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N este ano pastoral, vamos procurar Acolher a Palavra de Deus, depois de termos sido Encontrados pela Palavra! Como proposta muito concreta, a ser assumida de um modo especial por nós, catequistas, vamos empenharmo-nos ao longo deste ano na descoberta e no estudo da Constituição Dog- mática sobre a Revelação Divina Dei Verbum (Cf Programação Pas- toral 2009-2010). Deste modo, e acolhendo a proposta que o Plano Pastoral nos faz este ano, vamos, ao longo do ano, ler e meditar na Dei Verbum, documento fundamental para nós catequistas, tal como vem pro- posta a divisão dos números, por cada um dos tempos litúrgicos. editorial B O L E T I M *10 setembro 2009 . boletim trimestral . ano 3

Pontes #10

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Formação de catequistas

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BOLETIM 1

Neste ano pastoral, vamos procurar Acolher a Palavra de Deus, depois de termos sido Encontrados pela Palavra!Como proposta muito concreta, a ser assumida de um

modo especial por nós, catequistas, vamos empenharmo-nos ao longo deste ano na descoberta e no estudo da Constituição Dog-mática sobre a Revelação Divina Dei Verbum (Cf Programação Pas-toral 2009-2010). Deste modo, e acolhendo a proposta que o Plano Pastoral nos faz este ano, vamos, ao longo do ano, ler e meditar na Dei Verbum, documento fundamental para nós catequistas, tal como vem pro-posta a divisão dos números, por cada um dos tempos litúrgicos.

editorial

B O L E T I M *10setembro 2009 . boletim trimestral . ano 3

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BOLETIM 2

Secção OPINIÃO

O tempo da Família não passouCasimiro Silva

A Família é uma realidade que abraça a vida humana desde o início da Humanidade. Entende-se, assim, o vinco feito por João

Paulo II na conclusão da Exortação Apostólica sobre a Família, a Familiaris Consortio: “o futuro da Huma-nidade passa pela Família”. Como se percebe que durante a oração do Ângelus, na festa de Cristo Rei de 1981 – data em que foi publicado este documen-to –, o papa tenha acrescentado: “o futuro da Igreja e o da religião também passam pela família”.Era uma alerta sério para as ameaças que pairam so-bre a Família. Ameaças causadas pela profunda crise de valores que atravessa a sociedade de uma forma transversal.Apesar de se poder afirmar que não é a Família que está em crise, porque todas as pessoas procuram formar uma família.A verdade porém é que ela deixou de ser “um celeiro de santidade”. Porque se torna cada vez mais compli-cado aceitar o desafio para envolver as famílias em algo que vá para além das suas rotinas instaladas ou impostas. Daí irmos assistindo (cada vez com maior frequência) ao facto de a catequização dos filhos, por exemplo, ir ficando para ‘melhores dias’.

A comunidade familiarNa Familiaris Consortioo papa deixou uma ideia for-te: Família torna-te aquilo que és!E, vinte anos depois, acrescentou: “Família acredita naquilo que és!”. Todos nós sabemos que a família é o espaço privilegiado para o desabrochar e o crescimento da fé, uma vez que é aí que se habituam as crianças a construir critérios de comportamento. Ou seja, a família deve sera primeira e mais profunda escola. Em todos os

sentidos. Ninguém duvida que o que se aprendeno seio da famíliapersiste pelos tempos fora. E, afinal de contas, se o património mais valiosoque os pais po-dem deixar aos seus filhos é a educação, não basta dizer que a instrução cristã é apenas apresentar os filhos ao baptismo.É inegável que a família vai sofrendo golpes que a fragilizam. Quer pela”falta de uma preparação e formação contínua para se formar e ser família”, quer pela recusa em se aceitar compromissos. Por outro lado, a pressão mediática que é sistematicamente exercida sobre as famílias (que as leva a aceitarem o divórcio como solução para tudo) e a incapaci-dade que muitas pessoas têm em saber ou poder conciliar o trabalho e o tempo essencial para a família, juntamente com a precarização do empre-go, geramgrande instabilidade ao nível familiar. Se a tudo isto juntarmos o crescente endividamento das famílias ou a demissão de toda a autoridade, percebemos o que está em causa na família.Apesar destas realidades concretas, a família nunca deixou de ser primordial nos valores que regem a história da Humanidade. Por isso, ela continua a ser a célula fundamental da socie-dade. Ou como João Paulo II a definiu na Christi Fideles Laici, “um espaço social onde a vida nasce, cresce e desenvolve, até à plenitude na realização de todos os seus membros”. Na verdade “tudo nasce na família”. É normal (para não dizer fundamental ou necessário), por isso, que também a fé nas-ça e se desenvolva na família. É a própria Bíblia que nos dá o exemplo deTimóteo, como tendo sido educado na fé pela sua avó e pela sua mãe: “conservo a lembrança daquela tua fé tão sincera, que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe

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BOLETIM 3

O tempo da Família não passouEunice e que, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Tim 1,5)Como já foi dito a família está mergulhada numa crise. Séria. Principalmente no mundo de cultura ocidental onde a mudança da sociedade é de-masiado rápida, precipitando as transformações familiares. Desde logo, no que concerne ao trabalho da mulher fora de casa. Que dificulta a vida do lar. E porque retira o tempo suficiente para conviver ou para educar os filhos. E, a juntar a esta realidade, as mulheres têm medo da maternidade. Mas, nem por isso, a família deixa de ser, em qualquer das suas expressões, o melhore o mais oportuno espaço para formar eorientar os filhos rumo a uma vida verda-deiramente humana, cristã e feliz. E bem sabemos como o ser humano, na sua infância, é carente de segurança, de carinho e de protecção. Por isso Mas, a família deixou de ter um papel principal como primeiro educador. Os sociólogos mostram que não passou o tempo da família, que a grande maioria das pessoas quer ter família estável e quer, em prin-cípio, a fidelidade. E dizem-nos que a única institui-ção capaz de formar integralmente as crianças e os jovens é a família.

Catequese caseiraNo entanto, nos dias que correm o que se vê, geral-mente, são pais que pura e simplesmente deixam osfilhos àporta da igreja e voltam no fim para buscá-los. Há cada vez menos preocupação com a evangelização das crianças ou dos adolescentes. Há pais que nem conhecem o catequista do seu filho nem nunca o procuraram para saber o que aconte-ce nos encontrosde catequese. O que lhes importa é saber os pormenores da cerimónia do dia festivo.

Ou então saber como será a roupa que o filho irá vestir.É urgente, por isso e desde logo, que a família regresse rapidamente aos pequenos hábitos que foi perdendo, como, por exemplo, a explicação dos sacramentos – que deve ocorrer durante o crescimento dos filhos, acompanhada da oração. Ou a participação habitual dos filhos na Eucaristia dominical na companhia dos pais. A juntar a estas duas ideias-base será importante a celebração das missas da catequese, onde é possível criar uma forte envolvência familiar. Por outro lado, o encontro das famílias ou a reunião de pais ou os convívios ou encontros decatequese (em que as famílias confra-ternizam) são muito importantes.Já sabemos que a catequese começa em casa. É nessa igreja domésticaque os pais devem consolidar todos os alicerces que sustentarão os filhos no resto das suas vidas. E, muitas vezes, os pais delegam (quando delegam!) a responsabilidade de educaro seu filho na fé e nos valores cristãos somente no catequista.

A Família, esperança da Igreja e do mundoEm suma, a família é e sempre será a primeira escola de fé. Porque nela o testemunho dos pais fala mais que qualquer palavra, qualquer gesto ou qualquer imagem. Não há melhor forma de catequizar do que as atitudes tomadas pelos pais. Elas são percebidas, entendidas e assimiladas com interesse, curiosidade e amor pelos filhos. E, depois, na medida que há um testemunho real de amor na família e pela família, há uma verdadeira experiência de Deus.É difícil? Não. É só pôr em prática, de verdade, a igre-ja doméstica, integrada com a igreja paroquial.

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BOLETIM 4

Secção NOTÍCIAS

Culminando um ano intenso de acção forma-tiva e de aprendizagem por troca de experi-ências entre realidades diferentes, terminou,

no passado dia 30 de Julho, a fase de encontros semanais do estágio do Curso Geral de Adolescên-cia e Infância que teve lugar no Centro Arquidioce-sano de Formação de Catequistas (CAFCA) Emaús, nas Caldas das Taipas.No CAFCA Emaús, situado na paróquia de Caldelas, na vila vimaranense de Caldas das Taipas, decorreu, entre Setembro do ano passado e Julho deste ano, o tempo das sessões presenciais dos estágios de Infância e Adolescência. Foram dez meses de viagens e canseiras semanais, à terça-feira, para dezassete catequistas, no caso da catequese de infância, e oito da catequese de infância, do arciprestado de Guimarães e Vizela e provenientes das paróquias deCaldelas (Caldas das Taipas), Divino Salvador de Briteiros, Lordelo, Morei-ra de Cónegos, S. Cláudio de Barco, S. Miguel Vizela, Sande S. Clemente, Santa Maria de Corvite, Silvares, Stª Eufémia de Prazins e Sto Estêvão de Briteiros.Este estágio, que contou com a coordenação de Susana Dourado, na infância, e Casimiro Silva e Goretti Videira, na adolescência, permitiu,não só uma colaboração intensacom todos os estagiários presen-tes em cada semana, com as suas dúvidas, anseios e muita vontade de melhorar,como também ajudar nas dificuldades que o dia-a-dia catequético deixa em cada um daqueles que têm que preparar as sessões de catequese. Saliente-se também que, no caso da adolescência, todas as paróquias presentes no estágio foram visitadas por um dos coordenadores que, foi percorrendo o arciprestado em encontros com a maioria ou a totalidade dos catequistas da paróquia visitada e o pároco, como forma de dar uma maior contribuição a cada um dos catequistas estagiários e de conhecer as realidades de cada uma das paróquias e, naturalmente de cada catequistas em formação. E, vinque-se, que se tornaram francamente frutuosas estas visitas, na medida em que foi possível perceber melhor as realidades de cada estagiário e assim, lançar mão de novas propostas de trabalho. E, por outro lado, ficou claro que o trabalho que os estagiários estavam

Convívio encerra estágio do curso geral no CAFCA Emaús

a desenvolver no CAFCA era todo ele feito no sentido de ajudar a aumentar a qualidade das catequeses de cada paróquia. E a verdade é que foi possível confir-mar algumas bem simpáticas, mesmo que algumas com denotassem algumas dificuldades, mormente ao nível dos espaços para crianças e adolescentesNo encontro final que teve lugar no exterior do Centro Paroquial de Caldas das Taipas, estiveram presentes o padre Luís Figueiredo, coordenador e responsável máximo do Departamento Arquidio-cesano de Catequese (DAC), bem como os párocos

de Briteiros e Barco, Lordelo e S. Miguel de Vizela. E, obviamente, os estagiários (de infância e adolescên-cia) que proporcionaram momentos francamente descontraídos e criadores dos laços de amizade que importa desenvolverem nos grupos.Neste encontro final, pela forma como toda a gente participou, primeiro na oração e depois o convívio, ficou a certeza de que todo o esforço dispendido ao longo do ano valeu a pena. Mesmo aquele dos dias ventosos e frios de inverno, altura em que as dificul-dades para viajar e a vontade para ficar no conforto do sofá eram, com toda a certeza, bem mais fortes do que o compromisso de estar em formação para dar outro índice de qualidade à catequese das paró-quias da nossa diocese.

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BOLETIM 5

No passado dia 19 de Junho, a Equipa Arciprestal de Catequese de Vila Nova de Famalicão promoveu um encontro com

os catequistas coordenadores paroquiais, cujo principal objectivo consistia numa avaliação do último ano catequético no Arciprestado.Deste modo, o encontro teve como ponto de partida os objectivos específicos do Departamento Arquidiocesano de Catequese para o ano 2008-2009 que foram recordados no início do mesmo, procedendo-se depois à avaliação do ano a partir desses objectivos e de uma grelha que os catequis-tas coordenadores foram convidados a preencher previamente com os restantes catequistas das suas respectivas paróquias, sendo que esta grelha contemplava a avaliação de vários itens a 3 níveis: arquidiocesano, arciprestal e paroquial.Depois disso foram apresentados os objectivos es-pecíficos e as linhas de acção apontados pelo DAC

Famalicão promoveu Encontro com Coordenadores Paroquiais

para o próximo ano pastoral (2009-2010), que todas as paróquias deverão procurar concretizar neste segundo ano do triénio especialmente dedicado pela nossa Arquidiocese à Palavra de Deus.No final do Encontro foram ouvidos os catequistas coordenadores presentes que assim foram convida-dos a apresentar as suas sugestões para o futuro à Equipa Arciprestal de Catequese.Dada a importância destes mesmos encontros, onde os laços entre a Equipa Arciprestal e as paróquias saem reforçados, a Equipa pretende continuar a promovê-los, um no início de cada ano pastoral e outro no final, como foi o caso des-te último, para que se possa proceder à avaliação do mesmo.Assim sendo, está já agendado um próximo encon-tro com os coordenadores paroquiais para o início deste ano catequético prestes a iniciar. A data apon-tada para o mesmo é o dia 16 de Outubro de 2009.

No dia 25 de Abril, realizou-se o encontro arciprestal de catequista. A Abadia local sossegado e acolhedor recebeu cerca de 180

catequistas. Este encontro iniciou pelas 14 horas com o acolhimento aos catequistas, com músicas, jogos e visitas aos expositores de livros da livraria Diário do Minho, Salesianos e DAC, a inscrição no Peddy Papper “Nos caminhos de são Paulo…” e a entrega de algumas ofertas aos catequistas, nomea-damente uma camisola alusiva ao encontro.Após este momento de convívio, pelas 15 horas, o encontro prosseguiu com uma comunicação do P.e Luís Miguel sobre o tema “Identidade do Catequista”. Abordando as funções da catequese, a finalidade da catequese, as tarefas fundamentais da catequese: favorecer o conhecimento da Fé; Educação litúrgica; formação moral e ensinar a rezar. Relembrando que o catequista «existe para…. para suscitar a fé…»

Amares congrega catequistas

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BOLETIM 6

Concluindo a sua apresentação :A alegria e o gozo do anúncio da Palavra e do Evangelho de Jesus Cristo são características próprias da espiritualidade do catequista. É precisamente a alegria do catequis-ta, como gozosa participação na vida do Espírito, a demonstração mais evidente de que a Boa Nova que anuncia encheu o seu coração. Terminada apresentação foram dados alguns mo-mentos de partilha em que os catequistas tiveram oportunidade de fazer algumas questões ao padre Luís. Após estes trabalhos seguiu-se o momento de oração que terminou com uma suave dança reali-zada, ao som da música da Banda Jota, por alguns catequizandos. Pelas 16 horas deu-se início ao Peddy Papper “Nos caminhos de São Paulo…» Mais precisamente pelos caminhos e trilhos da Abadia. Os catequistas tive-

ram a oportunidade de viver, ler e descobrir de uma forma alegre e divertida as cartas de São Paulo. Pois ao longo do Peddy Papper os catequistas tiveram que ler a Sagrada Escritura de modo a responder aos problemas que iam surgindo pelo caminho. Os catequistas tiveram que soltar prisioneiros, “andar a cavalo”, dançar. E muitas mais coisas… Após esta caminhada os catequistas estavam cansa-dos e alegres, mas necessitando de algum abaste-cimento. Sendo assim pelas 18 horas seguiu-se o momento de partilha do lanche. Em que os todos os catequistas partilharam os seus ricos farnéis.O Encontro Arciprestal do Catequista de Amares contou com a presença de uma grande parte dos catequistas do arciprestado Amares, como também de algumas catequistas da paróquia de Parada de Bouro, arciprestado de Vieira do Minho.

Secção NOTÍCIAS

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BOLETIM 7

No passado mês de Junho chegaram ao fim as duas últimas acções de formação do ano pastoral realizadas no CAFCA “Faz-te ao

Largo!” em Famalicão.Desta feita, no dia 6 de Junho terminou mais um Curso de Iniciação, que tinha iniciado no dia 27 de Abril.Este curso contou com 22 formandos oriundos de diferentes paróquias de V. N. de Famalicão: Antas, Ar-noso Sta. Eulália, Esmeriz, Nine, Ribeirão, Sto. Adrião e Telhado.O último dia foi, como sempre, intenso e especial para todos! Os momentos de formação aliados a momentos de convívio, de oração e reflexão, num convite claro a trabalhar o saber, mas sobretudo a espiritualidade do catequista, não deixaram nin-

CAFCA “Faz-te ao Largo!”guém indiferente! O jantar final rematou com chave de ouro um dia que se prolonga depois na memó-ria, no coração e na vida de cada um!Por sua vez, no dia 26 de Junho, chegou ao fim mais um Curso Complementar, o terceiro realizado no CAFCA “Faz-te ao Largo” ao longo do último ano. Este curso, iniciado em Janeiro, contou com a presença de inúmeros formandos provenientes de diferentes comunidades paroquiais: Ceide S. Paio, Gondifelos, Oliveira Sta. Maria e Ribeirão.No final, em todos reinava um sentimento comum: a alegria pelos momentos de partilha e aprendi-zagem vividos nesta formação, que ajudou todos e cada um a aproximar-se mais e melhor de Jesus Cristo!

Com a “finalidade de um maior enriquecimento humano e espiritual” e no âmbito do final do estágio do CAFCA Samaritana, em Barcelos, os

estagiários e os seus respectivos grupos de catequese rumaram, no fim-de-semana de 27 e 28 de Julho, ao parque de campismo do Corpo Nacional de Escutas (CNE), em Gondifelos, arciprestado de Vila Nova de Fa-malicão, onde tiveram a oportunidade viver momen-tos diferentes. Refira-se também que três adolescentes da paróquia de Lordelo, do arciprestado de Guimarães e Vizela, que se fizeram acompanhar por um dos estagiários do CAFCA Emaús, nas Caldas das Taipas participaram neste encontro.O programa foi pensado essencialmente para a reflexão descontraída dos adolescentes e permitiu aos estagiários do arciprestado barcelense uma aprendizagem diferente do grupo e deixou que os seus catequizando pudessem usufruir de momen-tos bem mais descontraídos.As tarefas inerentes à ocupação dos catequizandos ficaram a cargo de cada estagiário, mas o mau tempo, principalmente de sábado ao final do dia e durante a noite, impediu que fosse levado à prática a totalidade do programa que havia sido elaborado. E, assim, na tarde de sábado só a animação do foi possível efectuar-se.

Acampamento em Gondifelos

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BOLETIM 8

Secção NOTÍCIAS

Na passada semana, de 7 a 14 de Agosto, realizou-se a segunda parte do Curso Geral de Catequese, no Centro Cultural e Pastoral

da Arquidiocese, em Braga. Este foi a continuação, e conclusão para alguns, do que havia sido feito o ano passado no mesmo local. Para esses segue-se agora uma nova fase na sua formação, o estágio. Para os outros, iniciados este ano, o Curso será acabado no próximo ano.A formação dos catequistas é essencial para que estes consigam desempenhar a sua missão: transmitir a fé e a doutrina, e acima de tudo, o amor. Sendo assim, existem quatro módulos que são divididos pelos dois anos: História da Igreja e Catequética, Pedagogia, Psicossociologia e Espiritualidade. Através destes módulos o auxiliar de catequista aprende a história da sua Igreja, aquilo que ela defende e acredita, fortalece e vive a sua fé, pois só vivendo a sua fé é que conseguirá transmiti-la (não podemos transmitir o que não temos), e terá bases no que toca á Psicologia, de forma a saber conviver e conhecer os seus cate-quizandos, mantendo uma relação harmoniosa e cúmplice com os mesmos.O facto de este curso ser realizado intensivamen-te num único lugar permite que se estabeleçam relações de amizade forte no grupo. Tudo se partilha, desde as refeições às camaratas, sejam as casas de banho ou um simples armário, e até aqueles momentos de oração profunda com o Mestre, os sentimentos intensos dessas alturas, a fé crescente nos corações. Os contactos são parti-lhados e as relações subsistem no fim do curso.Assim, passarão a ser verdadeiros catequistas. O catequista não é um professor. O catequista é um educador, um companheiro, um amigo. É alguém que guia o outro sem se fazer notar demasiado, deixando-o escolher por si mesmo, não impondo absolutamente nada. É aquele que tem sempre um sorriso pronto e uma repreensão quando necessário. O verdadeiro catequista apaixona-se pelo seu catequizando e conhece-o, sabendo como chegar a ele. Esperemos que deste curso saiam verdadeiros e fortes catequistas.

Curso Geral de Catequese no Verão

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BOLETIM 9

Secção ANO PASTORAL 2009-2010

Acolhendo a Palavra, com a alegria do Espírito Santo (1Ts 1, 6)

Eis a segunda etapa do nosso itinerário pastoral. O tema específico de cada ano deste triénio (encontrados pela Palavra, acolhemos a Palavra

e vivemos da Palavra) garante a continuidade da proposta. Aliás, mais do que fases separadas de um encontro com a Palavra, são dimensões sempre presentes no coração de cada cristão que confronta a sua vida com a Palavra da Escritura.Depois de ouvidas as várias instâncias diocesanas, decidimos centrar este segundo ano – acolhemos a Palavra – na reflexão e na descoberta dos desafios que a Constituição Dogmática «Dei Verbum» sobre a Revelação Divina coloca à Pastoral Bíblica da nossa Diocese. «A constituição conciliar Dei Verbum imprimiu um intenso impulso à valorização da Palavra de Deus, da qual derivou uma profunda renovação da vida da comunidade eclesial, sobretudo na pregação, na ca-tequese, na teologia, na espiritualidade e nas relações ecuménicas. A Palavra de Deus, pela acção do Espírito Santo, guia os crentes à plenitude da verdade». (Bento XVI, Oração do Angelus - 6 de Novembro de 2005). Vamos apresentar uma breve reflexão sobre os vários capítulos desse documento do Concílio Vaticano II e destacar algumas implicações pastorais1.

A Revelação «Aprouve a Deus revelar-se a Si mesmo por meio de Cristo» [DV 2]

A revelação é um acto de auto-comunicação amorosa de Deus. É a palavra de Deus à humani-dade. Deus está sempre aberto ao Homem para se

1 Este texto foi preparado a partir das seguintes fontes: Carlo Maria Martini, Propos-te di pastorale biblica per un incontro vivo con Gesù Cristo, in Orientamenti Pastorali 1997/7, pgs. 32-44; Herculano Alves, A Palavra de Deus nos quarenta anos da «Dei Verbum», in Bíblica (série científica) XIII (2004) 13, pgs. 161-200; Giuseppe Betori, Lettura pastorale della «Dei Verbum», in Orientamenti Pastorali 2006/9, pgs. 10-21; Lopes Morgado, Pastoral bíblica e animação bíblica de toda a pastoral - Conferência apresentada ao Conselho Pastoral Arquidiocesano em 15 de Novembro de 2008; Bruno Maggioni, «Impara a conoscere il volto di Dio nelle parole di Dio». Commento alla «Dei Verbum», Edizioni Messaggero Padova, Padova 2009.

Programação Pastoral 2009-2010comunicar. Esta comunicação acontece na história (criação, profetas, Jesus de Nazaré…) e através de palavras e gestos que se iluminam reciprocamen-te. As palavras desvelam o conteúdo escondido e salvífico dos acontecimentos. Os acontecimentos manifestam e reforçam as palavras. A finalidade da revelação é apresentada com três fórmulas: acesso ao Pai, participação na natureza divina e comunhão com Deus. Jesus Cristo é o centro da revelação. Ele é o mistério primordial que manifesta o desígnio de salvação de Deus. Ao ser humano é pedido, na sua liberdade, uma resposta de fé, um acolhimento. Não se trata, em primeiro lugar, de uma questão intelectual: saber coisas, adquirir conhecimentos. A revelação contém uma proclamação de verdade, mas não é o único aspecto e nem sequer o princi-pal. Trata-se antes de uma questão existencial, de confiança e acolhimento de Deus na própria vida e que envolve e transforma o crente. Deus revela-se. O ser humano abandona-se livremente. Encontrar a Bíblia é uma das formas de encontrar Deus. Não se trata de páginas e letras, de capítulos e versículos. É a própria pessoa do Pai que aí está presente. A Sagrada Escritura é Palavra de Deus. Como se lê na Dei Verbum, Deus «na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele» (Dei Verbum 2. Daqui em diante citada como DV). Há ainda muito a fazer para que se compreen-da que abrir a Bíblia é entrar neste mistério de amor com Deus e não apenas uma experiência do foro intelectual ou dos conhecimentos. Trata-se de um encontro de comunhão e aliança. A Bíblia não fala apenas de Deus ou do ser humano. Fala dos dois. Mas em recíproca relação. É o Livro da Aliança. Nesta relação de comunhão e diálogo encontramos em Jesus Cristo a ponte entre Deus e a Humanidade.Se Deus se revela e comunica a Sua palavra na história, os cristãos devem estar habilitados a co-nhecer a história da Palavra de Deus e a saber ler a Bíblia na sua dimensão de história, de literatura e de mensagem e aí descobrir os caminhos de Deus nos caminhos da humanidade. Isto significa também, com a Bíblia na mão, aprender a ler e a construir o caminho pessoal e a história do mundo iluminados pela luz da Palavra.

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Ao Deus de Jesus Cristo, que se revela num diálogo de aliança, o ser humano pode corresponder como uma resposta de fé, uma atitude existencial que significa abertura e entrega confiante a Deus. É assim que se exprime a Constituição Conciliar: «Pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus» (DV 5).

A Transmissão «Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado» [DV 7].

Para que cada ser humano possa acolher a revela-ção de Deus, é preciso que ela seja transmitida de geração em geração, com os anúncios, os sinais e o testemunho, entre os quais os textos escritos. Na base da Tradição está a pregação dos Apóstolos que hoje continua na Igreja através de diversas moda-lidades [escrita, oral]: celebração, testemunho, vida das comunidades. O documento conciliar sublinha a diferença entre Escritura e Tradição, mas também destaca a sua unidade. É uma Tradição que progride, graças ao estudo, à pregação, à experiência de fé, e «tende continuamente para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus» (DV 8). O actor principal deste progresso é o Espírito Santo. É a Tradição que permite à revelação histórica tornar-se universal no tempo e no espaço, oferecen-do-se íntegra e viva a cada geração. Daqui nascem algumas implicações pastorais. O cristão compreende a Bíblia no contexto vital da Igreja, da sua vida, reflexão, oração, caridade e co-munhão. Modelo de meditação da Palavra é Maria: «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lucas 2, 19.51). A sua figura pode ser valorizada como modelo de uma Igreja que se deixa encontrar pela Palavra, a acolhe e vive. Maria é a imagem do verdadeiro orante da Palavra, que sabe guardar com amor a Palavra de Deus, transforman-do-a em serviço de caridade, memória permanente, para manter acesa a lâmpada da fé no quotidiano da existência.O texto bíblico tem valor para todos os tempos. É uma palavra pronunciada no hoje da história. A Palavra lida na Bíblia exige ser aprofundada na fé da Igreja, celebrada na oração e na liturgia e vivida na caridade e na missão, tornando-se tradição viva da qual nasce e para a qual tende. Da Igreja, o cristão

recebe a Bíblia; com a Igreja, lê-a e partilha o seu espírito e objectivos, procurando, assim, a finalidade suprema de todo o encontro com a Palavra, como Jesus nos ensinou: o cumprimento da vontade de Deus com uma vida de fé, de esperança e caridade no seguimento do Mestre (cf. Lc 8,19-21). Pode ainda ser valorizada a relação entre a Bíblia e o catecismo, tornando-se a Escritura a «alma e o livro» do anúncio e da catequese. Sendo de incentivar e promover uma autêntica dimensão bíblica de toda a pastoral, a Bíblia não pode ser entendida como um subsídio (ainda que fosse o mais importante), mas como o «Livro», ocupando o primeiro lugar no ministério da palavra, em cada actividade pastoral, no culto e na vida da Igreja. Cuide-se das homilias e da pregação, evitando moralismos e fundamen-talismos. Que fazemos com a muita gente que a Virgem Maria e os santos ainda juntam em seu redor? Preocupamo-nos em iluminar e fortalecer a sua “fé” com a Palavra de Deus, ou em manter a sua “devoção”? Na preparação e celebração de festas e romarias, temos preferido a formação/instrução bíblica à “oratória sagrada”?

A Inspiração e a Interpretação«As coisas reveladas por Deus foram escritas por inspira-ção do Espírito Santo» [DV 11]

O conceito de «inspiração» ainda provoca discussão entre as pessoas. Este ano pastoral, com a tarefa prioritária de promover o «acolhimento da pala-vra», pode levar-nos a uma reflexão aprofundada e esclarecedora sobre a inspiração da Escritura: Deus como autor, mas com a mediação de vários auto-res humanos. Importante ainda do ponto de vista pastoral e, nos nossos dias, no diálogo com as outras ciências, é o conceito de «verdade». A Bíblia apre-senta verdades reveladas por Deus não em função da nossa cultura ou de finalidades profanas, mas da salvação das pessoas e, portanto, deve ser entendi-da como uma resposta religiosa e não científica. A partir desta reflexão compreende-se a necessidade de interpretar correctamente a Bíblia: Palavra de Deus, em linguagem humana, confiada à Igreja. Aqui abrem-se, do ponto de vista da acção pastoral, vários horizontes: conhecer a teologia da Sagrada Escritura, ou seja, como a Igreja entende a Bíblia, num estudo a partir da própria Dei Verbum e do Documento da Pontifícia Comissão Bíblica «A Inter-

Secção ANO PASTORAL 2009-2010

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BOLETIM 11

pretação da Bíblia na Igreja» (1993); compreender o texto bíblico sem fundamentalismos, instrumenta-lizações ou como uma peça de museu. É Deus vivo que fala ao Seu povo, é Cristo ressuscitado que con-tinua a revelar-se. A partir da Catequese, é preciso ajudar, as pessoas a lerem a Bíblia com maturidade humana e cristã, distinguindo entre mensagem de Deus e linguagem humana, entre letra e espírito. Só assim poderão sobreviver aos fundamentalistas e integristas que pretendem interpretar tudo à letra como se a Bíblia fosse um livro de Ciência ou de His-tória, ou aos professores que, por ignorância própria apoiada na dos alunos, dão essa ideia antagónica entre Bíblia e Ciência com prejuízo da Bíblia, dificil-mente remediável mais tarde.

O Antigo Testamento«Este livros divinamente inspirados conservam um valor perene» [DV 14]

O Antigo Testamento não pode estar exposto à mar-ginalidade ou ao exílio pastoral. É parte integrante da história da salvação e os seus livros «conservam um valor perene» (DV 14), «revelam […] a verdadei-ra pedagogia divina» (DV 15) e formam uma unida-de com o Novo Testamento à luz do qual «adquirem e manifestam a sua plena significação no Novo, que por sua vez iluminam e explicam» (DV 16). O Antigo Testamento é, às vezes, olhado com alguns preconceitos por causa da linguagem, da imagem de um Deus violento, ou de uma religião nacionalis-ta. Nem sempre é fácil ver a continuidade entre os dois Testamentos. Um aposta pastoral neste âmbito exige itinerários que permitam o conhecimento da teologia do Antigo Testamento no quadro cristão. Pode ser útil, neste sentido, o documento da Pon-tifícia Comissão Bíblica «O povo hebraico e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia cristã» (2001).

O Novo Testamento«A palavra de Deus manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento» [DV 17]

É, sem margem para dúvidas, a parte da Escritura sagrada mais conhecida e mais usada. Compreen-de-se. Aí se manifesta a plenitude, tendo ao centro os evangelhos, «testemunho perene e divino» do Verbo Incarnado (DV 17). Alguns caminhos pastorais

a percorrer: a centralidade dos Evangelhos não deve fazer esquecer, sobretudo na pregação, o lugar e a importância dos outros escritos do Novo Testamen-to. E mesmo os próprios evangelhos, supostamente mais conhecidos, são merecedores de uma atenção que vá para além do conhecimento de algumas passagens ou fragmentos e que conduza a um co-nhecimento mais orgânico e global da vida de Jesus e da totalidade da Sua mensagem e do Seu mistério. Descobrir e acolher o rosto, a vida e a mensagem de Jesus em plenitude, é o desafio.

A vida da Igreja«É tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja» [DV 21]

É interessante notar que o último capítulo da Dei Verbum – a Sagrada Escritura na vida da Igreja – foi chamado de «a magna carta da espiritualidade e da pastoral bíblica da Igreja». Esta é já uma clara indicação pastoral para este ano: fazer desta Constituição Conciliar um texto-guia, um docu-mento-base do ano pastoral. E não faltam razões para isso, segundo a própria Dei Verbum (cf. DV 21). A Igreja sempre venerou e se alimentou da Escritura. Esta é, juntamente com o Corpo de Cris-to, o «pão da vida» de uma única mesa; deve ser a «regra suprema da fé» e «força, apoio, alimento e fonte» da vida da Igreja, fazendo ressoar a voz do Espírito. Que ela se torne espiritualidade, vida interior, motivação, mentalidade, cultura cristã. Este é um primeiro caminho de conversão da Igreja à Palavra.Uma dimensão importante a descobrir é a da eficácia da Palavra. Ela dá aquilo que diz, desde que se torne palavra viva, sob a força do Espírito, revitalizando a vida pessoal e social. Estes dois últimos âmbitos (pessoal e social) devem ser desenvolvidos. É sobretudo, embora digamos infelizmente, na Eu-caristia que os cristãos contactam com a Palavra de Deus. A Bíblia tem de estar disponível para todos e em todas as circunstâncias (cf. DV 22). O documento conciliar exprime esta urgência e importância com uma intimação: «É preciso que os fiéis tenham aces-so patente à Sagrada Escritura» (DV 21). Não será esta a finalidade de uma dimensão bíblica de toda a pastoral? Estaremos todos dispostos a avançar para este «investimento pastoral»? As numerosas

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BOLETIM 12

indicações quer da programação pastoral do ano 2008-2009, quer da carta pastoral que escrevi em Janeiro de 2008 – «Tomar conta da Palavra…» –, quer da programação deste ano exigem muito mais que uma simples e cordial adesão ou boa vontade. Exige-se, cada vez mais, um serviço programado dentro de uma estrutura permanente. A pastoral bí-blica tem uma missão estrutural na Igreja e em cada comunidade. Não se trata de mais um grupo ou de mais um movimento. Ela é o fundamento de todas as acções eclesiais para que a Igreja seja evangeliza-da e evangelizadora. É necessário fazer nascer nos cristãos a necessi-dade, quase a «obrigação», de uma relação nova, mais próxima e mais frequente com a Bíblia como Palavra de Deus. Uma assídua frequência, um con-tacto contínuo e uma leitura cuidadosa superan-do a forma pontual e episódica com que habitual-mente se contacta com os Livros Sagrados. Ajudar a ler com uma intenção de fé as palavras escritas para que aí se encontre Deus que fala, conduzindo a uma interiorização pessoal, num clima de oração que conduz ao diálogo entre Deus e o crente. O melhor contexto para ler/entender e se comprometer com a Bíblia é o de um grupo crente que a proclama e acolhe em clima de oração. Um tempo de Proclamação da Palavra na Catequese ou num grupo tem de ser bem marcado como O momento em que Deus fala àquelas pessoas para convidar cada uma individualmente a entrar em comunhão de amor/fé/vida com Ele. Não um tempo de informação, estudo ou “argumentação”; mas de encontro, de uma proposta a pedir resposta.Em cada paróquia, grupo bíblico, movimento apos-tólico se espera a criatividade de propor a Bíblia e de se dispor a favorecer o encontro directo dos crentes com a Palavra de Deus escrita, de modo a saber escutar, rezar, actualizar e viver a Palavra na vida quotidiana. Aponta-se aqui para uma meta fundamental: a espiritualidade bíblica. Este objecti-vo está descrito, de forma clara, no documento con-ciliar: «é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, soli-dez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual» (DV 21). A meta é fazer das Escrituras aquilo que elas que-rem ser: pão de vida. Não se trata, por isso, de ficar encerrados em apropriações devotas ou intimistas, mas chegar a um encontro sapiencial que conduza à transformação da vida e ao discernimento cristão e fazendo do crente, não por obrigação mas como

consequência, uma testemunha da Palavra que o encontrou, que ele acolheu e vive. Significa pensar e falar Deus segundo a Bíblia, olhar a história segundo a visão da Bíblia, viver a relação com as pessoas e o mundo segundo o espírito do Evangelho.

Notas finais

O nosso ritmo arquidiocesano está já marcado desde o ano passado. É a Palavra a nossa prioridade. No entanto, ao longo deste ano pastoral, merecerão também destaque duas efemérides, uma de âmbito universal e outra de carácter arquidiocesano: o Ano Sacerdotal e os 300 anos dos Lausperenes.— O Ano Sacerdotal iniciou-se em 19 de Junho passado e prolonga-se até 11 de Junho de 2010. Pretende, escreveu o papa Bento XVI, «contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo» para que «os presbíteros, na sua vida e acção, se distingam por um vigoroso testemunho evangélico» e ainda promover e «evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes não só para a Igreja mas também para a própria humanidade. (Bento XVI, Carta para a proclamação de um ano sacerdotal por ocasião do 150º aniversário do Dies Natalis do Santo Cura d’Ars). Oportunas e específicas iniciati-vas deverão surgir para que «este Ano Sacerdotal não seja mais uma iniciativa», mas possibilite aos presbíteros – e a todas as comunidades cristãs – o aprofundamento e renovação da vida do pres-bítero como «homem do mistério, da comunhão com Deus, com a humanidade, com a natureza, homens do acolhimento e homem da missão». (D. Jorge Ortiga, Abertura do Ano Sacerdotal, Barcelos 19/06/2009). — A celebração dos 300 anos dos Lausperenes. Recorde-se uma das conclusões do 3º Congresso Eucarístico Nacional: «Levar os fiéis ao gosto de praticarem a oração contemplativa, perante o Santíssimo Sacramento. Usar a devida pedagogia, introduzindo as pessoas neste tipo de oração. Procurar que haja espaços de silêncio, sem mul-tiplicar desmesuradamente leituras e orações, mas apontando pistas para a oração pessoal. Promover, regularmente, nas paróquia um tempo (se possível semanal) de adoração ao Santíssimo pode ser ocasião para uma verdadeira escola de oração, onde se aprende a crescer numa relação

Secção ANO PASTORAL 2009-2010

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BOLETIM 13

pessoal com Cristo, o Espírito e o Pai, louvando agradecendo, pedindo, contemplando». (Conclu-sões do 3º Congresso Eucarístico Nacional, 1999). Além de iniciativas de carácter mais cultural (como as Exposições a realizar nos vários arci-prestados), abre-se campo para outras propostas sobretudo no sentido de aprofundar a relação entre a Palavra e a Eucaristia, procurando dar uma maior atenção à Palavra como preparação para a Eucaristia.— Uma última nota para uma síntese que descreve os «objectivos principais da pastoral bíblica:

• Ajudarosfiéisaconhecerelerpessoalmentee em grupo a Bíblia, no respeito da sua iden-tidade teológica e histórica;

• Favoreceroencontrodirectodosfiéiscoma Palavra de Deus escrita, de modo a saber escutar, rezar, actualizar e viver a Palavra na vida quotidiana;

• Habilitarparaalgumasformasdepartilhabíblica, como acontece nos grupos bíblicos;

• TornarcompetentesosministrosdaPalavrae os animadores para que saibam iniciar os fiéis à Bíblia»2:

Iniciemos este novo pastoral «acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo» (1 Ts 1, 6): que a voz de Deus se possa escutar em todas as manifestações da nossa vida; que o rosto de Cristo seja visível em nós, Seus discípulos, pela escuta obediente e pelo acolhimento incondicional da Sua Palavra; que cada comunidade cristã seja uma casa onde a Palavra é proclamada com abundância e acolhida com fé e que todos saibamos percorrer novos caminhos, para que muitos outros ir-mãos e irmãs sejam também encontrados pela Palavra e a acolham com alegria.

D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

2 Carlo Maria Martini, o.c., pg. 32-33.

Objectivos específicos: > Dinamizar o Plano Pastoral sobre a Palavra

de Deus.> Estudar e reflectir a revelação divina através

da Constituição Dogmática Dei Verbum.> Constituir um Secretariado Arquidiocesano

de Animação Bíblica da Pastoral.

Linhas de acção: > Criação (na diocese e em cada paróquia) do

dia da Bíblia.> Publicação de subsídios para a vivência dos

tempos litúrgicos (como a seguir se propõe).> Formação no Ministério do Leitor a nível

inter-arciprestal.> Apresentação aprofundada do Leccionário e

do Evangeliário.> Utilização das novas tecnologias como servi-

ço pastoral.

Objectivo geral: Acolher a Palavra

Tempos LitúrgicosPara a vivência dos tempos litúrgicos propomos o seguinte itinerário:Advento: Antigo Testamento (DV 14-16)Natal: Revelação (DV 2-6)Quaresma: Novo Testamento (DV 17-20)Páscoa: Transmissão (DV 10)Tempo Comum: Sagrada Escritura na vida da Igreja (DV 21-26)Em cada tempo litúrgico sugerimos que se valo-rize um tema-capítulo específico da Dei Verbum. Oportunamente, a Comissão Arquidiocesana para a Pastoral Litúrgica e Sacramentos e o Secretariado Arquidiocesano de Animação Bíblica da Pastoral apresentarão sugestões que ajudem a integrar os capítulos da Dei Verbum (na sequência acima proposta) nas várias dimensões da acção eclesial: anúncio, celebração e oração, fraternidade, compro-misso pela transformação do mundo.

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BOLETIM 14

Secção ANO PASTORAL 2009-2010

O ministério da Palavra é elemento fundamental da evangelização. Não haverá nunca verdadei-ra evangelização se o nome, a doutrina, a vida,

as promessas, o Reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados. Mesmo aqueles que já são discípulos de Cristo têm necessidade de ser alimentados constantemente com a Palavra de Deus para crescerem na sua vida cristã (Cf DGC 50).É o serviço à Palavra de Deus que transmite a Reve-lação por meio da Igreja, valendo-se das «palavras» e «acções» humanas. Estas, porém, estão sempre em relação: - com as «obras» que Deus realizou e continua a realizar, especialmente nos sacramentos; com o testemunho de vida dos cristãos; - com a acção transformadora que estes, unidos a tantas pessoas de boa vontade, realizam no mundo. Pelo acima exposto não é lícito esperar que o cate-quizando se deixe transformar pela Palavra de Deus, quando o catequista não se compreende como um crente que tem um contacto aprofundado com a Sagrada Escritura, lida não somente na Igreja, mas com a Igreja e na sua fé sempre viva. Este contacto ajuda a descobrir a verdade divina, de modo a susci-tar a permanente resposta de fé. A chamada «lectio divina» é forma eminente deste estudo orante e vi-tal das Escrituras (Cf DGC 71). Até porque a Cateque-se deve ser uma autêntica introdução à lectio divina, isto é, à leitura da Sagrada Escritura feita “segundo o Espírito” que habita na Igreja(Cf DGC 127).Convém recordar que o Directório Geral da Ca-tequese alerta para o facto de que “o ministério da Palavra compreende também uma dimensão litúrgica, uma vez que, quando ele se realiza no

âmbito de uma acção sagrada, é parte integrante da mesma. Exprime-se de maneira eminente através da homilia. As intervenções e as exortações durante as celebrações da Palavra são outras formas. É preciso também fazer referência à preparação imediata para os diversos sacramentos, às celebrações sa-cramentais e, sobretudo, à participação dos fiéis na Eucaristia, como forma fundamental da educação da fé”(DGC 51).

Objectivo Geral:— Redescobrir a Catequese como serviço da Palavra

Objectivos Específicos e linhas de acção:— Manter a prática da Lectio Divina nos diversos âmbitos catequéticos;

• Disponibilizarmateriaiseexperiênciasconcretas

— Promover a realização da Reunião Mensal do Grupo de Catequistas, com conteúdos bíblicos e eucarísticos;

• UtilizaroBoletimPONTESparadivulgarmateriais

— Potenciar a missão dos Catequistas Coordenadores;• ContinuaraformaçãodeCatequistasCoor-

denadores, mediação acções de formação e reuniões periódicas

— Promover a existência de Equipas Arciprestais de Catequese.

• RealizaracçõesdeformaçãoparaCoordena-dores de âmbito diocesano.

Plano Pastoral do Departamento Arquidiocesano de Catequese

Catequese: um serviço à Palavra de Deus

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BOLETIM 15

Mês de Setembro 2009

• Dia 26 - Encontro com Coordenadores Arciprestais de Catequese e Serviços DAC

Mês de Outubro 2009

• Dia 10 – Reunião da Equipa Arciprestal de Vieira do Minho

• Dia 16 – Encontro com Coordenadores Paro-quiais em Vila Nova de Famalicão

• Dia 24 – Encontros de Lectio-Divina em Cabeceiras de Basto

Mês de Novembro 2009

• Dia 14 – Reunião da Equipa Arciprestal de Vieira do Minho

• Dia 28 – Encontros de Lectio-Divina em Cabeceiras de Basto

Mês de Dezembro 2009

• Dia 1 – Dia de Formação para as Equipas Arciprestais de Catequese

• Dia 27 – Dia da Família Catequista em Vieira do Minho

Mês de Janeiro 2010

• Dia 9 e 10 – Retiro para Catequistas do Arci-prestado de Póvoa de Lanhoso

• Dia 9 – Reunião da Equipa Arciprestal de Vieira do Minho

• Dia 16 – Encontro com Coordenadores Paro-quiais em Cabeceiras de Basto

• Dia 30 – Encontro Arciprestal de Catequistas em Vila Nova de Famalicão

Mês de Fevereiro 2010

• Dia 6 - Encontro com Coordenadores Arci-prestais de Catequese e Serviços DAC

• Dia 13 – Dia Arciprestal do Catequista na Póvoa de Lanhoso

• Dias 12, 13 e 14 – Retiro para Catequistas• Dias 13, 14 e 15 – Retiro para Catequista do

Calendarização 2009-2010Arciprestado de Vieira do Minho

• Dia 20 - Encontros de Lectio-Divina em Cabeceiras de Basto

Mês de Março 2010

• Dia 13 – Reunião da Equipa Arciprestal de Vieira do Minho

• Dias 19, 20 e 21 – Retiro em Cabeceiras de Basto• Dia 20 - Encontros de Lectio-Divina em

Cabeceiras de Basto

Mês de Abril 2010

• Dia 10 – Reunião da Equipa Arciprestal de Vieira do Minho

• Dia 17 – Dia Arciprestal do Catequista em Cabeceiras de Basto

Mês de Maio 2010

• Dia 1 – Encontro de todos os membros das Equipas Arciprestais de Catequese e Serviços DAC

• Dia 29 – Dia Arciprestal do Catequista em Vieira do Minho

Mês de Junho 2010

• Dia 18 – Encontro com Coordenadores Paro-quiais em Vila Nova de Famalicão.

• Dia 19 - Encontro com Coordenadores Paro-quiais em Cabeceiras de Basto

Mês de Julho 2010

• Dia 10 - Encontro com Coordenadores Paro-quiais em Cabeceiras de Basto

• Dia 10 – Passeio-Convívio para Catequistas de Vieira do Minho

Mês de Agosto 2010

• Jornadas de Verão, que inclui o Curso Geral de Catequese

Mês de Setembro

• Dia 11 – Dia Arquidiocesano do Catequista

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BOLETIM 16

Secção REUNIÃO DE CATEQUISTAS

Presidente: Em nome do Pai…

Leitor: A Esperança acompanha desde o início, toda a Revelação.A Esperança é a última coisa que se perde. É o

derradeiro bem que resta a quem já nada possui. Ela é a última e a mais fiel companheira da Humanidade.Fruto do amor eterno do nosso Deus ela é o traço contínuo que atravessa toda a História da Salvação, transmitindo ao Povo de Deus a certeza da realiza-ção de todas as promessas.

Todos: Temos Esperança! Precisamos da Esperança!

O tempo que nos cabe viver é um Kairos particular, uma graça que nos é dada hoje para novos desafios que se nos apresentam. Este tempo que hoje inicia-mos é um tempo de expectativas e de esperanças, onde não faltarão os problemas e as preocupações. Talvez por vezes nos falte a coragem de termos uma maior confiança no nosso Deus.

Todos: Temos Esperança! Precisamos da Esperança!

Começamos um Novo Ano, uma Nova Caminhada de aprofundamento da Fé e da nossa Missão de Anunciadores da PALAVRA conscientes de que essa Palavra é uma Pessoa, Jesus Cristo, centro da nossa vida e da nossa missão. Começamos esta caminhada envolta no manto da Esperança… Ela é o segredo da vitória, pois afugenta as dificuldades e anima a nossa caminhada catequética. Nenhuma outra actividade precisa tanto da Esperança!

Todos: Temos Esperança! Precisamos da Esperança!

A Catequese como obra da educação da Fé, é por exce-lência um trabalho de Esperança…. Tudo o que começa tem necessidade de Esperança… Ela é o alento dos que caminham e a virtude dos que crêem no esforço e traba-lho que vão realizando sem nunca desfalecerem.

Todos: Temos Esperança! Precisamos da Esperança!

É tempo de olharmos em frente com Esperança o ano que agora começa. Caminhemos pois , com esperança e alegria.

Cantemos: Em Cristo surgiu uma esperança nova Em Cristo raiou uma novo sol Em Cristo nasceu a noiva terra Em Cristo brilhou um novo amor (bis)

Tu que bates à porta de um mundo novoEspera, confia, que nova esperança sorriSorri alegre para ti !

Oremos: Ó Deus, fonte de luz e de bondade, que enviaste o Teu Filho, Palavra de Vida, para revelar aos homens o mistério profundo do Teu mor, abençoa estes nossos irmãos no começo desta caminhada. Ajuda-os a meditar assiduamente a Tua Palavra para que se deixem penetrar por ela e a anunciem depois fielmente aos seus irmãos.Dá-lhes Senhor a graça da fidelidade nesta cami-nhada que hoje iniciam. Por Nosso…..

Um Catequista: Catequista, tu és uma esperança de Deus ! Pensa: a minha esperança não é uma simples esperança pedagógica baseada nas minhas possi-bilidades.. é antes de mais uma virtude teologal, o quer dizer que se fundamenta em Deus e na Sua Palavra . É por isso um Dom do Espírito. “Que vos enchais de esperança pela força do Espírito.” (Rom. 13,15)A Esperança, mais do que um argumento é uma dimensão básica do Anúncio cristão. Estamos confiantes que a caminhada que hoje iniciamos vai marcada pela esperança ; ela estará presente em todos os encontros, sempre que consigamos abrir à Palavra de Deus os horizontes que lhe são próprios.A Esperança é pois uma resposta associada à Fé na Palavra de Deus.Estamos bem conscientes de que estamos ao Ser-viço da Palavra e de que antes de sermos anuncia-dores dessa Palavra que é Jesus Cristo, temos de ser ouvintes assíduos e atentos dessa mesma Palavra, criando espaço dentro de nós para que ela nos habite, nos penetre e interpele.

Cantemos pois: Nós vimos para escutar Tua Palavra / Tua Palavra Tua Palavra, Senhor

2. Queremos compreender / 3. No mundo iremos viver

Celebração da Palavra para o Início do Ano

Um Novo Ano, Uma Nova Esperança!

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BOLETIM 17

1º leitura: Jeremias 1, 4-8

Leitor Como Jeremias sentimo-nos impotentes diante da Palavra, mas, é na nossa fraqueza e debili-dade, como diz o Apóstolo, que se revela o poder de Deus. ( 2ª Cor. 12,10)

É grande o ministério catequético. O Senhor põe na nossa boca e no nosso coração a Sua Palavra. É grande a nossa missão… Irás onde Eu te enviar… A nossa princi-pal preocupação será pois colocarmo-nos na presença daquele que nos fala, conscientes de que não somos nós que falamos, mas sim Ele que fala em nós.

Todos. ( cantado) Tua Palavra me dá vida / Confio em Ti SenhorTua palavra é eterna / Nela esperarei2ª Leitura: ( Silêncio ) Comentário partilhado por todos em jeito de ressonância, repetindo a frase que mais os tocou…

Salmo da Palavra de Vida ( recitado por duas pessoas alternadamente, com o refrão cantado portodos:A PALAVRA DE DEUS É VIDAA PALAVRA DE DEUS É AMOR!

1) Quero fazer, Senhor da Tua Palavra um caminho para a minha vidaquero amar a Tua vontade de todo o meu coração.De todo o coração Te procuro, Senhor meu Deus .A PALAVRA DE DEUS É VIDAA PALAVRA DE DEUS É AMOR!

2) Quero ser Teu discípulo Senhor, e pôr-me à Tua escuta em cada dia quero fazer da Tua Palavra a norma que me guia passo a passo.,~A PALAVRA DE DEUS É VIDAA PALAVRA DE DEUS É AMOR!

• AbreSenhorosmeusolhos,àluzeaocalorda Tua Palavra

Mantém-me de pé , fortalece-me com a força da Tua Palavra

A PALAVRA DE DEUS É VIDAA PALAVRA DE DEUS É AMOR!

• Faz-.mefiel,SenhoraoTeuapelo,àTuaPalavra Que eu continue com a Tua graça a caminha-

da que hoje diante de Time proponho fazer. ( Silêncio … Compromisso )

Cântico: Faz-me fiel amigo Jesus, faz-me fiel (bis) Há um caminho a percorrer / uma vitória a alcançar

Cada dia em meu viver, faz-me fiel Serei fiel, amigo Jesus serei fiel…

Presidente: Tu confias em nós Senhor, e queres fazer de nós portadores do Teu Projecto de amor. Queremos ser caminho por onde passas para che-gar aos homens nossos irmãos.Queremos ser construtores do Teu Reino de justiça, de paz e de amor. Faz-nos Senhor, firmes e corajosos, alegres e generosos para continuarmos a missão que nos confiaste.Fica connosco Senhor ao longo desta caminhada, que nada nem ninguém nos separe de Ti. Queremos iniciar os nossos trabalhos com entusiasmo e alegria, conscientes da nossa pobreza, mas confiantes na graça e na força do Teu Espírito. Por Nosso Senhor… Ámen!

Cântico: Senhor Jesus, só Tu és o Caminho p1ra seguir Só Tu és a Verdade pr1a dizer Tu és a Vida p1ra viver (bis)

Leitor - Estamos embarcados nesta nossa Igreja sempre animada pelo Espírito do seu Senhor e vamos trabalhar esforçadamente e com entusiasmo, pois a nossa Igreja continua com capacidade de se renovar desde dentro com a força do Evangelho. O Catequista hoje, mais do que nunca, tem de ter presente a sua condição de testemunha da fé! Isto exige um esforço grande na linha da formação que integre não só a preparação para co-municar a Boa Nova do Evangelho, mas uma experiência a vivência de uma Fé cada vez mais madura.A preparação do Catequista tem de aparecer não apenas como preparação para o anúncio do evan-gelho mas como um convite a uma vida nova! É fun-damental que a nossa formação nos ajude a viver e a esperar na acção do Espírito Santo que vai sempre à nossa frente..É Ele o grande mestre interior. É Ele quem prepara, ilumina e consolida o anúncio da Fé.Na alegria de nos sabermos amados e chamados a anun-ciar a Boa Notícia da Salvação, cantemos com entusiasmo:

• FoihádoismilanosqueEleserevelou E na Historia nova era começou Touxe a paz , a liberdade, a justiça e o amor, Foi a nova Esperança que brotou.

R/ Ele é Verdade, Caminho e Vida, Nova Esperança: Ele é o Senhor. Somos arautos da Sua Vida, Somos Profetas do Seu Amor!

• Hojeaindahámuitospovosasofrer, Muita gente sem direito a viver, Somos nós a nova era da justiça e do amor, Somos nova Esperança a crescer!

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BOLETIM 18

Secção FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS

Aos cerca de 9.000 catequistas, nas nossas 551 Paroquias, propomos um plano de formação, que não pode ser visto como «tudo para

alguns» mas sim como «um bocadinho para todos» de acordo com diferentes necessidades de cada um, ao longo da sua vida.Os CAFCa’s são Centros Arquidiocesano de Forma-ção de Catequistas, espaços fixos, estáveis e com capacidade de resposta efectiva de um mesmo e único serviço Arquidiocesano. Estes espaços estão abertos a todos (“tudo para todos” numa lógica de Igreja comunhão) e não obedecem a uma lógica arciprestal, enquanto modelo organizacional. Neste sentido chamamos a atenção para a oportunidade de formação para os catequistas que estudam ou trabalham fora da sua área de residência.Amares e Vila Verde | BarcelosNorte | Barcelos Sul |Braga | Cabeceiras Basto | Famalicão | Taipas | Vizela

As Zonas de Intervenção sãozonas com programas de formação próprios.Povoa do Varzim e Vila do Conde | Viera do Minho

Programa para os CAFCa´s

Formação 2009/2010Estágios (Infância e Adolescência)•ParaCatequistascomoCursoGeral;

1. De Maio de 2009 a Setembro de 2010 nas paróquias dos participantes, apoiado por en-contros semanais às terças-feiras das 21.00H às 22.30H em Barcelos, Taipas e Povoa do Varzim/Vila do Conde.Inscrições encerradas.

2. De Maio de 2010 a Setembro de 2011. Inscri-ções em Março 2010.

Acreditar (para Animadores)• Paraadultosquepossamviradesenvolver

esta formação na sua zona inter-paroquial.• De12Outubroa30NovembroasSegundas

e Quintas das 21.00H às 23.00H em todos os CAFCa’s e na Povoa Varzim.

• Inscrições até 28 Setembro.

Coordenação da Catequese Paroquial• Paraadultos(Catequistasounão)compro-

metidos com a sua Comunidade. Aberto a todos os catequistas;

Page 19: Pontes #10

BOLETIM 19

• De16Outubroa18Dezembroe15Janeiroa12 Fevereiro, às Sextas das 21.00H às 23.00H, em todos os CAFCa’s.

• Inscrições até 25 Setembro.Especificidades do Curso: estudo prévio a partir da Exortação Apostólica “Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo” (João Paulo II). Após a inscrição cada candidato recebe um trabalho para ser realizado até9 de Outubro.

Curso de Introdução• Parajovenscommenosde18anoseo10º

ano de Catequese. Dois dias nas férias esco-lares de Natal no Centro Cultural e Pastoral (Braga)

Curso de Iniciação• Paramaioresde18anos.ConfirmadosnaFé;• De11Janeiroa18Fevereiro(Segundass

Quintas das 21H às 23H) e 20 Fevereiro (Sá-bado das 14H as 24H) em todos os CAFCa’s.

• Inscrições até 8 DezembroEspecificidades do Curso: estudo prévio sobre Sagrada Escritura e Doutrina.Após a inscrição cada candidato re-cebe um trabalho para ser realizado até31 de Dezembro.

Curso Complementar 1• ParatodososquejárealizaramoseuCurso

de Iniciação, Geral ou Estagio.• Umasegundaequintapormêsdas21Hàs23H.

Inscrição até

•O Catequista 11 e 14 de Janeiro 1 de Janeiro

•Pedagogia de Jesus 8 e 11de Fevereiro 1 de Fevereiro

•História da Catequese 8 e 11 de Março 1de Março

•Catequese para Hoje 12 e 15de Abril 1de Abril

•Revelação Divina e CCE 10 e 13de Maio 1 de Maio

•Iniciação Crista 14 e 17 de Junho 1 de Junho

Curso Geral (módulos)• ParaCatequistasqualificadoscomoCurso

de Iniciação. • Quartasdas21.00Hàs23.00H–Bragae

Famalicão ou • Sábadosdas21.00Hàs23.00H–Braga

Especificidades do Curso: Cada catequista pode participar nos módulos que entender de acordo com a sua disponibilidade, no entanto, recomen-damos que iniciem por «História da Catequese e Catequética». Aberto a quem pretender fazer uma reciclagem. Os módulos «Pedagogia e Didáctica 1» e «Psicossociologia 1» têm um estudo prévio.

(Às Quartas-feiras) Inscrição ate•HistóriadaCatequeseeCatequética (11 sessões)

14 de Outubro a23 de Dezembro 28 de Setembro

•PedagogiaeDidáctica1(15sessões)

13 de Janeiro a 27 de Abril 8 de Dezembro

•Psicossociologia1(15sessões) Após Maio (a considerar)

(Aos Sábados) Inscrição ate

•HistóriadaCatequeseeCatequética (8 sessões)

17 de Outubro a 15 de Dezembro 28 Setembro

•PedagogiaeDidáctica1(10sessões)

16 de Janeiro a 20 de Março 8 de Dezembro

•Psicossociologia1(15sessões)

17 de Abril a 26 de Junho 20 de Março

• EspiritualidadedoCatequista(Emretiro)-(Datas a definir)

Programa para a Zona de Intervenção Póvoa do Varzim / Vila do Conde

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

SegundaQuinta

Curso Acreditar

para Animadores

Curso Acreditar(nas zonas inter-paroquiais)

Curso de Iniciação seguimento dos Cursos Acreditar (sede única)

Terça … Estágio (Infância e Adolescência) …

QuartaCursogeral

Módulo Psicossociologia

SextaCurso de

Coordenação Paroquial

Dos cursos agendados salientamos:• OCursoAcreditarparaAnimadoresea

importância da implantação da formação na dimensão da Fé conhecida. Para apoiar esta competência das comunidades estamos a contribuir para a formação de animadores para desenvolverem a sua acção nas suas zonas inter-paroquiais, pelo que o seu sucesso passa-rá, também, pelo seu recrutamento, isto é, o seu perfil ao nível das competências e capacidades.

• OCursodeCoordenaçãodeCatequeseParo-quial, a qual deve ser em equipa, sendo que este não se destina exclusivamente aos actuais coordenadores, mas sim uma oportunidade de serem chamadas outras pessoas (mesmo fora do grupo de catequistas) que sejam uma mais valia a acrescentar ao que já existe.

As inscrições são feitas exclusivamente no DAC (Serviços Centrais) e só são válidas se em impresso próprio, assinado pelo pároco e acompanhadas do respectivo pagamento.

Os custos e a política de financiamento dos cur-sos obedecem a três princípios:

1. Ninguém (pessoa ou comunidade) fica excluído da formação por falta de recursos financeiros;

2. Os valores solicitados pagam exclusivamen-te as deslocações dos formadores (valor médio que cubra toda a Arquidiocese) e os materiais utilizados.

3. Os custos das inscrições devem ser suporta-dos, preferencialmente, pelo próprio, que é beneficiado, pela paróquia e pelo arcipresta-do, pois está ao serviço.

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centro cultural e pastoral da arquidioceseruadeS.Domingos,94B•4710-435Braga•tel.253203180•[email protected]•www.diocese-braga.pt/catequese

impressão: empresa do diário do minho lda.

Concurso artístico: Concurso artístico:

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