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LEIA NO PANORAMA GERAL Eventos climáticos recentes e produção agropecuária LEIA NESTA EDIÇÃO Leite: Produtor recebe melhor preço em agosto N.º 1.257 5 de setembro de 2013 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações, Análise e Planejamento – NIP Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Eventos climáticos recentes e produção agropecuária O Rio Grande do Sul foi afetado, recentemente, pela ocorrência de dois eventos climáticos: volumes de chuvas muito elevados, bem acima da média histórica no período, e ocorrência de geadas, que poderão ter reflexos na produção agrícola em algumas regiões do Estado. No caso das culturas de inverno, especialmente do trigo, a região mais vulnerável para as geadas é o Noroeste do estado, onde 32% da cultura encontram-se em fase de floração. Para a pecuária de leite e de corte, houve prejuízos localizados na região Metropolitana, devido à inundação de áreas de pastagens. Nas demais regiões do Estado, foram constatados problemas típicos dessa época do ano (redução na oferta de alimento aos animais) e que estão relacionados mais com a estação fria do que, propriamente, com o excesso de chuvas. Cabe ressaltar que é muito difícil estimar perdas agrícolas neste momento, uma vez que, no caso do trigo, por exemplo, os efeitos das geadas só vão se manifestar na fase final da formação dos grãos. Para o milho (12% da área prevista para cultivo já foi semeado) também é difícil prever prejuízos, uma vez que existe a possibilidade de recuperação da cultura conforme as condições climáticas futuras. Em relação aos hortigranjeiros, os danos foram localizados mais na região metropolitana, especialmente em áreas mais baixas. De maneira geral, pode-se dizer que os eventos climáticos ocorridos recentemente, especialmente o excesso de precipitação, prejudicaram muito mais o meio urbano e a infraestrutura das cidades do que a produção agrícola. Os danos, que ainda precisam ser confirmados, não devem ser expressivos e afetar de modo significativo a produção como um todo, salvo se ocorrerem novos eventos nos próximos dias, como, por exemplo, a formação de geadas. Gervásio Paulus Diretor técnico da Emater/RS

Informativo Conjuntural 1257 de 05 09 13 - emater.tche.br · Desenvolvimento Social (MDS)”, informa Plucinski. Orientações Operacionais A adesão ao Programa de Aquisição de

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LEIA NO PANORAM A GERAL • Eventos climáticos recentes e produção

agropecuária LEIA NESTA EDIÇÃO

• Leite: Produtor recebe melhor preço em agosto

N.º 1.257 5 de setembro de 2013

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações, Análise e Planejamento – NIP Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Eventos climáticos recentes e produção agropecuária O Rio Grande do Sul foi afetado, recentemente, pela ocorrência de dois eventos climáticos: volumes de chuvas muito elevados, bem acima da média histórica no período, e ocorrência de geadas, que poderão ter reflexos na produção agrícola em algumas regiões do Estado. No caso das culturas de inverno, especialmente do trigo, a região mais vulnerável para as geadas é o Noroeste do estado, onde 32% da cultura encontram-se em fase de floração. Para a pecuária de leite e de corte, houve prejuízos localizados na região Metropolitana, devido à inundação de áreas de pastagens. Nas demais regiões do Estado, foram constatados problemas típicos dessa época do ano (redução na oferta de alimento aos animais) e que estão relacionados mais com a estação fria do que, propriamente, com o excesso de chuvas. Cabe ressaltar que é muito difícil estimar perdas agrícolas neste momento, uma vez que, no caso do trigo, por exemplo, os efeitos das geadas só vão se manifestar na fase final da formação dos grãos. Para o milho (12% da área prevista para cultivo já foi semeado) também é difícil prever prejuízos, uma vez que existe a possibilidade de recuperação da cultura conforme as condições climáticas futuras. Em relação aos hortigranjeiros, os danos foram localizados mais na região metropolitana, especialmente em áreas mais baixas. De maneira geral, pode-se dizer que os eventos climáticos ocorridos recentemente, especialmente o excesso de precipitação, prejudicaram muito mais o meio urbano e a infraestrutura das cidades do que a produção agrícola. Os danos, que ainda precisam ser confirmados, não devem ser expressivos e afetar de modo significativo a produção como um todo, salvo se ocorrerem novos eventos nos próximos dias, como, por exemplo, a formação de geadas.

Gervásio Paulus Diretor técnico da Emater/RS

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PRAZO PARA ENCAMINHAR DOCUMENTOS DE ADESÃO AO PAA ENCERRA DIA 23

Prefeituras devem enviar ofício de adesão até o dia 23 deste mês. Os municípios gaúchos interessados em aderir ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) têm até o próximo dia 23 (segunda-feira) para encaminhar os pedidos e enviar a documentação necessária para adesão. Os documentos devem ser encaminhados ao Departamento de Cooperativismo (DCOOP) da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Até agora, 95 prefeituras já aderiram ao PAA na primeira fase do Programa. Segundo o diretor do DCOOP, Gervásio Plucinski, a SDR está enviando um comunicado às prefeituras, às regionais da Emater/RS-Ascar, às coordenadorias da SDR e às UCPs (Unidades de Cooperativismo), solicitando que manifestem interesse pela adesão. Segundo ele, como o Rio Grande do Sul fez a adesão mista ao Programa, a manifestação dos municípios tem que ser encaminhada para a SDR e não ao Governo Federal. “Não devem ser feitos encaminhamentos direto ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS)”, informa Plucinski. Orientações Operacionais A adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos – PAA permite às prefeituras municipais coordenarem o processo de aquisição de alimentos da agricultura familiar (de forma individual ou através de suas organizações econômicas – cooperativas/associações) e a doação direta às entidades sócioassistenciais que desenvolvem ações com o público em situação de insegurança alimentar e nutricional. As atuais gestões municipais devem enviar ofício de manifestação de interesse em aderir ao programa (segue no link ao final do texto) impreterivelmente até o próximo dia 23 de setembro, para o seguinte endereço: Avenida Praia de Belas, CEP: 90110-000, n° 1768 – 3° andar, ao Departamento de Cooperativismo (DCOOP) Após o recebimento, a SDR enviará esta documentação ao MDS, que por sua vez enviará (por e-mail) senha de acesso ao SISPAA a cada uma das pessoas indicadas na Ficha, para inserção de dados relacionados à adesão, e posterior conclusão do processo. Fonte: SDR

BRASIL TEM RECONHECIMENTO INTERNACIONAL NA PROMOÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR

Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam que quase 870 milhões de pessoas no mundo passam fome. O número equivale a 12,5% da população do Planeta. No Brasil, até 2011, ano de criação do Plano Brasil Sem Miséria, 16 milhões de pessoas estavam em situação de extrema pobreza. Estima-se que 700 mil brasileiros estejam em situação de miséria. O 25º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar saúde e bem-estar a si e a sua família. Nesse quesito, a diretriz mundial inclui a alimentação como um dos pilares fundamentais resguardados. O desafio da erradicação da miséria e a segurança alimentar são assuntos presentes e constantes na agenda dos líderes mundiais. O fortalecimento da agricultura familiar é também uma forma de preservar a cultura, numa dimensão além da econômica. No Brasil, segue o Plano Brasil Sem Miséria para erradicar a fome e a extrema pobreza. Entre as iniciativas que se destacam nessa área está o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), articulado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). As políticas estruturantes específicas para o desenvolvimento sustentável do setor no Brasil despertaram o interesse de países vizinhos. A agricultura familiar precisa ser preservada, tendo sustentabilidade, não somente ecológica, mas também social. Por isso, as políticas desenvolvidas no Brasil servem de modelo para outros países da América Latina e para a África. O PAA e o PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar estão sendo aplicados na África, baseados nas experiências brasileiras. Esse esforço foi reconhecido internacionalmente. A FAO afirmou que o Brasil se destaca por ser um dos países da América Latina e Caribe que mais apoia a agricultura familiar, por meio destes programas. Os processos de integração no Mercosul estão ocorrendo cada vez com mais força nesse sentido e a parceria, via cooperação, com os países desse bloco, foi firmada. A união das organizações vai apoiar agricultores da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela – responsáveis por gerar mais de 70% do emprego na área agrícola na região. A aliança estrutura como ter políticas harmonizadas e conjuntas para atender as unidades familiares de produção. A cooperação se realiza no âmbito do

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Fundo de Agricultura Familiar do Mercosul, uma ferramenta criada pelos países-partes. Na avaliação da FAO, este é um setor estratégico no Brasil, que em contexto de América Latina é o país que mais apresenta tecnologia social e instrumentos econômicos para seu fortalecimento. Fonte: Portal do MDA PRODUTORES RURAIS TÊM ATÉ 30 DE SETEMBRO

PARA ENTREGAR ITR Os produtores rurais devem entregar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2013, até 30 de setembro deste ano. A Receita Federal publicou a Instrução Normativa nº 1.380, com as normas e procedimentos para apresentação da declaração. A apresentação é obrigatória para pessoa física ou jurídica que seja proprietária, titular do domínio útil e possuidora a qualquer título, inclusive usufrutuária. Um dos condôminos deverá apresentar a declaração quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial, ou em função de doação recebida em comum, ou ainda quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural. A DITR correspondente a cada imóvel rural será composta pelos seguintes dados: Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac), mediante o qual devem ser prestadas à Refeita Federal as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel rural e a seu titular, e o Documento de Informação e Apuração do IRT (Diat), mediante o qual devem ser prestadas à Receita às informações necessárias ao cálculo do ITR e apurado o valor do imposto correspondente a cada imóvel rural. A apresentação deve ser elaborada com o uso de computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2013, disponível no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). O serviço de recepção será interrompido às 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia do prazo. A comprovação da apresentação da DITR é feita por meio de recibo gravado após a sua transmissão, em disco rígido de computador ou em mídia removível que contenha a declaração transmitida, cuja impressão deve ser realizada pelo contribuinte mediante a utilização do programa ITR2013. Conforme a Instrução Normativa RFB nº 1.380, a entrega fora do prazo corresponderá à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00 no caso de imóvel rural sujeito à

apuração do imposto, sem prejuízo da multa e dos juros de mora, devidos pela falta ou insuficiência do recolhimento do imposto ou quota. Para imóvel rural imune ou isento de ITR, a multa é de R$ 50,00. Quem não fizer a declaração está impedido de tirar a Certidão Negativa de Débitos, documento indispensável para registro de uma compra ou venda de propriedade rural, e na obtenção de financiamento agrícola. O valor do imposto pode ser pago em até quatro parcelas iguais, mensais e consecutivas, sendo que: nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00; o imposto de valor inferior a R$ 100,00 deve ser pago em parcela única; a primeira quota ou quota única deve ser paga até o dia 30 de setembro e as demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês de outubro de 2013 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês de pagamento. Para fins de exclusão das áreas não tributáveis da área total do imóvel rural, o contribuinte deve apresentar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o Ato Declaratório Ambiental (ADA) a que se refere o artigo 17, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, observada a legislação pertinente. Fonte: Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 30/08/2013 A 05/09/2013

No período compreendido entre 30 de agosto e 05 de setembro de 2013 ocorreram apenas chuvas de baixo volume na maior parte do Estado. Nos dias 30 e 31 de agosto, a atuação de uma massa de ar quente determinou o predomínio do tempo seco e a elevação das temperaturas em todo RS. Entre os dias 01 e 02 de setembro, a passagem de uma frente fria provocou chuva em praticamente todas as regiões. Na maior parte das localidades as chuvas foram fracas e isoladas e apenas na faixa Norte e Nordeste gaúcho ocorreram valores mais significativos. De forma geral, os volumes registrados ficaram abaixo de 5 mm na maioria das localidades e apenas entre o Vale do Taquari, Planalto Médio e a Serra do Nordeste os totais oscilaram entre 10 e 35 mm. Os volumes mais significativos registrados nas estações do INMET ocorreram em Teutônia (20

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mm), Bento Gonçalves (22 mm), São José dos Ausentes (26 mm), Bom Jesus (32 mm) e Vacaria (33 mm). A partir do dia 03 de setembro, o ingresso de uma massa de ar seco e frio favoreceu o declínio das temperaturas e o retorno do tempo firme em todas as regiões. No período também ocorreu grande amplitude térmica, com temperaturas mínimas negativas na Serra do Nordeste e máximas superiores a 30°C em algumas áreas. O menor valor de temperatura ocorreu no dia 04/09 em Cambará do Sul (-1,4°C) e o extremo de temperatura máxima registrada foi no dia 01/09 em São Luiz Gonzaga (31,5°C).

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE 06/09/2013 A 12/09/2013

A previsão meteorológica para o período de 06 a 12 de setembro indica pouca chuva no Estado. No domingo (08/09), a nebulosidade aumenta com a chegada de uma frente fria no Oeste. Este sistema é de fraca atividade, mas poderá provocar chuva mais significativa com trovoadas e algumas rajadas de ventos somente na região de Uruguaiana, Chuí e localidades próximas. À medida que este sistema avança em direção ao Norte do Estado perde força e provoca chuva irregular e com volumes baixos entre 2 e 7mm. No Oeste e no Extremo Sul, são previstos volumes maiores, em torno de 10 e 20mm. As temperaturas estarão altas nos próxima semana. Os termômetros começam a medir valores acima dos 30°C em grande parte do Estado a partir da terça-feira (10/09).

Fonte: CEMETRS - FEPAGRO

GRÃOS

Safra de Verão Arroz – Os arrozeiros começam a intensificar o preparo das áreas que irão ocupar na próxima safra. Em alguns municípios, estão iniciando o preparo antecipado do solo, trabalhos de drenagem, limpeza de canais, remonte de taipas, manutenção das máquinas, alguns realizando os primeiros trabalhos de nivelamento e viabilizando crédito e adquirindo insumos. As chuvas excessivas ocorridas durante as semanas anteriores causaram inundação de algumas lavouras situadas às margens de arroios e rios, principalmente na Região Metropolitana e seu entorno, prejudicando o trabalho de preparo final do solo para semeadura. Mesmo nas áreas mais elevadas houve paralização dos trabalhos devido ao excesso de umidade. Essa situação, entretanto, teve pouca influência nos trabalhos das lavouras com sistema de cultivo sobre lâmina d’água (pré-germinado). Nota-se preocupação de alguns produtores, principalmente dos que cultivam no sistema de cultivo com semeadura em solo seco, com relação às previsões de grande número de dias com chuva durante o mês de setembro, o que, se confirmado, diminuirá a chance de ocorrência de sol e calor, podendo atrasar o preparo de solo para quem semeia em solo seco e diminuir o ritmo de semeadura para quem a faz sobre lâmina d’agua. Milho – Nas Missões, assim como na Fronteira Noroeste e zonas próximas ao Rio Uruguai, ao Norte do Estado, o plantio da safra 2014 segue de forma intensa, quando não interrompido pela

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chuva. Estima-se que pelo menos 15% do total projetado para este ano já tenha sido semeado, o que representaria cerca de 150 mil ha. Para estas lavouras, em fase de desenvolvimento inicial, as baixas temperaturas e formação de geadas, recentemente ocorridas, prejudicaram algumas áreas, principalmente as localizadas em baixadas. No momento, torna-se difícil avaliar ou quantificar perdas, pois nesta fase, se as condições meteorológicas forem favoráveis nas próximas semanas, poderá ocorrer a total recuperação da cultura.

Safra de Inverno Trigo – A cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo em 65% da área, 25% em fase de floração e 10% em formação de grãos, com bom padrão de lavouras na maioria dos casos. Entretanto, a alta umidade do ar e do solo tem propiciado a instalação de moléstias fúngicas, principalmente manchas folhares e ferrugem. Boa parte dos triticultores já realizou pelo menos um tratamento fúngico nas lavouras, visando salvaguardar a qualidade e produtividade das lavouras. Pelo padrão de algumas lavouras e pela tecnologia com estão sendo conduzidas, as produtividades poderão se estabelecer acima das estimativas iniciais Quanto às geadas, ocorridas em algumas regiões produtoras, informes dão conta que foram de baixa intensidade e somente em casos pontuais deverão prejudicar a cultura. Nas demais áreas deverá haver acompanhamento por parte dos técnicos e produtores para precisar o alcance do fenômeno e suas consequências. Canola - A cultura iniciou o mês com cerca de 60% em fase de floração e 40% em enchimento de grãos no geral do Estado. As condições meteorológicas dos últimos períodos, especialmente a formação de geadas em algumas áreas específicas, possivelmente possam ter prejudicado as plantas, podendo reduzir o seu potencial produtivo, mas ainda sem constatação definitiva. Acredita-se que ainda as lavouras apresentam bom desenvolvimento e boa perspectiva de produtividade. Seguem a realização dos tratos culturais, combate as pragas e doenças. Preço de referência é de R$ 67,00/sc ( equivalente ao preço da soja). Cevada - A lavoura no RS encontra-se nas fases majoritárias de elongação e emborrachamento. As doenças fúngicas instaladas anteriormente, como

manchas folhares, ferrugens e mosaico, foram controladas mediante a aplicação de fungicida específico. Agricultores estão investindo na cultura, melhorando a tecnologia aplicada, boa fertilização e realização de tratos culturais, na esperança de obterem alta produtividade e qualidade superior.

HORTIGRANJEIROS

Fruticultura

Na região Noroeste, as baixas temperaturas e a formação de geadas na última semana prejudicaram as frutíferas na fase de floração/ brotação. No momento não temos como avaliar/quantificar perdas. As geadas causaram perdas em pessegueiros de variedades precoces, e também problemas em flores e frutos de morango. Estão sendo implantadas as áreas de novos pomares, e também estão sendo feitas as aplicações de caldas fúngicas caseiras para o controle de pragas e doenças. Em andamento as podas e tratamentos fúngicos de inverno. Ameixa - Na região do Planalto muitos pomares já foram podados, embora o desenvolvimento da cultura esteja atrasado. Este atraso é devido aos frios ocorrentes, mas não afetará o desenvolvimento da cultura.

Banana - Na região do Litoral Norte, as chuvas acima da média e o frio na semana anterior prejudicaram o desenvolvimento da cultura, que se apresenta um pouco definhada. Preços da semana:

• Banana Prata Primeira: R$ 24,00 a caixa com 20 kg

• Banana Prata Segunda: R$ 12,00 a caixa com 20 kg.

• Banana Caturra (nanicão) Primeira: R$ 12,00 caixa com 20 kg.

• Banana Caturra (nanicão) Segunda: R$ 6,00 a caixa de 20 kg.

Citros - Na região do Médio Alto Uruguai, a Indústria de Sucos do Alto Uruguai (ISAU) de Liberato Salzano, principal compradora na região, agora com a entrada de dois novos proprietários, que são também donos da empresa Loop de São Paulo, investiram numa unidade de envase NFC, e também em capital de giro para a compra das frutas à vista e, com isso, estimular os produtores. Para os próximos anos, serão feitos novos

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investimentos e a empresa Loop, que trabalha com sucos processados, pretende comprar sucos concentrados da ISAU. Maracujá Amarelo Azedo - Na região do Litoral Norte, no município de Dom Pedro de Alcântara, a cultura está no início do plantio de novos pomares e poda dos pomares do ano anterior. Previsão de aumento na área plantada em relação ao ano interior. A cultura sofreu grande expansão no município de Mampituba, no Litoral Norte, com um aumento de 110% da área plantada, crescimento este impulsionado pelo preço máximo, atingindo R$ 42,00 a caixa de 14 Kg, e procura pelo fruto na ultima safra. Melancia - Na região Carbonífera, a maior parte da área a ser plantada já esta preparada, aguardando melhores condições climáticas para o plantio. Produtores que anteciparam o plantio com o uso de mudas ou sementes em “barraquinhas” enfrentam problemas decorrentes do excesso de umidade e baixas temperaturas do solo, com morte de plantas. Produtividade: 30 t/ha. Arroio dos Ratos, São Jerônimo e Triunfo; Preço no mercado local: sem cotação. Condições de mercado: entressafra. O manejo atual (início de setembro) da lavoura encontra-se em preparo de solo, correção e adubação do solo e plantio em sistema de estufas individuais a campo. As variedades de melancia mais cultivadas em Triunfo são Top Gun e Geórgia (variedades híbridas).

Morango - Na região Sul, a cultura do morango de mesa irrigado encontra-se na fase de floração, formação dos frutos e início da colheita. Na semana, os produtores começaram a venda da produção em escala maior. Em Turuçu, a comercialização está sendo realizada pelos feirantes e os produtores também estão vendendo a produção nas cidades vizinhas de São Lourenço do Sul e Pelotas. Os frutos são de excelente qualidade, com coloração uniforme e sabor. A tendência é aumentar gradativamente a produção. O preço pago aos produtores é de R$ 6,00 o quilo. Na venda direta é de R$ 7,00 o quilo. Apesar do atraso na colheita, a tendência é de safra normal. Na região Noroeste Colonial, a colheita de morango tem se intensificado, com produção dentro do esperado.

Pêssego - Na região Sul, os pomares de pêssego estão em plena floração e início da frutificação nas cultivares precoces. O frio até o momento é favorável à cultura. Seguem os tratamentos fitossanitários que são realizados na fase de floração nos pomares de pêssego. Na região do Planalto, a poda está atrasada, devido ao frio ocorrente, mas no Vale do Rio Uruguai já foi concluída, inclusive muitos pomares já floresceram.

Viticultura - Na região da Serra o período é marcado por mobilização total na prática da poda seca e amarração das videiras. Alguns locais já concluídas, enquanto que, em outros, ainda restam áreas consideráveis para ser podadas. Esse retardo na evolução da prática tem três fatores determinantes: diversos dias de chuva, pouca mão de obra especializada e receio dos viticultores com chegada de outras massas de ar polar, a exemplo das três dos últimos 30 dias. Essas friagens vêm travando o início da brotação das vinhas, ou reduzindo sensivelmente as que já estão na fase vegetativa. Mercado de vimes que é utilizado na amarração, ainda bastante aquecido, com muito material vindo de Santa Catarina, chegando ao preço entre R$ 1,50 e R$ 2,00 o quilograma.

Olericultura

Na região da Serra, embora a intensidade da neve, não registramos problemas nas culturas em decorrência desta, somente alguns relatos pontuais de danos nas estruturas de estufas. Em locais de microclimas mais quentes, como vale de rios, já se observa o transplante de culturas de verão, como o tomateiro, pimenteiro, brócolis e feijoeiro de vagem. No Vale do Rio Maquiné, as hortaliças estão em fase de desenvolvimento e comercialização. Os preços estão em alta devido às precipitações ocorridas. Houve perdas de 10% devido a algumas áreas serem baixas e foram atingidas pela enchente. Milho verde, até o momento, foram plantados em torno de 15% da área. Os viveiros de Campo Bom, que cultivam as mudas de hortaliças utilizadas pelos produtores de hortaliças das regiões Porto Alegre e Serra, atualmente utilizam boa parte das estufas para o cultivo de mudas de melancia, as quais serão plantadas no campo no mês de setembro. Mesmo com o excesso de chuva nos últimos dias, as plantas não sofreram danos, nem houve registro de ataque de pragas. A área atualmente cultivada

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com mudas de diversas espécies é de 25.000 m², tudo em ambiente protegido (estufas). Devido às condições climáticas registradas nesta semana e à redução na oferta de hortigranjeiros, constatou-se aumento no valor dos seguintes produtos: alface, couve-flor e brócolis. Na região do Vale do Caí, as fortes chuvas ocorridas no final do mês de agosto causaram prejuízos localizados, principalmente na região da várzea do rio Caí. Entretanto, na região alta, como no município de Alto Feliz, não foram registrados prejuízos em função das chuvaradas. A maior preocupação dos produtores na região alta é a respeito das geadas que podem ocorrer nesta época do ano. Grande parte das mudas se encontra nas estufas, aguardando o clima favorável para seu plantio e as mudas já transplantadas se desenvolvem normalmente. Também na parte alta do Vale do Caí, no município de Linha Nova, maior produtor e fornecedor de couve-flor do Rio Grande do Sul, as condições de clima no final de agosto foram ruins para a produção de couve-flor. As plantas mais afetadas foram de lavouras que estavam em condições de serem colhidas. Nestas, o produto final (a inflorescência) perdeu qualidade devido às chuvas excessivas. Com a umidade excessiva, as inflorescências que estão sendo colhidas apresentam coloração meio rósea, até com manchas pretas. Para as cultivares de verão que já vinham sendo plantadas, houve interrupção do plantio, que retomou nos dias de tempo bom da última semana. O preço recebido pelos produtores, que vinha se mantendo numa média de R$ 15,00 a dúzia, com os problemas de baixa qualidade fecharam a última semana de agosto em R$ 8,00. Na produção de brócolis em Linha Nova, as chuvas excessivas prejudicaram a rotina dos trabalhos de plantio, conforme o planejamento de escalonamento definido pelos produtores. Em São Sebastião do Caí, na parte baixa do Vale do Caí, está sendo previsto para os próximos dias um pequeno aumento de preço das hortaliças, recebidos pelos produtores na Ceasa e mercado em geral, devido à diminuição da oferta de hortaliças, provocados pelo excesso de chuvas e enchentes registradas no Vale do Caí. Os principais prejuízos registrados se devem à erosão ocorrida nas áreas preparadas para implantação de lavouras de hortaliças nesta fase de final de inverno. Muitas áreas de plantio de hortaliças deverão ser preparadas parcialmente, novamente. Somente cinco famílias de olericultores tiveram suas plantações em várzeas atingidas pelas

cheias do Rio Caí e Rio Cadeia. Nada grave. Os replantios já foram realizados. Na região do Vale do Taquari, no município de Muçum, principal produtor de hortaliças da região, não houve perdas em função do clima, entretanto as hortaliças apresentam desenvolvimento reduzido devido às baixas temperaturas, entre elas tomate, pimentão, feijão vagem, pepino e abobrinha. As principais práticas para o feijão vagem, no momento, são colheita e tratos culturais; no pimentão, são tratos culturais e tratamentos fitossanitários; e colheita do repolho, couve-flor, brócolis e outras folhosas. No tomateiro, transplante, tutoramento, amarrio e tratos culturais.

Abóbora japonesa - Na região Sul, a cultura apresenta-se em fase de preparo de solo. O preço atual ofertado aos produtores é de R$ 0,45 a R$ 0,52 o kg, mantido pela boa oferta do mercado. A produção é comercializada principalmente para Pelotas, Porto Alegre, São Paulo e Goiânia.

Alho - Na região da Serra, as lavouras estão sem problemas fitossanitários, apresentam desenvolvimento lento em função das temperaturas baixas, porém não chega a comprometer a cultura de maneira geral. Já foi definida a data e o local para o Encontro Nacional do Alho, que será dia 25 de outubro de 2013, em Flores da Cunha.

Batata - Na região da Costa Doce, resta pouca batata da safrinha para ser comercializada, variando o preço entre R$ 70,00 e R$ 80,00 a saca de 50 kg. A próxima safra está em intenção de plantio, na fase de preparação do solo, sendo que os produtores estão com dificuldade de conseguir semente de qualidade para o próximo plantio devido a grande demanda. Cebola - Na região da Serra, a alta umidade do início da semana dificultou o transplante das mudas das variedades crioulas, retardando esta operação que está se encaminhando para o final. As variedades precoces sentem as variações de temperatura e a alta umidade do período provoca condições favoráveis para o aparecimento doenças, como míldio e bacterioses. Na região Sul, no município de Rio Grande, a área transplantada com cebola foi encerrada. A alta umidade do solo dificulta o manejo da cultura. A situação das lavouras de cebola ainda é de normalidade. A alta frequência de chuvas não permitiu a conclusão do plantio em outros

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municípios. Em Tavares, mais de 95% da área foi transplantada. Em São José do Norte, está no final a fase de transplante, sendo que aproximadamente 97% já transplantado. Não há registro de ocorrência de situações adversas e o desenvolvimento da cultura da cebola está dentro da normalidade para a época do ano.

Comercialização de hortigranjeiros comparativo semanal

Na Ceasa/RS de Porto Alegre, dos 35 principais produtos analisados em relação a preços pela Gerência Técnica, no período entre os dias 27/08/2013 e 03/09/2013, 15 mantiveram-se estáveis, sseis com majoração e 14 em baixa:

PRODUTO EM ALTA

27/08 (R$)

03/09 (R$)

Aumento (%)

Morango - kg 4,28 5,00 16,82 Limão Taiti-kg 2,50 2,60 4,00 Mamão Formosa- kg

2,10 2,15 2,38

Tangerina Montenegrina- kg

1,40 1,60 14,29

Moranga Cabotiá- kg

1,25 1,40 12,00

Vagem- kg 6,15 7,50 21,95

PRODUTO EM BAIXA

27/08 (R$)

03/09 (R$) Baixa (%)

Couve - molho 0,67 0,58 13,43 Couve-flor- cabeça

1,67 1,50 10,18

Repolho verde- kg 0,44 0,42 4,55

Chuchu- kg 1,00 0,83 17,00 Milho Verde- Scl 3un

3,00 2,50 16,67

Pepino Salada-kg

1,80 1,50 16,67

Pimentão Verde-kg

3,00 2,80 6,67

Tomate Caqui L.Vida- kg

1,50 1,25 16,67

Batata Branca Especial- kg 1,60 1,50 6,25

Batata Doce- kg 1,22 1,11 9,02 Batata Rosa Especial - kg

2,40 2,00 16,67

Beterraba - kg 1,40 1,22 12,86 Cebola Nacional-kg

1,50 1,25 16,67

Cenoura- kg 1,50 1,40 6,67

CRIAÇÕES Forrageiras – As condições climáticas do período,caracterizado pela baixas temperaturas e ocorrência de fortes geadas, granizo e até neve, diminuíram muito a oferta das forragens naturais. Por outro lado, as pastagens cultivadas, especialmente as gramíneas anuais, como aveia e azevém, espécies mais cultivadas no Rio Grande do sul, estão sendo utilizadas em pastoreio direto na maioria das propriedades, apresentando desenvolvimento vegetativo satisfatório na maioria das regiões. Em alguns locais onde as condições climáticas foram mais severas, estas espécies cultivadas de inverno apresentaram baixa taxa de rebrote no período, devido às temperaturas muito baixas associadas a pouca luminosidade reinante. Nas regiões de Pelotas, Bagé e Fronteira Oeste do Estado, as condição dos campos nativos nesta época do ano são muito precárias, pois no final do inverno há uma redução bastante acentuada na disponibilidade de forragem natural, processo este que se acentua no final de inverno e início de outono, sendo esta época o período de sua menor oferta. Nas outras regiões com temperaturas médias mais elevadas, estas pastagens naturais já apresentam um início de brotação, que deverá se intensificar ao longo do mês de setembro. As pastagens cultivadas de inverno apresentam boa condição de disponibilidade de forragem. As áreas de integração com lavoras de soja proporcionaram um aumento significativo nas áreas de pastagens de inverno. Para o próximo período de 60 dias haverá um domínio na produção de azevém e um crescimento no volume de pasto para os animais de maneira geral. Na região de Porto Alegre, as pastagens cultivadas anuais e perenes, como azevém, aveia, cornichão e trevos, entre outras, vêm sofrendo perdas com o pisoteio intensivo dos animais devido ao excesso de umidade no solo, especialmente nas áreas mais planas, onde se concentram as águas. As últimas chuvas que ocorreram no mês de agosto nesta região, foi registrado volume médio de 150 mm durante apenas cinco dias, causaram enormes danos nas plantas forrageiras cultivadas e grande perda de peso dos rebanhos ovinos e bovinos, causando redução na oferta de gado para bate. Os técnicos da Emater/RS-Ascar têm recomendado aos pecuaristas, especialmente aos familiares, que utilizem de forma mais racional possível estas áreas de pastagens cultivadas, com

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uso de cercas eletrificas e pastoreio rotativo. Bovinocultura de corte – Iniciada a temporada de parição de terneiros dos rebanhos de bovinos de corte na maioria das regiões produtoras do Estado. Existe certa preocupação dos pecuaristas referente às condições corporais insatisfatórias, especialamente em relação às vacas de cria, neste período de proximidade do parto, decorrentes da baixa oferta de alimentos, em virtude do inverno rigoroso, especialmente os animais mantidos exclusivamente em pastagens nativas. Este quadro tende a manter-se, pois não há possibilidade de sua recuperação nos próximos dias, mesmo com a elevação das temperaturas, característica da primavera gaúcha. No momento, não há disponibilidade de pastagens naturais para elevar o peso desta categoria de animais. Estas condições afetam toda a cadeia de carne, reduzindo a produção e a qualidade de terneiros, pois estes apresentam menor peso corporal ao nascer, comprometendo todo seu desenvolvimento. No entanto, para os rebanhos mantidos em pastagem cultivada e/ou com alimentação suplementada durante o período de inverno, a situação é diferente, pois o volume e qualidade de forragem disponível têm proporcionado bom ganho de peso dos animais e muitos já estão sendo destinados para o abate. Estas condições têm proporcionado um aumento na oferta de animais terminados, que deverá se acentuar nos próximos dias, já que as áreas atualmente ocupadas com pastagens anuais de inverno, principalmente aveia e azevém, destinadas ao cultivo de soja, na primavera apresentam boa produção de biomassa. Por outro lado, a atual situação de grande oferta de pasto em muitas propriedades poderá provocar uma queda ou estagnação nos preços pagos aos criadores. Na região de Santa Rosa, por sua vez, com a proximidade da desocupação das áreas com pastagens anuais de inverno para a formação das lavouras de grãos de verão, houve maior oferta de animais em relação à semana anterior, fazendo com que também forçassem os preços um pouco para baixo, o que acontece também com o gado de invernar, principalmente os animais jovens. Conforme contato com compradores, não existe perspectiva de aumentos de preços para os próximos dias.

Cotação na região de Santa rosa: - Terneiro: R$ 3,45 a 3,50 kg/vivo - Terneira: R$ 3,20 a 3,30 kg/vivo - Novilha 1,5 anos: R$ 3,20 a 3,25 kg/vivo. - Novilha 2,5 anos: R$ 3,20 a 3,25 kg/vivo. - Novilho 1,5 anos: R$ 3,40 a 3,50 kg/vivo. - Novilho 2,5 anos: R$ 3,25 a 3,30 kg/vivo. - Boi gordo – R$ 3,35 a 3,40 kg/vivo. - Vaca Magra – R$ 2,60 a 2,70 R$ kg/vivo. - Vaca gorda – R$ 2,90 a 3,00 kg/vivo. - Vaca com cria – R$1.300 a R$1400/cab.

Bovinocultura de leite – Na maioria das regiões produtoras de leite do Estado, após subir pelo sétimo mês seguido, no mês de agosto, o produto atingiu o maior preço pago aos produtores (em reais), nos últimos seis anos. A elevação nos preços do leite ao produtor nos últimos meses estava sendo sustentada principalmente pelo aumento do consumo da população, que mesmo com a valorização dos derivados lácteos nas gôndolas dos supermercados, não deixaram de adquirir esses produtos (CEPEA). No Rio Grande do Sul, a média de preço alcançou R$ 1,008/litro, com alta de 4,2%, em torno de quatro centavos por litro. Este percentual, juntamente com Minas Gerais, foi o maior entre os estados produtores do Brasil. Nos demais, os aumentos variaram entre 0,9% a 4%. No entanto, para o mês de setembro, o indicativo é de estabilidade, tanto no volume consumido como nos preços praticados.. A expectativa dos produtores é de que o clima próprio da primavera, com temperaturas um pouco mais elevadas, propicie as condições que favoreçam o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas, reduzindo os custos de produção da atividade, principalmente com a diminuição da aquisição e fornecimento de alimentos processados, especialmente concentrados protéicos, rações e grão, práticas que foram intensificadas durante as últimas semanas deste final de inverno, para manter a produção de leite. Neste contexto os produtores poderão compensar a estabilidade dos preços do leite, previsto para o próximo mês, com o aumento da produção, a custos mais baixos. Na região de Santa Rosa, as pastagens de inverno em geral apresentam boa produção de biomassa, o que tem elevado a produção de leite. Também está sendo completada a dieta dos animais com suplementação de silagem e ração. A ocorrência de dias úmidos e com pouco sol prejudicou o pastoreio direto especialmente em áreas com drenagem deficiente.

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O frio intenso acompanhado de chuva dificulta muito o manejo com os animais na ordenha. O excesso de barro é outro grande problema. Durante as visitas de diagnóstico (Chamada Pública), vários agricultores descrevem essas condições como fatores que fazem da bovinocultura de leite uma atividade ainda penosa. Os preços do leite pagos aos agricultores estão bons variando de R$ 0,72 até R$ 0,92/litro, de acordo com a quantidade de produção e a forma de comercialização. Existem muitos casos de negociações particulares, quando é pago até R$ 1,05/litro, dependendo da empresa. Ovinocultura – O rebanho ovino do Estado de maneira geral apresenta boas condições corporais e sanitárias. Os ovinocultores nesta época do ano permanecem realizando as práticas tradicionais de manejo pré-parto, pois o rebanho está em plena fase de parição. As taxas de natalidade de cordeiros estão dentro da normalidade. Na região de Pelotas, no município de Herval, os primeiros nascimentos ocorreram de maneira tranquila, com baixos índices de mortalidade pós-parto e bom escore corporal, tanto das matrizes como do peso dos cordeiros ao nascer, indicativo de produtividade satisfatória da atividade. Nesta região, há relatos de que em algumas propriedades estão ocorrendo problemas com ataques de predadores, como caranchos (Caracara plancus), urubus e sorros ou graxains, que atacam os cordeiros recém-nascidos. As temperaturas mais amenas e os dias com umidade relativa mais baixa deste final de inverno contribuíram para a recuperação do rebanho ovino, tanto no aspecto físico como sanitário, afetado pelo impacto provocado pelos dias frios e úmidos da semana anterior. Os cordeiros nascidos apresentam bons índices de sobrevivência, especialmente dos animais que receberam o fornecimento de pastagens cultivadas durante o período de gestação, pois a suprimento forrageiro das espécies forrageiras do campo nativo presentes no Bioma Pampa são insuficientes. Neste caso, a principal opção de dos produtores é recorrer ao fornecimento de pastagens anuais de inverno, especialmente as gramíneas anuais, como o azevém e aveia, para suplementação alimentar dos animais. Na região de Bagé, os rebanhos ovinos mais especializados também estão no período de plena parição. Há registros de alguns óbitos, devido às baixas temperaturas que têm ocorrido e à entrada de massa de ar polar, onde as temperaturas têm alcançado de 2 a 3 graus negativos. Nos rebanhos

onde o período de parição ocorre anterior à recomendação, tem sofrido maior infestação por endopareasitas, especialmente verminoses, em alguns casos ocorrendo óbitos. A condição corporal das ovelhas que estão parindo, especialmente as mantidas exclusivamente em campo nativo, não é satisfatória. Tem sido recomendada a suplementação alimentar destes animais no pré-parto para elevar o peso do cordeiro no nascimento, elevandp a produção de leite das ovelhas. A expectativa de preço das lãs para a safra que vai iniciar é boa, devido à alta do dólar e a Cooperativa Mauá do município Jaguarão já estar enviando lã para a indústria. Preços pagos aos ovinocultores na Região Sul no período.

o Ovelha - R$ 3,00 a R$ 3,80/kg/vivo. o Cordeiro - R$ 3,50 a R$ 4,40/kg/vivo. o Capão - R$ 3,50 a R$ 4,00/kg/vivo.

Apicultura - O clima caracterizado pelas baixas temperaturas e muito chuvoso no mês de agosto foi desfavorável ao trabalho das abelhas. Os apicultores estão se preparando para troca de cera dos caixilhos e realizando práticas de saída de inverno. Estão iniciando as floradas de citrus. Continua a alimentação artificial das colmeias para o fortalecimento e a manutenção dos enxames. A perspectiva de mercado do mel é de estabilidade.

Pesca Artesanal Município de Imbé : Pesca com rede fixa - laguna – Média de captura por dia/pescador: 15 a 20 kg de bagre, corvina, linguado, tainha, sardinha, siri. Pesca com bote: colocaram as redes de 5ªf (29/08) para 6ªf (30/08), mar favorável com ventos do quadrante Norte e sem a presença de leões marinhos. Média de peixes capturados neste período pelos dois botes foi de 500 a 600kg de pescada amarela e branca, savelha e castanha. Leões começaram a aparecer 6ªf após o meio dia. Contaram seis animais. Pesca com cabo - Não foram colocadas as redes em virtude dos ventos do quadrante Sul que levam a sujeira (vegetação aquática e mexilhões) para as redes, causando danos a estas. A partir de hoje já deverão ser recolocadas, em razão dos ventos estarem do quadrante Norte (favorável à pesca). Pesca com tarrafa na barra – houve a captura de cinco a seis tainhas por dia por pescador.

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Os preços se mantiveram estáveis em relação à semana passada, em razão da comercialização estar fraca. Preços de vendas

• Bagre inteiro com vísceras – R$ 6,00 kg • Bagre inteiro eviscerado – R$ 8,00 kg • Filé de bagre – R$ 14,00 kg • Linguado inteiro sujo – R$ 10 a 11,00 kg • Filé de linguado – R$ 18 a 25,00 kg • Tainha inteira com vísceras R$ 6,00 kg • Tainha inteira eviscerada – R$ 9,00 kg • Sardinha inteira com vísceras – R$ 1,00 a

1,50 kg • Sardinha eviscerada e sem cabeça – R$

4,00 kg • Savelha inteira suja – R$ 1,00 a 2,00 kg • Filé de abrótea – R$ 12,00 kg • Filé de pescada branca e amarela – R$

14,00 kg Município de Torres : No município de Torres, a pesca de beira de praia apresentou boa captura. Na de rio, os pescadores também capturaram um volume razoável de pescados. A pesca embarcada teve dificuldade de sair para o mar em função das condições climáticas adversas e represamento da barra do rio Mampituba em função da direção das correntes marítimas e marés muito altas.

Preços: � Papa Terra - R$ 4,50 – pouca oferta � Anchova - R$ 4,00 – boa oferta � Pampo - R$ 3,50 – pouca oferta � Pescada Amarela - R$ 4,00 – bastante

oferta � Pescada Branca - R$ 3,50 – bastante

oferta

Município de Cidreira Em Cidreira, no início desta semana, ocorreram dias com vento, ocasionando a formação de correntes na água do mar, fato que inviabiliza a Pesca de Bote; já a captura na Pesca de Cabo com Aviãozinho foi produtiva, com capturas na casa dos 50 Kg/dia/petrecho. Redes de malha tipo feiticeira e aviãozinho para camarão são os petrechos utilizados no momento. As espécies capturadas, em maior quantidade, além do camarão, são o Peixe-Rei, a sardinha (manjuba) e a Papa-Terra. Os valores para comercialização nas Peixarias do Município são em média os seguintes:

Peixes Eviscerado Filé Anchova R$ 12,00 Bagre R$ 10,00 R$ 18,00 Tainha R$ 10,00 R$ 13,00 Papa-Terra R$ 10,00 Corvina R$ 8,00 Jundiá R$ 8,50 Traíra R$ 12,00 R$ 18,00 Pescada R$ 13,00 Pescadinha R$ 13,00 Abrótea R$ 15,00 Anjo (Arg.) R$ 18,00 Merluza R$ 16,00 Linguado R$ 24,00 Violinha R$ 16,00 Cação Arg. R$ 14,00 Camarão sete barbas R$ 18,00 Camarão Laguna R$ 42,00 Balneário Pinhal Condição de pesca no mar foi considerada regular pelos pescadores no período. Na Lagoa, a grande intensidade de chuva no período movimentou as águas e aumentou a captura de pescado, principalmente de jundiá. O volume capturado no período foi considerado bom. Petrechos utilizados: redes de mar, redes de lagoa e espinheis. Preços praticados Pescadores artesanais e/ou peixarias

Espécie Eviscerado R$ Filé R$ Bagre 8,00 Jundiá 6,00 Traíra 8,00 15,00 Pescada 8,00 12,00 Pescadinha 8,00 12,00 Abrótea 8,00 12,00 Município de Tramandaí Houve muita chuva e alagamentos e apenas dois dias possibilitaram a pesca no município. O mar durante esta semana apresentou apenas dois dias em condições de pesca de bote, cabo, cabo rede e tarrafa. A pesca de bote está muito boa e a de cabo segue sua média. São poucos cabos, pois existe o problema de corte de cabo a beira mar por vândalos e drogados. Dos 20 pescadores de cabo, apenas sete estão pescando

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neste período, mas apenas um bote tem entrado sempre que o mar oferece condições. Em toda a laguna do Tramandaí, durante este período, cerca de 20 pescadores colocaram redes. Isso representa 30% dos pescadores. Rede fixa na laguna - Durante este período, os pescadores que colocaram redes capturaram em média de 10 kg/dia, entre as espécies bagre, tainha, corvina e linguado, pampo e sardinha. Cabo - A pesca de cabo foi bem rentável esta semana, apesar dos poucos dias, em função das condições do clima, rendendo em torno de 20 kg/dia. As espécies de pescado capturadas são bagre, peixe-rei e tainha. Bote - A pesca de bote apresentou apenas dois dias para condições normais de navegação. O pescado capturado teve um bom rendimento, em torno de 400 kg/dia das espécies pescada branca e abrótea. Tarrafa na Barra - Na modalidade de barra tem mais de 50 pescadores em média oriundos de vários bairros do município realizando esta atividade. No período, encontramos em torno de 20 pescadores batendo tarrafa, com uma média de 10 kg/dia de tainha.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

PRODUTOS

UNIDADE

SEMANA ATUAL

05.SET.13

SEMANA ANTERIOR 29.AGO.13

MÊS ANTERIOR 08.AGO.13

ANO ANTERIOR 06.SET.12

MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA 2008-2012 GERAL SETEMBRO

ARROZ 50 kg 34,00 34,02 33,90 35,18 32,17 33,42 FEIJÃO 60 kg 133,64 137,27 139,36 108,15 100,04 95,20 MILHO 60 kg 23,25 23,14 23,23 28,97 25,14 24,95 SOJA 60 kg 67,00 65,95 58,21 77,91 52,00 54,62 SORGO 60 kg 19,53 19,53 19,97 22,95 20,17 20,49 TRIGO 60 kg 36,11 35,94 33,46 29,55 28,75 28,02 BOI kg v 3,34 3,41 3,53 3,32 3,28 3,33 VACA kg v 2,99 3,06 3,20 2,96 2,95 2,99 SUÍNO kg v 2,48 2,42 2,28 2,48 2,61 2,65 CORDEIRO kg v 4,00 4,06 4,08 4,19 3,49 3,73 LEITE litro 0,87 0,88 0,86 0,76 0,71 0,73 P e r í o d o 02/09-06/09 26/08-30/08 05/08-09/08 03/09-07/09 - -

Fonte dos dados/elaboração : Emater/RS-Ascar, Gerência de Planejamento, Núcleo de Informações, Análises e Planejamento - NIP. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana atual, Semana anterior e Mês anterior são preços correntes. Ano anterior e Médias dos valores da série histórica são valores corrigidos. Média geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2008-2012 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica 2008-2012. OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica sem informação. ST indica sem transação.