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I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Ficha Catalográfica Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2010

Título Fortalecendo os Sentidos e Significados de Ser Professor Pela Relação de Unidade da Teoria e Prática.

Autor Marli Terezinha Arsego Pastre

Escola de Atuação Colégio Estadual Mário de Andrade Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

Município da escola Francisco Beltrão

Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão

Orientador Roseli de Fátima Rech Pilonetto

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Francisco Beltrão

Área do Conhecimento Pedagogia

Produção Didático-Pedagógica (indicar o tipo de produção conforme Orientação 03/2008 disponível na página do PDE)

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa e Literatura, Matemática, Sociologia, Fundamentos Históricos da Educação, Fundamentos Psicológicos da Educação, Organização do Trabalho Pedagógico e Prática de Formação (Estágio).

Público Alvo ( indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Professores e alunos do 1º ano do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Mário de Andrade - Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

Rua Tenente Camargo, 345

Bairro Luther King

CEP 85.605-090 Francisco Beltrão - PR

Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou

A efetivação da intervenção pedagógica tem como objetivo fortalecer os sentidos e significados de ser professor pela relação de unidade entre teoria e prática. Realizaremos um trabalho metodológico de articulação da ação pedagógica específica do professor da

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Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

disciplina de Prática de Formação (Estágio) com a ação docente dos demais professores das disciplinas do 1º ano do curso de Formação de Docentes em 2011, através de entrevistas, análise documental, planejamentos coletivos e discussão da temática teoria e prática. O trabalho pedagógico far-se-á em três etapas coletivas com professores e alunos e em momentos distintos. A primeira etapa consiste na socialização do projeto de pesquisa; Representações da Teoria e Prática, no 1º ano do curso de Formação de Docentes – Normal, em Nível Médio, em 2011, do Colégio Estadual Mário de Andrade – Francisco Beltrão , a segunda etapa consiste em reuniões de planejamento das atividades da Disciplina de Prática de Formação – Estágio Supervisionado com as demais disciplinas desta turma numa tentativa de articular a formação teórica das disciplinas voltada a prática docente do aluno em formação, no sentido de proporcionar que o estágio possa vir a ser um espaço e um tempo para a problematização da prática pedagógica do trabalho docente. A terceira etapa consiste de uma avaliação sistemática, mesmo que no decorrer de todo o processo uma avaliação significativa ocorra constantemente.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Formação de Docentes; Estágio; Teoria e Prática

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UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARLI TEREZINHA ARSEGO PASTRE

FORTALECENDO OS SENTIDOS E SIGNIFICADOS DE SER PROF ESSOR PELA

RELAÇÃO DE UNIDADE ENTRE TEORIA E PRÁTICA

FRANCISCO BELTRÃO – PR

PDE 2010

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II – APRESENTAÇÃO

Fonte: Figura do Clip-art – arquivo da Microsoft Word

Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a

viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pelviver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pelviver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pelviver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa a magia de nossa a magia de nossa a magia de nossa palavra. O professor assim não morre jamais...palavra. O professor assim não morre jamais...palavra. O professor assim não morre jamais...palavra. O professor assim não morre jamais...

Rubens AlvesRubens AlvesRubens AlvesRubens Alves

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Este trabalho de intervenção pedagógica caracteriza-se como uma unidade

didática resultado e conseqüência do objeto de estudo do Projeto de Intervenção

Pedagógica PDE – 2010 realizado no período de agosto 2010 a junho 2011, cuja

pesquisa foi intitulada “Representações da Teoria e Prática, no 1º Ano do C urso

de Formação de Docentes – Normal em Nível Médio, em 2011, do Colégio

Estadual Mário de Andrade – Francisco Beltrão ”. A referida intervenção

pedagógica se efetivará no segundo semestre letivo de 2011 junto aos professores e

alunos das turmas de 1º ano do curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Mário de

Andrade - CEMA – Francisco Beltrão - PR.

A temática deste projeto de intervenção pedagógica justifica-se devido a

insegurança e angústia que as (os) alunas (os) manifestam no momento de efetivar

as atividades de estágio, na disciplina de Prática de Formação, especialmente o

planejamento e a regência de classe, no 3º e 4º ano do curso, que são atividades de

regência de classe na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Nesse sentido, buscamos entender como ocorre esse processo de formação

e preparação da ação docente profissional, como os saberes docentes são

elaborados, re-elaborados e apropriados pelo futuro professor, que relação existe

entre teoria e prática nesse processo pedagógico e de que maneira as disciplinas do

curso ofertam aporte pedagógico necessário para a prática docente.

Também fundamentamos os conceitos de teoria e prática de autores

clássicos da área e buscamos conhecer as representações destes, presentes nos

documentos oficiais do curso de Formação de Docentes, no entendimento dos

alunos das turmas de 1º ano (matutino), professores e apoio pedagógico em 2011,

no Colégio Estadual Mário de Andrade que disponibilizamos em textos.

Nesta intervenção pedagógica pretendemos articular a ação pedagógica

específica da disciplina de Prática de Formação (Estágio Supervisionado) com a

ação docente das demais disciplinas dos professores das turmas do 1º Ano do

Curso de Formação de Docentes em 2011, através de estudo de textos, discussão

da temática teoria e prática, entrevistas, análise documental, planejamentos

coletivos das atividades de prática de formação com alunos e docentes das

disciplinas das referidas turmas, no sentido de proporcionar que o estágio possa vir

a ser um espaço e um tempo, para a problematização da prática pedagógica do

trabalho docente.

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Optamos em fazer esse trabalho de articulação pedagógica pela disciplina de

Prática de Formação (Estágio Supervisionado), por entender ser esta, a disciplina

que se constitui em um eixo articulador dos saberes das disciplinas da Base

Nacional Comum e da Parte Diversificada, da matriz curricular deste curso.

Este acompanhamento e envolvimento das disciplinas com a articulação da

disciplina de Prática de Formação (Estágio Supervisionado) têm a intenção de

instrumentalizar, em forma de encaminhamentos teórico-metodológicos, as

atividades da disciplina de Prática de Formação e relacionar teoria e prática na ação

docente profissional.

A efetivação da intervenção pedagógica far-se-á no período de agosto a

dezembro de 2011 em três etapas coletivas com os professores e alunos das turmas

de 1º Ano do Curso de Formação de Docentes no período matutino do CEMA.

A primeira etapa consiste na socialização e fundamentação do projeto de

pesquisa PDE – 2010 “Representações da Teoria e Prática, no 1º Ano do C urso

de Formações de Docentes – Normal, em Nível Médio, em 2011, do Colégio

Estadual Mário de Andrade – Francisco Beltrão”, momento em que os textos de

fundamentação desta unidade didática serão disponibilizados aos participantes.

A segunda etapa consiste em reuniões de planejamento das atividades da

Disciplina de Prática de Formação – Estágio Supervisionado com as demais

disciplinas da turma, numa tentativa de articulação da formação teórica das

disciplinas voltada à prática docente dos alunos em formação. Esta etapa far-se-á

em pelo menos quatro momentos, por se tratar de planejamentos da ação docente

específica de cada disciplina voltada à prática. Nestes momentos serão retomados

os fundamentos teóricos dos textos no que diz respeito à teoria e prática.

Destacamos também que os professores das disciplinas das turmas de 1º ano serão

convidados a participar das reuniões de estudo, planejamento e discussão da

temática.

A terceira etapa consiste de uma avaliação sistemática do processo de

intervenção pedagógica envolvendo alunos, professores e demais profissionais

participantes, mesmo que no decorrer do processo da intervenção pedagógica, uma

avaliação significativa ocorra constantemente.

O objetivo desta unidade didática é fortalecer o sentido e o significado de ser

professor pela relação de unidade entre teoria e prática através de um trabalho

metodológico de articulação da ação pedagógica específica do Professor da

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disciplina de Prática de Formação (Estágio Supervisionado) com a ação docente dos

demais professores das disciplinas no 1º Ano do Curso de Formação de Docentes

em 2011.

Esta unidade didática tem como público alvo professores e alunos de duas

turmas de 1º ano do curso de Formação de Docentes e foi estruturada pela

apresentação , pelo desenvolvimento da temática onde constam três textos de

fundamentação: Texto 01 – Conceituando Teoria e Prática; Texto 02 - Teoria e

Prática: o Que Dizem os Documentos Oficiais; e o Texto Complementar - O Trabalho

Como Princípio Educativo, e pelo desenvolvimento metodológico que se efetivará

através de estudos dos textos, por questões para reflexão e discussão da temática,

planejamentos e acompanhamento das atividades específicas da disciplina de

Prática de Formação, além da avaliação de todo o processo pedagógico.

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III – DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA

Fonte: Figura do Clip-art – arquivo da Microsoft Word

A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição, A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição, A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição, A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição,

fruto do seu Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores fruto do seu Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores fruto do seu Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores fruto do seu Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, da formação teóricoda formação teóricoda formação teóricoda formação teórico----prática do seu aluno. prática do seu aluno. prática do seu aluno. prática do seu aluno.

PPPP....PPPP....CCCC. do Curso. do Curso. do Curso. do Curso de Formação de Docentes. de Formação de Docentes. de Formação de Docentes. de Formação de Docentes. 2006200620062006, p, p, p, p.29..29..29..29.

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Texto 1:

Conceituando Teoria e Prática

Para compreender teoria e prática e seqüencialmente relacionar com

aspectos pertinentes ao trabalho pedagógico das disciplinas que compõem a matriz

curricular do Curso de Formação de Docentes é que buscamos sua conceituação.

Vásquez (2007) apresenta uma conceituação com abordagem filosófica

sobre: “atividade prática” e “atividade teórica”, e por ser uma abordagem filosófica, o

autor caracteriza e expõe a compreensão do significado de atividade que assim a

define:

Por atividades em geral entendemos o ato ou conjunto de atos em virtude dos quais, um sujeito ativo (agente) modifica uma matéria–prima. Justamente por sua generalização, essa caracterização da atividade não especifica o tipo de agente (físico, biológico ou humano) nem a natureza da matéria–prima sobre o qual atua (corpo físico, ser vivo, vivência psíquica, grupo, relação ou instituição social) nem determina a espécie de atos (físicos, psíquicos, sociais) que levam a certa transformação. O resultado da atividade, ou seja, seu produto, também se dá em diversos níveis: pode ser uma nova partícula, um conceito, um instrumento, uma obra artística ou um novo sistema social (VASQUEZ, 2007, p. 219).

Para Vásquez (2007, p. 222), a “atividade humana” é carregada de

“articulação e determinação dos diferentes atos”, diferente de uma atividade humana

“meramente natural e instintiva”, a atividade humana tem um “caráter consciente” [...]

“a atividade humana é, portanto, atividade que se orienta conforme a fins, e estes só

existem através do homem, como produtos de sua consciência”, [...] este fim, [...] é a

“expressão de certa atitude do sujeito diante da realidade”.

Vásquez (2007, p. 223) ilustra a “atividade consciente” citando Marx:

Uma aranha executa operações que se assemelham às manipulações do tecelão, e a construção das colméias pelas abelhas poderia envergonhar, por sua perfeição, a mais de um mestre-de-obras. Mas há algo em que o pior mestre-de-obras leva vantagem, de imediato, em relação a melhor abelha, é o fato de que, antes de executar a construção, projeta-a em seu cérebro1.

Sobre “atividade prática”, Vásquez (2007, p. 225) diz que: “a atividade prática,

como toda atividade propriamente humana, se manifesta na criação artística ou na

1 K.Marx, O Capital, 21 ed., 2001, vol.1, p.216.

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práxis revolucionária adequada a fins, cujo cumprimento exige certa atividade

cognoscitiva”.

Desta forma entendemos que na atividade prática, o sujeito age sobre uma

matéria que existe, e através das diferentes operações ou manipulações transforma-

as, sejam elas coisas, objetos materiais, idéias ou pensamentos. Essa

transformação se processa pelo trabalho do homem e na escola pelo fazer

pedagógico, mas o homem não transforma apenas o material sobre o qual opera,

ele imprime consciência naquilo que almeja, e ao transformar, também transforma

constantemente a si mesmo.

O objeto da atividade prática é a natureza, a sociedade ou os homens reais. O fim dessa atividade e a transformação real, objetiva, do mundo natural ou social para satisfazer determinada necessidade humana. E o resultado é uma nova realidade, que subsiste independentemente do sujeito ou dos sujeitos concretos que a engendraram com sua atividade subjetiva, mas que sem dúvida só existe pelo homem, e para o homem, como ser social (VÁSQUEZ 2007, p. 226).

Sobre atividade teórica, Vásquez (2007, p.232) diz:

Ainda que a prática teórica transforme percepções ou conceitos e crie um tipo peculiar de produtos que são as hipóteses, teorias, leis, etc., em nenhum desses casos se transforma a realidade [...] por isso não consideramos a atividade teórica uma forma de práxis [...] A atividade teórica proporciona um conhecimento indispensável para transformar a realidade, são transformações ideais, das idéias sobre o mundo, são operações que levam o homem produzir conhecimentos, abstrair, generalizar, deduzir, sintetizar e prever, mas estas produções por si só não transformam a realidade e ainda que mudem nossas idéias, não é legítimo falar de práxis teórica. Em suma, a práxis se apresenta como uma atividade material, transformadora e a adequada a fins.

A prática, segundo Vásquez, tem significados diferentes a partir das

concepções do pragmatismo e do marxismo, para o pragmatismo a prática tem um

sentido de “ação subjetiva do indivíduo destinada a satisfazer seus interesses” e

para o marxismo toma o sentido de,

ação material, objetiva, transformadora, que corresponde a interesses sociais e que, considerada do ponto de vista histórico-social não é só produção de uma realidade material, mas sim criação e desenvolvimento incessante da realidade humana. (VÁSQUEZ, 2007, p.242).

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Neste sentido histórico-social e de necessidade de transformação é que Marx

vincula teoria e prática, “a prática como critério e validade da teoria e também o seu

fundamento.” Esta prática é entendida como o fim ou antecipação ideal do que

queremos que se efetive (VÁSQUEZ, 2007, p. 243).

A relação de unidade entre teoria e prática, segundo Vásquez, não pode ser

vista de modo “simplista ou mecânico” deve ser entendida no,

sentido da práxis, no curso de um processo histórico-social, porque a história da teoria (do saber humano em seu conjunto) e da práxis (das atividades práticas do homem) são abstrações de uma única e verdadeira história a história humana. (VÁSQUEZ, 2007, p. 256) (Grifos nossos).

Segundo Ghedin (2005, p.133). Teoria e prática fazem parte de um processo

dinâmico de ação e reflexão, “pois a práxis, é um movimento operacionalizado

simultaneamente pela ação e reflexão, isto é, a práxis é uma ação final que traz, no

seu interior, a inseparabilidade entre teoria e prática.”

Para Sacristán apud Pimenta (2004, p.41), a prática é institucionalizada pelos

diferentes contextos das instituições, da tradição e da cultura. Esta prática ou ação

obedece a muitos determinantes institucionais, organizativos, tradições

metodológicas, possibilidades reais dos professores e condições físicas existentes.

Desta forma entendemos e compartilhamos que a prática educativa é um

processo bastante complexo, que passa pelo domínio do conhecimento teórico,

pelos conteúdos e metodologias das diferentes disciplinas, pelo contexto social e

histórico de professores e alunos, pelos compromissos de ambos por suas opções,

pela posição política da instituição, por determinantes sociais econômicos e por seus

objetivos.

Pimenta (2004) caracteriza que no processo ensino-aprendizagem o papel

das teorias é:

Iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação que permitem questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos e, ao mesmo tempo, colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicações sempre provisórias da realidade. (p.43)

Candau (1988, p.67) aborda duas visões da relação teoria-prática na

formação do educador; uma dicotômica e outra de unidade. Na visão dicotômica, a

primeira enfatiza a autonomia da teoria em relação à prática, a segunda considera

teoria e prática como pólos associados, e a teoria com primazia em relação a

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prática, sendo a prática a aplicação da teoria. A visão de unidade esta centrada na

vinculação, na relação simultânea e recíproca de autonomia e dependência. A

autora defende a visão de unidade em que “teoria e prática são componentes

indissociáveis da práxis”

Fávero (1992) em estudos sobre estágio curricular propõe que teoria e prática

são indissociáveis na concepção dialética, e que teoria e prática são o núcleo

articulador da formação do profissional.

A prática (a análise teórica da prática) é o ponto de partida e de chegada. A conseqüência disso é que ninguém se tornará profissional apenas porque sabe sobre os problemas da profissão, por ter estudado algumas teorias a respeito. Não é só com o curso que o individuo se torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma. (FÁVERO, 1992, p.65)

Pimenta (2001, p. 83) diz:

A atividade docente é práxis. A essência da atividade (prática) do professor é o ensino-aprendizagem. Ou seja, é o conhecimento técnico prático de como garantir que a aprendizagem se realize como conseqüência da atividade de ensinar. Envolve, portanto, o conhecimento do objeto, o estabelecimento de finalidades e a intervenção no objeto para que a realidade (não aprendizagem) seja transformada, enquanto realidade social. Ou seja, a aprendizagem (ou não-aprendizagem) precisa ser compreendida enquanto determinada em uma realidade histórico-social. A atividade docente é sistemática e científica, na medida em que toma objetivamente (conhecer) o seu objeto (ensinar e aprender) e é intencional, não-casuística.

A autora afirma que a “educação é prática social” e que ocorre nas diversas

instâncias da sociedade, seu objetivo é a humanização dos homens, isto é, fazer

dos seres humanos participantes dos frutos e da construção da civilização, dos

progressos da civilização, resultado do trabalho dos homens, e finaliza que só há

educação na sociedade humana, nas relações sociais que os homens estabelecem

entre si para assegurar a sua existência.

Para Pimenta (2001, p.92), a atividade teórica é que possibilita de modo

indissociável o conhecimento da realidade e o estabelecimento de finalidades para

sua transformação, mas para efetivar tal transformação não é suficiente a atividade

teórica; é preciso atuar praticamente, idéia que retoma Marx, “não basta conhecer e

interpretar o mundo, é preciso transformá-lo” e essa prática transformada é objeto da

nova práxis transformadora histórica e social.

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Em relação a práxis e a formação de professores Pimenta (2005) cita; “a

atividade teórica por si só não leva a transformação da realidade; não se objetiva e

não se materializa, não sendo, pois práxis. Por outro lado a prática também não fala

por si mesmo, ou seja, teoria e prática são indissociáveis como práxis”.

Também em relação à teoria e prática, Freire (1996) cita que a reflexão crítica

sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria-prática para a construção

de novos conhecimentos, e diz: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende

ensina ao aprender.”

Segundo Pimenta, 2001, o estágio no curso de Formação de Docentes “faz

parte de sua formação curricular e não é profissional” e assim se caracteriza por

estar em contato com seu campo de trabalho, a Educação Infantil e os Anos Iniciais

do Ensino Fundamental. Em função disso é denominado a “parte mais prática” do

curso em contraposição às demais disciplinas consideradas como “parte mais

teórica”.

Gasparin (2005) em Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica propõe

as etapas de um método pedagógico para a pedagogia histórico-crítica em que o

trabalho pedagógico consiste em passar da “prática social inicial que é o nível de

desenvolvimento atual do educando”, (em nossa problemática se traduz na angústia

dos alunos em efetivar sua ação pedagógica do estágio), para a “prática social final

que é a manifestação de uma nova postura prática” passando pela mediação da

“teoria”.

A unidade indissolúvel teoria-prática se dá na prática e, portanto, o processo de conhecimento não está completo enquanto não houver a atividade prática relativa ao elemento teórico em questão, ou seja, entendemos que o conhecimento efetivo, só se realiza quando dá prática relativa a ele. Um conhecimento, para levar à ação, deve ser carregado de significado (compreensão) e de afetividade (envolvimento emocional). Desta forma entendemos que o trabalho como conhecimento deve ser articulado com a realidade no sentido de sua transformação (VASCONCELLOS apud GASPARIN, 2005, p.147).

Por estes referenciais constatamos que a ação, a atividade humana, o fazer

pedagógico efetivo que na compreensão filosófica, sociológica, histórica e social,

refere-se aos objetivos, finalidades, meios, conteúdos e avaliação implica a

consciência dos sujeitos e, supõe certo saber e conhecimento. Assim, a ação

pedagógica, as atividades, os trabalhos que os professores realizam no coletivo

escolar devem ser sistematicamente orientados e estruturados. Estas atividades têm

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por finalidade a efetivação do processo de ensino-aprendizagem, por parte de

professores e alunos. Esse processo de ensino-aprendizagem é composto de

conteúdos científicos, habilidades e posturas sociais, afetivas e humanas. Por isso

entendemos que na escola, o planejamento curricular ou de uma disciplina, é o

registro do que se pretende atingir, das ações que se pretende desenvolver para

transformar uma determinada realidade (especificamente na escola a não

aprendizagem em aprendizagem). Portanto, pensar o desenvolvimento dessa prática

pedagógica é estabelecer de forma consciente a relação entre essa prática e a

teoria que a orienta, que a sustenta e a fundamenta, isso é “práxis”, é efetivar uma

ação consciente, sem separar pensamento e ação.

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Texto 2:

Teoria e Prática: o Que Dizem os Documentos Oficiai s

Para identificar as representações da teoria e prática buscamos elementos de

sua pertinência nos documentos oficiais; o Texto de Introdução às Diretrizes

Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio do PR, a Proposta Pedagógica

Curricular do curso de Formação de Docentes do PR, o Projeto Político Pedagógico

do Colégio Estadual Mário de Andrade e o Planejamento da disciplina de Prática de

Formação para o ano de 2011.

No texto de Introdução as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental

e Médio, documento que serviu de subsídio para a reflexão dos professores da rede

estadual de ensino, e embasou as transformações que se seqüenciaram nas

diretrizes curriculares das disciplinas, a autora coloca que a relação teoria e prática é

inerente a todas as disciplinas e conteúdos curriculares e enfatiza a metodologia

como forma de articular o pensar e o fazer e diz:

A mediação pedagógica entre a teoria e a prática é feita na escola, através dos processos de ensino – via metodologia – onde articula o trabalho intelectual de modo que o aluno se aproprie da prática no pensamento, pela sua capacidade de abstração, a compreenda e, assim, adquira condições para nela intervir, considerando o conjunto das relações sociais e produtivas, através das quais o pensamento adquire materialidade ao transformar-se em ação (ARCO-VERDE, 2006, p. 4)

O conhecimento geral e específico trabalhado na escola tem origem na

ciência e na produção intelectual dos homens e é constantemente elaborado e

reelaborado na dinâmica da ação humana coletiva e nas relações sociais

estabelecidas, que geram novos conhecimentos e novas necessidades de reflexão e

conseqüentemente novas elaborações.

Nas chamadas aulas teóricas, de uma maneira geral, os conteúdos são

expostos com atenção priorizada aos conceitos, princípios, abordagens e regras que

envolvem o assunto, e nem sempre se tem a preocupação com a aplicação prática

destes conteúdos.

Desta forma, propomos encaminhamentos que envolvem o trabalho coletivo

dos professores do curso, e também, a todo aparato administrativo e pedagógico da

escola, que pela disciplina de Prática de Formação possibilita articulação dos

diferentes saberes, vivências e práticas pedagógicas, integrando o currículo do

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curso pelas disciplinas como consta na ementa da Disciplina de Prática de

Formação para o curso de Formação de Docentes (PARANÁ, 2006).

Sentidos e significados do trabalho docente. Pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação. Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação. A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa (PARANÁ, 2006, p.94).

Para compreender a unidade teoria prática e também a reflexão-ação

encontramos subsídio na PPC (Proposta Pedagógica Curricular) do Curso de

Formação de Docentes (PARANÁ, 2006, p.25) no que diz respeito à práxis como

princípio curricular e consta:

Se o trabalho é um dos princípios educativos do currículo de formação de professores, então a prática docente deve ser encarada no sentido da práxis, o que significa dizer que a dimensão política torna-se a chave para a compreensão do saber e do fazer educativo. [...] Nesse sentido, a formação do professor em si mesma já é uma práxis, porque é uma atividade social prática, que poderá ser alienada ou consciente. Se for alienada não atingirá a dimensão política da ação humana, divorciando ainda mais a ‘teoria’ e a ‘prática’, mesmo quando se demonstra à exaustão as utilidades dos saberes e as formas de praticá-los (PARANÁ, 2006, p.25)

No curso de Formação de Docentes, o estágio e as demais disciplinas

compõe o currículo do curso, e é obrigatório o cumprimento de ambas para

integralização e obtenção do certificado de conclusão do mesmo.

Na Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

Modalidade Normal – Paraná, (2006) consta o trabalho como princípio pedagógico e

eixo do processo educativo, “porque é através dele (trabalho) que o homem, ao

modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora a própria

história da formação humana” (p.23). Neste contexto o professor “é um intelectual

que transforma atos e objetos no processo do trabalho de formar, ensinar, aprender

e produzir conhecimentos” [...], “o meio de trabalho é o próprio professor e a relação

social, num processo de trabalho complexo [...] em uma relação estritamente social,

permeada e carregada de história, de afeto e contradições [...], nesse sentido, o

conhecimento escolar é o núcleo fundamental da práxis pedagógica do professor”.

(p.24).

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A Proposta Pedagógica Curricular do curso de Formação de Docentes

(PARANÁ, 2006), também faz referência à práxis como princípio curricular e sobre a

prática docente no sentido da práxis, consta:

Práxis é a teoria e a prática ao mesmo tempo. Isso não significa articular a prática e a teoria. Isso significa que a atividade humana é compreendida como teoria e prática ao mesmo tempo, sempre. Assim, o aluno não precisa ser lembrado ou instado o tempo todo a ver utilidade e a aplicabilidade de qualquer conceito como forma de unir teoria e prática. Toda e qualquer disciplina/ciência que esta sendo ensinada é ao mesmo tempo teoria e prática. Contudo, no processo de didatização, pode-se demonstrar as dimensões dos conhecimentos através de momentos diferenciados de experiência mais “teóricas’ e/ou mais“ práticas”, que só farão sentido se a práxis não for alienada e daí sim transformar a ação humana de alienada/explorada para política/ libertada. [...].(PARANÁ, 2006, p.25)

Ainda sobre currículo, e referindo-se a teoria e prática na Proposta

Pedagógica Curricular do curso de Formação de Docentes, consta:

O currículo não deve ser dicotômico, pois o “fazer e saber sobre o fazer” deverão ser elementos integrados ao processo de formação dos alunos. Os saberes disciplinares não poderão ser independentes dos saberes dos profissionais. (PARANÁ, 2006, p.24).

A mesma proposta enfatiza a indissociabilidade entre teoria e prática, pelo

trabalho no sentido da práxis e o compromisso com a transformação social.

Na organização do currículo isso se refletirá se possibilitarmos, em todas as etapas didáticas da formação, espaços e tempos em que docentes e alunos possam enfrentar todas as dimensões do trabalho de professor como práxis, como atividade humana, condicionada pelo modo de produção de vida predominante, mas que, por lidar com a dimensão mais política da socialização humana, tem o compromisso com o futuro, com a transformação. As atividades desenvolvidas na operacionalização do currículo como aulas, oficinas, seminários, estágios realizados nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental e as vivências artísticas deverão propiciar a compreensão de prática docente como práxis. Portanto, esta “prática” é a teoria e a prática ao mesmo tempo [...] (PARANÁ, 2006, p.26).

A disciplina de Prática de Formação deverá ser trabalhada com carga horária

de 200 horas para cada ano, totalizando 800 horas conforme legislação vigente.

(Del. 010/99 do CEE)2 de “forma coletiva e nesse sentido, todos os professores

responsáveis pela formação de educador deverão participar, em diferentes níveis,

2 Disponível em: http://www.cee.pr.gov.br/deliberação nº 010/99. Acesso em: 05/10/2010.

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da formação teórico-prática do aluno” (PARANÁ, 2006, p.29), a mesma sugere

como proposta inicial de trabalho para a disciplina; (grifo nosso).

1- Na primeira série, as práticas pedagógicas se concentrarão nos “sentidos e significados do trabalho do professor/e ducador”, em diferentes modalidades e dimensões. O eixo será possibilitar a observação do trabalho docente pelos alunos. Isso implicara visitas as: a) creches; b) instituições que tenham maternal e pré-escola; c) escolas, preferencialmente na 1ª e 2ª séries (Grifos do Autor).

No Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Mário de Andrade, no

Marco Situacional sobre o curso de Formação de Docentes e na disciplina de Prática

de Formação, no que diz respeito à teoria e prática consta:

A Prática de Formação do curso de Formação de Docentes, que compreende também estágio supervisionado, tem no mínimo 800 (oitocentas) horas, associando teoria e prática como parte integrante e significativa dessa área, e o efetivo exercício de docência, com duração mínima de 200 (duzentas) horas na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sendo 100(cem) horas no primeiro semestre e 100(cem) horas no segundo semestre. A parte prática, distribuída ao longo do curso, deverá contextualizar e articular-se com as demais áreas curriculares. (Del. 10/99 do CEE) (PPP, 2008).

Também no Marco Conceitual do Projeto Político Pedagógico, na concepção

de educação em relação à teoria e prática consta:

É preciso que nós educadores, fiquemos atentos ao MOMENTO HISTÓRICO, promovendo a interação dos conteúdos, às vivências e ao contexto social sem, com isso cairmos no idealismo de propostas deslocadas do real, que não levam a nada. Somente a práxis, que é a junção da teoria e a ação, é capaz de superar esses riscos.

Ainda sobre teoria e prática, no PPP consta a práxis como condição de

superação dos riscos do pragmatismo e do idealismo.

A ação humana, que tem a virtualidade de apreender densamente a realidade no plano do conhecimento e de promover mudanças no plano histórico-social é, pois, crítico-prático. Ou seja, a reflexão e a ação, teoria e prática tencionam-se e fundem-se, ainda que seja na prática que as teorias são testadas e reconstruídas e historicamente validadas. (FRIGOTTO, 1996, p. 159 apud PPP, 2008)

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No sentido de perceber qual é a idéia de teoria e prática na disciplina de

Prática de Formação (estágio supervisionado) e de que forma esta se relaciona com

as demais disciplinas, do 1º ano do Curso de Formação de Docentes, procedemos a

verificação do planejamento da disciplina3, constatamos que entre os conteúdos

elencados para a disciplina está relacionado, o seguinte:

Questões norteadoras do eixo: qual a natureza do trabalho do professor? O que faz o educador/professor? Qual a diferença do trabalho de educar em relação a outros tipos de trabalho? O que é considerado um trabalho produtivo e um trabalho intelectual? Qual a relação entre os dois? Como definir as tarefas do trabalho do educador? Qual o produto do trabalho do professor? O fato do trabalho do professor ocorrer em torno de outro ser humano traz conseqüências específicas para suas atividades, para o seu processo criativo? (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011)

Em relação a objetivos consta:

Possibilitar ao educando a observação do trabalho docente, concentrando-se assim, no sentido e significados do trabalho do professor/educador. [...]. Valorizar o processo de formação como uma atividade intelectual, crítica e reflexiva [...]. Realizar leituras prévias, tendo como tema o eixo norteador da primeira série. Preparar os alunos para o contato com as instituições, por meio de atividades de leitura e textos. [...]. (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011).

Em relação à justificativa consta:

A prática de formação é uma fase integrante da formação e da habilitação profissional. É um período de experiência em que se realiza a síntese dos elementos teóricos e práticos da preparação funcional do futuro professor da educação. A finalidade da prática de formação é a de propiciar ao aluno uma aproximação a realidade na qual irá atuar, na medida em que será conseqüência da teoria estudada no curso. Pelas suas características especiais a prática de formação é um conteúdo integrador e interdisciplinar, que deve efetivar a inserção dos alunos, professores e coordenadores, na realidade educacional e o retorno dessas experiências para se tornarem o núcleo de reflexões teóricas das outras disciplinas. (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011). A prática de formação é um dos componentes do currículo do curso de Formação de Docentes. Currículo que é profissionalizante, o qual prepara para o exercício da profissão docente [...] Segundo Pimenta, “o estágio supervisionado para os alunos que ainda não exercem o magistério pode ser um espaço de convergência das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso e, principalmente, ser uma contingência de aprendizagem da profissão docente, mediada pelas relações sociais historicamente situadas”. Assim, uma prática pedagógica que possibilita o futuro professor conhecer a

3 Planejamento dos Conteúdos da Disciplina de Prática de Formação (Estágio Supervisionado) do Colégio Estadual Mário de Andrade para o 1º ano do curso em 2011.

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importância social do seu trabalho, bem como, o significado social de sua atuação. Daí a necessidade de se preparar o futuro professor consciente tanto de sua missão histórica, de suas finalidades, da estrutura da sociedade capitalista, da função da escola nessa sociedade como das condições objetivas de trabalho e possibilidades, objetivos de trabalho e transformações. [...] (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011).

Em relação ao encaminhamento metodológico consta:

[...] possibilitar o aprofundamento do que é o trabalho do professor nas creches e nas escolas. A aproximação com essa realidade poderá se dar através de pesquisas já existentes, reflexões teóricas e metodológicas mais consistentes e da realização de pequenas pesquisas (levantamentos) em instituições próximas dos alunos, tais como: creches, escolas, instituições voltadas para portadores de deficiências físicas e mentais (APAES, Institutos Especializados no Atendimento de Deficientes Visuais, Auditivos) e de Educação de Jovens e Adultos, entre outros. Realizar atividades de pesquisas abrangendo níveis e modalidades de educação para investigar e refletir sobre o papel do educador: O que um educador precisa saber para ensinar? O que um professor de crianças de 0 a 10 anos precisa aprender para ensinar/educar? (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011).

Em relação à avaliação consta:

A avaliação dos alunos será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos, tendo em vista a aprendizagem dos mesmos; re-elaboração dos relatórios, comparando e identificando as modificações do início do ano e do final do ano.

Consta também uma relação de textos a serem estudados neste ano, que

são:

“Normal Médio: atual e prioritário, até quando?” (Artigo de João Antonio C. de Monlevade). “Curso Normal Médio – Formação de Qualidade”. “Sentidos e Significados do Trabalho Docente – Ser Professor, Ser Professora?” (Ivânia Marini Píton). “Profissão de Professor – Evolução da Profissão de Docente”. “Educação Infantil: Saberes e Fazeres da Formação de Professores” (Luciana E. Ostetto, org.). “Porque o Estágio Para Quem Não Exerce o Magistério: o Aprender a Profissão” (Estágio e Docência da Selma G. Pimenta, org.).

E também consta uma relação de filmes para análise e discussão enfocando

as contradições vivenciadas pelos professores e alunos, num determinado contexto

histórico, observando os desafios e as contradições no âmbito escolar, que são:

“Mãos Talentosas” “Espelho Tem Duas Faces” “Encontrando Forrester”

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“Mestrado da Vida” “Escritores da Liberdade” “A Escola da Vida”

Estão relacionadas também as músicas:

“Eterno Aprendiz” - Gonzaguinha. “Aquarela” – “O caderno” Toquinho (Vídeos). “Menino Guerreiro” – Gonzaguinha/Fagner (outras).

Procedido o aprofundamento teórico sobre teoria e prática, o levantamento do

que se percebe pertinente no Planejamento da Disciplina de Prática de Formação

(2011), no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Mário de Andrade (2008)

e o direcionamento da Proposta Pedagógica Curricular do curso de Formação de

Docentes (2006), faremos algumas considerações:

Conforme coloca a Proposta Pedagógica Curricular, nesta série/ano “as

práticas pedagógicas se concentram nos “sentidos e significados do trabalho do

professor/educador”, entre os conteúdos relacionados e que acima transcrevemos

percebe-se em sua totalidade pertinência ao eixo proposto, mesmo que, no

documento e na escrita, prevalece grande subjetividade, e também porque se trata

de uma proposta de trabalho, não material, portanto de difícil mensuração.

Ao se referir aos conteúdos relacionados em todos os documentos, há

correlações entre teoria e prática, porém, esta ação pedagógica só se efetivará no

sentido da práxis, “da teoria e da prática ao mesmo tempo” como processo único de

ação e de transformação da realidade, considerada do ponto de vista histórico-social

em que: “constantemente processar-se-á o desenvolvimento da realidade humana”

(VÁSQUEZ, 2007).

No que diz respeito aos objetivos, são pertinentes a temática deste ano e

concentram-se no sentido e significado do trabalho do professor/educador.

Em relação à justificativa há elementos evidentes em relação à teoria e

prática e consta claramente que a prática de formação é uma fase integrante da

formação e da habilitação profissional. Também está posto que é um período de

experiência em que se realiza a síntese dos elementos teóricos e práticos da

preparação do futuro profissional da educação, posição que também é citada pelos

teóricos Pimenta (2001) e Fávero (1992). A prática de formação também é

justificada como um conteúdo interdisciplinar e articulador capaz de efetivar a

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inserção de alunos, professores e coordenadores na realidade educacional em que

o retorno dessas experiências torne-se o núcleo das reflexões teóricas das

disciplinas.

Quanto ao que diz respeito a encaminhamento metodológico consta:

[...] possibilitar o aprofundamento do que é o trabalho do professor [...]. A aproximação com esta realidade poderá se dar através de pesquisas já existentes, reflexões teóricas e metodológicas mais consistentes e da realização de pequenas pesquisas [...]. Investigar e refletir sobre o papel do educador; o que precisa saber para ensinar? O que precisa aprender para ensinar/educar? (PLANEJAMENTO DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO, 2011).

A Proposta Pedagógica Curricular (Paraná, 2006, p.29) sugere que:

Os professores das disciplinas deverão reunir-se periodicamente para organizar os encaminhamentos dessa atividade, elaborando roteiros de observações, indicando as leituras prévias e obrigatórias, preparando os alunos para o contato com as instituições. As reuniões deverão acontecer também para discutir os resultados das visitas, os relatórios elaborados pelos alunos e para realizar o mapeamento dos problemas/fenômenos educativos mais recorrentes na observação dos alunos. Após isso, deverão aprofundar os níveis de problematização e redefinir eixos que serão trabalhados por todos os professores de acordo com os referenciais de sua disciplinas, mostrando para os alunos o processo de teorização, de elaboração de hipóteses e de reproblematização, que envolvem a prática profissional da educação. No final do período letivo os alunos reelaboram seus relatórios iniciais de observação, comparam com suas visões no início do ano e no final, identificando as modificações e o que conseguiram compreender sobre a natureza do trabalho professor/educador. Ressalta-se que através dessas atividades também será possível avaliar o desempenho dos alunos nas disciplinas, ou seja, em que medida conseguiram aproveitar as reflexões das disciplinas.

Nesse aspecto, o encaminhamento metodológico pareceu desencontrado e

neste sentido não consta na Proposta de Prática de Formação o trabalho coletivo

dos professores das disciplinas que compõem a Matriz Curricular do 1º ano. Desta

forma, a possível desarticulação das disciplinas com os seus conhecimentos e

saberes vinculados ao estágio ou ao programa da disciplina de Prática de

Formação, é que pode se instaurar certa fragilidade em suporte teórico-prático dos

saberes e conhecimentos necessários à atuação profissional, à contextualização do

ser professor, mesmo que para esta turma seja ainda como observação, primeiros

contatos com as instituições e com a profissão.

Quando o estagiário entra em contado com as problematizações das

instituições e da profissão de educador, neste momento precisará do aporte

pedagógico teórico e prático de todas as disciplinas e de todos os professores que

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no transcurso de suas ações pedagógicas deverão aprofundar processos de

teorização, de elaboração de hipóteses e reproblematização que envolvem a prática

profissional do educador.

Relacionando estas concepções à disciplina de Prática de Formação do curso

de Formação de Docentes constata-se que o exercício da docência requer preparo

constante, que não se basta enquanto curso de Formação de Docentes, mas que

pode ser uma contribuição específica enquanto conhecimento sistemático da

realidade do ensino-aprendizagem na sociedade teoricamente situada, como

possibilidade de efetivação da realidade que se quer, a práxis transformadora. O

curso por si só não é, e não constitui a práxis do futuro professor, mas é a formação

teórico-prática do professor para a práxis transformadora, ou seja, é a ação do

sujeito professor, enquanto professor, que ele exerce a práxis transformadora.

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Texto Complementar 01

O Trabalho Como Princípio Educativo. In: PARANÁ, Secretaria de Estado e Educação. Departamento de Educação Profissional. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do En sino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006. (p.23-25)

A proposta de currículo do curso Normal, em nível Médio, está calcada numa

visão educacional em que o trabalho é o eixo do processo educativo, porque é

através dele que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa

perspectiva que incorpora a própria história da formação humana. Portanto, o

trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o ensino médio e não

apenas naquele que tem o adjetivo de profissionalizante. Ter o trabalho como

princípio educativo implica compreender a natureza da relação que os homens

estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais em suas

tessituras institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade. Assim,

a educação é também uma manifestação histórica do estar e do fazer humano que

fundamentam o processo de socialização.

Como bem nos ensina Gramsci, os fundamentos científicos da compreensão

e da produção social do saber e dos modos de produzir a vida precisam ser

explicitados num projeto de educação emancipatória. A educação estabelece as

bases científicas do trabalho humano num processo de socialização que liberta os

homens do reino da necessidade para inaugurar o reino da liberdade. Isso só será

possível se conseguirmos compreender o ato de estudar, de aprender e de ensinar

como um trabalho condicionado pelo modo de produzir a vida no contexto do

capitalismo, mas que não poderá se encerrar na reprodução desse sistema social,

apontando para um devir, um futuro que todos teremos que fazer nascer.

Nesse sentido, o Ensino Médio tem um papel fundamental de lapidar a

formação inicial (do Ensino Fundamental), apontando as possibilidades de

aprofundamento que os jovens poderão escolher ao longo de sua escolarização. Se

pensarmos nos três eixos que tradicionalmente constituem as trajetórias de

formação: o científico, o de profissões e o cultural, poderemos organizar este nível

de ensino apontando possibilidades que os unifiquem por não serem excludentes no

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espaço/tempo da escolarização, mas que poderão ser escolhidos como forma de

dedicação mais especializada, que os jovens poderão seguir futuramente. Ou seja,

poderão já no Ensino Médio vislumbrar uma dedicação maior à compreensão das

ciências de base, a uma profissão como uma forma de conceber a ciência não

desvinculada da técnica e da tecnologia e a algumas formas de arte.

No caso do Normal, considerando que encaminhamos os jovens para a

profissão de educador, propomos um currículo que possa formá-los solidamente nos

fundamentos das diferentes ciências e artes, especialmente nas ciências da

educação.

O currículo não deve ser dicotômico, pois o “fazer e saber sobre o fazer”

deverão ser elementos integrados ao processo de formação dos alunos. Os saberes

disciplinares não poderão ser independentes dos saberes profissionais. Ao ensinar

química, biologia, matemática, português, ou outra disciplina, os docentes deverão

ter presente o compromisso com aqueles conhecimentos, no sentido de que eles

serão ensinados pelos futuros professores das crianças de 0 a 10 anos de idade. Os

alunos, por sua vez, deverão estar comprometidos com o processo de

aprendizagem porque estão se preparando para um trabalho com características

especiais — a educação de crianças.

O professor, como todo ser social, é portador de história, carrega uma gama

de sentidos e significados sociais que configuram toda sua atividade de aprender e

ensinar. Todo ser que trabalha necessita se reconhecer no que resulta do processo

criador. É um intelectual que transforma atos e objetos no processo do trabalho de

formar, ensinar, aprender e produzir conhecimentos. Dessa forma, em qualquer

proposta de formação de professores, seja inicial ou continuada, a compreensão do

objeto e do produto do trabalho do professor precisa ser delineada. O objeto e o

trabalho do professor não são coisas, são pessoas (alunos), é o outro, é seu

semelhante, e não um objeto sobre o qual o professor plasma sua subjetividade,

mas trata-se, sobretudo de outro ser humano. Por sua vez, os meios de trabalho

também são diferenciados: o meio de trabalho é o próprio professor e a relação

social, num processo de trabalho complexo e diferente do processo de produção

material, porque se inicia e se completa em uma relação estritamente social,

permeada e carregada de história, de afeto e de contradições, características

próprias das relações entre os seres humanos. Nesse sentido, o conhecimento

escolar é o núcleo fundamental da práxis pedagógica do professor. É neste contexto

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histórico e social que as possibilidades de exercer seu papel emancipador se

explicitam, contribuindo para o processo de transformação social.

Dessa forma, propõe-se a composição curricular articulada aos saberes

disciplinares e específicos do “saber fazer” da profissão de professor. Isto significa

dizer que o núcleo fundamental da formação do professor pressupõe por um lado o

domínio dos conteúdos que serão objeto do processo ensino-aprendizagem e, por

outro, o domínio das formas através das quais se realiza este processo.

Nessa linha de considerações, o trabalho como princípio educativo no

trabalho do professor toma forma na medida em que se constitui como elemento

basilar da sua práxis. Trabalho este aqui entendido como a forma pela qual se dá a

produção do conhecimento no interior da escola.

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Texto Complementar 02

A Práxis como Princípio Curricular. In: PARANÁ, Secretaria de Estado e Educação. Departamento de Educação Profissional. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docen tes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundame ntal, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006. (p.25-27)

A Práxis como Princípio Curricular

Se o trabalho é um dos princípios educativos do currículo de formação de

professores, então a prática docente deve ser encarada no sentido da práxis, o que

significa dizer que a dimensão política torna-se a chave para a compreensão do

saber e do fazer educativo. Ou seja, compreendem-se os processos de

conhecimento científico e de todos os tipos de conhecimentos a partir de sua

natureza social, como produto coletivo de relações amplas entre objeto-coletividade

e não de indivíduo-objeto, numa dimensão tipicamente individualista.

Nesse sentido, a formação do professor em si mesma já é uma práxis, porque

é uma atividade social prática, que poderá ser alienada ou consciente. Se for

alienada não atingirá a dimensão política da ação humana, divorciando ainda mais a

“teoria” e a “prática”, mesmo quando se demonstra à exaustão as utilidades dos

saberes e as formas de praticá-los. Essa ilusão é muito comum nas propostas

liberais de educação que, ao proporem a aplicabilidade da ciência como forma de

motivação para o aluno aprender, pensam que estão unindo teoria e prática, o que

contraria o conceito de práxis no sentido marxista. A práxis, no sentido que lhe

atribui Marx, não se confunde com a prática estritamente utilitária, voltada para

resultados imediatos, tal como é concebida comumente. A redução do prático ao

utilitário implica a eliminação do aspecto humano, subjetivo, em face do objeto.

Deste modo, as coisas são entendidas como se significassem por si mesmas,

independentemente dos atos humanos. A práxis marxista supera essa visão

imediata e ingênua, ao acentuar criticamente os condicionantes sociais, econômicos,

ideológicos-históricos, que resultam da ação dos homens (VÁZQUEZ: 1977).

Assim compreendida a atividade humana, numa dimensão não alienada,

portanto consciente (com ciência) da natureza do processo que fundamenta o

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conhecimento sobre os fenômenos sociais e naturais, a práxis é a teoria e a prática

ao mesmo tempo. Isso não significa articular a prática e a teoria. Isso significa que a

atividade humana é compreendida como teoria e prática ao mesmo tempo, sempre.

Assim, o aluno não precisa ser lembrado ou instado o tempo todo a ver a

utilidade e a aplicabilidade de qualquer conceito como forma de unir teoria e prática.

Toda e qualquer disciplina/ciência que está sendo ensinada é ao mesmo tempo

teoria e prática. Contudo, no processo de didatização, pode-se demonstrar as

dimensões dos conhecimentos através de momentos diferenciados de experiências

mais “teóricas” e/ou mais “práticas”, que só farão sentido se a práxis não for

alienada e daí sim transformar a ação humana de alienada/explorada para

política/libertada.

Na organização do currículo isso se refletirá se possibilitarmos, em todas as

etapas didáticas da formação, espaços e tempos em que docentes e alunos possam

enfrentar todas as dimensões do trabalho de professor como práxis, como atividade

humana, condicionada pelo modo de produção de vida predominante, mas que, por

lidar com a dimensão mais política da socialização humana, tem o compromisso com

o futuro, com a transformação. As atividades desenvolvidas na operacionalização do

currículo como aulas, oficinas, seminários, estágios realizados nas escolas de

Educação Infantil e Ensino Fundamental e as vivências artísticas deverão propiciar a

compreensão de prática docente como práxis. Portanto, esta “prática” é teoria e

prática ao mesmo tempo, guardando a coerência com a concepção aqui explicitada.

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IV - DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

Fonte: Figura do Clip-art – arquivo da Microsoft Word

““““Andar algum passo, a cada dia, na direção traçada é tão importante Andar algum passo, a cada dia, na direção traçada é tão importante Andar algum passo, a cada dia, na direção traçada é tão importante Andar algum passo, a cada dia, na direção traçada é tão importante como debater o rumo e questionar se caminhamos nelecomo debater o rumo e questionar se caminhamos nelecomo debater o rumo e questionar se caminhamos nelecomo debater o rumo e questionar se caminhamos nele””””....

Danilo GandimDanilo GandimDanilo GandimDanilo Gandim

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PRIMEIRA ETAPA – APRESENTAÇÃO/SOCIALIZAÇÃO

Data: 22/07/2011

Duração: 2 horas

Público Alvo: Professores e alunos do 1º Ano do Curso de Formação de Docentes

Professores/ Disciplinas Envolvidas:

Professor de Arte: Duas aulas semanais

Professor de Biologia: Duas aulas semanais

Professor de Educação Física: Duas aulas semanais

Professor de Filosofia: Duas aulas semanais

Professor de Geografia: Três aulas semanais

Professor de História: Duas aulas semanais

Professor de Língua Portuguesa e Literatura: Duas aulas semanais

Professor de Matemática: Duas aulas semanais

Professor de Sociologia: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Históricos da Educação: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Psicológicos de Educação: Duas aulas semanais

Professor de Organização do Trabalho Pedagógico: Duas aulas semanais

Professor de Prática de Formação (Estágio): Cinco aulas semanais

Este primeiro momento da intervenção pedagógica far-se-á em reunião de

professores e destina-se a apresentação/socialização do Projeto de Pesquisa

“Representações da Teoria e Prática, no 1º Ano do C urso de Formação de

Docentes – Normal, em Nível Médio, em 2011, do Colé gio Estadual Mário de

Andrade” aos professores das referidas turmas. O projeto de pesquisa neste

momento da implementação muda de nome e, nesta unidade didática, espaço que

faremos a implementação pedagógica na escola se intitula “Fortalecendo os

sentidos e significados de ser professor pela relaç ão de unidade entre teoria e

prática” devido ao contexto onde o mesmo será aplicado, em turmas de 1º ano do

curso de Formação de Docentes na disciplina de Prática de Formação (Estágio) que

tem como eixo norteador das práticas pedagógicas para esta série, a temática dos

sentidos e significados do trabalho do professor/educador. Optamos em iniciar

esse trabalho com turmas de 1º ano para gradativamente estender e acompanhar

com esta metodologia, os anos posteriores de formação desta turma. Esta mesma

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atividade de socialização do projeto de pesquisa será realizada com os alunos das

turmas de 1ª ano nas aulas da disciplina de Prática de Formação (Estágio).

Destacamos que a participação dos professores das disciplinas do 1º ano se

dará por livre adesão ao projeto de intervenção pedagógica.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A socialização deste trabalho será feita de forma expositiva oral com o auxílio

de slides confeccionados para tal. Apresentaremos aos professores o projeto de

pesquisa, sua fundamentação através do conteúdo dos textos: Conceituando

Teoria e Prática; Teoria e Prática: o Que Dizem os Documentos Oficiais e O

Trabalho Como Princípio Educativo, ambos constam no desenvolvimento da

temática (fundamentação teórica) desta unidade didática, e serão disponibilizados

para os professores para leitura reflexão e discussão. Neste momento detalharemos

as etapas desta intervenção pedagógica, as datas e momentos das atividades, os

objetivos do trabalho, solicitaremos a participação dos professores devido à

importância que o trabalho coletivo tem no processo ensino-aprendizagem da

formação de professores, e ouviremos as contribuições e ou sugestões dos colegas

docentes.

SEGUNDA ETAPA –FUNDAMENTAÇÃO/REFLEXÃO E PLANEJAMENTOS

Datas: 16/08/2011 – 21/09/2011 – 21/10/2011 e 09/11/2011

Duração: 4 horas para cada data relacionada

Observação: Esta segunda etapa destina-se a leitura, retomada dos textos da

fundamentação que foram disponibilizados no primeiro encontro e planejamento de

atividades que serão desenvolvidas na disciplina de Prática de Formação (Estágio).

Serão momentos coletivos do processo formativo em que os professores tomam

conhecimento das atividades propostas pela disciplina, para o estágio e poderão dar

aporte teórico-metodológico de suas disciplinas em suas aulas. Os momentos

destinados a esta segunda etapa não se restringem ao espaço temporal do

encontro, mas ocorrerão também nas horas-atividade, nos planejamentos por área,

nas aulas trabalhadas pelos docentes com seus alunos, no auxílio pedagógico do

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coordenador de curso e coordenador de estágio ao professor do curso de Formação

de Docentes.

Pretendemos com esse trabalho coletivo fortalecer a formação do futuro

professor e sinalizar, como enfatiza a PPC do curso de Formação de Docentes, que

pelo trabalho coletivo da instituição todos os professores deverão participar em

diferentes níveis da formação teórico-prática do al uno.

Público Alvo: Professores e alunos do 1º Ano do Curso de Formação de Docentes

Professores/ Disciplinas Envolvidas:

Professor de Arte: Duas aulas semanais

Professor de Biologia: Duas aulas semanais

Professor de Educação Física: Duas aulas semanais

Professor de Filosofia: Duas aulas semanais

Professor de Geografia: Três aulas semanais

Professor de História: Duas aulas semanais

Professor de Língua Portuguesa e Literatura: Duas aulas semanais

Professor de Matemática: Duas aulas semanais

Professor de Sociologia: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Históricos da Educação: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Psicológicos de Educação: Duas aulas semanais

Professor de Organização do Trabalho Pedagógico: Duas aulas semanais

Professor de Prática de Formação (Estágio): Cinco aulas semanais

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Estes momentos centram-se no planejamento da aula como atividade

humana, portanto um ato consciente da ação pedagógica das disciplinas, atreladas

as atividades de estágio, na disciplina de Prática de Formação. Nossa intenção é dar

aporte teórico-metodológico à problematização da prática docente, especialmente

aos sentidos e significados de ser professor, da pr ofissão, da formação, dos

saberes, do fazer pedagógico, do movimento teórico- prático e da

contextualização social do processo educativo de to das as disciplinas.

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RECURSOS METODOLÓGICOS

Planos de Trabalho Docente das disciplinas envolvidas;

Planejamento Curricular das disciplinas envolvidas;

Textos disponibilizados em encontro anterior;

Música “Como uma onda” – Nelson Motta e Lulu Santos, para reflexão

Como uma onda

(Nelson Motta e Lulu Santos)

Nada do que foi será

De novo do jeito que já foi um dia

Tudo passa

Tudo sempre passará

A vida vem em ondas

Como um mar

Num indo e vindo infinito

Questões para reflexão:

1) Na disciplina que trabalho, é possível aproximar o conteúdo teórico da prática

docente observada pelos alunos (as) nas instituições em são realizadas as

atividades de observação do estágio?

2) Neste momento da formação profissional, é possível perceber dificuldades,

limites e possibilidades para a prática docente. Como cada disciplina contribui

para a formação dos alunos do curso, no sentido de que as mesmas tragam

elementos para o trabalho do professor (a)? Os alunos conseguem fazer a

transposição didática do conhecimento específico trabalhado em cada

disciplina para o contexto de sua formação? Ou seja, para trabalhar na

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas

e privadas onde serão absorvidos como profissionais? De que forma minha

disciplina, e ou minha atuação pedagógica pode transformar conhecimento,

teoria e saber em ação docente eficaz?

Estas questões também serão discutidas e refletidas com os alunos (as) nas

aulas de Prática de Formação (Estágio).

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TERCEIRA ETAPA - AVALIAÇÃO

Data: 19/11/2011

Duração: 2 horas

Público Alvo: Professores e alunos do 1ª Ano do Curso de Formação de Docentes

Professores/ Disciplinas Envolvidas:

Professor de Arte: Duas aulas semanais

Professor de Biologia: Duas aulas semanais

Professor de Educação Física: Duas aulas semanais

Professor de Filosofia: Duas aulas semanais

Professor de Geografia: Três aulas semanais

Professor de História: Duas aulas semanais

Professor de Língua Portuguesa e Literatura: Duas aulas semanais

Professor de Matemática: Duas aulas semanais

Professor de Sociologia: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Históricos da Educação: Duas aulas semanais

Professor de Fundamentos Psicológicos de Educação: Duas aulas semanais

Professor de Organização do Trabalho Pedagógico: Duas aulas semanais

Professor de Prática de Formação (Estágio): Cinco aulas semanais

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Entendemos o processo de ensino como um ato coletivo, flexível passível de

replanejamento e avaliação por isso, neste momento, faremos a tarefa conjunta de

avaliar, e a tomamos como instrumento de reflexão sobre os avanços, limites e

possibilidades de um fazer pedagógico coletivo da formação de professores

considerando a temática em questão: a teoria e a prática como práxis capaz de

fortalecer os sentidos e significados do ser professor.

Atividade de Avaliação: Painel Avaliativo

Cada professor participante ao final dos encontros de fundamentação,

reflexão e planejamento, escreverá em papéis de cores diferentes, os pontos

positivos ; as possibilidades de avanço na formação profissional e os limites do

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trabalho realizado. O professor não necessitará identificar-se na sua avaliação e

livremente poderá expor sua opinião quanto ao trabalho realizado.

Os papéis serão assim caracterizados:

Papel Azul = pontos positivos do processo de intervenção pedagógica;

Papel Verde = possibilidades de avanço na formação profissional nas turmas

de 1º Ano do Curso de Formação de Docentes para alunos e professores;

Papel Amarelo = limites no processo de intervenção pedagógica.

Neste momento, os papéis com a avaliação dos professores e alunos, serão

sistematizados e irão compor um painel para reflexão do trabalho realizado.

PAINEL AVALIATIVO

PONTOS POSITIVOS POSSIBILIDADES DE

AVANÇO

LIMITES

As idéias e colocações dos colegas docentes do 1º ano do Curso, nesta

última atividade de reflexão, serão observadas e apontadas para análise no

momento da escrita do artigo final que é a fase que se segue da implementação

desta unidade didática e, para a efetivação deste trabalho, nos próximos anos de

formação destas turmas.

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V- BIBLIOGRAFIA

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