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Guia Do Trabalho Cientifico - Ferrarezi Junior Celso.epub

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Primordial para a escrita de trabalho

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Proibidaareproduçãototalouparcialemqualquermídiasemaautorizaçãoescritadaeditora.

Osinfratoresestãosujeitosàspenasdalei.

AEditoranãoéresponsávelpeloconteúdodaObra,comoqualnãonecessariamenteconcorda.OsorganizadoreseosAutores

conhecemosfatosnarrados,pelosquaissãoresponsáveis,assimcomoseresponsabilizampelosjuízos

emitidos.

Consultenossocatálogocompletoeúltimoslançamentosemwww.editoracontexto.com.br.

Copyright©2011DoAutor

TodososdireitosdestaediçãoreservadosàEditoraContexto(EditoraPinskyLtda.)

MontagemdecapaediagramaçãoGustavoS.VilasBoas

CoordenaçãodetextoCarlaBassaneziPinsky

PreparaçãodetextosLilianAquino

RevisãoRenataTruyts

DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP)

(CâmaraBrasileiradoLivro,SP,Brasil)

FerrareziJunior,CelsoGuiadotrabalhocientífico:doprojetoà

redaçãofinal:monografia,dissertaçãoetese/CelsoFerrareziJunior.–SãoPaulo:Contexto,2013.

Bibliografia.ISBN978-85-7244-763-8

1.Metodologia2.Métodosdeestudo3.

Pesquisa4.Trabalhoscientíficos5.Trabalhoscientíficos–Normas6.Trabalhoscientíficos–RedaçãoI.Título.

11-01062 CDD-808.066

Índiceparacatálogosistemático:

1.Trabalhoscientíficos:Formataçãoenormalização:Redação808.066

2013

EDITORACONTEXTODiretoreditorial:JaimePinsky

RuaDr.JoséElias,520–AltodaLapa05083-030–SãoPaulo–SP

PABX:(11)38325838contexto@editoracontexto.com.brwww.editoracontexto.com.br

Sumário

Apresentação

Entendendoaorganizaçãodosistemaacadêmicobrasileiro

Aelaboraçãodoprojeto

Ametodologiacientíficaeoprojetocientífico

ElementosdoprojetocientíficoConstituintesdecadapartedoprojetocientíficoAmadurecendoumtemadepesquisa

ExemplificaçãodoselementosdoprojetocientíficoCapaefolhaderostoFolhadeidentificaçãoApresentaçãoJustificativaObjetivosReferencialteóricoMetodologiaCronogramaCusteioReferências

Redaçãodoprojeto

Notas

Metodologiaparaformataçãodemonografias,dissertaçõeseteses

ConfiguraçãodapáginaedaescritaTamanhodopapelÁreadeaproveitamentodopapelTabulaçãopadrãoTabulaçãodacitaçãoTabulaçãodanotaderodapéTabulaçãodacapaTabulaçãodafolhaderostoTabulaçãodafichacatalográficaTabulaçãodesumárioeíndicesTabulaçãodeagradecimentosededicatóriaTabulaçãodoresumo(abstract,résuméetc.)

TabulaçãodapáginadeavaliaçãoTabulaçãodatabeladeabreviaturasTabulaçãodanumeraçãodaspáginasTabulaçãodetabelas,figurasegráficosTabulaçãodasreferênciasedabibliografiaFontesTamanhosdasfontesEstilodafontepadrãoEstilosdasfontesnacapaenafolhaderostoEstilodafontepadrãonostítulosEstilodafontepadrãonascitaçõesEstilodafontepadrãonasnotasderodapéEstilosdasfontesnosagradecimentosenadedicatóriaEstilodafontepadrãonoresumo(abstract,résuméetc.)EstilodafontepadrãonapáginadeavaliaçãoEstilodafontepadrãonatabeladeabreviaturasEstilodafontepadrãonanumeraçãodaspáginasEstilodafontepadrãoparareferênciasebibliografia

ElementosconstituinteseordemdasseçõesOrdemdasseçõesElementosdacapaElementosdalombadaElementosdafolhaderostoElementosdaerrataElementosdafichacatalográficaElementosdapáginadeavaliaçãoElementosdafolhadeagradecimentosElementosdafolhadededicatóriaEpígrafeElementosdoresumo(abstract,résuméetc.)ElementosdalistadeilustraçõesedalistadetabelasElementosdalistadeabreviaturasesiglasListadesímbolosElementosdosumárioElementosdaintrodução,doscapítulos,daconclusãoElementosdasreferênciasedabibliografiaGlossárioApêndiceAnexoÍndice

Apresentaçãográficadoselementostextuais,préepós-textuais

Notas

Normasparareferênciasecitações

ReferênciapadrãodelivroTese,dissertação,monografianotodo

Referênciapadrãodeartigopublicadoemlivroouperiódicoecapítulodelivro

Referênciapadrãodeperiódico

Referênciapadrãoemnotaderodapé

Referênciadematerialdainternet

Referênciademapa

ReferênciadeVHSouDVD

ReferênciadaBíbliaSagrada

ReferênciadeCD-ROM

Referênciadeprogramaparacomputador

Referênciadeentrevista

Referênciadefotografia

Citaçãopadrãoparatexto

Referênciaecitaçãoemnotaderodapé

Nota

Normasparaapresentaçãodeartigoscientíficos

ComoorganizaroconteúdodeseuTCC,dissertaçãooutese

Bibliografia

Oautor

Apresentação

OensinosuperiordegraduaçãojáfoiprivilégiodepoucosnoBrasil.Após-graduação,então,nemsefala:apenasalgunschegavam lá.Entretanto,oprocessodedemocratizaçãodoensinosuperiornopaísocorridonosúltimosanoslevoumilharesdepessoasaessesníveisdeestudo.ProgramasdeEducaçãoaDistânciatambémmultiplicaramcursosehabilitações.Comoformadecomprovarascompetênciasadquiridaspelosalunosaolongodajornadaacadêmica,

todosessescursosexigemaelaboraçãodeumtrabalhofinal.Nagraduaçãoenapós-graduaçãoemníveldeespecialização(latosensu),essetrabalhoécomumentechamadodeTCC (TrabalhodeConclusãodeCurso).OTCCpodeserumamonografiaouumartigocientífico,conformeapropostadecadainstituição.Emcursosdemestrado,otrabalhofinaladquireaformadeumadissertaçãodemestradoe,noscursosde doutoramento, deve ser uma tese doutoral. Cada um desses trabalhos finais tem características,formatoedimensãoespecíficos.Infelizmente, muitos alunos não recebem em seus cursos todas as informações necessárias para a

elaboração desses trabalhos complexos. São obrigados a pesquisá-las por conta própria e, diante dasdificuldades,muitosseveemperdidosedesmotivados.AlunosqueteriamplenacondiçãodefazerseuTCC, dissertação ou tese e apresentá-lo orgulhosamente à instituição, acabam sucumbindo nomeio doprocesso por falta de orientação. Uma minoria chega a optar por caminhos escusos e altamentereprováveis,comopagarporajudaexterna,plagiartextosexistentesoumesmocomprarotrabalhoprontodeescritóriosilegaisespecializadosemvendasdetrabalhosacadêmicos,diretamenteoupelainternet.Estelivro,escritocombasenasexperiênciasemorientaçõesdegraduaçãoepós-graduaçãoquetive,

vememsocorrodosalunoscomdificuldadesparaorganizareredigirseustrabalhos.Noformatopassoapasso, traz todas as informações necessárias para a elaboração de trabalhos finais de boa qualidade,sejam eles artigos,monografias, dissertações ou teses.Nada de dicas emacetes para cortar caminho!Mas,sim,instruçõesclarassobreamelhormaneiradeelaborareapresentarumtextoacadêmico,desdeoprojetoinicialatéaredaçãofinalnoformatoesperadopelainstituição.Essasinstruçõesvêmilustradascomexemplosretiradosdetrabalhosreais,elaboradosnasmaisdiversasáreasdepesquisa,apresentadoseaprovadosemboasinstituiçõesbrasileiras.Éclaroqueolivronãotrazminúciassobreasorientaçõesdeprocedimentosparticularesdecadaárea

depesquisa,poiselasdevem,obrigatoriamente,fazerpartedoprogramaacadêmicoepodemserobtidasnos cursos específicos sobre osmétodos e as técnicas das disciplinas.O importante é que aqui estãoacessíveisosprocedimentoscomunsdeelaboraçãoeapresentaçãodetextosacadêmicos,doprojetoaotrabalhofinal.Estaobranãoadotaasregrasprescritasparaumtrabalhocientífico,poisoformato“livro”atendeaoutroscritérios,diferentesdosdaproduçãoacadêmicanormatizada.Tenho certeza de que se trata de um material de referência, essencial para todos os alunos de

programasnível superior.Por issomesmo,sinto-mefelizporapresentá-loavocê.Bomproveitoeumótimotrabalho!

*

Afiguradocientistamaluco,descabeladoesujo,quesalvaomundosozinho,usandotubosdeensaiovelhos em seu laboratório secreto localizado em algum porão faz parte do imaginário de muitosestudantes. Essa imagem, que é alimentada em filmes e outras obras de ficção, decididamente nãocorrespondeàrealidadedofazercientífico.O verdadeiro fazer científico é coletivo, é obra que se toca a várias mãos, com confluência de

esforços e conjunção de inteligências. Este livro é uma prova disso. Foi graças à participação daspessoasrelacionadasaseguirqueconseguireunirumconjuntoextremamentesignificativodeexemplosde textosdeprojetosede trabalhoscientíficosdediversasáreasdoconhecimentohumano.São textosreaisdepessoas reais, que fazemciênciadeverdadeemummundoquenão sobrevivede fantasiososlaboratóriosdeporão.Atodaselas,aminhamaissinceragratidão:

AlexandreCoutinhoAndersonSalvaterraMagalhãesAngelinaPontesdaCostaAuxiliadoradosSantosPintoBethBraitBetinaS.B.BassaneziCarlaBassaneziPinskyCéliaCorreiaMalvasClaudionorAlmirSoaresDamascenoEdilenedaSilvaNascimentoEneGlóriadaSilveiraÉricaNeringFranciscoFerrazLaranjeiraFabíolaFerreiraOcampoHelitonRobertoIturriAlencarIlanaPinskyStreingerIracemaRodriguesRibeiroJaimePinsky

JoiceMeloVieiraJoséGeraldoCostaGrilloJoséOtávioValianteLourdesM.G.C.FeitosaLucianaPinskyMarceloMonacoMariaMarleneAlvesBraúnaMariaSílviaC.B.BassaneziMateusYuriRibeirodaSilvaPassosNeilianydaCruzAssunçãoPauloNunesDantasPedroPauloFunariRenataSennaGarraffoniRenatoBeozzoBassaneziRobergineiaÁureadeFariasMoraisRosaAntôniaDutraRosemeireFerrareziValianteSilvaneFandinhoCampos

É uma grande honra paramim compartilhar com esse grupo de profissionais e com os editores, osprofessoresJaimeeCarlaPinsky,partedoscréditosdotrabalhodeelaboraçãodeumlivrodereferênciapara um grupo significativo de estudantes de graduação e pós-graduação que buscam uma orientaçãoacessível e segura para o desenvolvimento de seus trabalhos científicos. Sou muito grato também àequipedaEditoraContexto,que,deformamuitoespecialeativa,participounaconstruçãodestaobra,dandoaelaumcaráterinovadoreimprimindosuamarcacaracterísticadequalidadeerespeitoaoleitor.

*

Emboramuitos duvidem, cientistas são humanos.Assim como estudantes que estão começando suacarreira,cientistastambémsedecepcionam,pensamemdesistireprocuramajudanocoração,alémdebuscá-lanarazão.Ofazercientíficotambéméinfluenciadopelasubjetividadedoautor;traçosdecaráter,concepçõesmorais e éticas, perseverança e disciplina pessoal interferemdemaneira inescapável nosresultados do trabalho. Por isso, creio que cabem aquimais dois agradecimentosmuito especiais. O

primeiro,àminhamãebiológica,YvoneFerrarezi,quemeensinouamelibertardaforma.Osegundo,àminhamãeadotiva,IaraMariaTeles,queme(re)ensinouaimportânciadaforma.Noencontrodasduaslições,acheioequilíbrio.

Entendendoaorganizaçãodosistemaacadêmicobrasileiro

Nãoétodoestudantequeentendebemaorganizaçãodosistemaeducacionalbrasileiroeseusníveisdeensino.Nemtodossabem,porexemplo,adiferençaentreumapós-graduaçãostrictosensueumapós-graduaçãolatosensu.Estecapítulointrodutórioserveparavocêsesituarnosistemaeterumaclarezamaiorarespeitodasexigênciasdecadatipodetrabalhodeconclusãoexigido.Comecemospelosníveiseducacionaisesquematizadosnoquadroaseguir:

Agora,vamosconhecermaisdetalhadamentecadaumdessesníveis.

•Educação Infantil (art. 30) – Compreende o trabalho efetuado em creches e pré-escolas comcriançasantesdaidadeescolarpadrão(seisanos).

•Ensino Fundamental (art. 32) – Desenvolvido nas escolas durante nove anos, após a educaçãoinfantileantesdoensinomédio.

•EnsinoMédio (art. 35) –Ocorre após o ensino fundamental e temduraçãomínimade três anos.Pode ser profissionalizante ou propedêutico, isto é, com a única finalidade de preparar paraconcursosvestibulares.

•Graduação–Primeiraetapadoensinosuperior.Aduraçãodependedecadacursoescolhido,dasnormas institucionaisedas regrasdosconselhos reguladoresdasprofissões (quandohá).Conferegrauediplomaquepodeserdebacharel(formaçãotécnica),licenciado(formaçãopedagógicaque

permiteaograduadoexerceromagistério)ouambos.•Aperfeiçoamento–Cursodepós-graduação(ouseja,depoisdeconcluídaagraduação)latosensucomduraçãomínimade180horas,visandoaoaperfeiçoamentoemdeterminadoaspectopontualdaformação profissional do estudante. Lato sensu significa “geral”, “amplo”. Em outras palavras,trata-se ainda de uma formação de base. Não confere grau, mas fornece um certificado quecomprovaaconclusãodocurso.*Requisitosparaingresso–Graduação(algumasinstituiçõesexigemqueagraduaçãotenhasidonamesmaáreadoaperfeiçoamentoescolhido).

•Especialização–Cursodepós-graduaçãolatosensucomduraçãomínimade360horas,visandoaoaprofundamentodaformaçãoconferidanagraduação,comênfasenainiciaçãoàpesquisacientíficaformalenoamadurecimentointelectual.Nãoconferegraueécomprovadoporcertificado.*Requisitosparaingresso–Graduação(algumasinstituiçõesexigemqueagraduaçãotenhasidonamesmaáreadaespecialização).

•Mestrado –Primeira etapadapós-graduação strictosensu, varia emduraçãode acordo comasexigênciasinstitucionais(nogeral,deumanoemeioatrêsanos,podendochegaraquatrooucincoanos, conforme as especificidades de cada área).Stricto sensu significa “específico”, “pontual”,“restrito”. Trata-se, portanto, de uma formação mais aprofundada e relacionada a um objeto deestudo bem definido. Assim, o mestrado visa à formação científica do graduado, que devedemonstrar um domíniomais complexo no campo da pesquisa, na área e no tema escolhidos. Omestrando deve ser aprovado em disciplinas formais, apresentar um trabalho por escrito – adissertaçãodemestrado–edefendê-lopublicamentediantedeumabancaexaminadoracompostapor três profissionais qualificados. O resultado final precisa ser relevante e comprovaramadurecimento intelectual e conhecimentos relativos à bibliografia concernente. Confere grau ediplomademestre.*Requisitosparaingresso(emgeral):a)Graduação(amaioriadasinstituições,hoje,exigequeagraduaçãotenhasidonamesmaáreaouáreaafimàdomestrado);

b)Apresentaçãodeprojetodepesquisaoumonografia(amaioriadasinstituiçõestempreferidooprojetodepesquisa);

c)Apresentaçãodecurrículopessoalcompletoecomprovado;d)Aprovaçãoemprovadeconhecimentoespecíficodaáreadomestrado(queocorreemumaouduasfases,dependendodainstituição);

e)Aprovaçãoemprovadelínguaestrangeira(amaioriadasinstituiçõesexigeoinglês,masháasqueaceitemfrancês,alemãoouespanhol);

f)Aceitaçãodeumorientador (consiste em ter a anuênciade algumdosprofessores efetivosdoprogramaparaseuprojetodepesquisa).

•Doutorado–Segundaetapadapós-graduaçãostrictosensu;constitui-senoúltimograuacadêmicoquepodeseralcançadonosistema.Aduraçãomédiadeumdoutoradoatualmentevariaentredoisequatroanos(podendo,entretanto,chegaraoitoanosemalgumas instituições).Visaàexecuçãode

pesquisacientíficainédita,originalerelevanteparaoprogressocientífico,proporcionandoumgrauelevado de formação científica e relativa independência intelectual do doutorando. Exige grandedomíniodoconhecimentoespecífico,dabibliografiaconcernenteedosprocedimentosdepesquisaacadêmica, que deve ser demonstrado pela aprovação em disciplinas formais e pela escritura edefesa pública de uma tese doutoral avaliada por uma banca examinadora composta por cincomembrosaltamentequalificados.Conferegrauediplomadedoutor.*Requisitosparaingressonodoutorado(emgeral):a)Graduaçãooumestrado,dependendodainstituição(amaioriadasinstituições,hoje,exigequesejanamesmaáreaouáreaafimàdodoutorado);

b)Apresentaçãodeprojetodepesquisainéditoeoriginal;c)Apresentaçãodecurrículopessoalcompletoecomprovado;d)Aprovaçãoemprovadeconhecimentoespecíficodaáreadodoutorado(queocorreemumaouduasfases,dependendodainstituição);

e) Aprovação em prova de duas línguas estrangeiras (a maioria das instituições exige o inglêsassociadoafrancêsoualemãoouespanholouitaliano);

f)Aceitaçãodeumorientador (consiste em ter a anuênciade algumdosprofessores efetivosdoprogramaparaseuprojetodepesquisa).

Como você pôde perceber, cada nível do ensino superior tem sua especificidade, e quanto maisavançada a formação do aluno, maiores as exigências em relação ao trabalho final que ele deveapresentar.Osistemabrasileirodeensinosuperiorsegueosmoldesdosistemaeuropeuedifereemalgunspontos

doqueéadotadonosEstadosUnidos.Paranãohaverdúvidas,comecemoscomumquadrocomparativoquemostraadiferençaentreaformaçãopautadapelosistemanorte-americanoeapautadapelosistemaeuropeu:

Quadrocomparativoentreossistemasdeensinosuperiornorte-americanoeeuropeu

Sistemanorte-americano

Sistemaeuropeu(adotadonoBrasil)

Graduação GraduaçãoAperfeiçoamento

(CursosdotipoMBA)Especialização

ouAperfeiçoamentoMestrado

(MasterScience–MS) Mestrado

PhD(PhilosophusDoctorum) Doutorado

Vejamos, agora, respostas objetivas para algumas das perguntas que normalmente são feitas pelosuniversitários.

Oqueéumaáreaafimequemdefineisso?Áreasafinssãoáreasdeconhecimentoconsideradaspróximas,diretamenterelacionadasentresi.Essa

relaçãodeproximidadeéimportantenosestudosacadêmicos,poisdefine,porexemplo,apossibilidadelegaldetransferênciadeumcursodegraduaçãoparaoutrosemanecessidadedenovovestibular,ouapossibilidadedecursarumapós-graduaçãostrictosensu.NoBrasil,aCapes(FundaçãoCoordenaçãodeAperfeiçoamentodePessoaldeNívelSuperior),instituiçãoligadaaoMinistériodaEducação,publicaaTabeladeÁreasdeConhecimentoemquepodemserconsultadasasgrandesáreaseasáreasafins(elapodeseracessadadiretamentenositedaCapes:www.capes.gov.br).

OPhDéumgraumaisavançadoqueodoutorado?Não.OPhDéoequivalentedodoutorado,sóqueoferecidonosistemanorte-americano.Aliás,como

atual relaxamento dos critérios de aprovação de PhDs por algumas instituições dos Estados Unidos,certas universidades europeias têm se recusado a convalidar determinados títulos de PhD comodoutorado,optandoporfazeraconvalidaçãodessestítuloscomosefossemdemestrado.

Oqueépós-doutorado?Pós-doutoradonãoéumcurso,masumestágiodeatualizaçãoparadoutoresquesecaracterizapela

execução de um projeto de pesquisa em um período que varia normalmente de trêsmeses a um ano,podendo chegar a dois anos em casos excepcionais. Não há disciplinas, provas ou qualquer outraexigênciaformalalémdaaceitação,porumainstituiçãohospedeira,deumprojetodepesquisarelevante,queéapresentadoàinstânciadessainstituiçãoàqualsedesejaficarvinculadoduranteoperíododepós-doutoradoedaqualsepretendeutilizaraestruturainstaladaeosrecursosexistentes.Normalmente,osprojetosdepós-doutoradosãoapresentadosadepartamentosacadêmicosoucoordenaçõesdecentrosdepesquisaetramitamdentrodainstituiçãohospedeiradeacordocomasnormasinternas.Énecessárioqueo projeto seja supervisionado por um profissional qualificado da própria instituição, que atue, nessecaso, como anfitrião do pós-doutorando ou seu supervisor. Muitas instituições exigem que o pós-doutorandoajudeodepartamentooucentroqueorecebecompublicações,orientaçõesoucomtrabalhodedocência.Opós-doutoramentonãoconfereumnovograuoudiploma.Oúltimograuacadêmicoquesepodealcançar,comoditoanteriormente,éodedoutor.

Oquesãolivre-docenteeprofessortitular?Sãoníveis funcionaisdascarreirasprofissionaisdosdocentesdeensinosuperiordasuniversidades

públicas brasileiras. Nas universidades estaduais de São Paulo, por exemplo, há livre-docência etitularidade.Nasuniversidadesfederais,hásomenteatitularidade.Paraalcançaressesníveisdecarreiraexistemconcursospúblicosdeprovasetítulosespecíficos.Nasuniversidadesprivadas,acarreiradiferebastante,casoacaso.

Oqueédefesadiretadetese?ÉumdispositivoinstituídonoBrasilapartirde2001(art.5odaResoluçãon.01/2001/CNE/CES)que

permite a um candidato tornar-se doutor diretamente pela defesa de uma tese que ele escreveu semauxíliodainstituição.Faz-seumpedidoàinstituiçãocomaapresentaçãodatesejáescrita.Seopedidoforaceito,oalunovaiparadefesapúblicadatese.Seforaprovado,recebeograueodiplomadedoutorsemterquecursaroscréditosecumprirosdemaisrequisitosdoprograma.Odispositivosóvaleparaasuniversidadesquejáoadotarameregulamentaram.

QuaissãoasmelhoresuniversidadesparacursarmestradoedoutoradonoBrasil?AsavaliaçõesdaCapesprocuramdeixarclaroaosinteressadosquaissãoasmelhoresuniversidades

para cursar mestrado e doutorado no Brasil. Dependendo do curso desejado, é possível que algumauniversidade considerada pequena ou pouco conhecida apresente boa qualidade. Além disso, asavaliações são periódicas, com resultados trienais, e, por isso, os padrões de qualidade de um cursopodemmudar de tempos em tempos,melhorandoou piorando.Assim, amelhor formade conhecer oscursosdepós-graduaçãoéconferircomoforamsuasúltimasavaliações–informaçãodisponívelnositedaCapes(www.capes.gov.br).

Comosaberseodiplomadauniversidadequeescolhiéválido?Os cursos de mestrado e doutorado precisam ser autorizados pela Capes. Essa autorização não é

permanenteepodesercancelada,casoocursosejaconsideradoruimduranteaavaliaçãodosprogramasexistentes. A única forma segura de saber se o curso está valendo é consultando o site da Capes(www.capes.gov.br).

Oqueédependênciaemlínguaestrangeiranomestradoounodoutorado?Éacondiçãoemqueficaumalunoquefoiaceitonoprogramademestradooudoutoradoquandonão

consegueumaboanotanaprovadelínguaestrangeira.Oprogramadáumnovoprazo(geralmente,seismeses)paraqueoalunotentenovamenteecomprovesuficiêncianalínguaexigida.Casosejareprovado,nãopoderáconcluirocurso,masseuscréditoscursadoscomêxitonãosãoinvalidados.

Quantocustacursarespecialização,mestradoedoutoradonoBrasil?Emumauniversidadepública,nãocustanada,emboraalgumascobremtaxasmínimasdematrículae

expediçãodediploma.Algumasdelasoferecemcursosdepós-graduaçãopormeiodesuasfundaçõesdeapoio. Nesse caso, há custos semelhantes aos cursos de instituições privadas. Nas faculdades euniversidadesprivadas,asmensalidadesvariamdependendodocursoeda instituiçãoenãocostumamserbaixas.Ébominformar-setambémarespeitodoscustosedasdisponibilidadesdeusodemateriaisda instituiçãoescolhidaede seus locaisdepesquisa. Investiguecomantecedênciacomoéoacessoalivros,instrumentos,computadores,laboratórios,arquivosetc.

Os mestrados e doutorados do exterior, por exemplo, dos Estados Unidos ou da Europa, sãomelhoresqueosdoBrasil?Nãonecessariamente.Muitasvezes,éocontrárioeencontram-semuitosalunosestrangeiros,inclusive

de países desenvolvidos, cursandomestrado e doutorado em nossas universidades.O que fundamentaideiaerrôneasobreaqualidadeinferiordenossoscursosemcomparaçãoaosdeforaéque,emumpaísde tradição colonial comooBrasil, o que é “estrangeiro” é comumentemais valorizado, emboranemsempre seja melhor. Há casos, porém, em que uma universidade de outro país detém tecnologiasexclusivas, arquivos específicos ou professores altamente especializados em determinado assunto queinteressaaoalunooupesquisador–aí,sim,taluniversidadeseráamaisapropriadaparaarealizaçãodomestradooudoutorado.Nãopodemosesquecer,ainda,apossibilidadede intercâmbiosacadêmicosdeacordo com as disponibilidades e interesses dos candidatos e das instituições envolvidas. Emmuitoscasos,valeapenapesquisaresseassunto.

Esperoque,comestecapítulo introdutório,você tenhase localizadonosistemabrasileirodeensinosuperior,sabendoexatamenteondeestá,conhecendoasexigênciasparaseuníveldeestudoe,portanto,aspreocupaçõesquedeveteremrelaçãoaseutrabalhofinal.Passemos,então,a tratardeseuprojetodepesquisacientífica,aquelequedeveránortearaexecuçãodotrabalhoeaelaboraçãododocumentofinal.

Aelaboraçãodoprojeto

Provavelmente,amaiorlimitaçãodaspessoasemrelaçãoàelaboraçãodeprojetoscientíficosestánadificuldadede“pensarcientificamente”.“Pensar”éumatoinerenteaoserhumano.ÉfamosaafrasedofilósofoRenéDescartes:“Penso,logo

existo”.Mashádiferentesformasdepensar,decogitarascoisasecompreendê-las.O chamado pensamento científico é uma forma particular de procurar compreender o mundo que

difere,porexemplo,dopensamentoreligioso,místico,oudosensocomum,popular.Porvezes,osensocomum chega a ser o oposto do pensamento científico e, para não ficar na “lógica de botequim”,superficial e leviana, é fundamental que haja uma preparação daqueles que pretendem escrever umtrabalho cujo objetivo é ser científico. Ele exige um treino específico que permite ao estudiosodirecionardemaneiraprofundaecríticasuainvestigaçãoeadotarumaposturaracionaldiantedoobjetodeestudo.Masissonemsempreémuitofácildecompreender.Portanto,paralevarvocê,leitor,especialmentese

não temmuita vivência em Ciência, a entender o que é e como se dá a forma geral do pensamentocientífico,vouproporaquiumaaproximaçãoentreopensamentocientíficoecertaspráticascotidianas.Comohámomentosnavidaemquemesmoapessoamaissimplesseaproxima,naformadepensar,damaneira científica de fazê-lo, podemos aproveitar isso para facilitar a compreensão do que seja opensamentocientífico.Os procedimentos científicos são, na sua essência, uma forma mais organizada de “fazer” que as

formas comumente adotadas no dia a dia. Essa forma organizada responde às necessidades demonitoramentoedereproduçãodasaçõesemCiência,oquenãoémuitodiferente,porexemplo,deumpaidefamíliaquetemumcadernodecontrolededespesas(oqueasCiênciasContábeisfazemcomrigorcientífico)oudeumcozinheiroquetemumlivrodereceitasqueseguecriteriosamente(oque,emmuitosaspectos, se aproxima do trabalho de um químico em seu laboratório). Podemos ver traços dopensamento científicodoshistoriadores emumapessoaque, preocupada com suasorigens, organiza eanalisadocumentosefotografiasdefamíliaoubuscainformaçõesacercadeseusantepassadosnosmaisvariadostiposdearquivo.Em relação ao projeto científco, especificamente, podemos dizer que ele é a “receita a seguir”, o

“manual”dotrabalhoqueserárea-lizado,oplanejamentodiantedeumanecessidadede“fazer”.Ecomosó se justifica planejar diante de umanecessidade de “fazer”, o “fazer” é o eixo central que dirige aelaboraçãoeaexecuçãodeumprojetocientífico.Quandopercebemosasrelaçõesdecausaeefeitoquedecorremdessanecessidadede“fazer”,querno

cotidiano quer na Ciência, observamos que a elaboração do projeto científico segue os mesmosprincípiosdaelaboraçãodamaioriadosoutrosplanejamentosdenossasatividadescorriqueiras.Háumprojetoquando,porexemplo,construímosumacasa,fazemosumafestadeaniversáriooucalculamososgastosmensaisparasabersepodemosounãoviajarnofimdoano.Nessasocasiõesdocotidiano,somosforçadosaparar,pensarracionalmente, formularhipóteses eorganizar os fazeres envolvidos, tomar

notas,darbaixanascoisasjáadquiridasourealizadas,calcularerecalcularosprocedimentos,ouseja,avaliar,e,finalmente,chegaraumaconclusão.Nessasocasiões,seformosmesmoracionaiserigorosos,estaremosnosaproximandodaformacientíficadepensareagir.Navidacotidiana,porém,cadaumseorganiza,anota,sistematizaeexecutaastarefasdasuaprópria

maneira.EmCiência,sabe-sequeaadoçãodeformaspadronizadasdefazerascoisas,emcadaáreaetipo de estudo, é mais eficiente. Essa eficiência das formas adotadas em Ciência foi conquistadaarduamente pelos cientistas após grande número de estudos que resultaram em larga experiênciaacumuladaemqueasmaneirasde“fazer”foramtestadas,podemserrepetidasecomprovadasporoutrospesquisadores.Domesmomodo,adota-seemCiêncianãoapenasumaformapadronizadadefazer,mastambémuma

forma padronizada de planejar: o projeto científico. Isso permite, em certa medida, a avaliaçãoantecipadadaquiloqueseplanejaedosresultadosquepodemseralcançados.Éhora,então,deentendercomoéfácilelaborarumprojetocientíficoquandocompreendemosoque

estamosfazendorealmente.Vamosver?

AmetodologiacientíficaeoprojetocientíficoInfelizmente,quandofalamosdemetodologiacientífica,boapartedaspessoasquepassaramporuma

universidadepensaapenasemlevantarasreferênciasbibliográficase fazer fichamentos. Issoé ruim,porque limitamuito a concepção demetodologia como algo restrito a procedimentos de registro. Naverdade,ametodologiacientíficaémuitomaisabrangente,comosepodevernoesquemaaseguir:

Umavisãogeraldametodologiacientífica(MC)

VejaqueseuTCC,sejaeleumartigoouumamonografia,suadissertaçãooutesedoutoral(odocumentoemsi,naformadotrabalhoquevocêentregaráoudefenderádiantedeumabanca)estáalinofinaldoquadro, na formadeum relatório analítico da pesquisa quevocê realizou.Entretanto, todoo restante,aquiloquevemantesdesentareescreverotrabalhofinal,énecessárioparaquevocêconsigaelaboraralgo consistente. Tudo isso? Sim, tudo isso. Embora, à primeira vista, esse esquema possa parecercomplexo, na verdade, o seguimosmuitas vezes quando, por exemplo, resolvemos realizar algomaisplanejado, organizado e sistematizado em nossa vida cotidiana (como construir uma casa ou dar umafesta).Aquié importanteperceberque tudooqueoesquematrazse refereànecessidadede“fazer”.Comoassim?Existemalgunselementosobrigatóriosemqualqueratode“fazer”.Elesdirigemnossasações,mesmo

asmaissimples.Taiselementospodemserevidenciados,reconhecidospornós,pormeioderespostasaperguntas simples. As questões que normalmente levantamos, mesmo de forma inconsciente, quandodeliberamosquevamosfazeralgosão:

•Quemvaifazer?•Oquevaifazer?•Porquevaifazer?•Oquealcançarcomessefazer?•Comqueconhecimentovaifazer?•Comovaifazer?•Quandoeondevaifazer?•Quantovaicustaressefazer?•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquepodemeajudarnessefazer?

Senão formoscapazesde responder a essasperguntasbásicas antesde fazer algo,mesmoque sejacozinhar uma simples panela de arroz, provavelmente teremos problemas no decorrer desse “fazer”.Pensamos nessas questões quase automaticamente, pois percebemos que elas nos levam a buscarinformações básicas para a execução do que pretendemos realizar. E, quanto mais complexa nossaempreitada,maioraquantidadedeprecauçõesqueprecisamostomaremrelaçãoacadaperguntaecadaresposta.Vamosdarcomoexemploaresoluçãodeconstruirumacasa,queéalgonãomuitofácil.Sedecidirmos

construir uma casa e, especialmente, se vamos tocar a obra em vez de entregar todo trabalho a umaconstrutora, precisaremos responder às perguntas listadas. (Se entregarmos a obra a uma construtora,certamenteessaconstrutoradeveráresponderdeantemãoàsmesmasperguntas.)

•Quemvaifazer?Quemseráoarquiteto,oengenheiro,ospedreiros,oencanador,ocarpinteiroetc.•Oquevaifazer?Precisosaberexatamentequecasadesejoconstruir.•Porquevaifazer?Qualajustificativadeconstruirumacasaagora?Morar,alugar,oquemais?Issodefine,emgrandeparte,comoseráessacasa.

•Oquealcançarcomessefazer?Oqueeuesperoobternofinaldessaconstrução?Eoqueeuqueroespecificamentecomcadaaçãodoprocessodeconstruir?

•Comqueconhecimentovaifazer?Eujáfiz(construí)umacasaantes?Senãoconstruí,alguémjáfez issoantesdemim?Seráqueeu sei comprarmateriaiseexecutaraobra?Combaseemquaisprincípioseconhecimentosvoufazerisso?Ouvouprecisarcontrataralguémparafazer?Afinaldecontas,oqueeujáseisobrecomoconstruircasas?

•Como vai fazer? Que passos objetivos seguir para conseguir uma casa bem construída? Comodeverei proceder para fazer uma cotação de preços, licenciar uma obra, construir um alicerce,assentarumtijolo,fazerumacolunaouumtelhado?

•Quandoeondevaifazer?Quetempoeutenhooumeproponhoaterparaconstruiressacasa?Ondeseráconstruída?

•Quanto vai custar esse fazer? O dinheiro que eu tenho será suficiente para a obra? Terei que

conseguirumempréstimo?•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudenesse“fazer”?Ondepossobuscarboasinformaçõessobrecomoconstruirumacasa?

Podemosdizer que essa forma cotidianadepensar, seguindo as questões apresentadas, aproxima-semuitodeuma formacientífica de conceberumprojetode trabalho,porqueelaorganiza, sistematiza aação.Na vida cotidiana, quando decidimos realizar alguma coisa,muitas vezes fazemos esses planosapenas “na cabeça”. Porém a Ciência, após muitas vivências em seus fazeres, estabeleceu nomes edefiniuformaspadronizadasparacadaetapadoplanejamentodotrabalhocientífico.Essesnomesmuitasvezesintimidamquemsedispõearedigirumprojeto,masnãodeveriam,poiselesdecorremdasmesmasperguntasquevimossernecessáriasparaplanejarqualqueração.Vejamos:

•Quemvaifazer?–Identificação•Oquevaifazer?–Apresentaçãodotemaedoproblema•Porquevaifazer?–Justificativa•Oquealcançarcomessefazer?–Objetivos•Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico•Comovaifazer?–Metodologia•Quandoeondevaifazer?–Cronogramaelocalizaçãodasações•Quantovaicustaressefazer?–Custeio•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudenessefazer?–Referênciasbibliográficas

Comopodemosver,aconcepçãodeumprojetocientíficosegueasmesmasnecessidadesderaciocínioorganizado para fazeres complexos do cotidiano. A maior diferença está na forma como esseplanejamento seráapresentado,ou seja,deacordocomapadronizaçãoestabelecidapela academia.Eporqueumaformapadronizadadeapresentação?Simples:asformaspadronizadasfacilitamaavaliaçãodo conteúdo. Se todos elaboram projetos com um mesmo formato, sabemos onde encontrar cadainformação e temos parâmetros para avaliar a qualidade das informações contidas em cada parte doprojeto.Secadaumresolvessefazerdo“seujeito”,serianecessárioperderumbomtempoprocurandoinformações no projeto, correndo, inclusive, o risco de não encontrá-las. Além do mais, uma formapadronizadafacilitaoprópriodirecionamentodopensamentonaelaboraçãodoprojeto,poisjásesabe,deantemão,oqueecomodeveráserinformadoecomqualobjetivo.Nessesentido,aformapadronizadadoprojetofuncionacomoumareceitaparaaelaboraçãodoprojetoefacilitamuitoascoisas.Vejamos,agora,cadaumadaspartesquecompõemumprojetocientíficopadrãoeseusdetalhes.Pode

haverinstituiçõesdenívelsuperiorqueexijamqueoprojetocientíficosejaentregueemumformuláriopróprioouqueapresentemumououtroelementodiferentedosquecolocamosaqui(poisnosativemosaosmaiscomuns).Porémaformadepensaroprojetosempreseráamesma:organizada,sistematizada,focadanofazercientíficoquejustificaaelaboraçãodapropostadetrabalho.

ElementosdoprojetocientíficoCom base no que vimos até aqui, temos os elementos fundamentais que constituem um projeto

científico,pelaordem:

1.identificação;2.apresentação(dotemaedoproblema);3.justificativa;4.objetivos;5.referencialteórico;6.metodologia;7.cronograma(comlocalizaçãodasações);8.custeio;9.referênciasbibliográficas.

O conteúdo relativo a cada um desses itens deve ser apresentado no formato padrão para escritoscientíficoseredigidodaformamaisclaraeobjetivapossível.Issotudosechamaprojetocientífico.Alémdesses itens,parafacilitara leituradoprojeto,podemosacrescentarelementosde informação

adicional,comoumacapa(quepermiteumarápidavisualizaçãodotemaedoautor)eumsumário(queajudaaencontraras informaçõesmais rapidamentedentrodoprojeto).Ficamos,então,comaseguinte“espinhadorsal”:

1.capa(efolhaderosto);2.sumário;3.identificação;4.apresentação(dotemaedoproblema);5.justificativa;6.objetivos;7.referencialteórico;8.metodologia;9.cronograma(comlocalizaçãodasações);10.custeio;11.referênciasbibliográficas.

Comoapresentaresseselementos todos?É importante teremmenteque,emumprojeto, fornecemosapenasasinformaçõesessenciais,demaneiraclaraeobjetiva.Comecemospelopapelepelaformatação:•UsepapelA-4,commargens3-3/2-2(istoé:superioreesquerda–com3cmdaborda;inferioredireita–com2cmdabordadopapel),fontessimplesefacilmentelegíveis(porexemplo,dotipoTimesNewRomanouArial, em tamanho12) euma formatação internaque facilite aomáximoaleitura(porexemplo,espaçamento1,5entreaslinhas).

•Useparágrafos.

•Façaaidentificaçãodostítulosesubtítuloscomtamanhosdiferenciadosdefontesenegrito/itálicodeacordocomahierarquiadoconteúdodesenvolvido.

•Adoteespaçamentoentreoselementosdoprojetoeinsiratabelasegráficosquandonecessárioparaorganizarasinformações.

•Adote um padrão de referências bibliográficas aceito onde você entregará o projeto.NoBrasil,praticamentetodasasinstituiçõesadotamospadrõesdaAssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas(ABNT),masésemprebominformar-searespeitodisso,poisháinstituiçõesquepreferemo“padrãoChicago”, em que as datas vêm logo após o nome do autor, como você poderá ver no títuloespecíficosobrereferênciasbibliográficasnestelivro.

Ao terminar seuprojeto,dêumaolhadanele, comolhos frios e críticos, eveja se ele está fácil devisualizar, com uma “cara limpa”, que permita a qualquer pessoa –mesmo omais incompetente dosavaliadores–encontraralioqueprocura.Senãoestiverassim,nãoestábom.Refaça.Agorapassemosàredaçãodoconteúdo.Umprojetonãoexisteparaimpressionaroavaliadorporsua

aparência,existeparaquevocêmostreaeleexatamenteoquevocêquerfazerecomopretendefazê-lo.Ouseja,sealgovaiimpressionaroavaliador,nãoéaquantidadedeelementosvisuaisouos“enfeites”queopapelécapazdeaceitar,e,sim,oquevocêpretendefazer.Alémdisso,desistadaideiadeusarpalavrasdifíceis,termoscientíficosquevocêaindanãodominabem,consideraçõesteóricassemsentidoesemrazão,enfim,nemcogitetentar“impressionarmaispelafachadadoquepeloconteúdo”.Qualquerprojetocomaparênciade“bemfeitinho”,massemumaboapropostaacadêmicaélogodesmascaradoedescartado.Osdoisgrandes trunfosdeumbomprojetocientíficosão:1.umaboa ideiae2.umtextoclaro,concisoeobjetivo.Oquesignifica“claro,concisoeobjetivo”?•Claro–significaqueotextoéescritodeformaapropiciarfácilcompreensão.Asfrasessãocurtas,aspalavrassãoasmaissimples,ostermostécnicossomentesãoutilizadosquandonecessáriosenãohágrandeprofusãodefigurasdelinguagem.

•Conciso–significaqueo textoéenxuto, semnadaalémdonecessário, seminformaçõessoltasesemmotivoparaestarali.Abramãodequalquertentativadedar“aparênciadetamanho”.Umbomprojetonãoprecisasergrande,extenso:precisa,sim,édizertudoeapenasaquiloquedevedizer.

•Objetivo–significaqueotextovaidiretamenteaoassunto,semrodeios,semtentativasinfantisdefazerparecerqueosujeitoqueescreveutemmaisconhecimentodoquerealmentetem.Digalogooque você precisa dizer e isso basta. Além disso, quanto mais “enrolação” no texto, maiores aschancesdecometerequívocosedesqualificaroprojeto.

A objetividade deve estar presente inclusive na apresentação das referências bibliográficas.Há umpensamento equivocado, mas infelizmente comum, de que uma grande lista de referências indicanecessariamentequeoautordoprojetoégrandementequalificado,poispodelevaracrerque“osujeitoleumuito”.Entretanto,avaliadoresexperientesnãocaemnesseengano.Umabreveleituradasreferênciasporumavaliadorrealmenteespecializadonaáreadeestudo,seguidadacomparaçãocomoqueoprojetoapresenta e propõe, permite ver se as obras ali citadas forammesmo relacionadas por relevância ouapenasparafazervolumeetentarimpressionar.ConstatarquealguémquesepropõeafazerCiênciajá

quercomeçarenganandooavaliadorcomumalistaenormedelivrosquenãoforamlidosouquesequertêmrelaçãocomoprojetopropostoéaltamentedesabonador.Deve-sepensarnissoseriamente.AmelhoratitudeemCiênciaésempreserverdadeiro.Ciênciaementirasãoincompatíveis.Queconstemnalistabibliográfica os livros que realmente foram citados no projeto ou utilizados no processo de suaelaboração. (Essa regra também vale para a apresentação do documento final – artigo, monografia,dissertaçãooutese).Respeitandoessescritériosderedaçãoeoscritériosdeapresentação,aschancesdequeseuprojeto

sejamaisfacilmentecompreendidoeaceitotornam-sebemmaiores.Agora,vejamosoquecompõecadaumdoselementosdoprojeto.

CONSTITUINTESDECADAPARTEDOPROJETOCIENTÍFICO

•Capaefolhaderosto:a)Capa:nomedainstituição,nomedaunidadee/oudoprograma,títulodoprojeto,nomedoautor,localedata.

b)Folhaderosto:nomedainstituição,nomedaunidadeoudoprograma,títulodoprojeto,nomedoautor,nomedoorientador(sehouverumjádefinido),finalidadedoprojeto,localedata.

• Sumário: todos os títulos constantes no projeto, com respectiva numeração (pode ser feitoautomaticamentenoseditoresdetextoeletrônicos).

•Identificação: nomeda instituição,daunidadeedoprograma,nomedoorientador/supervisordoprojeto(sehouver),nomedoautor,dadospessoaisdoautoredadosdecontato(oe-mailéumdadomuitoimportantehojeemdia).

•Apresentação(dotemaedoproblema):descriçãosucintadotemadoprojeto,deformaadeixarabsolutamenteclarasuanaturezaedelimitação.

•Justificativa:descriçãosucintadasrazõesparaaexecuçãodapesquisa,tantoparaoautorquantoparaaCiênciaeahumanidadeemgeral.(Aquiéomomentodedeixarevidentequalarelevânciadeseutrabalho.)

•Objetivos:a)Gerais:oquesequerrealizarcomaexecuçãodapesquisa,deformaampla.b) Específicos: é o desdobramento do objetivo geral em objetivos menores, que se referem àsdiferentespartesquecompõemtodaapesquisa.

•Referencialteórico: trata-sedeumaapresentaçãoresumidadaquiloqueoproponente jáconhecesobreotemanaproduçãocientíficadisponível,deformaalocalizarapesquisaemumcampo/escoladeestudo.Oreferencialdeumprojetoéquasesemprepreliminar,pois,nodecorrerdapesquisa,outras informações podem ser conseguidas e o referencial pode mudar. Porém ele deve serapresentadonoprojetocomoformadedemonstrarapartirdequais ideiasopesquisadorpretendeiniciarseutrabalho.

•Metodologia:éumadescriçãosucintadosprocedimentosqueopesquisadorpretendeseguirparaalcançarosresultadosquepropôsnoobjetivo.Ouseja,sevaiusarpesquisabibliográfica,decampoou ambas, se vai sistematizar dados estatisticamente ou não e como vai fazer isso, se vai usartecnologias ou equipamentos, se vai montar banco de dados próprio ou se vai usar bancos já

existentesetc.•Cronograma(comlocalizaçãodasações):ésempreapresentadonaformadeumatabelaemqueaparecemtodososobjetivosespecíficoseosprazosemquesepretendequeelessejamalcançados.Alémdosprazosparaalcançarosobjetivosespecíficos,aparecemosprazosdeescrituradotextofinal(orelatóriodetrabalho,amonografia,adissertação,atese,olivroouoartigo).

•Custeio:descriçãodetalhadadecadadespesanecessáriaparaaexecuçãodoprojeto,bemcomoaproposiçãodafontedefinanciamento.

•Referênciasbibliográficas:a)Referênciasdas citaçõesdoprojeto: aqui aparecem todas as referênciasdasobrasque foramcitadasoutiveramtrechoscitadosoucomentadosnocorpodoprojeto.

b)Referênciaspreliminaresdapesquisa:aquiaparecemtodasasdemaisobrasqueoautorjáleuousabequetêmrelaçãodiretacomoprojetoeque,porisso,pretendeconsultarnasuaexecução.

Todavia, antes de dar início à elaboração do projeto propriamente dito, é imprescindível saberexatamenteoquesequerfazer.E,pormaisestranhoquepossaparecer,essaéapartemaisdifícildoprocesso.Porisso,apresentamosaseguirumexercícioparaamadurecimentodeumtemadepesquisa.

AMADURECENDOUMTEMADEPESQUISA

Paraamadurecerumtemadepesquisa,desenvolvaasseguintesações:1.Identifiqueumtemaquevocêconsiderarelevanteequesejadeseuinteresse.2.Procedaaumacoleçãodematerialdeconsultasobreotema.Busqueessematerialem:a)bibliografiadereferência(dicionários,enciclopédiaseobrasdesíntese);b)revistasespecializadas;c)livrosespecializados;d)comespecialistasnotema,pormeiodeentrevistas,porexemplo;e)pormeiodepesquisadecampoe/oulaboratório;f)fontesdisponíveisnainternet,arquivosetc.

3. Selecione todo omaterial encontrado, organizando-o e separando aquilo que semostrarmaisimportanteparadesenvolverseutrabalhoe,depois,defenderseupontodevista.

4.Combasenomaterialselecionado,crierascunhossobreotema.Sigacorrigindoosparágrafosque tratam de cada ponto específico, tentando deixar absolutamente claras cada uma das suasideiassobreesse temaeaondevocêpretendechegarcomseu trabalho.Depois,organizeessesparágrafos segundo umplano de projeto, que pode começar com ummero esquema para, emseguida,tornar-seumanteprojetoresumido.

5. Submeta esse material a pessoas qualificadas para que possam fazer críticas e sugestõespertinentes.Someessascríticasesugestõesanovasconclusõestiradasdareleituradoquevocêhaviacolhidocomoreferência.Repenseotemaeprocureamadurecersuasideiascomrelaçãoaele.

6.Elaboreumanovaversãodoprojetoesubmeta-aanovasleiturascríticas.7.Analiseatentamenteascríticasfeitaseposicione-searespeito.Procedaassimatéqueperceba

queotemaestásuficientementeamadurecidoapontodevocêpoder,enfim,redigiroprojetoemsuaversãofinal.

Lembre-sedequeaconstruçãocientíficaétambémumatocoletivo.Cientistasexperientestrabalhamem equipe, trocam ideias, fazem análises críticas dos trabalhos uns dos outros. Pedir ajuda a outraspessoasnoprocessodeelaboraçãodeseuprojetonãoévergonhoso,portanto,masumademonstraçãodematuridadeemrelaçãoaoprocessodofazercientífico.(Vocêpensaqueestelivrochegouaoseuformatofinalsemaajudadeoutraspessoas?Sepensaassim,estáenganado!Muitaspessoasleramecontribuíramparaque estaobra chegasse a este formato, emuita coisamudouapartir dapropostaoriginal.Assimtambémdeveráocorrercomseuprojetoe,posteriormente,comseuTCC,dissertaçãooutese.)Emresumo,umavezescolhidoeamadurecidoseutema,estandoeledevidamentedelimitado,etendo

sido feita, ainda, a coleção das referências bibliográficas que você utilizará, você está pronto paraescreverseuprojetocientífico.

ExemplificaçãodoselementosdoprojetocientíficoAquivocêveráexemplosdaspartesdeumprojetocientífico.Presteatençãonosdetalhesenaforma

comoelepodeserelaborado.Issooajudaráavisualizaroseupróprioprojeto.

CAPAEFOLHADEROSTO

Aseguir,veremosumexemplodecapaeumdefolhaderostodeumprojetodeTCC.Omodeloéomesmoparaprojetosdedissertaçõeseteses.

Comopodemosnotar,adiferençaentreacapadoprojetoeafolhaderostoéquenestaaparecemoorientador, caso um já esteja definido, e a finalidade do trabalho, na forma de um texto específicoadicionado logo abaixo do nome do orientador. O mesmo acontece no trabalho final, seja ele umamonografia,dissertaçãooutese,comadiferençadeonomedoautorsercolocadonotopodapágina.Em artigos científicos não se usa capa nem folha de rosto, mas os projetos de artigos científicos

apresentamesseselementos.

FOLHADEIDENTIFICAÇÃO

Um exemplo de folha de identificação, a terceira a vir no projeto ou trabalho final (veja páginaseguinte).Quandoforredigirasuafolhadeidentificação,adapteasinformaçõessegundoaquiloquevocêtem

parainformareoqueoprogramaeainstituiçãodasquaisvocêfazparteexigemquesecoloquenessapágina(procure,portanto,saberseprecisaacrescentaralgo).

APRESENTAÇÃO

Aapresentaçãonadamaiséqueadefiniçãodotemaedoproblema.VejamosumexemplodeapresentaçãodeumprojetodeTCCnaáreadeLetras:1

ApresentaçãoUma das características da humanidade é a capacidade de nomear as coisas que existem no mundo. Normalmente, essa

nomeação não é feita de forma arbitrária; envolve aspectos relacionados à cultura, ao conhecimento acumulado por gerações,revelando-se,assim,ummarcadoridentitáriodedeterminadacomunidade.Aescolhadeumnome,porsuavez,afetaasmaneiraspelasquaisaspessoasconcebemomundo.

NacidadedeGuajará-Mirim,temosregistrodequepessoasatribuemnomesderemédiosindustrializadosaplantasmedicinais.Anomeação,portanto,ocorrepormeiodeumametáforafuncional.SegundoFerrarezi(2008,p.201),podemosconceituarmetáfora,demaneirageral,“comoaassociaçãodeumacaracterísticadeumelementodeumparadigmaculturalaoutrodeoutroparadigma”,emoutraspalavras,umacomparaçãoentredomíniosdiferentes.Écomumousodemetáforasparadarnomesaobjetosquefazempartedonossocotidiano,sendoque,muitasvezes,estesnomessepopularizamepassamdegeraçãoparageração.Àsmetáforasqueincorporamreferênciasculturaisdá-seonomedemetáforasfuncionais.

No caso de certas plantas medicinais que ganharam o nome de remédios industrializados, podemos perceber que, emdeterminadomomento,osmotivosoriginaisdadenominaçãodestaoudaquelaplanta,emborapopularmenteconsagrada,seperderamnotempo.

Uma reflexão sobreoempregodeexpressõesmetafóricas funcionais–comaquepretendemos fazernesse trabalho–podeajudaraidentificarasrazõeslinguísticaseculturaisquelevamumacomunidadearegistrarosnomesdosremédiosindustrializadosparaidentificarplantastidascomomedicinais.Alémdisso,permiteadocumentaçãodedeterminadosconhecimentosligadosaesse

fenômeno,guardadosespecialmenteporpessoasmaisidosas,demodoqueestesnãosejamapagadosdamemóriaculturallocal.

Nesseexemplo,ficamclaros:a)Oqueseráestudado(oassunto):oempregodemetáforasparaanomeaçãodeobjetosdaculturaestudada;

b)Qualorecortefeitoparaarealizaçãodoestudoproposto(adelimitaçãodotema):umalistagemdasplantasmedicinaispopularmenteconhecidasnacidadedeGuarajá-Mirim(RO)comnomesderemédiosindustrializados;

c) Qual é o ponto especial que receberá atenção (o problema da pesquisa): os motivos queexplicamessaformapeculiardedarnomesaessasplantas.

OprojetodeTCCapresentadoaquiéalgobemsimples.Propõefazerumlevantamentodeinformaçõesconhecidas–nomesdadosadeterminadasplantaseasjustificativasparaanomeação–eorganizá-las.IssoémuitoadequadoaumtrabalhodeTCC.Atividadesmaiscomplexascabemmelhoremumprojetodemestrado ou doutorado. Entretanto, é comum que estudantes empolgados ao final da graduaçãoproponhamprojetosdepesquisaquevãomuitoalémdesuacapacidadederealizá-los,dotempoedosrecursos disponíveis ou mesmo do que é esperado de um TCC. Com isso, acabam perdendo prazos,mergulhandonodesânimoenafrustraçãooudesenvolvendotextosmuitosuperficiaisouatéequivocados.Aoproporumtemadetrabalho,oestudantedeveestaratentoàspeculiaridadesedimensõesdeseuníveldeformação.Vejamos agora um exemplo de apresentação de um projeto demestrado emCiência, Tecnologia e

Sociedade(CTS):2

ApresentaçãoEsteprojetopropõeumainvestigaçãodasproduções textuaiscomtemáticacientíficadasrevistasPesquisaFapesp,Ciência

Hoje epiauí, eumacomparaçãodestas comas reportagensde ciênciadas revistasnorte-americanasTheNewYorker eNewScientist.

Pretendemosanalisar,demodoquantitativoequalitativo,reportagensdeciênciaqueutilizamtécnicasliteráriasderedação,sobospontosdevistadiscursivoenarrativo.LevaremosemcontaateoriadosgênerosdodiscursodeBakhtineadiscussãoarespeitode “cultura científica” e “comunicação pública da ciência” para estudar a presença da crítica e da descrição de processos daproduçãodeconhecimentocientíficopormeiodo jornalismo literário/narrativo.Observaremos também,na leituradesses textos,asua capacidade de (1) promover a interação entre ciência e outros campos do conhecimento e (2) de possibilitar uma maiorcompreensãocomrelaçãoaocarátersocialdaconstruçãocientífica.

A dissertação deverá responder ao seguinte problema:O uso da narratividade na comunicação pública da ciência derevistasbrasileirastrazadimensãosocialdoconhecimentocientífico,comoapresentadapelocampoCTS?Paraisso,serãotrabalhadas três hipóteses, que lidam com diferentes aspectos do problema: (1) de alguma forma as reportagens farão umarepresentaçãosocialdaatividadecientífica,pois,emgeral,focalizamoprocessodeproduçãodaspesquisas;(2)haverádiferentesresultados(tantoquantitativosquantoqualitativos)deacordocomoveículoabordado,prevendoqueosrecursosnarrativospoderãoser desde instrumento ilustrativo até parte integral da estrutura dos textos; (3) o uso da narratividade pode reforçar uma visãoclássica/míticadeciência,damesmaformaque,comoidentificouShapiro(2005),asreportagensdoNovoJornalismo(movimentoexpressivo do jornalismo literário norte-americano) reforçavam certos aspectos da cultura dominante, embora se apresentassemcomoumamanifestaçãocontracultural.

Comessapesquisa,esperamostrazerdiversascontribuições,tantometodológicasquantonotocanteaoreferencialteórico.Seráaprimeirapesquisaabrangentefeitanopaíssobrereportagensnarrativasdeciência,comparandodiferentesusosdas técnicasdenarraçãoeapresentandoumrecortetemporaldedoisanos,enquantooparcomaterialexistentesobreoassuntosedebruçaapenassobretextosindividuais(TABORDA,2007).

Buscaremostambémrespostasparaproblemasdomodelotradicional(relatorial)dojornalismoquedivulgaaciênciacomfoconosresultadosenãonoprocessodeproduçãodoconhecimento(SOUSA,2005).Complementaremosapesquisaquantitativa,maisemvoganocampodecomunicaçãoeciência,comaumaavaliaçãoqualitativadeumcorpusmenor.Esperamos,ainda,aoreunir

diferentes contribuições teóricas para estudar o objeto, obter uma sinergia entre três campos do conhecimento – Comunicação,Filosofia da Linguagem e Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia –, proporcionando uma melhor compreensão dos principaisassuntosdapesquisa:técnicasdojornalismo,discursoerepresentaçãodaciência.

Aseguir,umexemplodeapresentaçãodeumprojetodedoutoradoemDemografia:3

ApresentaçãoOprogressivodeclíniodafecundidadenoBrasil,ocorridoapartirdadécadade1970,édeamploconhecimentodosdemógrafos

brasileiros.Noentanto,comoaestruturaetáriadeumapopulaçãoéprodutodafecundidadeedamortalidadedopassado,deseteouoitodécadasanteriores(CARVALHO,1993),osaltosníveisdefecundidaderegistradosemdécadasanterioresàpropagaçãodosmétodosanticoncepcionaisdifundidosapartirdosanos60associadosàquedadamortalidadeobservadanopaísapartirdosanos50explicamaelevadaproporçãodemulheresem idade fértilnoBrasilde finaisdosanos70e iníciodosanos80 (BERCOVICHeVELLÔZO,1985).Assim,mesmocomodeclíniorápidoegeneralizadodafecundidade,ovolumedecriançasnascidasnosanos80foimuitogrande,porcontadonúmerodemulherestendofilhosnaqueleperíodo.

Cunhou-seemDemografiaoconceitodedescontinuidadeetáriaparadarcontadessassituaçõesnasquais

[...] por alterações dos fatores que intervêm na dinâmica demográfica – fecundidade, mortalidade e migrações – apirâmide etária pode sofrer alargamentos ou estreitamentos na sua base, ou seja, aumento ou diminuição do número denascimentos.[...]Chamamosdeondaomomentodealargamentodeumadeterminadafaixaetária(SEADE,1998,p.3).

OBrasileoestadodeSãoPaulopossuemnesseiníciodeséculoamaiorpopulaçãojovemdesuahistóriademográfica.SegundopublicaçãodaFundaçãoSeade(1998)–SistemaEstadualdeAnálisedeDadosdeSãoPaulo–noano2000haverianoBrasil15,7milhõesdejovensentre20e24anos,representando10,5%dapopulaçãototal.Em2005,espera-sequeelesultrapassemamarcados 17 milhões, trata-se de uma onda jovem (BERCOVICH e MADEIRA, 1992) de proporções gigantescas com demandascrescentesporeducaçãoetrabalhoequetravacompetiçãoacirradaemummundoondeasoportunidadessetornamrestritas.

Paraseterumanoçãodaimportânciadotemadajuventudenomundoatual,aofertademãodeobrajovem,porexemplo,nãosó no Brasil, mas em todo omundo, nunca teve o seu potencial produtivo e criativo tão desperdiçado. Segundo a OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) o desemprego atingiu, em 2003, 88 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, ou seja, do total dedesempregados domundo, 47% deles são jovens de 15 a 24 anos, ainda que esse grupo etário corresponda a apenas 25% dapopulaçãomundialemidadeprodutiva. Isso,certamente, temimpactosobreaconquistadeautonomiafinanceirapelos jovenseaconstituiçãodedomicíliosindependentesdesuasfamíliasdeorigem.

Seaproporçãodejovensnuncafoitãoalta,podemosatentarparaanecessidadedereflexãosobredoisaspectosessenciais:1)quaisasimplicaçõesdessapressãodemográficanoprocessodetransiçãodessesjovensparaavidaadulta;2)dadoocontextogeralemqueseprocessaatransiçãoparaavidaadultanesseiníciodeséculo,quaisrelaçõespodemserestabelecidasentreessecenárioe tendências futuras de fecundidade, uma vez que a constituição de uma nova família e/ou domicílio é um dos marcos dessatransição.Esteprojetovisaexploraressesdoisaspectos,afimdecontribuirparaaampliaçãodoconhecimentosócio-demográficorelativoàjuventude,imprescindívelparaodelineamentoegestãodepolíticaspúblicasvoltadasparaessegrupoetário.

Em todosos exemplosde apresentaçãodados aqui, ficamclaroso temadapesquisa, os resultadosesperadoseacontribuiçãoqueotrabalhopretendedaràCiênciaeàsociedade.

JUSTIFICATIVA

Uma justificativa bem redigida é essencial para a aceitação de sua proposta de trabalho. Ajustificativadeveserdireta,claraeconvincente.Quemavaliaroprojetoprecisarásaberporquerazãoourazõessedevegastartempoedinheiroparaarealizaçãodesuaproposta.Comoexemplo,vamosexaminarajustificativadeumprojetodemestradonaáreadeAdministração,4

que propõe explicar por que os resultados alcançados pelaReservaExtrativista (Resex) do rioOuroPretonãosãosatisfatóriosem termosdoaproveitamentodos recursosnaturaisedaqualidadedevidadoshabitantesdolocal.

JustificativaEncontrarummodelodegestãoedeexploraçãosustentávelrealmenteeficienteéumanecessidadepremente,umavezqueas

Reservas Extrativistas (Resex) constituem parte expressiva do patrimônio natural e, portanto, da potencialidade existente na

biodiversidade doBrasil. Como o presente projeto de pesquisa se propõe a realizar uma análise aprofundada demodelos atuaisvisivelmente ineficientes, ele concorrepara a possibilidadede construçãodeummodelomais adequado enisso se configura suaimportânciamaior,queojustifica.

Observe que o pequeno texto procuramostrar as razões de se gastar tempo, dinheiro e energia noestudodo tema.O fatodeopesquisador explicarbem, antes (naparteda apresentação), oobjeto eorecorteespecíficodesuapesquisae,depois(napartedametodologia),comopretendefazerotrabalho,concorreparaaprovaçãodoprojeto,pois,pormaisdefensávelquesejaotema,apesquisaprecisaserfeitadentrodeprazosestabelecidosecomosrecursosdisponíveis.Casocontrário,mesmocomumaboajustificativa,oprojetoserápreviamentedescartadoporfaltadecondiçõesconcretasparasuarealização.Aseguir,umexemplodejustificativadeumprojetonaáreadeSaúdePública5quepretendeestudara

relaçãoentreapropagandaeomarketingdebebidasalcoólicaseoaumentodoconsumodeálcoolporpartedosjovensnoBrasil.

JustificativaO consumo de bebidas alcoólicas entre jovens brasileiros está crescendo, assim como as consequências negativas advindas

desseconsumo,taiscomoacidentes,violênciaecrimes,cirrose,dependência,entreoutras.Apromoçãodoálcool,atravésdepropagandaemarketing,parecedarespecialatençãoaojovem,aparentementeconfirmando

preocupaçãodeautoridadesnacionaiseinternacionaisaesserespeito.Oreconhecimentodequeadivulgaçãodebebidasalcoólicaséumfatorimportanteparaoinícioecontinuidadedoconsumopor

parte dos jovens tem impulsionado, noBrasil, vários projetos de lei no sentido de limitar a propaganda de bebidas alcoólicas (domesmomodocomofoifeitocomrelaçãoaotabaco).Estudoscientíficosqueinformemtantoopúblicoleigoquantoosespecialistasepolíticos são essenciais no sentido de colaborar para o estabelecimento de políticas públicas a respeito do consumo de bebidasalcoólicasemnossopaís.

Nopróximoexemplo, retiradodeumprojetodemestrado emMedicina,6 temos a justificativaparaumapesquisaqueprocuradetectarosfatoresquelevamàocorrênciadevômitos(e,consequentemente,depossíveiscomplicações,comoaspiração,deiscênciadesutura,ruturaesofágicaetc.)emcriançascomcâncer submetidas a procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral, com o objetivo de desenvolvertratamentosprofiláticosindividualizados.

JustificativaA presença de náuseas e vômitos no pós-operatório é um dos motivos de maior desconforto dos pacientes submetidos a

procedimentoscirúrgicoseumadascausasmaiscomunsderetardodaaltahospitalar,aumentandooscustosdainstituiçãodesaúde.O desenvolvimento de uma profilaxia adequada dos vômitos pós-operatórios não é só uma questão de humanização do

tratamento do paciente cirúrgico,mas está relacionado à redução dos gastos hospitalares com estes eventos e a internação dospacientes.

Umaprofilaxiaantieméticarealizadadeformaracional,considerandocustosebenefícios,sóépossívelseospacientesderiscoeograuderiscoparaaocorrênciadevômitospós-operatóriosforemidentificados.

Vejaquenãoénecessáriofazerdigressõesnotextodajustificativa.Nãoháqualquernecessidadederecorrerarecursosimpressivos,comoadjetivosemexcesso,frasesdeefeito,clichêsouditospopularesparaproduzirumaimagempositivadeseutrabalho.Vádiretoaoassuntoedigaclaramenteporqueseuprojetoéimportante.Sevocêfizerisso,ouseja,seconseguirserclaro,concisoeobjetivo,ésecundáriopreocupar-seseajustificativavaiocupar5,10oumaislinhas.

OBJETIVOS

Por tradição acadêmica, os objetivos costumam ser escritos com verbos no infinitivo impessoal

(“analisar”, “descrever”, “comparar”, “constituir”, “formar”, “ampliar” etc.). Esses verbos definem oquesepretendealcançarcomotrabalho,portanto,seuempregomereceespecialatenção.Vejamosexemplosdeobjetivogeral(oobjetivodoprojetocomoumtodo)edeobjetivosespecíficos

(osobjetivosdecadapassodoprojeto,quepermitamqueoobjetivogeralsejaalcançado).EmumprojetodeTCCemLinguística7quepretendeestabelecerarelaçãoentreocontextoculturalea

evolução do sentido da expressão “ser mãe solteira” em uma determinada comunidade, os objetivosforamdescritosdaseguinteforma:

ObjetivosObjetivogeralAnalisar a influência da cultura na constituição do sentido da expressão “sermãe solteira”, registrando as alterações de

significadodaexpressãoaolongodotempoeexplicandooporquêdeelaestarcaindoemdesusoatualmente.Objetivosespecíficos

1.Promoverumlevantamentobibliográficorelacionadoaotemadoprojeto;2.Coletar informações históricas sobre o fato social sermãe solteira na comunidade, ouseja,mapearpormeiodeentrevistasquemeramecomoeramvistasasmãessolteirasnopassadorecente;

3. Verificar os diferentes sentidos que adquiriu a expressãomãe solteira na evolução dalíngua;

4.MostrardequeformaosconceitosteóricosdaSemânticapodemseraplicadosàanálisepropostadomaterialcoletado.

Em uma pesquisa na área de Agronomia8 sobre a distribuição espacial de uma doença que afetaespecialmentelaranjasdoces–aleprosedoscitros–edeseuvetornospomaresdoestadodeSãoPaulo,osobjetivosforamapresentadosassim:

ObjetivosObjetivogeral

Diagnosticaropadrãoespacialdaleprosedoscitrosedoácarodaleprose(Brevipalpusphoenicis)nospomaresdasprincipaisregiõescitrícolasdoestadodeSãoPaulo(Sul,Centro,NorteeNoroeste).

Objetivosespecíficos•Caracterizarospadrõesespaciaisdedistribuiçãodaleprosedoscitroscomdiferentesníveisdeincidênciadadoença;•Caracterizarospadrõesespaciaisdedistribuiçãodoácarodaleprosedoscitrosemtalhõescomdiferentesporcentagensdeárvorescomapresençadoácarodaleprose(incidênciadoácarodaleprose).

Háquemprefiranãofazerumadistinçãoformalentreobjetivosgeraiseespecíficos,agrupandotodososobjetivosemumsóitem,emboraoleitoratentopossaidentificarfacilmenteumtipoeoutro.UmpesquisadordaáreadeCiênciasSociaisdescreveuosobjetivosdeseuprojetodemestrado9sobre

emissoraspúblicasdetelevisão(asbrasileirasTVBrasileTVCulturaeasvenezuelanasTelesureTVes)daseguintemaneira:

ObjetivosA pesquisa tem como objetivo geral verificar as características dos modelos de televisão pública adotados no Brasil e na

Venezuelaemtermosdeparticularidades,continuidadesepermanências.Comisso,pretendedesvelarascontradições,inovaçõeseavançosdessesmodelosnosentidodepromoveroresgatedoespaçopúblico,ofortalecimentodaexpressãopluraleaintegraçãocontinental.

Ao desenvolver uma análise crítica da atuação das emissoras públicas nos dois países, o trabalho almeja contribuir com aqualificaçãododebatesobreaspolíticaspúblicasdecomunicaçãonaAméricaLatina.

Para isso,pretende traçarumpanoramadossistemaspúblicosde televisãonoBrasilenaVenezuela, levantando informaçõessobre sua história recente, estrutura, formas de gestão e de financiamento e conteúdos produzidos e veiculados pelas quatroempresaspesquisadas.

Aanálisedaestruturadessasempresastemcomoobjetivodimensionaracapacidadetécnicadepresençaedifusãodeconteúdodiantedapopulação.Issoincluiobservarsuasformasdearticulaçãoemredeseasinovaçõestecnológicaselegaisdequesãoalvo.

Em relação aos modelos de gestão e participação, o objetivo da análise é entender os parâmetros adotados: o grau decentralização,acomposiçãodasinstânciasdecisóriasouadministrativaseosmétodosdeescolhaqueasemissoraspraticam.Assim,serápossívelcompreenderasformasdelegitimaçãoepresençadessasemissorasnasociedadecivil.

Quanto ao financiamento, serão estudados os potenciais de autonomia das televisões públicas; se elas dispõem de recursospúblicosousenecessitamcaptá-losrecorrendoaomercadopublicitário.

A análise do conteúdo e da programação tem como objetivo investigar seus níveis de diversidade geral e étnica, seu teor(generalistaouespecífico)eformatodeprodução(centralizadoounão).

Um projeto de doutorado emHistória10 sobre asmentalidades relativas ao amor e à representaçãosexualnaPompeiaromanadescreveuseusobjetivosdessaforma:

ObjetivosEstabelecidoque o sentido de “sermulher” e o de “ser homem”depende das relações articuladas entre eles, dos elementos

culturais compartilhados e das posições sociais ocupadas por homens emulheres concretos, nessa pesquisa, busca-se obter umanovacompreensãodarelaçãoentreofemininoeomasculinonasociedaderomana.Essacompreensãoseráalcançadaapartirdoestudodasexpressõesculturaisevaloresdascamadaspopulares,maisespecificamentepormeiodaanálisedosregistrosdeprópriopunhoosgrafites–feitosporpessoascomunsepreservadosnosítioarqueológicodePompeiarelativosaquestõesamorosasedegênero.

Asinformaçõesobtidasserãoconfrontadascomosdiscursoshistoriográficoscontemporâneosarespeitodasociedaderomana,jáque,atéomomento,aarticulaçãosexo/gêneroapresentadapelosestudiososparaosromanosdoséculoId.C.estáalicerçadaemreferências aristocráticas, baseada nas acepções das elites e em juízos de valores depreciativos em relação às demais camadassociais.

Comessa pesquisa, pretende-se destacar a diversidade das visões formuladas pelos distintos grupos sociais que habitavamacidadedePompeia.E,depoisderevelarapluralidadedassensibilidadesexistentenasociedaderomana,pretende-semostrarcomoestesgrupossociais,apartirdeseusvaloresespecíficos,estabelecerammúltiplosvínculoseadotaramcomportamentosdiversosemsuasrelaçõessociais.Assim,serápossívelvislumbrarumMundoAntigomaisdiverso,complexoedistantedaunidadequeumdiaseimaginouparaele.

Osobjetivos apresentados aqui comoexemplos têm formasdiferentesde redação, sendo todas elasplenamenteválidas.NosexemplosdeLinguísticaedeAgronomia,aapresentaçãoémaisesquemática,com uma separação inclusive visual do objetivo geral e dos objetivos específicos. Nos exemplos deCiências Sociais e deHistória, os objetivos foram construídos em um formatomaisdissertativo. Emtodososquatro,porém,ficaclarooqueopesquisadordesejafazer,aondeelequerchegar,eéissooquerealmenteimportanessequesito.

REFERENCIALTEÓRICO

O referencial teórico é a parte de fundamentação do projeto. Ele é apresentado na forma de umaredaçãodissertativa,comargumentosecitaçõesquedãoumaideiaclaradeondevocêestápartindo,ouseja,dequaléopontodevistateóricoadotadoparaaexecuçãodeseutrabalho.Eleserámaisoumenosextenso, dependendo da natureza e da complexidade do trabalho proposto. É na parte ocupada peloreferencial teóricoque aparecerá omaior númerode citações e considerações a respeito de teorias eideias dos autores que serão levados em conta ao longo da pesquisa. É nela que você demonstra sercapaz de articular suas próprias ideias e objetivos já consolidados por outros pesquisadores. O

referencialé,assim,ummomentodediálogocientífico.Oníveldeprofundidadeeograudesofisticaçãocomqueoreferencialteóricoéapresentadovariam

de acordo com o caráter do projeto, mais simples para uma monografia, mais complexo para umdoutorado,porexemplo.Poroutrolado,emumamesmapesquisa,aapresentaçãodoreferencialteóricodoprojetoédiferente

dado trabalho final no sentido emque, no texto final, a parte do referencial teóricodeverá sermaisdesenvolvidaemaisabrangente,emfunçãodealgunsaspectos,asaber:

a)teoriase/ouabordagensconsideradasnotrabalho,descritascommaisprofundidade;b)conceitosbásicosadotadosesuainter-relação;c) aspectos teóricos e obras mais relevantes para o trabalho de pesquisa efetivamentedesenvolvido.

O referencial teóricodoprojeto indica,portanto,apenasopontodepartidadapesquisa.Assim,nafase do projeto, a preocupação maior de quem o elabora deve ser fundamentar, embasar, os passosiniciais do trabalho de pesquisa. Ao longo do trabalho, o referencial pode e deve ser ampliado eaperfeiçoado,oumesmodescartadoemfunçãodeoutromaisadequado.Logo,notextodoprojetonãoénecessário (enemépossível)desenvolver apartedo referencial teóricodamesmamaneiraquevocêdeveráfazernomomentoderedigirotrabalhofinal.Poroutrolado,reserveumbomtempoparaasuapesquisa propriamente dita e, no momento devido, de acordo com as necessidades que surgirem nodecorrerdopróprioprocessodeinvestigação,dedique-seaexplicitarsuasopçõesteóricasdefinitivas.Alguns estudantes e pesquisadores querem redigir, no projeto, o mesmo texto de referencial que

apresentarãonotrabalhofinal.Dizemqueémaisfácilfazerlogodeumaveze,depois,“copiarecolar”.Masissonãopodeserassim!Aolongodapesquisa,énaturalqueseuprópriodesenvolvimentomostrequeoutrasleiturassãonecessáriasouqueasreferênciasadotadasinicialmentenãosãotãoadequadasousuficientesquantoseimaginounoinício.Assim,éaltamenteaconselhávelhaverumaeconomiadetempoe energia na elaboração do referencial do projeto, que é preliminar, e uma enorme dedicação naapresentaçãodoreferencialteóriconotextodotrabalhofinal,quedevedarcontadetodososaspectosteóricospertinentesàpesquisa.Um referencial teórico que veremos aqui como exemplo faz de umprojeto demestradoda área da

Linguística11efoiconsideradosuficienteparademonstraropontodepartidaescolhidoparaotrabalho.Apreocupação da pesquisa é saber se determinadas palavras utilizadas pelos professores nas primeirassériesescolaressãocompreendidaspelosalunoscomomesmosentidoqueaescolalhesdá.Sealunoseescolanãoatribuemosmesmossentidosaestaspalavras, issopodeexplicaralgunsdosproblemasdeaprendizagem existentes. Portanto, ao apresentar seu referencial teórico, a autora do projeto teve querecorreracertosconceitoseobrasdeoutrosautoresqueconsiderouúteisparaodesenvolvimentodoseutrabalhoespecíficoetevequeexplicitarsuasopçõesarespeitodasseguintesquestões:

a)osconceitosdelínguaedesentidoadotados,jáqueexistemmuitos;b)comosedáaatribuiçãodesentidosemumalínguacombasenosconceitosadotados;c) comoocorre, hoje, o ensinode línguasnaprimeiras séries escolares, emgeral, nopaís, combasenosmateriaisjápublicadosequeservirãodepontodepartidaparaapesquisa;

d)e,finalmente,qualarelaçãoentreessascoisastodasdemaneiraadeixarclaroocaminhoquese

escolheuseguir.

Issofoifeitodeformaclara,concisaeobjetiva.Notrechocitadoaseguir,observecomooreferencialpode (e deve) ser articulado ao tema e aos objetivos da pesquisa. (Obviamente, por ocupar váriaspáginasnooriginal,apartedoreferencialteóricodoprojetousadocomoexemplonãoéreproduzidaaquinaíntegra.Paraquevocêidentifiqueolocaldoscortes,assupressõessãoassinaladascomreticênciasentrecolchetes.)

ReferencialteóricoOpresentereferencialteóricoépreliminare,esperamos,serábastanteaprofundadonoprocessodecumprimentodoscréditos

previstosnoPrograma.Porhora,cumpredestacarosconceitosdelínguaesentidoqueserãopontosnorteadoresdapesquisa.

LínguaerepresentaçãoUmaformabastanteconsistentedeiniciarumestudoquerelacionelínguaeeducaçãoédefinirumconceitodelínguaquenosdê

basesparaumapesquisadecaráterpráticoe resultados funcionais.Ferrarezi (2008) adotao seguinte conceitode línguanatural:“Uma língua natural é um sistema socializado e culturalmente determinado de representação de mundo e seus eventos.” Esseconceito responde àmaioriadasquestões ligadas à linguagem, comoveremos abaixo, emcada aspecto/elemento consideradonoconceitobase.Assimtemos:

1. Língua como sistema: aspectos estruturo-funcionais – dizem respeito à organizaçãosistêmica,ouseja,suasregrasgramaticaisdefinidasnaformadeprincípioseparâmetros(CHOMSKY, 1992), e regras de uso que componham o sistema gramatical, ou seja:estruturaeusona fonologia,namorfologia,na sintaxe,na semânticaenapragmáticadalíngua.

2.Línguacomoalgosocializado:aspectossociolinguísticos–referem-seàsespecificidadessistêmicas atribuídas a e socializadas em determinado grupo de falantes, como formasespecíficasdepronúncia,léxicoouconstruçãosintática,entreoutras.

3.Línguacomoalgoculturalmenteconstruído:aspectosantropoculturais[...]

4.Línguacomoformaderepresentação:aspectossemântico-pragmáticos[...]

5.Orepresentadocomo“mundoseseuseventos”:aspectosreferenciaisecriacionais[...]

Efetivamente,quandoacriançachegaàvidaescolar,elaofazcontandocomessecabedaldesinaisesentidosquefuncionamcomo seumeio básico de representação. Ela “enxerga” omundo pormeio de conceitos que já desenvolveu e se expressa compalavrasquesãoassociadasasentidosquerepresentamessesconceitos.Entretanto,aescolautilizamuitasdessasmesmaspalavrascomsentidosdiferentesdaquelesqueacriançajáconheciaatéali,acarretandoproblemasdiversosdecomunicaçãoentreaescolaea criança. Para compreender melhor como essas dificuldades de comunicação são geradas , precisamos entender como osentidoéconstituídonumaconversaçãooumesmonumapalavra.

Consideraçõessobreosentidodaspalavras[...]Amaioriadasvezesaescolaeacriançanãocompartilhamosmesmocontextoseosmesmoscenáriose,emdecorrênciadisso,

dificilmentecompartilharãodosmesmossentidos.Esseéumdosproblemasdaeducaçãobrasileiraatualeprecisasercorrigidocomurgência,poiscontribuiparaagravaro fracassoescolar.ParaentendermosumpoucodessasdivergênciasveremosoqueFaraco(2009)escrevesobreateoriadeBakhtin.

[...]

OensinodelínguamaternaOutro aspecto importante a observar é como se processa o ensino da línguamaterna para crianças em idade escolar que já

dominamsualínguaesuagramática.Ascriançasemidadeescolarjáseexpressamsuficientementebemnosespaçosdocotidiano,incluindo aí, o espaço social não formal da escola.Elas não apenas têmnoções rudimentares,mas conhecimentos complexosdalíngua,desuasregrasorgânicas,deseuuso,caracterizando-as,assim,comofalantesnativasdaquelalíngua.

[...]O processo educacional precisa integrar a construção de conceitos que permitam atribuir sentidos que a escola presume às

palavrasqueoalunodominaouprecisadominarparadiminuirosníveisdedificuldadedoaprendizadoemnossasescolasbásicas.Esseprocessodeveserrealizadodemaneirasistemáticaenãobaseadana“descoberta”individualdosalunosdeformaqueesseseaescolacompartilhemomesmomundoesejambemsucedidosnele.

Oexemplodereferencialteórico(trechoeditado)quevemadianteédeumprojetodedoutoradoemDemografia,12quesepropõeaestudarofenômenodetransiçãoparaavidaadultanascamadasmédiasepopulares.Nele, a pesquisadora considerou importante apontar as concepções teóricas e os trabalhos já

publicadosrelativos,porexemplo,àligaçãoentreaevoluçãodaimportânciasocialconferidaaosjovense àsmudanças demográficas. Fez um balanço bibliográfico dos Estudos sobre Família, com destaquepara as questões que envolvem o “curso de vida” e a transição para a vida adulta. Apresentou oproblema da delimitação do início e do fim da adolescência, segundo vários critérios. Sintetizou oscaminhostomadospelaspesquisasrecentessobreoassuntodatransiçãoparaavidaadultaqueestudamopesorelativodeaspectoscomocondiçõesfinanceiras,ligaçõesdedependênciaeconômicae/ouafetivacoma família, interferênciadepolíticaspúblicasnacriaçãodeoportunidades, entremuitosoutros.E,finalmente,esboçousuahipótesedetrabalhosobreosombrosdeestudiososqueaprecederam.

ReferencialteóricoSegundoHareven (1999), as concepções sobre o que é ser criança ou adolescente estão relacionadas aomodo como o ser

adultoédefinidopelasociedade.Ospapéissociaiseaposiçãoquecrianças,adolescentes,jovens,adultoseidososocupamnogruposocialsãosemprerelacionaiseimplicamaregulaçãodecomportamentos,responsabilidadesenecessidadesespecíficasparacadaidade.RetomandoostrabalhosdePhillippeAriès,Hareven(1999)afirmaquedesdeofinaldoséculoXVIIIeiníciodoséculoXIXavalorizaçãodosfilhoseaimportânciacentralqueelespassamaternointeriordasfamíliasdaEuropaOcidentaleraemparteumaresposta a duas mudanças demográficas significativas: a queda da mortalidade infantil e a propagação da prática da limitaçãoconscientedonúmerodefilhos.

[...]Sobretudo nos anos 80 e 90, tanto aDemografia da Família, ou dosGruposDomésticos, quanto a Sociologia desenvolveram

estudosempíricoseteóricosqueconsideramascaracterísticas,osdeterminanteseosaspectosestruturaisdatransiçãoparaavidaadulta (GOLDSCHEIDER e DA VANZO, 1985, 1989; HOGAN, 1986; AVEREY, GOLDSCHEIDER e SPEARE JR., 1992;HOGAN,EGGEBEENeCLOGG,1993;HARRIS,FURSTENBERGeMARMER,1998).Atransiçãoparaavidaadultatemseconstituídocomoumaimportantetemáticadeinteresseparaosestudiososdoscursosdevida,poisospapéisassumidosnessafaseauxiliamnacompreensãodedesenvolvimentosposterioresnocampofamiliareocupacional.

[...]O entendimento dos cursos de vida está circunscrito à noção de que os indivíduos passam por mudanças qualitativas,

psicológicas,cognitivas,emocionaisedenecessidadesqueestãoassociadasadiferentesetapasdavidaparaasquaiscomumentesetomaa idadedos indivíduoscomoreferência (BRAUNGART,1986).Aanálisedocursodevidadeumaperspectivaquantitativatem se debruçado sobre o timing dos eventos que caracterizam as mudanças vividas pelos indivíduos (quando os eventosacontecem),suasequência(emqueordemoseventosacontecem)eseuquantum(quantoseventosacontecem)(BILLARI,2001).

[...]Se,determinarcomprecisãooslimitesuniversalmenteaceitosparaoinícioeotérminodajuventude,éumatarefadifícildadoa

variabilidadesocioculturaldoqueseentendeporjuventude,osprocessosdedescristalizaçãoelatênciaemplenocursoatualmentetornam a tarefa ainda mais árdua. Especialmente nos países europeus, as idades em que ocorre cada uma das mudanças quecaracterizamatransiçãoparaavidaadulta(saídadaescola,ingressonomercadodetrabalho,casamento,nascimentodoprimeirofilho)têmtidograndevariação,mastambémpoderíamospensarseomesmonãosepassacomgruposbemespecíficosnoBrasil.As idades ao casar e ao nascimento do primeiro filho são aquelas nas quais se observam as maiores variações, a ponto depesquisadoreseuropeus,considerandoarealidadedeseusrespectivospaíses,defenderemqueessasduasetapasjánãodevemserconsideradasobrigatoriamentecomopartedatransiçãoparaavidaadulta(MIERyTERÁN,2004).

AOrganizaçãoMundialdeSaúdefixacomoadolescênciaafaixaetáriacompreendidaentre10e19anos.Ecomopopulaçãojovem,ogrupomaisamploqueabarcaaspessoasde10a24anos.Contudo,osestudosacadêmicosconvencionalmentenomeiamcomoadolescentesapopulaçãode10a19anos,ejovens,apopulaçãode15a24anos(CALAZANS,1999;CAMARANOetal.,2003). Justamente por conta da grande variabilidade etária, de que falávamos anteriormente, em que se realizam as etapas datransiçãoparaavidaadulta,tem-sefeitoemalgunsestudosaopçãodecoletardadosconsiderandofaixasetáriasbemmaisamplas,de15a29anos(FIGUEIREDOetal.,2000)ouaindade15a34anos(MIERyTERÁN,2004)

[...]Emumestudorecentesobrea relaçãoentreasondas jovenseomercadode trabalhonoBrasilenaArgentina,Bercoviche

Massé (2004, p. 16) afirmam que, na década atual, os adultos jovens de 25 a 34 anos enfrentam “os mesmos fatores quecomprometiamapossibilidadedeabsorçãodaonda jovemnomercadode trabalho [...]: obaixodinamismodaofertade trabalhorecente,oenvelhecimentodaestruturaetáriadosocupadoseafortepressãoexercidapelaentradadasmulheresdetodasasidadesnomercadode trabalho, [...] representamumaconcorrência adicional”.Asperspectivasocupacionais eprofissionais atuais, bemcomoacrescenteinstabilidadedasrelaçõesafetivaspodemestarcontribuindoparaoadiamentodaautonomiacompletadosfilhosemrelaçãoaospais.

[...]Um dos aspectos mais explorados na literatura internacional sobre a transição para a vida adulta têm sido os arranjos

domiciliares, ou seja, com quem os jovens moram e sob quais condições. Isso porque a moradia separada dos pais forneceelementosparaadiscussãodograudedependênciadojovemouatestasuatotalautonomia.

[...]Quantoàdimensãodasnormasevaloressociais,oestilodevidamodernoenfatizaaprimaziadaprivacidadeedaindependência

sobreo companheirismoe aobediência filial.Especialmentenas camadasmédias edemaior escolarizaçãonorte-americanas, ospais(AVEREY,GOLDSCHEIDEReSPEAREJR.,1992)incentivamaindependênciadosfilhos,poispercebemasaídadosjovensadultosdecasacomoumganhodeprivacidadeparaambasasgerações.

[...]EmestudorealizadoemSãoPaulo(SEADE,1998),constatou-sequeosexo,oestadocivileaidademédiaaocasartendema

exercerinfluênciasobreosarranjosdomiciliaresemqueosjovensestãoinseridos.[...]A importânciado suporte intergeracional e intrafamiliar (quer embenefíciodos jovensoudos idosos)pode se intensificar em

contextosemquehá reduçãonosserviçosprovidospeloEstadocomoresultadodepolíticasneoliberais.Nessascircunstâncias,afamíliapodeseconverternoúnico“mecanismodeproteçãosocial”(OLIVEIRA,1997).

[...]MayereSchoepflin(1989)apontamparaaemergênciadetodaumalinhateóricaedepesquisasobreoimpactodaspolíticasde

Estadosobreaestruturaçãodocursodavida.[...]Helena Abramo (1997) chama a atenção para a ausência de políticas públicas consistentes dirigidas para a juventude até

meadosdosanos90.EnquantonaEuropaenosEstadosUnidosaspolíticasparajovensforamsedesenvolvendoaolongodetodooséculoXX;e,nosanos80,aOrganizaçãodasNaçõesUnidas(ONU)eaComissãoEconômicaparaaAméricaLatinaeoCaribe(Cepal)estimularampolíticasvoltadasparaessapopulaçãoemalgunspaíseslatino-americanosemparceriacomliderançaslocais,oBrasilficouàmargemdesseprocesso.

[...]Abramo (1997) propõe o exercício de análises que escapem ao olhar das gerações mais velhas que veem os jovens como

“problema”equeao invésdissosedesenvolvamestudosque focalizemomodocomoospróprios jovensvivemeelaboramsuasexperiências.Nocasodoestudodatransiçãoparaavidaadulta,podemospensaroquãoproveitosopodeserevelaracombinaçãodaanálisedosdadosdasestatísticasoficiaiscomentrevistasemprofundidadecomjovensqueestãovivendoapassagemparaavidaadulta. Para a sociedade, os jovens podem até ser um problema (trazem a preocupação com a gravidez precoce, aumento damortalidadeporcausasviolentas,Aidsetc.).Masparaos jovens, seráqueoproblemanãoéasociedadequeainda lhesoferecepoucasopçõesdeescolhas?

Ao redigir a parte relativa ao referencial teórico, o autor do projeto deve observar que ela devecorresponder, em profundidade e extensão, à profundidade e extensão do tratamento que se dará aoestudocientíficoqueseestá realizando.Assim,seumprojetoresultaráemumartigocientíficodedezpáginasdeTCC,quasesempreaapresentaçãodasbasesteóricaséfeitaemapenasumaouduaspáginas.Mas,seoprojetoéparaumpós-doutorado,quetrataráextensaeexaustivamentedeumtemacomplexo,parececlaroqueo referencial teórico teráquedarcontadessacomplexidade toda, assim, serámaior,

maisprofundo,maissofisticado.Opesquisadordevesermuitocriteriosoaoescolherasobrasquetomarãopartedoreferencial,pois

um verdadeiro “diálogo científico” começa a ser construído no momento de citar outros trabalhos ecomentá-los. No texto, deve sermencionado apenas aquilo que é essencial para demonstrar as basesteóricasdeseutrabalho.Nãocaianatentaçãodeimaginarqueascitaçõesimpressionarãoosavaliadoresúnica e exclusivamente pela quantidade; quase sempre ocorre o contrário: citações excessivas,desconexasoudesnecessárias,resultamemconfusãoedesqualificamoprojeto.

METODOLOGIA

Hojeemdia,grandepartedostrabalhosdegraduaçãoeiniciaçãocientíficasefundamentaapenasempesquisabibliográfica.Oexemploaseguirédemetodologiadessetipodetrabalho.Éclaroqueexistemmuitas outras formas de fazer pesquisa e inúmeros procedimentosmetodológicos específicos de cadaárea. Porém mesmo quem desenvolve, por exemplo, trabalho de campo, estudo de fontes primárias,simulações computacionais, experiências de laboratório ou dissecação de cadáveres precisanecessariamente fazer uma boa pesquisa bibliográfica. Como ela é a base de qualquer estudo –maissimplesnagraduação,maiscomplexanodoutorado–,optamosportomarapesquisabibliográficacomoumexemplodoquepodeserditonoitem“Metodologia”.

MetodologiaOpresenteprojetosefundamentabasicamenteempesquisabibliográfica.Essapesquisaserádesenvolvidaemquatroetapas:

1.identificaçãoeseleçãodematerialbibliográficopertinente;2. leitura e fichamento em formato digital domaterial selecionado com identificação dasobras,dosautoresedesuasideiascentrais;

3. elaboração de uma lista de palavras-chave (referentes a assuntos relevantes para apesquisa) que facilite a localização dos temas no material fichado no momento deelaboraçãodorelatóriofinal;

4.análisedoconteúdodomateriallevantadoparaaelaboraçãodasconclusõesdapesquisa.

Pesquisadecampoéoutrametodologiabastantecomum.Aformadefazê-lavariaemcadaárea.Apesquisa de campo para um sociólogo pode ser entrevistar pessoas de uma determinada comunidade,enquantoparaumbiólogopodesercolheramostrasdecoraisnomardoCaribe.A seguir, um exemplo demetodologia apresentada em umprojeto de pós-doutorado emGeologia13

cujapropostaéfazerestudosradiométricosdedeterminadasrochasgranitoides.

MaterialemétodosDiferentes tipos de granitoides serão analisados quanto aos radionuclídeos 40K, ‘eU’ e ‘eTh’, por intermédio da técnica de

gamaespectrometria.Opropósitodaespectrometriaéidentificarequantificarelementos.Emsetratandodeelementosradioativos,amedida espectrométrica é feita com base na propriedade da radioatividade, método comprovado como de fácil uso, altamentesensívelerápido,sendorotineiramenteaplicadocomsucessonasoluçãodeproblemasanalíticosemradioquímica.[...]

Oprincipalobjetivodaespectrometriaderaiosgamaéomapeamentogeológico.Estetipodemapeamentopodeserempregadonabuscadedepósitosdemetaisbásicos(comoocobre,chumboezinco)edetecçãoedelimitaçãodaschamadasrochasfonte(nasquais os depósitos deurânioocorremoudeonde eles podem ter sidoderivados). [...]A espectrometria de raiosgama analisa aenergia dos picos, possibilitando a identificação direta dos radionuclídeos em amostras que emitem radiação gama. [...] Aespectrometriaderaiosgamatemvantagenssobreosoutrosmétodos,principalmenteporcausadapenetraçãodosraiosgama,queégrandesecomparadacomadaspartículasalfaebeta(IVANOVICHeMURRAY,1992).Alémdisso,apreparaçãodasamostras

para leituras de espectrometria de raios gama é simples, não destrutiva e não necessita “spike” permitindo que os diversosradioelementosdeinteressesejamanalisadossimultaneamente.

OEspectrômetrodeRaiosGamaé formadodeumsensorgamaecircuitos eletrônicosque separama radiação incidentenocristalemdoisoumaiscomponentesdeenergia. [...]Emdecorrênciada interaçãoentrea radiaçãogamaemitidaporumafonteradioativa e um cristal cintilador de Nal (TI) são produzidos pulsos de pequena amplitude no ânodo de uma fotomultiplicadora(BONOTTO, 1990). Para que os pulsos sejam detectados, cada pulso é pré-amplificado e aplicado a um amplificador [...]. Ospulsos produzidos apresentam alturas variáveis que dependem diretamente da energia das radiações; portanto, depois que sãodiscriminadosdeacordocomsuasalturas,fornecemespectrosrelacionadoscomaenergiadaradiaçãogamaemitidanastransiçõesnucleares.OdispositivoquerealizaestaseparaçãoéoAnalisadordeAlturadePulsos(BONOTTO,1990).

UmfeixederadiaçãogamapodeinteragircomumcristaldeNal(TI)atravésdeváriosmecanismos,porémapenasdoisserãoconsiderados:oefeitofotoelétricoeoespalhamentoCompton.[...]

AFigura5 ilustraosistemainstaladonoLabrido–LaboratóriodeIsótoposeHidroquímica,doDepartamentodePetrologiaeMetalogenia(IGCE)queseráutilizadonestapesquisa.Estesistemaéformadoporumablindagemdechumboondeestãocolocadoso pré-amplificador e o cristal deNal (TI), sendo que estes estão conectados a uma fonte de alta tensão. É nesta blindagem dechumboqueseráinseridacadaamostraacondicionadanorecipientedealumínio.Dopré-amplificadorparteumcaboqueconduzosinalaoamplificador,edesteparaomulticanalligadoaomicrocomputadorqueprocessaosinalefetuandoasuacontagem.

O processamento dos dados obtidos será efetuado através do software Maestro lI, da EG&G-Ortec, instalado no sistemadisponívelnoLabrido.

Veja que essa proposta de metodologia inclui informações sobre equipamentos, procedimentos deregistroeanálisedosdadosmuitodiferentesdaquelesutilizadosnapesquisabibliográfica.Tambémotratamentodasinformações,asformasdeinterpretaçãoeaaplicaçãodosresultadossãodiferentes.Aoescolher a metodologia é preciso ter bem claro qual a que mais se enquadra em seus objetivos depesquisa.Algunspesquisadoresconsideramque,alémdedeixarclaroquemetodologiavãousar,devemexplicar

por que descartaram outras existentes. Isso pode ser visto no exemplo abaixo: um projeto de pós-doutoradoemArqueologia14quepretendeestudarasquestõesdaguerraedaviolêncianaGréciaAntigatendocomofontedepesquisaasilustraçõesrelacionadasàGuerradeTroiaqueaparecememvasosdecerâmicadosséculosVI-Va.C.Nele,opesquisadorseidentificacomo“ocandidato”.

MetodologiaNosestudosdacerâmicagrega,aabordagemdaHistóriadaArte faz-se fortementepresentee teminteressesdiversos.Um

deles consiste em examinar a evolução de uma cena ou de um tema particulares através do tempo e das diversas produçõescerâmicas.Outrocampodeinteresseéodarelaçãoentreimagememito;noqual,empreende-seumaleituraglobaldamitologiaapartir das imagens, dispondo-as cronologicamente com vistas a obter uma narrativa linear e coerente.Muitos pesquisadores semantiveramnessalinhadepesquisa,masampliaramseusinteressesaosepreocuparememcompreendercomoasimagensnarramomito, trabalhandoa especificidadeda linguagemedaartenarrativadas imagenscomoomeiodaelaboraçãodeumamitologiagregaapartirdelas,inclusoaí,ociclotroiano.[...]

O candidato adota a abordagemhistórica, que se volta, sobretudo, para a relação entre imagem e história. Assim, trata aimagemnãomais comoumdocumento, que porta por seu conteúdo uma informação histórica,mas como ummonumento, cujasregrasdeelaboraçãosãoemsiumtestemunhosobreamaneiradeserepresentar,aanálisedasociedadetalqualelasemostraemimagem,produzindotrabalhossobreascategoriassociaiseoscomportamentoscoletivos.

A metodologia a ser empregada é a da seriação, que visa obter uma ordem conforme a semelhança ou dessemelhança,reagrupandoosobjetosemconjuntosmaisfortementeligados.[...]

O candidato organizará sua seriação em torno das cenas de atos violentos. Com o intuito de detectar o significado que osartesãosderamemsuasrepresentaçõesdessesatos,voltarásuaatenção,primeiramente,paraosesquemasiconográficosdecadaumadascenas,para,emseguida,verificarospersonagensenvolvidos,tantonogrupocentraldecadacena,quantonosgruposdospersonagenssecundáriosqueoentornam.Defundamentalimportânciaparaacompreensãodospersonagensseráaobservaçãodas posturas e dos gestos que realizam em cada cena; pois, posturas e gestos são social e culturalmente codificados e,consequentemente,reveladoresderepresentaçõesesensibilidades.

Porvezes, duasoumais formasde coleta de informações são adotadaspelopesquisador; portanto,

maisdeumametodologiaéempregadanotrabalho.Vejamos,porexemplo,comoumprojetonaáreadeSaúdePública15pretendeinvestigarapromoçãodebebidasalcoólicasentreosjovensbrasileiros.

MateriaisemétodosA)EstudosobretemasedistribuiçãodaspropagandasAs propagandas de bebidas alcoólicas serão coletadas diretamente da televisão (principais canais comerciais), em revistas

(principaisrevistasnacionais,particularmenteasquepossueminformaçãosobreaquantidadedeadolescentesejovensleitores)e,sepossível,diretamentenasagênciasdepropagandaquetrabalhamparaaindústriadoálcool.

Aanálisedomaterialpretendeverificar:–adistribuiçãodepropagandapormídiaeportipodebebidaalcoólica;–aligaçãoentremomentoelocaldapropagandacomaexposiçãoaosjovenssegundodadosdepesquisademercado;–ostemasprevalentesemcadamídia,asmensagensveiculadaseseuacordocomocódigodeéticadaprópriaindústria.Paraefeitodecomparação,serãocoletadaspropagandasdeoutrosprodutoscomparáveis(p.ex.:bebidasnãoalcoólicas),assim

como dados da literatura internacional. Entre os estudos internacionais que investigaram recentemente esse tema e serãoconsultadosestão:Garfieldecols.,2003;Austin&Grube,2002.

B)EstudosobreexposiçãoeapreciaçãodosjovensemrelaçãoàpropagandadeálcoolAs respostas dos jovens às propagandas de bebidas alcoólicas serão medidas através da exposição recordada (recalled

exposure)edaapreciaçãodasmesmas.Serãomontadosgruposfocaiscomjovensdediversasfaixasetárias(12-21anos)oquepermitirátambéminvestigaraspossíveisdiferençasentrejovensqueaindanãoiniciaramobeber(ouestãoapenasiniciandoagora)eaquelesquejáseutilizamdebebidasalcoólicasregularmente.Osgruposfocaisproporcionarãomaterialparaodesenvolvimentode umquestionário semiestruturado a ser aplicado em uma amostra de conveniência relevante (embora não necessariamenterepresentativa)dejovens.Entreosestudosinternacionaisnosquaisessapartedapesquisaserábaseada,encontram-se:WYLLIEecols.,1998aWYLLIEecols.,1998beCASSWELL&ZHANG,1998;AUSTIN&KNAUS,2000.

AnálisedosresultadosA)EstudosobretemasedistribuiçãodaspropagandasPara a avaliação de temas, será construída uma grade temática baseada em dados da literatura e observação flutuante de

algumas propagandas para ser utilizada por três “juízes”, que avaliarão todas as propagandas. Para análise da concordância daavaliação,seráutilizadooteste“kappa”.

B)EstudosobreexposiçãoeapreciaçãodosjovensemrelaçãoàpropagandadeálcoolParaexaminaranaturezadorelacionamentoentreexposiçãoeapreciaçãoàpropagandadeálcooleocomportamentofuturode

beberedeexpectativasemrelaçãoaobeberdosjovens,utilizar-se-áumquestionáriodeperguntasestruturadas,baseadoemdadosde literatura e em grupos focais a serem desenvolvidos.As entrevistas serão feitas pessoalmente.Omodelo de análise incluirátécnicas como regressãomúltipla emodelos de equação estrutural exploratória para uma análisemais aprofundada do desenhotransversaldecoletadedados.

CRONOGRAMA

Ocronogramaéconstruídocombasenosobjetivosespecíficosapresentadosnoprojetoeno tempodisponívelparasuaexecução.Eledeveserrealista.Monteumatabelaemqueconsteotempodisponível(emmeses, bimestres, trimestres, anos etc., conforme o caso) e, na coluna “Atividades”, informe osobjetivos específicos, um em cada linha, estabelecendo o prazo que julgar adequado para suaconcretização.Procuresersensatoemrelaçãoaprazos,paranãoseatrasarnaexecuçãodotrabalho.Aseguir,umexemplodecronogramadeumprojetodeTCCnaáreadeLetras16cujoobjetivoéestudar

asvariaçõeslinguísticasnafaladedetentosdeumadeterminadapenitenciária,pormeiodeobservaçõesde campo (no contexto prisional, especialmente nohorário de banhode sol dos presos) e entrevistas,segundoumaabordagemqualitativa.Cronograma

ATIVIDADES MAR./09 ABR./09 MAIO/09 JUN./09

ElaboraçãodoprojetoFichamentodeleiturasObservaçãodolócusedossujeitosdapesquisaRealizaçãodeentrevistasTranscriçãodeentrevistasAnálisedomaterialeelaboraçãodoartigoApresentaçãodoartigo

Observecomoosobjetivosforamtransportadosparaoquadro;paraocumprimentodecadaumdelesfoi definido um prazo de exe-cução. Claro que, no decorrer da pesquisa, o cronograma poderá sermodificadoemfunçãodenecessidadesespecíficasoumesmodecontratemposquesurgiremnomeiodocaminho,maséimportantequeocronogramaapresentadonoprojetosejaomaisrealistapossível,poiséapartirdelequeserãocriadasexpectativascomrelaçãoaodesenvolvimentodeseutrabalho.

CUSTEIO

Vejamos,aqui,umaformasimplesdeapresentaçãodecusteio.Valelembrarque,como,porexemplo,emumorçamentodeconstruçãodeumacasa,aprojeçãodoscustosdevesermuitobemfeita,poistudooquefordeixadodeforadoorçamento,poresquecimentoouerrodeavaliação,nemporissodeixarádesernecessárioecausaráumproblemadepois.Digamosque,aofazeroorçamentodesuacasa,vocêseesqueçadefazerconstaroscustoscomapartehidráulica.Nãohaveráprevisãodedinheiroparacanos,torneiras,vasossanitáriosetc.,masnãoseráporcausadissoqueacasapoderá ficarsemas redesdeáguaeesgoto.Alguémvaiterquearcarcomasdespesasalémdoorçamentoprevisto.Em caso de projetos de pesquisa financiados (como de mestrandos ou doutorandos que recebem

bolsas),quantomaisdetalhadosos itensdecusteio,maissegurançahaverádequeo trabalhonãoseráprejudicadopor faltaderecursosoudeque,nofinal, seráoprópriopesquisadorapagaraconta.Poroutrolado,seopesquisadorexagerarnosnúmeros,corresérioriscodeverseuprojetorecusadoeaté,em casos extremos, de perder a credibilidade na comunidade acadêmica. Então, atenção na hora deplanejaroscustosdapesquisa!Vejamosumexemplosimples,apenasparaterideiadecomoelaborarumquadro de custeio. No caso apresentado, o pesquisador afirma que terá de fazer algumas viagens,comprarobrasdereferênciaematerialdeconsumo.Custeio

Item Descrição Custounitário(R$)

Custototal(R$)

102DeslocamentosGuajará-Mirim/Campinas/Guajará-Mirim–passagensintermunicipaisdeônibusepassagensinterestaduaisdeavião

1.800,00* 3.600,00

250DeslocamentosHortolândia/Campinas/Hortolândia–passagensintermunicipaisdeônibus

30,00* 1.500,00

3Aquisiçãode20obrasnovas(queaindanãoestãopresentesnabibliotecadainstituição)

100,00(média)

2.000,00

4 Fotocópiaeencadernaçãode50obrasdepublicaçãoesgotada(quenãoseencontramàvendanomercado)

40,00 2.000,00

5 10resmasPapelA-4 15,00 150,006 02cartuchosdetonerparaimpressoraLexmarkE-210 240,00 480,00

9.730,00*Valorreferenteacadadeslocamentoentresascidades.

Caso você pretenda solicitar o financiamento de sua pesquisa a alguma agência de fomento (comoCapes,CNPq,Fapespetc.),essa informaçãodeveráconstaraofinaldo item“Custeio”e,vocêdeverápreencher o formulário padrão exigido por cada agência de fomento. Em certos casos, o materialadquiridopormeiodefinanciamentodeveserdoadoàuniversidade(biblioteca, laboratório,centrodecomputaçãoetc.)aotérminodapesquisaeissodeveserinformadonoprojeto,poismostraque,nofuturo,outros pesquisadores também poderão se beneficiar das aquisições materiais feitas por ocasião darealizaçãodeseutrabalho.

REFERÊNCIAS

VejamosaquialgunspoucosexemplosdecomoapresentarasReferênciasemumprojetocientífico,umavezqueoformatoépadronizadodeacordocomnormasdaABNT.Informaçõesmaisdetalhadassobreos diferentes tipos de citação você encontrará mais adiante, no capítulo “Normas para referências ecitações”.Ointuitoagoraémostrarcomoelasselocalizamnoseuprojetodepesquisa.Percebaqueadotamosaquiopadrãodecitarasreferênciasemdoisconjuntosfuncionaisdistintos:

1.asqueforamefetivamentecitadasaolongodoprojeto;e2.asqueforamusadasduranteaelaboraçãodoprojeto,mesmoquenãotenhamsidodiretamentecitadasnocorpodotexto,easqueopesquisador,emboranãoastenhalidoainda,jásabequevaiconsultar,porseremobrasreconhecidasacademicamenteediretamenteligadasaotemae/ouporteremsidoindicadaspeloorientadordotrabalho.

ReferênciasdascitaçõesnoprojetoALWOOD,J.etalii.(1977).LogicinLinguistics.Cambridge:CambridgeUniversityPress.AUSTIN,J.L.(1972).HowtoDoThingsWithWords.Cambridge:CambridgeUniversityPress.BAKTHIN,M.(1988).Marxismoefilosofiadalinguagem.SãoPaulo:MartinsFontes.

ReferênciaspreliminaresdapesquisaCATON,Ch.E.(org.)(1963).PhilosophyandOrdinaryLanguage.Illinois:UniversityofIllinoisPress.CHOMSKY,N.(1986).KnowledgeofLanguage:ItsNature,OriginandUse.NewYork,Praeger.______.(1992).AMinimalismProgramforLinguisticsTheory.MIT.______.(1997).Linguagememente:pensamentosatuaissobreantigosproblemas.Mimeo.COSERIU, Eugenio (1998). “Semántica Estructural y SemánticaCognitiva”. In:MIRANDA, Luis;ORELLANA,Amanda (eds.)(1998).ActasdelIICongresoNacionaldeInvestigacionesLinguístico-Filológicas.Peru:Ed.delaUniversidadRicardoPalma.

RedaçãodoprojetoPara redigir o projeto é importante seguir os passos apresentados anteriormente (amadurecimento,

elaboraçãoderascunhos,leituracríticadomaterial),poisajudamvocêaganhartempoeapresentarumtextodequalidade.Oentrosamentoentrevocêeseuorientadortambémvaicolaborarparaosucessodaempreitadaemsuasoutrasetapas.Muitasvezes,algoquelheparecebastantedifícilpodetornar-sefácilcom o auxílio do orientador, que tem mais experiência acadêmica. Portanto, desde a elaboração doprojetoatéaredaçãodotrabalhofinal,ébomqueorientandoeorientadorconversem,discutamideiasecheguemaoconsensoemrelaçãoaodesenvolvimentodotrabalhodepesquisaeseuresultado.Sevocêjátiverumprofessor-orientadornafasedeelaboraçãodoprojeto,encaminheaeleasversões

preliminaresdotextoparaqueelepossalheoferecersugestões.

Notas1 Projeto elaborado porRobergineiaÁurea de FariasMorais, sob orientação doProf.Dr.Celso Ferrarezi Jr., intituladoLevantamento deexpressõesmetafóricas funcionaisquenomeiamplantasmedicinais, apresentadoaoDepartamentodeLetrasdoCampusdeGuajará-MirimdaUniversidadeFederaldeRondôniacomorequisitoparcialparaaprovaçãonadisciplinaTrabalhodeConclusãodeCurso(TCC)emfevereirode2009.

2ProjetodemestradoelaboradoporMateusYuriRibeirodaSilvaPassos,em2008,sobaorientaçãodoProf.Dr.ValdemirMiotello,intituladoNarratividade na comunicação pública da ciência: análise de revistas impressas brasileiras, apresentado ao Programa de Pós-graduaçãoemCiência,TecnologiaeSociedadedaUniversidadeFederaldeSãoCarlos.

3Projetodedoutoradoelaboradopor JoiceMeloVieira, soborientaçãodaProf.Dra.MariaColetaF.A.deOliveira, intituladoTransiçãopara a vida adulta em camadasmédias e populares: cenários e tendências sociodemográficas, apresentado ao Programa de Pós-GraduaçãoemDemografiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)em2005edesenvolvidocomauxíliodaFapesp.

4ProjetodemestradoelaboradoporJoséOtavioValiante,sobaorientaçãodoProf.Dr.OsmarSiena, intituladoProdução sustentável emreservasextrativistas:umestudodaReservaExtrativistado rioOuroPreto–RO , apresentado aoProgramadePós-Graduação emAdministraçãodaUniversidadeFederaldeRondôniaem2007.

5ProjetodeelaboradoporIlanaPinskyStreinger,psicólogafiliadaàUnidadedePesquisasobreÁlcooleDrogas(Uniad)doDepartamentodePsiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), intituladoOs jovens e a propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil,contempladocomabolsaApoioaJovensPesquisadoresdaFapespem2003.

6Projetodemestradoapresentadoem2008aoDepartamentodeCirurgiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)porBetinaSílviaBeozzoBassanezi,médicadoCentroInfantilBoldrini(Campinas-SP),intituladoDeterminaçãodos fatoresderiscoparaocorrênciadevômitospós-operatóriosempopulaçãopediátricaoncológica,desenvolvidocomaaprovaçãodaComissãodeÉticadoCentroBoldriniecomacolaboraçãodosmatemáticosProfa.Dra.RosanaJafeliceeProf.Dr.RodneyCarlosBassanezi.

7ProjetodeTCCelaboradoporMariaMarleneAlvesBaúna,sobaorientaçãodoProf.Dr.CelsoFerrareziJr., intituladoArelaçãoentreaculturaeaconstruçãodesentidosnaexpressão“sermãesolteira”,apresentadoaoDepartamentodeLetrasdoCampusdeGuajará-MirimdaUniversidadeFederaldeRondônia,em2009.

8OtrechoescolhidocomoexemplofazpartedosubprojetointituladoLeprosedoscitros:diagnósticodadistribuiçãoespacialdadoençaedovetornospomaresdasregiõescitrícolasdoestadodeSãoPaulo,inseridonoprojetomaiorEpidemiologiadaleprosedoscitros,desenvolvido pelos pesquisadores Renato Beozzo Bassanezi (Departamento Científico da Fundecitrus) e Francisco Ferraz Laranjeira(EmbrapaMandiocaeFruticulturaTropical),em2001,comapoiodaFapesp.

9ProjetodemestradoapresentadoporClaudionorAlmirSoaresDamasceno, em2009, aoProgramadePós-Graduaçãoem IntegraçãodaAméricaLatinadaUniversidadedeSãoPaulo(Prolam/USP),intituladoPolíticaspúblicasdecomunicaçãonaAméricaLatina:oscasosdoBrasiledaVenezuela,desenvolvidosobaorientaçãodoProf.Dr.SediHirano.

10 Projeto de doutorado elaborado por Lourdes M. G. C. Feitosa, em 1998, intituladoO amor e a representação sexual na Pompeiaromana:umaanálisede inscriçõesparietais, apresentadoaoProgramadePós-graduaçãoemHistória (áreadeconcentração:HistóriaCultural; linha de pesquisa:História,Cultura eGênero) daUniversidadeEstadual deCampinas (Unicamp) sob a orientação doProf.Dr.PedroPauloAbreuFunari,financiadopelaFapesp.

11ProjetodemestradoelaboradoporFabíolaFerreiraOcampo,sobaorientaçãodoProf.Dr.CelsoFerrareziJr.,apresentadoaoProgramadeMestradoemLetrasdoDepartamentodeLínguasVernáculasdoCampusdePortoVelhodaFundaçãoUniversidadeFederaldeRondôniaem2010.

12ProjetodedoutoradoelaboradoporJoiceMeloVieira,soborientaçãodaProfa.Dra.MariaColetaF.A.deOliveira,intituladoTransiçãoparaavidaadulta emcamadasmédias epopulares: cenários e tendências sócio-demográficas, apresentado aoProgramadePós-GraduaçãoemDemografiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)em2005edesenvolvidocomapoiodaFapesp.

13 Projeto de pós-doutorado elaborado em 2007 por Ene Glória da Silveira, intituladoEstudos radiométricos de rochas granitoides doestado de Rondônia, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Geologia Regional (Área de Concentração em GeologiaRegional)sobasupervisãodoProf.Dr.DanielMarcosBonottoedoProf.Dr.WashingtonBarbosaLeiteJúnior,daUniversidadeEstadualPaulista(Unesp),comfinanciamentodoCNPq.

14 Projeto de pós-doutoradona área deArqueologia daUniversidadeEstadual deCampinas (Unicamp) elaboradopor JoséGeraldoCostaGrilloem2009sobasupervisãodoProf.Dr.PedroPauloAbreuFunariedesenvolvidocomoapoiodaFapesp.

15ProjetodeelaboradoporIlanaPinskyStreinger,psicólogafiliadaàUnidadedePesquisasobreÁlcooleDrogas(Uniad)doDepartamentodePsiquiatriadaUniversidadeFederaldeSãoPaulo (Unifesp), intituladoOs jovens eapropagandadebebidasalcoólicasnoBrasilcontempladocombolsaApoioJovensPesquisadoresdaFapespem2003.Otrechosobremetodologiacitadoépartedeumtodomaiorqueincluitambémumainvestigaçãosobreestratégiasdemarketingeumestudosobrearelaçãoentreaestruturadaindústriadebebidasesuasaçõesvinculadasàchamada“responsabilidadesocial”.

16ProjetodeTCCelaboradoporIracemaRodriguesRibeiroem2009,sobaorientaçãodaProfa.Ms.AuxiliadoradosSantosPinto,intituladoA linguagem utilizada na penitenciária deGuarajá-Mirim/RO: um estudo sociolinguístico, apresentado como requisito parcial paraaprovaçãonoCursodeLicenciaturaPlenaemLetras,doCampusdeGuajará-Mirim–FundaçãoUniversidadeFederaldeRondônia(UNIR).

Metodologiaparaformataçãodemonografias,

dissertaçõeseteses

Nestecapítulo,serãoapresentadasasnormastécnicasparaaformataçãofinaldotrabalhocientífico,aquele que resultará de sua pesquisa, ou seja, a monografia (para graduação ou especialização), adissertação de mestrado ou a tese doutoral. Sobre os artigos científicos, falaremos no capítulosubsequente,emboraamaiorpartedasnormasaquiapresentadasserepitanaconfecçãodeartigos.

ConfiguraçãodapáginaedaescritaÉ importante que todas as monografias, dissertações e teses de umamesma instituição tenham um

formatopadrão,oque,alémdoaspectoestéticoedeidentidadeinstitucional,facilitaseuarmazenamento.Éclaroquecadaumdessestrabalhosacabatendodimensõeseconteúdostotalmentediversos,mastudoissoapresentadodemaneirapadronizadaajudaaleituraerespeitaaidentidadeinstitucional.NoBrasil,aspadronizaçõessãochamadasNBR–NormasTécnicasBrasileiras.Sãopublicadaspela

ABNT eestãodisponíveisa todosos interessados.AsNBR servemdeparâmetroparadiversos setores,funçõeseinstituições.HáNBRparaascoisasmaisvariadas,desdeamediçãodoconsumodeautomóveise aparelhos eletroeletrônicos, até para citar bibliografia.CadaNBR recebeumanumeração específica.SeguiraNBRpermitequeamesmacoisasejafeitadamesmamaneirapordiferentespessoas.Vamos imaginaramediçãodoconsumodecombustíveldeautomóveiscomamesmacilindrada.Se

cada montadora medir o consumo do seu próprio jeito, não saberemos qual carro, afinal, é o maiseconômico,poisumapodefazê-loemmaiorvelocidade(gastarámais)outracommenospeso(gastarámenos),outrasócomomotorista(gastarámenosqueumaoutracommotoristaepassageiro).Oproblemadessavariaçãotodaéqueperdemososparâmetrosdecomparação.Poroutrolado,setodasseguemumamesmanormademaneiracriteriosa,temoscomocompararosresultadosfinais.Omesmoéválidoparaostrabalhoscientíficos:aadoçãodasmesmasnormasfacilitasualeituraeavaliação.Vejamosoqueasnormasbrasileirasestabelecemsobreaformataçãodetextoscientíficos.

TAMANHODOPAPEL

Asmonografias,dissertaçõesetesesdevemserimpressasempapeldetamanhoA-4(210mmx297mm).Trata-sedomaisutilizadointernacionalmente,sendoquemuitoseditoreseletrônicos,assimcomoamaioriadasimpressorasdeusodoméstico,jávêmdefábricaconfiguradosparaestetamanhodepapel.Além disso, vários tipos de papel especial, como transparências, papéis próprios para impressão degráficoseilustraçõescomqualidadefotográfica,entreoutros,somentesãoencontradosnomercadocomamedidaA-4.Nãoseesqueça:tantooeditordetextodocomputadorquantoaimpressoradevemestarconfigurados

paraessamedida.

ÁREADEAPROVEITAMENTODOPAPEL

Nãoseutilizatodaaáreadopapelparaescritaeinserçãodegráficosefiguras.Devemestarprevistosespaços a serem ocupados pela encadernação, numeração de página, notas de rodapé etc.Assim, sãoestabelecidasasseguintesnormas:

TabulaçãopadrãoSãoasseguintesasmargenspadrão:superior–3cm,esquerda–3cm,direita–2cm,inferior–2cm.Osparágrafospadrãosãoestabelecidoscom2cmderecuoespecialnaprimeiralinha.Oalinhamento

deveserjustificado.Osrecuosdocabeçalhoedorodapénãoprecisamexceder0,5cm.Devehaverumpequenoespaçamentoentreosparágrafosdaordemde6pontosposteriores.Entreaslinhasdevehaverumespaçamentopadrão1,5.Temos,assim,comoexemplodetextopadrão:

Observação:Oseditoreseletrônicosdetextoprocedem,porsimesmos,amelhorutilizaçãodaáreadapágina,separandoigualmenteaspalavrasemcadalinhaepropiciandoumaestéticabemadequada.Odigitadornãodeveterapreocupaçãodesepararaspalavrasaofinaldaslinhas,utilizandohífens.Aliás,se o editor prevê essa opção, é conveniente desativá-la. Além da maior possibilidade de erro natranslineação,asseparaçõesdepalavrascomhífensprejudicamafluênciadotextoeaestética.Oshífensao final das linhas já forammuito úteis na época da datilografia; na era da digitação, são quase quetotalmentedispensáveis.

TabulaçãodacitaçãoAscitaçõesdemaisde três linhas(longas)sãotranscritasemblococomrecuode4cmdamargem

esquerdapadrão,nãohavendorecuoparaparágrafo.Oalinhamentoéjustificado,masháalteraçõesnasfontes,comoveremosnaseção“Estilodafontepadrãonascitações”.Paraformataracitação,procedadamesmaformaqueparaoparágrafopadrão,apenasalterandoos

valoresdasmargens.Veja-seumexemplodecitação:

TabulaçãodanotaderodapéNos editores eletrônicos, a tabulação das notas de rodapé é automática e será feita com base na

formatação,jáefetuada,dasmargens.Paratanto,bastalocalizarocursorimediatamenteapósapalavraque remete à nota de rodapé e clicar no ícone “inserir nota de rodapé”. Se há interesse, os editorespermitemdisponibilizarobotãonabarradeferramentas.Apartirdaíbastaclicarnoíconeacadavezquesequerinserirumanotaautomática.Dicaparaeditarnotasderodapé:Noseditoreseletrônicos,pararetirarumanotaderodapéinserida

ou mudá-la de lugar não se deve editar a nota propriamente dita, pois isso não elimina o campoautomático “nota de rodapé”.Deve-se selecionar o número de referência da nota no próprio texto (opequenonúmerosobrescritoquesecriaaoladodapalavrabase)e:

a)usarosrecursos“recortar”e“colar”paramudaranotadelugar;b)deletarparaeliminaranota.

TabulaçãodacapaAcapasegueasmesmasmargenspadrão.Algunsmanuaisestabelecemqueoalinhamentosuperiore

inferiordascapasdeveserde5cm.Oresultadoestéticoédesastroso.Nãohánecessidadedealteraçõesquanto à formatação padrão. Deve-se apenas observar que os elementos da capa são dispostos emalinhamento centralizado e diferem em estilo de fonte. Informações complementares encontram-se nasseções“Estilosdasfontesnacapaenafolhaderosto”e“Elementosdacapa”.

TabulaçãodafolhaderostoAfolhade rostoéaque segue imediatamenteàcapa.A tabulaçãoéamesmadacapa, excetuadaa

vinculaçãodo trabalho, que tem tabulação e fonte diferenciadas.Verificar itens “Estilos das fontes nacapaenafolhaderosto”e“Elementosdafolhaderosto”.

Tabulaçãodafichacatalográfica

A ficha catalográfica é impressa atrás da folha de rosto. É o único elemento da monografia,dissertaçãoou tese que é impresso na parte de trás de uma folha, umavez que esses documentos sãosomente impressosna frentedaspáginas.Elasegueamesma tabulaçãopadrãoedeveserapresentadacom uma borda. A impressão da ficha catalográfica deve ocorrer na parte de baixo da página,obedecendoamargemmínimainferiorde2cm.Oselementosqueconstituemafichacatalográficaserãodetalhadosemsubtítulopróprio.Umexemplodefichacatalográfica:Fichacatalográfica

Amoras,AndréAmaraldasASociedadeCariocadoSéculoXVIII:umestudo

atravésdefolhetinsliterários/AndréAmaraldasAmoras.–PortoVelho,RO:[s.n.],1998Orientador:JoãoManuelPereiraTese(doutorado)–UniversidadeEstadualdeRondônia.1.SociedadeCarioca.2.LiteraturaBrasileira.3.

Sociologia.I.Pereira,JoãoManuel.II.FundaçãoUniversidadeFederaldoXuruí.III.Título.

TabulaçãodesumárioeíndicesOseditoresdetextoeletrônicospossueminserçãoautomáticadesumárioseíndices,desdeque,para

isso,sejammarcadosnotextooselementosquedevemservirparacomposiçãodossumários(ouseja,ostítulos) e dos índices (ou seja, palavras e figuras).Deve-se observar que os editores dão o nome de“índiceanalítico”aossumáriosede“índiceremissivo”aoqueseconsideraíndicenasnormasdaABNT,istoé:sumárioéarelaçãodetemastratadosnaobra,relaçãoconstituídadostítulosesubtítulospresentesnotrabalho;índiceéuminstrumentodelocalizaçãodepalavras,figuras,gráficos,exemplosetc.naobra.Osíndicesesumáriosautomaticamenteinseridosnotrabalhocomumeditoreletrônicoobedecerãoà

tabulaçãopadrãopredefinida.

TabulaçãodeagradecimentosededicatóriaAgradecimentosededicatóriasãofeitosempáginaspróprias, tabuladosapartirdamargeminferior

direitadapágina.Tantoosagradecimentosquantoadedicatóriadevemtertextosclaroseelegantes,semexcessosemocionais.Otamanhoaserocupadonapáginadependerádaquantidadedeagradecimentosedaspalavrasdadedicatória.Damoscomoexemplodetabulaçãooesquemaaseguir:

Tabulaçãodoresumo(abstract,résuméetc.)Atabulaçãodo resumodependedo tamanhodo texto.Emprincípio, eladeve seramesmado texto

padrão, excetuado o fato de que o título é centralizado na página. Entretanto, se o resumo tiver umtamanhomuitopequeno,otextodevesercentralizadoemrelaçãoàsmargenssuperioreinferior,comonoesquema seguinte (aqui, você verá apenas a posição do resumo na página; adiante, ofereceremos umexemplodetextoderesumo):

TabulaçãodapáginadeavaliaçãoÉamesmadotextopadrão,observandoque:otextodeaceitaçãotemalinhamentojustificado;local,

data e nome do(a) coordenador(a) têm alinhamento direito; o título “Banca Examinadora” temalinhamentocentralizado;eosnomesdosmembrosdabancaexaminadoratêmalinhamentoesquerdo.

TabulaçãodatabeladeabreviaturasUtiliza-separaatabeladeabreviaturasomesmoprincípioestéticoutilizadonoresumo.

TabulaçãodanumeraçãodaspáginasOs editores eletrônicos possuem sistema de inserção de numeração de páginas automático para

cabeçalhoourodapé.Osnúmerosdevemserposicionadosnocabeçalhoàdireitadapágina.Atençãoàspáginas que são numeradas e às que não são, conforme explicado no item “Estilo da fonte padrão nanumeraçãodaspáginas”.

Tabulaçãodetabelas,figurasegráficosÉdifícildefinirumatabulaçãopadrãoparatabelasefiguras,poisseutamanhodependedoconteúdo

de cada um desses elementos.De qualquer forma, tanto tabelas, quanto figuras e gráficos não devemexcederasmargenspadrãodapáginaconformedefinidonoitem“Tabulaçãopadrão”.Caso a tabela, o gráfico ou a figura não venha a ocupar todo o espaço disponível pelas margens

formatadas,deve-seprocederàcentralizaçãodoelementonapáginaemrelaçãoàsmargensdefinidas.Observartambémasnormasestabelecidassobreotamanhodasfontesutilizadasnaseção“Tamanhosdasfontes”.Quantoaotítulo,quedeveseromaiscompletopossível,observequedeveviracimadeumatabelae

abaixo para as demais ilustrações, precedido das palavras tabela, quadro, mapa ou outra e de seu

númerodeordemnotexto,emalgarismosarábicos.Emumatabela,devevirsempreindicadanoseurodapéafontedeondeforamtiradasasinformações,

precedidadapalavrafonte.Observeque,emumatabela,ascolunaseaslinhasnãosãoseparadasporfiosverticaisehorizontais,

apesar de não ser prático para a visualização, diferentemente dos quadros (ver modelos). Só háseparação(opcional)nostítulosdascolunasdastabelas.Tabela1–CorpodocentedaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1

Titulação Nº %

Especialização 03 17,64

Mestrado 07 41,17

Doutorado 07 41,17

Total 17 100,00

Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.

Tabela2–RegimedetrabalhodocorpodocentedaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1

Esp. Mestr. Doutor. Total

20horas 01 01

DE 02 07 07 16

Totais 03 07 07 17

Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.

Quadro1–CursosoferecidospelaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1

Nível Cursosoferecidos

Graduação

LetraseLiteraturasAdministraçãocomopções:1.AdministraçãodeEmpresas2.Ecoturismo

EspecializaçãoLinguagemeEducaçãoSupervisãoEscolar

MestradoLinguísticacomumaáreadeconcentração:EtnolinguísticaDescritiva

Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.

Emboraestasejaanormaemrelaçãoa“tabelas”e“quadros”,naprática,emfunçãodeoseditoresde

texto chamarem os “quadros” de “tabelas”, tornou-se comum essa denominação, sendo que poucaspessoasinsistememtaldistinção.Eviteoquantopossívelquetabelas,gráficosefigurasfiquemdivididosentrepáginas(umaparteem

umapáginaeorestanteemoutra),poisissodificultaaleituraeacompreensãoporpartedequemutilizaotexto.Observação: Os modernos editores de texto dispõem de aplicativos de elaboração automática de

gráficosetabelas,inclusivecomrecursosdeformatação3D.Muitosdesseseditoresapresentamgráficoscoloridosemultiformes.Oautordotrabalhodevesentir-seàvontadeparaescolher,combomsenso,ográficoeascoresquemelhorseadequemaotrabalhoqueestásendofeito.Seoeditorpossuirecursosparaumaapresentaçãocoloridaeagradável,porqueaciênciadeveriaopor-seautilizá-los?

TabulaçãodasreferênciasedabibliografiaAspáginascomasreferênciaseabibliografiaconsultada,atépoucotempo,utilizavamumatabulação

específicaqueocupavatodaaáreadetextodisponívelnaprimeiralinhaeumrecuoespecialnasdemaislinhas, com alinhamento justificado, quase que um “parágrafo às avessas”. A partir das alteraçõesrecentes na norma NBR 6023, esse alinhamento especial foi suprimido e as referências passam a teralinhamento exclusivo à margem esquerda, sem recuo especial. Deve-se, ainda, utilizar um meio dediferenciar uma referência de outra, o que pode ser feito, simplesmente, com a adoção de um espaçoentrecadauma,comonosexemplosaseguir(reparequeessasreferênciasestãonopadrãoChigago,comasdataslogoapósosautores.Notítuloespecíficosobrereferências,veremostambémopadrãoABNT):

DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizadaporManuelBandeira; revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.BALÉE,Wany;MOORE,Deny(1991).SimilarityandVariationinPlantNamesinFiveTupi-GuaraniLanguages.Bull:FloridaMuseumofNaturalHistory,BiologicalSciences.CÂMARAJR.,J.Mattoso(1970).ProblemasdeLinguísticaDescritiva.RiodeJaneiro:Vozes.

Com essa modificação, não se torna mais necessária nenhuma formatação especial de recuo paradigitaçãodasreferências,bastandoutilizaralinhamentoesquerdoedigitarnormalmente.

FONTES

Odesejodequeotrabalhosaia“bonito”econvençapelaaparênciapodelevaroautoraescolherumtipodefontequesejaexageradamentedesenhado,dedifícil leitura,quemaisatrapalhedoqueajudeoleitornacompreensãodo texto.Cuidadocomessaprática!Recomenda-sequeafontesejasóbriaedefácil reconhecimento, como as do tipo Times New Roman e assemelhadas. Muitos programas degraduação e pós-graduação já definem previamente a fonte que deverá ser utilizada.Caso você tenhaliberdadeparaescolherafontepadrão,considereasfontesaseguir,todasdemuitofácilleitura:

Amaioriadoseditoreseletrônicosjávemcomessasfontespré-instaladas,entremuitasoutras.Casooeditornãopossuanenhumadelas,adotecomoreferênciaostraçosbásicosdessasfontesparaescolherotipodeletraemqueserádigitadootrabalho.Nos agradecimentos, dedicatórias e título do trabalho, admite-se a utilização de uma fonte

moderadamentedesenhada,diferenciada,masquepermitafácilleitura,assemelhadaàsqueseguem:

Paratranscriçõesfonéticas,devemserutilizadasfontesespecíficas,comoasdotipoSilDoulosIPAouSil Sophia IPA. Para outros símbolos e caracteres especiais, como os usados nasCiênciasExatas ouBiológicas,porexemplo,éprecisorecorrerafontesespecíficasquesejamasmaisadequadasacadatipode trabalho. Na maioria das vezes, elas podem ser baixadas gratuitamente da internet em sitesespecializados.Nãoécorretoprocederaadaptaçõesdesímbolosecaracteres–amenosqueessasejajustamenteapropostadoseutrabalho.Utilizesempreossímbolosecaracterestradicionalmenteaceitosnosmeiosacadêmicos,facilitando,assim,aleituraeacompreensãoporpartedeseusleitores.

TamanhosdasfontesOstamanhosaserutilizados,casoacaso,serãoapresentadosnatabelaaseguir.Otamanho26paraotítulonacapaenafolhaderostopodeserumpoucomenorseotítuloformuito

extenso.Oimportanteéobservar,deformageraleharmônica,oresultadoestéticodaadoçãodeumaououtra formatação.Quantoànumeraçãodepáginas,asnormasdaABNT recomendamumtamanhomenorqueodotexto;istosóserápossívelseoprogramautilizadoopermitir.Emalgunseditoresmaisantigos,anumeraçãoéautomáticaenãopermitemudançadeformato,masissonãoégrave.

ElementodoTrabalho TamanhodaFonte

Textopadrão 12

Título1 16

Título2 14

Títulos3,4,5,6etc. 12

Citações 10

Notasderodapé(automático) 10

Numeraçãodepágina(automático) 10

Títulonacapaenafolhaderosto 26

Nomedoautornacapaenafolhaderosto 14

Instituição,dataelocalnacapaenafolhaderosto

14

Textodevinculaçãodotrabalhonafolhaderosto

11

Nomedoorientadornafolhaderosto 12

Fichacatalográfica 12

Agradecimentosededicatórias 12

Páginadeavaliação 12

Referênciasebibliografia 12

Dentrodetabelas,emgráficos,legendasouexemplosdiversos

Dependerádotamanhoedoformatodatabela,masnuncainferiora8enuncasuperiora14.

EstilodafontepadrãoAfontepadrão,pertencenteaoestilobásico(“Normal”)doseditoreseescolhidacomoreferênciapara

todo o trabalho, deve ser a mais simples possível, isto é, sem itálico, negrito, tachados ou outroselementosquepoluamapágina.Osrecursosderealcedafontesãoreservadosaoscasosespeciaisemqueéprecisodestacaralgumapalavraoucertotrechodotexto.

EstilosdasfontesnacapaenafolhaderostoNacapaenafolhaderostosãoutilizadososseguintesestilos:

Elemento Estilo

Nomedoautor Fontepadrãoemnegrito

TítulodotrabalhoAquihácertaliberdade,sendoaceitosrecursosdeartedoseditores,cores,sombreadosefontesmoderadamentedesenhadas.Otamanholimitedeve,porém,serrespeitado.

Textodevinculaçãodafolhaderosto

Fontepadrãosimples

Nomedoorientador

Fontepadrãonegrito

Dataelocal Fontepadrãonegrito

EstilodafontepadrãonostítulosOstítulosesubtítulosprecisamexpressar,pormeiodosdiversosrecursosdeeditoraçãodisponíveis,

ahierarquiaexistenteentreeles.Chamamosde“Título1”otítulodeumnúmero,de“Título2”otítulodedoisnúmeros,de“Título3”otítulodetrêsnúmeroseassimsucessivamente.Um“Título1”,geralmente,abreocapítuloouumgrandetópico.O“Título2”abrecadasubdivisãode

um“Título1”,ouseja,“Títulos2”indicamsubdivisõesdo“Título1”.O“Título3”abrecadasubdivisão

deum“Título2”,ouseja,“Títulos3”indicamaspartesdeum“Título2”eassimpordiante.Reparenoexemplo:

Todosostítulosdevemutilizaramesmafontepadrãoescolhidaparaotrabalho.Observeaformataçãonatabelaaseguir:

Título Estilo

Títulodotrabalho Deacordocomorecursodearteescolhido,emtamanho28.

Título1FONTEPADRÃO,TAMANHO16,NEGRITO,ITÁLICO,TODASMAIÚSCULAS

Título2 FONTEPADRÃO,TAMANHO14,NEGRITOITÁLICO,CAIXAALTA(VERSALETE)Título3 Fontepadrão,tamanho12,negritoitálicoTítulo4 Fontepadrão,tamanho12,negritoTítulos5,6,7etc. Fontepadrão,tamanho12,itálico

Nãoesqueçaqueostítulossãosemprealinhadosàesquerda,utilizandotodaaáreadisponíveldentroda tabulação padrão (formatação justificada). Todo “Título 1” inaugura uma nova seção do trabalho,devendo ocorrer em nova página e sempre coincidindo com a linha superior definida pela margemformatada.Omesmonãoocorrecomosdemaistítulos.Dica sobre títulos: Se o computador é constantemente utilizado para elaboração de trabalhos

científicoséconvenientequeaformataçãodos títulossejagravadapermanentementenamemória.Paraisso, basta que, no processo de programação da formatação, conforme descrito acima, sejamselecionadasaopções“Adicionaraomodelo”ou“Definircomopadrão”,conformeoeditorutilizado.

EstilodafontepadrãonascitaçõesAscitaçõeslongas,transcritasembloco,sãofeitasnoestilopadrãodotexto(nãoseusamaisdeixá-

las em itálico), em tamanho10, enãodevemvir entre aspas.Somente as citações curtas, quevêmno

corpodotextoprincipal,sãoapresentadasentreaspas.Observeatabulaçãoespecialconformedescritanoitem“Tabulaçãodacitação”.Nas citações curtas, a fonte será a mesma utilizada como padrão do próprio texto, observada a

obrigatoriedadedas aspas (tambémnãoé em itálico).Osespecialistas, emgeral, chamamdecitaçõescurtasasqueocupamummáximodetrêslinhas.Naverdade,esseéumcritériomuitosubjetivo.Aformacomo a citação vai ser apresentada (se no corpo do texto, se em destaque) depende muito mais doobjetivodoautoremapresentá-laedograudedestaquequequerdaraela.Se no interior de um trecho citado há aspas, elas devem ser deixadas. Não há nenhuma regra

gramaticalenenhumestatutológicoquedesaboneousodeaspas“dentro”deaspas.Entretanto,háquemprefiraorecursodeempregaraspassimplesdentrodeaspasduplas.Acitaçãodevesertranscritacomonotextooriginal,semqualquercorreção.Sefordetectadoalgum

erro,acrescentarlogoapósoerroapalavralatinasicentreparêntesesparadeixarclaroqueestavaassimnooriginal(NBR12256).Quando for o caso, utilizar as expressões “informação verbal” ou “em fase de elaboração”, entre

parênteses,colocando-seemnotaderodapéosdadosdisponíveis.Quandooautordotrabalhofazatraduçãodeumtexto,deveusaraexpressão“traduçãonossa”,entre

parênteses,apósachamadadacitação.

EstilodafontepadrãonasnotasderodapéAmaioria dos editores eletrônicos já formata automaticamente o estilo ao inserir-se uma nota de

rodapé.Seoeditornãoofizer,porém,deve-seseguiroseguinteestilo:fontepadrão,tamanho10,semnegritoouitálico.

EstilosdasfontesnosagradecimentosenadedicatóriaNosagradecimentosenadedicatóriaépermitidaautilizaçãodeumafontemoderadamentedesenhada

(que pode estar ou não em negrito e itálico, dependendo da fonte e se estes recursos dificultam oufacilitamaleituradotexto).

Estilodafontepadrãonoresumo(abstract,résuméetc.)O título “Resumo” é considerado “Título 1” e segue a mesma for-matação dos demais. O texto é

formatadoemfonteeestilopadrão.

EstilodafontepadrãonapáginadeavaliaçãoAfonteutilizadanapáginadeavaliaçãoéapadrãosimples,excetonosnomesdosmembrosdabanca

avaliadoraedo(a)coordenador(a)docurso,estescomfonteemnegrito.

EstilodafontepadrãonatabeladeabreviaturasO título “Tabela deAbreviaturas” é considerado um “Título 1”.A tabela deve ser formatada para

fontepadrãosimples.

EstilodafontepadrãonanumeraçãodaspáginasOs estilos de numeração automática são predefinidos pelo editor eletrônico.1 Em alguns, como

dissemosanteriormente,épossívelformataressanumeração,emoutros,nãooé.Casonãosejapossível

inserir a numeração automática e formatá-la, a tabulação deve ser a definida no item “Tabulação danumeraçãodaspáginas”,afontepadrãosimpleseo tamanho10.Entretanto,observequenemtodasaspáginassãonumeradas(NBR14724).Vejamos:

a) todas as páginas são contadas para efeito de numeração,mas nem todas elas são numeradas;somenteoselementostextuaiseospós-textuaisrecebemnumeração;

b)anumeração,quedeveser feitaemalgarismoshindu-arábicos,começaaaparecernasegundapáginadaintrodução;

c)aprimeirapáginadecadaseçãonãoénumerada.

A numeração das páginas de uma monografia nos editores eletrônicos exige atenção especial esugerimos que seja efetuada sempre como o último item formatado, para evitar que o editor fiqueconstantementeinterrompendootrabalhopara“repaginaçãoautomática”.Deve-se sempre dividir o trabalho em “seções”, pois essa divisão, que corresponde aos capítulos,

garantiráapossibilidadedeteraprimeirapáginadecadacapítulosemnumeração.Outro recurso que pode ser utilizado (e que muitas pessoas considerammais seguro) é digitar os

capítulosseparadamente,constituindoarquivosindependentesnoeditordetextos.Issopodeevitarqueotrabalho,naformadeumarquivoúnico,sejaperdidodeumasóvezcasoocorraalgumproblemacomessearquivo.Nocasodainserçãodanumeraçãoemarquivosdiferentes,bastaindicaronúmeroinicial(daprimeirapágina)aserseguidopeloeditordetextos.Observação sobredigitaçãode capítulos em separado:Ao digitar separadamente os capítulos, a

numeraçãoautomáticadasnotasderodapéiniciaráem“1”acadanovocapítulo,diferentementedoqueacontece quando se tem um arquivo único em que as notas vão de “1” a “n” sem interrupções. Essadivisãonãoconstituiumproblemametodológico.Muitosautoresoptamdeliberadamentepelasnotasquese iniciamem“1” a cada capítulo em seus trabalhos, evitando as numeraçõesmuito elevadas do tipo“notaderodapé299”.

EstilodafontepadrãoparareferênciasebibliografiaQuandoareferênciaocorrernanotaderodapé,elaserágrafadacomamesmafontepadrãoautomática

da nota de rodapé,mas em tamanhomenor.Quando ela ocorrer na parte dasReferências, porém, elasegueamesmaformataçãodafontepadrãodotexto,inclusivecomautilizaçãodomesmotipodefonteeemtamanho12;omesmodeveserobservadoparaBibliografiaConsultada.

ElementosconstituinteseordemdasseçõesORDEMDASSEÇÕES

Asmonografias,tesesedissertaçõessãoconstituídaspelasseguintesseções,aquiemsuasrespectivasordensdeapresentação(nestatabela,ascélulaspreenchidasindicamqueaseçãonãoocorrenotipodetrabalho;(op.)significaquesetratadeseçãoopcional):

Elementos Ordem Monografia Dissertaçãodemestrado Tesededoutorado

Pré-textuais

1a Capa Capa Capa2a Folhaderosto Folhaderosto Folhaderosto3a Errata(sehouver) Errata(sehouver) Errata(sehouver)4a Fichacatalográfica(op.) Fichacatalográfica Fichacatalográfica5a Páginadeavaliação Páginadeavaliação Páginadeavaliação6a Agradecimentos(op.) Agradecimentos(op.) Agradecimentos(op.)7a Dedicatória(op.) Dedicatória(op.) Dedicatória(op.)8a Epígrafe(op.) Epígrafe(op.) Epígrafe(op.)9a Resumo Resumo Resumo10a – Abstract Abstract

11a – –Resumonaterceiralínguadeopçãodoautor

12aListadeilustrações(sehouver)

Listadeilustrações(sehouver)

Listadeilustrações(sehouver)

13aListadetabelas(sehouver)

Listadetabelas(sehouver)

Listadetabelas(sehouver)

14aListadeabreviaturasesiglas(sehouver)

Listadeabreviaturasesiglas(sehouver)

Listadeabreviaturasesiglas(sehouver)

15aListadesímbolos(sehouver)

Listadesímbolos(sehouver)

Listadesímbolos(sehouver)

16a Sumário Sumário Sumário

Textuais17a Introdução Introdução Introdução18a Capítulos Capítulos Capítulos19a Conclusão Conclusão Conclusão

20a Referências Referências Referências

Pós-textuais

21a Bibliografia(op.) Bibliografia(op.) Bibliografia(op.)22a Glossário(sehouver) Glossário(sehouver) Glossário(sehouver)23a Apêndice(sehouver) Apêndice(sehouver) Apêndice(sehouver)24a Anexos(sehouver) Anexos(sehouver) Anexos(sehouver)25a Índice(op.) Índice(op.) Índice(op.)26a Capa Capa Capa

ELEMENTOSDACAPA

Acapaécompostapelosseguinteselementos(NBR14724eNBR10719):a)nomedoautor;b)títulodaobra;c)subtítulo(sehouver);d) número do volume (se houver mais de um; deve estar centralizado e indicado o númerocorrespondenteacadavolumeemcadacapa);

e)nomedainstituição,localeanodeentregadotrabalho.

Atabulaçãodesseselementosédadanoitem“Tabulaçãodacapa”destecapítulo.Vejamos,aseguir,umexemplodecapa.Observequeacapadeumamonografiadissertaçãooutesesediferenciadacapadoprojeto científico. Ainda, deve-se verificar junto ao programa que você cursa se há especificidadesmetodológicasdopróprioprogramaqueexijammudançasnessepadrãoaquiapresentado:

ELEMENTOSDALOMBADA

Quando o trabalho for encadernado com capa dura, devem constar as seguintes informações nalombada:nomedoautoretítulodotrabalhoimpressosnosentidolongitudinal,e,seotrabalhotivermaisdeumvolume,oselementosnuméricosdeidentificação.

ELEMENTOSDAFOLHADEROSTO

Afolhaderostoécompostapelosseguinteselementos:a)nomedoautor;b)títulodaobra;c)textodevinculação;d)nomedoorientador;e)instituição,localedata.

Os textos de vinculação diferemde trabalho para trabalho.Apresentamos aqui exemplos dos textosparacadatipo:

a)MonografiaapresentadaaoCursodeGraduaçãoemLetrasdoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodoGraudeLicenciaturaPlena.

b)DissertaçãoapresentadaaoCursodeMestradoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodotítulodeMestreemSociologia.

c)TeseapresentadaaoCursodeDoutoradoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodotítulodeDoutoremSociologia.

Vejamos,aseguir,umexemplodefolhaderosto.

ELEMENTOSDAERRATA

Se for detectado algumerro após a impressãodo trabalho, semquehaja tempo suficiente para suacorreção antes da entrega à banca avaliadora, faça uma errata que poderá ser apresentada em folhaavulsaouencartada.Umexemplo:

ERRATA

FOLHA LINHA ONDESELÊ LEIA-SE30 15 mais mas52 08 pasta parta

80 22 tras traz100 10 apágina,é apáginaé

ELEMENTOSDAFICHACATALOGRÁFICA

Oselementosquecompõemafichacatalográficasãoosseguintes,porlinha:a)sobrenomeeprenomedoautor;b)títulodaobraseguidodoprenomeesobrenomedoautor;c)cidade,unidadedafederação,[s.n.],data;d)nomedoorientador;e)tipodotrabalho,instituição,unidadeousubunidade;f)palavras-chave(unitermos,keywords,mots-clés)emnúmerodetrês,numeradoscomalgarismoshindu-arábicos;nomedoorientador,nomedainstituiçãoedaunidadeousubunidadeeapalavra“Título”,numeradoscomalgarismosromanos.

Umexemplodefichacatalográficaédadonoitem“Tabulaçãodafichacatalográfica”.

ELEMENTOSDAPÁGINADEAVALIAÇÃO

Apáginadeavaliaçãoécompostapelosseguinteselementos:a)textodeaceitação;b)localedata;c)nomedo(a)coordenador(a)docursocomlinhaparaassinatura;d)otítulo“BancaExaminadora”;e)nomedoorientadorepresidentedabancaerelaçãodosnomesdosdemaismembrosdabancaexaminadoraemordemalfabética(titularesseguidosdesuplentes)comespaçoparaassinatura.

Os textos de aceitação diferem de um tipo de trabalho para outro, sendo aqui apresentados trêsexemplos,umparacadatipo:

a)Estamonografia foi julgadasuficientecomoumdos requisitosparaobtençãodaGraduaçãoemLetraseaprovadaemsuaforma final pelo Curso de Licenciatura Plena em Letras, habilitação em Português e Respectivas Literaturas, do Campus 1 daUniversidadeFederaldoXuruí.

b)EstadissertaçãofoijulgadasuficientecomoumdosrequisitosparaobtençãodotítulodeMestreemSociologiaeaprovadaemsuaformafinalpeloprogramadePós-GraduaçãoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruí.

c)EstatesefoijulgadasuficientecomoumdosrequisitosparaobtençãodotítulodeDoutoremSociologiaeaprovadaemsuaformafinalpeloprogramadePós-GraduaçãoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruí.

Vejamos,aseguir,umexemplodepáginadeavaliação.

ELEMENTOSDAFOLHADEAGRADECIMENTOS

Háa tendêncianaturalde fazerdosagradecimentosumaseçãoemqueseexageranaquantidadedenomes e elogios. A tradição acadêmica pede comedimento ao autor de um trabalho científico. Osagradecimentosdevemserfeitosatodasaspessoasquantasmereçamagratidãodoautor,masdeformaeleganteeparcimoniosa.Assim,emboravivamosemumpaísdeforte tradiçãoreligiosaedevínculosfamiliares quase sempre exaltados, nessa hora, o bom sensodiz quedevemosdeixar certas pessoas edivindades de fora da lista de agradecimentos. (Podemos agradecê-las em particular ou na igreja, ouquemsabeatémandarumpresente,depoisdeconcluídootrabalho.)Notextocientífico,ofundamentalélistar apenas aqueles que nos auxiliaram concretamente na pesquisa e na elaboração do trabalho, taiscomoagênciasfinanciadoras(muitasvezesissoéobrigatório),pessoasquenosforneceraminformaçõespilares,pessoasquecolaboraramnarevisãoounaprópriaredaçãofinaldotexto,enfim,osquetiveramparticipaçãoefetivanofazercientífico.

ELEMENTOSDAFOLHADEDEDICATÓRIA

Valeamesmaorientaçãobásicadadaparaosagradecimentos.

EPÍGRAFE

Epígrafenãoéummeroenfeite,massimumacitação(comindicaçãodeautoria)edevesersemprerelacionadacomamatériatratadanocorpodotrabalho(ABNT,2002c,p.2).Éumelementoopcionalquevem após a dedicatória, podendo aparecer, também, nas folhas de abertura de todas as seções dotrabalho.Aescolhadaepígrafenãoé tarefa fácil, contudo.Nãobastaelegeruma frasebonita,poéticaoude

grandeefeito,poiseladeveteropoderdecondensarideiasdesenvolvidasemseutrabalho,destacarsuaessência.É aconselhável deixar essa escolhapara o final doprocessode redaçãodo trabalho.Nessemomento,muitosalunosepesquisadoresacabamreconhecendoquenãoencontraramnenhumaepígrafesuficientemente adequada. É uma decisão acertada, nesse caso, deixar o trabalho sem epígrafe. Umaepígrafebemescolhidademonstraerudição,masumainadequadaprejudicaaavaliaçãoedesmereceotrabalho.

ELEMENTOSDORESUMO(ABSTRACT,RÉSUMÉETC.)

Estaseção,emqualquerlínguaqueseja,deveconter,deformaclara,concisaeinteligível,apenasaessênciadoquesequerexpor:objetivos,metodologia,resultadoseconclusões.É,provavelmente,umadas seções de mais difícil redação, pois exige que cada palavra seja medida em seu exato valor eutilizadacomobjetividadeímpar.Otítulo“Resumo”devevircentralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.AlgumasrecomendaçõesdaNBR6028paraaapresentaçãodoresumo:

a)deveserredigidoemumúnicoparágrafo,emespaçosimplesdeentrelinhas;b) utilizar, nomáximo, 500 palavras para teses e dissertações e 250 paramonografias e outrostrabalhosacadêmicos;

c)usar,preferencialmente,aterceirapessoadosingulareoverbonavozativa;d)oassuntotratadodeveestarclaronaprimeirafrasedoresumoesituadonotempoenoespaço;e)deveserseguidodepalavras-chave;f)podeserprecedidodarespectivareferênciabibliográfica;nãoéelementoobrigatório.

VejamosumexemploderesumodeumadissertaçãodemestradonaáreadeHistóriaSocialemqueaautorausouaimprensafemininacomofonteparaestudarasrelaçõesentrehomensemulheresnoBrasildosAnosDourados.

Virandoaspáginas,revendoasmulheres:relaçõeshomem-mulhererevistasfemininas,1945-1964.2

RESUMO

Virandoaspáginas,revendoasmulheres estudaasmudançasepermanênciasnas relaçõeshomem-mulher, sobaóticadegênero, nas classes médias urbanas no período de 1945 a 1964, a partir de revistas da época: Jornal das Moças, Claudia,QueridaeOCruzeiro(seçõesfemininas).Analisandoasrepresentaçõesdofemininoedomasculino,otrabalhoretrataasnormasdecomportamentoeas ideiasdominantessobreanaturezadossexos,ospapéisatribuídosahomensemulheresnasociedade,amoral sexual, o namoro e o casamento, a família, a juventude e a participação feminina no mercado de trabalho. Investiga aconstruçãosocialdeestereótiposcomo“aboamãe”,“aboaesposa”,“arainhadolar”,“amoçadefamília”,“obompartido”,“aleviana–comquemosrapazesnamoram,masnãosecasam”,“aoutra”.Discuteoidealde“felicidadeconjugal”erevelatensões,insatisfações, conflitos e jogos de poder presentes nos relacionamentos entre homens e mulheres e entre gerações diferentes.Percebeasrevistasfemininascomoespaçodereproduçãoereforçodasrelaçõesdegênerodominantes,mastambémcomolocaisdeconstruçãodessasrelaçõesnumconstantediálogocomoseutempo.(Comopartedeumcontextohistórico,asrevistasestudadasprocuramatuarnamedidadopossívelsemtransformarosfundamentosdasrelaçõesdepoderexistentesnasociedade.Entretanto,podem abrir brechas a novas possibilidades, incorporando ou permitindo reformulações nos significados de gênero.) O trabalho

revelaalgumasdasformasdereproduçãodashierarquiasdegêneroassimcomoaspossibilidadesdecontestaçãoderepresentaçõesdadiferençasexualquesurgemcomas transformaçõeseconômicaseculturaisdoperíodonoBrasil.Destaca tambémaaçãodesujeitoshistóricosque,comideiasdiferenciadaseousadias,ajudaramareformularossignificadosdegêneroemsuaépoca.Enfim,Virando as páginas, revendo as mulheres contribui para demonstrar a historicidade das representações da diferença sexual,retratandodeterminaçõesepossibilidadesdeummomentohistóricodeterminadoesuastransformações.

Palavras-chavegênero–mulheres–família–1945-1964–revistasfemininas–sexualidade–história

Comomaisumexemplo,vejamosoresumodeumatesededoutoradonaáreadeFitopatologia,emqueaautoraidentificoueclonou,pormeiodeumadeterminadatécnica(PCR),geneshomólogosagenesderesistênciaadoençasemplantasde repolhoemilho(estasplantasaparecemno textocomseusnomescientíficos).

ClonagemecaracterizaçãogenéticadelocoshomólogosagenesderesistênciaemBrassicaoleraceaL.eZeamaysL.3

RESUMO

Opresente trabalho tevepor objetivo identificar fragmentos homólogos a genes de resistência emBrassica oleracea e Zeamays,pormeiodaamplificaçãoporPCR,utilizandooligonucleotídeoshomólogosaregiõesconservadasdegenesderesistênciadeplantas. Em B. oleracea, os oligonucleotídeos foram desenhados com base na sequência de um gene homólogo ao RPS2 deArabidopsis thaliana descrito em B. oleracea. Um fragmento de 2,5 Kb foi amplificado em duas linhagens. Os fragmentosamplificados apresentarampolimorfismode comprimento entre as linhagens, gerando ummarcadormolecular.Estemarcador foiutilizado em uma população F2 segregante para resistência aXanthomonas campestris pv. campestris oriunda do cruzamentoentreaslinhagensBI-16eLc201.Omarcador,noentanto,nãoseapresentouligadoanenhumgenederesistênciaaestepatógeno.AanálisedaexpressãopormeiodeRT-PCRdetectouaexpressãodofragmentohomólogonaslinhagensresistenteesuscetíveldeB.oleracea come sem inoculação, indicandoqueogene é expresso constitutivamente.EmZ.mays, oligonucleotídeos sintetizadoscombaseemsequênciasdemilhohomólogasagenesderesistência,denominadasPics,eaESTsdemilho, tambémhomólogosagenes de resistência, foram utilizados para amplificação em linhagens resistente e suscetível a Exserohilum turcicum,ColletotrichumgraminicolaePhaeosphaeriamaydis.Umpardeoligonucleotídeosamplificouumfragmentopolimórficoentreaslinhagens resistente e suscetível aE. turcicum. Este foi utilizado em uma população segregante, mas também não se observouligação com o gene Ht de resistência a E. turcicum. Nas demais linhagens, os fragmentos foram monomórficos. OsoligonucleotídeosbaseadosemESTsamplificaramfragmentosemtodasas linhagensparentais.Essesfragmentosforamdigeridoscom enzimas de restrição, mas não apresentaram polimorfismo entre nenhuma das linhagens. Os resultados indicaram que aestratégiadeutilizaçãodesequênciasconservadaséeficienteparaamplificaçãodegeneshomólogos.Opolimorfismoentreesteshomólogospodeserusadocomomarcadormolecularparadetecçãodegenesdeinteresse.Todavia,nemsempreestesmarcadoresestãoligadosaessesgenes.

Palavras-chavegenes – linhagens – vegetais – marcador genético – milho – repolho – oligonucleotídeos – podridão (doença de planta) –

polimorfismo

ELEMENTOSDALISTADEILUSTRAÇÕESEDALISTADETABELAS

Estaslistasfazemarelaçãodasilustrações(desenhos,gravuras,imagens,fotografias,gráficos)edastabelasdotexto,porordemdeaparecimentocomaindicaçãodapáginaondeseencontram.PelaNBR10719,sódevehaverlistasseonúmerodeilustraçõesedetabelasforsuperioracinco.Devemviremfolhasseparadas,umaparailustraçõeseoutraparatabelas.Otítulodalistadevevir

centralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.

ELEMENTOSDALISTADEABREVIATURASESIGLAS

Estapáginacontémuma listagemde todasasabreviaturasesiglasutilizadasnodecorrerdo textoeseusrespectivossignificados.As siglas e abreviaturas devem ser apresentadas em ordem alfabética, “seguidas das palavras ou

expressõescorrespondentesgrafadasporextenso”(ABNT,2002c,p.4).O título da lista deve vir centralizado na página, em caixa alta, negrito e tamanho 16.As siglas e

abreviaturasnãodevemserapresentadasemquadro.VejamosoexemplodeumalistadeabreviaturasesiglasdeumtrabalhodeLinguísticaDescritiva:

LISTADEABREVIATURASESIGLAS

APO=lexemaconectivoapontativo(/pa /)ASP = outros lexemas têmporo-aspectuais cujo significado não possa ser precisado noenunciado(/pwi /)

ATV=lexemaconectivodavozativa(/na /+=/ni /)CAU=lexemaaspectualcausativo(/ i /)CON=continuativo(/ /)DET=lexemaconectivodeterminativo(/i /=/a /=/ji /)ABNT=AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicasCapes=CoordenaçãodeAperfeiçoamentodePessoaldeNívelSuperiorCNPq=ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico.

LISTADESÍMBOLOS

Essa página deve conter uma listagemde todos os símbolos utilizados no decorrer do texto e seusrespectivossignificados.Éclaroqueessalistasódeveserincluídasehouvernecessidade.Otítulodalistadevevircentralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.Ossímbolosnão

devem ser apresentados em quadro. Vejamos como exemplo uma lista de símbolos usados em umtrabalho4deLógicaFormal:

LISTADESÍMBOLOS

Símbolo “Nome”dosímboloesentidonaformulaçãológica“Pertence”:utilizadoparaindicarqueumelementoespecificadopertenceaumconjunto.

“Nãopertence”:utilizadoparaindicarqueumelementodadonãopertenceaumconjunto.

“Estácontido”:utilizadoparaindicarainclusãodeumsubconjuntoespecificadoemumconjuntoigualmentedefinido.

“Contém”:utilizadoparaindicarqueumconjuntodadocontémumsubconjuntodefinido.Étambémutilizadoparaindicar“implicação”.

“União”:utilizadoparaindicaraoperaçãodeuniãoentreconjuntos.

∩ “Interseção”:utilizadoparaindicaraoperaçãodeinterseçãoentreconjuntos.

= “Igualdade”:indicaaigualdadedepropriedadesnasrelaçõesentreconjuntosouelementos.

“Quantificadorexistencial”:indicaaexistênciadeumelementoouconjuntoindividualmenteconsideradosemsuaspropriedades.

“Quantificadoruniversal”:indicaaexistênciadeumaclasseuniversaldeelementos.

“Disjunção”:indicaaoperaçãodedisjunção(emmuitoscasos,podesertraduzidapelooperadorportuguês“ou”).

“Conjunção”:indicaaoperaçãodeconjunção(emmuitoscasos,podesertraduzidapelooperadorportuguês“e”).

ƒ “Função”:indicafunçõesoperadasentreconjuntosouelementos.

→ “Implicação”:indicaaimplicaçãoobrigatóriadexapartirdey.

↔“Equivalência”:indicaacondiçãocircunstancialdeequivalênciaentredoisconjuntosouelementosemumaoperação.Algunsmanuaisutilizamosímboloº,outrosutilizam .

“Negação”:negaumapropriedadeouconjuntodepropriedadesparaumconjuntoouelementoespecificado.

{},[],()“Chaves”,“colchetes”e“parênteses”:indicamoslimitesdosconjuntos.Sãoutilizadosnestasequênciahierárquica:{[()]}.

A,B,C... “letrasmaiúsculas”:nomeiamconjuntos.Algunsmanuaisutilizamletrasgregasparaestafunção(a,b,detc.)

a,b,c... “Letrasminúsculas”:nomeiamelementos.

ELEMENTOSDOSUMÁRIO

Como,pelaNBR6027,entende-seporsumárioaenumeraçãodasprincipaisdivisões,seçõeseoutraspartesdotrabalho,apenasostítulosdoselementostextuaisepós-textuaisdevemconstarnele.Assim,oselementos pré-textuais não devem ser relacionados no sumário, uma vez que este deve aparecerimediatamenteantesdotexto.Omínimodeníveisquesedeveexibirédetrês(títuloscomtrêsnúmeros).Cabeaoautoroptarpor

exibirtodososdemaisníveisexistentesnotrabalho,fornecendoalocalizaçãodetemasespecíficos.Noseditoreseletrônicos,ainserçãodesumáriosérealizadaautomaticamente.Escolhaummodelode

sumário que seja de fácil consulta e visualização. O conselho é válido tendo-se em vista existiremmodelos de sumário espalhafatosos e confusos fornecidos emalguns editores de texto, quepodem serúteisemoutrasaplicações,masquenãosãoconvenientesemtrabalhoscientíficos.

ELEMENTOSDAINTRODUÇÃO,DOSCAPÍTULOS,DACONCLUSÃO

A introdução de um trabalho deve ser, nas palavras de Clodomir Santos de Morais, importantesociólogobrasileirodereconhecimentointernacional,“umconviteàdança”.Oconteúdodaintroduçãodevedeixarclaroqualaimportânciadotrabalhoapartirdaordenaçãocoerenteesucintadeseustópicosprincipais,comumademonstraçãodaprogressividadedotextoedequantovaleapenapercorrercadaumdeseuscapítulos.Todavianãosedeveapresentartudooqueotextocontém,poisissotiraosabordaleitura e da descoberta. Vale a ressalva: introdução não é resumo. Introdução é a apresentação dosfundamentos do estudo: o assunto tratado, os objetivos do estudo, as razões de sua elaboração e, senecessário,algunsoutroselementosimportantesparasituarotemadotrabalho(NBR14724).Comodeveconstituir uma síntese de caráter didático das ideias oumatérias tratadas, a introdução, em geral, é aúltimapartedotrabalhoaserredigida.Os capítulos devem ser dispostos de modo a desenvolver ordenada e coerentemente o tema do

trabalho. O autor deve cuidar para que não se tornem repetitivos ou sem sequência lógica. Em cadacapítulo,tudooqueéessencialdeveserescrito;tudooqueésupérfluodeveserexcluído.Aquestãodaconclusãopodeserresolvidadeduasformas:

a)umaconclusãoparcialporcapítuloeumaconclusãogeralaofinaldotrabalho;b)somenteumaconclusãonotérminodotrabalho.

Ambas as formas são academicamente aceitas, sendo que a primeira corresponde mais à tradiçãoeuropeia, e a segunda, à norte-americana. Há programas de instituições acadêmicas que aconselham(veja,éconselho,nãoénorma)aoalunoqueutilizeaprimeiraforma,poisapresentavantagenspatentes

quantoàorganizaçãodotextoedasideiasqueseformamcomsualeitura.Mas,sejaaconclusãonaforma(a)ounaforma(b),elanãodeveseramerarepetiçãodoquefoiditonocorpodocapítulooudotextotodo. A conclusão deve ser o desfecho de toda a argumentação desenvolvida. Nela, deve constar,praticamente, uma resposta ao problema inicial lançado na introdução, uma confirmação ou não dashipótesesdapesquisa.Podemosconsiderarqueaconclusãoestábemredigidaquandoelafazsentidoparaquemnãoleutodo

o trabalho, ou para quem leu, nomáximo, a introdução. Por outro lado, a conclusão não deve conterdadosnovos,nemreferênciasbibliográficas.Como nenhuma pesquisa, por mais detalhada que seja, tem caráter finito, aconselha-se que, na

conclusãodeumtrabalhoacadêmico,oautordeixeclarosalgunspontosqueaindamerecemserobjetodefuturaspesquisas.Alinguagemutilizadanaredaçãodoselementostextuaisdeveserprecisa,clara,objetiva,imparciale

coerente.Eviteideiaspreconcebidasejuízosdevalorquecaracterizemposiçõesideológicassectárias.Quantoàimpessoalidade,apesardeamaioriadosautoresdemanuaisderedaçãocientíficareferir-seaelacomoobrigatória,hácontrovérsiasemrelaçãoaisso,dependendodotemaedotrabalhorealizado.Recomenda-se,pois,ater-seaobomsenso.

ELEMENTOSDASREFERÊNCIASEDABIBLIOGRAFIA

Asobraseostrabalhosconsultadospodemsermencionadosdetrêsmaneiras,basicamente:a)Referências–Listadetodasasobrascitadasnotrabalho,mesmoquealgumasdelasjátenhamsido citadas em forma de notas de rodapé. É a maneira mais utilizada em monografias,dissertaçõeseteses.

b)BibliografiaouBibliografiaConsultada–Compreende,alémdetodasasobrascitadasnotexto,aquelasqueforamutilizadaspeloautornaconstruçãodotrabalhocomofundamentaçãoteórico-crítica,emboranãotenhamsidocitadasexplicitamentenocorpodotexto.

c)BibliografiaComentada –Cada livro citado aparece comumcomentário do autor sobre seuconteúdoeimportância.Émaisutilizadaparafinalidadesdidáticasenãotemutilidadeformalemmonografiaseafins.

O único elemento obrigatório nos textos científicos é o item “Referências”, definido como um“conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite suaidentificação individual” (ABNT, 2001c, p. 2).A NBR 14724 não fazmenção ao elemento “BibliografiaConsultada”, nem como obrigatório nem como opcional,mas amaioria dos autores que trabalha commetodologia científica recomenda a inclusão desse elemento, pois, para um trabalho científico, éimportantequeseuautorexplicitequeconsultouumagamadetextosouestudosreferentesaotemaparaoseuembasamentoteórico-científico.Seja qual for amaneira escolhida, as obras devem ser nomeadas em conformidade com as normas

sobre referências e citações vistas mais adiante no capítulo “Normas para referências e citações”,observados,ainda,osseguintesaspectos:

a)Asobrasserãoapresentadassempreemordemalfabéticacrescentebaseadanossobrenomesdosrespectivosautores.

ABERCOMBRIE,D.(1967).ElementsofGeneralPhonetics.Edimburgo:EdinburghUniversityPress.BOOIJ,G.;JVANMARLE,(eds.)(1996).YearbookofMorphology1995.Dordrecht,Holanda:KluwerAcademicPublishers.196p.DELEDALLE,G. (1997).SemioticsandPragmatics.FoundationsofSemioticsSeries, 18.Amsterdam,Holanda: JohnBenjaminsPublishingCompany.GREIMAS,A.J.;COURTÉS,J.(1990).DicionáriodeSemiótica.SãoPaulo:Cultrix.SAMUEL,R.(org.)(1985).ManualdeTeoriaLiterária.Petrópolis:Vozes.

b)Asobrasdeummesmoautordevemserapresentadasdamaisantigaparaamaisrecente,sendoque aquelas que são editadas no mesmo ano devem apresentar uma indiciação com letrasminúsculas(a,b,c);nãoénecessáriorepetironomedoautoracadaobra,podendo-seutilizarapenasumtraço(comseistoques)paraindicaraautoriarepetida.

FERRAREZI Jr., Celso (1997a). A hipótese da interinfluência entre linguagem, pensamento e cultura. Guajará-Mirim:WPAL/Unir,173p.______ (1997b). A Hipótese da Interinfluência entre Linguagem, Pensamento e Cultura. Revista do IEL, 02: 34-44, Campinas:Edunicamp.______(1997c).Cursodeformaçãodealfabetizadoresdeadultos:fundamentosteóricos.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,41p.______(1997d).Naságuasdos Itenês:umestudosemânticocoma línguamoré. 240p.Dissertação (Mestrado).UniversidadeEstadualdeCampinas.______(1997e).OuvindoasHistóriasdeTouáSaê:mitoselendasdanaçãomoré.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,36p.______(1997f).Semântica:UmaPropostaIntrodutóriadeReleituradosFenômenosBásicosPelaTeoriadaOtimalidade.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,34p.

c) A NBR 14724 não recomenda que as obras venham numeradas já que aparecem em ordemalfabética.Anumeraçãodeve ser evitada especialmente quandoo trabalho comportar notas derodapé.(ABNT,2002,p.4).

GLOSSÁRIO

Glossário é a relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro(arcaísmos,expressõesregionais,termostécnicosetc.)utilizadasnotexto,acompanhadasdasrespectivasdefinições. É um elemento opcional e deve ser elaborado em ordem alfabética. Vejamos no exemplotranscritoaseguiralgunsverbetesdoglossáriodeumtrabalho(publicadoemformadelivro)daáreadePsicologiaintituladoPsicanáliseelinguagem.5

GlossárioAnamnese–conjuntodeinformaçõessobreavidaclínicadopaciente.Nosentidopsicanalítico,anamnese,isto,é,ahistória,tem

valordecritériodecura,umavezqueopreenchimentodaslacunasdahistóriadosujeitoequivaleaofimdotratamento.[...]Metapsicologia–estetermofoicriadoporFreudparasereferiraoaspectoeminentementeteóricodapsicanálise,certamente

poranalogiacomotermofilosóficometafísica.Ametapsicologiaenfocaofuncionamentodoaparelhopsíquicosimultaneamentesobtrêsaspectos:tópico,dinâmicoeeconômico.[...]

PulsãodeVida–englobaaspulsõessexuaisedeautoconservaçãoebuscaauniãoeamanutençãodavida.

É necessário observar a importância do glossário em determinados trabalhos. Por exemplo,imaginemosumatesedoutorala respeitodeumtemadegrande interessepara leitores leigos.Elaseráescritacomtermosbastantetécnicosesofisticados,esemmuitasexplicaçõessobreessestermos,comoéprópriodetrabalhosdessenível.Seseuautor,porém,elaborarumglossáriocomverbetesexplicativosemlinguagemmaissimples,podetornaraleituradotrabalhoacessívelaumpúblicomaisamplo.

Emalgunscasos,aelaboraçãodeumglossáriosejustificaporfacilitaralocalizaçãodosignificadodeumapalavra, evitandoqueo leitor–mesmoomaispreparado– tenhaqueprocurá-lonomiolodotexto.

APÊNDICE

Apêndice consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar suaargumentação,semprejuízodaunidadenucleardotexto(NBR14724).Emumtrabalhopodehaverumouvários apêndices. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas seguidas detravessãoedosrespectivostítulos.Umexemplo:

APÊNDICEA–Roteirodeentrevista.APÊNDICEB–Modelodeplanilhas.APÊNDICEC–Modelodequestionário.

ANEXO

Anexo consiste emum texto ou documentonão elaborado pelo autor que serve de fundamentação,comprovaçãoeilustração(NBR14724).Osanexosdeumtrabalhocientíficosãoidentificadosporletrasmaiúsculasconsecutivas,travessãoepelosrespectivostítulos.Exemplo:

ANEXOA–FotografiasdacomunidadeindígenaUcuki-Cachoeira.ANEXOB–RegulamentodacomunidadeindígenaUcuki-Cachoeira.ANEXOC–FormuláriodeinscriçãodaEscolaIndígenaUcuki-Cachoeira.

ÍNDICE

Índice é a lista de palavras ou frases ordenadas segundo um determinado critério, que localiza eremeteparaasinformaçõescontidasnotexto.A inserção de índices remissivos no trabalho é tão útil ao leitor quanto trabalhosa para o autor.

Demandamuitaatençãoecompetência,tantonaseleçãodaspalavrasquemerecemestarnoíndicecomoemsuamontagem.Parafazê-loautomaticamenteemumeditoreletrônico,énecessáriomarcarcomo“entradadeíndice”

todas as palavras, as figuras, os gráficos e os exemplos que vão compô-lo. Vale notar, porém, que,emboramuitoútilnotrabalhofinal,oíndicenãoéobrigatório.Vejamosumexemploretiradodeumtrabalho(publicadoemformadelivro)deautoriadeF.E.Peters,

sobre a história das religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo).6 Esse exemplo foiescolhido de propósito para mostrar a complexidade que pode haver na montagem de um índiceremissivo.Aqui, vocêvai ver apenas a segundapáginado índiceque, no livro emquestão, ocupa19páginas!

Apresentaçãográficadoselementostextuais,préepós-textuaisComoo“projetográficoéde responsabilidadedoautordo trabalho” (ABNT, 2002c,p. 5), ou seja,

comoaaparênciadotrabalho(adisposiçãodaspartes,asfontesescolhidas,ousoderecursosgráficosetc.) é deixada a critério de quem o redige, passemos a algumas observações úteis para nortear suasescolhas.

Espaçamento:a)PelasnormasdaABNT(NBR14724,deagostode2002),deveseradotadooespaçoduploentreaslinhas do texto, mas muitas instituições, gozando da relativa liberdade que lhes é dada paranormatizaraapresentaçãodetrabalhoscientíficos,adotamespaçamento1,5,cujoefeitoestéticoémelhoralémdeeconomizarfolhasdeimpressão.

b) Para notas de rodapé, resumo, referências, bibliografia consultada, legendas de ilustrações etabelas,fichacatalográfica,citaçõestextuaisdemaisdetrêslinhas,notasnafolhaderostoedeaprovação,utilizeespaçosimplesdeentrelinhas.

c)Adotedoisespaçosde1,5nasentrelinhasentreostítulosdecapítulos,seções,subseções.

Apresentaçãodaspartesdotexto:a)Aintroduçãoeaconclusãonãosãotomadascomocapítulosouseções,umavezque,segundoa

NBR 6024, capítulos e seções são aspartesdeumdocumento “consideradas afinsna exposiçãoordenada do assunto” (ABNT, 1989, p. 1). Dessa forma, a introdução apresenta o assunto e aconclusãoconcluisobreele.

b)Oindicativodanumeraçãoprogressivaeotítulodasseçõesesubseçõesdevemseralinhadosàesquerda e, entre eles, deve ser usadoumespaçamentodedois toques, e nãomais oponto.Aintroduçãoeaconclusãonãorecebemnumeração.

c) Os capítulos (seções primárias) devem ser iniciados em página própria, distinta do textoanterior.

d)Nãodeixetítulosdeseçõesisoladosnofinaldapágina.e) Tanto a introdução quanto os capítulos e a conclusão são iniciados com um título em estilo“Título 1”, definido como no item “Estilo da fonte padrão nos títulos”, seguido do textopropriamentedito.

Vejamos como fica o resultado estético do alinhamento dos títulos e da aplicação do espaçamentosugeridosaqui:

Notas1OprogramadeeditoraçãoWordforWindows,parteintegrantedasuítedeprogramasMSOffice,é,ainda,omaispopulareditoreletrônicodoBrasil.Entretanto, asplataformasabertas, comooLinuxeoUnix, têmvalorizadoepopularizadoprogramasgratuitos (software livre)comoasuíteOpenOffice,quepossuiumeditordetextoschamadoWritercompatívelcomoWordecompraticamenteosmesmosrecursos.Há, ainda, outras plataformas e editores,mas, independentemente do editor utilizado, o responsável pela formatação do documento deveutilizarosrecursosdisponíveisparadaraodocumentofinaloformatopadrãoaquiapresentado,umavezque,emtodososeditores, issoépossível.

2DissertaçãodemestradoelaboradaporCarlaS.B.Bassanezi,sobaorientaçãodaProfa.Dra.LaimaMesgravis,desenvolvidacomoapoiodaFapespedefendidanaFaculdadedeFilosofiaLetraseCiênciasHumanas(FFLCH)daUniversidadedeSãoPaulo(USP)em14/05/1992.

3TesededoutoradoelaboradaporCéliaCorreiaMalvas,sobaorientaçãodoProf.Dr.LuisEduardoAranhaCamargo,desenvolvidacomoapoiodaFapesp,defendidanaEscolaSuperiordeAgriculturaLuizdeQueiroz(Esalq)em21/03/2003.

4Manualdetrabalhoemsaladeaula,elaboradoporCelsoFerrareziJunior,intituladoPrincípiosdeLógicaFormal,utilizadoemcursosdepós-graduaçãoemSemânticaministradospeloautoremdiversasuniversidadesbrasileiras.

5CASTRO,ElianadeMoura.(1992)Psicanáliseelinguagem.SãoPaulo:Ática.(Sérieprincípios).6PETERS,F.E.(2007).Osmonoteístas:judeus,cristãosemuçulmanos.v.I:ospovosdeDeus.SãoPaulo:Contexto.

Normasparareferênciasecitações

HáduasformasaceitashojenoBrasilparaaapresentaçãodereferênciasbibliográficasemtrabalhosacadêmicos:ABNT (dataao final) eChicago (autor-data).Comoo leitordeve tervisto, asnormasquepautamasreferênciasfeitasnestelivroseguemasrecentesalteraçõesnaNBR6023sobreprocedimentosquantoàapresentaçãodasreferênciassobretodososelementosexcetoaautoriaeadata,queseguemopadrãoChicago.Essaopçãonãoéarbitrária,elalevaemcontaospadrõesinternacionaismaisutilizados,que facilitam tanto a referenciação como a identificação de várias obras de ummesmo autor em umaBibliografiacompleta,porexemplo.Porém,antesdeadotaressemodelo,procuresaberseoprogramaquevocêcursaobrigaautilização

dopadrãoABNT.Nessecaso,vocêdevedeslocaradataparaofinaldareferência.Vejamosadiferençaentreessasduasformasdereferenciar:

•NormaABNT(dataaofinaldareferência):

CÂMARAJr.,J.Mattoso.Problemasdelinguísticadescritiva.Petrópolis:Vozes,1970.

•NormaChicago(dataapósonomedoautor):

CÂMARAJr.,J.Mattoso(1970).Problemasdelinguísticadescritiva.Petrópolis:Vozes.

Deummodooudeoutro,asreferênciasdevemvirobrigatoriamentealinhadasàesquerdaedeformaapermitiraidentificaçãoimediatadecadadocumento.Procuramos registrar, neste capítulo, o quemais interessa para editoração de artigos,monografias,

dissertaçõeseteses.Vejamos,então,asregrasaserseguidasnareferenciaçãodasfontesdepesquisa.

ReferênciapadrãodelivroAreferênciapadrãodelivroéconstituídapelosseguinteselementos,naordemapresentadaecoma

formataçãoassimdefinida:a)sobrenomedoautor,todoemletrasmaiúsculas,seguidodevírgula;b)prenome(s)doautorsomentecominicialmaiúsculaseguidadepontofinalouporextensosemopontofinal,seassimaparecernaobra;b.1) se o autor for organizador ou coordenador da obra, deve-se seguir ao seu nome, entre

parênteses,aforma(org.)ouaforma(coord.)conformeocaso:

SAMUEL,R.(org.)(1985).Manualdeteorialiterária.Petrópolis:Vozes.155p.

b.2)sehouvermaisdeumautor,segue-seasseguintesnormas:b.2.1)quandoaobratematétrêsautores,todosdevemsercitadosnaentrada,naordemem

queaparecemnaobra.Antigamente,usava-se“&”paraintercalarosautores.Asnormasatuaispedemousodepontoevírgula,comonoexemplo:

MATA,Evaldo;SANTOS,Paulo;SARAIVA,JoãoC.

b.2.2)quandohouvermaisde três autores,usa-sea forma“et alii” (ou“et al.”, segundoaformaprevistanaatualizaçãodaNBR6023)apósonomedeatétrêsautores,naordememqueaparecemnolivro,comonosexemplos:

MATA,Evaldoetalii.

ou

MATA,Evaldoetal.

b.2.3)quandooautoréumaentidadeouinstituição,todoonomevememmaiúsculas,seguidodoórgãosuperiorentreparênteses,comonoexemplo:

BIBLIOTECANACIONAL(Brasil)(1994).

b.2.4)quandooautoréumaentidadecoletivadedenominaçãogenérica,seunomevememminúsculaseéprecedidopeloórgãosuperior,comonoexemplo:

BRASIL,MinistériodaCultura(1996).

Observe-seque,nestecaso,oautoré“Brasil,MinistériodaCultura”.Omesmopadrãoéutilizadoemportarias,leisedecretos:BRASIL,MinistériodaCultura(1997).Portarian.255.

b.2.5)Emcasodeautoriadesconhecida,aentradadareferênciaéfeitapelotítulo.OSPERIGOSdousodetóxicos.

c)datadaprimeirapublicaçãodolivroentreparênteses,seguidadepontofinal;c.1)quandono livroseapresentaadatadaprimeirapublicação,masaversãoutilizadaéuma

ediçãoatual,especificarasduasdatasseparadasporumavírgula,entreosparênteses,como

noexemplo:MATA,Evaldo(1921,1998).

c.2) quando não houver possibilidade de se indicar a data, deve-se registrar uma dataaproximadaentreparênteses.Exemplos:(1989ou1990)

ou

(1981?)

Ouentãoindicaradécada:(198-)

ou

(198?).

d) título do livro em itálico, negrito ou sublinhado, conforme o recurso disponível no editoreletrônico,1seguidodepontofinal;

e)indicaçõesderesponsabilidade–Revisão(Rev.),Tradução(Trad.),Crítica(Crít.)etc.–seforocaso,aparecemseguidasdepontofinal,masintercaladascompontoevírgula,sehouvermaisdeuma.Essasresponsabilidadestambémpodemvirexplicitadasporextenso,segundoaNBR6023;

DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizaçãodeManuelBandeira;revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87p.Il.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.

f)edição–seguidadepontofinal,naformadonúmerodaediçãomaisaabreviatura.Indica-seaediçãosomenteapartirdasegunda.Vejaoexemplo.

(24.ed.)

g)imprenta–local,seguidodedoispontos,enomedaeditora,seguidodepontofinal;h)descriçãofísica–númerodepáginas

(128p.)

ouvolumes

(3vol.)

seéilustrado(itemopcional)

(il.)

formato(itemopcional)

(21cm)

seguidosdepontofinal;i)sérieoucoleção–entreparênteses,seguidodepontofinal;j)notasespeciais–Bibliografia,registroISBN.

Observe um exemplo completo fornecido na NBR 6023, modificado quanto à datação, e outrosexemplosmaissimples:

DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizaçãodeManuelBandeira;revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87p.Il.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.BALÉE, W.; MOORE, D. (1991). Similarity and Variation in Plant Names in Five Tupi-Guarani Languages. Bull: FlóridaMuseumofNaturalHistory,BiologicalSciences.CÂMARAJr.,J.Mattoso(1970).Problemasdelinguísticadescritiva.RiodeJaneiro:Vozes.CÂMARAJr.,J.Mattoso(1977,1985).Dicionáriodelinguísticaegramática.Petrópolis:Vozes.

TESE,DISSERTAÇÃO,MONOGRAFIANOTODO

DiferindodasnormasdaABNTapenascomrelaçãoàcolocaçãodadata,sugiroaseguinteasequênciadoselementos:

a)autor;b)ano;c)título;d)subtítulosehouver;e)númerototaldepáginasseguidododesignativop.;f)apalavraTese,DissertaçãoouMonografiaconformeocaso;g)níveleáreadocursoentreparênteses;h)nomedainstituiçãoofertantedocurso;i)local.Exemplo:

TELES, IaraMaria (1995).Atualização fonéticadaproeminênciaacentualemBaníwa-Hohodene:parâmetros físicos. 202p.Tese(DoutoradoemLinguística)–UniversidadeFederaldeSantaCatarina,Florianópolis.

Notasobrecapítulo/seçãodetese,dissertação,monografia:Apósosubtítulo,sehouver,inclui-seaexpressão“In:”seguidade travessãosublinear (6espaços).Apartirdaí,ésóseguiromesmomodeloparaaobracomoumtodo,acrescentandoalocalizaçãodapartereferenciada.Exemplo:

TELES, Iara Maria (1995). Os sons em Baníwa-Hohodene. In:______. Atualização fonética da proeminência acentual emBaníwa-Hohodene: parâmetros físicos. p. 23-38. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis.

ReferênciapadrãodeartigopublicadoemlivroouperiódicoecapítulodelivroAsnormasparareferênciasdeartigosecapítulossãobasicamenteasmesmasdasdoslivros.Oque

diferesãooselementoscomponentes.a)autordoartigooucapítulo;b)datadaprimeirapublicaçãodoartigoentreparêntesesseguidadeponto;c)títulodoartigooucapítuloemletrasminúsculasseguidodepontoedaexpressão“In”seguidadedoispontos;

d)nãoseusaaexpressão“In”emartigosinseridosemperiódicos;e)otítulodoartigooucapítulonãodevesercolocadoentreaspas;f) quando a parte referenciada for domesmoautor daobra comoum todo, acrescentar um traçocorrespondenteaseisespaços,apósaexpressão“In:”;

g) quandoo artigo for inserido emperiódicos, após a referenciação do artigo, não é necessáriocitaronomedoresponsávelpelarevistaoujornal;

h)quandootítulodoperiódicoincluionomedacidade,édesnecessáriorepetirolocal.Exemplos:

BENDIX, H. E. (1971). The Data of Semantic Description. In: STEINBERG, D. D.; JAKOBOVITS, L. A. (org.) (1978).Semantics.Cambridge:CambridgeUniversityPress.SILVA, Antônio Severino (1978). Os problemas da alfabetização precoce. In: ______. (1988). Conversando de Educação.Florianópolis:NovoTempo.212p.MOURA,AlexandrinaSobreirade(1983).Direitodehabitaçãoàsclassesdebaixarenda.CiênciaeTrópico.Ed.Recife,v.11,p.71-78,jan.-jun./1985.LAMOND,A.I.;EARNSHAW,W.C.Structureandfunctioninthenucleus.Science(Washington,DC),v.280,n.5363,p.547-553,1998.

Emreferênciasdeartigosretiradosdeperiódicos,háoutraconvençãomuitousadaquecabecitaraqui.Nelaprocede-sedeformaigualàanterioratéonomedoperiódico.Daíemdiante,segue-seaseguinteordem:

a)títulodoperiódicoseguidodevírgula;b)númerodovolumeseguidodedoispontos;d)páginascompreendidaspeloartigointercaladasporhífeneseguidasdevírgula;e)data(ouperíodoreferente)doperiódico,seguidadeponto.Exemplo:

MOURA, Alexandrina Sobreira de (1983). Direito de habitação às classes de baixa renda.Ciência e Trópico, 11: 71-78, jan.-jun./1985.

Há, ainda, a possibilidade de inserir na referência do periódico a imprenta,mas isso geralmente éfeitoquandosetratadereferênciadoperiódicotomadointegralmente.Atenção:a referênciadeumperiódicoque incluiumartigopodeserdiferenteda referênciadeum

periódicocomoumtodo,comoveremosaseguir.

ReferênciapadrãodeperiódicoParafazerareferênciadeumvolumederevistaoujornalinteiro,utilizamososseguinteselementos:

a)títulodoperiódicoemmaiúsculasseguidodepontofinal;b)localdepublicaçãoseguidodedoispontos;c)editorseguidodevírgula;d) ano de publicação do primeiro exemplar e do último, se for o caso, ou indicando-se que apublicaçãoaindacontinuapormeiodeumhífenapósadatainicialseguidodeponto;

e) indicação do volume (vol.), número (n.) e data intercalados por vírgula e seguidos de pontofinal;

f)númerototaldepáginasseguidodepontofinal;g)indicaçõesespeciais,sehouver.Exemplo:

VEJA.SãoPaulo:Abril,1968-.n.765,24jan.1994.112p.EdiçãoEspecial.

ReferênciapadrãoemnotaderodapéNão hámais, como antigamente, diferença entre as normas relativas a uma referência normal e as

relativasàsnotasderodapé.Observelánorodapédapáginadestelivroumexemplodecomofazeressareferência.Digamosqueesseexemplocorrespondaànotaderodapédenúmero10.10Comovocêpôdeobservar, trata-se de uma nota comum2. Essa unificação é recente nas normas brasileiras e veio parasimplificarapresentaçãodotrabalhocientífico.

10CHOMSKY,Noam(1986).KnowledgeofLanguage:ItsNature,OriginandUse.NewYork:Praeger.

ReferênciadematerialdainternetUmamodalidadebastanterecentedematerialinformativoaserreferenciadoéaquelequeseconsegue

nossitesespecializadosdainternet.Hádoistiposbásicosdereferênciaaseradotados.Quandosetratadeummaterialassinado,umlivro,umatese,dissertaçãooumonografia,umartigoou

comentário,inicia-seacitaçãodomaterialcomodecostume(nestecaso,otítuloésempreemitálico)e,apartirdaexpressão“In:”,altera-secomoindicadoaseguir:

a)expressão“Disponívelem:”;b)endereçoeletrônicoentreossinais<>;c)expressão“Acessoem:”;d)datadoacesso(dia,mêsabreviadoeano).

Se a citação é dada em páginas internas do site, escreva o endereço eletrônico completo da formacomoaparecenonavegadordeinternet.Exemplos:

CARIA, Piergiorgio. O caso Urzi: um mistério nos céus da Itália. [S.I.]: UFO, 2010. Disponível em:<http://www.ufo.com.br/artigos/o-caso-urzi>.Acessoem:19ago.2010.FILENO, Érico F. O professor como autor de material para um ambiente virtual de aprendizagem. Curitiba, PR, 2007.Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Paraná, Paraná. Disponível em:<http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/11563/1/disserta%C3%A7%C3%A3o_%C3%89RICO_FERNANDES_FILENO.pdf>.Acessoem:20ago.2010.EDUARDO, Antônio. O Martelo Russo. Disponível em: <http://www.artefatocultural.com.br/ portal/index.php?secao=colunistas_completa&subsecao=20&id_noticia=1012&colunista=Antonio%20Eduardo>.Acessoem:2ago.2010.

Percebaqueoeditorde textoseletrôniconão“divide”o linkdodocumentopara translinear,oquedeixaareferênciadifícildeserlidaseoalinhamentofordotipo“justificado”.Nocasodasreferênciasde material da internet, portanto, se esse problema ocorrer, apenas por um aspecto estético éaconselháveldeixá-lascomalinhamento“àesquerda”.Seomaterialrecolhidonãoforassinadoenãohouverqualqueroutrareferênciadeautoria,citeapenas

oendereçoeletrônicoemquefoiencontrado,comonosexemplos:a)materialencontradonapáginainicial:<www.artefatocultural.com.br>.b) material encontrado em página interna: <www.artefatocultural.com.br/portal/index.php?secao=colunistas>.

Odigitadoriniciantenãodeveseespantarseoeditorautomaticamentesublinharoendereçoeletrônicoemudarsuacoraocompletar-sesuadigitação.Esseéumprocedimentonormaldoseditoresmodernos,que criam hiperlinks a partir de endereços eletrônicos digitados, permitindo o acesso automático aoendereçopormeiodonavegadorpresentenocomputador,apartirdoprópriotexto.Issoéconsideradoumpadrãodeeditoraçãoeessaaparênciadeendereçoeletrônicoé toleradacomoumadecorrênciadamodernidade,nãoprecisandosermodificada.Vejamos,agora,exemplosdeoutrasfontesdocumentaisquepodemserreferenciadasemumtrabalho

científico.Opesquisadorcertamentenãoterádificuldadedeidentificarseuselementosformadores.

ReferênciademapaNATIONALGEOGRAPHICSOCIETY(2002).EstadosUnidos:MapaFísico. Flórida (US):NGS.1mapa: color.; 70x50 cm.Escala1:250.000.

Nocasodeomapaterumautorespecífico(aoinvésdeseratribuídoaumainstituiçãoresponsável,comonoexemploanterior),onomedesseautoréqueprecederáareferência,nosmesmosmoldesdeumareferênciapadrão,istoé,iniciandopelosobrenome.Vejamos:

NIRKINGANT,Mark(2002).EstadosUnidos:MapaFísico.Flórida(US):NGS.1mapa:color.;70x50cm.Escala1:250.000.

ReferênciadeVHSouDVDExemplos:

OPRÍNCIPEdoEgito(1998).ProduçãodePenneyFinkelman;SandraRabins.DireçãodeBrendaChpaman;SteveHickner;SimonWhells.Holywood:DreamworksPictures.DVDsimples(99min.),son.,color.OSENHORdosAnéis:ASociedadedoAnel(2002).ProduçãodeBarrieM.Osborneetal.DireçãodePeterJackson.Holywood:WingnutFilms.VHSDuplo(179min),son.,color.

ReferênciadaBíbliaSagradaPodeserconsideradanotodoouemparte.Exemplos:

BÍBLIA.Português.(1982).BíbliaSagrada.Tradução:CentroBíblicoCatólico.34.ed.rev.SãoPaulo:AveMaria.

BÍBLIA,A.T.IICrônicas.Português.BíbliaSagrada.Tradução:CentroBíblicoCatólico.91.ed.SãoPaulo:AveMaria,1993.Cap.20,vers.1-8.BÍBLIA,A.T.Isaías.Português.BíbliaSagrada.TraduçãorevistaeampliadadeJoãoFerreiradeAlmeida.SãoPaulo:SociedadeBíblicadoBrasil.Cap.35,vers.12.

Observação: “A.T.” refere-se a Antigo Testamento. Em caso de livro do Novo Testamento, use“N.T.”

ReferênciadeCD-ROMExemplo:

PEREIRA,João(2003).Milreceitasbrasileiras.1.ed.SãoPaulo:GrupoEditorialMax.ReferênciaETRG-3256.1CD-ROM .

ReferênciadeprogramaparacomputadorExemplo:

PARENTESCO,Pedro Jô (2003).Sistema Integrado deControleEscolar. Programa compatível comWindows 2000 eXP. SãoPaulo:BIGInformática.MídiaemCD-ROM emanualexplicativoimpresso.

ReferênciadeentrevistaExemplo:

BROCA,Marcos.HistóriasdaformaçãodeGuajará-Mirim.EntrevistaconcedidaaAntônioPergonesse.Guajará-Mirim,out.de2003.Registroemcassete(90min)eVHS(60min).

Quandoaentrevistaforpublicada,mencioneodocumentoemqueelaaparece.Exemplo:

FIUZA,R.Oponto-de-lança.Veja,SãoPaulo,n.1124,04abr.1990.p.9-13.Entrevista.

ReferênciadefotografiaExemplo:

Note que, hoje, as fotografias digitais estão cada vezmais disseminadas. Assim, é possível que amídiaderegistrofotográficonãosejaempapel,masemfoto-CDouemmemóriadigitaldecomputadoresoumáquinasfotográficasdigitais,cartõesoupen-drives.Emcadacaso,informeamídiaespecíficaquearmazenaafotoutilizada:emvezde“Impressa”,utilizar“foto-CD”ou“registroemmemóriadigital”,porexemplo.

CitaçãopadrãoparatextoPara fazer uma citação de uma obra qualquer no corpo do texto, isto é, para fazer a “chamada da

citação”, usa-se o sobrenome do autor em letrasminúsculas seguido da data de publicação e de doispontoseonúmerodapágina,estesdadosentreparênteses.Exemplo:

Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles(2003:229):

Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].

Outraformadeprocederacitaçãoéutilizarapenasonomedoautornotextoefazerreferênciaàdataeàpáginaapósacitação,comonoexemploaseguir:

Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles:

Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].(TELESMAEDA;TELES,2003,p.229)

Ou,ainda,aforma:Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles:

Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].(TELESMAEDA;TELES,2003:229)

Notexto,osobrenomedoautorapareceemcaixaaltaebaixa(ouseja,aletrainicialemmaiúsculaeasdemaisemminúsculas).Nacitação,porém,apareceemletrasmaiúsculaseentreparênteses.

ReferênciaecitaçãoemnotaderodapéEmnotaderodapé,aprimeirareferênciadeumaobracitadadeveserfeitaporcompleto.Asdemais

referências damesma obra ou de outras obras domesmo autor devem ser feitas de forma abreviadausando-se expressões latinas. Embora haja outras, vamos observar as expressões “id.”, “ibid.”, “op.cit.”,“cf.”e“apud”,asmaisúteis.

a)IdemouId.=igualàanterior.Atenção:igualàimediatamenteanterior,massomentecomrelaçãoaoautor,mudandoaobra.

1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2Id.(1976).Problemasdelinguísticadescritiva.8.ed.Petrópolis:Vozes.

b)IbidemouIbid.=namesmaobra.Atenção:namesmaobraimediatamenteanterior.

1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2Ibid.,p.20

c)Opuscitatum,operecitatoouop.cit.=obracitada.Atenção:sóuseestaexpressãoquandoumaobrajáfoireferenciadaanteriormente,masnãologoemseguida.

1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2JOAQUIM,Hênio(1998).Temasrelevantessobreatraição.RiodeJaneiro:MataHari.987p.3CÂMARAJR.,op.cit.,p.20.

d)Cf.=confira,confronte.Utilizadapararecomendarconsultaaobrasdeoutrosautoresouanotasdomesmotrabalho.Àsvezes,oautortratadeumtemaparaoqualnãoquerdedicarespaçoemcitaçõesnaobraouparaoqualvaleapenaremeteraumaoutrareferênciaoutemacorrelato.Issotambémvaleparaasparáfrasesdeobra,ouseja,quandosereproduzasideiasdoautortotalou parcialmente, mas sem fazer citações. Aí, também, devemos fazer uma indicação paraconferência.

1Cf.CÂMARAJR.,op.cit.,p.20.

e)Apud=citadopor,conforme.Expressãousadaquandosefazcitaçãodeumautorquefoicitadoporumsegundoautor,ouseja,éutilizadaquandonãoseteveacessoàobraoriginal.Atenção:nalistadereferências,somenteaobraconsultadaémencionada,istoé,aquelaaqueseteveacesso;areferênciadodocumentodoautorcitadodeveconstarsomenteemnotaderodapé.

Exemplonotexto:

SegundoMalmberg(apudCÂMARAJR.,1976),1nãoháequivalênciaentreasduasemissõesnasais.Osegundotipodenasalidadenãofuncionaparadistinguirformasenãoé,portanto,denaturezafonológica.

Exemplonorodapé:

1MALMBERG,Bertil(1963).Phonetics.NewYork:Harper.

Exemplonalistadereferências:

CÂMARAJR.,Joaquim(1976).ProblemasdeLinguísticaDescritiva.8.ed.Petrópolis:Vozes.

Observações:a)Asexpressõeslatinasnãopodemserusadasnotexto(NBR10520),somenteemnotas(rodapéoufinaldecapítulo),excetoaexpressão“apud”(ABNT,2002b).

b)Parainserirumacitaçãodentrodanotaderodapé,procedadamesmamaneira,excetuadoofatodequea tabulaçãodo textonão serádiferenciada,mas anota toda seguirá amesma tabulaçãopadrãoparanotasderodapé.

Nota1Oquenão sedeveperderdevistaéqueasnormascientíficas servemparauniformizaros trabalhose facilitar a leitura.Assim,aousarnegritoemumtítulo,useemtodosigualmente;aoescolheroitálicoousublinhado,damesmaformauniformizeouso.

2N.E.:Porrazõestécnicas,anotanestaversãodolivroemepubnãoestáinseridanorodapé.

Normasparaapresentaçãodeartigoscientíficos

Amaioriadasrevistascientíficaseinstituiçõesquepromovemcongressosexige,paraaapresentaçãodeartigos,ocumprimentodenormasiguaisoumuitosemelhantesàsdescritasaseguir

APRESENTAÇÃO DO TEXTO: Digitado em Word for Windows (ou programa compatível) versão 6.0 ousuperior;espaço1,5deentrelinhas;recuodeparágrafode2cm;fonteTimesNewRoman,tamanho12;papelformatoA4;margens:3cmsuperioreesquerda,2cminferioredireita.Onúmerodelaudasdeveserde7a15,incluindográficos,apêndicesereferências.

TÍTULO:acompanhadoounãodesubtítulo,deveviremmaiúsculas,centralizado,fonte14eemnegrito.

AUTOR(ES)ECOLABORADOR(ES):o(s)nome(s)devemvirporextensoapósotítuloalinhado(s)àdireita,emcaixaalta(maiúsculas),comascredenciaisindicadasemnotaderodapé.

RESUMO, RESUMÉ OU ABSTRACT: deve vir logo após a indicação do(s) nome(s) do(s) autor(es) ecolaborado(es)contendo,nomáximo,duzentasecinquentapalavras, seguidodepalavras-chave,mots-clésoukeywords,comespaçosimplesdeentrelinhas,semrecuodeparágrafo.Otítulo“Resumo”deveviremnegritoecaixaalta,alinhadoàesquerda.Otítulo“Palavras-chave”deveviremnegrito,somentecomainicialmaiúscula,alinhadoàesquerda.

SUBTÍTULOS:devemviremnegrito,emcaixaaltaealinhadosàesquerda.

NOTAS:devemvirempédepágina,seguindoasnormasaquiapresentadas.

CITAÇÕESEREFERÊNCIAS:devemserfeitasdeacordoasnormasapresentadasnestelivro.

Observequeénecessárioprimeiroapresentaras informações institucionaisepessoaisbásicaspara,logo em seguida, colocar o resumo e as palavras-chave (e o resumo e as palavras-chave em línguaestrangeira)e,depois,otextocientíficopropriamentedito.Éprecisoteremmentequeartigosdevemserescritoscomumapreocupaçãoconstantedeconcisão,

pois,emgeral,sãopublicadosemcoletâneasquetêmlimitaçãodeespaçoederecursosfinanceirosparasuaconfecção.Alémdisso,destinam-seaser“notíciascientíficas”,portanto,sãomuitomaisbrevesdoquemonografias,dissertaçõesouteses.Hoje,a internetdisponibilizaumasérieseportaisdeperiódicosespecializadosapartirdosquaisé

possívelbaixarumaenormequantidadedeartigosdequasetodasasáreasdaciência,materialatualizadoe de primeira linha. Como exemplos desses portais, temos o portal de periódicos da Capes(http://novo.periodicos.capes.gov.br), em que podem ser acessados, via cadastro, milhares de textoscompletos e, de forma livre, outros tantos. Além desse, o portal Acesso Livre

(http://acessolivre.capes.gov.br),tambémdaCapes,permiteaqualquerusuárioteracessoadezenasdemilhares de bons textos científicos. Não podemos esquecer que muitas universidades e faculdadesmantêm, em seus sites, páginas de divulgação dos trabalhos científicos de seus pesquisadores(professoresealunos).Assimsendo,valeapenavisitarportaiscomoessesebaixarartigosdesuaáreadeinteresse.Vejacomoforamescritos(alinguagem,aestética,aformadeconstruirotexto)eaprendacomseusconteúdos,antesdecomeçarsuaprópriaempreitada.

ComoorganizaroconteúdodeseuTCC,dissertaçãooutese

Umadasquestõesmaisdifíceisnahoraderedigirotrabalhofinalé:comoorganizarasinformaçõescolhidasdurante apesquisa? Isso aconteceporqueopesquisador, apósosmesesouanosde trabalho,geralmentecolhetantasinformaçõesquenãosabebemcomohierarquizá-las.Eoque,àsvezes,podeserpior:temmedodedescartardadoseinformações,poistudolheparecerelevante.Para clarear os caminhos na elaboração do trabalho final, vamos lembrar do segundo capítulo, “A

elaboração do projeto”, quando estudamos a estrutura do projeto científico. O que ele trazia comoessencial?Eraisso:

•Quemvaifazer?–Identificação•Oquevaifazer?–Apresentaçãodotemaedoproblema•Porquevaifazer?–Justificativa•Oquealcançarcomessefazer?–Objetivos•Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico•Comovaifazer?–Metodologia•Quandoeondevaifazer?–Cronogramaelocalizaçãodasações•Quantovaicustaressefazer?–Custeio•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudanessefazer?–Referênciasbibliográficas

Prestebematençãona listamencionada.Vejaqueelapodeserclaramentedivididaemcincopartesbemdistintas:

Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautor

Quemvaifazer?–Identificação

Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendefazercomele

Oquevaifazer?–ApresentaçãodotemaedoproblemaPorquevaifazer?–JustificativaOquealcançarcomessefazer?–Objetivos

Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas

Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico

Informaçõessobreapesquisarealizada

Comovaifazer?–MetodologiaQuandoeondevaifazer?–CronogramaelocalizaçãodasaçõesQuantovaicustaressefazer?–Custeio

ReferênciasdasfontesAlguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?

deinformaçãoutilizadas Existealgumregistrodissoquemeajudanessefazer?–Referênciasbibliográficas

Sevocêpensarque,depoisde todoo seu trabalhodepesquisa,vai chegar a algumaconclusão,umdesfecho quemostre para que serviu todo o seu esforço e investimento (e é claro que é isso que sedeseja), essa conclusão deverá estar presente no documento final. Ela não apareceu no seu projetocientífico porque, obviamente, ele apenas indicava o que você pretendia fazer e, portanto, não podiahaver“conclusão”oumesmoprevisõesmuitoacuradas.Mas,agora,vocêjáfezapesquisaeestánafasederedaçãodorelatóriofinalque,necessariamentedeveterumaconclusão.Tomemosomesmoquadroanteriorepensemosnotrabalhoterminado,exigindo,portanto,oacréscimodoitem“Conclusão”.Onde?Certamenteeladeveficarno“finaldahistória”.Osrecursosfinanceiroseotempodetrabalhojáforamgastos,logo,nãohaverámais“Cronograma”e

“Custeio”. (Se você tiver que fazer um relatório de gastos, prestando contas de algum financiamentorecebido,eledeveráserentregueemumdocumentoseparadoenãodeveaparecernotextodoseuartigo,monografia,dissertaçãooutese.)Notequeotempodeverbodasquestõesagoramuda.Vejamos:

Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautor

Quemfez?–Identificação

Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendecomele

Oquefez?–ApresentaçãodotemaedoproblemaPorquefez?–JustificativaOquepretendiaalcançarcomessefazer?–Objetivos

Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas

Combaseemqueconhecimentosfezotrabalho?–Referencialteórico

Informaçõessobreapesquisarealizada

Comofez?–MetodologiaQuandoeondefez?–Relatórioelocalizaçãodasações

Conclusão (Éoquehádenovo,oresultadoquevocêalcançou)

ReferênciasdosmateriaisutilizadosAlguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudounessefazer?–Referênciasbibliográficas

Nessequadro,vocêtemoformatopadrãodequalquerbomtrabalhodecientífico,deumartigoaumatese.Adiferençaemrelaçãoaoformato?Simples:noartigovocêapresentatudodeformabemresumidaedireta;nosoutrosformatos(monografias,dissertaçõeseteses),vocêtemmaisespaçoparaapresentardetalhes.Assim:

•Noartigo,vocêteráapenasumcabeçalhodeidentificação;emumamonografia,dissertaçãooutesevocêdispõedecapa,folhaderosto,localparaagradecimentos,epígrafes,fichacatalográficaetc.

• No artigo, o resumo vem logo abaixo do cabeçalho, nos outros trabalhos você deve colocar o

resumoemumafolhaindependente,assimcomosuastraduçõesparalínguasestrangeiras,quandoforocaso.

•Aquiloqueéapenasumsubtítuloresumido,comumoudoisparágrafos,emumartigo(introdução,subtítulo1,subtítulo2etc.)virarácapítulosnasoutrasformasderelatórioehaveráumaintroduçãomaisextensa,comosefosseum“capítulo” inicial,alémdoscapítulossobreoreferencial teórico,sobreapesquisa,sobreasconclusõesetc.Vistodessamaneiraémaissimples,nãoé?Todosessesdocumentoscientíficosseguemumamesmalógicaemanadadoprojetocientífico.Aideiabásicaéesta:

Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautoreelementospré-textuais

Aqui,deacordocomotipodetrabalho,vocêcolocaosdadosdainstituição,osseus,osdadosdomaterialproduzidoquandoforocaso(fichacatalográfica),dedicatóriaeepígrafe(seforocaso)etc.Sãooselementospré-textuaisapresentadosanteriormente.

Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendecomele

Aquivocêescreveaintroduçãodeseutrabalho.Nela,façaconstaroquevocêfez,porquevocêfezequaiseramseusobjetivos.

Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas

Éoprimeirosubtítulooucapítulo.Nelevocêapresentaafundamentaçãoteóricadotrabalho,umarevisãodoqueabibliografiapertinentedizsobreoseuobjetoesobreasteoriasquevocêadotou.

Informaçõessobreapesquisarealizada

Aquivocêconstróiosegundocapítuloousubtítulo(quepodeserdivididoemoutroscapítulosousubtítulos,sefornecessário):nele(s)vocêdescrevetodooprocessodepesquisa,desdeoinício,passandopelametodologia,pelosdadoscoletados,pelotratamentoquedeuaosdadosepelainterpretaçãoconferidaaessesdados.Ouseja,essaéapartemaisinteressantedotrabalho,poisénelaquevocêcontatudooquerealizou.

Conclusão Aquivocêdescrevesucintamenteoquedescobriuapóstodootrabalhodepesquisa.Referênciasdosmateriaisutilizados

Aquivocêcitatodasasfontesreferenciáveisdeinformaçãoqueutilizou.

Emoutraspalavras,seguindoamesmasequêncialógicausadaparaescreveroprojeto,vocêredigeseuartigo,monografia,dissertaçãooutese,deixandoseutrabalhoescritoformalmenteperfeito,fácildelerecompreender e irrepreensível em sua organização interna. Mas preste atenção: é claro que isso nãogarante o valor científico do trabalho. O valor científico está no conteúdo. Porém essa formalização

permitiráqueovalordoquevocêfezsejamaisfacilmentereconhecido,poisnãohaveránenhumtipodedesordemparaatrapalharseusleitoresnabuscadasinformaçõesquevocêoferece.Finalmente, se achar necessário, inclua documentos, transcrições de entrevistas, formulários,

fotografias e tudo mais que for importante para reforçar o conteúdo que você apresentou. Mas nãoesqueça: em ciência não se tenta impressionar o leitor pelo tamanho do texto e, muito menos, pelaquantidadedeanexos,“enrolando”,comosedizpopularmente.Nãoadiantaengordarseu trabalhocomcitações ou anexos só para fazer volume. Os anexos estarão lá somente se forem absolutamentenecessários,assimcomotodoorestantedotexto,fontes,citações,referênciasetc.Agoraésuavez!Mãosàobraeumexcelentetrabalho!

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Oautor

Celso Ferrarezi Junior possui licenciatura plena em Letras Português-Inglês pela UniversidadeFederal de Rondônia, é mestre em Linguística-Semântica pela Universidade Estadual de Campinas edoutornamesmaáreapelaUniversidadeFederaldeRondônia.Tempós-doutoradoemSemânticapelaUniversidade Estadual de Campinas. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal deAlfenas(MG),cargoquetambémocupounaUniversidadeFederaldeRondônia,epossuiexperiêncianaárea de Linguística, com ênfase em Semântica, atuando principalmente com os seguintes temas:semântica,educação,alfabetização,descriçãoeteorialinguística.