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8/16/2019 História do Direito Português - trabalho de casa 1.odt
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A monarquia em Portugal foi formalmente declarada, através de um ato da cúria
romana, a Bula Manifestus Probatum, em que o Papa reconhece a Afonso Henriques a
dignidade régia. A monarquia portuguesa foi sendo influenciada, quer por romanos,
através da ideia de poder centralizado e absolutizante, quer por germanos, através da
ideia de potencialidade sucessória de todos os membros da família real, do princípio da
elei!o popular e ainda da tend"ncia para a hereditariedade. Por conseguinte veio
ganhando relevo a conceção patrimonial de reino, ou se#a, o reino $entidade política e
#urídica que foi diferenciada do rei% era considerado coisa própria do monarca $como se
fosse sua propriedade%. A realeza portuguesa, com o passar do tempo vai&se mostrando
enfraquecida devido ' ideia da escolha popular, bem como pelos diversos príncipes com
potencial para subir ao trono e ainda pela conce!o patrimonial do reino.
( rei detinha a fun!o de administrar a #ustia, e fazia&o através dos cargos de
legislador e iudex $estatuía o direito e aplicava&o e tendeu a constituir a fonte última e
e)clusiva de #uridicidade%. *ontudo a lei do rei n!o era a única fonte da ordem #urídica.
+ra tido em conta, por parte do monarca, o direito positivo n!o legislado $usos e
costumes do reino%, a lei divina $como fonte suprapositiva% e ainda a lei natural. a
-dade édia, a linha mestra era a de que todo o poder vinha de /eus, e como tal 00o rei
era vig1rio de /eus22. *omo representante do 3enhor, o rei deveria pautar o e)ercício
do seu poder para a prossecu!o de um fim, o bem comum. +ste fim era alando
aquando do estabelecimento da #ustia e da paz.
o direito romano era notório o fortalecimento do poder, e muitas vezes eram
invocados te)tos para defender a supremacia do rei sobre a lei. 41 em Portugal, o mesmo
n!o acontecia. *omo o rei tinha a fun!o de distribuir a #ustia, este ofício do monarca
vai servir de 00trav!o22 ao aumento do poder real.
*omparando os pilares do direito romano com a monarquia portuguesa é
possível retirar a seguinte conclus!o5 enquanto que, no direito romano era considerado
um sacrilégio disputar o poder do príncipe e como tal tentavam sempre introduzir te)tos
e formas de #ustificar o centralismo e o absolutismo do poder, na monarquia portuguesa
acontecia o contr1rio, visto que eram v1rios os entraves ' supremacia do poder do rei,
quer relacionados com a 00elei!o22 do monarca, quer com a sua conduta que o rei
deveria ter, isto de acordo com os desígnios de /eus. 6m dos entraves ao poder do
monarca, ainda n!o mencionados, foram as cortes. As cortes tinham um dever geral de
conselho, baseado na vassalagem natural. +ram uma entidade representativa da na!o e
ainda era portadora de direitos frente ao monarca $contudo este tinha o poder de asconvocar e dirigir%. *omo um e)emplo de castigo para um monarca no caso de n!o
respeitar as suas fun7es temos5 a bula de afastamento de 3ancho --, o rei foi afastado
do poder devido ' sua atitude de desprezar a liberdade eclesi1stica, oprimir as -gre#as e
os osteiros $símbolos de /eus% e ainda proceder a e)ecu7es indevidas ' -gre#a, e
como tal foi substituído por /. Afonso%.
Ana argarida 3antos Antunes, 8urma A, 3ubturma 9, n: ;? 9