem-

bros ouvintes. Uma prática que tem se demonstrado eficiente é a projeção das informações principais em

um telão ao mesmo tempo em que se está falando.

Page 54: Guia comunicação pontes de esperança

54 | Pontes de Esperança

Modelo de formulário para receber os anúncios antecipadamente:

Anúncios - ComunicaçãoPara que seu anúncio seja passado de maneira precisa e eficiente, você devepreencher todos os dados abaixo:

O que?________________________________________________________Quem?________________________________________________________Quando?________________________________________________________Onde?________________________________________________________Para que?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Dê algumas razões para motivar:________________________________________________________________________________________________________________

Em quais dias anunciar:________________________________________________________

Entregue esta folha para o diretor de Comunicação até quinta-feira.

6. Evite anúncios não programados Caso não haja boletim e os anúncios sejam regulares em sua igreja, ainda assim é necessário que haja

antecedência na preparação dos mesmos, sendo confirmados com o ancião e com o pastor. Anúncios que

chegam de última hora, por vezes até depois de já iniciada a sessão de anúncios, geralmente são confusos,

mal escritos e geram mais confusão do que informação.

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Comunicação interna | 55

Murais e quadros de avisos Murais e quadros de avisos são ferramentas muito úteis que agilizam a comunicação interna e, quando

bem aproveitados, são ótimos apoiadores para boletins e anúncios públicos.

Como todo material fixo, eles requerem cuidados na manutenção, tanto física quanto do conteúdo, e isso

é responsabilidade do Departamento de Comunicação da igreja.

Tipos de conteúdos 1. Programações da própria igreja São cartazes e anúncios de programas jovens, programas infantis, semanas especiais, batismos, séries de

conferências, etc.

2. Programações que vão acontecer na igreja São os cartazes que são geralmente enviados pelos departamentos da Associação/Missão (como Jovens,

Desbravadores e Aventureiros, Mordomia Cristã, Lar e Família, Saúde e Temperança), por conjuntos musicais, pelas

rádios e TV anunciando seus programas, entre outros.

3. Relatórios de departamentos da igreja Relatórios prestando contas aos membros da igreja. Normalmente são cheios de números e tabelas com-

pletamente ininteligíveis se forem faladas.

4. Atividades que possam interessar aos membros Cartazes e anúncios de cursos, escolas, promoções de produtos relacionados à igreja ou ao estilo de vida

adventista, como alimentos da Superbom, oferta de serviços dos próprios membros da igreja, convites de casa-

mento, etc.

Para uma boa eficiência de um mural ou quadro de avisos apenas uma coisa é necessária: que os membros

tenham o hábito de consultá-los. O papel do Departamento de Comunicação então é fazer com que eles sejam

agradáveis e que realmente sejam vistos com uma fonte importante de informações e não somente um depósito

de cartazes sem interesse.

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56 | Pontes de Esperança

Mural Eficiente

1. Mural Tradicional Normalmente as igrejas já têm um mural para anúncios. Se não for o caso da sua igreja, construí-lo é muito simples:

■ Adquira uma prancha de madeira compensada de 1 x 2 metros, pelo menos (se houver espaço para

um mural maior, adquira uma prancha nas dimensões que julgar conveniente).

■ Forre a prancha com uma camada de cortiça e cubra com feltro, envolvendo as bordas todas e

prendendo com grampos metálicos na parte de trás da prancha (não use pregos, pois com o tempo rasgam

o feltro). Dê preferência para o feltro de cores sóbrias como azul ou verde escuro. Faça o acabamento com

molduras para quadros ou batentes de porta envernizado. Evite cores claras, pois se sujarão com facilidade no

manuseio.

■ Outro material disponível no mercado é a “placa isolante”, comprada em madeireiras, que dispen-

sa madeira e a cortiça, bastando revesti-la com feltro.

■ Escolha uma parede em frente à qual haja circulação de pessoas certificando-se que também haja

espaço para pessoas pararem para ver o mural sem impedir a circulação dos demais membros. Normalmente,

o hall da igreja tem espaço suficiente para isso.

■ Mural de Vidro: Outra sugestão é colocar somente um vidro com espaçador na parede do hall de

entrada. A manutenção é simples e de aparência agradável, sendo os anúncios fixados com fita adesiva dupla

face.

2. Cuide da manutenção do mural Use apenas alfinetes do tipo “percevejo” para prender os cartazes. Cola ou alfinetes longos estragam o

feltro, que dura muito pouco sem os devidos cuidados.

Limpe-o apenas com uma escova de carpete, sem usar produtos químicos e sempre mantenha a madeira

da moldura bem polida.

Caso haja incidentes ou vandalismo, como rasgos no feltro ou inscrições, retire imediatamente o mural e

conserte-o, sem deixá-lo exposto. É melhor passar uma semana sem o mural do que apresentá-lo vandalizado, o que

o desvalorizaria e, consequentemente, o seu conteúdo também.

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Comunicação interna | 57

3. Crie áreas de interesse no mural Divida o mural em áreas de assuntos ou temas, que podem inclusive ser indicadas com o nome de cada seção.

Exemplo: Notícias da igreja em geral, ASN (Agência Sul-Americana de Notícias) e Portal Adventista, progra-

mações musicais, atas e relatórios, produtos e serviços, programas de rádio e TV, jovens, desbravadores e aventu-

reiros, etc. Isso gera uma leitura mais eficiente do mural e desperta o interesse dos membros, que sempre podem

observar, mesmo de longe. Poderá ser usado o logo de cada departamento para visualização melhor.

4. Autorize o mural O mural deve se comportar como o boletim: todos os conteúdos devem ser entregues para uma única

pessoa e somente o Departamento de Comunicação deve colocar e retirar materiais dele, com o intuito de evitar

materiais inapropriados para o ambiente da igreja ou que tomem o lugar de materiais mais importantes e que fica-

riam de fora do mural por falta de espaço.

5. Atualize o mural Sempre que chegar material para o mural, classifique-o como URGENTE, IMPORTANTE ou OPCIONAL.

Os materiais URGENTES são os que têm prazo certo para ser expostos, pois têm datas certas para acon-

tecer. Exiba-os o mais rapidamente possível, mas não se esqueça de retirá-los imediatamente após a data limite.

Materiais com data vencida desvalorizam o mural.

Os materiais IMPORTANTES são os que anunciam campanhas da igreja ou da Associação/Missão, eventos

especiais, programações de rádio e TV sem datas específicas. Desde que haja espaço, devem ser todos colocados

em suas áreas de interesse, mas não devem passar de quatro semanas de exibição, tempo médio para que termine

o interesse por eles. Retire-os após esse período para dar mais dinâmica ao mural.

Finalmente os materiais OPCIONAIS são aqueles que podem ser colocados, caso haja espaço na área a que

se destinam, como anúncios de escolas e universidades da rede adventista, oferta de serviços e produtos, etc. De-

vem seguir a mesma orientação das quatro semanas de exibição, no máximo.

6. Divulgue o mural Parece um contra senso divulgar um espaço que existe para divulgar outras coisas. Mas a verdade é que

quando mural for lançado ou relançado em sua igreja, inclua por alguns sábados seguidos no boletim ou nos

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58 | Pontes de Esperança

anúncios a importância de se visitar o mural a cada reunião, indicando que algumas informações interessantes só

estarão disponíveis lá.

Mas atenção: realmente guarde algumas informações só para o mural! Se todas as informações do mural

saírem no boletim, além de tomarem muito espaço nesse material informativo, tornarão o mural um local sem

utilidade prática. Faça dele, portanto uma fonte indispensável e ele certamente terá sucesso em sua igreja!

Ministério da Recepção Em nossa igreja existe o Ministério da Recepção que está sob a coordenação do Ministério da Mulher. O

Ministério da Recepção consiste em organizar equipes treinadas para o trabalho de recepção em todos os progra-

mas regulares da igreja, tendo como propósito oferecer melhor impressão do amor de Jesus àquelas pessoas que

são visitantes, como também aos membros efetivos da igreja.

É necessário que a equipe de Comunicação colabore.

A recepção na igreja tem o poder de abrir sorrisos e corações. “A primeira impressão é a que fica”, diz o

ditado popular.

A recepção não só é uma cortesia, como também uma maneira de iniciar um ambiente espiritualmente

rico e agradável para o culto.

Como então organizar a recepção? Siga essas orientações básicas:

1. Determine o modelo de recepção de sua igreja Liste todas as programações e cultos que a igreja terá no ano. Considere que a recepção será necessária

em todas as ocasiões.

A seguir, imagine como seria a recepção e quantas pessoas você terá que arregimentar para a atividade

durante o ano.

Finalmente, pense o que a recepção irá realizar. Coloque tudo isso num plano de recepção, um documento

que será entregue para toda a equipe se familiarizar com a atividade.

2. Forme uma equipe com o seguinte perfil ■ Alegre e comunicativa;

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Comunicação interna | 59

■ Pontual e responsável;

■ Cristã e possuir um espírito missionário;

■ Possuidora de tato, amabilidade e cortesia;

■ Boa apresentação;

■ Conhece os membros regulares da igreja a fim de poder reconhecer os visitantes.

3. Otimize o trabalho da recepção Como a equipe estará às portas recepcionando todas as pessoas que chegam, a oportunidade é ideal para a

entrega do boletim e de demais materiais que a igreja precisar repassar aos membros.

Outra atividade possível de ser realizada por essa equipe é a contagem de membros e visitantes para o

censo sugerido no início desse capítulo.

4. Avalie o trabalho da recepção a cada três meses Não se trata de avaliar as pessoas que estão ajudando na recepção, mas, sim, o modelo adotado. O que a

igreja pensa a respeito da recepção: está no local correto? Está no horário correto? É um ponto eficiente de entrega

de materiais?

Não é necessário fazer uma grande pesquisa para saber se é preciso algum ajuste. Converse com 4 ou 5

famílias que sempre frequentam a igreja e que não tenham feito parte da equipe de recepção. Dessa conversa,

algumas sugestões e avaliações podem ser bem aproveitadas.

Participantes desse ministério precisam estar conscientes que:

■ Seu contato com o visitante, por mais que seja breve, pode determinar a sua conversão;

■ Seu modo de falar representa a imagem da igreja;

■ Este trabalho deve ser precedido com muitas orações;

■ Todas as pessoas que se aproximarem da igreja, são pessoas por quem Jesus morreu, e a abordagem será

um fator de atrair ou afastar;

■ Seu tom de voz é importante. Falar com voz suave; nunca coagir ou pressionar; nunca censurar a roupa dos

visitantes.

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60 | Pontes de Esperança

Lista classificada Não é a última atividade que o Ministério da Comunicação pode realizar dentro da igreja, mas é uma das

ideias mais novas.

Por vezes, membros da igreja precisam de serviços profissionais e pedem indicações diversas em seus

círculos de amizade.

Eletricistas, pedreiros, pessoas para serviços domésticos, empregados para a indústria e comércio, advo-

gados e dentistas são alguns dos exemplos de profissionais que, por vezes pessoas são procuradas fora da igreja

simplesmente por desconhecimento de pessoas frequentadoras dela que ofereçam esses serviços, apesar de

partilharem os mesmos bancos a cada sábado.

O contrário também é possível: pessoas que precisam de emprego ou trabalho não sabem que pessoas

próximas a si, dentro da igreja, têm oportunidades abertas.

A lista classificada é uma maneira de organizar as informações profissionais do grupo de membros de

uma igreja e promover a troca de contatos e oportunidades dentro de um ambiente cristão e saudável.

Essa lista classificada é semelhante ao que encontramos nas listas telefônicas classificadas, mas logica-

mente menor. Como executá-la?

1. Lance a ideia na igrejaLance a ideia no boletim, coloque explicações detalhadas no mural e peça para o pastor, em uma de suas

datas de pregação, falar mais claramente da utilidade da lista classificada e da importância da ajuda entre

os irmãos.

2. Passe uma ficha de “inscrição” para os membrosA participação na lista classificada deve ser incentivada, mas não pode ser obrigatória. Quem quiser divul-

gar sua área profissional e seus contatos pode fazê-lo.

A ficha de inscrição deve conter os seguintes dados:

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Comunicação interna | 61

- Área de atuação

- Nome

- Telefones para contato

- E-mail (endereço eletrônico) para contato

- Endereço do site, se houver

3. Organize os dados coletadosSepare as fichas por área de atuação, e, em seguida, em ordem alfabética de nomes dentro de cada área.

Transcreva, então, todos os dados para uma planilha, tabela ou texto corrido mesmo, tomando muito cuidado

nesse momento para não errar nenhum dado, em especial telefones.

4. Diagrame a lista classificada Crie uma diagramação para a lista classificada, destacando as diferentes áreas de atuação.

Esse material diagramado pode ser impresso em folhas comuns e copiadas, a fim de reduzir custos. Pode

também ser diagramada no modelo de cartilha ou mini-revista e ser impressa em gráfica.

Pode ainda ser gerada em formato digital e disponibilizada no site da igreja.

Você pode usar como referência as listas classificadas telefônicas e as dicas encontradas no capítulo sobre

criação e produção gráfica nesse manual.

5. Distribua para toda a igreja e para amigos da comunidade Após estar pronta, a lista classificada deve ser distribuída para todos na igreja, mesmo para os que não qui-

seram incluir seus dados. Lembre-se de que quanto mais pessoas tiverem acesso a ela, mais oportunidades

e relacionamentos surgirão.

Se possível, distribua a lista classificada para a comunidade próxima à igreja. Além de poder gerar bons

contatos profissionais, é uma atitude simpática e pode servir como um bom motivo para um primeiro con-

tato missionário, seja através da entrega em si, seja através do contato pessoal, quando os serviços forem

contratados.

Page 62: Guia comunicação pontes de esperança

62 | Pontes de Esperança

Comunicação e o Aspecto Físico da Igreja

Deus criou a natureza com harmonia e beleza. Ele formou um jardim para se encontrar com nossos primei-

ros pais. No deserto, orientou o seu povo a construir um lugar onde pudesse estar no meio deles.

O templo planejado pelo rei Davi e construído por seu filho Salomão era magnífico e de inigualável esplen-

dor. Beleza não somente nos símbolos e no serviço diário, mas beleza física, magnitude, o melhor foi oferecido ao

nosso Criador.

Deus também aceitava adoração num simples altar. Nosso local de culto pode ser simples ou grandioso.

Mas uma coisa deve marcar os dois locais contrastantes: o cuidado, a limpeza, o primor, a higiene, o esmero e o

bom gosto.

O ambiente da igreja deve ser agradável e aconchegante para despertar nos membros e visitantes o desejo

de permanecer o maior tempo possível na presença de Deus. A seguir temos alguns lembretes sobre o aspecto

físico da igreja:

Área exterior igreja 1. A fachada é o primeiro convite para entrar ou não entrar

a. Deve ser de bom gosto;

b. Identificada de acordo com o padrão da Igreja;

c. Deve ser mantida sempre pintada;

d. Cuidar para que esteja iluminada.

2. O terreno da igreja deve sempre estar

a. Limpo;

b. Ajardinado;

c. Embelezado;

d. Iluminado.

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Comunicação interna | 63

3. O calçamento externo deve receber cuidados

4. Placa de sinalização e identificação

a. A sinalização direciona as pessoas para as salas da Igreja.

Exemplo: banheiros, salas dos departamentos;

b. Identificação é a placa que é colocada na entrada de cada sala;

Exemplo: banheiro masculino, banheiro feminino, desbravadores,

jovens, primários, etc.

5. Banheiros

a. Devem ser limpos permanentemente;

b. Reabastecido com papel, sabonete, toalhas;

c. Facilitar o acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Pintura da igreja Tanto a pintura externa e interna de boa qualidade, de bom gosto e mantida sempre em ordem.

Área interior da igreja 1. Iluminação adequada para facilitar a leitura dos textos bíblicos;

2. Ambiente bem ventilado e arejado;

3. Limpeza não só dos bancos e do piso, mas teias de aranhas removidas;

4. Som agradável e de boa assimilação;

5. Manutenção periódica. Exemplo: goteiras, lâmpadas queimadas, cortinas,

vidros, ranger de portas, etc.

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Comunicação externa

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66 | Pontes de Esperança

Além do público interno, ambientado e conhecedor do funcionamento da igreja, esta precisa se relacionar

com outro público: o externo.

Comunidade, governo, sociedade civil, entidades públicas e filantrópicas, imprensa, autoridades militares,

são todos públicos que de alguma forma se relacionam vez por outra com a igreja, quer seja como curiosos ou so-

licitantes de informações, quer seja como alvos da mensagem de esperança que a Igreja Adventista do Sétimo Dia

carrega.

Precisamos lembrar que essas pessoas não têm familiaridade com o funcionamento da igreja, seus termos,

seus costumes. Assim, é uma preocupação grande em como devemos mostrar a igreja.

Esse capítulo tem por objetivo tratar do conteúdo correto e da forma correta de expormos a igreja e sua

programação, tornando-a compreensível e atrativa para todos os públicos que se relacionem com ela.

“Temos que fazer uso de todos os meios lícitos para apresentar a verdade ao povo. Lancemos mão da

imprensa e ponhamos em ação toda propaganda que sirva para atrair a atenção do povo. Isto não deve ser consi-

derado como sendo coisa de pouca importância. Em cada esquina de rua podeis ver placas e anúncios, chamando

a atenção para várias coisas que ocorrem, algumas delas das mais condenáveis. E será que os que possuem a luz

da vida se satisfarão com débeis esforços para atrair a atenção das multidões para a verdade?” (Ellen G. White,

Evangelismo, pág. 130).

Assessoria de Imprensa: O que é? É um departamento de uma empresa ou instituição que se utiliza da mídia para divulgar informações e

atividades. O assessor de imprensa é responsável pela organização, planejamento, estratégia e divulgação de tudo

o que a igreja for realizar, trazendo, assim, credibilidade à instituição. Na igreja a Assessoria de Imprensa é de res-

ponsabilidade do Departamento de Comunicação, em parceria com o jornalista do campo (Associação/Missão).

As atividades não devem ser realizadas com base no improviso, e sim ter como norma a organização e a

constante avaliação dos resultados.

O planejamento assume desta forma uma importância fundamental. Juntamente com os dirigentes da Igreja

e com o calendário de atividades da igreja em mãos definir metas e objetivos e definir as estratégias de ações.

Os planos serão desenvolvidos com vistas à divulgação das atividades locais. Desta forma todas as ativida-

des que a igreja realizar, serão reconhecidas tanto pelo público interno (os irmãos), quanto pelo público externo

(pessoas que não pertencem ao rol de membros mas, que serão atingidos pelos meios de comunicação).

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Comunicação externa | 67

Funções básicas Relacionamento com os meios de comunicação Fornecer informações sobre a igreja para jornais, rádios, revistas e TVs, através de release e sugestões de

pautas (temas) para matérias.

Organizar uma lista de contatos (mailing-list) Ordem alfabética, com nome, telefones, e-mails, endereços de meios de comunicação e também de mem-

bros da igreja. Esta lista de contato é chamada de mailing-list. O ideal é que ela também seja organizada por

funções (editor-chefe, editor, repórter, etc.) e por editorias (cultura, esporte, política, etc.). Assim, o seu release vai

chegar às mãos certas. Nunca dispare um e-mail com o release para todo o mailing-list e, sim, apenas para os que

tratam do assunto em questão na sua mensagem, sempre com cópia oculta para que ninguém tenha acesso a todo

o mailing-list.

Atento às notícias na mídia com “viés” adventista Ficar atento ao que está sendo falado na mídia ajuda na criação de pautas. Muitas vezes, uma informação

dita em um veículo de comunicação pode contribuir para que no futuro você consiga colocar a instituição nas

linhas de alguma matéria do mesmo veículo de comunicação. Por exemplo, se você ler ou ouvir uma matéria que

fale sobre a importância do vegetarianismo para a saúde humana, você pode escrever um release sobre um mem-

bro da igreja que é super saudável, apesar da idade, devido a ter optado por um regime alimentar vegetariano.

Lembre-se sempre do cuidado necessário com a linguagem, para que não aparente uma forma institucio-

nalizada (“igrejeira”).

Que tipo de programa desperta interesse da imprensa O jornalista, na maioria das vezes, não está interessado em saber que sua igreja está completando cinco

anos de existência e nem com a quantidade de pessoas. O que é muita gente para a igreja, não é para a imprensa.

Na realidade, é o “fato”, o “acontecimento”, a “ação” que deve despertar o interesse e a curiosidade do

jornalista e do público. A imprensa está interessada em conhecer os projetos de assistência à sociedade que estão

sendo promovidos. Por isso, toda vez que mandar alguma notícia para os veículos de comunicação, lembre-se de

que nem sempre o que é importante para você será importante para o veículo de comunicação.

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68 | Pontes de Esperança

Atividades normalmente desenvolvidas pela Igreja que chamam a atenção:

1. Campanhas de doação de sangue, órgãos ou medula;

2. Campanhas contra violência doméstica: “Quebrando o Silêncio”;

3. Cursos ou seminários sobre saúde, vida saudável ou de orientação para se libertar dos produtos

que causam dependência;

4. Cursos de empreendedorismo (eventos que ensinam os participantes a conseguirem uma melhora

na vida financeira através de trabalho);

5. Orientação familiar ou cursos para noivos;

6. Mutirão de natal (campanha de arrecadação e doação de alimentos);

7. Programa musical (cantata de natal, páscoa, uma apresentação especial de algum grupo musical,

etc.);

8. Escola Cristã de Férias;

9. Atividades desenvolvidas pela escola ou colégio adventista;

10. Clube de Desbravadores e suas atividades;

11. Clube de Jovens e seus programas especiais;

12. Participação nas campanhas governamentais.

Certamente você já percebeu que trata-se de programas que visam o crescimento do indivíduo, e que são

bem aceitos pela comunidade.

Dia a dia da imprensa É muito importante que o assessor entenda qual é a forma de trabalho utilizada pela imprensa. E para

que isso ocorra é preciso entender como é o dia a dia de uma redação de jornalismo. Uma vez que se entenda

os métodos de trabalho de um jornalista, ficará mais fácil saber como agir, falar e até mesmo como escrever para

esse comunicador. Com isso, as portas da mídia poderão se abrir com maior facilidade. Entretanto, todo cuidado é

pouco quando se está lidando com algo com o que não se tem familiaridade.

Visão do que acontece numa redação O dia do jornalista começa cedo. Geralmente, a primeira coisa que ele faz ao entrar na redação é checar os

e-mails e ir para a reunião de pauta, onde os temas que devem se transformar em reportagens são definidos.

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Comunicação externa | 69

Nessa reunião são divididas as tarefas do jornalista, inclusive quais serão as reportagens direcionadas a

cada um. A rotina numa redação é muito intensa, e por isso, o assessor, ao entrar em contato com o jornalista, deve

ser direto e objetivo, evitando abordagens longas e apelativas.

A redação sempre recebe muitos e-mails com sugestões de matérias. Por isso, é importante usar a criativi-

dade. Evite mandar e-mail no final de semana. As redações funcionam com escalas de trabalho de forma reduzida

nesses dias e sua mensagem corre o risco de ser misturada com as outras acumuladas para a segunda-feira.

O jornalista está interessado em buscar notícias atuais, sejam elas “boas” ou “ruins”. Logo, tome cuidado

com o que você irá escrever ou falar para o jornalista. Ele não é seu amigo confidente.

Como se portar diante da imprensa Saber como falar e como se comportar diante da mídia é algo extremamente importante para a assessoria de

imprensa. Por isso, saber como agir em uma entrevista, ou até mesmo em uma conversa por telefone é fundamental

para um bom desenvolvimento do departamento de comunicação.

A forma de se comportar em uma entrevista pode parecer uma tarefa fácil, quando na verdade, não é.

Alguns cuidados importantes devem ser tomados ao se relacionar com a mídia.

1. Quando um repórter procurar algum membro da igreja para realizar uma reportagem, o assessor

deverá recepcionar o jornalista de forma amigável, fornecendo todos os dados possíveis para o corres-

pondente. Caso o assessor ou até mesmo o membro da instituição trate o repórter de forma grosseira, a

imagem da igreja estará prejudicada.

2. Todas as entrevistas, mesmo as que parecem não ter importância para a igreja, precisam ser

realizadas e tratadas da mesma forma. O entrevistado deve tratar da mesma forma o jornalista da revista

nacional e o repórter do jornal local. Isso faz com que a igreja ganhe respeito e credibilidade por parte dos

jornalistas.

3. O entrevistado deve sempre chegar no horário marcado. Atraso é sinal de irresponsabilidade. É

natural que imprevistos aconteçam, mas tomar cuidado com o horário é fundamental. Afinal, o jornalista

não tem tempo para ficar esperando durante horas.

4. O entrevistado não deve levar para a entrevista um discurso decorado. É importante que a entre-

vista seja uma conversa. O que se pode fazer é levar anotações dos temas que serão abordados em forma

de tópicos.

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70 | Pontes de Esperança

5. Sempre que possível, as respostas devem ser objetivas e curtas. Mas isso não significa que o entre-

vistado deve responder com palavras como “sim”, “talvez” ou “não”. Evite utilizar palavras muito técnicas

ou mesmo siglas que dificultem o entendimento.

6. Não se deve solicitar ao repórter que ele repita a resposta que acabou de ser fornecida. Por mais

que se queira saber se não haverá distorções, agir dessa forma pode soar como uma posição de descrédito

em relação ao trabalho do jornalista.

7. Ao dar entrevistas a veículos de comuicação o entrevistado deverá, sempre que possível, olhar

para o jornalista, buscando se mostrar interessado no assunto.

8. Conversas em veículos como rádio e televisão geralmente são rápidas. Por isso, responda às perguntas

de forma clara e objetiva.

9. Gesticulações exageradas devem ser evitadas, assim como interjeições do tipo “né”, “hamn”, entre ou-

tras. Roupas brilhantes ou que chamem muito a atenção são abomináveis.

10. O entrevistado não pode segurar o microfone da entrevista na mão (a menos que a conversa acon-

teça no estúdio e lhe seja fornecido um). Esse é o trabalho do repórter. Apenas responda de forma simples

e objetiva o que está sendo perguntado.

11. Às vezes é necessário fornecer ao jornalista algumas anotações para ajudá-lo a se lembrar durante a

entrevista, evitando assim informações incorretas.

Planejamento e check-list Um bom planejamento de assessoria de imprensa se divide em vários tópicos entre outros: apresentação,

objetivos, atividades e custos.

Apresentação: É preciso apresentar um breve resumo das tarefas a serem realizadas.

Objetivos: Definir as metas a serem alcançadas com o trabalho proposto.

Atividades: Descrever quais são as atividades que se pretende realizar durante todo o ano, como reformu-

lação do boletim da igreja, eventos, etc.

Custos: Quanto a igreja irá gastar com as atividades propostas.

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Comunicação externa | 71

Verificar:■ Relações de imprensa (mailing, lista de contatos atualizada);

■ Calendário de eventos e datas comemorativas para a Igreja Adventista do Sétimo Dia de cada mês;

■ Se as atividades realizadas durante o mês atingiram os objetivos propostos;

■ A imagem da igreja perante os veículos de comunicação.

Definir:■ Objetivos para o mês seguinte;

■ Cronograma básico mensal. Consiste em listar todos os eventos e atividades que serã realizadas no mês seguin-

te, com data, hora e local. Além disso, planejar como efetuar todas essas atividades, verificando vários fatores,

inclusive os custos.

Dicas de como trabalhar com a imprensa local

■ Um repórter interessa-se por uma só coisa: “Ele deseja fatos, uma reportagem, nada mais”.

■ Se não estiver seguro de um fato, diga ao repórter ou redator: “Não sei”, . Mas seja tão útil quanto puder

para seguir fatos.

■ Não escreva fantasias.

■ Não seja prolixo. Resuma sua reportagem.

■ Não escreva opiniões ou assuntos não fundamentados. Restrinja-se aos fatos.

■ Não se surpreenda se o redator recompuser sua reportagem. Este é o seu trabalho. Não questione

sua redação a não ser que ele tenha resultado numa falsa afirmação que exija correções absolutamente

necessárias.

■ Não tente “plantar” sua reportagem pela seção de anúncios. Os redatores de todas as partes desapro-

vam essa falta de ética.

■ Não pergunte ao editor por que seu artigo não foi publicado.

■ Continue a escrever. Faça o seu próximo artigo melhor que o último.

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72 | Pontes de Esperança

Gerenciamento de crises Em março de 2007, em uma de nossas igrejas, uma criança foi encontrada desacordada, vindo logo a fale-

cer. Enquanto nada se sabia ainda sobre o que, de fato, havia ocorrido, muitos depoimentos foram dados, muitas

reportagens foram feitas e versões surgiam a todo instante, que iam desde um acidente no tanque batismal até

rituais religiosos com sacrifício de crianças.

Durante esse período os membros da igreja local e toda a Igreja Adventista no Brasil e no mundo foram

afetados pelas notícias. Informações e declarações precisaram ser dadas sobre o assunto para a imprensa e para

a opinião pública. Esse foi um exemplo claro de uma situação de crise em que a comunicação precisou funcionar

como a principal ferramenta.

“O que se faz nas primeiras horas depois de um acidente marca para sempre a trajetória da companhia”,

afirmou David Barioni, Vice Presidente da Gol a revista Exame, em sua primeira entrevista sobre a gestão do epi-

sódio do voo da queda do Boeing 737-800, que fazia o voo 1907 (Manaus – Rio de Janeiro) e se chocou com um

jato Legacy. O episódio marcou para sempre a história da companhia. (Revista Exame, 22/03/2007, “Os 18 dias que

abalaram a Gol”).

Os exemplos acima mostram que nenhuma instituição está isenta de qualquer tipo de incidente desagra-

dável. Os riscos são os mesmos para todos. Dependendo da intensidade, os resultados podem ser devastadores.

Muitos acham que as crises “só acontecem com os outros” e acabam sendo pegos de surpresa por situa-

ções de extrema dificuldade.

Ter um plano de ação que envolve desde os procedimentos a serem tomados e a forma como lidar com a

imprensa é a melhor maneira de estar preparado para as complicações de uma crise.

O que são crises com a opinião pública? São todos os tipos de situação que podem direta ou indiretamente afetar a imagem de determinada insti-

tuição, não importa seu ramo de atividade, junto aos meios de comunicação ou mesmo junto a determinado grupo

formador de opinião específico. Quando a crise é bem gerenciada, geralmente não chega ao conhecimento dos meios

de comunicação formais (rádio, TV, jornais, revistas e sites de notícias).

As crises são repentinas e podem ser originadas por problemas internos ou de interferência externa. Exem-

plos de crises: crime envolvendo funcionários, acidentes, desastres ambientais, problemas de saúde pública, indeni-

zação por erros ou acidentes, etc.

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Comunicação externa | 73

Qual a dimensão destas crises? As crises com a opinião pública ocorrem em âmbito local, mas podem adquirir repercussão nacional ou até

internacional dependendo da gravidade do fato, dos envolvidos e da maneira como a crise é gerenciada.

Devido à expansão tecnológica na difusão de informação, um fato ocorrido em um distante povoado pode,

em minutos, ser de conhecimento mundial por meio das redes sociais e sites de Internet. Não se pode hoje despre-

zar qualquer meio de comunicação, incluindo blogs, microblogs, páginas de relacionamento, games, etc. É funda-

mental haver um monitoramento constante das informações sobre o caso.

Onde começam as crises? De modo geral, as crises com opinião pública podem ter duas origens:

A primeira delas é interna, ou seja, um problema ocorrido dentro da organização cujo gerenciamento não foi

bem realizado e se tornou público. Pode ser uma pessoa insatisfeita com alguma decisão institucional e que resolve

relatar seu desagrado publicamente, um acidente ou mesmo uma deficiência interna que chega ao conhecimento do

público em geral.

A outra origem é externa. Isto é, um fator fora da organização que a afeta e pode criar uma crise por expor

suas fragilidades. É o caso de uma lei, por exemplo, que se choca frontalmente com determinada atividade ou princí-

pio da organização ou mesmo oscilações econômicas ou sociais.

Qual a importância de gerenciar uma crise com a opinião pública?

O raciocínio é simples. Imagine se seu nome é incluído indevidamente em uma lista de serviço de prote-

ção ao crédito ou cadastro de inadimplência nacional. Você não está com dívidas, mas, por algum erro alheio, seu

nome é adicionado a esta listagem. Em cada loja que vai ou mesmo na hora de solicitar crédito a uma instituição

financeira você passa pela situação desagradável de ter seu nome “sujo” na praça. Há três coisas que ocorrem

imediatamente: constrangimento, associação de seu nome a algo ruim e perda de credibilidade. Seu nome é a sua

marca. O mesmo ocorre com qualquer tipo de organização seja com ou sem fins lucrativos.

Deixar de gerenciar uma crise com a opinião pública é permitir que o nome da instituição seja submetido a

constrangimento, associado a algum fato ou circunstância ruim e, por fim, que perca credibilidade junto ao público.

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74 | Pontes de Esperança

Em se tratando de uma instituição religiosa, a credibilidade é mais importante ainda, porque a missão e a própria

visão de igrejas ou religiões diversas estão ligadas a conceitos abstratos e intangíveis como bem-estar espiritual e

solidariedade.

Como se deve atuar objetivamente em caso de crise:

Membro de igreja ou servidor de uma instituição.

■ O membro de igreja deve imediatamente comunicar o fato ao pastor distrital;

■ O servidor da instituição deve comunicar imediatamente o fato ao chefe imediato;

■ Tanto funcionário quanto membro de igreja não devem dar entrevistas aos meios de comunicação – a melhor

orientação é encaminhar a demanda à assessoria de comunicação da instituição;

■ É recomendado não enviar a informação sobre o problema para um grande número de pessoas que não estão

diretamente envolvidas na solução do caso a fim de não aumentar a dimensão do problema;

Pastor distrital

■ Deve comunicar imediatamente a Associação/Missão;

■ Deve ajudar a resolver o problema internamente;

■ Não deve expandir a informação por outros meios;

■ Não deve dar entrevistas para os meios de comunicação – orientar a procurar a assessoria de comunicação;

■ Deve manter a calma e segurança dos membros.

Diretores de Comunicação de Associações, Missões, Uniões e Assessores de Comunicação

■ Devem acionar o Comitê de Gerenciamento de Crise;

■ Devem trabalhar para gerenciar o problema com a comunidade envolvida e com os meios de comunicação

(ações estratégicas).

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Comunicação externa | 75

Dicas úteis no gerenciamento prático com a opinião pública

■ Jamais se esconda ou esconda algo;

■ Não critique um ou outro meio de comunicação, por mais tendenciosos que alguns sejam;

■ Aja rápido, mas com prudência;

■ Informe somente o que for perguntado e não dê explicações em demasia;

■ Se possível e preferencialmente após o período agudo da crise, mostre o que a organização tem feito de bom

na área abalada pela crise;

■ Resolva o problema se for alguma deficiência interna;

■ Mantenha sempre um bom relacionamento com os meios de comunicação e não somente em épocas de crise;

■ Trate o caso no local em que ocorreu.

Pontos fortes e fracos Quão bem você conhece e compreende a organização? Sua estrutura, declaração de missão, história, de-

safios passados, presentes e futuros?

Embora estas questões pareçam óbvias, as respostas nem sempre são tão óbvias assim.

A menos que você verdadeiramente compreenda a organização, não saberá como responder aos desafios

em uma crise, quem de fato é sua audiência, ou o impacto potencial sobre sua organização.

Ainda que seja muito importante conhecer seus pontos fortes é ainda mais crucial conhecer sua estrutura

e áreas de vulnerabilidade. Conheça essas estruturas e trabalhe para corrigi-las.

Além de compreender os pontos fortes e débeis, é imperativo saber o que está acontecendo no mundo

religioso. Quais os desafios que outras denominações estão enfrentando? Provavelmente não estaremos imunes a

esses mesmo desafios por muito tempo. O que está acontecendo em nossa comunidade? No mundo dos negócios

e político onde trabalhamos? É importante ter uma visão geral do mundo que nos cerca, pôr em perspectiva nossos

pontos fortes e fracos.

Assim podemos avaliar nossa vulnerabilidade para uma crise. Há duas categorias de crises – a primeira pode

ser prevenida, a segunda não. Atente para as áreas vulneráveis em sua igreja, cuja crise pode ser prevenida, e passe

imediatamente a corrigir o problema com a Comissão da Igreja.

A melhor ação é a prevenção!

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76 | Pontes de Esperança

Mídia impressa O termo mídia quer dizer “meios”, com uma ligação direta aos meios de comunicação. Também é empre-

gado para designar a função do profissional de mídia, cujo trabalho é planejar, desenvolver e praticar a mídia nas

agências de publicidade.

Então podemos dizer que a mídia pode ser:

■ Meios de comunicação;

■ Veículos de comunicação;

■ Comunicação de massa;

■ Profissional que planeja a mídia.

Direcionando o olhar especificamente para o tema “mídia impressa”, ainda assim tem-se um leque de

opções onde a comunicação pode atuar, desenvolver seus trabalhos e conseguir bons resultados. Pode-se chamar

essas opções de veículos de comunicação, que são os seguintes: jornais, revistas, panfletos, folders, cartazes, ou-

tdoors, banners, faixas e qualquer outro meio impresso que se use para comunicar algo a alguém. Apesar desta

gama de opções, produzir material para mídia impressa, independente do veículo, segue geralmente um mesmo

caminho.

Quando se pretende comunicar algo ou divulgar uma ação ou evento, o meio impresso é uma ótima op-

ção, pois garante que as pessoas tenham o seu anúncio literalmente nas mãos, e não apenas a ouçam no rádio ou

assistindo na TV ou telão.

Mas para conseguir que o material impresso não seja descartado ou deixado de lado por outros assuntos

mais interessantes, a criatividade é fundamental. As ideias mais criativas nem sempre são as mais mirabolantes e

inovadoras, mas contém a informação bem trabalhada, arranjada de forma harmoniosa e esteticamente agradável.

Para conseguir esses resultados, siga os passos descritos a seguir:

1. Pensar fora do Computador – Tendo em mãos a informação em mãos do que precisa ser anunciado,

procure trabalhar a ideia antes de sentar-se à frente do computador. Hoje em dia, com a facilidade da informática,

acaba-se refém da mesma, desenvolvendo o trabalho diretamente na tela do computador, limitando-se aos recur-

sos dos programas, sem antes pensar no objetivo da sua comunicação e o resultado que se pretende obter.

2. Referências – As ideias não surgem do nada. Observe os impressos à sua volta. Revistas e jornais,

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Comunicação externa | 77

mesmo que velhos, podem servir como referência para o trabalho que se pretende desenvolver. Isso não quer dizer

que se deve copiar algo que já existe, mas usar esse material para aprender sobre questões como a harmonia dos

elementos (imagens, textos, tipos de letra etc.).

A maneira como esses elementos estão dispostos no espaço que ocupam; um determinado tipo de letra

para certos assuntos, combinações das cores, o estilo da diagramação, tudo isso pode servir como referência para

você começar a desenvolver o seu trabalho.

3. Seja consciente – Se algo chamou a atenção em alguma referência apenas porque “é legal” ou “bo-

nito”, saiba que somente esse argumento não é suficiente. Tente descobrir o porquê: Quais são os pontos fortes?

O que não agrada? O que agrada?

Aguçando esse senso crítico, poderá transferi-lo para os trabalhos que irá desenvolver, e torná-los mais

concisos e eficientes.

4. Papel e lápis – Apesar de o computador ser uma ótima ferramenta de trabalho e ter se tornado in-

dispensável hoje em dia, inicie seu trabalho numa folha de papel, fazendo esboços do que pretende produzir ou

diagramar.

Começando dessa forma, suas ideias fluirão mais rapidamente, e não ficará preso à chamada “primeira

ideia” que, geralmente, não é a melhor. Quanto mais se pensar no papel, menos tempo será gasto na frente do

computador e o trabalho sairá com melhores resultados.

Após essa parte introdutória para desenvolver o trabalho, as ideias com certeza estarão mais concretas e

coerentes na mente. Seguir esses passos pode parecer, a princípio, uma etapa longa, mas, com a prática isso vai

se tornar cada vez mais simples e natural, e o resultado obtido será sempre melhor. Agora, com a ideia pronta na

mente, chegou a hora de transferi-la para a tela.

5. Organizando os elementos – Para se produzir um anúncio, alguns elementos importantes a acom-

panham a ideia: textos, títulos, fotos, etc.

Para que esses elementos fiquem em destaque, é necessário distribuí-los de forma consciente no espaço

da página. A diagramação pode e deve ser usada de tal forma a guiar o olhar do le tor. E para conseguir isso da

melhor maneira, existem alguns pontos numa página que devem ser identificados:

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78 | Pontes de Esperança

Nossa leitura é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo, por isso a área 1 é considerada a prin-

cipal ou primária. A área 2 é considerada secundária, pois se trata de final de página, e é para lá que se dirige a visão

num segundo momento. As áreas 3 e 4 são consideradas mortas, mas podem ser usadas para conter informações

secundárias. A página possui dois centros: o centro geométrico, número 6 e o centro óptico, número 5. O centro ópti-

co é a área para a qual a visão converge em primeiro lugar, e é indicado para posicionar fotos e títulos que mereçam

destaque.

6. Imagens – Para valorizar o trabalho, recorre-se ao uso de imagens, sejam elas fotos, ilustrações ou mesmo

cliparts. Produzir suas próprias fotos ou ilustrações seria o ideal, mas nem sempre isso é possível. Pode-se recorrer, nesse

caso, aos bancos de imagens, tão comuns hoje em dia.

Entretanto, evite usar imagens ou cliparts muito comuns e que já foram muito usados anteriormente.

Pesquise um pouco mais, procure mais a fundo até encontrar alguma coisa inédita, mesmo que precise ser editada

para aplicação em seu trabalho.

7. Cores – Trabalhar com as cores certas ou conseguir uma boa harmonia delas às vezes parece uma ta-

refa difícil ou mesmo impossível. Existem estudos específicos sobre cores e sua utilização, sendo um material bem

extenso. Mas se você souber alguns pontos básicos sobre as cores, já pode conseguir ótimos resultados.

Para obtenção uma boa harmonia das cores (ou seja, qual cor “combina” melhor), pode-se usar três técnicas:

1. Monocromática - É a harmonia resultante de uma cor da roda das cores. As tonalidades podem mudar,

1. Área principal ou primária

2. Área secundária

3 e 4. Áreas mortas

5. Centro óptico

6. Centro geométrico

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Comunicação externa | 79mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.

2. Análoga - É a harmonia formada por uma cor primária combinada com duas cores vizinhas a ela na roda

das cores.

3. Complementar - É a harmonia que ocorre quando combinamos cores opostas na roda das cores.

Outro ponto interessante é que as cores transmitem determinadas sensações e impressões, a chamada

psicodinâmica das cores:

Branco: assepsia, pureza, limpeza, paz;

Preto: mal, morte, desconhecido, formalidade, elegância;

Vermelho: vitalidade, poder, positivismo, vigor;

Azul claro: frescor, leveza, repouso, espiritualidade;

Azul escuro: tristeza, melancolia, sonolência, profundidade;

Verde claro: natureza, vegetação, calma, esperança;

Verde escuro: veneno, umidade, decomposição, malignidade;

Violeta: luto, martírio, nobreza, misticismo;

Laranja: atenção, acidez, agressividade, perigo, alegria, vivacidade, agitação.

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80 | Pontes de Esperança

Preparando um impresso Ao desenvolver um impresso como um jornal mural, boletim ou um folder, os passos a seguir são extrema-

mente importantes para se conseguir um bom resultado:

Vá direto ao assunto. Crie textos curtos e objetivos. Se a quantidade de texto não cabe no espaço do seu

impresso, ao invés de reduzir o tamanho da letra, edite o texto. Leia o que está diagramando, muitas infor-

mações podem ser retiradas ou resumidas.

Crie um visual atraente. O aspecto visual deve chamar a atenção o suficiente para que as pessoas leiam o

que foi produzido.

Use letras do tamanho certo. O tamanho da fonte, ou corpo, deve ser proporcional ao tamanho

do seu impresso, permitindo uma boa leitura e visualização dos conteúdos.

Use uma fonte de boa legibilidade. Evite usar fontes fantasia (aquelas todas desenhadas e orna-

mentadas) ou com desenho muito rebuscado. Isso só torna a leitura mais difícil. Letras retas (sem

serifa) são as mais indicadas para títulos, e com serifas para o corpo do texto.

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Comunicação externa | 81

Use a cor certa. Evite cores muito suaves para títulos ou texto. Cores muito claras fazem seu texto

desaparecer. Da mesma forma, evite cores berrantes em longos períodos de texto. Isso vai apenas

afastar os leitores e causar grande desconforto visual.

Defina uma hierarquia visual. Deixe bem claro para o leitor em que ponto deve começar a leitura. Os

olhos são atraídos primeiramente para grandes elementos e só depois “procuram” elementos secundários.

Títulos devem ter peso maior que subtítulos. E subtítulos devem ser maiores que legendas e texto corrido.

O mesmo critério deve ser empregado para fotos e ilustrações.

Dicas importantes ■ Não ocupe todos os espaços vazios. Só porque uma página tem algum espaço não preenchido, isso não

quer dizer que deva ser ocupado por algum elemento. Se a página não ficar congestionada com um número

excessivo de elementos, a leitura da mesma será melhor e muito mais agradável.

■ Procure utilizar um número restrito de fontes para compor o trabalho. Dois tipos de fontes diferentes é o ideal.

■ Evite colocar textos sobre fotos ou ilustrações, principalmente se elas não apresentam um bom contraste

com a cor da fonte utilizada.

■ Evite o uso de degradês ou um “arco-íris” de cores. Um trabalho mais simples, de bom gosto, surte muito

mais resultado que algo completamente carregado.

Lembre-se: o menos é mais.

Check list ■ Antes de começar o seu trabalho, pense no que pretende fazer e esboce num papel o material que será

desenvolvido.

■ Busque referências em outros impressos, tais como revistas e jornais. Baseie-se nas boas ideias para gerar as suas.

■ Bom gosto e simplicidade são sempre a melhor forma de se conseguir um bom resultado.

Page 82: Guia comunicação pontes de esperança

82 | Pontes de Esperança

Mídia exterior, ao ar livre ou alternativa Mídia exterior é a denominação genérica dos meios de comunicação que expõe propaganda ao ar livre.

Pode também ser chamada mídia extensiva, mídia ao ar livre ou mídia alternativa. Estão visíveis a todos que pas-

sarem por elas, como exemplo, os outdoors.

Além do outdoor, outros “canais” também são mídias exteriores, tais como: busdoor (anúncios nas laterais

ou na traseira dos ônibus), empenas de prédios (faixas gigantes nas paredes externas dos prédios), mobiliários ur-

banos (placas em pontos de ônibus), banners, faixas, taxidoor ou cardoor (anúncios no teto ou no vidro traseiro),

envelopamento de veículo (veículo totalmente adesivado), etc.

Se pararmos para enumerar todos, a lista se tornaria imensa. Mas o propósito dessa pequena lista é ape-

nas mostrar que muitas coisas que observamos no dia a dia e que fazem parte do cotidiano de muitos, são ótimos

meios que podem ser usados e aplicados para os mais diversos propósitos da comunicação.

Alguns desses meios, ou mídias, fogem do convencional e, por causa disso podem ter um impacto maior

sobre o leitor justamente por se tratarem de algo inusitado, o qual as pessoas não estão acostumadas a ver. É a

chamada mídia alternativa.

E o que é a mídia alternativa? É toda forma de comunicar ou veicular uma informação ou mensagem fora

das mídias convencionais.

Com a mídia alternativa, podem ser feitas campanhas com grande impacto, com baixo custo de produção,

em alguns casos.

Adesivos no chão, no teto e nas paredes. Móbiles pendurados, balões de ar ou gás, dirigíveis, peças de roupas,

lugares inusitados para fixação de anúncios. Tudo isso é considerado mídia alternativa.

Para trabalhar com mídia alternativa, basta apenas procurar a melhor forma de levar a sua informação

para as pessoas que precisam recebê-la, fora dos canais convencionais. Fazendo isso, o impacto e fixação da infor-

mação serão muito maiores que nos meios habitualmente usados.

Se a mídia alternativa é tão eficaz, porque não usar apenas ela? Não há nenhuma regra que dite com quais

mídias se deve comunicar ou veicular uma campanha.

Para obter a resposta mais correta para isso, basta apenas planejar suas ações e pensar de que maneira a in-

formação que precisa ser passada alcançaria um maior impacto e ficaria gravada mais facilmente na mente do leitor.

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Comunicação externa | 83

Ao se fazer este planejamento, que é um planejamento de mídia, percebe-se que quanto mais variadas fo-

rem as ações e diversificados os meios de comunicar ao seu público, maiores são as chances de se conseguir bons

resultados e respostas à comunicação.

Seja trabalhando com mídia alternativa, mídia impressa ou mídia exterior (e até mesmo com todas elas de

forma integrada para a mesma campanha), o resultado final para ser positivo vai depender unicamente da forma

como foram construídas essas informações, baseando-se na criatividade, bom gosto e senso crítico.

Os passos para essa construção baseiam-se naqueles descritos no na seção mídia impressa. Mas pode-se

fazer algo a mais para que o trabalho saia o mais perfeito possível.

Conhecimento

A primeira coisa a fazer para utilizar ou não determinadas mídias é saber o que se quer comunicar, com quê

e como quer transmitir essas informações. Fazendo esse planejamento, a decisão quanto a qual caminho seguir, ou

que mídia usar, torna-se quase que natural.

Com essas informações em mãos, procure os fornecedores para a produção do material necessário, estipu-

lado no planejamento. Ao entrar em contato com esses fornecedores, pergunte a eles sobre possíveis alternativas

para sua campanha. Converse sobre materiais, formatos, durabilidade, facilidade de aplicação e transporte do que

se pretende fazer.

Os fornecedores sempre têm novidades de mercado para oferecer, com soluções diferentes e inovadoras

que podem agregar valor à sua campanha.

Arrojo Não se limite a fazer o que todos já fazem. Um cartaz no mural, folhetos e boletins informativos já se tor-

naram tão corriqueiros que, muitas vezes, a informação contida nesses meios, acaba passando despercebida pela

maioria das pessoas e esquecida pelo restante.

Inove! Pense em algo que possa até mesmo chocar (de uma forma positiva, claro), surpreender. Sair do

convencional, mesmo numa mídia exterior, é a melhor forma de se fazer presente

com a informação que se pretende passar. Mas não esqueça: essa informação estará representando a Igreja.

Page 84: Guia comunicação pontes de esperança

84 | Pontes de Esperança

Check list

■ Planeje suas ações e pense quais serão os melhores caminhos para que se colham bons resultados.

■ Converse com os fornecedores e discuta suas ideias. Questione sobre formatos e tipos de arquivos para a

produção.

■ Inove sempre.

■ O fazer diferente e o seguir por caminhos alternativos e inusitados, geralmente trazem bons resultados.

Page 85: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas

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86 | Pontes de Esperança

Visitar as autoridades é de suma importância para a igreja, visto que geralmente ela é pouco conhecida por

tais pessoas e, muitas vezes, é confundida com mais uma igreja evangélica.

Manter boas relações com as autoridades facilitam a apresentação de projetos governamentais ou fazer

alianças com o governo para a realização de projetos da igreja.

A visita a autoridades implica em planejamento, ter paciência e perseverança para conseguir ser recebido.

Muitas vezes, as autoridades não conhecem a igreja e assim não julgam necessários nos receber.

As visitas não devem se restringir às autoridades governamentais, mas também a outras pessoas, dire-

tores de meios de comunicação, gerentes de empresas, líderes formadores de opinião, etc.

Cumprimentos protocolares O ideal é pedir uma audiência para cumprimento protocolar, quando este é o motivo, as autoridades estão

mais dispostas a conceder a audiência. É importante que a primeira visita não seja para pedir algo ou para solucio-

nar algum problema. As pessoas estarão mais dispostas a nos ajudar se já nos conhecerem e à igreja.

I. Objetivos: Os objetivos para uma visita são:

1. Cumprimento: A Igreja cumprimenta as autoridades.

2. Tornar a Igreja conhecida: Visto que muitas autoridades desconhecem a Igreja e todas as suas atividades,

especialmente as que dizem respeito ao apoio social, é importante tornar conhecido o funcionamento de suas

atividades.

3. Oferecer os serviços da Igreja: É importante ao se visitar uma autoridade oferecer alguns serviços em favor

da comunidade, os quais podem ser realizados pelos Desbravadores, pelos jovens, ASA, colégios e outros.

Além do mais, muitas entidades governamentais lidam com alguns recursos para os projetos comunitários que

a Igreja pode aproveitar.

4. Aproximar-se da autoridade: É importante dar-se a conhecer às autoridades e conseguir certa proximidade

pessoal, preocupando-se por alguma situação pessoal que pode ter-se abatido sobre elas (enfermidade, proble-

mas familiares, etc.).

5. Orar pela autoridade: É importante considerar que as autoridades devem conhecer a mensagem, visto que

também necessitam de salvação e de nossas orações.

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Relações Públicas | 87

II. Quando Realizar a Visita: Há certas ocasiões mais propícias para realizar a visita.

1. Quando a autoridade é empossada: Sempre que uma autoridade é empossada deseja um tempo para rece-

ber os cumprimentos protocolares e essa é uma boa oportunidade para fazer a primeira aproximação.

2. Quando se chega a determinado lugar: Quando um pastor assume um novo distrito ou é nomeado um novo

administrador do campo, será bom visitar as autoridades e apresentar-se como autoridades da Igreja Adventis-

ta do Sétimo Dia.

3. Um plano especial: Quando a igreja tem algum plano ou programa especial que seria bom dar a conhecer

à autoridade, será propício fazer a visitar e informá-la do plano. Ainda, caso haja o desejo de que a autoridade

esteja presente ao evento, o melhor para conseguir isso será fazendo uma visita a seu escritório, convidando-a

pessoalmente.

4. Uma situação especial: Quando a igreja passa por alguma situação problemática e que necessita da ajuda da

autoridade para resolvê-la ou para executar alguma atividade, será bom fazer uma visita pessoal para solicitar

o apoio. Mas essa visita deve ser feita caso a autoridade já nos conheça. Não é bom fazer a visita pela primeira

vez e já solicitar ajuda. Dificilmente seremos apoiados se não formos conhecidos.

5. Datas ou acontecimentos especiais: Será bom visitar as autoridades quando sua instituição estiver fazendo

aniversário, no Dia Pátrio, no aniversário da autoridade, etc. Também quando ocorra um evento relevante, al-

gum feito especial ou alguma tragédia lhes aconteceu.

III.- Como Realizar a Visita: 1. Agendar junto ao chefe de gabinete ou à secretária: Para conseguir a visita, deve-se primeiro contatar, por

telefone ou correio eletrônico, o chefe de gabinete ou a secretária, ou ainda a pessoa encarregada da agenda

das audiências. Deve-se explicar que determinada autoridade da Igreja Adventista do Sétimo Dia deseja realizar

uma visita protocolar. Deve ficar claro que uma autoridade eclesiástica deseja visitar outra autoridade.

2. Confirmar a audiência: Uma vez obtido o dia e a hora da visita, será bom no dia anterior telefonar para con-

firmar o encontro a fim de evitar mudanças de última hora e ainda, dá seriedade à visita.

3. Levar presentes: Com antecedência, devem ser preparados os presentes que serão entregues à autoridade.

Não deve faltar o Livro Missionário e a revista Esperança Viva, e alguma outra de nossas publicações, especial-

mente relacionada com a atividade da autoridade. O ideal é que alguns dos livros contenha uma dedicatória

para que fique como lembrança da visita.

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88 | Pontes de Esperança

4. Ter paciência: Ao visitar uma autoridade deve-se reservar um tempo apropriado visto que, muitas vezes, de-

vido à agenda da autoridade há demora para o atendimento e assim há que ser paciente. Porém, deve-se ter o

cuidado de chegar com alguns minutos de antecedência o que mostra respeito pela autoridade. 5. Vestimenta:

Ser cuidadoso com a vestimenta. A primeira impressão que damos à autoridade é muito importante. O melhor

é o traje formal, roupa bem passada, sapatos lustrados, cabelo bem arrumado, tudo bem combinado, etc.

5. Informação sobre a autoridade: Antes de efetuar a visita, é importante obter o máximo de informação possí-

vel sobre a autoridade, como por exemplo: partido político, casado, solteiro, divorciado, convive com os filhos,

há quantos anos exerce o cargo, conhecimento e atividades prévias com a igreja, etc. Tudo isso nos dará maior

segurança ao conversarmos e poderá nos ajudar a iniciar o diálogo.

IV. Esquema da Visita: Assim que vocês forem introduzidos à presença da autoridade, será bom seguir uma de-

terminada ordem, se possível.

1. Cumprimento: A autoridade deve ser cumprimentada pelo nome, usando o título de senhor, salvo no caso

do presidente da república, quando deve ser utilizado o título Vossa Excelência, ou também mencionando o

cargo. Um dos visitantes deve apresentar os demais referindo-se ao cargo que ocupam, começando pela maior

autoridade da igreja, presente.

2. Entrega do cartão: Será bom, ao se apresentarem, entregar um cartão de visita à autoridade para que possa

lembrar-se do nome.

3. Introdução:

a) Agradecer a recepção: Em primeiro lugar, agradecer à autoridade por os estar recebendo, por abrir espa-

ço na agenda para vocês.

b) Ver que a autoridade fale de si mesma: Fazer-lhe algumas perguntas que permitirão à autoridade falar

de si mesmo e isso é muito bom.

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Relações Públicas | 89

c) Descobrir o que ela já conhece da Igreja: perguntar se conhece algo a respeito da Igreja Adventista e, caso

não saiba muito, explicar os itens principais.

4. Desenvolvimento:

a) Expor o objetivo da visita: Imediatamente depois dos cumprimentos e da introdução, assim que a autori-

dade o permitir, deve-se apresentar diretamente o motivo da visita, salvo se a autoridade prolongar a intro-

dução. Expor o motivo da visita, se for protocolar, dizer que vieram para cumprimentá-lo, especialmente se

tiver recém-assumido o cargo, e felicitá-lo. Caso seja a autoridade da IASD que acaba de assumir seu cargo,

dizer que vem para se apresentar e colocar-se às ordens no que puder ajudar. Se a visita tiver um motivo

especial, este deve ser exposto com clareza, com todos os dados necessários disponíveis e tentando obter

da autoridade uma definição a respeito da situação e a tomada de decisão.

b) Dar a conhecer a Igreja: Se a introdução não se aprofundou a respeito da Igreja, este é o momento para

fazê-lo, especialmente da igreja do território, ressaltando as ações educacionais e sociais realizadas. As auto-

ridades têm interesse nisso. Deve-se apresentar cifras, visto que muitas vezes as autoridades solicitam dados

como: número de igrejas, membros, escolas, etc. nesse território.

c) Oferecer os serviços da Igreja: Um aspecto importante para as autoridades é conhecer no que a Igreja

pode ajudar nas suas tarefas, incluindo explorar a possibilidade de apresentar projetos e obter recursos para

ações sociais.

d) Ouvir a autoridade: Muitas vezes a autoridade comenta seus projetos, inquietações ou desafios. Aí pode-

mos descobrir alguns aspectos nos quais a Igreja pode cooperar.

5. Conclusão:

a) Concretizar compromissos e recapitular: Finda a reunião, será bom repassar os compromissos feitos,

quer pela autoridade ou pelos visitantes da Igreja, e perguntar quem é o responsável por concretizar a pro-

posta da autoridade.

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90 | Pontes de Esperança

b) Agradecer à autoridade: Sempre reiterar o agradecimento pelo tempo que foi dedicado e a gentileza de

nos receber.

c) Entregar o presente: Nesse momento devem ser entregues os obséquios trazidos para a autoridade.

d) Fotografia: É sempre importante tirar uma foto com a autoridade para que seja publicada em uma notícia

para a web. Pode-se pedir a uma secretária ou pessoas da imprensa, no escritório da autoridade, ou levar

alguém para tirar as fotos. Será bom, ao tirar a fotografia ver que a autoridade tenha nas mãos o obséquio,

especialmente a revista Esperança Viva ou o livro missionário.

e) Orar: Sempre será oportuno orar pela autoridade. Eles ficam agradecidos por esse gesto e, até mesmo,

alguns se emocionam.

f) Despedida: Depois de orar, despedir-se da autoridade e de seus colaboradores e sair.

6. Conselhos durante visita:

a) Sentar-se no lugar indicado pela autoridade: Ao entrar em um lugar de reunião, esperar o convite da au-

toridade e sentar-se no lugar por ela indicado. Caso vocês sejam introduzidos no recinto antes da autoridade,

perguntar a quem de direito, onde deverão se sentar.

b) Ordem ao tomarem o assento: Deve-se ter cuidado de que a autoridade principal da Igreja se assente

mais próximo da autoridade.

c) Estar atentos para não interromper a autoridade: Quando a autoridade estiver falando, não é próprio

interrompe-la, salvo se fizer alguma pergunta de que devamos responder ou se tivermos um comentário

muito oportuno.

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Relações Públicas | 91

d) Cuidar com a linguagem: Quando estivermos falando com a autoridade, deve-se cuidar para não utilizar

linguagem denominacional que poderá ser incompreensível para a autoridade. Ao apresentar a Igreja à auto-

ridade, os termos Divisão, União, Associação, Missão, Campo devem ser adequados para que as autoridades

os entendam e qual é a jurisdição territorial que a autoridade da Igreja representa. Exemplo: O Presidente

de Divisão Sul-Americana deve ser apresentado como o Presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para

a América do Sul.

e) Ter cuidado com os comentários: Deve-se ter cuidado com os comentários que fazemos e que poderão

ofender à autoridade ou à comunidade que ela representa. Para evitar essa situação, é melhor obter o maior

número possível de informações a respeito da autoridade.

f) Não se delongar desnecessariamente: As autoridades são pessoas muito ocupadas e assim buscam otimi-

zar seu tempo. Portanto, a visita deve ser bem pontual, visto que do contrário, alguns pontos importantes

poderão deixar de ser tratados. Deve-se também levar em conta que, às vezes, a autoridade se alonga e,

nesse caso, não há necessidade de preocupação, pois nesse contexto ela aprofunda o relacionamento e os

laços de amizade.

V. Conselhos para Depois da Visita: Ao deixar o escritório da autoridade, deve-se considerar alguns conselhos

para que as portas permaneçam abertas para a continuidade do relacionamento com a autoridade.

1. Agradecer à secretária ou ao Chefe de Gabinete: Não se deve esquecer que a pessoa que agendou a audi-

ência é a porta de entrada para a autoridade e assim ao se retirar, deve-se agradecer à pessoa que conseguiu

a audiência e manter contato com ela. É bom deixar-lhe um presente e nosso cartão de visita pois, no futuro,

se necessário, poderá entrar em contato conosco.

2. Cumprir as solicitações ou requerimentos: Se nos comprometemos em algo com a autoridade, não deve-

mos deixar de cumprir, pois isso irá fechar as portas para solicitações posteriores.

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92 | Pontes de Esperança

3. Manter contato com a autoridade. É bom buscar manter relacionamento com a autoridade. Caso a en-

contre em algum lugar, vá cumprimentá-la, lembrando-a de quem você é e da visita que fez, a fim de ajudá-la

a identificá-lo e, desta forma, você passe a ser-lhe um conhecido. Não se esqueça de lhe enviar um cartão

de cumprimentos pelo seu aniversário, pelo aniversário da instituição, cartão natalino e de Ano Novo, etc.

4. Convites à autoridade: Não se esqueça de convidar a autoridade para algum evento realizado pela igreja.

Isso permitirá à autoridade nos conhecer melhor e a nós, formar laços de amizade com ela.

Noções de cerimonial

Definição O dicionário Aurélio define cerimonial como “cerimônia religiosa” e evento como um “acontecimento”. Ceri-

monial é, também, o “conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou festa pública”, assim como “o

setor administrativo a que elas estão afeitas” – Apesar de a palavra “etiqueta” também ser apresentada pelo Aurélio

como um dos significados de cerimônia, ela possui inúmeras outras facetas e direcionamentos que iremos tratar ao

final deste capítulo.

Apresentação O conhecimento de cerimonial nunca teve tanta importância como nos dias atuais, pois é uma arte com

filosofia e normas de conduta desenvolvida ao longo dos séculos. Seu formalismo e hierarquia não são estáticos e

sem vida; evoluem constantemente.

Todo evento, oficial ou não oficial, segue uma programação constituída por um conjunto de itens e forma-

lidades. Tratando-se de cerimonial de casamento, de ato religioso ou de uma festa comemorativa corporativa, é o

cerimonial que determina a sequência dos acontecimentos.

De acordo com o embaixador Augusto Estellita Lins “cerimonial é fenômeno profundo, no qual se estriba

todo o comportamento social dos participantes de um evento”.

CERIMONIAL é, acima de tudo, bom senso e bom berço – educação, flexibilidade, paciência, cordialidade e

outros requisitos mais. Daí dizer-se que cerimonial nos dá uma nova visão do todo, da organização geral em todos

os níveis de convivência e relacionamentos ou detalhes do cotidiano.

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Os códigos de comportamento têm passado de geração para geração, sofrendo modificações naturais de

qualquer processo evolutivo. Um dos principais focos aponta para a criatividade, a ética e a competência no que

fazemos – ESMERO.

Objetivos Dar ordem e dignidade aos eventos e evitar constrangimento entre as partes participantes.

Cerimonial e protocolo Como muitos fazem confusão, é bom esclarecer: o protocolo é considerado a NORMA e o cerimonial a

FORMA. Protocolo é a codificação, ampliação e supervisão das regras do cerimonial.

A postura cerimonialística moderna prega a SIMPLICIDADE, a ESPONTANEIDADE, a PRATICIDADE e a OBJE-

TIVIDADE das nossas atitudes, que devem ser sempre coerentes com o contexto ao qual estamos inseridos.

Ainda segundo o embaixador Augusto Estellita Lins “No cerimonial atual, podemos decretar a simplicidade

no comer, beber e vestir sem fazer, porém, concessões à vulgaridade”.

Funções do cerimonial

■ Organização: disciplina as relações de modo geral entre as pessoas.

■ Ordenação: estabelece o respeito à ordem instituída na família, nas relações sociais,

políticas e institucionais.

■ Hierarquização: estabelece a precedência, ou seja, respeita a hierarquia.

■ Perpetuação e tradições: estilo e requinte nos atos simples da vida humana, tais como: inaugurações, pos-

ses, casamentos, etc.

■ Semiológica: utiliza imagens relacionadas a gestos, vestuários, ritos, etc.,

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94 | Pontes de Esperança

respeitando a linguagem adequada a cada situação, as formas de tratamento, de cortesia às

expressões oficiais, diplomáticas e afins.

■ Política: facilita as relações entre poderes e hierarquias; evita disputas de poder, de

conflitos, de prestígios e até de valores subjetivos como a vaidade e a futilidade.

■ Comunitária: harmoniza as relações entre grupos ou conjuntos sociais.

■ Legislativa: legaliza as regras e normas do cerimonial oficial no país e as de reciprocidade internacional.

■ Estética: dá harmonia, beleza às ações e aspectos do ato.

■ Educativa: instrumento pedagógico por excelência; prega o convívio e a preservação

da tradição e da história.

Cinco aspectos básicos de um evento Para Gilda Fleury Meireles “evento é um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunica-

ção dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem das organizações, produtos, serviços, ideias

e pessoas, por meio de um acontecimento previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a

aproximação entre os participantes, quer seja física, quer seja por meio de recursos da tecnologia”.

Em eventos e cerimoniais devemos estar preparados para o previsível, porém mais aptos para adminis-

trarmos o imprevisível. O profissional de eventos deverá encarar seu trabalho com muita responsabilidade, pois

existem vários aspectos envolvidos na execução do evento.

Os eventos se caracterizam por cinco aspectos básicos: porte, data/período, perfil, objetivos e o tipo/espé-

cie. Conceitualmente, entende-se:

1. PORTE: Pequeno: até 200 participantes;

Médio: entre 200 e 500 participantes;

Grande: acima de 500 participantes;

Mega Evento: multidões.

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2. DATA/PERÍODO: Fixas: correspondem normalmente aos eventos religiosos e cívicos;

Flexíveis: segundo conveniência.

3. PERFIL/CLIENTELA: Geral: todo tipo de público;

Dirigido: público que possui afinidade com o evento;

Específico: público claramente definido, identificação com o assunto.

4. OBJETIVO: Pode ser científico, cultural, político, comercial, artístico, religioso, esportivo, etc.

5. TIPO/ESPÉCIE: Cada atividade tem um nome específico.

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96 | Pontes de Esperança

Glossário Básico de Tipo/Espécie de Eventos

ConferênciaApresentação de um especialista sobre determinado assunto, objetivando aprofundar um tema específico,

sem que necessáriamente haja debate. Costuma integrar congressos e seminários. Exceção: conferências

nacionais e regionais de governo são, na verdade, conclaves ou congressos.

CongressoProgramação centrada em determinada área do conhecimento, com objetivo de atualização, divulgação ou

transferência de técnicas e novos conhecimentos. Público diverso: estudantes, professores, executivos, etc.

ConvençãoFunciona como um congresso, mas há um maior vínculo entre os participantes. Exemplo: convenção de ven-

das de uma determinada empresa.

SeminárioÉ um congresso de pequeno porte.

DebateDiscussão entre dois ou mais oradores que defendem opiniões divergentes, tendo caráter mais emocional.

O público pode ou não participar. Exemplo: Debate político.

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SimpósioCaracterística de seminário, porém o moderador não interfere. Destinado à apresentação de inovações tecno-

lógicas, pesquisas e experiências. Ele é prático, simples, de pequeno porte e de curta duração. Exemplo: simpó-

sios de medicamentos de determinada indústria farmacêutica.

WorkshopÉ um treinamento, em que há discussões de casos práticos e participação intensa do público. Destina-se a

grupos pequenos e tem como objetivo aprofundar sem tema específico.

ColóquioReunião fechada a credenciados de instituições, categorias ou grupos sociais, para debate de tema de inte-

resse comum, agendado e aprovado com antecedência pelos participantes.

FórumReunião menos formal, em que ocorre um livre debate de ideias com interação maior entre o público e o

palestrante. Exemplo: fórum de discussão sobre a leis da vigilância sanitária.

EncontroMuito utilizado no campo das ciências humanas e sociais, tem como objetivo a exposição de trabalhos, estu-

dos e experiências relevantes ao desenvolvimento dessas áreas do conhecimento.

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98 | Pontes de Esperança

JornadaReunião de profissionais destinada a determinada área do conhecimento, visando ao treinamento prático

de algum assunto, mediante a utilização de técnicas de dramatização, simulação de casos, dinâmicas, etc.

FeiraSemelhante a exposição ou a salão (Salão do Automóvel, por exemplo). Pode ser de pequeno, médio e

grande porte e geralmente está acompanhada de parte científica (seminário, congresso, etc.)

Mesa redondaReuniões de pequenos grupos compostos por conhecedores de um determinado tema, com troca de opi-

niões, esclarecimentos e conhecimentos. Normalmente há um moderador para dinamizar as exposições e

controlar o tempo. Ao final é aberto um debate entre os próprios expositores, com possível participação do

público.

ComícioGrande ajuntamento de pessoas, antigamente com shows destinado à promoção de candidatos em disputa

por mandato eletivo.

PainelAlguns o colocam como um tipo de evento ou como parte integrante de um seminário.

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OutrosAlguns tipos de eventos, como: almoço, jantar, entrevista coletiva, posses, transmissões de cargos, inaugura-

ções, assinaturas de atos, entrega de condecorações, etc.

Procedimentos da organização1. Para cada evento se deve montar um kit para a equipe de apoio, a fim de informá-la sobre a programação,

quem são os coordenadores, as autoridades, os palestrantes, e demais informações necessárias à realiza-

ção do evento.

2. Realizar reunião prévia antes do evento (dia antes ou horas antes do início) com toda a equipe envolvida

para repasse de informações e kit do evento.

3. Definir vestimenta ou uniforme para a equipe.

Modelo de kit do evento para equipe de apoio

1. Programação do evento ou folder que contenha a programação;

2. Bloco de anotações e caneta;

3. Lista de contatos (função, nome e telefone celular, de preferência) dos envolvidos: coordenação, recepção,

serviço de áudio-visual, serviço médico, serviço de táxi e “SAMU”;

4. Descritivo das funções de cada área, equipe do auditório, equipe da secretaria, equipe das atividades so-

ciais/culturais, etc.;

5. Horários de trabalho;

6. Informações sobre alimentação ou horário destacado para a alimentação;

7. Informações gerais sobre o evento. Em caso de dúvida os participantes deverão recorrer à equipe de apoio

para saná-las.

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100 | Pontes de Esperança

Dicas importantes■ Faça reconhecimento dos locais do evento, tais como: auditórios e plenários, banheiros, serviço médico,

área de alimentação dentre outros. Preste muita atenção, pois sua equipe é responsável pela boa condução

do evento;

■ Em hipótese alguma diga ao participante “não sei!” Diga que vai averiguar ou indique alguém da coordena-

ção/organização para responder;

■ Conversas paralelas e comentários que não se refiram ao evento devem ser evitados;

■ Ao falar com o participante, coordenador, organizador, palestrante ou colega, preste atenção ao que ele

necessita, não dispersando o olhar;

■ Mantenha-se informado sobre eventuais mudanças de horário, local e outras referentes ao evento;

■ Quando precisar se ausentar do recinto para idas ao toalete ou outros motivos, avise ao companheiro de

equipe e procure não demorar;

■ Cabelos compridos soltos ficam mais bonitos, mas se o seu trabalho no evento inclui fazer atendimentos

ás autoridades que estejam sentadas é conveniente que eles estejam presos, a fim de não encostá-los na face

dessas pessoas;

■ Mantenha um folder, bloco de rascunho e caneta consigo para informações e recados;

■ Todas as informações recebidas deverão ser guardadas e repassadas à coordenação para relatoria das

atividades. Caso alterações na programação ou atividades relacionadas ao evento sejam recebidas por pes-

soas que não façam parte da coordenação, cheque se a informação procede.

■ Respeite os horários de chegada e saída do evento.

Dicas para equipe de secretaria■ Organizar listas de presenças, listas de etiquetas para o crachá e material do participante;

■ Caso não haja computador na secretaria, deixar uma caneta para fazer crachás de novos inscritos;

■ Uma secretaria sempre organizada mostra ao participante zelo para com o evento;

■ Deixar sempre programações extras à disposição;

■ Manter lista de contatos atualizada para auxiliar os participantes;

■ Organizar o atendimento para que o participante entenda o funcionamento da secretaria;

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■ Não guarde objetos pessoais de participantes sem comunicar a equipe. Identifique o objeto com nome e

número do celular do proprietário. Nunca deixe a secretaria sozinha; organize-se em revezamento;

■ Definir horário de atendimento.

Dicas para equipe de auditório■ Manter consigo o kit do evento;

■ Registrar em formulário próprio, ou no bloco de rascunho, o horário de início e término de cada palestra ou

painel, mudanças na apresentação, mudanças na programação, problemas operacionais, etc.;

■ Apresentar-se ao palestrante, informar sobre os procedimentos da palestra, definir o formato do debate e

deixar claro que você será a ponte entre ele e o apoio do evento;

■ Não leve materiais de leitura que possam afastar sua percepção dos acontecimentos do auditório;

Convites Devem conter os elementos básicos, que são os seguntes: quem convida, tipo de evento, menção

de presença de alguma personalidade, local, data, hora. Se for o caso, indicar que é intransferível.

Pedir confirmação R.S.V.P., que é a abreviação de Répondez S’il Vous Plaît, uma expressão francesa, que,

traduzida para o português significa, “Responda, por favor”. Abreviação muito utilizada em convites de grandes

eventos para a confirmação da presença dos convidados para um melhor planejamento.

A entrega deve ser feita com antecedência de dez dias para os convites formais, e para os menos formais,

oito dias, por meio de: entrega direta, oficio ou correio. Para as autoridades, o convite impresso deve ser enviado

acompanhado de um ofício. Os convites formais devem usar o termo “honra” e os menos formais: “prazer”.

Atividades sugestivas Todos nós, membros da igreja, não importando a escolaridade ou a situação social, mostramos em nosso

relacionamento diário uma imagem positiva ou negativa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

O Departamento de Comunicação poderá organizar ou promover as diversas atividades desenvolvidas pela

igreja com o objetivo de relacionar-se com a comunidade não adventista.

A fim de divulgar o nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sua filosofia e seus princípios de vida à comuni-

dade, seguem abaixo algumas ações que poderão ser desenvolvidas em parceria com outros departamentos da igreja:

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102 | Pontes de Esperança

Exposições Por meio de convênio de algum Centro Universitário Adventista ou biblioteca regional, promova expo-

sições, das atividades da ADRA, Escola Adventista, coleções de fotografias, pinturas, trabalhos de artesanato,

artigo de coleção, artigos raros, peças de arqueologia, coleção de Bíblias, etc. Essas são algumas ideias que

podem ser complementadas com palestras de especialistas e filmes.

Encontros musicais Periodicamente, em conjunto com o Departamento de Música realize uma apresentação musical de exce-

lente qualidade, com músicos da igreja local ou convidados.

Se possível realize em auditório, preparando convite impresso e convidando pessoalmente as autoridades

e familiares. O programa deverá começar na hora marcada e ter aproximadamente uma hora e meia de duração.

Culto de ação de graças Em alguns países, convencionou-se dedicar a quarta quinta-feira do mês de novembro como “Dia de Ação

de Graças”. Trata-se de um culto público com convites às autoridades e ao público em geral, no qual se louva ao

Senhor por bênçãos e proteção.

Considerando as adversidades que se abatem aqui e ali, a vida e a saúde são dádivas que merecem grati-

dão. O programa deve ser atraente, com a duração de uma hora e quinze minutos, no máximo. Esse culto tem o

objetivo de lembrar ao público e autoridades as dádivas de nosso Pai Celeste. Um convite deve ser preparado com

os objetivos do culto.

Visitas a hospitais No silêncio do ambiente, nos momentos difíceis de enfermidade, as pessoas encontram tempo para refle-

xão, o que nem sempre tiveram antes. Nesses períodos, o homem se torna mais interessado em receber algo que

lhe possa trazer conforto.

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Relações Públicas | 103

Visita a cemitérios No “Dia de Finados” um grupo jovens ou coral da igreja pode estar em algum local de grande circulação

cantando hinos de conforto e entregar cartões com uma pequena mensagem de esperança.

Apresentações públicas por

ocasião da páscoa e natal O departamento de Música poderá preparar uma cantata ou elaborar um repertório com hinos alusivos à

ocasião. As apresentações podem ser ao ar livre, em praças públicas ou em centros comerciais, fazendo os devidos

arranjos administrativos com antecedência.

É um momento de louvar e distribuir alguma literatura de esperança e paz.

Aniversários de instituições públicas ou veículos de comunicação

Pesquisar as datas de aniversários e enviar mensagem de agradecimento pelos serviços prestados felici-

tando essas organizações por sua existência.

Aniversário da cidade Enviar mensagem ao prefeito e ao presidente da Câmara. A mensagem deve ser simples, direta, sem pre-

âmbulos, na forma de comunicação oficial.

Inauguração de obras públicas Por ocasião inauguração de importantes obras públicas de relevante valor social, também é adequado

enviar ao prefeito uma mensagem de congratulações. Esse tipo de manifestação demonstra que a Igreja Adven-

tista está presente e é participante dos acontecimentos importantes do Município.

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104 | Pontes de Esperança

Eleição, nomeação ou posse

de autoridades Devemos ser bastante cuidadosos, mas quando as circunstâncias forem favoráveis, poderemos enviar

mensagem de congratulações às autoridades por sua eleição, nomeação e posse em cargos públicos de relevância.

Trata-se de uma demonstração de respeito e apreço.

Mensagem alusiva a datas cívicas Esses fatos transcendentais marcam a vida nacional e merecem respeito de todos os cidadãos. Deveríamos

enviar mensagens às autoridades da região onde está localizada a igreja.

Essas mensagens criam ou desenvolvem simpatia e respeito para com a nossa igreja ou instituição. Muitas

vezes, a Igreja Adventista permanece no anonimato por falta de comunicação.

Revista Esperança Viva O Departamento de Comunicação da igreja local também engloba as atividades de relações públicas.

Outra atividade que deve acontecer é a visita a autoridades governamentais, associações de classe, asso-

ciações de bairro, empresas, jornais, rádios, formadores de opinião, etc. O objetivo primordial é comunicar uma

adequada imagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, de seus princípios e valores.

Para realização desta atividade será necessário conhecer a estrutura da igreja, além de levar uma literatu-

ra. A mais recente ferramenta para relações públicas da Divisão Sul-Americana é a revista Esperança Viva.

Portfólio da Igreja Adventista A revista Esperança Viva é um produto editorial para informação sobre a filosofia e estrutura da Igreja Ad-

ventista do Sétimo Dia na América do Sul. Faz parte de um planejamento estratégico de visibilidade da igreja entre

formadores de opinião nos países sul-americanos.

Descrição: linha editorial jornalística, imparcial, mas com focos bem definidos de abordagem dos segmen-

tos, serviços e agenda da Igreja em todos os seus níveis, departamentos e organizações. Apresentação no formato

de revista com aproximadamente uma centena de páginas.

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Relações Públicas | 105

A revista está dividida em editorias:

Missão Global: mostra o pensamento e filosofia da Igreja, suas crenças fundamentais, posição pelo cria-

cionismo e pela vida; apresenta a administração da Igreja, com seu organograma mundial; visão do sábado; igrejas

na América do Sul.

Ação social adventista: mostra os projetos criados para atender ao desenvolvimento da qualidade de

vida dos povos. “Vida por Vidas”, “Mutirão de Natal”, “Quebrando o Silêncio”, campanhas de alfabetização de adul-

tos e atividades.

ADRA: o trabalho para a inclusão social na América do Sul, número de voluntários envolvidos nos projetos;

importância das atividades para o interesse público e percepção de governos e iniciativas privadas sobre a atuação

de projetos dessa natureza.

Educação: cobertura das universidades e sistema adventista de educação; o papel da educação adventista

na formação de pessoas produtivas para o mercado de trabalho sul-americano; os prêmios e reconhecimento da

educação adventista; a quantidade de empregos gerados pela rede, contribuindo para o desenvolvimento econô-

mico dos países.

Saúde: apresenta trabalho desenvolvido na área de saúde preventiva e de qualidade de vida. Informa so-

bre clínicas, hospitais, serviços médicos em regiões distintas nos países sul-americanos, as campanhas focadas na

qualidade de vida, o estímulo para uma alimentação saudável; também informa sobre a importância da indústria

de alimentos oferecendo produtos saudáveis no mercado em um momento crucial, de reflexão sobre padrões sau-

dáveis de consumo.

Comunicação, rádio, TV, internet e produtora: emissoras de televisão, rede de emissoras de rádio,

produtos de imprensa, agências eletrônicas, entre outras atividades.

Editoras: O papel do Ministério de Publicações para o desenvolvimento da leitura, literatura de formação

cultural e espiritual, bem como a geração de empregos, sempre fundamental para o crescimento dos países.

Famílias: pautas sobre campanhas contra o abuso e violência na família; orientações sobre a vida familiar;

atividades focadas na administração da vida; palestras, orientações conjugais, fortalecimento de valores familiares.

Desenvolvimento humano: atividades cívicas, humanitárias e focadas no desenvolvimento de setores

humanos como jovens, crianças, adolescentes e mulheres; manifestação contra a violência e contra as drogas.

Acampamentos, habilidades manuais, palestras, definição e atividades dos desbravadores. A contribuição social

e política desses departamentos para o crescimento dos países.

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106 | Pontes de Esperança

Livros denominacionais para relações públicas Estes são alguns livros que podem ser oferecidos a um amigo ou a uma autoridade nas visitas de relações

públicas:

Estes livros, entre de outros, apresentam o evangelho de maneira agradável, sem entrar em doutrinas e sem susci-

tar polêmicas. São excelentes para esse trabalho.

Pronomes de tratamento

■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA (V.Exª) para:

• Presidente da República;

• Vice-presidente da República;

• Ministros de Estado;

• Chefe do Estado Maior das Forças Armadas;

• Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;

• Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República;

• Presidentes e membros das Assembléias Legislativas dos Estados;

• Governadores de Estado e Vice-Governadores;

• Prefeitos municipais;

■ Livro missionário

■ Vida de Jesus

■ O Desejado de Todas as Nações

■ Parábolas de Jesus

■ O Grande Conflito

■ Ciência do Bom Viver

Page 107: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas | 107

• Secretários de Estado, senadores, deputados;

• Juízes do trabalho, juízes de Direito e juízes eleitorais;

• Procurador-geral da República;

• Embaixadores e cônsules;

• Generais e marechais;

• VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº Sr.) e Meritíssimo (MM) para juízes.

■ Utilize VOSSA SENHORIA (V. Sª) para:

• Funcionários graduados;

• Organizações comerciais e industriais;

• Particulares em geral;

• VOCATIVO: Ilustríssimo Senhor (Ilmº Sr.).

■ Utilize VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª) para:

• Cardeais;

• VOCATIVO: Eminentíssimo Senhor (Emmº Sr.).

■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V. Exª. Revmª) para:

• Arcebispos e bispos;

• VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr.).

■ Utilize REVERENDO (Revdº.) para:

• Sacerdotes;

• Clérigos;

• Religiosos;

• VOCATIVO: Reverendo.

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108 | Pontes de Esperança

■ Utilize VOSSA MAGNIFICÊNCIA para:

• Reitores de Universidades;

• VOCATIVO: Magnífico Reitor

■ Utilize VOSSA MAJESTADE (V. M.) para:

• Imperadores;

• Reis e rainhas.

■ Utilize VOSSA ALTEZA (V. A.) para:

• Príncipes e princesas.

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Relações Públicas | 109

Composição de participantes (precedência)

Uma das responsabilidades do cerimonial e protocolo é a de cuidar para que os convidados sintam-se re-

conhecidos pela posição social que ocupam. A precedência de uma autoridade em relação a outra é determinada

de acordo com o evento ou cerimônia. Se há participação de autoridades públicas, primeiro se aplica a lista oficial

de precedência, para as mais altas autoridades, e depois se alternam com os que estiverem presentes conforme a

hierarquia organizacional.

Nas composições de mesas ou plataformas devem ser observadas as precedências. Em situações difíceis,

o bom senso também deve se fazer presente. Veja algumas situações:

Composição de plataforma

Culto com participantes locais

1. Orador

2. Segunda pessoa mais importante

3. Segunda pessoa mais importante

4. Terceira pessoa mais importante

5. Quarta pessoa mais importante

4 2 1 3 5

Culto com convidados

1. Orador

2. Anfitrião

3. Segunda pessoa mais importante

4. Terceira pessoa mais importante

5. Quarta pessoa mais importante

4 2 1 3 5

No momento da apresentação três opções são possíveis, sendo a primeira a melhor.

1. Apresentar o orador em primeiro lugar e os demais na sequência;

2. Apresentar na sequência, deixando o orador por último;

3. Apresentar na ordem em que estão sentados.

Page 110: Guia comunicação pontes de esperança

110 | Pontes de Esperança

Composição de mesa conforme precedência

Evento em que há homenagem sem presença

de chefes de poder

1. Anfitrião (abrirá e presidirá)

2. Homenageadoe

3. Primeira pessoa mais importante

4. Segunda pessoa mais importante

5. Terceira pessoa mais importante

4 2 1 3 5

Evento em que dá homenagens e chefes de poder

1. Chefe do poder (abrirá e, se desejar, presidirá)

2. Homenageado

3. Anfitrião (se o primeiro não presidir, cabe ao anfitrião

4. Pessoa mais importante na seqüência

5. Pessoa mais importante na seqüência

4 2 1 3 5

Composição de mesa conforme precedência

Evento com mesa composta com número ímpar

1. Orador

2. Segunda pessoa mais importante

3. Anfitrião

4. Terceira pessoa mais importante

5. Quarta pessoa mais importante

4 2 1 3 5

Evento com mesa composta com número par

1. Orador

2. Anfitrião

3. Segunda pessoa mais importante

4. Terceira pessoa mais importante

5. Quarta pessoa mais importante

6. Quinta pessoa mais importante

3 1 2 4 65

)

Page 111: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas | 111

Plataforma1. O apresentador entra com a plataforma ou na hora da apresentação

2. O primeiro a ser apresentado é o orador

3. Após, devem ser apresentados os da direita e depois os da esquerda

4. Ao apresentar, dizer o nome completo e a função na igreja, sem intimidade

5. Apresentar como irmão, a não ser que o título interesse ao tema

6. Orientar os participantes para que se dêem a conhecer quando apresentados

7. Evitar apresentar antes de dar a palavra ao pregador.

LinguagemPrecisa ser clara e compreensível a qualquer pessoa. Devem ser evitados igrejismos ou jargões adventistas tais

como:

■ Espírito de Profecia ou Pena Inspirada – usar escritora Ellen White

■ Apostatados – pessoas que se distanciaram da igreja.

■ Corinho – cântico ou hino.

■ Departamental – Diretor do Departamento de Comunicação, Jovens, etc...

■ Distrital – ao apresentar o Pastor responsável pelo Distrito Pastoral de ....

■ Siglas - JA, ADRA, MM... – devem ser explicadas como Jovens Adventistas, Agência Adventista de De-

senvolvimento e Recursos Assistenciais, Ministério da Mulher, etc.

SaudaçõesUsar linguagem correta para os membros da igreja e visitantes.

■ “Vamos cantar o hino...” – Apresentar sempre o nome do Hinário onde se encontra o hino, o título do

hino e depois o número do hino.

■ Palavras sem “R” ou “S”

■ Para nosso “deleite”... – Cuidar com palavras que possam ter duplo significado.

Page 112: Guia comunicação pontes de esperança

112 | Pontes de Esperança

Organização e controle de eventos Para gerenciar e organizar um evento é preciso entender a palavra evento em sua essência. O dicionário

Aurélio nos traz uma definição bastante clara: “Atividade que busca uma ocasião extraordinária ao encontro de

pessoas com uma finalidade específica.”

Independentemente da característica do evento devemos sempre pensar em algo extraordinário, um con-

vidado especial, um programa todo diferente e elaborado para atrair pessoas com um propósito. Essa ocasião

muito especial pode ser um culto, uma vigília, um louvor, ou seja, todas as atividades em que um grupo de pessoas

se reúna com um fim especifico.

Mas antes de entrarmos no planejamento em si, existem questões importantes a serem respondidas no

desenvolvimento das fundamentações estruturais de um evento. Essas questões básicas nos levarão a descobrir o

potencial e as ideias centrais para o bom planejamento.

■ Por que o evento está sendo feito?

■ Quando o evento será realizado?

■ Onde o evento acontecerá?

■ Qual é o conteúdo do evento?

■ Quanto tempo de duração terá o evento?

Uma vez estabelecidas essas respostas, podemos agora definir o planejamento, ações organizacionais e a

equipe envolvida no decorrer do processo.

Dividimos então em três etapas básicas de organização e controle para que o evento realmente tenha o impacto

esperado. São elas:

1. Planejamento;

2. Organização;

3. Postura pessoal da liderança e equipe.

Planejamento eficaz Os primeiros passos do planejamento são os seguintes: definir o orçamento com a comissão organizadora,

definir participações especiais, designar responsáveis pela comunicação do evento, determinar quantidade de coor-

denadores e equipe de staff, conforme o porte do evento.

Page 113: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas | 113

Planejar é reunir uma base de informações necessárias para organizar e levar o projeto adiante. Os fatores

internos e externos devem ser levados em conta durante a tomada de decisão. Seguem os departamentos que

compõe a equipe de organização:

Equipe de StaffDecoração - Pessoa ou equipe responsável pelo visual e aparência do local. Com cenografia quando necessário,

arranjos florais, tecidos, tapetes, mesa de recepção e todos os enfeites necessários para o local.

Segurança - Equipe responsável pela segurança dos carros e das vias de acesso ao local, bem como pela porta de

entrada impedindo o acesso de pessoas que representem risco para a segurança.

Recepção - Equipe que representa o estilo do evento: devidamente treinada, bem apresentável, amável, bem in-

formada para dar instrução aos convidados e receber os participantes direcionando-os para seus devidos setores.

Caso o evento tenha algum material gráfico informativo, compete à recepção entregá-lo.

Manutenção e limpeza - Equipe que representa o nível de profissionalismo e organização do evento (cartão de

visita). Cabe a essa equipe fazer uma lista de materiais necessários para a limpeza e manutenção do local do even-

to tais como: mala de ferramentas, kit de primeiros socorros, descartáveis, sacos de lixo, desinfetante, sabonete,

toalha de papel (jamais usar toalha de tecido), papel higiênico, rodo, pano de chão, vassoura, etc. Fazer um re-

vezamento dentro da equipe para que os banheiros e locais de alto tráfego de pessoas estejam sempre limpos e

perfumados.

Som - Equipe responsável pela sonoplastia. Todos os playbacks e todos os títulos musicais a ser executados du-

rante o evento devem estar à mão da equipe de apoio, tendo sido previamente testados e colocados na ordem

do roteiro feito para a programação. Com esses cuidados certamente não haverá tantos erros seqüenciais do tipo

colocar a música errada para o louvor cantado.

Multimeios (vídeo projetor/telão) - Equipe responsável pelas imagens projetadas durante o evento. Antes do ho-

rário inicial a equipe deverá estar com todo o material que vai ser projetado, fazer os testes e ter, juntamente com

o roteiro, cada uma das projeções previamente ordenadas conforme a programação.

Page 114: Guia comunicação pontes de esperança

114 | Pontes de Esperança

Estacionamento - A equipe de segurança deverá fazer antecipadamente a marcação do estacionamento para os

convidados especiais e deficientes físicos, além de ordenar a entrada dos carros.

Iluminação – Equipe profissional deve ser contratada para cuidar desse item.

Produtores - Aqueles que idealizam e escrevem o roteiro junto com o criador da programação.

Contra-regra - Responsável por toda a movimentação de palco, as entradas de microfones, instrumentos, cenogra-

fia, marcação e posicionamento de cada uma dos elementos de palco, bem como as entradas de cada participante

organizadamente.

Convidados especiais - São todos aqueles que estão envolvidos na programação de forma especial com músicas,

sermões, testemunhos, etc.

Logística - É necessário formar uma equipe que atue diretamente na condução de todas as compras que precisam

ser feitas para as outras equipes. Também se deve verificar a montagem de cada uma das fases do evento para que o

mesmo possa estar pronto dentro do tempo estabelecido.

Mestre de cerimônias - Deve ser ágil, simpático e atento.

Importante: É preciso ter um propósito, uma missão e visão. A equipe organizadora precisa ter definido o objetivo do

evento para que ele aconteça a contento. A missão diz onde estamos e a visão diz para onde vamos. Os organizado-

res precisam saber por que estão promovendo aquele evento, se para mera satisfação pessoal ou para realmente

alcançar objetivos nobres e apressar a volta do nosso Senhor e Salvador Jesus. Muitas vezes ao pararmos para

pensar qual a missão e visão poderemos chegar à conclusão de que o evento não tem propósito. O tema principal

do evento é o que justifica a sua realização.

Page 115: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas | 115

Será que devemos gastar tempo com planejamento? “Deus requer ordem e método em sua obra hoje, não

menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente e não de

maneira descuidada” (Patriarcas e Profetas, p. 376).

Organização1. A equipe organizadora deve ser composta por pessoas comprometidas com a Igreja de Deus, com carac-

terísticas e personalidades diversas. Assim teremos por exemplo, idades diferentes, homens ou mulheres, pessoas

atuantes ou não atuantes no mercado de trabalho, etc. Os membros da igreja precisam sentir que são parte atu-

ante do processo.

2. Cada membro tem uma visão diferente e essa diversidade contribui muito para que o evento efetivamente

atinja o objetivo proposto. A equipe organizadora deve saber exatamente quais são suas responsabilidades e quan-

to tempo tem para cumpri-las.

3. Deixe as pessoas livres para expressarem suas ideias, aceite novos desafios, ouça a opinião de todos e, com

a mente aberta, o Espírito Santo falará ao coração de todos que se propuserem a fazer a vontade de Deus e seguir

com humildade o propósito e a missão designada.

4. Cada evento tem sua característica única e, em consequência disso, surgem necessidades peculiares. Po-

demos realizar eventos de grande ou pequeno porte, e diurnos ou noturnos. Para cada um deles é preciso uma

organização específica (por exemplo, os eventos noturnos precisam de estacionamento seguro, cuidados com a

iluminação interna ou externa e pontualidade em sua finalização para que os convidados possam ter condições

próprias de retorno).

5. Existe um organograma que precisa ser colocado no papel para melhor compreensão e visualização de

como o evento funcionará. Exemplo: destacar o líder da equipe organizadora e seus respectivos coordenadores,

para que cada participante da organização do evento saiba a quem recorrer quando tiver uma dúvida a ser escla-

recida, e todos os participantes tenham conhecimento do seu campo e limite de atuação (ver organograma).

Page 116: Guia comunicação pontes de esperança

116 | Pontes de Esperança

6. Divisão setorial – No planejamento existe a etapa em que as tarefas são divididas por setores. Os setores de

segurança e recepção, por exemplo, são setores que precisam de um grande número de pessoas atuando nas res-

pectivas equipes o que exige que os participantes sejam escolhidos com antecedência e organização, a fim de serem

treinados para exercer a função proposta.

7. Unidade – Cada setor da organização do evento precisa estar conectado com o outro, mantendo, assim, a

unidade do evento. Todos os setores devem ser informados pela coordenação sobre o panorama geral dos acon-

tecimentos. Qualquer mudança de execução e ordem dos acontecimentos será comunicada pelo diretor. Essa co-

municação é fundamental para que o evento seja parte de todo o corpo de membros da igreja, representado pela

comissão organizadora, dando assim, voz a todo sonho e anseio dos membros ali representados. Essa comunicação

deve ser feita através de reuniões acompanhadas de comunicados por escrito. Os comunicados por escrito facili-

tam a compreensão e permitem que a margem de erros de informação diminua.

8. Durante o dia do evento, a unidade da equipe é primordial. Todos devem estar prontos para solucionar pro-

blemas, e não criar mais problemas. As necessidades surgirão e todos precisam ter em mente que foram colocados

naquela função para contribuir de forma grandiosa afim de que o evento aconteça e todos participem de um clima

repleto de companheirismo e comprometimento.

9. O evento só termina quando tudo foi colocado no seu devido lugar: locais foram limpos, pagamentos efe-

tuados, materiais devolvidos e o local se encontra em perfeito estado para devolução. Jamais uma equipe deve se

dividir e permitir que uns fiquem sobrecarregados, enquanto outros não. A mesma equipe que iniciou deve termi-

nar as tarefas de forma responsável e digna. O profissionalismo se encontra nos detalhes que mostramos quando

temos uma equipe unida resolvendo as ocorrências do evento, pensando nos objetivos e não na vontade pessoal

de líderes ou membros da equipe.

Page 117: Guia comunicação pontes de esperança

Relações Públicas | 117

1. Relacionamento com Deus – As atitudes e reações devem ser compatíveis com as reações que Jesus teria.

Líderes amadurecem quando permitem que Deus os molde. O sacrifício dos líderes é essencial para que eles ob-

tenham sucesso na liderança. Cada palavra deve ser acompanhada de uma atitude coerente com a maneira pela

qual se age.

2. Líderes que amam as pessoas e seguem os princípios Bíblicos, são aqueles que expressam apreciação pe-

los seus liderados. O serviço é o maior exemplo de liderança que devemos seguir. Jesus nos deu esse exemplo e,

fazendo o mesmo conseguiremos que os liderados sejam recíprocos no mesmo sentimento.

3. Existem alguns passos que os líderes devem seguir para encorajar seus liderados:

■ Identifique: declare o que você aprecia. Faça-o de maneira sincera, seja genuíno e autêntico naquilo que

você diz. Lembre-se de que as nossas atitudes falam mais alto que as coisas que falamos. Trate seus liderados

com base no potencial que eles têm, não de acordo com o desempenho deles. Você terá uma maravilhosa

surpresa ao perceber o crescimento positivo na atuação deles.

■ Especifique: seja tão específico quanto possível. Não generalize a respeito do estilo deles, seja preciso e

detalhado em tudo o que você disser.

■ Educação: seja educado, gentil, e sempre peça ajuda. Ao comunicar uma necessidade, agradeça a atuação

usando sempre “por favor”, e “obrigado”.

■ Quantifique: expresse como eles fizeram diferença significativa na sua vida e na realização do evento;

declare palavras honrosas na presença de outros. Fazer essas declarações em público torna o grupo mais con-

fiante e feliz.

■ Exalte: elogie pessoalmente cada um em tempo oportuno. Um abraço de encorajamento no meio da cor-

reria do evento é muito bem-vindo, diminui o stress do momento e estimula a atitude positiva dos liderados.

■ Pequenos detalhes: Muitas vezes são os pequenos detalhes que arruínam a organização de um evento: más

atitudes, falta de encorajamento, coordenadores de equipes impacientes, irritados, fofoca. Os líderes devem

perceber essas coisas e tomar uma atitude firme, impedindo que o mal cresça. Não deve ser permitido que es-

tas atitudes aconteçam. Com amor e firmeza devem mostrar que se uma admoestação não for suficiente para

que uma mudança ocorra, a pessoa que causou o problema será tirada do grupo para o bom andamento de todo

o evento.

Postura pessoal da liderança e equipe

Page 118: Guia comunicação pontes de esperança

118 | Pontes de Esperança

■ Agradeça: uma vez finalizado o evento, deve ser feito um agradecimento de forma pessoal a cada membro

da equipe, por meio de um simpático cartão.

Para organizar um evento outra sugestão é utilizar um mapa mental ou diagrama.

Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês

Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual. Tem como objetivos

a compreensão e solução de problemas; a memorização e aprendizado; a criação de manuais, livros e palestras;

sua utilização como ferramenta de brainstorming (tempestade cerebral); e o auxílio na gestão estratégica de uma

empresa ou negócio.

Staff (equipe)

recepção cenografiadecoração

contra-regra somiluminação segurança manutenção músicos multimeios

Coordenador 1 Coordenador 2

Diretor

Responsável por roteirizar e dirigir o evento, tendo sempre a palavra final

Responsável pelo controle e gerenciamento das equipes, definindo o papel de cada membro do staff e reuniões

.

.

Page 119: Guia comunicação pontes de esperança

Produção de programa de rádio

Page 120: Guia comunicação pontes de esperança

120 | Pontes de Esperança

Rede Novo Tempo de Rádio O mundo vivia um momento de guerra. O tempo e a forma de comunicar-se começaram a evoluir. Em meio

ao caos, o evangelista adventista H.M.S. Richards, utilizando equipamentos de rádio, criou, em 19 de outubro de

1929, o embrião do programa The Voice of Prophecy, na Califórnia, Estados Unidos.

O rádio era um meio rápido, barato e de fácil alcance às pessoas. O formato do programa era de palestras

e músicas, com duração de 30 minutos. Com o passar dos anos, esse programa foi traduzido para inúmeras línguas

e espalhado pelo mundo.

Em 1943, o pastor Roberto Rabelo foi escolhido para ser o orador do Brasil. No final do mesmo ano, a Voz da

Profecia (VP) estava em catorze emissoras de rádio no Brasil. Somente em 1963 foi inaugurado o estúdio de A Voz da

Profecia no Brasil, cuja sede ficava no auditório Guanabara, Rio de Janeiro.

A Voz da Profecia teve diversos oradores, e o quarteto, mais de trinta formações. Cada um deixou sua con-

tribuição por meio do rádio.

Desde março de 2011, o orador de A Voz da Profecia é o pastor Iván Saraiva. A missão permanece a mes-

ma e o programa, que possui 15 minutos, é produzido pela Rede Novo Tempo de Comunicação. Inclui meditação,

música do quarteto “Arautos do Rei” e a divulgação de cursos bíblicos, oferecidos pela Escola Bíblica.

É transmitido no Brasil pela Rádio Novo Tempo, pela Internet e, por mais de 500 emissoras de rádio espa-

lhadas por todo o território brasileiro. Cada tema da VP é gravado em CD e está disponível, gratuitamente, para a

veiculação em outras emissoras interessadas em divulgar a mensagem da volta de Jesus.

Nos países hispanos a Divisão Sul-Americana, também foram produzidos programas La Voz de la Espe-

ranza. Em 1942, foi solicitado ao Dr. Braulio Pérez Marcio, pastor e evangelista nascido na Espanha e que se havia

mudado com a família para Argentina quando ainda menino, para estabelecer um programa radiofônico para o

grande público internacional de fala hispana.

No momento, o programa é transmitido pela Rádio Nuevo Tiempo e por mais de mil emissoras distribuídas

em 35 países. O orador, que pertence à organização da igreja adventista na América Central e Caribe, é o pastor

Frank González. O quarteto “Heraldos del Rey” e outros artistas o acompanham na disseminação do evangelho.

Page 121: Guia comunicação pontes de esperança

Produção de programa de rádio | 121

Rádio Novo Tempo - A voz da esperança A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, em 1896.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia vislumbrou a possibilidade de usar esse veículo para falar sobre a volta

de Jesus com a Voz da Profecia. A primeira emissora de rádio adventista no Brasil começou a funcionar em 1989,

na cidade Afonso Cláudio, interior do Espírito Santo.

A Rede Novo Tempo de Rádio foi criada em 1996, com sede em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.

Em 1997, a Bolívia foi o primeiro país hispano a conseguir uma estação de rádio. Ao longo dos anos, a igreja

foi conseguindo outras concessões, e hoje a rede é composta por 117 emissoras em toda América do Sul.

Além dessas rádios, a programação também é retransmitida por outras emissoras que captam a Novo

Tempo através do satélite NSS 806, que distribui o sinal para as três Américas, parte da Europa e norte da África.

A Rede Novo Tempo e Red Nuevo Tiempo possuem equipes que desenvolvem programação 24 horas por

dia, todos os dias da semana, em dois idiomas, português e espanhol.

Ouvindo pela internet:

• www.novotempo.org.br/radio, para ouvir em português.

• www.nuevotiempo.org/radio, para ouvir em espanhol.

Produção de programa de rádio Para que um programa tenha conteúdo de qualidade e capte a atenção do ouvinte é preciso o envolvi-

mento de várias pessoas. Uma produção feita por apenas um indivíduo é quase inviável e, quando acontece, há

sobrecarga.

É essencial para a renovação diária ou semanal de um programa a escolha de temas a serem pesquisados

e discutidos. Essa escolha é comumente chamada no meio jornalístico de pauta. Seguem algumas dicas para a pré-

-produção de programas de rádio.

Page 122: Guia comunicação pontes de esperança

122 | Pontes de Esperança

Escolha de um tema e pré-produção de um pro-grama Há necessidade de participação coletiva na escolha dos temas e entrevistas. Um bom programa se faz em

equipe.

O produtor deve eleger um tema mais importante para iniciar o programa, um assunto que interesse ao

ouvinte e provoque impacto sobre a audiência.

Ler jornais e revistas pode render ótimos temas e entrevistas para o programa.

Fique atento a datas comemorativas. Elas podem gerar pautas interessantes dependendo do que está sen-

do comemorado.

Fique sempre atento a qualquer tipo de conversa. Um bate-papo informal pode gerar temas interessantes

para o programa.

Um grande assunto pode valer uma pauta temática. Durante alguns dias o programa pode desenvolver

um determinado tema, procurando explorar todos os ângulos possíveis do assunto com entrevistas, reportagens,

notas e comentários.

O produtor deve procurar sempre a realização de mesas-redondas e debates. Esse tipo de programa é uma

forma democrática de esclarecer as dúvidas do ouvinte.

A agenda é fundamental para um programa. Os telefones dos entrevistados devem estar sempre atualiza-

dos na agenda do computador.

O público Ao contrário do que acontece coma a televisão, é praticamente impossível encontrar alguém que perma-

neça em frente ao rádio dedicando atenção exclusiva ao veículo. Essa rotatividade da audiência é característica

intrínseca do veículo e nunca deve ser esquecida.

Uma forma de manter a audiência fiel é fazer uso da interatividade. Ela é um canal de comunicação com o

ouvinte, uma ferramenta de trabalho e uma fonte de novos assuntos que podem ser abordados em outros programas.

Também é preciso lembrar que o programa deve abordar temas de interesse do ouvinte e não o que que-

remos dizer para ele.

Page 123: Guia comunicação pontes de esperança

Produção de programa de rádio | 123

Cuidados “ao vivo” Quando um assunto for mais complexo, o apresentador deve receber uma espécie de resumo do tema.

Afinal, ninguém é obrigado a entender de tudo.

Em programas ao vivo é preciso redobrar a atenção. Afinal, se erros acontecerem não poderão ser edita-

dos; o ouvinte já captou a mensagem dita.

Outras dicas Criar vinhetas e seções diferentes dentro do programa pode gerar uma dinâmica interessante para a produção.

Usar músicas para ilustrar alguns assuntos ou entrevistas pode ser uma ferramenta interessante, mas de-

ve-se cuidar para que a música escolhida esteja adequada ao assunto.

O Texto Em qualquer veículo de comunicação, o texto deve ser claro, conciso, direto, preciso, simples e objetivo. No

entanto, em rádio, o ouvinte só tem uma chance para entender o que está sendo dito. Ele não terá a oportunidade

de reler alguma informação que não ficou clara, como poderia fazer com uma revista ou jornal impresso.

Evite as frases longas. O locutor pode ter dificuldades com a respiração e os ouvintes podem se confundir

com muitas ideias em uma única oração. Assim, cada frase deve expressar uma ideia. Tome como exemplo a se-

guinte notícia: “A presidente Dilma Rousseff encerrou sua viagem pela Europa realizando uma visita à casa do pri-

meiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, para apresentar suas condolências pela morte de sua mãe, ao final de

uma visita de dois dias à Turquia”. Ela pode ser dividida em duas partes, facilitando o entendimento e a locução: “A

presidente Dilma Rousseff encerrou sua viagem pela Europa. Dilma realizou uma visita à casa do primeiro-ministro

turco, Recep Tayyip Erdogan, para apresentar suas condolências pela morte de sua mãe, ao final de uma visita de

dois dias à Turquia”.

Ao dar alguma informação, é importante lembrar que se está contando uma história para alguém. Portanto,

a linguagem deve ser simples, mas não vulgar. Gírias tornam as conversas mais informais, mas vulgarizam o texto e

não devem ser usadas, a não ser em situações especiais, ou se estiverem consolidadas no vocabulário do dia-a-dia.

É preciso tomar cuidado com algumas “pegadinhas”. Rimas devem ser evitadas. Não é agradável ouvir: “A

solução para uma melhora na programação é a união”. Cacófatos, o encontro de sílabas de palavras diferentes que

Page 124: Guia comunicação pontes de esperança

124 | Pontes de Esperança

formam sons desagradáveis, podem ser evitados. Cuidado com formações como “boca dela”, “lá tinha”, “por cada”,

“nunca gostou”.

O uso dos pronomes possessivos “seu”, “sua”, “seus” e “suas” pode confundir quem acompanha a progra-

mação. O ouvinte pode entender que está se falando dele ou de alguma pessoa ou objeto ligado a ele. Por isso, é

melhor redigir “O fazendeiro saiu com o cavalo dele” em vez de “O fazendeiro saiu com o seu cavalo”.

Ao redigir números, tome alguns cuidados para não dificultar a leitura do locutor. Quando o número deve

ser lido na forma feminina escreva por extenso. Assim, “quarenta e duas mil pessoas” é preferível a “42 mil pesso-

as”. (a última forma pode ser interpretada erroneamente por “quarenta e dois mil pessoas”.)

Ao falar as horas prefira a forma coloquial. Sendo assim, diga “meio-dia”, em vez de “12 horas”. Ou “onze

e meia da noite”, em vez de “23 horas e 30 minutos”.

Importante: em rádio, o relógio tem apenas 12 horas. Diga “são 3 horas da tarde” em vez de “são 15 horas”.

Escreva no alto da página do roteiro a forma correta da pronúncia do nome de uma pessoa ou de determi-

nado lugar. Exemplo: Bittencourt lê-se Bitencur.

Endereços, telefones e e-mails devem ser repetidos para que o ouvinte possa anotá-los.

Evitando erros A revisão do texto deve ser feita com a leitura em voz alta. Ela facilita a descoberta de erros no ritmo das

frases, na combinação e digitação de palavras.

Para aprimorar o texto é preciso praticar, consultar livros de gramática e dicionários, além de ler muito

para enriquecer o vocabulário.

Locução e pronúncia Há alguns anos, uma voz grave ou aveludada era o suficiente para garantir o sucesso de um locutor de

rádio. No entanto, atualmente exige-se muito mais de um apresentador. Conhecimento prévio do tema a ser dis-

cutido e raciocínio rápido são importantes para que o âncora tenha o domínio de seu programa e passe segurança

para o ouvinte. Mais algumas dicas:

Page 125: Guia comunicação pontes de esperança

Produção de programa de rádio | 125

Busque transmitir verdade em sua voz. Você pode ter um bonito timbre vocal e uma pronúncia correta,

mas se falar como alguém que não tem certeza do que diz, pode passar insegurança ao ouvinte. Pode-se relacionar

“dizer com verdade” com interpretação de texto.

O ritmo da locução não deve ser lento a ponto de fazer o ouvinte ficar entediado com a programação, nem

tão veloz que permita erros e tropeços na pronúncia das palavras.

A clareza que se busca ao redigir um texto deve estar presente na fala. Não é um belo timbre de voz que

prende a atenção do ouvinte, mas a naturalidade, a simplicidade e a pronúncia correta das palavras.

Os sotaques regionais devem ser respeitados e preservados. São formas de se falar o idioma no Brasil e

pertencem à cultura do país. Não há imposição de um sotaque padrão. O sotaque, além de ser o jeito de falar de

cada região, inclui a entonação e o ritmo das frases.

Entrevista Conversar é algo que é comum à maior parte das pessoas. No entanto, uma entrevista é muito mais que

um simples bate-papo. Boas entrevistas são as que revelam novos conhecimentos e esclarecem fatos.

Antes do início da entrevista A entrevista deve ter começo, meio e fim. Planeje o tempo disponível, informe-se sobre o que vai perguntar.

Não hesite em perguntar ao entrevistado, antes da entrevista, a maneira correta de dizer o nome dele.

O entrevistado não deve estar sempre informado sobre o tema da entrevista.

Uma conversa útil e agradável Não deixe que nada nem ninguém dentro do estúdio atrapalhem sua concentração na entrevista. Prestar

atenção ao assunto que está sendo discutido é essencial porque muitas perguntas podem surgir de respostas dos

entrevistados.

Algumas pessoas não estão acostumadas a dar entrevistas. Uma conversa informal ajuda a tranquilizar o

entrevistado.

A pergunta deve ter tamanho certo, suficiente para que o ouvinte entenda o assunto. Alguns entrevistado-

res falam tanto sobre o tema que acabam respondendo à própria pergunta,

deixando o entrevistado sem ter o que dizer.

Page 126: Guia comunicação pontes de esperança

126 | Pontes de Esperança

Fuja do óbvio. Há perguntas desnecessárias, como indagar como uma mãe que acabou de perder a filha se sente.

Há entrevistados que falam pouco e respondem geralmente com “sim”, “não”, “talvez” etc. Estimule-os

perguntando sempre “por que”?

As respostas devem ser claras. Na dúvida, peça para o entrevistado explicar melhor a ideia sobre o tema

abordado.

Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensamento. A interrupção no meio da resposta

irrita o ouvinte e prejudica a edição posterior do material.

A entrevista não pode ser apenas um bate-papo entre duas pessoas. O entrevistado está falando para o

ouvinte e não exclusivamente para o apresentador.

A entrevista não deve durar mais que o necessário.

Dicas importantes Ao longo da entrevista, não tenha receio de repetir o nome do entrevistado, seu cargo e função. Não es-

queça de que a audiência do rádio é rotativa. Longos períodos sem a descrição podem não atrair o ouvinte.

Entrevista não é debate. É necessário tomar cuidado para que um “bate-boca” não confunda o ouvinte. Ela

não é um confronto de opiniões entre o âncora e o entrevistado.

Lembrete importante Antes de uma transmissão ao vivo, gravação ou reunião que define pautas, faça uma oração. Deus é quem

deve estar à frente de qualquer programação.

Materiais prontos para uso Você poderá solicitar materiais para programa de rádio, programas da Voz da Profecia e outros programas

prontos para veiculação, nos sites:

• www.novotempo.org.br

• www.nuevotiempo.org

• www.redemaranatha.org.br

Page 127: Guia comunicação pontes de esperança

Televisão

Page 128: Guia comunicação pontes de esperança

128 | Pontes de Esperança

Rede Novo Tempo de Televisão

TV Novo Tempo - O Canal da Esperança A Igreja Adventista possui uma rede mundial de televisão, “Hope Channel”, com 14 canais globais, cobrindo

os cinco continentes da terra. São 40 centros broadcasting, ou centros de produções profissionais. As transmissões

da rede global são redistribuídas por canais abertos, cabo, internet, DTH como a SKY. O site da Hope Channel, para

assistir ao vivo, é www.hopetv.org.

Na América do Sul, a Igreja utiliza três canais de televisão: a TV Novo Tempo em português, TV Nuevo Tiem-

po em espanhol e o Canal Executivo.

Tudo começou com o programa Está Escrito que surgiu em 1956 nos Estados Unidos, com o Pr. George Van-

deman. No Brasil, a veiculação do programa teve início em 1991; e nos países hispanos o Pr. Milton Peverini, orador

associado do Está Escrito realizou o primeiro programa em 1994.

O primeiro programa religioso na televisão brasileira foi Fé para Hoje, cuja estréia aconteceu em 1962 com

apresentação do Pr. Alcides Campolongo.

Em 1996, aconteceu a primeira transmissão via satélite para o Brasil, de uma conferência feita nos Estados

Unidos sendo recebida somente por algumas congregações. Hoje, a Rede Novo Tempo, pode alcançar milhões de

pessoas. O sinal de televisão é enviado para dois satélites: o NSS 806, que, como já foi dito, distribui a programação

para as três Américas, parte da Europa e norte da África, e para o satélite IS-10, cobrindo Moçambique, Angola, e

São Tomé e Príncipe, países de fala portuguesa. Somando-se o número de habitantes de todos os lugares que recebem o sinal, cerca de 2 bilhões de pes-

soas são telespectadores em potencial – basta configurar a antena parabólica para a frequência correta.

Na América do Sul também existem centenas de cidades que retransmitem a programação das emissoras

em canal aberto, por operadoras a cabo regionais e pela SKY, canal 14, no Brasil. As transmissões são feitas com

programação distinta em dois idiomas: em português pela TV Novo Tempo e em espanhol, através da TV Nuevo

Tiempo.

Page 129: Guia comunicação pontes de esperança

Televisão | 129

Canal Executivo A Igreja na América do Sul possui também um CANAL EXECUTIVO.

Esse canal é de uso exclusivo. Hoje possuímos milhares de pontos de recepção do sinal em igrejas, colégios,

instituições e escritórios.

Através deste canal, são transmitidos programas especiais como: séries de evangelismo, treinamentos, capa-

citações e apoio à transmissões ao vivo de qualquer parte da América do Sul.

Como receber o sinal Para receber o sinal da Rede Novo Tempo de Televisão, do Canal Executivo e da Rádio Novo Tempo, em dois

idiomas, português e espanhol, basta apenas adquirir uma antena parabólica e receptor homologado pela Rede

Novo Tempo de Comunicação, sintonizar a frequência desejada e pronto.

Não há necessidade de se pagar nenhuma assinatura mensal. O sinal é transmitido vinte quatro horas por

dia, sete dias da semana, e poderá ser recebido em residências ou igrejas de qualquer parte da América do Sul, com

exceção do Canal Executivo que tem programação específica com dia e hora programada. Para maiores informações,

visite o site www.novotempo.org.br.

A seguir, apresentamos os diâmetros recomendados, nome dos fornecedores e parâmetros para sintonizar

cada um das cinco possibilidades.

FINALIDADETAMANHO MÍNIMO

FECHADAAlumínio/Fibra

ABERTATela

Retransmissores 2,10m 2,40mUso nas Igrejas 2,10m 2,40mUso Doméstico 1,60m 2,40m

Page 130: Guia comunicação pontes de esperança

130 | Pontes de Esperança

FornecedoresFabricantes de Antena e LNBf: Embrasat, Telesystem e Zinwell

Fabricantes de Receptores: TecSys, Telesystem, VisionTec, Zinwell

Instalação empresas no Brasil: Telesystem, VisionTec, Zinwell

Especificações técnicas para Receptor e Alimentador:

- Set-top Box padrão DVB-S/MPEG2;

- LNBf para Banda C Circular;

Especificações técnicas para configurar Receptor:

Satélite: NSS-806

Freqüência: 4.187 MHz – Circular a direita.

Taxa de Símbolo (SR – Symbol Rate): 11.500 MSps

Fator de Correção de Erro (FEC): 3/4

O pacote de canais entregue com a configuração acima é:

• TV Novo Tempo

• TV Nuevo Tiempo

• Rádio Novo Tempo

• Radio Nuevo Tiempo

• Canal Executivo da DSA;

• Nenhuma configuração adicionar é necessária.

Link para calcular o apontamento de sua antena: • www.brasilsatdigital.com.br/alinhe/index.php

• www.portalbsd.com.br/novo/apontamento.php

Page 131: Guia comunicação pontes de esperança

Televisão | 131

Como criar vídeos Desde a sua chegada ao Brasil, na década de 1950, até a recente popularização da internet, a televisão

dominou absoluta como o meio de comunicação mais popular e que exerceu maior influência e fascínio sobre

profissionais e expectadores. Ainda hoje ela cria um encanto na população, cada vez mais atraída pela variedade

de canais e programas que atendem aos desejos de gente de todas as idades, classes sociais e culturas. Mas esta

situação de admiração diante da telinha reflete apenas a realidade do expectador passivo.

As pessoas que fazem televisão convivem com outro contexto. Elas são instigadas a todo instante para que

sejam criativas e inovem com relevância. Sim, relevância! Se produzir programas para televisão ou vídeos é um

trabalho complexo, realizá-los de maneira a contribuir construtivamente com a sociedade é ainda mais difícil. Isso

envolve a compreensão das reais necessidades humanas e a disposição para fazer um trabalho útil e não apenas

entretenimento barato. Por causa disso a missão que a Igreja Adventista possui de levar a mensagem da salvação

a todos os povos, línguas e nações é ainda mais desafiadora.

Além de enfrentar as dificuldades constantes da descoberta de ideias para novos formatos, os profissio-

nais de televisão precisam superar as dificuldades naturais de produção. O segredo do sucesso para quem quer

trabalhar nessa área é encontrar uma boa ideia e conseguir os meios para viabilizar a sua produção. A seguir será

apresentado um esboço com algumas dicas úteis para a produção de vídeo.

Para você que é diretor de Comunicação e está tendo acesso a este material, imagine que que ele poderá ser

usado para desenvolver programas a serem usados para a igreja, a fim de enriquecer programações como cultos JA e

vigílias, preparar documentários para serem apresentados no lugar de relatórios escritos, divulgar programas da igreja

para outros públicos, para estruturar reportagens e entrevistas gravadas etc. Tudo isso usando apenas alguns poucos

equipamentos que, hoje em dia não são tão difíceis de se conseguir, como pequenas câmeras filmadoras digitais.

O roteiro Em vídeo, tudo se inicia com o roteiro. Ele é a forma escrita de qualquer projeto audiovisual. “O roteiro

é a história contada com palavras, olhares, sons, movimentos, silêncios, pausas, imagens e emoções, engrenadas

num conjunto incrivelmente complexo de interações entre os elementos técnicos e artísticos e que possuem mil

relações entre si.”¹ O roteiro é a materialização do espetáculo audiovisual apresentado em um texto. Nele se an-

tecipam todas as possibilidades imaginadas e também se testam as implicações para a sua produção. Qualquer

pessoa pode sonhar em produzir um vídeo, mas sua realização será infinitamente menos dificultosa se primeiro for

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132 | Pontes de Esperança

escrito um roteiro.

Como o nome indica, roteiro é uma rota, uma bússola, um caminho a ser seguido. Para se alcançar o objeti-

vo no fim da estrada é preciso seguir cada passo desse mapa. O cineasta Stanley Kubrich, um dos grandes diretores

da história do cinema, dizia que “se uma história não consegue ser bem escrita ou pensada, não pode ser filmada”.

A arte de escrever roteiros compreende a organização harmônica das estruturas narrativas, de modo a prender a

atenção do expectador do começo ao fim da trama. E na execução do roteiro que todas as engrenagens são amar-

radas, de modo a deixar a história com começo, meio e fim, valendo-se de técnicas como antecipação, surpresa,

pontos de viradas, clímax e resolução.

Mas, afinal, como se constrói um roteiro? É possível concebê-lo organizando-o através da execução de

algumas etapas.

1. Ideia Um bom roteiro começa sempre a partir de uma ideia ou de algum acontecimento que provoca na mente

do escritor a necessidade e também a importância de relatá-lo. A busca por uma ótima “sacada” não é uma ativi-

dade fácil de se realizar. Você pode acompanhar algumas maneiras de descobrir boas ideias na lista abaixo:

a) Produto da vivência de cada um. São as experiências pessoais, as histórias de vida, as tragédias, supe-

rações, ou a pura observação do mundo e sua complexidade. Elas provêm da nossa memória e são evocadas das

experiências recentes, dos episódios de um passado remoto ou extraídas do ambiente que nos rodeia. Selecionar

ideias a partir da vivência é o ato de sonhar acordado. Não depende de outras pessoas ou de fatores externos.

1. Essa definição de roteiro, bem como e algumas ideias contidas nesta seção, foram retiradas do livro Da Criação ao Roteiro, de Doc Comparato (São Paulo: Artemídia ROCCO, 1995).

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Televisão | 133

b) Resultado da leitura e informação. Surge a partir da cultura e do conhecimento. Provém de pesquisas

em fontes interessantes, do acúmulo de informações, da análise de obras literárias, históricas, etc. Essa é, sem

dúvida, a maior fonte de ideias para qualquer pessoa que deseja ser criativa em vídeo. Todos os que aspiram ser

bons roteiristas devem reconhecer que a leitura é o melhor caminho para a aquisição de conhecimento e, conse-

quentemente, para a elaboração de ótimas ideias. Alguns autores dizem que as ideias são gratuítas e que apenas

esperam os roteiristas encontrá-las por meio da leitura.

Ilustração: Rascunhei uma ideia recentemente. É sobre pessoas que fazem algo de modo extraordinário. Creio

que dará um bom institucional para ser veiculado na TV Novo Tempo. A ideia surgiu a partir da convivência com

a dona Neide. Conheci essa senhora há cerca de oito anos, quando encomendei a ela um assado de espinafre.

Depois que experimentei pela primeira vez as suas iguarias, nunca mais deixei de comprar alguma coisa para

ocasiões especiais.

Ao descobrir o seu passado percebi que tinha uma boa ideia para um comercial institucional. Dona Neide é uma

excelente cozinheira. Na década de 1960 ela trabalhava para uma importante família de usineiros da região de

Limeira e Araras, interior de São Paulo. Nessa época, o governador do Estado, Paulo Maluf, participou de um

almoço preparado por dona Neide e depois de experimentar sua comida resolveu levá-la para cozinhar no Pa-

lácio dos Bandeirantes. Algum tempo mais tarde, o presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici,

após comer uma refeição preparada por dona Neide na sede do governo paulista, resolveu levá-la para Brasília.

Nossa personagem ficou alguns anos cozinhando na Granja do Torto. Teve a oportunidade de viajar para a Eu-

ropa e Estados Unidos, acompanhando as família de senadores e ministros. Hoje dona Neide está aposentada,

mora em Engenheiro Coelho e faz uma renda extra, preparando iguarias para ocasiões especiais. A grande sa-

cada desse episódio é que dona Neide é um exemplo perfeito do que o sábio Salomão escreveu em Provérbios

22:29: “Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto e não entre a plebe.” Acredito que esta

ideia dará um excelente vídeo sobre fazer algo bem feito. Servirá para estimular os jovens a se dedicarem no

trabalho e nos estudos, confiando que Deus tem uma promessa para aqueles que fazem seu trabalho de modo

extraordinário.

Page 134: Guia comunicação pontes de esperança

134 | Pontes de Esperança

Cuidado com o plágio! O plágio é a transcrição ipsis litteris de uma obra ou de um trecho sem dar o devido

crédito ao autor. A elaboração em cima da observação do mundo é diferente. O autor explora assuntos comuns,

a partir de ideias estabelecidas, mas faz isto a partir do seu ponto de vista. As referências são apenas pontos de

partida, devendo inclusive, ser citadas como informações bibliográficas nos créditos da obra audiovisual.

c) Fruto da imaginação. Esta é uma maneira de criar um roteiro que pode dar certo, porém é arriscada

no sentido de que a imaginação pode estar desconectada da realidade das pessoas ou ser fruto dos devaneios do

autor. Todo roteirista deve ser capaz de escrever mais do que os seus próprios pensamentos. Contudo, é a imagi-

nação que transforma uma informação adquirida ou arquivada num banco de ideias em um excelente vídeo. Essa é

a capacidade que a pessoa criativa tem de ver o que todo mundo viu e imaginar o que ninguém pensou. É o poder

de manipular os dados, de adaptar histórias, de observar um vazio nas grades de programação das emissoras e

preenchê-lo com uma sugestão impecável.

As ideias nascem com mais ou menos abundância a partir da curiosidade, dos questionamentos e da inte-

ligência de cada um. Há pessoas que observam tudo ao seu redor, que abandonam suas certezas e se relacionam

de maneira interativa com tudo o que as rodeia.

DICA 1: O processo criativo não convive bem com algumas atitudes bloqueadoras, tais como:

■ O conformismo com o que se é, ou que já está feito;

■ O autoritarismo, que impõe sempre a última palavra;

■ O medo do ridículo, que receia a opinião dos outros;

■ A intolerância contra o que é diferente ou tradicional;

■ O medo dos riscos envolvidos nas mudanças ou inovações;

■ A hostilidade das divergências, mesmo que benéficas;

■ A falta de avaliação das ideias e reflexões sobre elas;

■ Os sistemas normativos fechados que não admitem mudanças organizacionais.

DICA 2: Uma maneira de armazenar informações que podem virar um excelente projeto de vídeo é desen-

volver um arquivo de ideias. Você pode organizá-lo separando por áreas e reunindo informações que serão gatilhos

para a criatividade na hora de elaborar um roteiro. Faça isso com versos bíblicos, recortes de revistas, trechos de

livros, propagandas, reportagens, biografias, etc. Outro dia, assistindo um documentário sobre a história dos jogos

Page 135: Guia comunicação pontes de esperança

Televisão | 135

olímpicos, guardei dois trechos que poderão me ajudar a desenvolver uma excelente ideia para um vídeo sobre

perseverança. Quem não organiza as informações, as esquece rápido; portanto, aproveite esta dica e comece hoje

a registrar suas ideias em um bom arquivo.

2. Conflito ou trama Toda produção de vídeo deve considerar que a atenção do espectador é fortemente captada pela resolução

de situações conflitantes. Desde os desenhos mais ingênuos até as superproduções do cinema, a trama de um roteiro

é a confrontação entre forças opostas através das quais a ação se organiza e se desenvolve. Isto pode ocorrer por

meio da luta entre o gato e o rato ou entre um asteróide que vai destruir a terra e os cientistas que tentam explodi-lo.

Os conflitos exploram a dialética do homem, suas lutas internas e externas, as angústias, conquistas e frustrações.

Em geral, os conflitos predominantes nos roteiros são de três naturezas:

a) problemas humanos, caracterizados pela disputa profissional, pela formação da família, por problemas

financeiros, crimes, tragédias, guerras, terrorismo, etc.

b) conflitos entre forças ou problemas não-humanos. São as catástrofes naturais, como enchentes, terre-

motos, pestilências, etc., muito exploradas nos filmes de ficção.

c) Conflito entre forças ou problemas internos. É o homem tentando superar suas limitações, vencer uma

deficiência, superar um desafio intelectual, a luta contra um vício ou contra a dependência química e psíquica.

Encontrar e definir bem o conflito dentro de um roteiro é o grande teste para saber se a história é inte-

ressante. Uma dica prática é a produção do story-line. Esse é o termo usado para descrever o conflito-matriz do

enredo. Ele deve ser expresso em poucas palavras, algo como três a sete linhas. O story-line deve destacar que algo

acontece, que traz consequências e, portanto, precisa de uma solução. Não se deve confundi-lo com a sinopse, que

é a visão de conjunto e uma descrição global do que trata o projeto.

DICA: O story line do filme institucional Velho Joga Fora, feito para a Igreja Adventista pelos alunos de

publicidade do Unasp, turma de 2004, poderia ser escrito assim: “O índice crescente de maus tratos aos idosos é

assustador. Numa sociedade caracterizada pelo descartável, muitas famílias pensam que podem fazer o mesmo

com seus velhinhos. Afinal, se jogamos objetos velhos no lixo, o que fazer com os avós? ”

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136 | Pontes de Esperança

Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - Unasp Cliente: Igreja Adventista do Sétimo DiaProduto: InstitucionalTítulo: Velho Joga Fora

Numa casa, mãe e filha fazem uma limpeza geral e jogam produtos velhos no lixo. O filho mais novo observa tudo e fica aflito com o destino do vovô.- Filha: Mãe, o que eu faço com o casaco xadrez? - Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!- Filha: E essa bolsa sem alça, o que eu faço?- Mãe: Se tiver muito velha, joga fora!- Filha: E esse tênis, está com um cheiro horrível!- Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!- Mãe: Tudo que estiver velho nesta casa é pra jogar fora!- Garoto: E o vovô?- Lettering: No Brasil, cerca de 145 mil idosos, por ano, são maltratados e abandonados por suas famílias. - Filha: Acorda vovô, você está sonhando.

- Assinatura: Igreja Adventista do Sétimo Dia

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Televisão | 137

NÃO SE ESQUEÇA: Em publicidade e propaganda, o conflito ou a trama serve apenas para destacar o pro-

duto, objetivando aumentar suas vendas. Quando se trata de temas bíblicos e ideológicos, esses mesmos conflitos

ou tramas servem para fixar a mensagem. A força deve sempre se concentrar no conteúdo a ser transmitido e não

na trama em si mesma. É a abordagem dos valores cristãos que enriquece projetos feitos para o evangelismo e sua

fixação deve ser o principal objetivo do vídeo.

3. Personagens São os personagens que dão vida ao roteiro. Ao escrever as primeiras linhas de uma ideia deve-se ter em

mente a presença desse elemento de ligação entre a criação audiovisual e o seu público alvo. Ele é o elemento

humano, comum entre autor e espectador. Uma vez concebida a ideia, é fundamental criar os personagens em to-

das as dimensões. a) Os aspectos interiores, que dão personalidade ao personagem : Através dessas informações,

que podem ser totalmente explícitas ou apenas sugestivas, revelam-se detalhes estratégicos para a compreensão

e fixação da mensagem a ser transmitida. b) Os aspectos exteriores: os seus relacionamentos, sua condição finan-

ceira, o que faz para viver, como se relaciona com o patrão, com seu cônjuge, suas experiências de vida, etc. Esses

aspectos podem indicar sua autoridade para endossar a lição central defendida no filme.

Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - UnaspCliente: Igreja Adventista do Sétimo DiaProduto: InstitucionalTítulo: Apressado O personagem do filme Apressado criado pelos alunos de publicidade do Unasp-EC, turma de 2006, reflete bem a caracterização de um personagem. Um homem sempre com pressa, de tênis, bermuda, camisa e gravata. Ele tenta correr enquanto come e trabalha em seu notebook. Uma situação caricata da realidade de muita gente. O personagem, que simboliza o homem moderno, reflete confusão, falta de controle do trabalho e da vida pessoal.

Page 138: Guia comunicação pontes de esperança

138 | Pontes de Esperança

4. Ação dramática Ação dramática (ou estrutura dramática) é a maneira como o roteirista explica sua história para o público.

É a estratégia mais criativa, harmoniosa e emocionante de narrar um episódio em vídeo. Numa narrativa oral, os

acontecimentos relatados parecem acontecer como um bloco, sem divisões. Num projeto de vídeo para televisão,

essa mesma história deve ser montada a partir de pequenos fragmentos, numa determinada ordem que reforce

os pontos centrais estabelecidos para fixar a essência da mensagem e obter o máximo de atenção. Um produtor

criativo distingue-se pela maneira como organiza e monta essas unidades.

A estrutura dramática é divida em sequências e planos. Os planos são a forma, o ângulo, a distân-

cia, etc., pelos quais a câmera grava a cena. A sequência é um conjunto de cenas de um vídeo que se pas-

sam num só ambiente ou que se caracterizam por certa unidade de ação. Uma das estruturas mais im-

portantes na elaboração de um roteiro é a utilização do plot point (ponto de virada). Ele é um evento ou

incidente que engancha na ação e a reverte para frente e noutra direção. Ele defende a história e evita que ela

perca a intensidade. Pode-se afirmar que o sucesso de qualquer iniciativa em vídeo depende da clareza dos plot’s.

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Televisão | 139

Agência: TalentCliente: IpirangaProduto: Postos IpirangaTítulo: Ambulância

Nos corredores de um pronto-socorro, médicos apreensivos empurram uma

maca com um paciente em estado grave e chegam até uma ambulância que está sendo

cuidadosamente lustrada por um funcionário.

- Funcionário: O quê? Colocar ele aqui? Que é isso gente, acabei de lavar!

(os dois médicos se olham sem entender)

- Funcionário: Gente, carro branco... suja! Quer que eu chame um táxi?

(o paciente solta um gemido de dor) - Funcionário: Tá vendo? Vai emporcalhar tudo lá dentro. (corta para imagens de um posto Ipiranga)Locução: Se você é apaixonado por carro como todo brasileiro, você tem de passar num posto Ipiranga.

Nota: Nesse caso, o plot point é a reação do motorista. Essa atitude muda toda a lógica da história e serviu para surpreender, chamar a atenção e fixar a mensagem que o co-mercial deseja transmitir.

Para contar a sua história em vídeo, monte-a a partir de pequenas partes. Tente imagi-

nar as cenas e sua relevância para a compreensão da mensagem. Existem vários tipos de cenas:

a) cenas de exposição: esclarece os motivos, os problemas, a trama central (cuidado para não ser demasia-

damente explicativo e redundante). b) cenas de preparação: informam as complicações que virão a seguir

(não deixe que se perca a curiosidade). c) cenas de clímax: são o ponto alto da trama, também conhecidas

como cenas obrigatórias.

Ao trabalhar em uma ideia para vídeo, filme, documentário ou qualquer outro programa para te-

levisão, pense antes:

Page 140: Guia comunicação pontes de esperança

140 | Pontes de Esperança

■ O assunto ou problema ficam claros no princípio da estrutura? Eles são realmente importantes?

■ Quantas cenas são necessárias para expor o problema?

■ Há credibilidade, relevância e interesse no assunto?

■ Quantos plot’s existem? São suficientes?

■ A crise ou problema estão bem colocados dentro da ação dramática?

■ Quais são as cenas essenciais? De que maneira diferente se especifica o passar do tempo?

■ O conflito-matriz (base central da ação dramática) está bem exposto na estrutura?

■ Esse conflito está no local adequado? Ele é dramaticamente forte?

■ A resolução do conflito é satisfatória ou deixa algo pendente no ar?

■ A maneira como foi desenvolvida a estrutura mostrou-se criativa, harmoniosa e convincente?

5. Diálogos O diálogo é o intercâmbio discursivo entre os personagens. É o corpo da comunicação numa obra au-

diovisual. Serve para caracterizar os personagens, dar informações sobre a história e posicionar a mensagem

dentro da ação. As possibilidades de utilização dos diálogos e das narrações são muito variadas, mas deve-se

prestar atenção em alguns pontos fundamentais: num vídeo o texto é para ser falado, o que o torna diferente

de diálogos literários. A escolha léxica precisa estar de acordo com a cultura do personagem. Cada classe social

emprega sua própria terminologia. Em vídeo a imagem predomina. Se algo pode ser mostrado, elimina-se essa

informação no diálogo.

É pela palavra que se move o mundo, que o político inflama a nação, que a criança emociona seus pais, ou

que um mal-entendido destrói uma relação. Pela palavra Deus criou o mundo e o pregador pode encaminhar pes-

soas a Jesus Cristo. A palavra é agente da emoção. Por meio da palavra os personagens conferem o tom da trama,

contando uma história ou dando informações sobre um produto. Escrever bons textos pressupõe sensibilidade.

“A coisa dita qualifica quem diz. Assim, se você usa um diálogo rebuscado, repleto de termos ininteligíveis,

podemos imaginar o seu personagem como um juiz, e não como um mecânico. Se carrega nas gírias, ele pode ser

jovem. Se o diálogo é repetido, cheio de clichês e cacoetes verbais, pensamos em um jogador de futebol e não em um

acadêmico. Com emoção exagerada, adjetivos delicados que praticamente choram, pode ser uma garota que tomou

um fora, nunca um machão. Um diálogo com sotaque sempre remete a uma pessoa do interior. Assim, antes de cons-

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Televisão | 141

truir a fala do personagem, conheça-o. Conheça o seu perfil, a educação, o comportamento dos mais variados tipos

humanos, do traficante ao padre” (Tiago Barreto, Vende-se em 30 segundos p85.)

6. Trilha sonora “Se os olhos são as janelas da alma, os ouvidos são as portas que levam a ela”. Tiago Barreto. A música

tem a chave para abrir muitas portas e conduzir o espectador ao local onde o roteirista imaginou para ele. O

som traz consigo imagens, sensações, lembranças, traumas e valores guardados no mais íntimo da alma humana.

A música não serve apenas para emocionar. Ela pode contribuir para o riso, para a surpresa, para a misericór-

dia e para a reflexão. As trilhas podem permanecer durante todo o vídeo ou podem figurar em pontos específi-

cos, para aumentar a dramaticidade. Como tudo num roteiro, a trilha deve ter uma razão para existir. Não deve

ser encaixada apenas porque é bonita. Em alguns casos, o máximo de impacto exige silencio.

Conclusão As considerações apresentadas neste capítulo não têm por objetivo resolver as dificuldades inerentes ao

trabalho de produzir vídeos. Essa é tarefa árdua, para poucos. O foco deste texto não foi direcionado aos produ-

tores, cinegrafistas ou editores que realizam um trabalho técnico e especializado, mas a todas as pessoas que têm

boas ideias e podem contribuir para a criação de projetos bem fundamentados, com boas ideias e olhares criativos

sobre as necessidades humanas e espirituais de nossos dias.

Com a facilidade de acesso aos equipamentos de vídeo, a tarefa de produzir não é a mais difícil. Complexo

é criar com inovação e conteúdo. Por essa razão o foco aqui não se concentrou nas técnicas de edição ou ilumina-

ção, mas na reflexão sobre a criação, conteúdo e mensagem. Os equipamentos são carros sem motorista. É preciso

saber conduzi-los. Nenhuma câmera ou ilha de edição será capaz de atingir o coração da alma ferida se uma mente

criativa e iluminada pelo Espírito Santo não lhe dirigir o olhar.

Page 142: Guia comunicação pontes de esperança

142 | Pontes de Esperança

BibliografiaBARRETO, Tiago. Vende-se Em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo:

Senac, 2004.

COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. São Paulo: Editora Artemídia ROCCO, 1995.

REY, Marcos. O Roteirista Profissional – Televisão e Cinema. São Paulo: Editora Ática, 2001.

FIELD, Syd. Manual do Roteiro: os Fundamentos do texto cinematográfico – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

AYAN, Jordan. AHA!.3ª Ed. São Paulo: Negocio Editora, 2001.

BARRETO, Roberto Menna. Criatividade no Trabalho e na Vida. 2ª Ed. São Paulo: Summus Editorial, 1997.

PREDEBON, José. Criatividade: Abrindo o lado Inovador da mente. 4ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.

LEVINSON, Jay Conrad. Criatividade de Guerrilha. Rio de Janeiro: MAUAD, 2004.

DE MASI, Domenico. O Ócio Criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

Fontes:• http://www.films.com.br/oito.htm

• http://www.roteirista.com/index.htm

• http://www.roteirosonline.com.br/Paginamestre.htm

Page 143: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia

Page 144: Guia comunicação pontes de esperança

144 | Pontes de Esperança

Noções básicas de fotografia Fazer uma boa foto não significa ter uma câmera com todos os megapixels possíveis, ou que seja da marca

mais famosa. Fazer uma boa foto é uma escolha. Uma forma de ver uma determinada cena ou situação e, por meio

do apertar de um botão e congelar o momento para transmitir a mesma informação que foi vista pelo olho usando

a fotografia.

Com o advento das câmeras digitais, grande parte dessa preocupação em registrar a informação, e não

apenas o momento, ficou relegada a segundo plano, se não mesmo esquecida.

A instantaneidade das câmeras digitais, o “não custo” das fotos, tornou o processo de registro uma forma

banal de passatempo, onde o que vale é apenas fazer um gesto ou expressão facial diferente para se ter uma foto

considerada “boa”.

Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. O fotógrafo não pode dis-

pensar uma compreensão integral do real motivo que o leva a fazer determinada foto.

A primeira decisão a ser tomada é se sua abordagem será objetiva – para se obter a reprodução dos fatos

– ou subjetiva – no qual o fotógrafo fará um comentário visual ou expressará a sua opinião sobre o que está foto-

grafando.

Para se produzir boas fotos, é necessário utilizar a inteligência. Não basta apenas o conhecimento técnico

do funcionamento da máquina, mas questionar-se a respeito do que está sendo realizado do objetivo da imagem e

do uso que ela terá.

Ao observar uma paisagem, será que ela deveria ser fotografada apenas por ser bonita ou impressionante?

O que mais chamou a atenção para a foto? O céu, as cores, o terreno? Os elementos que a compõem? A luz que

incide em determinado ponto? Elementos em primeiro plano ou apenas um detalhe?

Uma vez formuladas essas perguntas, suas respostas virão de forma rápida e proporcionarão ao fotógrafo

uma consciência maior do que está realizando e, como resultado, uma fotografia melhor.

Page 145: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia | 145

Composição Além de um tema consistente ainda há alguns passos que podem ser seguidos para se conseguir

melhores resultados na fotografia. Tais passos compreendem regras simples de composição, que contribui-

rão para o sucesso da mesma. A composição nada mais é que a distribuição dos elementos e montagem da

cena coberta pela área de visão.

Um dos princípios básicos de composição é sobre o centro de interesse, ou assunto da foto. Esse

não deve ser necessariamente o centro da foto. Embora seja natural apontar a lente para o assunto e

centralizá-lo, na maioria das vezes; causará um efeito negativo. Como a tendência natural é a de olhar o

centro da foto, se o assunto for deslocado desse ponto, o observador focará sua atenção primeiro no pon-

to em que ele estiver e, depois, deslocará o olhar para o centro.Isso resultará em uma “varredura” de toda

a imagem com o olhar.

Se o assunto está ao centro, o observador focará sua atenção naquele ponto e não se preocupará

em observar o restante da foto.

Regra dos terços Esta regra é um dos princípios da boa composição, aplicando-se não só à fotografia, mas a todas as

áreas onde se trabalha com elementos visuais.

Recebe esse nome pois implica na divisão da cena em três partes iguais, tanto na vertical quanto na ho-

rizontal, como um jogo da velha.

Page 146: Guia comunicação pontes de esperança

146 | Pontes de Esperança

A intersecção das linhas cria quatro campos focais (A, B, C, D). Esses pontos, chamados de terços, consti-

tuem centro passivo de atenção para quem olha uma cena.

A regra dos terços nos diz para colocarmos o assunto de maior atenção em algum dos terços da cena. Não

é necessário que todos os pontos sejam ocupados, mas que em algum deles seja situado o elemento principal da

foto. Em alguns tipos de fotos, esse conceito pode ser até desprezado, mas deve ser a principal regra a ser seguida.

Primeiro plano Uma foto bem composta depende do equilíbrio de seus elementos. Portanto, tão importantes quanto a

cena central são o fundo e o primeiro plano. Objetos situados próximos à câmera podem realçar certos aspectos

da cena ou desviar a atenção do que é importante. Por isso, ao fotografar, deve-se ter consciência do resultado que

se deseja.

Objetos em primeiro plano são especialmente úteis para caracterizar situações específicas. Por exemplo,

uma foto representando um momento de leitura pode ter em primeiro plano elementos que se relacionem com o

prazer de ler, valorizando a foto.

Fundo da foto Muitas vezes, ao fotografar uma cena, existe a tendência de se preocupar apenas com o assunto que está

em primeiro plano, sem dar atenção aos elementos que compõem o fundo. A interferência de elementos pode

prejudicar a leitura e a melhor compreensão da foto, principalmente quando cria composições bizarras ou entra

em conflito com o primeiro plano, seja pelos elementos, luzes ou cores inadequadas.

Linhas Para aprimorar as fotos, podem ser usadas linhas imaginárias dentro do assunto ou objeto. As linhas con-

tribuem para juntar as coisas, para dar um sentimento de fluência à paisagem, “envolver” o conjunto ou relacionar

entre si as coisas em diferentes partes da cena.

Page 147: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia | 147

Os triângulos, as forma ovais ou em “S” parecem

fluir mais, como que obrigando o observador a ver

a imagem mais ativamente.

As imagens em linha alongadas, convergentes

(formadas por perspectivas acentuadas) atra-

em rapidamente a atenção dos olhos para seus

pontos convergentes.

Page 148: Guia comunicação pontes de esperança

148 | Pontes de Esperança

Uma massa de linhas curtas em ângulos diferentes

em todas as direções, contribui para sugerir excita-

ção, confusão e caos.

Linhas do horizonte Tal como na pintura, a escolha da posição do horizonte é um dos recursos para se dar ênfase no assunto,

criar efeitos especiais ou equilibrar os elementos da fotografia. A linha do horizonte funciona ainda como uma es-

cala de referência. Conforme a posição, as proporções dos elementos se alteram.

Linha do horizonte no centroLinha do horizonte no terço inferior

Page 149: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia | 149

Zoom ótico X zoom digital O zoom ótico aproxima a imagem por um jogo de lentes dentro da câmera e não distorce a imagem. Já o

zoom digital apenas amplia eletronicamente uma imagem existente. Esse tipo de zoom deve ser evitado, uma vez

que ele provoca muita distorção na imagem.

Resolução da foto Megapixel é o termo utilizado nas câmeras digitais para dizer o quanto uma imagem poderá ser ampliada.

O mínimo recomendável para se revelar uma fotografia digital no formato 10x15cm é de 1.3 megapixels. Uma re-

solução de 1.3 megapixels significa que existem aproximadamente 1,3 milhão de pixels na imagem, ou seja, uma

imagem de 1280 pixels de largura por 1024 pixels de altura tem exatamente 1.310.720 pixels. (Fonte: Wikipédia)

Levando em consideração que as fotos geralmente são retocadas antes de ser publicadas e, às vezes, se

aproveita apenas parte da foto, o ideal é usar sempre resolução máxima da câmera.

Uso do Flash O flash embutido que vem na maioria das câmeras é de curto alcance, geralmente de dois a três metros,

no máximo. Atenção com fotos noturnas em ambientes grandes. Em muitos casos, é preferível desligar o flash.

Para evitar que as fotos fiquem tremidas quando se desliga o flash, é recomendado o uso do tripé.

Linha do horizonte no terço superior

Page 150: Guia comunicação pontes de esperança

150 | Pontes de Esperança

Cuidado com a luz de fundo Evite fotografar em um local que tenha muita luz de fundo em relação ao objeto a ser fotografado. Exem-

plo: janela ou sol por detrás das pessoas.

O ideal é inverter o ângulo de foto: o fotógrafo deve ficar de costas para a luz. Não sendo possível, utilize

um flash para dar nitidez às pessoas a serem fotografadas.

Lembre-se Antes de clicar a sua câmera, faça as seguintes perguntas a fim de obter um bom resultado:

■ Qual é o objetivo da foto?

■ Quem ou qual é o assunto principal?

■ O que deve ser o resultado? Pessoas, arquitetura, cores ou texturas?

■ Quem será o público da foto?

Lembre-se de que um mesmo assunto pode ser interessante de formas diferentes à públicos diferentes.

No caso de fotos para artigos na Revista Adventista, ASN (Agência Sul-Americana de Notícias) ou para o boletim

da igreja, sempre se deve usar em primeiro plano a imagem das pessoas.

Check list ■ Carregar as baterias da máquina fotográfica e do flash;

■ Ter baterias de reserva;

■ Limpar o cartão de memória;

■ Limpar a lente da máquina fotográfica;

Page 151: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia | 151

Postura do fotógrafo em eventos religiosos

Com o progresso da fotografia digital e a competição do mercado fotográfico, adquirir uma câmera digital

já não é mais um sonho distante. Desta forma, a fotografia está acessível a pessoas de diferentes idades e níveis

econômicos.

Esse progresso pode ser facilmente percebido também no público cristão que tem usado suas câmeras para

registrar eventos, cerimônias e momentos de confraternização nas igrejas.

Mas qual o limite para se obter a foto desejada?

A fotografia tem um papel importante dentro da missão da Igreja. Realizada de forma adequada, ela auxilia

no registro da memória da igreja local e colabora para a divulgação de suas atividades.

Na busca pelo melhor ângulo, há fotógrafos, leigos ou profissionais, com uma câmera fotográfica na mão,

não se importando em interferir na programação, agindo como se não estivessem numa reunião religiosa.

Um exemplo de como a fotografia se torna um irreverente estorvo, ao invés de uma útil ferramenta, ocorre

durante as cerimônias de batismo. Amigos e familiares desejam registrar o momento. Para não perder a hora certa

do clique, todos se posicionam perto do tanque batismal.

Como há pelo menos um fotógrafo para cada batizando, o resultado é um batalhão de pessoas à frente da

igreja tirando a atenção e visão do público, além de causar tumulto e irreverência. O mesmo vale para os demais

eventos religiosos ou outras programações especiais.

A maioria das câmeras utilizadas pertence à da categoria compacta. Como essas câmeras são limitadas

quanto à velocidade do obturador, sensibilidade da luz e zoom, é comum o fotógrafo conferir no monitor a imagem

e refazê-la até atingir o resultado desejado. Em alguns casos, essa limitação do equipamento e as condições ruins

de iluminação e posicionamento resultam em uma imagem inútil, que não poderá ser utilizada.

Falando em foto inútil, vale destacar as fotos feitas por celulares. Como o zoom desses equipamentos é

quase inexistente, as pessoas se posicionam ainda mais próximas aos objetos a ser fotografados, registrando ima-

gens que só serão utilizadas no próprio aparelho, com péssima resolução. A pergunta que se deve fazer é: “Vale a

pena atrapalhar o pregador, desviar a atenção de 50, 100 ou 150 pessoas para obter uma foto que não vou utilizar?”

A resposta é fácil.

Page 152: Guia comunicação pontes de esperança

152 | Pontes de Esperança

Propósito, qualidade e quantidade Apertar o obturador é a última etapa de um longo e fundamental caminho que passa pela técnica e lingua-

gem fotográfica. Um dos primeiros passos antes de se começar a fotografar é saber claramente quais os propósitos

do registro.

■ Qual o objetivo da captura?

■ Onde serão usadas as fotografias?

■ Essa foto é tão importante a ponto sua execução tirar a reverência do ambiente?

A fotografia digital viabiliza a captura de muitas imagens sem o custo do filme. Muitos iniciantes se impres-

sionam com essa vantagem, com o número de fotos que um cartão de memória é capaz de armazenar e compram o

equipamento tendo em mente a grande quantidade de imagens que serão registradas, não a qualidade das mesmas.

Basta pensar um pouco para perceber que mais vale ter 15 fotos de qualidade, que comuniquem claramen-

te o que aconteceu no evento e que poderão ser impressas posteriormente, do que uma pasta com 100 imagens em

baixa resolução, com enquadramento inadequado, tremidas, escuras, que jamais serão utilizadas. O que importa é

a qualidade, não a quantidade.

Elaborar um arquivo digital para a igreja de fotos de eventos, reuniões, cerimônias, fazendo parte da história.

Dicas de postura na hora de fotografar Reúna pessoas com disposição para se qualificar no ato de fotografar eventos promovidos pelas igrejas.

Para tanto, destacamos algumas dicas básicas:

■ Escolha e capacite um grupo de fotógrafos em sua igreja.

■ Denomine um grupo de pessoas para ser os fotógrafos oficiais de sua congregação. Dessa forma, a igreja terá

mais qualidade em seus registros e menos irreverência.

■ Não teste sua habilidade fotográfica apenas no momento do evento. Com a igreja vazia, faça testes de luz e

posicionamento. Assim, você saberá as regulagens ideais da câmera e os melhores lugares para o fotógrafo se

posicionar, evitando percorrer a igreja atrás de um bom ângulo e tentar diversas vezes a mesma foto enquanto

a programação é realizada.

■ Pense bem antes de iniciar a jornada fotográfica em um evento. Reveja o propósito das imagens e registre

somente o necessário.

Page 153: Guia comunicação pontes de esperança

Fotografia | 153

■ Saiba antecipadamente qual tipo de iluminação será utilizada e tenha em mãos a programação do evento

para se posicionar melhor na igreja e evitar surpresas desagradáveis.

■ Fale antecipadamente com os organizadores do evento para saber quais os momentos mais relevantes a ser

registrados. Lembre-se de que o importante é a qualidade das imagens, não a quantidade.

■ Faça parte do seleto grupo dos PQLM – Pessoas Que Leem o Manual! Conheça todos os recursos de sua

câmera para obter os melhores resultados e evitar fotografar em condições nas quais seu equipamento não

corresponderá à necessidade local. Por isso é importante não se contentar com o modo automático da câmera

e aprimorar sua técnica.

■ Use roupas neutras e sem muitos detalhes. O fotógrafo precisa se vestir discretamente para chamar o mínimo de

atenção possível. Mulheres devem tomar o cuidado com o comprimento das saias e os saltos altos que, dependendo

do piso, fazem um som significantemente perceptível.

■ Oriente os fotógrafos visitantes e produtoras que registrarão eventos em sua igreja sobre a postura que de-

vem ter no registro das imagens.

■ Eventos grandes. Os organizadores de eventos com grandes públicos conhecem a dificuldade de conter a

massa de fotógrafos que se debate em frente ao palco para captar os melhores momentos da programação.

■ Para camporis e batismos com grande número de batizandos, a sugestão é ter uma equipe de fotógrafos,

devidamente identificados.

■ No caso de batismos com vários tanques, o ideal é ter um fotógrafo para cada tanque batismal. Dessa

forma, não há tumulto e o fotógrafo pode registrar todos os batizandos e entregar posteriormente as fotos

com alta qualidade para impressão. A dificuldade nesse processo é fazer os familiares entenderem que não

poderão fotografar. Um argumento forte é o de que em uma cerimônia com 100 batizandos, por exemplo, a

atuação de 100 fotógrafos será um caos certo.

Page 154: Guia comunicação pontes de esperança

154 | Pontes de Esperança

Informações na internet A internet oferece uma gama incrível de informações. Para aprimorar sua técnica e linguagem fotográfica, a

forma de comunicação é rápida, simples e dinâmica. Pesquise em fóruns como:

• www.fotografiabrasil.com

• www.mundofotografico.com.br

• www.digiforum.com.br

• www.flickr.com/groups/advfoto (grupo dos fotógrafos adventistas)

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Comunicação digital

Page 156: Guia comunicação pontes de esperança

156 | Pontes de Esperança

De todos os capítulos deste guia, sem dúvida este é o que mais corre o risco de ficar desatualizado rapi-

damente, dada a velocidade com que as coisas se transformam e são criadas na internet. Por isso mesmo não é o

objetivo deste capítulo descrever o funcionamento de softwares ou ensinar como programar sites, já que são parti-

cularidades técnicas que vão ficar obsoletas. Em vez disso, o capítulo visa explorar as definições e conceitos de cada

ferramenta disponível para que a igreja use a internet de maneira que mesmo mudando os softwares ou surgindo

novos serviços, a ideia básica seja preservada.

Quão relevante a internet é na comunicação da Igreja na América do Sul? O rádio demorou mais de 50 anos

para atingir um milhão de usuários no mundo. Mas até hoje é muito complicado abrir e manter uma emissora de rádio,

além de muito caro e dependente das leis de cada país.

A televisão demorou menos de 20 anos para atingir um milhão de usuários, e é ainda mais complicado e caro

abrir e manter um canal de televisão em qualquer parte do mundo. No entanto, a internet surgiu comercialmente na

década de 1990 e, em menos de um ano já tinha mais de um milhão de usuários. Além disso é muito acessível e simples

a criação e manutanção de um site próprio.

Prova dessa verdade de adoção em massa é que hoje 30% da população mundial ou é usuária direta da

internet (acessa pessoalmente) ou é beneficiária direta dela (alguém acessa para a pessoa resolver coisas particu-

lares). Se considerarmos então os beneficiários indiretos (pessoas que não usam internet, mas são atendidas por

pessoal que a usa no atendimento, como no caso de serviços do governo, por exemplo), chega-se a mais de 60% da

população mundial!

O número de usuários de internet no mundo chegou a 2 bilhões de pessoas em 2012, ultrapassando a um

quarto da população mundial. Segundo previsão da consultoria Jupiter Research, o crescimento será principalmen-

te em economias emergentes, em países da América do Sul, Rússia, Índia e China, alcançando os maiores índices de

crescimento. A Igreja Adventista, portanto, não pode deixar de explorar corretamente esse meio de comunicação,

e essa exploração passa pelas igrejas locais. Afinal, pesquisas mostram que assuntos de interesse local são a terceira

motivação para as pessoas acessarem sites, ficando atrás apenas de envio de e-mails e buscas por mecanismos de

pesquisa como o Google.

E estamos certos de que tão logo esse manual chegue às suas mãos, esses dados já serão outros.

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Comunicação digital | 157

A internet comunicando esperança A internet permite conectar pessoas que, de outra forma, jamais teriam contato umas com as outras. Essa

característica torna a internet um dos meios mais eficazes para comunicar a mensagem adventista de esperança a

pessoas que, de outra forma, não seriam alcançadas.

Apesar de o meio ser tecnológico, falar de Jesus na internet segue os mesmos princípios dos meios conven-

cionais: lidamos com pessoas; essas pessoas possuem sentimentos, expectativas e conceitos pré-concebidos; elas

estão a procura de algo; precisam de amor e atenção.

Por outro lado, existem algumas diferenças como: não se está fisicamente diante da outra pessoa; a infor-

mação pode ser mais aprofundada e o tempo, horário e distância não são barreiras na comunicação.

Na internet, a maneira como comunicamos também pode assumir vários formatos, como, por exemplo:

textos, imagens, vídeos e animações. Assim, a mensagem pode ser passada de maneira mais rica e distribuída ex-

ponencialmente, uma vez muitas pessoas podem ter acesso à mesma informação.

Como a internet está em constante evolução, a cada dia surgem novas maneiras e meios que podem ser

explorados para levar a mensagem de salvação. As redes sociais, como Twitter, Youtube, Facebook, entre outros,

quando devidamente utilizadas, podem ser uma valiosa ferramenta para conhecer pessoas e comunicar a mensa-

gem de esperança.

Os blogs também podem ser muito úteis quando utilizados para discutir, de maneira menos formal, assun-

tos específicos ou do dia a dia em comparação com a abordagem bíblica.

Atualmente, os vídeos estão se tornando num dos principais formatos de mensagem no mundo da web. A

imagem em movimento combinada com o som pode tornar a mensagem mais clara, compreensível e de fácil memo-

rização. Por esse motivo, clipes musicais, estudos bíblicos e palestras são tão procurados na internet atualmente.

No entanto, para a disponibilização de qualquer conteúdo é necessária a permissão do autor e respeito às

leis de direitos autorais.

Apesar das grandes vantagens que a internet oferece, ainda existe o receio de que ela se torne um ambien-

te virtual perigoso para as pessoas. Aqui valem, mais uma vez, o sábio conselho de Jesus: “Sejam simples como a

pomba e prudentes como a serpente” (Mt 10:16).

Mais que uma forma de entretenimento, a internet se tornou essencial para o estudante e o profissional

realizarem suas atividades. A comunicação do homem moderno depende em grande parte dela. Por esse motivo,

Page 158: Guia comunicação pontes de esperança

158 | Pontes de Esperança

é importante que os pais e a igreja assumam o compromisso de educar e alertar a sociedade para os perigos do

mundo da web, bem como para sugerir maneiras de uso sadio, nobre, educativo e evangelístico.

Planejamento de websites

Planejamento inicial Websites, sítios da web ou simplesmente sites, são áreas de conteúdo que podem ser acessadas, a prin-

cípio, por qualquer pessoa com acesso à internet, bastando para isso digitar um “endereço” que a direcione para

lá. O mais importante para um diretor de Comunicação de uma igreja, para quem se destina este guia, não é saber

como se programa um site, mas para que ele serve e como se pode explorá-lo da melhor maneira para a função do

departamento.

Basicamente, um site contém as informações relevantes a determinado grupo de pessoas que têm acesso

a internet. Os dois erros mais comuns observados nos sites desenvolvidos para igrejas ou grupos religiosos, são os

seguintes:

1. Desenvolver um site com conteúdo que interesse ao autor, mas não ao público alvo (exemplo: fotos

de eventos internos da igreja num site “missionário”).

2. Desenvolver um site com conteúdo interessante para um público que não acessa a internet (exem-

plo: ficha de inscrição para recebimento de cestas básicas para famílias carentes).

Os dois exemplos acima são reais e mostram que o mais complicado no desenvolvimento de sites não é a

programação, mas o planejamento.

Para fins didáticos, vamos simular o projeto de um site para a igreja, a fim atender o público interno. Serão

cinco etapas para a construção. Para outros sites com outros objetivos, considere as mesmas etapas e adapte ao

conteúdo necessário.

Page 159: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 159

Etapa 1Definições básicas

Nessa etapa, algumas definições precisam ser tomadas e colocadas no papel, para que sirvam de guia para

o restante do desenvolvimento do site.

Para isso, convoque uma reunião com algumas pessoas-chave: você, como diretor de Comunicação, sua

equipe de trabalho, uma pessoa que entenda de desenvolvimento tecnológico de sites para poder opinar sobre

prazos de desenvolvimento e funcionamento e, se possível, o pastor da igreja.

As definições a ser tomadas são simples, mas importantíssimas, e vão determinar todo o restante do traba-

lho no projeto. São elas:

■ Objetivo: qual o objetivo da existência do site?

■ Público: qual é o público para o qual esse site está sendo desenvolvido?

■ Conceito de funcionamento:

• Será um site em que as pessoas apenas lerão informações?

• Vão poder trocar informações entre elas?

• Vão poder fazer downloads e uploads?

• Vão precisar de senha para entrar em alguns conteúdos?

• Será tudo de acesso livre?

■ URL: qual será o endereço do site?

■ Cronograma: quanto tempo se deverá levar para o desenvolvimento de todo o site?

■ Fluxograma: quais as fases de desenvolvimento do site?

■ Equipe: quais pessoas estarão envolvidas no desenvolvimento do site?

Com essas definições em mãos, fica bem mais simples contatar todos os envolvidos, determinar prazos e

acompanhar o desenvolvimento correto.

Etapa 2Definições dos grupos de conteúdo

Nessa etapa é desenhado, pela primeira vez, o que se convencionou chamar de “mapa do site”: uma visão

geral, em forma de organograma, de todos os “compartimentos” que o site terá e as conexões entre eles. No caso

de um site para a igreja, por exemplo, cada departamento pode ter um canal, um “compartimento” dentro do site,

e departamentos como Desbravadores e Aventureiros podem ter conteúdos em comum.

Page 160: Guia comunicação pontes de esperança

160 | Pontes de Esperança

Com o desenho do mapa do site e a visualização dos grupos de conteúdos, pode-se então determinar quem

serão os responsáveis por desenvolver o conteúdo, isto é, escrever e adicionar imagens, vídeos e outros arquivos,

para cada grupo.

Note que a pessoa que irá desenvolver o conteúdo não precisa saber nada sobre internet, pois não é ela

que vai se ocupar de colocar todo o conteúdo gerado em formato de internet, mas tão somente criar o conteúdo

correto dentro de sua área de competência.

Consultar outros sites de outras igrejas para ter uma ideia nova, melhora-la e colocar em uso.

Etapa 3Desenvolvimento de conteúdo e layout Nessa etapa, cada responsável pelo conteúdo de seu “compartimento”, seu canal, deve selecionar as in-

formações que quer que estejam disponíveis no site e que retratem com precisão os objetivos específicos de cada

departamento.

Ao “encomendar” esse desenvolvimento, você, como coordenador do projeto, deve orientar cada “autor”

sobre alguns princípios básicos de criação de conteúdo para internet. Faça um convite formal, por escrito, dando

uma data de término para a produção de acordo com o cronograma fechado na ETAPA 1, juntamente com as se-

guintes orientações:

■ O site tem por objetivo informar sobre o funcionamento de cada departamento da igreja e suas programa-

ções (agendas). O conteúdo, portanto, está sendo desenvolvido para o público interno da igreja (lembre-se de

que estamos usando esse exemplo; para outros sites essa introdução deve ser adaptada ao objetivo e público

corretos).

■ Havia uma tese que usuários de internet gostam de ler textos curtos com informações resumidas, e que,

portanto, se deveria evitar a inclusão de textos longos no conteúdo que está sendo desenvolvido. Entretanto

essa tese já foi contestada. As frases devem ser curtas, mas o texto pode ser longo. Muitas vezes procuramos

na web o detalhamento e informações que não recebemos nas outras mídias que possuem limitação maior de

tempo e espaço.

■ Imagens, vídeos e sons enriquecem a compreensão do conteúdo. Adicione o máximo que puder de exemplos

sobre o material que você está escrevendo.

■ Normalmente, quando os usuários de internet se interessam por determinado assunto, querem ter acesso a

Page 161: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 161

mais conteúdos sobre o mesmo assunto. Indique, quando possível, outras fontes ou outros sites que contenham

informações a respeito do mesmo tema.

Ao mesmo tempo em que os responsáveis estarão escrevendo o conteúdo e preparando material para fa-

zer parte do site, alguém precisa estar “desenhando” o site, criando um layout básico, ou, em termos mais simples,

criando a “cara e jeito” do site, para que quando o conteúdo estiver pronto, possa ser inserido numa estrutura

básica já prevista.

Vale destacar que um profissional ou expert em programação de sites, não precisa necessariamente ser a

pessoa mais indicada para também “desenhar o site”, já que o primeiro é um trabalho tecnológico e o segundo um

trabalho artístico. Se a mesma pessoa puder fazer ambos, ganha-se agilidade. No entanto, não hesite em separar

as atividades de criação e programação do site, caso perceba que isso resultará em um produto final de qualidade

superior.

Etapa 4Integração de conteúdos e programação

Antes do início propriamente da integração, sobre a qual já vamos discorrer, é importante que seja feita

uma revisão geral dos conteúdos desenvolvidos: uma revisão ortográfico-gramatical e uma revisão chamada de

revisão editorial, a fim de verificar se o conteúdo desenvolvido está adequado aos objetivos do site e se não entram

em conflito entre si.

Feita a revisão geral, inicia-se a integração.

Quando os conteúdos são enviados de forma digitada e em fotos e vídeos, eles geralmente não estão

prontos e adequados para serem publicados na internet. É necessário “transformá-los” em arquivos próprios para

a internet, adaptando sua forma e disposição ao layout definido anteriormente para o site. A esse processo damos

o nome de integração.

Essa, juntamente com a ETAPA 5, é a fase mais técnica do projeto todo e não há muita contribuição a ser

feita, a não ser no acompanhamento do trabalho do programador do site, que deve ser um profissional que saiba

como construir a parte tecnológica do site.

Apesar disso, o programador precisa ter acesso a todas as informações pertinentes ao conteúdo geral do

site, pois não é sua responsabilidade fazer acertos em informações incompletas sobre qualquer tema.

Page 162: Guia comunicação pontes de esperança

162 | Pontes de Esperança

Ao final da fase de integração, o site estará completo, funcionando da maneira que irá funcionar quando

estiver disponível para acesso. Nesse momento, ele deve ser explorado e acessado, mesmo que em um único com-

putador, ainda que fora da internet, para se verificar o funcionamento adequado, o acesso a todos os conteúdos e a

disposição das informações conforme o planejado.

Se algo estiver errado, o reparo pode ser feito antes de disponibilizar o site na internet.

Etapa 5Publicação A ETAPA 5 trata de colocar o site “no ar”, isto é, disponibilizar o acesso, pela internet, a todos os interessa-

dos em seu conteúdo.

Para ser colocado “no ar”, todo site precisa de dois elementos básicos: uma URL (um endereço que os usu-

ários devem digitar para acessar o site) e um servidor (um computador central onde o site estará armazenado). São

dois serviços prestados por empresas terceirizadas e normalmente têm um custo, que, em média, não é alto. Esses

tópicos devem ser resolvidos antes que o site esteja pronto, a fim de que quando estiver, seja possível disponibilizá-lo

imediatamente para acesso.

Para procedimento da URL (Unique Resource Location, ou Localização Única dos Recursos, ou simplesmen-

te o endereço do site), o departamento de Comunicação da Associação/Missão pode ajudá-lo indicando qual órgão

administra os registros de domínios em seu país e qual a taxa de registro praticada. Uma vez registrado esse ende-

reço, passa a ser de uso da igreja e pode ser divulgado sem maiores preocupações para que as pessoas o acessem.

Um “servidor” deve, então, ser contratado para armazenar o site pronto. Cada vez que um usuário digitar

o endereço já registrado, vai na verdade ser encaminhado para essa central, acessando, assim, o conteúdo do site

que foi armazenado lá.

Esse é um caso em que a teoria é mais complexa que a prática, pois no dia a dia esse trabalho só precisa ser

feito uma vez e os usuários não percebem nada quando acessam o site.

Com os dois elementos resolvidos, basta colocar o site no ar e começar a acessá-lo.

Mas o trabalho não acaba aí.

Page 163: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 163

Manutenção do site Normalmente, o site contém formas de contato ou formulários para ser preenchidos pelos usuários, os

quais precisam de respostas. Além disso, é necessário que sejam atualizadas fotos e, em especial, agendas e notici-

ário do que ocorre na igreja (lembre-se de nosso exemplo).

Para isso, mesmo após o site estar pronto, é preciso manter uma pequena parte da equipe em trabalho

constante, respondendo os contatos, encaminhando mensagens para os destinatários corretos e atualizando as

informações que se alteram com o passar do tempo.

A sugestão é que sejam entregues para os mesmos responsáveis pela construção dos conteúdos, orienta-

ções a respeito da manutenção dos mesmos: o que pode ser mudado; quando deve ser mudado; para quem enviar

as alterações; quando serão atualizadas

De todos os trabalhos do Departamento de Comunicação, juntamente com o boletim, que por

sinal, pode ter sua versão digital no site, esse é o que requer mais continuidade e acompanhamento.

VISITE E DIVULGUE

www.portaladventista.org – portal da Igreja na América do Sul

www.esperanca.com.br – portal evangelístico da Igreja em português

www.esperanzaweb.com – portal evangelístico da Igreja em espanhol

www.biblia.com.br – a Bíblia em várias versões e estudos bíblicos

www.redemaranata.org.br – programas em áudio para download

www.redeadventista.org.br – agregador de sites adventistas

www.gadw.com.br – site de grupo adventistas desenvolvedores de web

www.reavivamentoereforma.com – projeto Reavivamento e Reforma

www.quebrandoosilencio.org – projeto anual de defesa das crianças, mulheres e idosos

www.educacaoadventista.org.br – portal da educação adventista

www.adra.org.br – portal Adra Brasil

www.vidaporvidas.com – projeto doação de sangue e medula óssea

www.evangelismoweb.com – vídeos e projetos de evangelismo on-line

www.mutiraodenatal.com.br – campanha anual de doação

www.eunopac.com – Programa Adventista de Capacitação em Comunicação

Page 164: Guia comunicação pontes de esperança

164 | Pontes de Esperança

E-mail marketing

Definindo e-mail marketing O e-mail é uma mensagem enviada do computador de um usuário de internet diretamente para outro

usuário, que pode lê-lo sem necessidade de entrar propriamente em algum site. Mais do que isso, um usuário pode

enviar a mesma mensagem para mais de um destinatário de uma só vez, o que se convencionou chamar de “copiar”

alguém no e-mail.

O e-mail marketing, por sua vez, se configura quando um emissor envia uma mensagem promocional para

muitos destinatários de uma só vez. Se os destinatários estão dispostos previamente a receber as mensagens, como

no caso de terem se cadastrado para receber informações, o e-mail marketing funciona como uma ferramenta

muito eficiente, como veremos a seguir. Mas, se o destinatário não tem interesse em receber a mensagem e ainda

assim a recebe, isso pode se configurar um spam, o que além de anti-ético, é ilegal em diversas partes do mundo.

Considerando que você tenha uma lista de endereços de e-mail composta pelos e-mails das pessoas da

igreja que se cadastraram durante o censo, mais os e-mails de pessoas que entraram no site da igreja, você pode

começar a estruturar sua comunicação via e-mail marketing.

Exemplos interessantes de e-mail marketing para a igreja:

■ Envio da programação da igreja na quinta-feira de cada semana;

■ Envio de mensagem de incentivo à participação em alguma campanha da igreja;

■ Envio de mensagem promocional de alguma programação especial, com possibilidade de reenvio para outros

convidados;

■ Envio de mensagem promocional sobre produtos relacionados à vida cristã como literatura ou alimentação que

estejam sendo vendidos em condições especiais para os membros da igreja local.

Desenvolvendo um e-mail marketingPASSO 1 – Avalie a sua base de destinatários

Separe numa lista em formato digital todos os e-mails de todas as pessoas que forneceram seus endereços de e-

-mail e para as quais o conteúdo que você irá desenvolver possa ser relevante.

Page 165: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 165

PASSO 2 – Conteúdo

Escreva o conteúdo a ser enviado e junte os demais arquivos referentes à mensagem, como vídeos ou imagens.

Lembre-se de que as regras para composição de conteúdos para sites servem, da mesma forma, para compor os

e-mails marketing.

PASSO 3 – Layout e programação

Alguma pessoa será responsável por transformar os conteúdos escritos e os materiais coletados em um layout que

possa ser enviado pela internet, semelhante ao trabalho feito para criar as páginas de um site.

PASSO 4 – Envio

Finalmente, após o material pronto, ele precisa ser enviado para os destinatários indicados na lista do passo 1.

OBSERVAÇÃO: ASSUNTO Uma característica particular do e-mail é que ele possui um campo para preenchimento com o “assunto”:

quando o destinatário recebe uma mensagem, antes mesmo de ela ser aberta e lida, um cabeçalho indica quem en-

viou, quando enviou e sobre o que trata a mensagem enviada. Das três informações, e terceira é muito importante

pois é de responsabilidade do remetente da mensagem, e vai despertar ou não o interesse do destinatário. Assim,

esteja atento na hora de criar a mensagem em qual será seu “assunto”, que, na verdade, vai ser a primeira frase com

a qual o destinatário terá contato.

Alguns conselhos básicos sobre o “assunto”:

■ Seja claro e curto.

■ Evite “assuntos” genéricos como “mensagem especial”, “mensagem para você” ou outras do tipo, pois não

identificam claramente o conteúdo e podem ser confundidas com spam, fazendo com que o destinatário elimine

a mensagem antes mesmo de abrí-la.

■ Nunca faça promessas no “assunto” que não se cumpram na mensagem, como por exemplo “Atenção, última

semana para as inscrições para o Campori”, quando na verdade não é a última semana. Isso tira a credibilidade

da mensagem.

Page 166: Guia comunicação pontes de esperança

166 | Pontes de Esperança

Final da mensagem Outra orientação importante não é sobre o começo, mas sobre o final da mensagem. Sempre assine a men-

sagem (precisa ficar claro para o destinatário quem enviou aquela mensagem, não só pelo endereço do remetente,

mas também pela assinatura do conteúdo) e, por fim, coloque a seguinte informação:

“Essa mensagem foi enviada somente para e-mails cadastrados no departamento de Comunicação da igre-

ja (nome da igreja), obedecendo à legislação nacional sobre spam. Caso você a tenha recebido por engano ou não

deseje mais receber mensagens como essa, favor responda ao e-mail escrevendo a palavra “RETIRAR” no campo

“assunto””.

Blogs e redes sociais Uma excelente alternativa diante da impossibilidade de construção de um site pela igreja é a publicação de

um blog.

Um blog nada mais é do que uma página corrida em que podem ser incluídos textos e imagens numa estru-

tura já montada e disponibilizada pelo administrador do serviço. Além disso, não requer registro do domínio e nem

pagamento pela hospedagem em um servidor.

Qualquer pessoa pode abrir um blog e seu crescimento hoje no mundo é impressionante: já são mais de

300 milhões de blogs em todo o mundo e o número cresce a cada dia.

As desvantagens de um blog para servir como canal de comunicação da igreja substituindo um site são:

1. O layout do blog é proposto pelo administrador do serviço, permitindo pouquíssimas alterações.

2. Os conteúdos inclusos no blog comportam-se como notas num diário: assim que você inclui um

conteúdo ele “empurra” o anterior para baixo, até que ele saia da visualização. Dessa forma, não se pode ter certeza

de que um conteúdo estará sempre no blog e nem ocupando o mesmo lugar na página.

Entretanto, existem algumas vantagens:

1. São gratuitos, não precisando de registro de domínio nem de hospedagem em um servidor.

2. Não é necessário um programador para colocá-lo no ar, visto que sua composição segue um roteiro

que qualquer usuário pode seguir.

Page 167: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 167

Considerando então essas características, um blog na verdade é uma ferramenta muito interessante .

Veja alguns exemplos de conteúdos interessantes para um blog da igreja:

1. Testemunhos missionários;

2. Informações sobre as programações especiais que qualquer membro pode incluir;

3. Discussões sobre temas da Lição da Escola Sabatina.

Já para desenvolver um blog para sua igreja, acesse www.blogspot.com ou http://wordpress.com, am-

bos os serviços gratuitos, disponíveis em qualquer país da Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Séti-

mo Dia. Eles contém instruções detalhadas sobre criação e manutenção de um blog.

Mas além de blogs, outra modalidade de comunicação pela internet tem ganhado cada vez mais espaço no

universo da comunicação: as comunidades.

As rede sociais são páginas administradas por servidores centrais que funcionam como área para discussão

de qualquer tema que o usuário queira colocar em discussão. Elas em si não têm conteúdo algum, sim espaço para

que os usuários incluam conteúdos. Como cada usuário coloca e discute o conteúdo que lhe agrada mais, natu-

ralmente acabam se concentrando em páginas que discutem sobre um mesmo conteúdo, formando, assim, uma

comunidade de participantes aficionados a um mesmo conteúdo.

O Facebook é o exemplo mais famoso de ambiente de comunidades (o Yahoo Groups não se enquadra per-

feitamente na definição de comunidades, sendo é um grupo para troca de e-mails).

Nessas comunidades não é possível escolher o layout ou determinar canais para cada departamento da

igreja. O desenvolvimento do conteúdo é livre e depende exclusivamente de quem acessa e abastece com comen-

tários e arquivos.

Para se ter uma ideia de quanto as comunidades estão crescendo, apenas em língua portuguesa são mais

de 15 mil comunidades que tratam sobre religiões, sendo quase 2 mil exclusivamente sobre assuntos relacionados

à Igreja Adventista.

As duas formas básicas de a igreja utilizar o serviço de comunidades são:

1. Acessar comunidades existentes e participar das discussões;

2. Criar sua própria comunidade e sugerir discussões.

Page 168: Guia comunicação pontes de esperança

168 | Pontes de Esperança

A Igreja nas redes sociais As redes sociais devem ser vistas como uma extensão da comunidade que é a igreja, permitindo aos mem-

bros e interessados que fortaleçam seus relacionamentos e laços em qualquer horário e lugar.

As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação para engajamento, orientação e contato com

novas pessoas e, de forma prática, podem ser utilizadas pela sua igreja principalmente para:

1. Crescimento e manutenção dos membros;

2. Informação à Igreja e comunidade local;

3. Recuperação de membros afastados;

4. Evangelismo.

O objetivo deste texto é dar dicas e orientações práticas sobre como organizar e começar um projeto de uso

de redes sociais em sua igreja. Você receberá orientações sobre “o que fazer”, “como fazer” e “como aprender mais”.

O que fazer?1 - Crescimento e manutenção dos membros:

O compartilhamento saudável de experiências da vida cristã em suas redes sociais pode promover nos inter-

nautas a sensação de pertencer a um grupo, a noção de que eles são parte do corpo da igreja, com o conhecimento

de que outros também têm enfrentado e superado dificuldades com a ajuda de Deus e apoio de outros membros.

O incentivo de atividades simples como orar por alguém e a conversa em um ambiente amistoso irá proporcionar

crescimento na vida cristã para os membros de sua comunidade.

Cabe ressaltar que “discussão” é um termo usado na internet para designar troca de opiniões sobre de-

terminado assunto, mesmo que as opiniões sejam concordantes. Não significa necessariamente “deba-

te” ou “desacordo”, como o nome pode inicialmente sugerir. Portanto, não entenda “participar de uma

discussão” como sendo encontrar um assunto polêmico para brigar!

Page 169: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 169

O que fazer:

a) Reserve espaço nos programas de sua igreja para conversar sobre a importância de manter uma postura amigá-

vel na rede, evitando a todo custo o bullying e outros tipos de comportamentos ofensivos ou pejorativos;

b) Encontre meios junto ao seu pastor para orientar aos membros de sua igreja que possuem comportamento ina-

dequado nas comunidades virtuais;

c) Promova discussões sobre temas da lição da Escola Sabatina, temas da Bíblia, Espírito de Profecia, entre outros.

Seja cuidadoso com relação a temas polêmicos, deixe-os para discussão presencial em programas na igreja;

d) Informe links para recursos que sirvam para crescimento espiritual de sua igreja. Porém somente selecione fon-

tes confiáveis;

e) Promova o compartilhamento de testemunhos;

f) Promova os pedidos de oração.

2 - Informar os membros e comunidade:

As redes sociais são ferramentas de comunicação rápida para manter a igreja e comunidade informada so-

bre as atividades que a congregação promove. Quando possível, versões virtuais do boletim da igreja devem estar

disponíveis nestas plataformas.

O que fazer:

a) Crie um blog para igreja e poste ali todas as sextas-feiras o boletim informativo que será distribuído no sábado;

b) Se não tiver tempo para criar uma versão web e uma versão impressa, utilize ferramentas como o Scribd (scribd.

com) ou Issuu (issuu.com) para publicar a versão que será impressa de seus boletins, é fácil e rápido;

c) Poste mensagens dando destaque aos principais comunicados com um link para o boletim completo;

d) No Facebook, crie eventos para os principais programas e convide seus amigos e seguidores.

3 - Recuperação de membros:

Através das redes sociais também podem ser alcançados aqueles que se distanciaram da igreja, pois mesmo

não frequentando ainda podem manter laços virtuais com a comunidade da qual participaram.

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170 | Pontes de Esperança

O que fazer:

a) Promova a criação de grupos virtuais envolvendo as classes de Escola Sabatina também na Internet;

b) Oriente aos membros a enviarem mensagens de afeto e atenção para aqueles que têm faltado ou não estão mais

frequentado os cultos;

c) Promova programas de curta duração que sejam on-line e que permitam a participação destas pessoas, exemplo:

Um estudo da lição on-line, pequeno grupo on-line, encontro de oração, etc.

4 - Evangelismo:

As redes também podem ser um excelente canal para promover e ampliar o papel da igreja no evangelismo

pessoal, normalmente os membros que possuem perfis em redes sociais também se relacionam com muitas pesso-

as com as quais podem compartilhar a sua fé.

Na rede social alguns tipos de barreiras sociais são mais facilmente vencidas e é comum que as pessoas

tenham menos medo de compartilhar seus problemas e pedir conselhos. Pessoas em condição de tristeza ou de-

pressão tendem a procurar ajuda e atenção nas redes sociais.

Incentive a sua igreja a utilizar também este canal para alcançar a seus amigos, principalmente através do

testemunho pessoal.

O que fazer:

a) Ensine seus membros a utilizarem as redes sociais para o evangelismo pessoal;

b) Crie convites virtuais para seus programas;

c) Se possível, transmita algumas programações especiais ao vivo pela Internet, incentive aos membros a convidar

seus amigos e ex-adventistas para assistir.

d) Prepare uma equipe para atender aos interessados pela Internet que não possuem amigos na igreja;

e) Busque mais informações sobre evangelismo utilizando a Internet no site evangelismoweb.com.

Como fazer? Monte uma pequena equipe e faça uma reunião envolvendo o pastor de sua igreja para traçar metas e

planos para o uso destes perfis na rede social. Começe pequeno e avance aos poucos para dar segurança e sus-

tentabilidade ao projeto.

Page 171: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 171

Quem deve criar e manter os perfis de redes sociais na igreja?

A criação de perfis em redes sociais é de responsabilidade do departamento de comunicação da igreja.

Caso você não seja o diretor de comunicação, procure-o e o envolva neste projeto.

Dicas práticas:

a) Crie uma equipe que integre também outros departamentos da igreja;

b) Faça reuniões com os responsáveis pelos perfis, combinem regras, o que pode e o que não pode;

c) Estabeleça uma linha de comunicação uniforme: use a mesma linguagem, garanta informações corretas, evite

contradições;

d) Monitore o uso dos perfis;

e) Informe a criação de novos perfis para a comissão da igreja.

Que redes sociais devemos usar?

Podem ser criados perfis da igreja em diferentes redes, avalie qual rede é mais popular entre os membros

e sua comunidade local. Avalie também a capacidade da igreja em manter estes perfis. Um novo perfil é como um

novo programa da igreja e é necessário haver pessoas com tempo disponível para mantê-los.

Dicas práticas:

a) Comece com foco e ações para a sua igreja e comunidade local;

b) Se você utilizar o Facebook, crie uma página para a igreja. Não utilize um perfil pessoal;

c) Orkut, Facebook e Twitter são as redes mais populares no Brasil;

d) Flickr ou Picasa são ótimos serviços para publicar fotos da igreja e suas programações;

e) Youtube e Vimeo podem ser utilizados para os vídeos;

f) Seja cuidadoso com a privacidade das pessoas, tenha bom senso ao publicar fotos e vídeos;

g) Serviços como Livestream e Bambuser possuem integração com redes sociais e são opções para transmissão de

eventos ao vivo.

Page 172: Guia comunicação pontes de esperança

172 | Pontes de Esperança

O que informar no perfil da igreja?

O perfil facilita a procura de sua igreja na rede social e a avaliação de quem vai se associar a ele (seguir, cur-

tir, etc.). Cada rede social possui um padrão próprio para a criação do perfil, deixe o perfil o mais completo possível.

Itens que podem ser incluídos no perfil:

a) Nome completo da igreja (Igreja Adventista do Sétimo Dia de/do ….);

b) Logomarca da Igreja Adventista (veja o manual de identidade visual para não fazer feio na hora de usar a logo);

c) Fotos da igreja (privilegie fachada, nave e pessoas em grupos – um coral, por exemplo);

d) Link para o site ou blog da sua igreja;

e) Links para os sites: portaladventista.org e esperanca.com.br;

f) Endereço completo da igreja e link para o perfil de sua igreja no site encontreumaigreja.com.br;

g) Nome do pastor de seu distrito;

h) Links para as demais redes sociais que sua igreja utiliza (flickr, youtube, etc);

i) Calendário de eventos.

Devemos ter um perfil para cada departamento?

Não, procure manter poucos perfis bem administrados. Um perfil por igreja em cada rede escolhida bastar

para a maioria dos casos. Comece com um perfil somente e aumente gradualmente conforme a necessidade.

De um modo geral, um novo perfil somente deve ser criado quando visa atender a um público alvo dife-

rente ou oferecer um tipo de conteúdo diferente (fotos, vídeos, mensagens curtas, artigos… diferentes redes para

diferentes conteúdos).

Sempre avalie o custo versus benefício antes de tomar sua decisão de criar novos perfis, leve em conta:

tamanho do público alvo, quantidade de material produzido e capacidade para manter atualização destes perfis.

Dicas práticas:

a) No Facebook, utilize páginas e inclua mais de um administrador quando necessário;

b) Nas páginas do Facebook é possível você criar grupos de discussão ou sub-páginas separadas para projetos ou

departamentos;

Page 173: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 173

c) No Twitter, utilize ferramentas como o Hootsuite para permitir que diferentes pessoas compartilhem a mesma

conta (diretor de comunicação, diretor de joven, etc);

d) Agende twites com conteúdo de diversos departamentos (ferramentas: hootsuite, timely.is, TweetDeck).

Como ser relevante?

Para ter uma ação relevante nas redes sociais é importante você entender que quantidade de seguidores

ou fãs não é o que mais conta e sim interações, ou seja, mais vale uma comunidade pequena que interage com

frequencia (posts e comentários de diversas pessoas) do que uma grande comunidade com pouca interação.

Dicas práticas:

a) Envolva os próprios membros da sua igreja, eles são os principais agentes para tornar a sua comunidade virtual

relevante;

b) Integre-se aos programas da Divisão, Uniões e Associações ou Missões. Replique informações úteis e relevantes

para sua comunidade local. Converse na rede social de sua igreja sobre como estes projetos podem ser aplicados

na sua comunidade;

c) Você pode distribuir informações e conteúdo através das redes sociais, elas também possuem este papel, porém

o enfoque principal deve ser o relacionamento, ou seja, ouvir e responder. Escute o que as pessoas estão dizendo

e responda, isso vai tornar a sua comunidade relevante.

Como aprender mais? A igreja e as redes sociais são dinâmicas e cada dia surgem novas tecnologias e aplicações e não foi o obje-

tivo deste texto esgotar todas as suas possibilidades de uso. Procure mais informações, recursos e dados técnicos

que não foram abordados neste artigo em:

■ www.eunopac.com – Faça um curso de comunicação on-line.

■ www.evangelismoweb.com – Informações sobre o uso da Internet como ferramenta de evangelismo, links e ou-

tros recursos para você aprender mais.

Tenha acesso a conteúdos oficiais e de qualidade a partir dos seguintes recursos:

Page 174: Guia comunicação pontes de esperança

174 | Pontes de Esperança

■ www.portaladventista.org – Portal oficial da Igreja Adventista na América do Sul.

■ www.facebook.com/IgrejaAdventistadoSetimoDia – Facebook oficial da Igreja Adventista na América do Sul.

■@iasd – Twitter oficial da Igreja Adventista na América do Sul.

Diretrizes para os websites da Igreja Adventista A presença dos escritórios, igrejas e instituições Adventistas do Sétimo Dia, ao redor do mundo

estabeleceu um reconhecimento global para a Igreja. A percepção pública referente à família mundial dos

adventistas do sétimo dia é influenciada pela vida dos membros, pelas ações de cada organização, pelos

serviços e programas identificados com a denominação, e pela manutenção de um apelo estético de todas

as propriedades físicas. A Igreja adotou e registrou, como marca, seu nome e logo oficiais. Todas as organi-

zações relacionadas no Seventh-day Adventist Yearbook estão autorizadas a usar, para fins não comerciais,

a marca registrada (“Adventistas do Sétimo Dia”, “Adventista”, “IASD”, ou qualquer derivativo) e o logotipo

da Igreja. Acompanha o direito de usar o nome e o logotipo oficiais da Igreja a obrigação de protegê-los

contra o mau uso e a má representação.

Os avanços tecnológicos tornaram possível à entidade local da Igreja exibir uma presença global

através de um web site da internet. É do interesse da Igreja mundial prover diretrizes referentes à forma

como a Igreja é retratada, e assim, percebida no web site. Todas as entidades denominacionais que escolhe-

rem estabelecer presença online devem desenvolver seus web sites dentro do escopo das seguintes dire-

trizes (a Comissão Diretiva da Divisão pode adotar diretrizes adicionais referentes ao conteúdo e operação

dos web sites em seu território):

1. Somente igrejas, organizações e entidades oficiais administradas pelas organizações rela-

cionadas no Seventh-day Adventist Yearbook têm direito de usar os símbolos de identidade corporativos da

Igreja Adventista do Sétimo Dia (logotipo) conforme descrito no manual de padrões de identidade corpora-

tiva da Igreja.

2. Os nomes de domínio usados pelas entidades da Igreja devem pertencer e serem registra-

dos no nome da entidade, ou no nome de outra entidade denominacional, como, por exemplo, Associação,

Page 175: Guia comunicação pontes de esperança

Comunicação digital | 175

Missão, União ou Divisão, que tenham o direito de uso de seu nome de domínio. Deve ser estabelecido,

ainda, um plano comercial com o objetivo de preservar o nome de domínio para uso futuro da entidade.

3. Cada web site denominacional deve mostrar a devida marca, copyright e símbolos.

4. As crenças e ensinos da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem ser enaltecidos no conteú-

do publicado em todos os web sites denominacionais. Os materiais promocionais e as informações providas

no web site devem ser consistentes com as crenças e valores éticos da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

5. A propagação do acesso público a um web site requer que a comunicação e a informação

originadas de um site reflitam as cortesias do discurso público. A mensagem da Igreja pode ser transmitida

de forma tal que reconheça a diversidade de pontos de vista e ao mesmo tempo, evitar afirmações hostis

ou ofensivas e caricaturas a respeito de outras pessoas, grupos ou organizações.

6. Os web sites adventistas do sétimo dia devem respeitar os direitos de propriedade intelec-

tual ao postarem conteúdo em áudio, vídeo, fotos, texto e outros.

7. Todos os web sites devem mostrar aspecto profissional, incluindo design, escolha das co-

res, figuras e layout. Recomenda-se que os web sites sejam testados quanto a seu aproveitamento antes de

se tornarem públicos. As divisões podem identificar hospedagens preferidas de web sites e/ou plataformas

de software a fim de facilitar a conectividade entre as entidades denominacionais e manter a qualidade

técnica dos web sites denominacionais.

8. A linguagem, jargões, acrônimos e abreviaturas internas dos adventistas devem ser usados

com cuidado nos web sites denominacionais quando se tornam disponíveis a todos os usuários da internet,

muitos dos quais terão pouca compreensão de tais termos. O conteúdo do web site deve ser conferido

quanto à ortografia e gramática.

9. O conselho ou comissão diretiva da entidade que tem presença na web é o responsável final pela

manutenção, conteúdo e operação do site. Assim sendo, cada entidade deve estabelecer um sistema de monito-

Page 176: Guia comunicação pontes de esperança

176 | Pontes de Esperança

ramento e de supervisão, incluindo a indicação de pessoal para assumir a responsabilidade pela administração do web site

e de seu conteúdo. Deve-se exercer cuidado na seleção dos tipos de informações que podem ser disponibilizadas para o

acesso global.

10. No contexto da cultura da internet, as páginas da web que incluem informações suscetíveis ao tem-

po devem ser atualizadas regularmente. Recomenda-se que um sistema de monitoramento seja estabelecido para

medir os visitantes individuais ou as páginas vistas.

11. Deve-se exercer cuidado na escolha de links a outros web sites. A informação retratada nos web sites

associada a um site da entidade denominacional deve apoiar a missão, mensagem e valores da Igreja. O departamento

jurídico deve responder se a atividade comercial facilitada pelo web site prejudicará ou não o status de organização reli-

giosa sem fins lucrativos da denominação.

12. As entidades denominacionais que patrocinam o web site são responsáveis por assegurar que a

operação e o conteúdo do site esteja, em harmonia com as leis vigentes, incluindo os requisitos de proteção da

privacidade das crianças que podem acessar o web site ou cuja imagem pode ser postada no web site.

13. Uma opção onde o visitante possa fazer perguntas e comentários é recomendada.

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Redação de texto

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178 | Pontes de Esperança

Mão solidária A ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) estará promovendo o curso

“Como deixar de fumar em cinco dias”. O evento irá ocorrer no dia 22 de abril, às 20 horas, no auditório do

Colégio Unasp - Centro Universitário Adventista, em Engenheiro Coelho, SP.

O evento contará com a presença do cardiologista Geovani da Silva, que explicará os malefícios do ci-

garro para o organismo, e da psicóloga Sandra Augusta de Lima.

Os organizadores do evento são: Marlene Dias, responsável pela ADRA de Engenheiro Coelho, Gerson

Viana, responsável por convocar os palestrantes, e Lilian Junqueira, secretária de Saúde de Engenheiro Coelho.

“Release”Comunicados de imprensa Releases são documentos divulgados para informar, anunciar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum

fato. É, na prática, uma declaração pública oficial.

O texto do release deve conter uma linguagem clara, concisa e explicativa. Além disso, deve ter outro obje-

tivo: servir como sugestão para matérias jornalísticas.

Os resultados de um release bem escrito são variados, indo desde solicitações de informações para uma matéria

jornalística, até uma entrevista com um membro ou representante da igreja.

De acordo com Koppling e Ferrareto (2001)¹ “o release deve chamar a atenção pela sua qualidade, o que en-

globa o valor das informações, do texto e da sua apresentação visual. Dados ou opiniões irrelevantes, erros gramaticais

ou rasuras são, portanto, erros que devem ser evitados”.

Como escrever um release para mídia impressa O texto precisa conter um vocabulário simples, conciso e apresentar frases curtas para facilitar o entendi-

mento. Caso o texto apresente sigla, é necessário explicar o seu significado. Segue abaixo um exemplo de release

para a mídia impressa:

1. KOPPLING, Elisa e FERRARETO, Arthur. Assessoria de imprensa – teoria e prática. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001.

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Redação de texto | 179

O objetivo do curso é alertar as pessoas que sofrem os malefícios físicos, emocionais e sociais que o

hábito de fumar causa.

Para mais informações entrar em contato com: Assessora de imprensa: Miguelli Lalalala, telefone (00) 0000 0000.

E-mail: [email protected] Site: www.mimimimimimi.com

Cuidado com os jargões adventistas Tome cuidado com as palavras “igrejeiras”. A maioria dos jornalistas não faz parte da Igreja Adventista do

Sétimo Dia. Não utilize palavras e expressões como “irmão”, “sábado do Senhor”, “culto divino”, “pastor depar-

tamental”, “pena inspirada”, “JA”, “foram batizadas 20 almas”, “DSA”, “campo”, etc.

Evite utilizar frases como “minha igreja está promovendo um evento”. Como exemplo, troque esta frase por “vai

ocorrer um evento onde cerca de mil jovens irão buscar formas de ajudar os moradores de rua”. Busque passar a infor-

mação fazendo uso da linguagem que já é comum ao jornalista.

“Lead” – mostrando o caminho O lead ou lide, aportuguesado, é o relato inicial da notícia. Vem da frase “to lead the way”, ou seja, “mos-

trar o caminho”. E é justamente o lead que abre o caminho para a leitura do texto; é através dele que a atenção e

o interesse do leitor são despertados. Pode-se dizer que o Lead é a introdução da notícia; uma síntese inicial que

procura responder às cinco perguntas básicas: O quê? Quem? Como? Quando? Onde?

Redigido o lead, deve-se colocar os pormenores em ordem decrescente de importância, de tal maneira que,

mesmo que se corte os últimos pormenores, o entendimento do fato não será comprometido. Portanto, o desen-

volvimento da notícia depende da importância dos pormenores (em alguns casos, em fatos especiais, a notícia pode

começar com o pormenor de maior surpresa).

Procure usar parágrafos de quatro a, no máximo, oito linhas. A frase não deve ultrapassar três linhas. Desenvol-

va apenas uma ideia por parágrafo. Schopenhauer disse, certa vez, que “não pode alguém pensar, nitidamente, de cada

vez, senão um pensamento”, e Edivaldo Boaventura arremata: “A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber

ordenar as ideias.”

Page 180: Guia comunicação pontes de esperança

180 | Pontes de Esperança

Perguntas do leadO quê? - O que aconteceu? O que foi dito? Quais são os fatos? É a pergunta mais importante. Sem ela, não há notícia

e nada aconteceu.

Quem? - Quem fez isso? Quem veio? Quem disse isso? Quem está nessa situação? Aqui se pergunta pelo protago-

nista, o autor do fato noticioso.

É preciso distinguir entre o protagonista ativo (o que faz) e o protagonista passivo (para quem se faz). Exem-

plo: “A Divisão Sul-Americana homenageou...”(ativo); “A Divisão Sul-Americana foi homenageada...” (passivo).

Obs.: A Divisão Sul-Americana só tem relevância como “gancho” quando a notícia é destinada ao público

interno da Igreja. Quando se vai noticiar algo para o público externo, deve-se buscar um “gancho” que diga respeito

às pessoas em geral e lhes chame a atenção.

Um bom exemplo de “gancho” jornalístico ocorreu em uma reportagem publicada no dia 21 de novembro

de 2011 em um importante jornal pernambucano, intitulada “Corrida: mais de dois mil participantes”. A matéria

começa falando de vida e saúde, até porque o nome da corrida é exatamente esse e tem como principal destaque

a questão do exercício físico e da saúde.

No primeiro parágrafo, o lead diz que “mais de duas mil pessoas aproveitaram o sol para participar da pri-

meira Corrida Vida e Saúde, que aconteceu no início da manhã de ontem, na Avenida Boa Viagem, Recife. O evento,

organizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, distribuiu mais de R$ 21 mil em prêmios e contribuiu para a prática

da atividade física, que era o principal objetivo da ação esportiva, segundo o pastor Flávio Henrique”.

Aí é possível perceber que o “gancho” foi a saúde e a importância de um evento que promoveu o exercí-

cio físico e posteriormente remeteu até a Igreja Adventista do Sétimo Dia como organizadora. Ou seja, o enfoque

principal não foi o fato de os adventistas terem realizado esse projeto, mas o que eles ofereceram gratuitamente à

sociedade.

Como? - Como se desenvolveu o fato? Em que circunstâncias? Com que meios? O como engloba dados mais deta-

lhados, fala do processo, põe as “cores” no fato, coloca “carne nos ossos”.

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Redação de texto | 181

Quando? - Em que dia? Em que hora? Antes ou depois de quê? Para o leitor ou ouvinte popular é mais fácil entender

quando a notícia se relaciona com uma data conhecida. Ex.: Ontem, amanhã, semana passada, após o culto...

Onde? - Em que lugar? Aqui também é melhor buscar um “onde” que se relaciona com um lugar conhecido (espe-

cialmente quando for uma notícia para veiculação local). Exemplo: Nessa mesma região, na cidade vizinha, a três

quadras da prefeitura...

Exemplo:Título: “Obama pede união acima de raças, religião e sexualidade para enfrentar desafios”.

Lead: Diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther King fez o famoso discurso sobre a

superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968, o presidente eleito Barack Obama fez neste domin-

go, em Washington, um apelo pela união dos americanos para superar os desafios, deixando de lado as diferenças

raciais, religiosas e de sexualidade. Ele saudou a multidão, dizendo que todos eram bem-vindos à celebração da

“renovação da América”, e afirmou que poucas gerações enfrentaram tantos desafios ao mesmo tempo, com a crise

econômica e as guerras no exterior, mas disse que, juntos, os americanos poderão superar os problemas e manter

vivo o “sonho dos fundadores do país” (Folha de S. Paulo, 18/1/2009).

Como o lead aparece:

O quê? – O presidente eleito Barack Obama fez um apelo pela união dos americanos para superar desafios, deixan-

do de lado as diferenças raciais, religiosas e de sexualidade.

Quando? – Neste domingo (ou seja, no dia em que a matéria foi publicada).

Onde? – Em Washington, diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther King fez o famoso

discurso sobre a superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968.

Quem? – O presidente eleito Barack Obama.

Resumindo: O lead deve, em outras palavras, fornecer as respostas às perguntas que o leitor faria (ou mesmo

as que ele nem imaginou), dando a ele um vislumbre inicial e conciso do assunto em pauta.

1. Que aconteceu de significativo?

Page 182: Guia comunicação pontes de esperança

182 | Pontes de Esperança

2. Por que aconteceu?

3. Qual era o objetivo?

4. Quem estava envolvido? Deve-se dar a identificação completa. Não há notícia sem nomes. É pre-

ciso identificar a pessoa pelo seu nome completo na primeira vez em que aparece no texto. Daí em diante,

pode-se identificá-la pelo sobrenome, ou título/cargo.

5. Que foi dito – oficialmente e extra-oficialmente – pelos participantes e espectadores?

6. Citações diretas e indiretas dão vida à reportagem.

7. Quando o evento teve lugar?

8. Como se desenvolveu o fato?

9. Quais foram os resultados?

10. Que efeitos esse evento terá sobre a igreja, a comunidade, seus leitores?

11. Que houve de diferente, novo ou incomum? Deve-se tentar descobrir a razão e o significado das

coisas. Dar prioridade ao por quê.

Qualidades de um texto jornalístico Um bom texto deve ter clareza, concisão, correção, conteúdo, conhecimento, compreensão, coerência,

criatividade, coesão e, para sair do “c”, harmonia.

Clareza - Sem frases intercaladas que complicam o entendimento:

Exemplo 1: (a) “Matar um rei não é pecado.” (b) “Matar um rei não, é pecado.”

Exemplo 2: “O homem estava embaixo da mesa que tinha a perna quebrada.” Quem tinha a perna quebra-

da? Que tal assim: “O homem que tinha a perna quebrada estava embaixo da mesa.” Desde que a perna quebrada

seja mesmo a do homem.

Linguagem direta - Sujeito, verbo e complemento, sem explicações ou opiniões. Além disso, jamais se deve

usar adjetivos na notícia, porque a adjetivação torna a informação tendenciosa; relate apenas o fato, sem cometários.

Exemplo 1: Ao invés de “belo vestido”, diga “o vestido de seda vermelho” (o leitor é quem deve achar o

vestido bonito ou não).

Exemplo 2: Em lugar de “prédio alto” ou “muitas pessoas compareceram à reunião”, diga “o prédio de quin-

ze andares”; “noventa pessoas compareceram à reunião”.

Page 183: Guia comunicação pontes de esperança

Redação de texto | 183

Para contribuir com a objetividade, deve-se, também, evitar frases intercaladas que, além de dificultar o

entendimento, tornam o período muito longo. Em casos como este, divida em duas frases.

Exemplo 1: “Judas, que não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro, acabou traindo seu Mestre.”

Exemplo 2: “Judas não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro. Acabou traindo seu Mestre.”

Objetividade - Evite pormenores que nada trazem de novo ao fato. Deve ser rápida, sintética, sem enfeites.

O mais “enxuta” possível.

■ Imparcialidade (tanto quanto possível);

■ Simplicidade;

■ Atualidade;

■ Proximidade no espaço;

■ Universalidade (interesse geral);

■ Correção gramatical;

■ Precisão (denotativa e não conotativa);

■ Organização.

Quando aparecerem “siglas” pela primeira vez no texto, escrever por extenso o significado, logo após a

sigla. Exemplo: “A DSA (Divisão Sul-Americana)...”

Usar “aspas” quando as palavras forem exatamente aquelas pronunciadas pelo entrevistado.

A boa notícia começa com a apuração dos fatos. Se você fizer uma boa reportagem (obtiver respostas sa-

tisfatórias às cinco perguntas fundamentais), será mais fácil, depois, redigir a notícia. Utilizar gravador e bloco de

anotações facilitam bastante o trabalho.

Um pouco de “faro” jornalístico sempre ajuda na escolha do ângulo mais importante do fato, aquele que

servirá de “gancho” para sua matéria e prenderá a atenção do leitor.

É bom ter em sua biblioteca o manual de redação de um grande jornal para sanar dúvidas técnicas.

Finalmente, traçando um paralelo com a estrutura de um texto noticioso, vale a pena mencionar Jean

Guitton, para quem, o segredo de toda arte de exprimir consiste em dizer a mesma coisa três vezes: anuncia-se;

desenvolve-se; e, finalmente, resume-se em poucas palavras.

Page 184: Guia comunicação pontes de esperança

184 | Pontes de Esperança

ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias)

Agências são distribuidoras de notícias que alimentam os meios de comunicação (boletins, jornais, infor-

mes, emissoras de rádio, revistas e televisões). É uma estrada de duas mãos: as notícias vêm e vão.

A ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias), como as outras agências colabora com os mais va-

riados veículos de comunicação, como fonte de credibilidade.

A ASN tem como meta distribuir as principais notícias geradas pelas Uniões, Associações, Missões e Insti-

tuições no Portal Adventista, bem como releases de divulgação para a imprensa em geral dos projetos, programas

e ações, realizadas pelos a dventistas

Possui correspondentes em todos os setores da Igreja Adventista.

OBJETIVO GERAL - Prover notícias sobre a movimentação adventista sul-americana por todos os meios de comu-

nicação possíveis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Difundir as notícias principais adventistas no Portal Adventista em português e espanhol;

Veicular um telejornal semanal chamado ASN TV com as principais notícias para web e TV;

Divulgar comunicados oficiais das instituições da Divisão Sul-Americana sediadas em Brasília.

CONCEITOS DOS TEXTOS

INEDITISMO – As notícias devem ser as mais inéditas possíveis, ou seja, diferenciadas e capazes de atrair a atenção

do leitor. Mesmo em eventos corriqueiros, o ideal é que se busque algum “gancho” diferente que torna a notícia

atrativa e inédita. Exemplo: em um campori de jovens, o ideal é se retratar alguma história pitoresca, diferente e

fugir do tradicional relato de uma programação como esta que é muito previsível.

ABRANGÊNCIA – As notícias da ASN devem ser interessantes para pessoas de vários países. Informações muito

regionais devem ser restritas aos sites de uniões, campos e das próprias instituições.

Page 185: Guia comunicação pontes de esperança

Redação de texto | 185

IDEIAS CRIATIVAS – São bem-vindas notícias que retratam idéias, projetos e programas que podem ser aplicados e

implementados em outras regiões.

FOCO EM HISTÓRIAS DE PESSOAS – Boas notícias geralmente são apoiadas em histórias de pessoas que fazem a

diferença em projetos, eventos, programas. Relatar estas histórias de uma maneira interessante é um desafio que

ajuda a tornar agradável a leitura de uma notícia. Exemplos: Relatos de conversões e transformação de vida, his-

tórias interessantes de pequenos grupos e plantação de igrejas. Entrevistas com personagens de destaque e notas

sobre adventistas destacados na mídia.

LINGUAGEM DE WEB – Internet é um veículo que exige rápida leitura, por isso o texto deve ser preferencialmente

na ordem direta, sem muitos adjetivos, com hiperlinks (ou seja, palavras que podem estar associadas a conceitos e

informações em outras partes do site).

VÍDEOS ASSOCIADOS – Na web, o uso de vídeos é muito importante, portanto sempre que possível as notícias es-

critas devem ver associadas a algum tipo de vídeo curto que acrescente informação ao que já foi redigido.

DIVULGAÇÃO DE TODAS AS ÁREAS – É importante se buscar notícias de todas as áreas de atuação adventistas

possíveis. Uma dica é que os profissionais de comunicação mantenham contato regular com os líderes de departa-

mentos a fim de que se produzam notícias das mais diferentes áreas possíveis.

Page 186: Guia comunicação pontes de esperança

186 | Pontes de Esperança

O QUE DEVE SER EVITADO?

■ Notícias sobre reuniões com políticos em período anterior às eleições;

■ Notícias sobre promoções de empresas ou produtos de terceiros;

■ Fotos que só promovam os organizadores;

■ Notícias sem informações básicas (resposta às perguntas jornalísticas elementares – o que, quem, quando, como,

onde, por que);

■ Notícias sobre projetos e produtos que conflitam com os princípios defendidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia;

■ Notícias com jargões religiosos;

■ Citação de outras denominações religiosas – o que se pede é para evitar citar o nome da religião, mas as notícias

de conversões podem ser enviadas sem problema.

ASN TV

Os usuários de iPod, iPad, iPhone e outros dispositivos móveis podem assistir, a qualquer hora e em qual-

quer lugar, às principais notícias sul-americanas e mundiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

O ASNTV é o programa semanal produzido em vídeo pela Agência Adventista Sul-Americana de Notícias

(ASN). Além das versões em português e espanhol, desde março de 2011 o noticiário é feito em uma versão especial

com a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O acesso ao vídeocast ASNTV é gratuito, basta assinar o canal no iTunes Store e receber automaticamente

as atualizações. O iTunes é um aplicativo gratuito para Mac e PC que organiza e disponibiliza conteúdo de música

e vídeo digital.

ASN TV no iTunes

http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv/id455724708 (Português)

http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv-espanol/id455718267 (Espanhol)

Page 187: Guia comunicação pontes de esperança

Formação do profissional de Comunicação | 187Programa Adventista deCapacitação em Comunicação

Page 188: Guia comunicação pontes de esperança

188 | Pontes de Esperança

O Programa Adventista de Capacitação em Comunicação (PAC.Com - www.eunopac.com) é uma iniciativa

da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul para aprimorar a comunicação em todos os níveis da Igreja.

Ele tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os fundamentos da comunicação social e como apli-

car esse conhecimento na vida de nossas igrejas.

Esse curso está sendo desenvolvido em parceria com o Centro Universitário Adventista São Paulo, campus

Engenheiro Coelho, Curso Comunicação Social.

PÚBLICO ALVO – Membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que são voluntários e escolhidos pela comunidade

para atuar na comunicação ou outras áreas, obreiros e servidores de qualquer setor da Igreja.

AMBIENTE DE ESTUDO – O PAC.Com tem como proposta ser um programa de Educação a Distância (EAD). A Inter-

net, veículo de conexão entre pessoas de todo mundo, será o ponto de encontro e todas as videoaulas, avaliações

e interação estarão disponíveis o site www.eunopac.com

ÁREAS DE ESTUDO – O PAC.Com tem como base cinco áreas de estudo: Noções em Jornalismo; Relações com a Mí-

dia; Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social e Produção de áudio, vídeo e filme. As videoaulas

são baseadas nestas cinco áreas de estudo.

NíveisO PAC.Com possui três níveis:

1. CURSO BÁSICO - Requerido 50 horas, sendo:

a) Assistir a 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;

b) Realizar 15 horas de leitura e registrar o respectivo relatório no site;

c) Assistir 10 horas de seminários e registrar a participação no site.

2. CURSO AVANÇADO I - Requerido 140 horas, sendo:

a) Fazer opção* por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.

b) Assistir 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;

c) Realizar 45 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;

Page 189: Guia comunicação pontes de esperança

Programa Adventista de Capacitação em Comunicação | 189

d) Assistir 30 horas de seminários e postar no site os certificados participação;

e) Estagiar 40 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;

f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia

e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.

3. CURSO AVANÇADO II - Requerido 110 horas, especial para alunos diplomados ou cursando Comunicação Social.

a) Fazer opção* por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.

b) Assistir a 25 videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;

c) Realizar 30 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;

d) Assistir a 25 horas de seminários e postar no site os certificados participação;

e) Estagiar 30 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;

f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia

e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.

* A opção de uma das áreas de estudo será para realizar a leitura e o estágio.

Certificado de participação e certificado de extensão universitária

Quem optou por fazer o Curso Básico receberá um Certificado de Participação da Associação ou Missão ao

concluir todos os requisitos do Curso Básico.

O aluno que optou pelo Curso Avançado receberá um Certificado de Extensão Universitária, oferecido pelo

curso de Comunicação Social do Centro Universitário Adventista de Engenheiro Coelho após cumprir os requisitos

do programa conforme a área de estudo escolhida.

Page 190: Guia comunicação pontes de esperança

190 | Pontes de Esperança

Básico Avançado I Avançado IIOferece certificado de extensão universitária Não Sim Sim

Necessário ser formado ou estudan-te na área de Comunicação Social Não Não Sim

Vídeoaulas e avaliações 25h 25h 25hLeitura obrigarória 15h 45h 30hParticipação em palestras e seminários 10h 30h 25h

Estágio Não 40h 30hAvaliação Identidade Global da IASD Não Sim SimAvaliação declaração de ética do Departamento de Comunicação da IASD

Não Sim Sim

Total de horas exigidas 50h 140h 110h

RESUMO E COMPARAÇÃO DOS CURSOS

TEMAS DAS VÍDEOAULAS SOBRE OS FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO 01. O que é Comunicação?02. Relações Públicas03. Redação de notícias04. Assessoria de Imprensa05. Produção de Filmes06. Publicidade e Propaganda07. Web e Redes Sociais08. O profissional de Relações Públicas09. Produção de Eventos10. O Valor das Marcas11. Redação nas diferentes mídias12. Veículos Internos13. Fotojornalismo

14. Criatividade15. Portais16. Gerenciamento de crise17. Marketing18. Assessoria de imprensa19. Planejamento de Campanha20. Blogs21. Reportagem de Jornalismo22. Audiência/impacto do meio23. Redes Sociais24. Documentários

25. Filmes de Publicidade e Propaganda

Page 191: Guia comunicação pontes de esperança

Programa Adventista de Capacitação em Comunicação | 191

AVALIAÇÃO DE RETENÇÃO DE CONTEÚDO - Todos os alunos, após assistirem a videoaula, podem fazer

uma avaliação de retenção de conteúdo. As questões são objetivas. É considerado satisfatório acerto de 60% das

questões, podendo fazer quantas avaliações forem necessárias para atingir o nível solicitado.

Os alunos do Curso Avançado devem realizar avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do

Sétimo Dia e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.

LEITURA - Uma bibliografia sugestiva para cada área de estudo e das videoaulas estará disponível no site.

Após a leitura de um livro de acordo com a área de estudo escolhida, um relatório deverá ser preenchido no site do

Programa.

SEMINÁRIOS E WORKSHOPS - Assistir a conferências, seminários ou workshops, oferecidos pela União,

Associação, Missão, ou promovidas por associações profissionais e faculdades, de acordo com a área de estudo

escolhida.

ESTÁGIO - O aluno deverá realizar horas de estágio em uma situação de acompanhamento, de acordo com a

área de estudo escolhida. Ao final do estágio, deverá postar no site uma declaração de onde foi realizado o estágio.

Atribuições

CONSELHO COORDENADOR DO PAC.Com - Composto pelos Diretores de Comunicação das Uniões e repre-

sentantes do Unasp-EC será presidido pelo Diretor de Comunicação da Divisão Sul-Americana.

Caberá ao Conselho fazer as alterações necessárias para o bom andamento do Programa Adventista de

Capacitação em Comunicação. Esse Conselho se reunirá anualmente.

DIVISÃO SUL-AMERICANA - terá como responsabilidade:

1. Aprovar o regulamento do PAC.Com.

2. Manter um link no endereço eletrônico www.eunopac.com e conteúdo programático.

3. Manter os controles, avaliações e conteúdo programático.

4. Providenciar videoaulas dos Fundamentos da Comunicação em parceria com curso de Comunicação Social do

Centro Universitário Adventista de Engenheiro Coelho e suas respectivas avaliações.

Page 192: Guia comunicação pontes de esperança

192 | Pontes de Esperança

UNIÕES - terão como responsabilidade:

1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.

2. Promover e acompanhar as Associações e Missões no andamento do PAC.Com.

3. Organizar a cada dois (2) anos encontros de comunicação com todos os Campos de seu território com pelo me-

nos dez (10) horas de seminários.

ASSOCIAÇÕES E MISSÕES - terão como responsabilidade:

1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.

2. Promover e acompanhar os alunos no andamento do PAC.Com.

3. Organizar anualmente encontros de comunicação com pelo menos dez (10) horas aulas de seminários;

4. Conceder um Certificado de Participação aos alunos que optarem pelo Curso Básico.

ALUNO - caberá a responsabilidade de:

1. Cumprir os requisitos apresentados conforme o nível escolhido.

2. Cobrir os custos relacionados à taxa de inscrição (em caso de desistência, não haverá restituição), livro para lei-

tura, frequência às conferências e seminários, estágios e certificado de conclusão do programa.

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA SÃO PAULO,

Campus Engenheiro Coelho - caberá a responsabilidade de:

1. O Curso de Comunicação Social tem como responsabilidade a produção técnica, pedagógica dos vinte e cinco

(25) videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação, sendo que os textos apresentados nos vídeos deverão

estar em duas versões, português e espanhol.

2. Oferecer aos alunos que concluírem o Curso Avançado e aos alunos diplomados ou cursando Comunicação

Social, um Certificado de Extensão Universitária conforme a área de estudo e com o total de horas, tendo como

opções: Noções em Jornalismo; Relações com a Mídia; Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social;

Produção de áudio, vídeo e filme.

Page 193: Guia comunicação pontes de esperança

Formação profissional de comunicação

Page 194: Guia comunicação pontes de esperança

194 | Pontes de Esperança

Áreas da Comunicação Social A formação de bons profissionais de comunicação é ação fundamental para o crescimento da Igreja Adven-

tista do Sétimo Dia. Por meio da comunicação humana, a mensagem da esperança alcança os corações sedentos

e transmite o poder da verdade que restaura. O poder é divino, mas o veículo é humano. O próprio Cristo, para

se fazer entender, se transformou em um de nós. Dessa maneira, o Mestre dos mestres compartilhou o plano da

redenção.

Quando ouvimos as histórias da conversão de homens e mulheres, sempre notamos a existência das ferra-

mentas da comunicação através dos folhetos, livros, revistas, programas de rádio, vídeos, eventos (tais como séries

de conferências, musicais e cultos especiais), propagandas, blogs, sites, CD’s, um sorriso, um olhar, um aperto de

mão.... enfim, o percurso entre a mensagem da salvação e o pecador sempre é feito pelos caminhos da comunica-

ção. Por isso, os profissionais que atuam nesse setor precisam ter excelente formação técnica e profissional e muita

compreensão do que é ser um instrumento nas mãos de Deus.

Existem muitas maneiras de aprender um pouco sobre comunicação. Para quem não pode ou não

tem interesse em fazer um curso superior de jornalismo, publicidade e propaganda, relações públicas, ci-

nema, design gráfico ou rádio e TV, existe a possibilidade de realizar cursos específicos para a capacitação rá-

pida em uma determinada área. Desse modo é possível em poucos meses entender um pouco mais sobre fo-

tografia, internet, edição de vídeo, design gráfico, dentre dezenas de outras opções. É evidente que esse tipo

de formação capacita o estudante para desempenhar uma ação técnica para uma determinada finalidade. Nos

cursos rápidos não se trabalha a gestão da comunicação de modo amplo. Para quem deseja atuar como um

profissional da área, o ideal é fazer um curso superior.

A carreira de Comunicação é ampla e, neste sentido, existe um pouco de confusão sobre os termos e nomes

atribuídos ao curso e suas habilitações. Diferentemente do que ocorre em outros cursos superiores, em Comuni-

cação Social as habilitações são consideradas como os verdadeiros bacharelados. Mesmo que o diploma seja em

Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo – o que denota que Comunicação Social é um guarda chuva

mais importante e a habilitação em Jornalismo algo subordinado - não existe no universo da atuação profissional o

comunicólogo, mas, sim, jornalistas, publicitários, relações públicas, cineastas, designers, produtores de rádio e TV,

etc. Nos últimos anos aumentaram o número de habilitações. Existem cursos que oferecem formação em comuni-

cação com o mercado, mídias digitais, midialogia, produção audiovisual, entre outros.

Page 195: Guia comunicação pontes de esperança

Formação do profissional de Comunicação | 195

Existem no Brasil cerca de 700 cursos superiores de comunicação social. A maioria deles está localizada na

região sudeste, com predominância aproximadamente de 40% desses cursos no estado de São Paulo. As áreas mais

oferecidas são de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas.

Publicidade e Propaganda Os cursos de Publicidade e Propaganda ensinam os conceitos, as técnicas e os instrumentos fundamentais

para o planejamento, a criação e a produção de campanhas de divulgação para produtos, serviços, marcas e ideias,

visando a apresentação de soluções de comunicação mercadológica para os clientes. As áreas de atuação de um pu-

blicitário vão muito além da criação, conceito que muitos ainda têm da profissão. Ele pode trabalhar com redação

publicitária, planejamento de campanhas, desenvolvimento de estratégias de promoções, no marketing de consu-

mo, em produção gráfica, fotografia publicitária, pesquisa de mercado, publicidade on-line e muito mais. Entretan-

to o segredo da profissão é realmente ser criativo, ou seja, ver oportunidades onde outras pessoas não conseguem

e ser original e eficiente sob grande pressão. O curso de Publicidade e Propaganda é identificado como formador

de profissionais empreendedores e capazes de apresentar soluções eficientes para as organizações a quem presta-

rão seus serviços. Pode trabalhar em empresas privadas, ONGs, terceiro setor, ou de maneira independente, como

gestor do seu próprio negócio.

Jornalismo Os cursos de jornalismo concentram sua atuação na formação de profissionais capacitados para escrever

textos com correção e estilo, organizar as ideias e expô-las com clareza e objetividade, analisar os fatos, apurar com

rigor e lidar com as diversas abordagens éticas, políticas e legais que caracterizam a prática jornalística. O jornalista

deve ter habilidades próprias à sua função. Para isso, o conhecimento dos mais variados assuntos é essencial. Deve

relacionar-se com os diferentes públicos ou pessoas e transformar linguagens ou informações específicas num texto

adequado ao leitor, ouvinte ou telespectador. Ele deve ser ético, crítico, curioso, preocupado com questões sociais

e atento à realidade.

Ser jornalista é viver a profissão 24 horas por dia, olhando o mundo de uma maneira diferente, para ante-

cipar as indagações e críticas que a sociedade irá fazer. O jornalista tem que ter uma formação sólida não só no seu

principal instrumento de trabalho (a língua materna), como também amplo conhecimento geral. É importante saber

Page 196: Guia comunicação pontes de esperança

196 | Pontes de Esperança

as técnicas de veiculação das notícias para os veículos tradicionais, como jornal, revista, rádio e televisão e para

as novas possibilidades na internet e celular, veículos esses que se firmaram como importantes disseminadores de

notícias em primeira mão.

Relações Públicas A forma básica de se pensar o trabalho do relações públicas é naquele profissional que procura fortalecer a

imagem institucional da organização através de bons relacionamentos entre sua empresa e o público externo com

o qual ela interage. Relações Públicas é a ciência do planejamento estratégico da comunicação organizacional, que

produz ações motivadoras e contínuas de aproximação entre a instituição e seus públicos. O relações públicas, ou

simplesmente, RP, busca promover uma imagem e reputação favoráveis, capazes de posicionar adequadamente

a organização junto a sociedade, governos e meios de comunicação. Atualmente, o RP pode atuar também como

estrategista e executor da comunicação com os funcionários, como consultor político, ouvidor, “ombudsman”, ge-

renciador de pesquisas de opinião pública e organizador de cerimoniais e programas de visitas.

Cursos de Comunicação Social na Igreja Adventista Na América do Sul existe a possibilidade de estudar Comunicação Social em três instituições de ensino

localizadas na Argentina, Peru e Brasil. A seguir, algumas características de cada um desses cursos, fornecidas pela

própria instituição.

Argentina - UAP Universidade Adventista del Plata

Objetivos do Curso O curso tem como objetivo formar profissionais para pesquisar, idealizar, planificar, dirigir, produzir e exe-

cutar ações comunicativas levando em consideração o contexto social local, regional e nacional, dentro dos princí-

pios e valores do cristianismo. Capazes de pensar de forma crítica e reflexiva sobre os processos da comunicação e

informação que caracteriza o mundo contemporâneo.

Page 197: Guia comunicação pontes de esperança

Formação do profissional de Comunicação | 197

Os formandos estão capacitados a:■ Abordar o processo da comunicação como possibilidades multifacetadas e integradas;

■ Analisar com senso crítico a metodologia adequada a estrutura das mensagens;

■ Elaborar roteiros de programas para ser transmitidos em rádio e TV;

■ Organizar, diagramar e planejar o funcionamento dos meios de comunicação social;

■ Escolher e aplicar técnicas de elaboração de mensagens para ser difundidos pelos distintos meios de comu-

nicação gráficos e audiovisuais (imprensa, rádio, TV);

■ Assumir a responsabilidade de seus atos, respeitando os princípios ético-cristãos;

■ Prover comunicação objetiva, respondendo aos princípios de veracidade;

■ Elaborar projetos de comunicação, considerando os aspectos essenciais em relação ao público, meio, gênero

discursivo, etc;

■ Produzir materiais de comunicação específicos em diferentes suportes;

■ Analisar, pesquisar, elaborar, interpretar e avaliar mensagens e discursos nos meios de comunicação em

diferentes linguagens.

■ Planificar, elaborar, implementar e avaliar estratégias de comunicação nos meios, instituições, organismos,

empresas, etc;

■ Conhecer, planificar, articular, pesquisar, assistir criticamente e produzir processos de comunicação

atendendo suas particularidades contextuais em diálogo com o transnacional e global;

■ Intervir em distâncias práticas profissionais e acadêmicas inscritas no campo da comunicação social;

■ Conhecer e compreender as diversas perspectivas teóricas para abordar os estúdios de comunicação e ma-

nejo dos conhecimentos específicos referentes a diferentes linguagens, suportes e tecnologias da comunicação;

■ Elaborar planos, conduzir e avaliar processos de comunicação tendentes a aperfeiçoar os processos da edu-

cação e do desenvolvimento social;

■ Pesquisar sobre o campo da comunicação social na procura de atualização e produção de conhecimento.

Page 198: Guia comunicação pontes de esperança

198 | Pontes de Esperança

Peru - UPeUUniversidade Peruana Unión

Comunicadores que amam e dizem a verdade Em tempos cruciais como os que vivem as sociedades do terceiro milênio, globalizadas pela comunicações,

o profissional eminentemente urgente para todas as áreas é, sem dúvida, o comunicador social.

Dezenas de jovens são formados com esse perfil desde 2002 na Faculdade Acadêmico-Profissional Peruana das Ci-

ências da Comunicação, da Universidade Peruana Unión (UPeU) de Lima; são os primeiros comunicadores adventistas pe-

ruanos convocados para uma causa mais elevada: o serviço que transcende as aspirações comuns dos demais profissionais

do seu tempo.

Formados para as mudanças Os alunos formados neste centro superior de estudos estão conscientes que a TV, o rádio, a imprensa, a

internet e qualquer outro meio massivo de comunicação são válidos instrumentos em suas mãos. Desse modo, seu

mais importante trabalho se encontra na elaboração de mensagens que, por meio das mídias de massa, são trans-

mitidas cada dia.

Seja um discurso falado, uma notícia impressa, as fotografias em uma revista, a publicidade de algum servi-

ço ou as imagens de um projeto bem-sucedido, os comunicadores formados nessa instituição, demonstram grande

senso de responsabilidade social desde a concepção da ideia, passando pelo desenho, produção, realização, até

sua entrega ao público. É nesse ponto que entra em ação a vocação e o compromisso que lhes transmitiram seus

professores na UPeU, homens e mulheres tementes a Deus e guardadores da sua Palavra, reconhecidos pela sua

ampla experiência no campo midiático.

Seguindo o Mestre Os comunicadores graduados na UPeU, começam cada aula com uma meditação bíblica, cantos e oração,

aprendendo que a razão de ser de um profissional é o bem-estar do próximo e a divulgação do que é verdadeira-

mente importante para os homens: sua salvação. São discípulos de Cristo neste terceiro milênio, que, durante cinco

anos, têm sido dotados dos conhecimentos mais profundos sobre a sociedade, suas necessidades e organização,

para apresentar, mais tarde, alternativas criativas que contribuam sinceramente para o progresso local, nacional e

Page 199: Guia comunicação pontes de esperança

Formação do profissional de Comunicação | 199

mundial. Para isso se infiltram nas comunidades, convivem no meio delas a fim de desenvolver políticas, estratégias

e sistemas de comunicação eficazes.

Esse aprendizado se fortalece com a constante experimentação praticada com as novas tecnologias de

comunicação nos laboratórios de TV, rádio, fotografia, publicidades e relações públicas da UPeU. Ainda existem os

projetos acadêmicos especiais do Canal Universitário, a Rádio Universitária e o Jornal da Universidade, e integrando

o staff de imprensa da UPeU que realiza cobertura dos fatos que são notícia dentro e fora da instituição.

Brasil - UnaspCentro Universitário Adventista de São Paulo

No Brasil existe a possibilidade de cursar jornalismo ou publicidade e propaganda dentro de uma instituição

educacional adventista. O Unasp, Campus Engenheiro Coelho, oferece um dos melhores cursos de Jornalismo e de

Publicidade do Estado de São Paulo. Isso pode ser comprovado pelo último resultado do Enade, onde jornalismo

obteve o segundo lugar entre cerca de 50 cursos, e publicidade a quarta colocação entre mais de 90 cursos. O es-

tudante de comunicação do Unasp é inovador, contestador, prático, crítico, investigativo, curioso, leitor, analítico,

tem facilidade para lidar com outras pessoas e, principalmente, não tem medo de atuar. Aliás, é apaixonado por

trabalho. Nesse curso são bem-vindos tanto os indivíduos com características mais artísticas e densas e aqueles

com perfis mais meticulosos e perfeccionistas.

Se você gosta de artes; sabe desenhar ou escrever; sentiu afinidade por sociologia durante o ensino médio;

interessa-se por história, economia, política e tudo o que acontece no mundo; domina softwares; ou ainda conse-

gue se adaptar às atividades administrativas e financeiras; é bem-vindo ao curso de Comunicação Social do Unasp.

Em publicidade se analisam mais os negócios, tendências, inovações e vendas. No jornalismo se trata com os fatos,

com a crítica social, com a divulgação das notícias que são importantes para a sociedade. Fiscalizam-se os poderes

públicos com o intuito de garantir a perpetuidade das liberdades humanas.

Publicidade e Propaganda - Da sala de aula para o mercado de trabalho

O que um publicitário faz? A parte mais visível do trabalho são os comerciais para televisão, rádio, revistas,

jornais e publicidade em mídia exterior, como outdoors, banners, etc. Mas por trás disso tudo, o trabalho aprimora

o estudo da sociedade profundamente e usa esse conhecimento com objetivo de mudar comportamentos e esti-

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200 | Pontes de Esperança

mular o consumo de produtos e serviços. Em termos mais técnicos, um publicitário oferece serviços em comuni-

cação para fazer crescer empresas e negócios. Dentro de uma agência, você pode se especializar em áreas como

atendimento, mídia, design gráfico, criação e pesquisa de mercado.

A formação acadêmica é a etapa fundamental para o preparo de um profissional da propaganda.

A prática da profissão é tão valorizada quanto a aprendizagem teórica. Há disponibilidade de estúdio de

televisão, rádio FM e uma agência com cara e jeito de profissional. Através da agência Zoom Publicidade, os esta-

giários realizam campanhas de comunicação para clientes de toda a região metropolitana de Campinas, além de

múltiplos eventos.

Os alunos estudam as bases da filosofia, sociologia, teoria da comunicação, marketing, administração, sem-

pre com o foco voltado para as atualidades do mercado. Os professores são mestres e doutores que atuam ou já

trabalharam ativamente no mercado. E numa política de valorização do aluno, a instituição procura tornar o conta-

to entre ele e o professor o mais próximo e amigável possível. Para quem quer entrar no mercado com experiência,

garra, base teórica e portfólio, o curso de Publicidade no Unasp é a escolha certa.

Jornalismo: genérico e especializado No Jornalismo, a origem do diploma não pesa tanto quanto o saber fazer, o conhecer o caminho das pedras

para a execução de tarefas elementares da profissão. Esse diferencial o curso de Jornalismo do Unasp oferece. O

conceito dado pelo MEC em 2003 foi “A”. Três requisitos precisavam ser preenchidos antes da vistoria naquele ano:

titulação de professores, construção da redação e ampliação do laboratório fotográfico. A nova redação foi constru-

ída e se tornou multimidiática, interagindo impresso com online, TV, rádio e foto. Nove prêmios já foram conquista-

dos em concursos nacionais. Com as mudanças do mundo fotográfico, o laboratório tornou-se dispensável, pois as

fotos digitalizadas podem ser trabalhadas na própria redação.

Cerca de 12% dos formandos de Jornalismo no Brasil conseguem vagas no mercado até dois anos após a

saída da universidade. A média do Unasp é de 80% até seis meses após a graduação.

O curso de Jornalismo do Unasp possui três agências/departamentos. A primeira é a ABJ (Agência Brasileira

de Jornalismo), onde os alunos podem estagiar em cinco veículos das quatro mídias: ABJ Notícias (www.abjnoticias.

com), revista Canal da Imprensa (www.canaldaimprensa.com.br), jornal O Parcial, ABJ Notícias para a Rádio Unasp

e TV ABJ. A segunda é a Rádio Unasp (www.radiounasp.com.br). Finalmente, na editora universitária Unaspress

(www.unaspress.unasp.edu.br), os alunos podem estagiar nas revistas Escola Adventista e Acta Científica, e na

edição de livros.

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Formação do profissional de Comunicação | 201

Orientados por professores com experiência, os futuros profissionais podem atuar como repórteres, reviso-

res, fotógrafos, diagramadores, editores, articulistas, comentaristas e até em funções administrativas na ABJ, Rádio

Unasp e Unaspress. Uma das metas do curso é preparar futuros jornalistas para terem uma visão geral da profissão

ao mesmo tempo em que se especializam em uma ou mais áreas.

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Organização e autoria | 203Organização e autoria deste guia

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Edson RosaFormado em Teologia pelo Unasp, Campus São Paulo, Pedagogia pela Universidade Hebraica São Paulo, Mestre em

Teologia pastoral pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho e Pós Graduação em Gerenciamento de Crise. Iniciou suas

atividades por quatro anos como pastor distrital em São Miguel Paulista e Penha, em São Paulo. A seguir foi diretor de

Educação por seis anos na APL (Associação Paulista Leste) e Secretário na mesma Associação por dois anos, diretor

MIPES (Ministério Pessoal e Escola Sabatina) na APS (Associação Paulista Sul), por quatro anos, Secretário APS por três

anos, diretor MIPES da UCB (União Central Brasileira) por cinco anos, Secretário da UCB por mais três anos e desde

2006, exerce a função de Diretor de Comunicação, Relações Publicas e Liberdade Religiosa da Divisão Sul-Americana.

Foi apresentador por três anos, do programa de TV Lições da Bíblia e, por quatro anos do Programa Fé para Hoje. Pro-

duziu programas de evangelismo via Satélite de vídeos para capacitação, relatórios motivacionais e cursos bíblicos.

Co-organizou e editou o guia.

Organizadores

Luís Henrique dos SantosFormado em Propaganda e Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), São Paulo. Es-

pecialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, MBA em Gestão e

Estratégica de Mercados pela Fundação Getúlio Vargas e pela Universidade da Califórnia. Mestre em Comunicação

pela ESPM. É consultor em Planejamento e Comunicação de Marketing, sócio-diretor de uma agência de comuni-

cação corporativa e professor dos cursos de graduação em Comunicação Social e pós-graduação em Comunicação

Corporativa no Unasp. Já foi diretor de comunicação da Igreja do IASP (Unasp, Campus Hortolândia) por cinco anos.

Co-organizou o guia e escreveu os capítulos sobre comunicação interna, comunicação digital, organização da igreja

e o capítulo de cross media.

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Organização e autoria | 205

Martin KuhnFormado em Teologia pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, e em Comunicação Social - Publicidade e Propagan-

da - pela UNIP (Universidade Paulista), Campinas. Especialista em Educação pelo Unasp, mestre em Comunicação,

Administração e Educação pela Unimarco (Universidade São Marcos) e Doutor em Comunicação Social pela UMESP

(Universidade Metodista de São Paulo). Tem estudos de extensão em Cinema e Vídeo pela UNICAMP (Universidade

Estadual de Campinas). Já foi Gerente de Marketing do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, Assistente de Comuni-

cação e Marketing da University of South Florida (EUA), e atualmente é Coordenador Geral dos cursos de gradua-

ção e pós-graduação em Comunicação Social do Unasp. Foi Diretor de Comunicação da Igreja do Unasp, Campus

Engenheiro Coelho, por mais de três anos. Co-organizou o guia e escreveu os capítulos sobre TV e educação em

comunicação.

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206 | Pontes de Esperança

Célia Grace Araújo CostaFormada em Pedagogia pelo Unasp, pós-graduada em Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Ma-

rketing) e mestre em Comunicação, Administração e Educação pela Universidade São Marcos. Produtora artística e

de eventos, possui MBA em Music Business nos EUA, participou no evento de posse do ex-presidente americano Bill

Clinton, entre outras dezenas de eventos nacionais e internacionais de grande porte. Foi diretora de Operações da

Rádio Unasp FM, professora no curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho, e Coordenado-

ra de comunicação da Igreja do Unasp. Produtora Executiva na TV Novo Tempo e Gerente de Marketing do Sistema

Adventista de Comunicação. No guia escreveu a seção sobre eventos em parceria com outra autora.

Bruno MastrocollaFormado em Arquitetura e Urbanismo, pós graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas,

extensão em Marketing estratégico pela ESPM e MBA em finanças pela Fundação Dom Cabral. De 2008 a 2011 foi

Coordenador de Redes Sociais do grupo Santander Brasil e um dos integrantes do comitê mundial de estratégias di-

gitais do Grupo. Em março de 2011 encerrou sua trajetória profissional no Santander para trabalhar na organização

adventista. Atualmente é docente do curso de comunicação Social e diretor da agência Júnior de Publicidade Zoom

no Unasp. Escreveu sobre o papel da Igreja nas redes sociais.

Autores

Evelise da Rosa MoraisÉ jornalista e fotógrafa em Porto Alegre, RS, Brasil. Jornalista formada pela Unisinos (Universidade do Rio dos

Sinos, RS). Trabalhou no Departamento de Comunicação da ASR (Associação Sul-rio-grandense) de 2001 a 2005,

sendo colaboradora de matérias para a Revista Adventista e atuou na Assessoria Integrada de Comunicação do

UniRitter (Centro Universitário Ritter dos Reis). É sócia da 4Him Fotografia e ministra palestras e oficinas sobre

comunicação e fotografia em eventos promovidos pela Igreja Adventista. Escreveu sobre a postura do fotógrafo

em eventos religiosos.

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Organização e autoria | 207

Felipe LemosJornalista, especialista em marketing, trabalha em comunicação desde 1994, já atuou em jornal, revista, rádio, pro-

dução de TV e comunicação corporativa. Atualmente assessor de comunicação da Divisão Sul-Americana. Escreveu

sobre gerenciamento de crise com a opinião pública.

Fábio RamosFormado em Propaganda e Marketing pela ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação).

Pós-graduado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Como publicitário recebeu os prêmios “Pro-

fissionais do Ano”, da Rede Globo, e “Festvídeo” APP Ribeirão Preto. É sócio da Arpejo Comunicação, professor no

curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho, e diretor de Planejamento da agência Zoom

Publicidade. No guia escreveu a seção sobre planejamento e mídia.

Kenizzia Rodrigues MoreiraPublicitária pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho. É produtora de eventos, diretora de Atendimento da

agência Zoom Publicidade, coordenadora de Marketing do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, e coordenado-

ra de Comunicação da igreja do Unasp. Foi co-autora do capítulo sobre eventos.

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Michelson BorgesÉ jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em Florianópolis e edi-

tor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação cientí-

fica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio

(sobre criacionismo), Nos Bastidores da Mídia e da série Grandes Impérios e Civilizações, composta de seis volumes.

Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários

criacionistas por todo o Brasil. Escreveu sobre release e lead.

Kenny ZukowskiFormado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestrado em Design pela Universidade

Anhembi-Morumbi, São Paulo. Atuou por sete anos como diretor de Arte em agências de publicidade nas cidades

de Belo Horizonte e Ribeirão Preto. Coordenou o departamento de criação da gráfica da União Central Brasileira

por três anos. Atualmente é professor no Unasp, Campus Engenheiro Coelho, no curso de Comunicação Social,

onde ministra disciplinas na área de criação, editoração e fotografia desde 2003. Também é diretor de Criação

da Zoom Publicidade. No guia escreveu sobre criação para mídia impressa, internet, mídia exterior e fotografia.

Valdecir Simões LimaGraduado em Letras no Unasp, campus São Paulo, e Línguas Modernas e Teologia no Southwestern Adventist

University,Texas, EUA. Trabalhou por quatro anos como produtor editorial para a Voz da Profecia e o programa de

TV Está Escrito. É também o autor do livro O Preço da Felicidade da Casa Publicadora Brasileira. Especializou-se

em Docência Universitária pelo Unasp e tem estudos de extensão em Linguística e Produção Videográfica e Cine-

matográfica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Atua também na área musical como maestro e

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Organização e autoria | 209

Roberta Nobre É relações públicas e cerimonialista, especialista em Gerência de Projetos, e diretora da Empresa Nobre Eventos.

Atualmente exerce a função de assessora de Cerimonial & Eventos na CNT (Confederação Nacional de Transporte),

escreveu sobre cerimonial e Protocolo.

Rogério Ferraz É graduado em Administração de Empresas com MBA em Gerenciamento de Projetos, possui certificações profis-

sionais em gestão de projetos e desenvolvimento de aplicações de BI. Por mais de quatorze anos tem trabalhado

no desenvolvimento de projetos de tecnologia para Internet, sistemas gerenciais e de inteligência de negócios.

Atualmente serve a Igreja como Gerente de Projetos de Web, Redes Sociais e Mobilidade da Divisão Sul-Americana.

Escreveu sobre redes sociais e fez a revisão técnica do capítulo sobre comunicação digital.

Wagner CantoriJornalista e radialista. Tem especialização em Docência do Ensino Superior e mestrado em Divulgação Científica

pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Já foi diretor de jornalismo e programação da Rádio Novo

Tempo Campinas. Apresenta o programa Vida & Saúde na Rede Novo Tempo de televisão. É coordenador associa-

do e professor do curso de comunicação social, habilitação em Jornalismo e publicidade e propaganda do Unasp,

campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre assessoria de imprensa, gerenciamento de crises e rádio.

compositor. É autor de algumas das mais conhecidas canções contemporâneas da Igreja Adventista. Atualmente

é professor nos cursos de Teologia e Comunicação Social no Unasp, Campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre

a Comunicação e a missão da Igreja Adventista.

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André LeiteFormado em Jornalismo no Unasp. Já foi articulista do portal Paraná-Online, Tribunasp, O Regional e Canal da Im-

prensa, além de editor de Arte da revista Escola Adventista. Apresentou na Unasp FM os jornais Primeira Página,

Unasp Regional e o programa Você na Área. Foi também o chefe de redação na emissora.

Luiz Alberto NadalinePastor e jornalista, atualmente lidera cinco igrejas em Curitiba, PR. É autor do Manual com Orientações para Comu-

nicadores publicado inicialmente em 1999 e reeditado pela Associação Sul Paranaense da Igreja Adventista. Algu-

mas partes do seu manual foram reproduzidas aqui e complementam as informações de alguns capítulos.

Miguelli SimioniJornalista formada pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho. Já escreveu para os veículos digitais Diário do Campus

e Canal da Imprensa. Também já foi redatora dos jornais O Regional e O Parcial e da Revista Escola Adventista. Em

2007, fez parte da equipe que produziu o DVD Por Você, do Coral Jovem do Iasp. Em 2008, assumiu a função de che-

fe de produção da Unasp FM. Em 2009 e 2010 assumiu a coordenação de produção e programação da Rádio Novo

Tempo para todo o Brasil. Em 2011 foi coordenadora da TV Regional da TV Novo Tempo para o Vale do Paraíba. Em

2012 assumiu a coordenação e produção dos Anjos da Esperança, também na TV Novo Tempo.

Colaboradores

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Organização e autoria | 211

Revisão Conteúdo

Arnaldo Balog

Benjamín Belmonte

Edgar Bosisio

Edgardo Muguerza

Elmar Borges

Erton Kohler

Francisco de Oliveira Filho

Helbert Almeida

Jaime Pérez

João Fagundes

Jorge Rampogna

Laércio Mazaro

Leônidas Guedes

Magdiel Pérez

Nelson Milanelli

Pablo Flor

Remberto Sarzuri

Revisão Texto

Felipe Lemos

Mani dos Santos

Márcia Ebinger

Nélida Leguizamón

Renato Groger

Silmira Rosa