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Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Dentária Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar Sara Pais da Costa Neves Dissertação Mestrado Integrado em Medicina Dentária 2018

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Medicina Dentária

Influência da Exodontia de

Segundos Pré-molares na Erupção

do Terceiro Molar

Sara Pais da Costa Neves

Dissertação

Mestrado Integrado em Medicina Dentária

2018

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Medicina Dentária

Influência da Exodontia de

Segundos Pré-molares na Erupção

do Terceiro Molar

Sara Pais da Costa Neves

Dissertação orientada pelo Prof. Doutor Luís Jardim e

co-orientada pelo Prof. Doutor Rui Pereira

Mestrado Integrado em Medicina Dentária

2018

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Para a minha avó São,

a quem devo muito do que sou.

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Agradecimentos

Ao Professor Doutor Luís Jardim pela orientação imprescindível durante o

trabalho, toda a sua dedicação e cuidado. Por ser uma referência e modelo a seguir,

tanto na Ortodontia como enquanto professor e pessoa.

Ao Professor Doutor Rui Pereira pela sua disponibilidade.

Às higienistas Susana Nunes e Rita Sardinha pela ajuda na recolha dos dados. À

Cátia Vieira pela ajuda e dúvidas esclarecidas, a qualquer hora e momento. À Mónica

Moreira, por ser companheira deste e de tantos outros momentos académicos.

Aos meus irmãos, António e João, por serem os meus melhores amigos de uma

vida inteira. Aos meus pais, Fátima e António, pela paciência e apoio. Aos meus avós,

Maria dos Anjos e António, que embora longe me dão o carinho de sempre. A toda a

minha família que me encoraja e pergunta anualmente quando estou pronta para cuidar

da sua saúde oral.

Aos amigos que a FMDUL me deu, por tantas vezes serem “casa” e “família” e

sem quem não teria conseguido chegar aqui.

Ao Frederico, por cuidar de mim e acreditar sempre nas minhas capacidades,

pela compreensão e apoio neste caminho.

iii

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RESUMO

Introdução e objetivos: O papel das extrações no tratamento ortodôntico é um

tema controverso. Nos últimos anos, tem havido tendência de regresso a filosofias de

tratamento sem extração, atribuindo-se pouca importância ao impacto na erupção dos

terceiros molares. Este estudo retrospetivo teve como objetivos analisar as alterações

angulares dos terceiros molares e o espaço retromolar através de ortopantomografias,

assim como a necessidade de extração em indivíduos tratados sem e com exodontia de

segundos pré-molares.

Materiais e métodos: A amostra foi selecionada a partir dos registos de

pacientes sujeitos a tratamento ortodôntico, sem extrações ou com extração de segundos

pré-molares, numa unidade privada de Ortodontia. A amostra de 68 indivíduos foi

dividida em dois grupos – sem extrações (SEM) e com extração de segundos pré-

molares (COM). Para cada indivíduo, foram analisadas as ortopantomografias pré e pós-

tratamento, medindo-se a angulação dos terceiros molares e a distância retromolar. O

maxilar superior e mandíbula foram estudados independentemente e registada a decisão

de exodontia dos terceiros molares. A estatística foi efetuada com recurso a testes t-

student e ao teste qui-quadrado. O nível de significância estatística foi fixado em 0,05.

Resultados e conclusão: Os resultados sugerem que o tratamento com extração

de segundos pré-molares influencia favoravelmente a erupção dos terceiros molares. A

distância retromolar aumentou em ambos os grupos, sendo este aumento

significativamente maior no grupo com exodontia dos segundos pré-molares

(p<0,0001). Relativamente às variações angulares do terceiro molar, não se encontram

diferenças estatisticamente significativas entre os grupos COM e SEM, em ambos os

maxilares. O tratamento com exodontia de segundos pré-molares associou-se a uma

menor probabilidade de inclusão do terceiro molar e a uma menor prevalência de

exodontia de terceiros molares (p<0,0001). No entanto, não é possível prever com

exatidão a erupção em correta posição e a manutenção a longo prazo dos terceiros

molares.

Palavras-chave: extração de pré-molares; tratamento ortodôntico; terceiro

molar

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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ABSTRACT

Introduction: The role of extractions in orthodontic treatment is controversial.

Lately, there has been a trend to return to the non-extraction treatment philosophy,

assigning little importance to the impact on the eruption of third molars. This

retrospective study aims to investigate angular alterations of third molars and retromolar

space through orthopantomographic x-rays, as well as the need for third molar

extraction in individuals treated non-extraction and with second premolar extraction.

Materials and methods: The sample was selected from the archives of patients

undergoing orthodontic treatment, without extraction or with extraction of second

premolars, in a private orthodontic unit. The sample of 68 individuals was divided into

two groups: non-extraction (SEM) and extraction of second premolars (COM). For each

individual, pre and posttreatment orthopantomographies were analyzed by measuring

third molar angulation and retromolar distance. The upper jaw and mandible were

independently studied and the extraction decision of the third molars was recorded.

Statistical analysis was performed using t-student tests and the chi-square test. The level

of statistical significance was set at 0.05.

Results and conclusion: Results suggest that treatment with extraction of

second premolars strongly influences the eruption of third molars. The retromolar

distance increased in both groups, and this growth was significantly higher in the group

with second premolar extraction (p <0.0001). Regarding the angular variations of the

third molar, there were no statistically significant differences between COM and SEM

groups, in both jaws. Treatment with second premolar extraction was associated with a

lower probability of third molar impaction and a lower prevalence of third molar

extraction (p <0.0001). However, it is not possible to accurately predict the eruption in

the correct position and the long-term maintenance of the third molars.

Keywords: extraction of premolars; orthodontic treatment; third molar

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Índice

Lista de abreviaturas

1. Introdução

2. Objetivos

3. Materiais e Métodos

3.1 Tipo de estudo

3.2 Amostra

3.3 Seleção da amostra

3.3.1 Critérios de inclusão

3.3.2 Critérios de exclusão

3.4 Variáveis

3.5 Metodologia

3.6 Metodologia estatística

4. Resultados

4.1 Caracterização da amostra

4.2 Estatística descritiva da amostra e análise comparativa entre os grupos

SEM e COM

4.2.1 Maxilar superior

4.2.2 Mandíbula

4.3 Estatística descritiva da amostra e análise comparativa do efeito do

tratamento ortodôntico (T2-T1)

4.4 Decisão referente à necessidade de exodontia dos terceiros molares

4.5 Relação entre as variáveis em T1 e a decisão referente à necessidade

de exodontia dos terceiros molares

4.6 Relação entre a diferença T2-T1 e a decisão relativa à exodontia dos

terceiros molares

5. Discussão

6. Conclusões

Referências bibliográficas

ANEXOS

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Lista de abreviaturas

L2^L3

L3^PO

DR

T1

T2

T2-T1

mm

º

DIR

ESQ

Ângulo entre os eixos longitudinais do 2º e 3º molares

Ângulo entre o eixo longitudinal do 3º molar e do plano oclusal

Distância retromolar

Tempo pré-tratamento

Tempo pós-tratamento

Diferença entre os tempos T2 e T1

Milímetros

Graus

Lado direito

Lado esquerdo

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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1. Introdução

O papel das extrações no tratamento ortodôntico é um tema controverso que tem

vindo a ser debatido há mais de um século. Case (1911) defendeu que as extrações eram

necessárias para aliviar o apinhamento e ajudar na estabilidade do tratamento, indo

contra a doutrina defendida por Angle (1900), que afirmava ser necessária a presença de

todos os dentes para possibilitar uma oclusão e estética ideais.

Proffit (1993), na sua revisão dos padrões de extração ao longo de 40 anos,

mostrou que 30% dos casos eram tratados com extrações em 1953, 76% em 1968 e

apenas 28% em 1993. As principais razões apontadas para abdicar da terapia

extraccional foram a possível alteração facial provocada por estas, o facto da sua

influência na estabilidade ter perdido importância com o desenvolvimento de novas

técnicas e a possibilidade dos pacientes virem a desenvolver desordens temporo-

mandibulares.

Nos últimos anos, tem havido tendência a regressar à filosofia não-extracional

dos pré-molares, atribuindo-se pouca importância ao potencial impacto no futuro dos

terceiros molares. Casos de terapia não extraccional passam, frequentemente, pela

distalização dos molares, criando um espaço disponível na porção anterior do arco e

evitando a extração dos pré-molares. No entanto, esta abordagem tende a criar uma

deficiência de espaço na parte posterior do arco que poderá culminar na inclusão e

eventual exodontia dos terceiros molares (Kandasamy & Woods, 2005).

Björk et al. 1956, constatou que o espaço retromolar – zona da arcada alveolar

para distal do segundo molar até ao bordo anterior do ramo ascendente da mandíbula – é

deficiente em 90% dos casos de inclusão do terceiro molar mandibular.

No maxilar superior, o espaço retromolar está dependente do crescimento da

tuberosidade maxilar e osso alveolar e da mesialização dos primeiros molares. Na

mandíbula, depende da reabsorção do bordo anterior do ramo mandibular e da direção

de erupção dos dentes (Kim et al. 2003).

Além do crescimento, o espaço retromolar é também influenciado pelo

tratamento ortodôntico. Quando selecionado de acordo com os critérios de diagnóstico

acertados, o tratamento ortodôntico com extração de pré-molares permite obter o espaço

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necessário à erupção do terceiro molar devido à mesialização do primeiro e segundo

molares durante o encerramento do espaço criado pela extração (Kandasamy & Woods,

2005). Behbehani et al. 2006, chegou à conclusão de que aumentando o espaço

retromolar através do movimento mesial dos molares durante o tratamento ortodôntico

existia uma redução do risco de inclusão dos terceiros molares.

Vários autores têm concluído que existe uma redução significativa das taxas de

inclusão de terceiros molares maxilares e mandibulares em pacientes que foram tratados

com extração de pré-molares quando comparados com aqueles tratados sem extrações.

Ricketts (1972), reportou que 45% do grupo de pacientes do seu estudo tratados sem

extrações de pré-molares necessitaram, eventualmente, de extrações dos terceiros

molares.

Durante o seu desenvolvimento, o terceiro molar muda permanentemente a sua

inclinação e realiza importantes movimentos pré-erupcionais ao aproximar-se do

segundo molar. No início da calcificação, o gérmen do terceiro molar está angulado

distalmente no maxilar superior e mesialmente na mandíbula (Mihai et al, 2013).

Richardson (1978), sugeriu que os terceiros molares inferiores estão

continuamente a alterar a sua posição face ao plano oclusal e aos dentes adjacentes.

Entre os 10-15 anos, verificou uma alteração média de 11,2º entre o terceiro molar

mandibular e o plano oclusal, o que sugere um posicionamento mais vertical do dente

com uma diminuição do ângulo entre o terceiro molar mandibular e o plano oclusal.

A literatura aponta ainda o facto do tratamento ortodôntico com extração de pré-

molares trazer uma melhoria da angulação entre os terceiros molares inferiores e o

plano oclusal. No entanto, a melhoria da angulação nem sempre significa que os

terceiros molares erupcionam numa posição correta, dado que esta é também

influenciada por outros fatores (Staggers et al. 1992).

Apesar da sua localização mais posterior na arcada e do potencial eruptivo

tardio, o terceiro molar deve ser tido em conta durante o planeamento do tratamento

ativo e manutenção do resultado do tratamento a longo prazo. O diagnóstico e plano de

tratamento irão depender dos padrões dentofaciais ântero-posterior, vertical e

transversal, assim como da direção e quantidade de crescimento de cada indivíduo

(Kandasamy & Woods, 2005).

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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A exodontia de terceiros molares não erupcionados é recomendada em pacientes

sem espaço suficiente para a sua erupção e manutenção, uma vez que estes potenciam o

desenvolvimento de condições patológicas como pericoronite, quistos e tumores

(Associação Americana de Cirurgia Oral e Maxilofacial, 2016).

A ortopantomografia é o método imagiológico de eleição em medicina dentária.

A possibilidade de se visualizar o estadio de desenvolvimento dentário, número de

dentes e erupção/exfoliação da dentição decídua é uma vantagem de extrema utilidade

para a prática da ortodontia (Begtrup et al. 2013). A análise de uma ortopantomografia

permite ainda efetuar medições de variáveis lineares e angulares, durante e após

tratamento ortodôntico, e utilizá-las como referência para a previsão da inclusão ou

erupção do 3º molar (Quamruddin et al. 2012).

Vieira (2017), obteve resultados que evidenciam o papel da exodontia de pré-

molares enquanto facilitadora da erupção dos terceiros molares, apresentando contudo a

possibilidade de existirem outros fatores que interferem com o curso eruptivo destes

dentes, pelo que seria pouco prudente considerar a exodontia de pré-molares por si só

como garantia da erupção dos terceiros molares.

O facto de recorrer a terapia extraccional ou não extraccional não deverá ser um

objetivo de tratamento em si mesmo, mas diferentes opções para responder da melhor

forma às necessidades individuais de diagnóstico de cada paciente (Kandasamy &

Woods, 2005).

Apesar de toda esta literatura, escasseiam estudos cuja evidência científica e

qualidade metodológica sustentem claramente uma posição face à previsão de inclusão

ou erupção dos terceiros molares assim como à decisão de extração ou não extração de

pré-molares na prática ortodôntica, nomeadamente em casos tratados com extração dos

segundos pré-molares.

Deste modo, o estudo efetuado tem como objetivos (1) analisar o efeito da

extração de segundos pré-molares, como parte integrante da terapia ortodôntica, na

ângulação do terceiro molar superior e inferior e na distância retromolar disponível e (2)

avaliar a eventual ocorrência de inclusão dos terceiros molares e consequente

necessidade de extração.

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2. Objetivos

Os objetivos deste estudo são analisar o efeito da extração de segundos pré-

molares, como parte integrante do tratamento ortodôntico, na angulação do terceiro

molar superior e inferior e na distância retromolar disponível, bem como na ocorrência

de inclusão dos terceiros molares e consequente necessidade de extração.

A hipótese nula testada é a de que não existe diferença na ângulação, espaço

retromolar, inclusão e necessidade de extração de terceiros molares em ambos os

tratamentos ortodônticos – sem e com extração de segundos pré-molares.

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3. Materiais e Métodos

3.1 Tipo de estudo

O presente estudo retrospetivo teve por base a análise de registos clínicos e de

ortopantomografias pré e pós-tratamento, avaliando indivíduos tratados

ortodonticamente sem extrações versus com recurso a extração de segundos pré-

molares, no que se refere a alterações posicionais e ao potencial de erupção dos

terceiros molares superiores e inferiores.

3.2 Amostra

Os indivíduos da amostra foram selecionados a partir dos registos dos pacientes

sujeitos a tratamento ortodôntico, sem extrações ou com extração de segundos pré-

molares, numa unidade privada de Ortodontia em Lisboa.

A seleção da amostra respeitou os critérios de inclusão de exclusão estabelecidos

e os indivíduos foram divididos em dois grupos:

Grupo COM – pacientes tratados com extração de segundos pré-molares

superiores (dentes 15 e 25) e inferiores (dentes 35 e 45)

Grupo SEM – pacientes tratados sem extração de pré-molares

Não foi necessário realizar exames imagiológicos adicionais, devido ao facto dos

indivíduos apresentarem as ortopantomografias nos seus registos. Foi registada a idade

que cada um dos indíviduos tinha quando realizou os exames imagiológicos, o género e

a decisão (sim/não) quanto à extração dos terceiros molares.

Para cada indivíduo, foram analisadas duas ortopantomografias, tendo a primeira

sido realizada antes do tratamento ortodôntico (T1) e a segunda durante a fase de

retenção (T2), estudando-se de forma independente o maxilar superior e a mandíbula.

3.3 Seleção da amostra

Realizou-se uma listagem automática no programa informático FileMaker Pro ®

6.0 versão 1, com vista a selecionar os indivíduos tratados sem extrações ou com

extração de segundos pré-molares. O n amostral foi formulado de forma a obter um

poder estatístico de 0,20 e um nível de significância de 0,05 (p=0,05).

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Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra ficou afixada

em 68 casos.

3.3.1 Critérios de inclusão

Os critérios de inclusão usados para obter a amostra foram os seguintes:

Tratamento ortodôntico realizado antes dos 18 anos;

Pacientes com ortopantomografia pré e pós-tratamento;

Controlo radiográfico ou clínico pelo menos até aos 19 anos;

Ortopantomografias com boa qualidade e nitidez e sem distorção.

3.3.1 Critérios de exclusão

Os indíviduos com, pelo menos, uma destas características foram excluídos:

Presença de agenésias dentárias;

Extração de outros dentes que não pré-molares;

Ausência de evidência de terceiros molares (superiores ou inferiores)

na ortopantomografia pré-tratamento.

3.4 Variáveis

Variável independente: Tipo de tratamento ortodôntico, sem extrações ou com

extração de segundos pré-molares superiores e inferiores.

Variáveis dependentes:

L2^L3 – ângulo entre os eixos longitudinais do segundo e terceiro

molar

L3^PO – ângulo entre o eixo longitudinal do terceiro molar e o plano

oclusal funcional

DR – distância retromolar

Decisão de extração do terceiro molar

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3.5 Metodologia

As ortopantomografias em acetato foram digitalizadas e guardadas em formato

JPEG (.jpeg). Foram traçadas as linhas descritas no Anexo 1, a cor preta e tamanho 2,

recorrendo ao programa Adobe Photoshop® CS6. Os traçados foram efetuados por um

observador cego face à identidade do indivíduo, tendo realizado previamente 10

traçados em radiografias piloto para orientação. As imagens traçadas foram guardadas

em formato TIFF (.tiff) e posteriormente impressas numa impressora HP® Photosmart

5515 em formatação “fotografia em página completa”, a preto e branco e em folhas

brancas de tamanho A4.

Em cada ortopantomografia foram medidos os parâmetros, em ambos os lados

(esquerdo e direito) do maxilar superior e mandíbula:

L2^L3

L3^PO

DR

As medidas lineares foram medidas com uma régua até 0,5mm e as medidas

angulares com um transferidor até 0,5º e os valores obtidos foram registados no

programa Microsoft Excel 2016, podendo ser consultados no Anexo 2.

Tendo em conta que as ortopantomografias foram impressas em formatação

“fotografia em página completa”, consideramos que foram expostas a ampliação, pelo

que foi necessário encontrar a razão de ampliação, evitando induzir viés nas medições

lineares. Para este efeito, foram selecionados 5 casos clínicos de forma randomizada,

havendo um total de 25 radiografias, nas quais foram medidas as DR na imagem

original e as DR na imagem traçada e impressa. Calculou-se a razão entre as duas

medidas relativas à mesma radiografia e repetiu-se o método para as restantes 24

radiografias. Foi possível obter uma média que corresponde à razão de ampliação de

1,23%. Por útimo, efetuou-se a divisão dos valores de DR obtidos posteriormente por

1,23.

3.6 Metodologia estatística

A análise estatística dos dados foi efetuada com recurso aos programas

Microsoft® Excel® 2016 e SuperAnova® versão 1.11 da empresa Abacus Concepts®.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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Dada a natureza das variáveis envolvidas, a análise consistiu em:

▪ Análise estatística descritiva dos dados através de tabelas de frequências para

caracterizar a amostra quanto ao género, à idade média em T1 e T2 e quanto à

distribuição da amostra relativamente ao tipo de tratamento ortodôntico realizado;

▪ Análise estatística comparativa através de testes T-Student para comparar as

variáveis dependentes em T1 e T2 e a diferença atribuída ao tratamento (T2-T1), assim

como avaliar a eventual associação de T1 e de T2-T1 com a decisão de exodontia;

▪ Estudo analítico dos dados através do teste Qui-quadrado para análise da

associação entre o tipo de tratamento e a decisão de exodontia dos terceiros molares.

▪ O nível de significância estatística foi fixado em 0,05.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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4. Resultados

4.1 Caracterização da amostra

A amostra foi constituída por 68 indivíduos. A distribuição da amostra quanto ao

género e tratamento ortodôntico efetuado (SEM – sem exodontia de segundos pré-

molares; COM – com exodontia) está representada nos gráficos seguintes.

Dos 68 indivíduos que participaram no estudo, 31 foram tratados

ortodonticamente com extração de segundos pré-molares e 37 sem extrações, de acordo

com os dados da tabela 1.

Grupos N %

Grupo COM 31 45,6

Grupo SEM 37 54,4

Total 68 100

Tabela 1: Distribuição de frequência absoluta (N) e relativa (%) da amostra quanto ao tipo de

tratamento ortodôntico – com ou sem extração de segundos pré-molares.

Foi efetuado o cálculo da idade média dos indivíduos relativamente aos dois

momentos de registo ortopantomográfico (T1 – pré-tratamento; T2 – pós-tratamento),

podendo os resultados ser observados na tabela 2.

Idade T1 14,7 3,1

Idade T2 17,2 3,1

Tabela 2: Idade média e desvio padrão dos indivíduos em T1 e T2.

14.735

3.098

.376

68

10.000

24.000

0

17.221

3.075

.373

68

13.000

27.000

0

Mean

Std. Dev.

Std. Error

Count

Minimum

Maximum

# Missing

Idade T1 Idade T2

Descriptive Statistics

45 .662 66.176

23 .338 33.824

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

F

M

Total

Frequency Distribution for Género

M

F

Pie Chart for Género

37 .544 54.412

31 .456 45.588

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

NÃO

SIM

Total

Frequency Distribution for Exo PM

SIM

NÃO

Pie Chart for Exo PM

14.735

3.098

.376

68

10.000

24.000

0

17.221

3.075

.373

68

13.000

27.000

0

Mean

Std. Dev.

Std. Error

Count

Minimum

Maximum

# Missing

Idade T1 Idade T2

Descriptive Statistics

45 .662 66.176

23 .338 33.824

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

F

M

Total

Frequency Distribution for Género

M

F

Pie Chart for Género

37 .544 54.412

31 .456 45.588

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

NÃO

SIM

Total

Frequency Distribution for Exo PM

SIM

NÃO

Pie Chart for Exo PM

Gráfico 1: Distribuição da amostra quanto

ao género (F – feminino; M – masculino)

Gráfico 2: Distribuição da amostra quanto

ao tratamento ortodôntico efetuado.

66,2%

33,8% 45,6%

54,4% SEM

COM

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

10

4.2 Estatística descritiva da amostra e análise comparativa entre os grupos

SEM e COM

Os resultados da estatística descritiva e os valores dos testes t-student

comparando a angulação molar e a distância retromolar nos grupos SEM e COM em T1

e T2 encontram-se descritos nas tabelas que se seguem, de forma detalhada. A

estatística foi efetuada de forma independente para o maxilar superior e mandíbula.

4.2.1 Maxilar superior

A variável L2^L3, no grupo SEM apresenta a média de 3,9º em T1 e de 3,6º em

T2. No grupo COM, a média foi de 2,6º em T1 e 3,9º em T2. Não foram detetadas

diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos, em T1 ou T2 (Tabelas 3 e

4).

A variável L3^PO, no grupo SEM apresenta a média de 28º em T1 e de 24,9º em

T2. No grupo COM, a média foi de 23,6º em T1 e 16,9º em T2. Verificou-se uma

diferença estatisticamente significativa em T2 (p=0,0005) (Tabelas 3 e 4).

A variável DR, no grupo SEM apresenta a média de 7,5mm em T1 e de 9,2mm

em T2. No grupo COM, a média foi de 8,3mm em T1 e de 13,1mm em T2. Verificou-se

uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos em T1 (p<0,0001) e

em T2 (p<0,0001) (Tabelas 3 e 4).

T1 Grupo SEM Grupo COM P-value

L2^L3 3,9 12,7 2,6 15,3 0,5988

L3^PO 28 12,1 23,6 14,8 0,0645

DR 7,5 3,2 8,3 3,4 0,2120

Tabela 3: Média, desvio padrão e nível de significância nos grupos SEM e COM em T1 no

maxilar superior.

T2 Grupo SEM Grupo COM P-value

L2^L3 3,6 13,7 3,9 11,7 0,8682

L3^PO 24,9 13,8 16,9 10,7 0,0005

DR 9,2 4,0 13,1 3,6 <0,0001

Tabela 4: Média, desvio padrão e nível de significância nos grupos SEM e COM em T2 no

maxilar superior.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

11

4.2.2 Mandíbula

A variável L2^L3, no grupo SEM apresenta a média de 26,6º em T1 e de 25,1º

em T2. No grupo COM, a média foi de 27,9º em T1 e de 20,7º em T2. Não se

verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, em T1 ou T2

(Tabelas 5 e 6).

A variável L3^PO, no grupo SEM registou a média de 52,5º em T1 e de 56,0º

em T2. No grupo COM, a média foi de 55,3º em T1 e de 60,9º em T2. Não se

verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, em T1 ou T2

(Tabelas 5 e 6).

A variável DR, no grupo SEM apresenta a média de 9,5mm em T1 e de 12,3mm

em T2. No grupo COM, a média foi de 10,1mm em T1 e de 18,1mm em T2. Esta

diferença foi estatisticamente significativa em T2 (p<0,0001) (Tabelas 5 e 6).

T1 Grupo SEM Grupo COM P-value

L2^L3 26,6 11,5 27,9 13,3 0,5301

L3^PO 52,5 10,4 55,3 13,9 0,1763

DR 9,5 4,2 10,1 4,9 0,4572

Tabela 5: Média, desvio padrão e nível de significância nos grupos SEM e COM em T1 na

mandíbula.

T2 Grupo SEM Grupo COM P-value

L2^L3 25.1 13,9 20,7 16,8 0,1035

L3^PO 56,0 13,7 60,9 16,0 0,0622

DR 12,3 3,5 18,1 3,7 <0,0001

Tabela 6: Média, desvio padrão e nível de significância nos grupos SEM e COM em T2 na

mandíbula.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

12

4.3 Estatística descritiva da amostra e análise comparativa do efeito do

tratamento ortodôntico (T2-T1)

A análise da diferença resultante do tratamento ortodôntico (T2-T1) referente ao

maxilar superior está descrita na Tabela 7. Os valores médios da variável L2^L3 sofreram

uma variação de -0,3º no grupo SEM e de 1,3º no grupo COM, não sendo esta diferença

estatisticamente significativa. Os valores médios da variável L3^PO sofreram uma variação

de -3,1º no grupo SEM e de -6,7º no grupo COM, não tendo sido encontrada diferença

estatisticamente significativa. Os valores médios da variável DR sofreram uma variação de

1,6mm no grupo SEM e de 4,8mm no grupo COM, tendo esta diferença sido

estatisticamente significativa (p<0,0001).

T2 – T1 Grupo SEM Grupo COM P-Value

L2^L3 -0,3 13,1 1,3 14,0 0,4839

L3^PO -3,1 12,2 -6,7 12,7 0,1064

DR 1,6 2,8 4,8 3,1 <0,0001

Tabela 7: Média, desvio padrão e nível de significância para a diferença atribuida ao tratamento

ortodôntico (T2-T1), no maxilar superior.

A análise da diferença resultante do tratamento ortodôntico (T2-T1) referente à

mandíbula está descrita na Tabela 8. Os valores médios da variável L2^L3 sofreram uma

variação de -1,7º no grupo SEM e de -5,6º no grupo COM, não tendo esta diferença atingido

o nível de significância estatistica. Os valores médios da variável L3^PO sofreram uma

variação de 3,5º no grupo SEM e de 5,5º no grupo COM, não sendo esta diferença

estatisticamente significativa. Os valores médios da variável DR sofreram uma variação de

2,8mm no grupo SEM e de 8,2mm no grupo COM – esta diferença foi estatisticamente

significativa (p<0,0001).

T2 – T1 Grupo SEM Grupo COM P-Value

L2^L3 -1,7 13,1 -5,6 11,2 0,0768

L3^PO 3,5 10,5 5,5 12,2 0,3326

DR 2,8 2,9 8,2 3,4 <0,0001

Tabela 8: Média, desvio padrão e nível de significância para a diferença atribuída ao tratamento

ortodôntico (T2-T1), na mandíbula.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

13

4.4 Decisão referente à necessidade de exodontia dos terceiros molares

A distribuição da frequência relativa (%) correspondente à decisão de exodontia

dos terceiros molares nos grupos SEM e COM está representada esquematicamente nos

Gráficos 3 e 4. A percentagem de indivíduos que efetuou exodontia de terceiros

molares, após tratamento ortodôntico, no grupo SEM foi de 78,6% e no grupo COM foi

de 8,8%. A percentagem de indivíduos que não necessitou de efetuar exodontia de

terceiros molares, após tratamento ortodôntico, no grupo SEM foi de 21,4% e no grupo

COM foi de 91,2%.

A associação entre o tipo de tratamento ortodôntico (grupos SEM e COM

extração de segundos pré-molares) e a decisão de exodontia do 3º molar foi avaliada

com um teste qui-quadrado. O resultado demonstrou que o tratamento ortodôntico com

exodontia de segundos pré-molares está associado a uma menor prevalência de

exodontia de terceiros molares (p<0,0001).

14.735

3.098

.376

68

10.000

24.000

0

17.221

3.075

.373

68

13.000

27.000

0

Mean

Std. Dev.

Std. Error

Count

Minimum

Maximum

# Missing

Idade T1 Idade T2

Descriptive Statistics

45 .662 66.176

23 .338 33.824

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

F

M

Total

Frequency Distribution for Género

M

F

Pie Chart for Género

37 .544 54.412

31 .456 45.588

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

NÃO

SIM

Total

Frequency Distribution for Exo PM

SIM

NÃO

Pie Chart for Exo PM

NÃO

SIM

14.735

3.098

.376

68

10.000

24.000

0

17.221

3.075

.373

68

13.000

27.000

0

Mean

Std. Dev.

Std. Error

Count

Minimum

Maximum

# Missing

Idade T1 Idade T2

Descriptive Statistics

45 .662 66.176

23 .338 33.824

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

F

M

Total

Frequency Distribution for Género

M

F

Pie Chart for Género

37 .544 54.412

31 .456 45.588

68 1.000 100.000

Count Rel . Freq. Percent

NÃO

SIM

Total

Frequency Distribution for Exo PM

SIM

NÃO

Pie Chart for Exo PM

NÃO

SIM

Gráfico 3: Distribuição da frequência

relativa (%) face à decisão de exodontia dos

terceiros molares – grupo SEM.

Gráfico 4: Distribuição da frequência

relativa (%) face à decisão de exodontia dos

terceiros molares – grupo COM.

78,6%

21,4%

91,2%

8,8%

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

14

4.5 Relação entre as variáveis em T1 e a decisão referente à necessidade de

exodontia dos terceiros molares

A idade média no início do tratamento (T1) dos indivíduos que não necessitaram

de efetuar exodontia de terceiros molares foi de 15,3 anos e a idade média no início do

tratamento dos indivíduos que sofreram exodontia dos terceiros molares foi 14,4 anos,

tendo-se verificado que a diferença não é estatisticamente significativa (p=0,0919)

(Tabela 9).

Decisão exodontia

terceiros molares

Grupo NÃO Grupo SIM P-Value

Idade em T1 15,3 3,4 14,4 2,5 0,0919

Tabela 9: Idade média, desvio padrão e nível de significância na amostra relativamente à

decisão de necessidade de exodontia dos terceiros molares.

No maxilar superior, a variável L2^L3 apresenta a média de 0,8º no grupo sem

exodontia dos terceiros molares (NÃO) e de 4,9º no grupo com exodontia dos terceiros

molares (SIM), não sendo esta diferença estatisticamente significativa. A variável

L3^PO apresenta a média de 22,1º no grupo NÃO e de 29,8º no grupo SIM, tendo

havido diferença estatisticamente significativa (p=0,0017). A variável DR apresenta a

média de 9mm no grupo sem exodontia de terceiros molares e de 6,9mm no grupo com

exodontia, sendo esta diferença muito significativa (p=0,0006). (Tabela 10).

Decisão exodontia

terceiros molares

NÃO SIM P-Value

L2^L3 0,8 14,2º 4,9 13,1º 0,1007

L3^PO 22,1 14,1º 29,8 11,9º 0,0017

DR 9,0 3,5 mm 6,9 3,1 mm 0,0006

Tabela 10: Média, desvio padrão e nível de significância das variáveis dependentes em T1

relativamente à decisão de exodontia dos terceiros molares – maxilar superior.

Na mandíbula, a variável L2^L3 apresenta a média de -25,4º no grupo sem

exodontia dos terceiros molares (NÃO) e de -27,8º no grupo com exodontia dos

terceiros molares (SIM). A variável L3^PO apresenta a média de 57,6º no grupo NÃO e

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

15

de 51,1º no grupo SIM. A variável DR apresenta a média de 10,8mm no grupo sem

exodontia dos terceiros molares e de 9,2mm no grupo com exodontia dos terceiros

molares. Apenas a variável L3^PO apresenta diferença estatisticamente significativa

(p=0,0031) (Tabela 11).

Decisão exodontia

terceiros molares

NÃO SIM P-Value

L2^L3 -25,4 12,7º -27,8 12,0º 0,3057

L3^PO 57,6 13,1º 51,1 10,5º 0,0031

DR 10,8 4,8 mm 9,2 4,1 mm 0,0501

Tabela 11: Média, desvio padrão e nível de significância das variáveis dependentes em T1

relativamente à decisão de exodontia dos terceiros molares – mandíbula.

4.6 Relação entre a diferença T2-T1 e a decisão relativa à exodontia dos

terceiros molares

No maxilar superior, analisando as diferenças de T1 para T2, a variável L2^L3

aumentou 2,2º no grupo sem exodontia dos terceiros molares (NÃO) e há uma redução

de 0,2º no grupo com exodontia (SIM). A variável L3^PO apresenta uma redução de

5,5º no grupo NÃO e de 3,6º no grupo SIM. A variável DR apresenta a média de 7,1mm

no grupo sem exodontia dos terceiros molares e de 3,2mm no grupo com exodontia dos

terceiros molares, sendo esta diferença estatisticamente muito significativa (p<0,0001)

(Tabela 12).

Decisão exodontia

terceiros molares

NÃO SIM P-Value

L2^L3 2,2 10,6º -0,2 13,8º 0,2910

L3^PO -5,5 11,3º -3,6 12,8º 0,3879

DR 4,8 3,3 mm 1,6 2,5 mm <0,0001

Tabela 12: Média, desvio padrão e nível de significância da diferença T2-T1 relativamente à

decisão de exodontia dos terceiros molares – maxilar superior.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

16

Na mandíbula, analisando as diferenças de T1 para T2, a variável L2^L3

apresenta uma redução de 5,3º no grupo sem exodontia de terceiros molares (NÃO) e

uma redução de 1,1 no grupo com exodontia (SIM). A variável L3^PO apresenta a

média de 6,2º no grupo NÃO e de 2,8º no grupo SIM. A variável DR apresenta a média

de 7,1mm no grupo sem exodontia de terceiros molares e de 3,2mm no grupo com

exodontia, diferença estatisticamente muito significativa (p<0,0001) (Tabela 13).

Decisão exodontia

terceiros molares

NÃO SIM P-Value

L2^L3 -5,3 10,8º -1,1 13,5º 0,718

L3^PO 6,2 12,2º 2,8 10,9º 0,1066

DR 7,1 4,0 mm 3,2 2,9 mm <0,0001

Tabela 13: Média, desvio padrão e nível de significância da diferença T2-T1 relativamente à

decisão de exodontia dos terceiros molares – mandíbula.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

17

5. Discussão

O estudo efetuado teve como objetivo analisar o efeito da extração de segundos

pré-molares, como parte integrante do tratamento ortodôntico, na angulação do terceiro

molar superior e inferior e na distância retromolar disponível, assim como avaliar a

eventual ocorrência de inclusão dos terceiros molares e consequente necessidade de

extração.

Para investigar os possíveis efeitos, foi avaliada uma amostra de 68 indivíduos,

divididos em dois grupos, com e sem extração de segundos pré-molares, tendo sido

recolhidas duas ortopantomografias correspondentes aos tempos pré e pós-tratamento,

nas quais foram medidas e comparadas as variáveis angulares (L2^L3 e L3^PO) e linear

(DR). Este método já havia sido usado por outros autores (Vieira, 2017; Jain &

Valiathan, 2009).

A média de idades em T1 (pré-tratamento) foi de 14,7 anos. A literatura aponta

que o intervalo 10-15 anos é uma idade fulcral nas alterações de posicionamento do

terceiro molar mandibular face ao plano oclusal (Richardson, 1978), sugerindo um

posicionamento mais vertical do longo eixo do dente que se traduz na diminuição do

ângulo entre o terceiro molar e o plano oclusal - variável angular identificada como

L3^PO neste estudo. Quanto à média de idades em T2 (pós-tratamento), obteve-se o

valor de 17,2 anos, idade na qual a posição final do terceiro molar nem sempre pode ser

avaliada com precisão, uma vez que as raízes do terceiro molar só se formam

completamente entre os 18 e os 24 anos (Saysel et al. 2005). Apesar disso, as variáveis

angulares e lineares medidas em exames imagiológicos podem ser usadas como forma

de prever a erupção ou inclusão do terceiro molar (Tarazona et al. 2010).

Para que fosse possível obter uma comparação fiável entre os grupos COM e

SEM, começou-se por verificar se existiam diferenças entre estes no momento inicial

(T1), que levassem a uma eventual relação de vantagem-desvantagem no potencial de

erupção de cada grupo. Tanto no maxilar superior como na mandíbula, não existiram

diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis angulares (L2^L3 e L3^PO)

dos dois grupos, assumindo-se que as angulações dos terceiros molares superiores eram

semelhantes neste ponto (Tabelas 3 e 5). Relativamente à variável linear (DR), esta foi

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

18

significativamente menor no grupo COM sugerindo que quando existe indicação para

tratamento ortodôntico com exodontia de pré-molares, existe também falta de espaço

nos segmentos posteriores (Tabelas 3 e 5).

De forma a avaliar as alterações na posição do terceiro molar que ocorreram

devido ao tratamento ortodôntico, há que referir que, no maxilar superior, um aumento

do ângulo L3^PO e diminuição do ângulo L2^L3 indicam diferenças favoráveis na

angulação do terceiro molar superior; e que na mandíbula, uma diminuição dos ângulos

L3^PO e L2^L3 indicam diferenças favoráveis na angulação do terceiro molar inferior,

sugerindo um movimento de verticalização do dente, existindo consequentemente maior

probabilidade de erupção (Mihai et al. 2013).

Relativamente aos resultados obtidos no maxilar superior, não existiram

diferenças estatisticamente significativas nas variáveis angulares (Tabela 7),

verificando-se uma ligeira diminuição do ângulo L2^L3 de T1 para T2 no grupo sem

exodontia de segundos pré-molares superiores e um aumento deste ângulo no grupo

com exodontia. Miclotte et al. 2017 reportaram variações neste ângulo ao longo do

tratamento, sem encontrar diferença estatisticamente significativa entre os grupos com e

sem exodontia. Quanto ao ângulo L3^PO, observou-se uma diminuição de T1 para T2

em ambos os grupos SEM e COM, sendo esta mais acentuada no grupo com exodontia

dos segundos pré-molares superiores. Tarazona et al, 2010 apresentam igualmente a

diminuição do ângulo entre os terceiros molares superiores e o plano oclusal, sem

encontrar diferenças entre os grupos.

Na mandíbula, não existiram diferenças estatisticamente significativas nas

variáveis angulares (Tabela 8), verificando-se uma diminuição do ângulo L2^L3 de T1

para T2 nos grupos SEM e COM, sendo esta diminuição mais acentuada no grupo com

exodontia de segundos pré-molares, o que sugere uma verticalização do terceiro molar

inferior relativamente ao 2º molar inferior. Durgesh et al. 2016 também encontrou uma

diminuição não significativa do ângulo L2^L3 em ambos os grupos, sugerindo que a

angulação do terceiro molar melhora independentemente de existir exodontia de pré-

molares. Pelo contrário, Saysel et al, 2005 verificaram que a angulação do terceiro

molar inferior melhorou significativamente nos pacientes tratados com exodontias de

pré-molares. Quanto ao ângulo L3^PO, verificou-se um aumento de T1 para T2 nos

grupos SEM e COM, contrariamente ao que seria favorável na angulação do terceiro

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

19

molar inferior. Tarazona et al, 2010 apresentam uma diminuição deste ângulo em ambos

os grupos com e sem exodontia de pré-molares.

No presente estudo, investigou-se também os efeitos da extração de segundos

pré-molares na distância retromolar. Os resultados revelam que tanto no maxilar

superior como na mandíbula existiu um aumento significativo de espaço (p<0,0001),

sendo este superior no grupo com extração de segundos pré-molares comparativamente aos

indivíduos tratados sem extrações (Tabelas 7 e 8). Este aumento da distância retromolar

pode ser explicado pelo movimento mesial do 1º e 2º molares durante o encerramento do

espaço criado pela extração do segundo pré-molar. Miclotte et al. 2017 obtiveram

resultados semelhantes ao comparar indivíduos com extrações de pré-molares versus sem

extrações; compararam ainda a influência da extração de primeiro ou segundo pré-molar na

distância retromolar mas não encontraram diferenças estatisticamente significativas.

Após o término do tratamento ortodôntico, efetuou-se a avaliação da necessidade de

exodontia dos terceiros molares. Os resultados demonstram que a percentagem de

indivíduos que efetuou exodontia de terceiros molares foi superior no grupo SEM

(78,6%) comparativamente ao grupo COM (8,8%) (Gráficos 3 e 4). Desta forma, o

presente estudo indica que o tratamento ortodôntico com exodontia de segundos pré-

molares está associado a uma menor probabilidade de inclusão do terceiro molar e,

consequentemente, a uma menor necessidade de exodontia de terceiros molares. Estes

resultados assemelham-se aos obtidos por autores que compararam a influência da

exodontia de primeiros pré-molares no potencial de erupção/inclusão de terceiros

molares (Vieira, 2017; Jain & Valiathan, 2009; Kim et al. 2003). No entanto,

contrariam os estudos realizados por Russell et al. 2013 e Tarazona et al, 2010, cujos

resultados afirmam não existir diferença estatisticamente significativa entre os grupos

com e sem exodontia dos segundos pré-molares.

A relação entre a idade média dos indivíduos no momento inicial do tratamento

(T1) e a decisão de extração de terceiros molares foi analisada, em busca de um fator

que permitisse uma estimação precoce do curso eruptivo e posição final do terceiro

molar. A média de idades no grupo sem exodontias dos terceiros molares (15,3 anos) foi

superior à do grupo que necessitou de efetuar exodontias dos terceiros molares (14,4

anos) - esta diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,0919). Vieira (2017)

obteve o resultado inverso, sugerindo que se o tratamento ocorrer na fase inicial do

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

20

desenvolvimento do terceiro molar pode beneficiar a correta erupção deste dente. No

entanto, o presente estudo não nos permite estimar de forma precisa esta relação.

No que diz respeito à relação entre as variáveis dependentes em T1 e a decisão

de extração dos terceiros molares, observou-se que, no maxilar superior, não existiu

diferença estatisticamente significativa para a variável L2^L3; o ângulo L3^PO era

significativamente superior no grupo com exodontia dos terceiros molares (p=0,0017)

sugerindo que os molares superiores com indicação para extração após tratamento

ortodôntico se encontravam mais inclinados em relação ao plano oclusal no início do

tratamento; e a variável linear DR era significativamente superior no grupo sem

exodontia dos terceiros molares (p=0,0006), o que nos leva a concluir que a existência

de uma distância retromolar elevada no início do tratamento pode estar associada a uma

menor probabilidade de exodontia do 3º molar (Tabela 10).

Na mandíbula, não existiu diferença estatisticamente significativa para a

variável L2^L3; o ângulo L3^PO era significativamente superior no grupo sem

exodontia dos terceiros molares (p=0,0031) sugerindo que os terceiros molares

inferiores sem necessidade de extração estariam mais verticalizados face ao plano

oclusal no início do tratamento ortodôntico; e a variável linear DR era

significativamente superior no grupo sem exodontia dos terceiros molares (p=0,0501) à

semelhança do observado no maxilar superior (Tabela 11).

De forma a estudar se a diferença provocada pelo tratamento ortodôntico (T2-

T1) permite prever a eventual erupção do terceiro molar, investigaram-se as diferenças

nas variáveis dependentes L2^L3, L3^PO e DR durante este período.

No maxilar superior, não existiram diferenças estatisticamente significativas nas

variáveis angulares; nos casos em que não foi necessário extrair os terceiros molares

superior, a variável DR teve um aumento de 7,1mm (p<0,0001), significativamente

superior ao do grupo com indicação para exodontia dos terceiros molares, o que reitera

a conclusão de que este fator tem uma forte correlação com o potencial de erupção dos

terceiros molares superiores – estes resultados foram semelhantes aos obtidos por

Miclotte et al. 2017.

Na mandíbula, não existiram diferenças estatisticamente significativas nas

variáveis angulares. No entanto, no grupo que não necessitou de exodontia dos terceiros

molares, observou-se uma diminuição de 5,3º no ângulo L2^L3 que, apesar de não ser

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

21

estatisticamente significativa, poderá ter contribuído para a erupção do terceiro molar

inferior – resultado semelhante ao de Russell et al. 2013. Por outro lado, nos casos em

que não foi necessário extrair os terceiros molares inferiores, a variável DR teve um

aumento de 7,1mm (p<0,0001), significativamente superior ao do grupo com indicação

para exodontia dos terceiros molares, o que reitera a conclusão de que este fator tem

uma forte correlação com o potencial de erupção dos terceiros molares inferiores – estes

resultados foram semelhantes aos obtidos por Vieira (2017).

Com base numa visão geral dos resultados do presente estudo, foi possível

efetuar o cruzamento de resultados e notar dois aspetos relevantes:

No maxilar superior, o grupo COM apresentou um aumento de L2^L3 e

aumento da DR, tal como o grupo em que não se realizaram extrações dos terceiros

molares superior, apesar de não se terem encontrado resultados estatisticamente

significativos para as variáveis angulares e deste aumento de L2^L3 não se mostrar

benéfico na verticalização do dente.

Na mandíbula, o grupo COM apresentou uma diminuição de L2^L3 e aumento

da DR tal como o grupo que não foi sujeito a exodontia dos terceiros molares, sugerindo

que o tratamento ortodôntico com extração de segundos pré-molares inferiores favorece

a não extração de terceiros molares inferiores.

Deste modo, os resultados parecem apontar o tratamento ortodôntico com

extração de segundos pré-molares como vantajoso.

No entanto, não se afigura possível prever com exatidão a erupção, a correta

posição e a manutenção a longo prazo dos terceiros molares. A melhoria da angulação

nem sempre significa que os terceiros molares erupcionam numa correta posição e

atingem o plano funcional, dado que também são influenciados por outros fatores como

o padrão de crescimento dos maxilares, as dimensões dos dentes e as arcadas dentárias e

angulações e distância retromolar iniciais (Staggers et al. 1992; Richardson, 1989).

Algumas das limitações apresentadas neste estudo prendem-se com o facto de

ser um estudo retrospetivo, tendo a desvantagem de existir um possível viés associado à

seleção dos casos e não ter integrado informação detalhada sobre a biomecânica

ortodôntica aplicada. Outro possível fator de viés, surge da imprecisão associada à

utilização de ortopantomografias na medição de variáveis lineares, devido ao facto

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

22

destas radiografias sofrerem distorção e ampliação ao longo da película (Brezulier et al.

2017).

6. Conclusões

Os resultados do presente estudo permitem concluir que:

1) A extração de segundos pré-molares não influencia significativamente a

angulação do terceiro molar.

2) O tratamento com extração dos segundos pré-molares promove um aumento

significativamente maior do espaço retromolar disponível para a erupção dos terceiros

molares, no maxilar superior e na mandíbula.

3) O tratamento ortodôntico com exodontia de segundos pré-molares reduz

significativamente a probabilidade de inclusão do terceiro molar e, consequentemente, a

necessidade de exodontia de terceiros molares.

4) Os terceiros molares superiores e inferiores que, antes do tratamento, se

apresentam numa posição mais inclinada em relação ao plano oclusal, têm uma maior

probabilidade de inclusão e, consequentemente, maior necessidade de extração.

5) A existência de uma distância retromolar elevada no início do tratamento está

associada a uma menor necessidade de exodontia do terceiro molar superior e inferior.

6) Durante o tratamento, a distância retromolar aumentou significativamente

menos nos terceiros molares superiores e inferiores com indicação para exodontia.

7) Os resultados sugerem que o tratamento ortodôntico com extração de

segundos pré-molares influencia favoravelmente a erupção dos terceiros molares. No

entanto, não é possível prever com exatidão a erupção em correta posição e a

manutenção a longo prazo dos terceiros molares.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

26

ANEXOS

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

27

Anexo 1: Representações gráficas das variáveis angulares e lineares

Figura 1: Representação gráfica das variáveis angulares e

linear no maxilar superior. Reproduzido de Vieira (2017),

com autorização do autor.

Figura 2: Representação gráfica das variáveis angulares e

linear na mandíbula. Reproduzido de Vieira (2017), com

autorização do autor.

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

28

Legenda da Figura 1

M2m

M2d

M3m

M3d

OA

OP

T

D2

D3

L2

L3

PO

DR

L2^L3

L3^PO

Ponto de contacto mesial do 2º molar

Ponto de contacto distal do 2º molar

Ponto de contacto mesial do 3º molar

Ponto de contacto distal do 3º molar

Cúspide do 2º pré-molar

Cúspide distal do 2º molar

Ponto mais posterior da tuberosidade maxilar

Reta resultante da união dos pontos M2m e M2d

Reta resultante da união dos pontos M3m e M3d

Reta perpendicular à reta D2 // eixo longitudional do 2º molar

Reta perpendicular à reta D3 // eixo longitudional do 3º molar

Plano oclusal funcional – resultante da união dos pontos AO e OP

Distância retromolar – linha desde o ponto M2m até à interseção com a reta

vertical que une o plano oclusal ao ponto T

Ângulo entre o eixo longitudinal do 2º e 3º molar

Ângulo entre o eixo longitudinal do 3º molar e o plano oclusal funcional

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

29

Legenda da Figura 2

M2m

M2d

M3m

M3d

OA

OP

R

R’

D2

D3

L2

L3

PO

DR

L2^L3

L3^PO

Ponto de contacto mesial do 2º molar

Ponto de contacto distal do 2º molar

Ponto de contacto mesial do 3º molar

Ponto de contacto distal do 3º molar

Cúspide do 2º pré-molar

Cúspide distal do 2º molar

Interseção do plano oclusal com o ramo da mandíbula

Interseção de uma linha perpendicular ao plano oclusal que passa em M3d

Reta resultante da união dos pontos M2m e M2d

Reta resultante da união dos pontos M3m e M3d

Reta perpendicular à reta D2 // eixo longitudional do 2º molar

Reta perpendicular à reta D3 // eixo longitudional do 3º molar

Plano oclusal funcional – resultante da união dos pontos AO e OP

Distância retromolar – linha une os pontos R e R’

Ângulo entre o eixo longitudinal do 2º e 3º molar

Ângulo entre o eixo longitudinal do 3º molar e o plano oclusal funcional

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

30

Anexo 2: Registo de dados e medições (maxilar superior e mandíbula)

Código Exo PM Exo 3M Género Idade T1 Idade T2 Lado L2^L3T1 L2^L3 T2 L3^PO T1 L3^PO T2 DR T1 DR T2

1 SIM NAO F 12 15 Dir -20 -6 13 2 10 19

2 SIM NAO M 12 16 Dir -3 -4 15 1 7 16

3 SIM NAO F 11 13 Dir 13 17 34 30 5 8

4 SIM NAO M 17 19 Dir -7 -5 9 15 9 14

5 SIM NAO M 15 18 Dir 6 7 17 15 15 17

6 SIM SIM M 13 15 Dir

7 SIM NAO F 12 14 Dir -5 -5 7 2 11 15

8 SIM NAO F 12 15 Dir 4 24 45 36 5 10

9 SIM

F 23 25 Dir 3 -3 20 4 8 12

10 SIM SIM F 22 24 Dir 6 10 40 27 4 7

11 SIM NAO F 19 22 Dir 9 3 40 20 9 13

12 SIM NAO F 19 21 Dir -32 2 4 26 8 12

13 SIM NAO M 13 15 Dir 8 2 29 6 6 14

14 SIM NAO M 24 27 Dir 12 8 32 8 10 17

15 SIM SIM F 22 24 Dir 26 20 52 30 3 11

16 SIM NAO F 17 19 Dir -18 -12 7 11 7 16

17 SIM NAO M 13 17 Dir -21 -6 13 17 5 8

18 SIM

F 12 16 Dir -6 -22 3 8 10 10

19 SIM NAO F 14 16 Dir 3 20 37 42 8 9

20 SIM

F 14 16 Dir 1 13 22 17 11 15

21 SIM NAO F 19 21 Dir -19 -16 10 4 11 16

22 SIM NAO M 18 20 Dir -4 -5 3 5 13 16

23 SIM NAO M 12 14 Dir

24 SIM

F 11 14 Dir

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

31

25 SIM NAO M 12 15 Dir 31 20 36 17 14 16

26 SIM

F 13 16 Dir 20 -19 28 3 11 9

27 SIM NAO F 21 23 Dir 18 3 43 22 6 9

28 SIM NAO F 19 21 Dir 6 12 28 20 6 12

29 SIM NAO M 20 23 Dir -4 17 9 16 13 16

30 SIM

M 12 14 Dir 15 16 32 21 5 14

31 SIM NAO F 16 19 Dir 3 2 10 12 13 15

32 NÃO SIM F 14 16 Dir 7 21 33 33 2 6

33 NÃO SIM F 13 15 Dir 1 6 45 28 5 6

34 NÃO SIM M 13 18 Dir 3 33 45 57 3 7

35 NÃO SIM F 16 19 Dir -6 -21 32 5 5 8

36 NÃO SIM F 13 15 Dir 27 20 40 39 4 1

37 NÃO SIM F 12 14 Dir 23 6 54 26 7 7

38 NÃO SIM F 12 14 Dir -11 -8 16 14 8 10

39 NÃO SIM F 12 14 Dir -16 -1 20 26 5 10

40 NÃO SIM F 13 16 Dir 2 7 30 30 8 6

41 NÃO SIM M 15 17 Dir -10 -6 8 15 13 9

42 NÃO NAO F 15 17 Dir 23 6 48 40 9 10

43 NÃO SIM M 16 19 Dir 8 -6 28 19 11 13

44 NÃO SIM M 10 14 Dir 34 3 40 11 8 13

45 NÃO SIM F 14 16 Dir 20 23 27 33 10 10

46 NÃO SIM M 11 13 Dir 9 13 34 38 4 4

47 NÃO NAO M 12 14 Dir 11 5 35 5 4 15

48 NÃO SIM F 15 18 Dir -11 -11 18 13 2 2

49 NÃO SIM F 14 16 Dir 14 39 35 55 5 5

50 NÃO NAO F 12 14 Dir 2 4 17 16 16 16

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

32

51 NÃO NAO F 14 16 Dir -11 -5 4 2 14 19

52 NÃO NAO M 13 15 Dir -12 -15 11 2 12 18

53 NÃO SIM F 14 16 Dir 33 34 43 36 6 11

54 NÃO SIM F 15 17 Dir 16 15 38 42 10 10

55 NÃO SIM M 15 17 Dir 11 -2 19 16 9 11

56 NÃO SIM M 16 21 Dir 6 14 16 21 11 15

57 NÃO SIM M 15 18 Dir 5 4 24 23 8 11

58 NÃO SIM M 12 15 Dir -5 -4 27 21 4 8

59 NÃO SIM F 16 18 Dir 5 -16 27 17 7 6

60 NÃO SIM F 14 17 Dir 17 20 28 35 13 13

61 NÃO SIM F 14 16 Dir 11 -6 33 10 10 12

62 NÃO SIM F 13 16 Dir 23 26 46 45 8 10

63 NÃO SIM F 13 15 Dir -20 7 29 49 6 3

64 NÃO SIM F 15 17 Dir -19 12 3 35 10 11

65 NÃO SIM F 17 19 Dir 8 -3 30 17 10 8

66 NÃO SIM F 14 17 Dir

67 NÃO NAO F 15 17 Dir -1 -1 22 30 10 5

68 NÃO SIM F 16 18 Dir -14 -7 12 16 6 6

1 SIM NAO F 12 15 Esq -9 -3 17 2 6 18

2 SIM NAO M 12 16 Esq 4 -7 20 4 8 16

3 SIM NAO F 11 13 Esq -2 6 17 21 7 14

4 SIM NAO M 17 19 Esq -18 -2 8 18 9 17

5 SIM NAO M 15 18 Esq 5 3 20 20 10 17

6 SIM SIM M 13 15 Esq

7 SIM NAO F 12 14 Esq -6 -17 13 5 12 15

8 SIM NAO F 12 15 Esq 27 15 57 27 8 16

Page 49: Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares … › bitstream › 10451 › 35662 › 1 › ulfmd...Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro

Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

33

9 SIM

F 23 25 Esq

10 SIM SIM F 22 24 Esq 17 5 48 25 4 8

11 SIM NAO F 19 22 Esq 17 8 41 25 11 17

12 SIM NAO F 19 21 Esq -13 8 10 25 6 11

13 SIM NAO M 13 15 Esq -17 -4 21 16 2 10

14 SIM NAO M 24 27 Esq 15 4 30 10 10 15

15 SIM SIM F 22 24 Esq 14 10 40 21 2 11

16 SIM NAO F 17 19 Esq -12 -11 12 4 7 15

17 SIM NAO M 13 17 Esq -3 2 25 18 3 8

18 SIM

F 12 16 Esq -20 5 4 16 9 10

19 SIM NAO F 14 16 Esq -1 6 27 20 4 9

20 SIM

F 14 16 Esq -1 10 19 21 11 12

21 SIM NAO F 19 21 Esq -15 -10 9 5 7 13

22 SIM NAO M 18 20 Esq -7 -1 1 3 13 15

23 SIM NAO M 12 14 Esq 5 26 23 30 4 13

24 SIM

F 11 14 Esq 1 17 22 43 2 2

25 SIM NAO M 12 15 Esq 27 20 41 25 13 21

26 SIM

F 13 16 Esq 32 -5 45 11 10 10

27 SIM NAO F 21 23 Esq 10 -1 32 15 6 9

28 SIM NAO F 19 21 Esq -7 9 15 17 8 13

29 SIM NAO M 20 23 Esq 37 34 48 43 15 17

30 SIM

M 12 14 Esq 28 3 39 20 6 12

31 SIM NAO F 16 19 Esq -4 2 2 15 17 16

32 NÃO SIM F 14 16 Esq 9 31 38 42 3 4

33 NÃO SIM F 13 15 Esq 8 1 39 32 3 3

34 NÃO SIM M 13 18 Esq -7 24 30 50 3 6

Page 50: Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares … › bitstream › 10451 › 35662 › 1 › ulfmd...Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro

Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

34

35 NÃO SIM F 16 19 Esq -7 -17 25 16 6 10

36 NÃO SIM F 13 15 Esq 19 21 47 46 4 4

37 NÃO SIM F 12 14 Esq 7 6 30 35 5 10

38 NÃO SIM F 12 14 Esq -1 -1 25 21 7 9

39 NÃO SIM F 12 14 Esq 2 4 25 30 5 5

40 NÃO SIM F 13 16 Esq 4 1 35 32 7 7

41 NÃO SIM M 15 17 Esq -5 -6 12 17 10 10

42 NÃO NAO F 15 17 Esq 15 10 43 43 8 11

43 NÃO SIM M 16 19 Esq -2 -16 18 7 8 11

44 NÃO SIM M 10 14 Esq 24 -17 48 7 4 10

45 NÃO SIM F 14 16 Esq 16 12 30 30 11 8

46 NÃO SIM M 11 13 Esq 2 -1 30 27 5 6

47 NÃO NAO M 12 14 Esq 5 -1 22 2 6 12

48 NÃO SIM F 15 18 Esq -7 17 23 30 3 4

49 NÃO SIM F 14 16 Esq 2 9 28 34 8 8

50 NÃO NAO F 12 14 Esq 8 4 30 25 12 16

51 NÃO NAO F 14 16 Esq -12 -13 6 3 10 17

52 NÃO NAO M 13 15 Esq -7 -7 16 9 8 14

53 NÃO SIM F 14 16 Esq 16 2 35 15 7 9

54 NÃO SIM F 15 17 Esq 2 1 27 21 10 12

55 NÃO SIM M 15 17 Esq 7 -7 19 10 9 11

56 NÃO SIM M 16 21 Esq -1 1 16 16 14 15

57 NÃO SIM M 15 18 Esq -5 -11 20 14 6 11

58 NÃO SIM M 12 15 Esq -6 -12 21 17 5 5

59 NÃO SIM F 16 18 Esq 10 18 34 30 6 8

60 NÃO SIM F 14 17 Esq -2 5 15 28 14 15

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

35

61 NÃO SIM F 14 16 Esq 6 -7 27 20 6 8

62 NÃO SIM F 13 16 Esq 20 10 49 30 8 10

63 NÃO SIM F 13 15 Esq 1 10 50 50 3 3

64 NÃO SIM F 15 17 Esq -35 -28 1 5 10 11

65 NÃO SIM F 17 19 Esq 3 -3 21 15 11 9

66 NÃO SIM F 14 17 Esq

67 NÃO NAO F 15 17 Esq 9 13 33 40 8 4

68 NÃO SIM F 16 18 Esq 1 -2 30 22 7 8

Tabela 13: Registo de dados e medições no maxilar superior.

Código

Exo PM Exo 3M Género Idade T1 Idade T2 Lado L2^L3T1 L2^L3 T2 L3^PO T1 L3^PO T2 DR T1 DR T2

1 SIM NAO F 12 15 Dir -38 -30 45 55 3 15

2 SIM NAO M 12 16 Dir -36 -21 45 59 3 18

3 SIM NAO F 11 13 Dir

4 SIM NAO M 17 19 Dir -6 2 78 79 7 22

5 SIM NAO M 15 18 Dir -33 -3 53 85 14 23

6 SIM SIM M 13 15 Dir -32 -33 45 40 5 12

7 SIM NAO F 12 14 Dir -32 -30 54 53 10 19

8 SIM NAO F 12 15 Dir -33 -25 52 60 3 11

9 SIM

F 23 25 Dir

10 SIM SIM F 22 24 Dir -41 -31 45 50 5 13

11 SIM NAO F 19 22 Dir -30 2 50 80 17 24

12 SIM NAO F 19 21 Dir -43 -35 32 43 11 19

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

36

13 SIM NAO M 13 15 Dir -19 -30 56 55 12 20

14 SIM NAO M 24 27 Dir -30

58

16

15 SIM SIM F 22 24 Dir -55 -69 30 13 14 19

16 SIM NAO F 17 19 Dir -40 -18 43 58 11 17

17 SIM NAO M 13 17 Dir -45 -27 43 61 6 16

18 SIM

F 12 16 Dir -29 -5 61 75 16 17

19 SIM NAO F 14 16 Dir -33 -35 44 41 7 15

20 SIM

F 14 16 Dir -32 -16 50 50 9 15

21 SIM NAO F 19 21 Dir -17 -25 60 58 7 17

22 SIM NAO M 18 20 Dir -16 -26 69 59 17 22

23 SIM NAO M 12 14 Dir -32 -38 54 45 6 14

24 SIM

F 11 14 Dir -30 -34 33 47 5 18

25 SIM NAO M 12 15 Dir -25 -7 60 60 14 24

26 SIM

F 13 16 Dir -42 -18 45 66 4 19

27 SIM NAO F 21 23 Dir 8 11 75 70 12 16

28 SIM NAO F 19 21 Dir -2 -4 80 77 16 24

29 SIM NAO M 20 23 Dir -18 -28 68 60 17 21

30 SIM

M 12 14 Dir -30 -34 51 49 4 16

31 SIM NAO F 16 19 Dir -4 4 82 89 13 23

32 NÃO SIM F 14 16 Dir -35 -37 39 44 10 13

33 NÃO SIM F 13 15 Dir -12 -16 69 60 7 11

34 NÃO SIM M 13 18 Dir -37 -17 47 56 7 15

35 NÃO SIM F 16 19 Dir -20 -2 55 83 12 13

36 NÃO SIM F 13 15 Dir -26 -22 50 55 7 8

37 NÃO SIM F 12 14 Dir -40 -20 42 58 5 9

38 NÃO SIM F 12 14 Dir -19 -13 52 61 10 12

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

37

39 NÃO SIM F 12 14 Dir -13 -21 57 57 10 11

40 NÃO SIM F 13 16 Dir -31 -19 53 58 4 11

41 NÃO SIM M 15 17 Dir -15 -29 65 55 19 16

42 NÃO NAO F 15 17 Dir -14 -8 64 77 14 17

43 NÃO SIM M 16 19 Dir -26 -22 52 57 15 18

44 NÃO SIM M 10 14 Dir -32 -35 39 50 6 10

45 NÃO SIM F 14 16 Dir -21 3 59 87 10 14

46 NÃO SIM M 11 13 Dir -30 -21 53 62 4 10

47 NÃO NAO M 12 14 Dir -34 -30 49 48 5 13

48 NÃO SIM F 15 18 Dir -30 -52 29 28 4 8

49 NÃO SIM F 14 16 Dir -40 -40 38 39 11 12

50 NÃO NAO F 12 14 Dir -20 -5 63 77 16 17

51 NÃO NAO F 14 16 Dir -25 -16 60 66 13 13

52 NÃO NAO M 13 15 Dir -33 -32 43 49 12 15

53 NÃO SIM F 14 16 Dir -37 -42 42 40 13 15

54 NÃO SIM F 15 17 Dir -30 -21 47 54 9 13

55 NÃO SIM M 15 17 Dir -36 -62 50 28 11 11

56 NÃO SIM M 16 21 Dir -33 -55 33 37 17 19

57 NÃO SIM M 15 18 Dir -15 -32 67 51 11 15

58 NÃO SIM M 12 15 Dir -45 -52 28 39 5 6

59 NÃO SIM F 16 18 Dir -30 -28 53 56 10 10

60 NÃO SIM F 14 17 Dir -24 -23 53 58 9 13

61 NÃO SIM F 14 16 Dir -18 -23 63 59 13 15

62 NÃO SIM F 13 16 Dir -24 -13 56 63 6 11

63 NÃO SIM F 13 15 Dir 20 -16 53 63 8 9

64 NÃO SIM F 15 17 Dir -14 -32 70 52 7 17

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

38

65 NÃO SIM F 17 19 Dir -51 -31 38 50 2 11

66 NÃO SIM F 14 17 Dir -26 -28 52 57 7 10

67 NÃO NAO F 15 17 Dir -31 -37 50 45 9 9

68 NÃO SIM F 16 18 Dir -34 -43 45 34 16 17

1 SIM NAO F 12 15 Esq -36 -33 53 50 6 14

2 SIM NAO M 12 16 Esq -41 -40 48 48 4 17

3 SIM NAO F 11 13 Esq

4 SIM NAO M 17 19 Esq -17 8 72 83 13 18

5 SIM NAO M 15 18 Esq -28 -3 29 81 15 22

6 SIM SIM M 13 15 Esq -40 -37 44 48 7 14

7 SIM NAO F 12 14 Esq -35 -45 53 42 11 17

8 SIM NAO F 12 15 Esq -34 -27 45 60 0 15

9 SIM

F 23 25 Esq -3 3 83 76 14 19

10 SIM SIM F 22 24 Esq -28 -13 60 64 3 12

11 SIM NAO F 19 22 Esq 5 8 88 87 18 21

12 SIM NAO F 19 21 Esq -22 -43 47 43 11 21

13 SIM NAO M 13 15 Esq -26 -25 58 61 8 17

14 SIM NAO M 24 27 Esq -40

48

16

15 SIM SIM F 22 24 Esq -43 -34 44 50 13 20

16 SIM NAO F 17 19 Esq -33 -13 54 70 11 16

17 SIM NAO M 13 17 Esq -23 -9 62 83 15 20

18 SIM

F 12 16 Esq -29 -28 55 57 15 17

19 SIM NAO F 14 16 Esq -35 -30 55 54 3 12

20 SIM

F 14 16 Esq -38 -20 47 54 11 17

21 SIM NAO F 19 21 Esq -35 -33 50 50 8 15

22 SIM NAO M 18 20 Esq -29 -30 60 53 16 25

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

39

23 SIM NAO M 12 14 Esq -24 -27 54 51 9 17

24 SIM

F 11 14 Esq -46 -45 40 40 6 15

25 SIM NAO M 12 15 Esq -19 -4 66 73 11 22

26 SIM

F 13 16 Esq -40 -30 48 55 7 21

27 SIM NAO F 21 23 Esq -8 -7 91 90 11 16

28 SIM NAO F 19 21 Esq -2 2 78 87 17 27

29 SIM NAO M 20 23 Esq -27 -10 64 77 20 20

30 SIM

M 12 14 Esq -35 -25 51 57 3 14

31 SIM NAO F 16 19 Esq -22 11 57 90 10 21

32 NÃO SIM F 14 16 Esq -31 -32 30 40 7 6

33 NÃO SIM F 13 15 Esq -30 -27 47 46 9 12

34 NÃO SIM M 13 18 Esq -24 -23 62 55 10 13

35 NÃO SIM F 16 19 Esq -20 -19 62 56 11 15

36 NÃO SIM F 13 15 Esq -33 -24 52 53 3 5

37 NÃO SIM F 12 14 Esq -23 -21 54 55 8 11

38 NÃO SIM F 12 14 Esq -23 -24 57 57 7 10

39 NÃO SIM F 12 14 Esq -19 -23 48 52 8 12

40 NÃO SIM F 13 16 Esq -16 -24 62 52 7 9

41 NÃO SIM M 15 17 Esq -20 -29 66 59 14 14

42 NÃO NAO F 15 17 Esq -20 -10 61 69 14 17

43 NÃO SIM M 16 19 Esq -21 -13 60 65 19 20

44 NÃO SIM M 10 14 Esq -36 -27 50 51 5 15

45 NÃO SIM F 14 16 Esq -26 -2 52 83 11 17

46 NÃO SIM M 11 13 Esq -25 -15 56 71 3 7

47 NÃO NAO M 12 14 Esq -50 -33 40 53 2 14

48 NÃO SIM F 15 18 Esq -40 -35 37 41 4 7

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Influência da Exodontia de Segundos Pré-molares na Erupção do Terceiro Molar

40

49 NÃO SIM F 14 16 Esq -37 -35 44 45 13 16

50 NÃO NAO F 12 14 Esq -7 3 76 84 15 17

51 NÃO NAO F 14 16 Esq -29 -12 58 71 11 10

52 NÃO NAO M 13 15 Esq -24 -23 56 56 10 13

53 NÃO SIM F 14 16 Esq -34 -35 45 52 15 15

54 NÃO SIM F 15 17 Esq -15 -15 63 65 11 14

55 NÃO SIM M 15 17 Esq -18 3 70 90 14 16

56 NÃO SIM M 16 21 Esq -50 -5 50 78 15 18

57 NÃO SIM M 15 18 Esq -2 -37 54 47 14 12

58 NÃO SIM M 12 15 Esq -31 -54 36 32 8 6

59 NÃO SIM F 16 18 Esq -39 -32 46 52 8 9

60 NÃO SIM F 14 17 Esq -17 -30 59 42 8 14

61 NÃO SIM F 14 16 Esq -22 -15 60 68 11 13

62 NÃO SIM F 13 16 Esq -13 -18 60 62 5 9

63 NÃO SIM F 13 15 Esq -28 -4 68 84 6 7

64 NÃO SIM F 15 17 Esq -20 -38 62 51 13 12

65 NÃO SIM F 17 19 Esq -43 -29 46 55 2 9

66 NÃO SIM F 14 17 Esq -28 -31 57 53 8 7

67 NÃO NAO F 15 17 Esq -32 -37 55 50 6 9

68 NÃO SIM F 16 18 Esq -40 -43 44 37 15 16

Tabela 14: Registo de dados e medições na mandíbula.