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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte a ICMS - Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Dacte a ICMS - Escrituração Fiscal Digital (EFD) ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 19/2014 Santa Catarina / a Federal IPI Consignação industrial 01 / a Estadual ICMS Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) - Documento Auxiliar da NF-e (Danfe) - Aspectos estaduais 09 / a IOB Setorial Federal Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provi- sória nº 638/2014 16 / a IOB Comenta Estadual Entendimento do Fisco catarinense acerca da classificação da merca- doria na NCM/SH e seu caráter subsidiário em relação à descrição da mercadoria 17 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Alíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal 18 Importação por conta e ordem - Procedimento 18 IOF Operações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota 18 ICMS/SC Devolução - Não contribuinte - Procedimento 18 Documentos fiscais - Nota fiscal complementar - Variação cambial 18

ICMS - IPI e Outros Santa Catarina a Veja nos Próximos · oletim a Manual de Procedimentos aialtind // Veja nos Próximos Fascículos a/ IPI – Embalagem de apresentação e de

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte

a ICMS - Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Dacte

a ICMS - Escrituração Fiscal Digital (EFD)

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 19/2014

Santa Catarina

/a FederalIPIConsignação industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSNota Fiscal Eletrônica (NF-e) - Documento Auxiliar da NF-e (Danfe) - Aspectos estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB SetorialFederalAutomotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provi-sória nº 638/2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

/a IOB ComentaEstadualEntendimento do Fisco catarinense acerca da classificação da merca-doria na NCM/SH e seu caráter subsidiário em relação à descrição da mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAlíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal . . . . 18Importação por conta e ordem - Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . 18

IOFOperações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota . . . . . . . . . . 18

ICMS/SCDevolução - Não contribuinte - Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Documentos fiscais - Nota fiscal complementar - Variação cambial . 18

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : consignação industrial.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2147-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-03569 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

19-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

IPI

Consignação industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Consignação industrial 3. Venda do produto 4. Devolução 5. Exemplos 6. Consideração quanto ao ICMS

1. IntrOduçãO

A operação de consignação industrial é caracte-rizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em processo indus-trial, cujo faturamento é processado por ocasião da utilização desses produ-tos pelo estabelecimento industrial destinatário.

A legislação do IPI não prevê de forma expressa os procedimen-tos a serem adotados nas opera-ções de consignação industrial nem concede nenhum tratamento fiscal diferenciado para essas operações.

Com base nas regras comuns previstas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e por analogia às disposições das ope-rações de consignação mercantil, previstas nos arts. 501 a 504, do referido Regulamento, examinaremos, neste texto, o tratamento fiscal aplicável às operações de consignação industrial.

(RIPI/2010, arts. 501 a 504)

2. COnSIgnaçãO InduStrIal

2.1 remetente

Na saída de produtos de estabelecimento indus-trial, ou a ele equiparado, a título de consignação

industrial, o consignante deverá emitir nota fiscal com destaque do IPI, se devido, indicando como natureza da operação “Remessa em consignação” e Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) 5.917 ou 6.917 (ver exemplo no subitem 5.1).

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 501, I)

2.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis- trar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no livro

Registro de Entradas com utilização do CFOP 1.917 ou 2.917.

A escrituração será feita com direito ao crédito do IPI des-tacado no documento fiscal, caso a mercadoria recebida em consignação industrial seja insumo (matéria-prima, produto

intermediário ou material de embalagem) a ser utilizado na

industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo

imposto ou ainda beneficiado com isenção, tributado à alíquota de 0% ou amparado por imuni-dade (exportação).

(RIPI/2010, arts. 456 e 501, II; Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF nº 33/1999; Ato Declaratório Interpre-tativo SRF nº 5/2006)

2.3 reajuste de preço

Na hipótese de reajuste do preço contratado por ocasião da saída da mercadoria a título de consigna-ção industrial, deverão ser adotados os procedimen-tos descritos nos subitens seguintes.

a Federal

A operação de consignação industrial

é caracterizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em

processo industrial, cujo faturamento é processado por ocasião da

utilização desses produtos pelo estabelecimento industrial

destinatário

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19-02 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.3.1 remetente

O estabelecimento consignante emitirá nota fiscal complementar, com destaque do IPI, se devido, com utilização do CFOP 5.917 ou 6.917 e com as seguintes indicações (ver exemplo no subitem 5.2):

a) a natureza da operação: “Reajuste de pre-ço de produto em consignação - Nota Fiscal nº_______, de____/____/_____”; e

b) o valor do reajuste.

(RIPI/2010, arts. 407, XIII, e 502, I)

2.3.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis-trar a nota fiscal complementar no livro Registro de Entradas, observando o disposto no subitem 2.2.

(RIPI/2010, arts. 456 e 502, II)

3. VEnda dO PrOdutO

Por ocasião da venda (faturamento) do produto remetido em consignação industrial (no período con-tratado pelos estabelecimentos consignante e consig-natário), o consignante deverá emitir nota fiscal sem o destaque do IPI (uma vez que esse já foi destacado na nota fiscal de remessa - conforme visto no subitem 2.1), com as seguintes indicações (veja exemplo no subitem 5.3):

a) a natureza da operação: “Venda”;

b) o valor da operação, que será aquele corres-pondente ao preço do produto efetivamente vendido, incluído o valor do reajuste de preço (subitem 2.3.1), se houver; e

c) a expressão “Simples faturamento de mer-cadoria em consignação - Nota fiscal nº __________, de ___.___/____ e (se for o caso) Reajuste de preço - Nota fiscal nº ________, de ___/___/______”.

Essa nota fiscal será escriturada no livro Registro de Saídas do emitente com utilização apenas das colunas “Documento Fiscal” e “Observações”, indi-cando nessa a expressão “Venda em consignação - Nota fiscal nº _______, de ___/___/_____”.

(RIPI/2010, arts. 459 e 503, I, parágrafo único)

4. dEVOluçãO

Na devolução do produto recebido a título de consignação industrial e não utilizado no referido pro-cesso pelo consignatário (estabelecimento industrial), deverão ser adotados os procedimentos descritos nos subitens seguintes.

4.1 remetente

O estabelecimento industrial (consignatário) emi-tirá nota fiscal com utilização do CFOP 5.918 ou 6.918, indicando (ver exemplo no subitem 5.4):

a) a natureza da operação: “Devolução de pro-duto recebido em consignação”;

b) o valor do produto efetivamente devolvido, so-bre o qual foi pago o IPI;

c) o valor do imposto, destacado na nota fiscal por ocasião da remessa em consignação; e

d) a expressão “Devolução (parcial ou total, con-forme o caso) de produto recebido em consig-nação - Nota fiscal nº ______, de ___/___/_____”.

Notas

(1) O valor do IPI será apenas indicado no campo “Informações Com-plementares” do quadro “Dados Adicionais” da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e não destacado no campo próprio do documento.

(2) Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), como o sistema não permite a inclusão do valor do IPI, no campo próprio, e até que seja disponibilizada a versão 3.10 do leiaute desse documento fiscal, o re-curso a ser utilizado é, a nosso ver, a indicação do respectivo valor no campo “Outras Despesas Acessórias”, para que os valores das parcelas correspon-dam ao total do documento fiscal.

(RIPI/2010, arts. 231, caput, I, 416, XIV e 504, caput, I; Ma-nual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 5.0, Anexo I, item 246; Nota Técnica 2013/005, versão 1.03, itens 3.5 e 3.16, “B”)

4.1.1 Solução de Consulta - receita Federal

A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da Solução de Consulta, a seguir transcrita, entende que a operação de devolução acobertada por NF-e deva ser emitida em conformidade com os arts. 231, I, e 416, XIV do RIPI/2010, ou seja, com indicação do valor do IPI no campo “Informações Complementares” do documento fiscal:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 21 de Janeiro de 2011

------------------------------------------------------------------------------

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19-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS. EMISSÃO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA. A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital e que contém os mesmos dados da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida em papel e a qual substitui. Assim sendo, na operação de devolução de produtos que for acobertada por NF-e e seu documento auxiliar DANFE -o qual acompanha os produtos devolvidos -, o estabelecimento que fizer a devolução deverá emitir tais documentos em conformidade com o disposto no art. 231, inciso I, c/c art. 416, inciso XIV, do Ripi/2010.

Embora a Receita Federal tenha se pronunciado na forma ora descrita, em face da validação de regras de negócios da NF-e, constante do item 4.1.9.4 do Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, se o total do documento apresentar valor diverso da soma dos valores que o compõe, o sistema informa o status de rejeição por meio da mensagem 610, conforme segue:

# Campo Regra de Validação Aplic. Msg. Efeito Descrição Erro

GW16 Se NF-e de Saída (tpNF=1): -Total do vNF (id:W16) difere do somatório de: (+) vProd (id:W07) (-) vDesc (id:W10) (+) vST (id:W06) (+) vFrete (id:W08) (+) vSeg (id:W09) (+) vOutro (id:W15) (+) vII (id:W11) (+) vIPI (id:W12) (+) vServ (id:W18) (*3)

Facult. 610 Rej. Rejeição: Total da NF difere do somatório dos va-lores compõe o valor Total da NF (NT 2011/005)

Desse modo, para evitar o impasse existente entre as disposições do RIPI/2010 e as do Manual de Orientação da NF-e, versão 5.0, entendemos que o valor do IPI nas operações de devolução poderá ser lançado no campo “Outras Despesas Acessórias” desse documento fiscal, conforme mencionado na nota 2, do subitem 4.1.

(RIPI/2010, arts. 231, I, e 416, XIV; Solução de Consulta RFB nº 5/2011)

4.1.2 devolução simbólica

O consignatário deverá emitir nota fiscal indi-cando, além dos demais requisitos, como natureza da operação, a expressão “Devolução simbólica de mer-cadoria recebida em consignação” - CFOP 5.919 ou 6.919 - e no campo “Informações Complementares”, a expressão “Nota fiscal emitida em função de venda de mercadoria recebida em consignação industrial, pela nota fiscal nº_______, de___/___/____”.

No que se refere à emissão de NF-e, convém examinar os subitens 4.1 e 4.1.1 anteriores.

(RIPI/2010, art. 503, II, “b”)

4.2 destinatário

O estabelecimento destinatário da devolução (consignante) deverá escriturar a nota fiscal de devo-lução no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.918 ou 2.918, creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

4.2.1 devolução simbólica

O estabelecimento destinatário da devolução (con-signante) deverá escriturar a nota fiscal de devolução simbólica, no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.919 ou 2.919, e creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

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19-04 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. ExEMPlOS

5.1 remessa em consignação industrial

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19-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.2 reajuste de preço

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19-06 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.3 Venda

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19-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.4 devolução

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19-08 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. COnSIdEraçõES quantO aO ICMS

Os contribuintes deverão observar a legislação do ICMS vigente no Estado onde se realizar a ope-ração, em especial quanto à emissão de nota fiscal de devolução simbólica, no último dia de cada mês, das mercadorias efetivamente utilizadas ou consumi-

das no processo industrial, além da possibilidade de aplicação dos procedimentos previstos no Protocolo ICMS nº 52/2000 nas operações interestaduais, pelas Unidades da Federação signatárias.

(Protocolo ICMS nº 52/2000)

N

5.5 devolução simbólica

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19-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a Estadual

ICMS

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) - Documento Auxiliar da NF-e (Danfe) - Aspectos estaduais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Obrigatoriedade de utilização da NF-e 4. Características 5. Autorização de uso 6. Transmissão da NF-e 7. NF-e emitida em contingência 8. Documento Auxiliar da NF-e (Danfe) 9. Consulta relativa à NF-e 10. Prazo de arquivamento das informações 11. Cancelamento e inutilização da NF-e 12. Situação cadastral dos contribuintes catarinenses 13. Confirmação de recebimento pelo destinatário 14. Registro de passagem eletrônico 15. Portal da NF-e

1. IntrOduçãO

Com o objetivo de implantar um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha a substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do remetente, simplificando, assim, as obriga-ções acessórias dos contribuintes e permitindo, em paralelo, o acompanhamento em tempo real das ope-rações comerciais pelo Fisco, foi instituída a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), por meio do Ajuste Sinief nº 7/2005.

O referido Ajuste Sinief foi incorporado ao Regula-mento do ICMS, em seu Anexo 11, para dispor sobre as obrigações fiscais acessórias em meio eletrônico.

Neste procedimento, trataremos da NF-e, que poderá ser utilizada em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelos contribuintes relacionados na legislação do ICMS.

2. COnCEItO

A NF-e é o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência exclusivamente digital, com validade jurídica garantida por assinatura digital do emitente e autorização de uso fornecida antes da ocorrência do fato gerador pela Secretaria de Estado da Fazenda para documentar operações e prestações promovidas pelo contribuinte. Este documento será uti-lizado em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 1º)

3. OBrIgatOrIEdadE dE utIlIzaçãO da nF-E

A obrigatoriedade da emissão de NF-e em Santa Catarina foi determinada por fases a partir da atividade econômica dos contribuintes, os 1ºs contribuintes obri-gados iniciaram o uso em 1º.04.2008, posteriormente os demais contribuintes foram inclusos na obrigatoriedade.

A obrigatoriedade aplica-se às operações efe-tuadas em todos os estabelecimentos do contribuinte, vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

Conforme o Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, os contribuintes catarinenses estão obrigados ao uso da NF-e desde 1º.01.2014.

Excetuam-se da obrigatoriedade:

a) o microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006; e

b) as operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurí-dica (CNPJ).

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 23; Protocolo ICMS nº 42/2009)

3.1 não obrigatoriedade de utilização de nF-e

A obrigatoriedade de emissão de NF-e não se aplica:

a) nas operações realizadas fora do estabeleci-mento, relativas às saídas de mercadorias re-metidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais concernentes à remessa e ao retorno sejam NF-e;

b) na hipótese de fabricantes de bebidas alcoóli-cas inclusive cervejas e chopes, ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho que aufira re-ceita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 reais;

c) na entrada de sucata de metal, com peso infe-rior a 200 kg, adquirida de particulares, inclu-sive catadores, desde que, ao fim do dia, seja emitida NF-e englobando o total das entradas ocorridas;

d) ao MEI de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A;

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19-10 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

e) nas operações e prestações em que a emis-são do Cupom Fiscal é obrigatória, nos termos do RICMS-SC/2001, Anexo 5, arts. 145 a 149;

f) nas operações internas, para acobertar o trân-sito de mercadoria, em caso de operação de coleta em que o remetente esteja dispensado da emissão de documento fiscal, desde que o documento fiscal relativo à efetiva entrada seja NF-e e referencie as respectivas Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A.

Nota

A inaplicabilidade referida nas letras “b” e “c” deverá ser reconhecida pela administração tributária mediante solicitação pelo contribuinte no site da Secretaria de Estado da Fazenda na Internet.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 23, §§ 3º e 4º)

3.2 utilização de documentos fiscais diversos

Nas saídas internas com destino à administração pública direta ou indireta, inclusive empresas públi-cas e sociedades de economia mista, de quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de mercadorias destinadas ao seu uso ou consumo ou cujo valor e condição se enquadrem na dispensa prevista na Lei federal nº 8.666/1993, art. 24, II, é permitido o uso de todos os documentos fiscais previstos na legislação tributária, devendo ser utilizado, para acobertar a operação, aquele autorizado para o contribuinte e em uso no seu estabelecimento, observadas as obrigações acessó-rias atribuídas ao mesmo contribuinte.

Nas saídas decorrentes de processos licitatórios, em quaisquer modalidades, ou nas hipóteses de dispensa ou inexigibilidade de licitação, excetuado o disposto no parágrafo anterior, obrigatoriamente deverá ser utilizada a NF-e para acobertar a operação correspondente.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 23-A)

3.3 requisitos

O contribuinte inscrito em Santa Catarina poderá emitir NF-e desde que atenda aos seguintes requisitos:

a) seja usuário de sistema eletrônico de proces-samento de dados, nos termos do RICMS--SC/2001, Anexo 7;

b) for credenciado pela Secretaria de Estado da Fazenda:b.1) previamente, por solicitação do contri-

buinte;b.2) automaticamente, no interesse da admi-

nistração tributária.

O contribuinte credenciado para emissão de NF-e deverá observar, no que couberem, as disposições, constantes do Anexo 7, relativas à emissão de docu-mentos fiscais por sistema eletrônico de processa-mento de dados.

NotaA Portaria SEF nº 48/2010 dispõe sobre o credenciamento e a dispensa

de uso da NF-e em Santa Catarina.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 2º)

4. CaraCtEríStICaS

A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Con-tribuinte, publicado em Ato Cotepe, por meio de programa aplicativo desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou, ainda, disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda, observado o seguinte:

a) o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);

b) a numeração da NF-e será sequencial, de 1 a 999.999.999, por estabelecimento, devendo ser reiniciada quando for atingido esse limite;

c) a NF-e deverá conter um “código numérico”, gerado pelo emitente, que comporá a chave de acesso de identificação da NF-e, juntamen-te com o CNPJ do emitente e com o número e a série da NF-e;

d) a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Pú-blicas Brasileira (ICP-Brasil), contendo o CNPJ de qualquer dos seus estabelecimentos;

e) a NF-e deverá conter, na identificação das mer-cadorias comercializadas, o correspondente código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), nas operações:e.1) realizadas por estabelecimento industrial

ou a ele equiparado, nos termos da legis-lação federal;

e.2) de comércio exterior.

As séries serão designadas por algarismos ará-bicos, em ordem crescente, vedada a utilização do algarismo zero e de subsérie.

Para efeitos da geração do código numérico a que se refere a letra “c” anterior, na hipótese de a NF-e não possuir série, o campo correspondente deverá ser preenchido com zeros.

Nas operações não alcançadas pelo disposto na letra “e”, será obrigatória somente a indicação do correspondente capítulo da NCM.

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19-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nota técnica publicada no Portal Nacional da NF-e poderá esclarecer questões referentes ao Manual de Orientação do Contribuinte.

As normas do Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970, aplicam-se, no que couberem, à NF-e.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 3º e art. 22)

4.1 utilização do arquivo digital

O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal depois de:

a) ser transmitido eletronicamente à Secretaria de Estado da Fazenda;

b) ter seu uso autorizado por meio de Autoriza-ção de Uso de NF-e.

Ainda que formalmente regular, não será consi-derada documento fiscal idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro que possibilite, mesmo que a terceiro, a omis-são de pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida, sendo que, para efeitos fiscais, os vícios explicitados atingem também o respectivo Documento Auxiliar da NF-e (Danfe), que também não será considerado documento fiscal idôneo.

A Autorização de Uso da NF-e concedida pela Secretaria de Estado da Fazenda não implica valida-ção das informações nela contidas.

O arquivo digital da NF-e deverá ser transmitido via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de programa aplicativo desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou dis-ponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda, sendo que sua transmissão implica solicitação da Autorização de Uso de NF-e.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, arts. 4º e 5º)

4.2 Considerações sobre ocorrências relacionadas a nF-e

A ocorrência relacionada com uma NF-e deno-mina-se “Evento da NF-e”. Os eventos relacionados a uma NF-e são:

a) Cancelamento;b) CC-e;c) Registro de Passagem Eletrônico;d) Ciência da Emissão, recebimento pelo desti-

natário ou pelo remetente de informações re-lativas à existência de NF-e em que esteja en-

volvido, quando ainda não existem elementos suficientes para apresentar manifestação con-clusiva;

e) Confirmação da Operação, manifestação do destinatário confirmando que a operação es-crita na NF-e ocorreu;

f) Operação não Realizada, manifestação do destinatário declarando que a operação des-crita na NF-e foi por ele solicitada, mas esta operação não se efetivou;

g) Desconhecimento da Operação, manifestação do destinatário declarando que a operação descrita da NF-e não foi por ele solicitada;

h) Registro da Saída;

Nota

As informações relativas à data, hora de saída e transporte, caso não constem do arquivo XML da NF-e transmitido, conforme o tópico 9 deste procedimento, e seu respectivo Danfe, deverão ser comunicadas através do evento Registro de Saída.

O Registro de Saída deverá atender ao leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte; sua transmissão será efetivada via internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia e assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.

O Registro de Saída só será válido após a cientificação de seu resul-tado mediante o protocolo de segurança ou a criptografia, disponibilizado ao emitente via Internet contendo a chave de acesso da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com cientificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

Caso as informações relativas à data e hora de saída não constem do arquivo XML, da NF-e, nem seja transmitido o Registro de Saída no prazo estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte, será considerada a data de emissão da NF-e como data de saída (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 18-B).

i) Vistoria Suframa, homologação do ingresso da mercadoria na área incentivada mediante a autenticação do Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional (PIN-e);

j) Internalização Suframa, confirmação do rece-bimento da mercadoria pelo destinatário por meio da declaração de ingresso;

k) Declaração Prévia de Emissão em Contingên-cia (DPEC);

l) NF-e referenciada em outra NF-e, registro que esta NF-e consta como referenciada em outra NF-e;

m) NF-e referenciada em CT-e, registro que esta NF-e consta em um Conhecimento de Trans-porte Eletrônico;

n) NF-e referenciada em Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), registro que esta NF-e consta em MDF-e; e

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19-12 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

o) manifestação do fisco, registro realizado pela autoridade fiscal com referência ao conteúdo ou à situação da NF-e.

Tais eventos serão registrados por qualquer pessoa, física ou jurídica, envolvida ou relacionada com a operação descrita na NF-e, conforme leiaute, prazos e procedimentos estabelecidos no Manual de Orientação do Contribuinte ou por órgãos da admi-nistração pública direta ou indireta, conforme leiaute, prazos e procedimentos estabelecidos na documen-tação do Sistema da NF-e.

O registro de eventos, de uso facultativo pelos agentes mencionados no parágrafo anterior, é obriga-tório nos seguintes casos citados nas letras “a”, “b”, “d”, “e”, “f” e “h”.

Nota

A contar de 1º.04.2014, o registro de eventos também será obrigatório nas situações descritas nas letras “d”, “e”, “f” e “g” para operações com valores superiores a R$ 100.000,00, exceto quando realizadas entre estabe-lecimentos da mesma empresa.

A administração tributária responsável pelo rece-bimento do registro do evento deverá transmiti-lo para o Ambiente Nacional da NF-e, a partir do qual será distribuído para os destinatários especificados na respectiva operação.

Os eventos serão exibidos na consulta, definida no tópico 9, conjuntamente com a NF-e a que se referem.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 18-A)

5. autOrIzaçãO dE uSO

Previamente à concessão da Autorização de Uso de NF-e, a Secretaria de Estado da Fazenda analisará, no mínimo, os seguintes elementos:

a) a regularidade fiscal do emitente;b) o credenciamento do emitente para emissão

de NF-e;c) a autoria da assinatura do arquivo digital da NF-e;d) a observância do leiaute do arquivo estabele-

cido no Manual de Orientação do Contribuinte;e) a observância ao leiaute do arquivo estabele-

cido no Ato Cotepe;f) a numeração do documento.

Do resultado da análise, a Secretaria de Estado da Fazenda cientificará o emitente:

a) quanto à rejeição do arquivo da NF-e, em vir-tude de:a.1) falha na recepção ou no processamento

do arquivo;

a.2) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;

a.3) remetente não credenciado para emis-são de NF-e;

a.4) duplicidade de número da NF-e;

a.5) falha na leitura do número da NF-e;

a.6) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo da NF-e;

b) quanto à denegação da Autorização de Uso de NF-e, em virtude de irregularidade fiscal do emitente;

c) quanto à concessão da Autorização de Uso de NF-e.

Para os efeitos da letra “b”, considera-se irregular a situação do contribuinte emitente do documento fis-cal ou destinatário das mercadorias, que, nos termos da legislação estadual, estiver impedido de praticar operações na condição de contribuinte do ICMS.

Após a concessão da referida autorização, a NF-e correspondente não poderá ser alterada.

A cientificação será efetuada mediante protocolo disponibilizado ao emitente ou a terceiro autorizado pelo emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administra-ção tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento. Nos casos das letras “a” e “b”, o protocolo conterá informações que justifiquem de forma clara e precisa o motivo pelo qual a autorização de uso não foi concedida.

Deverão obrigatoriamente ser encaminhados ou disponibilizados via descarga (download) o arquivo da NF-e e seu respectivo Protocolo de Autorização de Uso:

a) ao destinatário da mercadoria, pelo emitente da NF-e, imediatamente após o recebimento da respectiva autorização de uso;

b) ao transportador contratado, pelo tomador do serviço, antes do início da prestação corres-pondente.

As empresas destinatárias podem informar o seu endereço de correio eletrônico no Portal Nacional da NF-e, conforme padrões técnicos a serem estabeleci-dos no Manual de Orientação do Contribuinte.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 6º e art. 7º, §§ 1º, 5º a 9º)

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19-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

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5.1 rejeição de arquivo

Em caso de rejeição, o arquivo digital não será arquivado na administração tributária para consulta, sendo permitida ao interessado, nas hipóteses de falha na recepção ou no processamento do arquivo, falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital e falha na leitura do número da NF-e, uma nova transmissão do arquivo.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 7º, § 2º)

5.2 denegação de autorização de uso

Em caso de denegação da Autorização de Uso da NF-e, o arquivo digital transmitido ficará mantido na administração tributária para consulta, identificado com a expressão “Denegada a autorização de uso”, e não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova Autorização de Uso de NF-e que contenha a mesma numeração.

As NF-e canceladas, denegadas e os números inu- tilizados devem ser escriturados, sem valores mone-tários, de acordo com a legislação tributária vigente.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 7º, §§ 3º e 4º e art. 22, § 1º)

6. tranSMISSãO da nF-E

Depois de concedida a Autorização de Uso da NF-e, a Secretaria de Estado da Fazenda deverá transmiti-la para a Receita Federal do Brasil (RFB).

A Secretaria de Estado da Fazenda também deverá transmitir a NF-e para:

a) a Unidade da Federação (UF) de destino das mercadorias, no caso de operação interestadual;

b) a UF onde deva se processar o embarque de mercadoria, na saída para o exterior;

c) a UF de desembaraço aduaneiro, tratando-se de operação de importação de mercadoria ou bem do exterior;

d) a Suframa, quando o destinatário estiver loca-lizado em área incentivada.

A Secretaria de Estado da Fazenda também poderá transmitir a NF-e ou fornecer informações parciais para:

a) administrações tributárias municipais, nos ca-sos em que a NF-e envolva serviços, mediante prévio convênio ou protocolo de cooperação;

b) outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que necessitem de in-formações da NF-e para desempenho de suas

atividades, mediante prévio convênio ou proto-colo de cooperação, respeitado o sigilo fiscal.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 8º)

7. nF-E EMItIda EM COntIngênCIa

Quando em decorrência de problemas técnicos não for possível transmitir a NF-e para a UF do emi-tente, ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso da NF-e, o contribuinte poderá operar em con-tingência, gerando arquivos indicando este tipo de emissão, conforme definições constantes no Manual de Orientação do Contribuinte, mediante a adoção de uma das seguintes alternativas:

a) transmitir a NF-e para o Sistema de Contin-gência do Ambiente Nacional (Scan) - Re-ceita Federal do Brasil, nos termos do RICMS--SC/2001, Anexo 11, arts. 4º, 5º e 6º;

b) transmitir DPEC, para a RFB, nos termos do RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 11-A;

c) imprimir o Danfe em Formulário de Segurança (FS);

d) imprimir o Danfe em Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Do-cumento Fiscal Eletrônico (FS-DA).

É vedada a reutilização em contingência de número de NF-e transmitida com tipo de emissão “Normal”.

Na hipótese das letras “b”, “c” e “d”, imediata-mente após a cessação dos problemas técnicos que impediram a transmissão ou recepção do retorno da autorização da NF-e, e até o prazo limite de 168 horas, contado a partir da regular recepção DPEC pela RFB ou no momento da impressão do respectivo Danfe em contingência, o emitente deverá transmitir à SEF as NF-e geradas em contingência.

Nota

O Ato Cotepe/ICMS nº 14/2009 aprovou o Manual da NF-e em contin-gência.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 11, I a IV e §§ 5º e 12)

8. dOCuMEntO auxIlIar da nF-E (danFE)

O Documento Auxiliar da NF-e (Danfe), conforme leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte, será utilizado para acompanhar o trân-sito da mercadoria acobertado por NF-e para facilitar a consulta da NF-e prevista no tópico 9 deste texto.

O Danfe somente poderá ser utilizado para transi-tar com as mercadorias após a concessão da Autori-zação de Uso da NF-e, ou na hipótese de nota fiscal

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emitida em contingência prevista no RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 11, § 1º, I.

A concessão da autorização de uso será forma-lizada através do fornecimento do correspondente número de protocolo, o qual deverá ser impresso no Danfe, conforme definido no Manual de Orientação do Contribuinte, ressalvado o disposto no tópico 7.

No caso de destinatário não credenciado para emitir NF-e, a escrituração dessa nota poderá ser efe-tuada com base nas informações contidas no Danfe, observado o disposto no tópico 10.

Quando a legislação tributária exigir a utilização específica de vias adicionais para as notas fiscais, o contribuinte que utilizar NF-e deverá emitir o Danfe com o número de cópias necessárias para cumprir a respectiva norma.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 9º, §§ 1º a 4º)

8.1 Características

O Danfe deverá ser impresso em papel, exceto papel-jornal, no tamanho mínimo de 210 x 297 mm (A4) e máximo de 230 x 330 mm (ofício 2), podendo ser utilizadas folhas soltas, FS, FS-DA, formulário contínuo ou formulário pré-impresso.

O Danfe deverá conter código de barras, con-forme padrão estabelecido no Manual de Orientação Contribuinte, e poderá trazer outros elementos grá-ficos, desde que não prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.

As alterações permitidas de leiaute do Danfe são as previstas no Manual de Integração - Contribuinte.

Os títulos e informações dos campos contidos no Danfe devem ser grafados de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.

A aposição de carimbos no Danfe, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita em seu verso.

É permitida a indicação de informações com-plementares de interesse do emitente, impressas no verso do Danfe, desde que reservado espaço com dimensão mínima de 10 x 15 cm, em qualquer sentido.

Na hipótese de venda ocorrida fora do estabeleci-mento, o Danfe poderá ser impresso em qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, em tamanho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em que será denominado Danfe Simplificado, devendo ser observadas as definições constantes no Manual de Orientação do Contribuinte.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 9º, §§ 5º a 12)

8.2 Considerações sobre o formulário de segurança para impressão de danfe

Nas hipóteses de utilização de formulário de segurança para a impressão de Danfe:

a) as características desse formulário obedecem às disposições estabelecidas para os formulários de segurança destinados à emissão das Notas Fiscais, modelos 1 ou 1-A, contidas no RICMS--SC/2001, Anexo 7, arts. 18 a 19, dispensando-se as exigências da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) e de regime especial;

b) não poderá ser impressa a expressão “Nota fiscal”, devendo, em seu lugar, constar a infor-mação “Danfe”.

O formulário de segurança adquirido para a emissão de Danfe deve ser utilizado única e exclusi-vamente para esse fim, vedada a sua utilização com outra destinação.

O fabricante do formulário de segurança deverá observar as disposições do RICMS-SC/2001, Anexo 7, arts. 20 a 22.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 19)

9. COnSulta rElatIVa à nF-E

Depois de concedida a Autorização de Uso da NF-e, a Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará consulta relativa à NF-e na página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda na Internet, pelo prazo mínimo de 180 dias. Após esse prazo, a consulta à NF-e poderá ser substituída pela prestação de informações parciais que identifiquem a NF-e (número, data de emissão, CNPJ do emitente e do destinatário, valor e situação), as quais ficarão disponíveis pelo prazo decadencial.

A referida consulta poderá ser efetuada pelo inte-ressado, mediante informação da chave de acesso da NF-e, podendo ser realizada também, subsidiaria-mente, no ambiente nacional disponibilizado pela RFB.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 17)

10. PrazO dE arquIVaMEntO daS InFOrMaçõES

O emitente e o destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital sob sua guarda e responsabilidade, mesmo fora da empresa, pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais, disponibilizando-o à administração tributária quando solicitado. Contudo, caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-e, deverá manter em arquivo o Danfe relativo

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Manual de Procedimentos

à nota eletrônica da operação a fim apresentá-lo à administração tributária, quando solicitado.

Ainda, o destinatário deverá verificar a validade e a autenticidade da NF-e, além da existência da respectiva autorização de uso.

O emitente da NF-e deverá manter em arquivo, pelo prazo estabelecido na legislação tributária, o Danfe que acompanhou o retorno de mercadoria não entregue ao destinatário e que contenha o motivo do fato em seu verso.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 10)

11. CanCElaMEntO E InutIlIzaçãO da nF-E

O emitente, em relação às NF-e que foram trans-mitidas antes da contingência e ficaram pendentes de retorno, deverá solicitar, após a cessação das falhas:

a) o cancelamento das NF-e que retornaram com autorização de uso e cujas operações não se efetivaram ou foram acobertadas por NF-e emitidas em contingência;

b) a inutilização da numeração das NF-e que não foram autorizadas nem denegadas.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 12)

11.1 Cancelamento da nF-e

Após a concessão de Autorização de Uso da NF-e, o emitente poderá solicitar o cancelamento da nota, em prazo não superior a 24 horas, contado do momento em que foi concedida a respectiva autorização, desde que não tenha havido a circulação da mercadoria ou a pres-tação de serviço, observado o disposto neste tópico.

O cancelamento somente poderá ser efetuado por meio do registro de evento correspondente, devendo atender ao leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte.

A transmissão do referido pedido será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, utilizando-se programa aplicativo desen-volvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibili-zado pela Secretaria de Estado da Fazenda.

O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certifi-cada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, con-tendo o CNPJ de qualquer de seus estabelecimentos.

A cientificação do resultado do Pedido de Can-celamento de NF-e será feita mediante protocolo de segurança disponibilizado ao emitente, via Internet, que contém, conforme o caso, a chave de acesso, o número da NF-e, a data e a hora do recebimento

da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda ou por meio de outro mecanismo de confirmação de recebimento.

A Secretaria de Estado da Fazenda deverá trans-mitir os cancelamentos de NF-e às administrações tributárias e às entidades constantes do tópico 6.

As NF-e canceladas ou denegadas e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores mone-tários, de acordo com a legislação tributária vigente.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 13, art. 14 e art. 22, § 1º)

11.2 Inutilização de número da nF-e

O contribuinte deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de Número da NF-e, até o 10º dia do mês subsequente, a inutilização de números de NF-e não aproveitados, na eventualidade de quebra de sequência da numeração da NF-e, que deverá ser assi-nado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil e conter o CNPJ de qualquer de seus estabelecimentos. A trans-missão do referido pedido será efetivada, via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.

A cientificação do resultado do Pedido de Inutiliza-ção de Número da NF-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, que contém, conforme o caso, os números das NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

A Secretaria de Estado da Fazenda deverá trans-mitir para a RFB as inutilizações de número de NF-e.

As NF-e canceladas ou denegadas e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores mone-tários, de acordo com a legislação tributária vigente.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 15 e art. 22, § 1º)

12. SItuaçãO CadaStral dOS COntrIBuIntES CatarInEnSES

A Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará, às empresas autorizadas à emissão de NF-e, consulta eletrônica referente à situação cadastral dos contri-buintes do ICMS de Santa Catarina, conforme padrão estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 20)

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

13. COnFIrMaçãO dE rECEBIMEntO PElO dEStInatárIO

A Secretaria de Estado da Fazenda poderá exigir do destinatário as seguintes informações relativas à confirmação da operação ou prestação descrita na NF-e, utilizando-se do registro dos respectivos even-tos:

a) confirmação do recebimento da mercadoria ou prestação documentada por NF-e utilizan-do o evento “Confirmação da Operação”;

b) confirmação de recebimento da NF-e nos ca-sos em que não houver mercadoria ou presta-ção documentada utilizando o evento “Confir-mação da Operação”; e

c) declaração de não recebimento da mercado-ria ou prestação documentadas por NF-e utili-zando o evento “Operação não Realizada”.

Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada ao destinatário a aceitação

de qualquer outro documento em sua substituição, exceto nos casos previstos na legislação estadual.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 18 e art. 22, § 2º)

14. rEgIStrO dE PaSSagEM ElEtrônICO

Toda NF-e que acobertar operação interestadual de mercadoria ou relativa ao comércio exterior estará sujeita ao registro de passagem eletrônico em sistema instituído por meio do Protocolo ICMS nº 10/2003.

Esses registros serão disponibilizados para a UF de origem e de destino das mercadorias, bem como para a UF de passagem que os requisitar.

(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 21)

15. POrtal da nF-E

Mais informações a respeito da NF-e podem ser obtidas nas seguintes páginas da Internet: http://www.nfe.fazenda.gov.br e http://nfe.sef.sc.gov.br/.

N

a IOB SetorialFEdERal

Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provisória nº 638/2014

A Medida Provisória nº 638/2014 alterou diversos dispositivos da Lei nº 12.715/2012, a qual instituiu o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), relativamente a habilitação ao regime, multa sobre o descumprimento de obriga-ções acessórias e consumo energético e informações, pelos fornecedores, dos valores e demais característi-cas dos produtos fornecidos aos adquirentes.

O Inovar-Auto será aplicado até 31.12.2017, data em que todas as habilitações vigentes serão consideradas canceladas e cessarão seus efeitos, exceto quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos.

Poderão habilitar-se ao Inovar-Auto:

a) as empresas que produzam, no País, os pro-dutos classificados nas posições 87.01 a 87.06 da Tabela de Incidência do Imposto so-bre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) as empresas que comercializem, no País, os produtos referidos na letra “a” anterior; ou

c) as empresas que tenham projeto aprovado para instalação, no País, de fábrica ou, no caso das empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos.

Somente poderá habilitar-se ao regime a empresa que:

a) estiver regular em relação aos tributos fede-rais; e

b) assumir o compromisso de atingir níveis míni-mos de eficiência energética, conforme regu-lamento.

Para a realização das atividades de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, direta-mente ou por terceiros, e de dispêndio em engenha-ria, tecnologia industrial básica e de capacitação de fornecedores, diretamente ou por terceiros, serão considerados realizados no País os dispêndios com a importação, para utilização em laboratórios, de:

a) softwares sem similares nacionais; eb) equipamentos e suas peças de reposição,

sem similares nacionais.

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19-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadual

Entendimento do Fisco catarinense acerca da classificação da mercadoria na NCM/SH e seu caráter subsidiário em relação à descrição da mercadoria

A competência para alterar a Nomenclatura Comum do Mercosul, tratada no Decreto nº 2.376/1997, na forma estabelecida nos atos decisórios do Mercado Comum do Sul (Mercosul), é atribuída à Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Conselho de Governo, criada no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Há muitas dúvidas quanto a considerar, em caso de tratamento tributário diferenciado de natureza objetiva (dado em relação à mercadoria e não ao contribuinte) definido em função da descrição na legislação e pela sua classificação na NCM/SH, na hipótese de alteração da classificação pelo Camex, o novo código atribuído à mercadoria ou à descrição.

Afim de elucidar tal questão, o Fisco catarinense, por meio de resolução normativa, fundamenta que a classificação da mercadoria na NCM/SH tem caráter subsidiário em relação à descrição da mercadoria, por-tanto, somente no caso de a lei (ou convênio) fazer re-ferência apenas à posição na NCM, podemos entender

que todas as mercadorias compreendidas na posição referida estão sujeitas ao referido tratamento tributário. Caso contrário, deve-se levar em conta simultanea-mente a descrição da mercadoria e a posição na NCM.

Quando houver divergência entre a classificação na NCM/SH e sua classificação na legislação esta-dual, o contribuinte deve rever as Resoluções Camex que alteraram a Nomenclatura e identificar qual o novo código correspondente ao originalmente citado na legislação estadual.

Portanto, quando o tratamento tributário, incluindo a substituição tributária, for definido em relação à mercadoria, o enquadramento no referido tratamento será dado pela sua descrição na legislação e pela sua classificação na NCM/SH. Porém, no caso de alteração da classificação pela Camex, deve ser considerado o novo código atribuído à mercadoria.

Se mesmo assim persistirem dúvidas a respeito da classificação atual da mercadoria, deve ser encaminhada consulta à Receita Federal do Brasil, a quem compete resolver dúvidas sobre a correta classificação das mercadorias na Nomenclatura. A hipótese pode ocorrer quando, além de modificação do código ou posição, seja alterado o próprio conteúdo do código ou posição.

(Resolução Normativa SEF/Copat nº 74/2014)

N

As peças de reposição são as adquiridas junta-mente com o equipamento, cujo valor seja igual ou inferior a 10% do valor do equipamento.

A verificação da similaridade será realizada nos termos estabelecidos em ato do Poder Executivo.

Com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável da indústria, os fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentaria para as empresas habilitadas ao Inovar-Auto e seus fornecedores dire-tos ficam obrigados a informar aos adquirentes, nas operações de venda, os valores e as demais carac-terísticas dos produtos fornecidos, nos termos, limites e condições definidos pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.

O desenvolvimento sustentável da indústria refere-se ao aumento do padrão tecnológico dos veículos, especialmente, quanto à segurança veicular e a emissões veiculares.

A omissão na prestação das informações solici-tadas ensejará a aplicação de multa no valor de 2% sobre o valor das operações de vendas.

A prestação de informações incorretas no cum-primento da obrigação ensejará a aplicação de multa 1% sobre a diferença entre o valor informado e o valor devido.

A aplicação das multas, ora referidas, abrangerá as operações de venda realizadas a partir do 7º mês subsequente à definição dos termos, limites e condi-ções definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Vale observar, ainda, que os valores das multas relacionadas ao consumo energético de que tratam os incisos II a V do caput do art. 43 da Lei nº 12.715/2012 deverão ser depositados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), em conta específica.

(Lei nº 12.715/2012, arts. 40, §§ 1º, 2º, 4º e 5º-A a 5º-C, 41-A, e 43, caput, II a V; Medida Provisória nº 638/2014; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

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19-18 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Alíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal

1) A lei que institui ou majora alíquotas do IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação?

A legislação que institui ou majora o IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando o princípio da anterioridade (anual).

Contudo, deverá ser observada a aplicação da anterioridade nonagesimal (noventena), onde a legis-lação somente produzirá efeitos após o prazo de 90 dias da data de sua publicação.

(Constituição Federal/1988, arts. 150, III, “b” e “c”, § 1º, e 153, IV)

Importação por conta e ordem - Procedimento

2) Qual é o procedimento a ser adotado por em-presa que contratar pessoa jurídica para realizar im-portação por sua conta e ordem, perante a Receita Federal?

A pessoa jurídica que contratar empresa importa-dora para operar por sua conta e ordem deverá apre-sentar cópia do contrato firmado entre as partes para a prestação dos serviços, caracterizando a natureza de sua vinculação, à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de fiscalização aduaneira com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz.

(Instrução Normativa SRF nº 225/2002, art. 2º)

IOF

Operações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota

3) Nas operações de crédito sem data de venci-mento certa ou fixa, qual é alíquota do IOF que deverá ser considerada?

As operações sem data de vencimento certa ou fixa, ou seja, com prazo indeterminado, serão consideradas como de prazo até 365 dias.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 1º)

ICMS/SC

Devolução - Não contribuinte - Procedimento

4) Qual o procedimento na devolução de mercado-rias por não contribuinte do ICMS?

O estabelecimento que receber, em virtude de garantia legal ou contratual, mercadoria devolvida por pessoa física ou jurídica não obrigada à emissão de documentos fiscais, para creditar-se do imposto pago por ocasião da saída, deverá:

a) provar cabalmente a devolução, bem como a circunstância de que esta se deu por força da garantia;

b) provar que o retorno se verificou dentro do prazo de garantia previsto na legislação fe-deral pertinente ou estabelecido em garantia contratual;

c) emitir nota fiscal, para fins de entrada, con-signando o número, a série, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da saída; e

d) colher, na nota fiscal ou em documento apar-tado, a assinatura da pessoa que promover a devolução, consignando o nome, o endereço, o número e órgão expedidor da carteira de identidade e o número de inscrição no CPF, se pessoa física, ou o número de inscrição no CNPJ, se jurídica.

(RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 74)

Documentos fiscais - Nota fiscal complementar - Variação cambial

5) Em uma importação, é devida a emissão de nota fiscal complementar em relação à ocorrência de variação cambial posterior ao momento do desemba-raço?

Não. O valor correspondente à variação cambial não compõe a base de cálculo do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro; também não há na legisla-ção catarinense determinação de emissão de nota fiscal complementar para registro deste valor.

(RICMS-SC/2001, art. 9º, IV e § 1º)

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