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BANCADA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS Guia de ligação de circuitos com dispositivos da bancada de Instalações Elétricas Industriais Camila Castelo Branco Pinheiro José Gustavo Santiago Renato Jesus de Oliveira MÓDULO I

Instalação Elétrica Insdustrial - Guia de Laboratório(Modulo i )

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Guia de instalações elétricas industriais

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BANCADA DE INSTALAES ELTRICAS INDUSTRIAIS

Prof. Danilo Ferreira de SouzaMDULO I

Guia de ligao de circuitos com dispositivos da bancada de Instalaes Eltricas Industriais

Camila Castelo Branco Pinheiro

Jos Gustavo Santiago

Renato Jesus de Oliveira

SUMRIO

1 INTRODUO42 CONHECENDO A BANCADA DE INSTALAES53 CONCEITOS TERICOS83.1 Contatos103.1.1 Contato Normalmente Aberto (NA):103.1.2 Contato Normalmente Fechado (NF):103.2 Associaes de Contatos Normalmente Abertos113.3 Associaes de Contatos Normalmente Fechados124 PRINCIPAIS ELEMENTOS EM COMANDOS ELTRICOS144.1 Botoeiras ou Botes de Comando154.2 Rels174.3 Rels de Tempo18Retardado na energizao18Retardado na desenergizao184.4 Rels trmicos194.5 Rel falta de fase194.5 Contatores21Contatores tipo AC123Contatores tipo AC223Contatores tipo AC323Contatores tipo AC4234.6 Disjuntores e Fusveis244.7 Disjuntor Motor255 SIMBOLOGIAS GRFICAS26Selo27Selo com dois contatos27Intertravamento27Circuito paralelo ao intertravamento28Intertravamento com dois contatos28Ligamento condicionado28Proteo do sistema29Intertravamento com botoeiras29Esquema Funcional29Recomendaes de tenso:305.1 Simbologia Numrica e Literal31

INDICE DE FIGURAS

Figura 1(a) - Parte frontal da bancada de instalaes6Figura 2(b)-Parte frontal da bancada de instalaes7Figura 3 Mdulo de teste8Figura 4 - Motor de induo trifsico tpico9Figura 5 - Sequncia de elementos necessrios- partida e manobra10Figura 6 - Contato normalmente aberto11Figura 7 - Contato normalmente fechado11Figura 8 - Associao de contato em srie(a) e em paralelo(b)12Figura 9 - Contato normalmente fechado em srie(a) e em paralelo(b)13Figura 10 - Botoeiras16Figura 11 - Acionamento de botoeira17Figura 12 - Sinalizadores e suas funes18Figura 13 - Rel trmico20Figura 14 - Rel falta de fase21Figura 15 - Contatora22Figura 16 - Interior de uma contatora22Figura 17 - Contatores auxiliares24Figura 18 - Fusveis25Figura 19 - Disjuntores25Figura 20 - Disjuntor motor26Figura 21 - Exemplo de numerao para contatores normalmente aberto e normalmente fechado33Figura 22 - Exemplo de contator auxiliar33

INDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de verdade para contatos normalmente abertos12Tabela 2 - Tabela de verdade para contatos normalmente fechados13Tabela 3 - Simbologia dos dispositivos26Tabela 4 - Simbologia literal de alguns dispositivos33

1 INTRODUO

A bancada de instalaes eltricas Industriais contm dois guias de auxlio para que o aluno possa ter o maior domnio possvel no momento de realizar os testes nos dispositivos contidos nela. O objetivo desse primeiro mdulo do Guia de Montagem mostrar os conceitos bsicos dos sistemas de acionamento e comando para os motores eltricos. Trata de forma rpida e clara os vrios componentes que podem constituir os sistemas de acionamento dos motores, os conceitos bsicos dos circuitos eltricos responsveis pelas vrias funes. J o segundo mdulo do Guia de Montagem permite de colocar em prtica as teorias aprendidas, com a construo material de sistemas, possveis graas ao auxlio de diagramas eltricos com as explicaes funcionais.

2 CONHECENDO A BANCADA DE INSTALAES

Fabricada sob uma estrutura de alumnio, a bancada de instalaes eltricas industriais possui, em sua parte frontal inferior, dois disjuntores para proteo termomagntica; dois disjuntores Diferencial Residual (DRs), que garantem maior proteo aos seus usurios; uma lmpada de sinalizao, para o caso da bancada estar energizada; quatro tomadas 220 V; dois conjuntos de bornes com as fases R, S, T, o neutro (N) e a proteo (PE); duas sadas RJ 45 para possvel rede ou internet. A parte frontal inferior da bancada conta tambm com uma seccionadora em forma de boto para uma parada de emergncia, o que traz segurana para realizao das tarefas.

Figura 1(a) - Parte frontal da bancada de instalaes

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Figura 2(b)-Parte frontal da bancada de instalaes

A bancada formada pelos seguintes componentes:

1 Kits individual;2 Estrutura de alumnio. Onde sero fixados os kits individuais;3 Disjuntores e DRs e boto seccionador emergencial;4 Lmpada de sinalizao de bancada ligada;5 Tomadas 220 V;6 Bornes banana;7 Entrada RJ 45.

No laboratrio de Eletrotcnica, onde as bancadas esto instaladas, a tenso de alimentao trifsica de 220 Vca Disjuntores, interruptores, DRs e chave seccionadora at chegarem aos bornes tipo fmea disponveis para o aluno.

Os Kits so blocos com funes especficas que quando associados a outros permitem a execuo das tarefas propostas. So fixados por encaixe, sem a utilizao de ferramentas, tanto para a insero como para a extrao, oferecendo agilidade na manipulao dos mesmos. As conexes eltricas esto disponveis atravs de bornes tipo joto. Para maior segurana do usurio, os mdulos possuem fechamento traseiro impedindo o contato com partes energizadas.Figura 3 Mdulo de teste

1-Identificao do mdulo; 2-Fechamento traseiro;3-Componente funcional; 4-Bornes de ligao

3 CONCEITOS TERICOS

Por via de regra, os comandos eltricos so responsveis por diversas manobras feitas num motor eltrico. Entende-se por manobra o estabelecimento e conduo, ou a interrupo de corrente eltrica em condies normais e de sobrecarga. Esses circuitos de manobras so divididos em comando e potncia, possibilitando em primeiro lugar a segurana do operador e em segundo a automao do circuito.

Embora no parea clara esta diviso no presente momento, ela tornar-se- comum a medida que o aluno familiariza-se com a disciplina.

Os motores com maior aplicao no mbito industrial so os motores de induo trifsicos, pois em comparao com os motores de corrente contnua, de mesma potncia, eles tm menor tamanho, menor peso e exigem menos manuteno.

Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos eltricos a noo de que as principais funes dos elementos em um painel eltrico so:

Proteger o operador

Propiciar uma lgica de comando

Figura 4 - Motor de induo trifsico tpicoPartindo do princpio da proteo do operador, pode-se observar uma sequncia genrica dos elementos necessrios a partida e manobra de motores.

Figura 5 - Sequncia de elementos necessrios- partida e manobra

Nela podem-se distinguir os seguintes elementos:A) Seccionamento: S pode ser operado sem carga. Usado durante a manuteno e verificao do circuito.B) Proteo contra correntes de curto-circuito: Destina-se a proteo dos condutores do circuito terminal.C) Proteo contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor.D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que haja o contato do operador no circuito de potncia, onde circula a maior corrente.

Obs: importante repetir que no estudo de comandos eltricos importante ter a sequncia, mostrada na figura acima, em mente, pois ela consiste na orientao bsica para o projeto de qualquer circuito.3.1 Contatos

Em comandos eltricos trabalha-se bastante com um elemento simples, o contato. a partir dele que se forma toda a lgica de um circuito e tambm ele quem d ou no a conduo de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos, listados a seguir:

3.1.1 Contato Normalmente Aberto (NA): no h passagem de corrente eltrica na posio de repouso, na figura 5. Desta forma a carga no estar acionada.

Figura 6 - Contato normalmente aberto

3.1.2 Contato Normalmente Fechado (NF): h passagem de corrente eltrica na posio de repouso. Desta forma a carga estar acionada, figura 6.

Figura 7 - Contato normalmente fechado

Os contatos citados podem ser associados para atingir uma determinada finalidade, como por exemplo, fazer com que uma carga seja acionada somente quando dois deles estiverem ligados. As principais associaes entre contatos so descritas a seguir.

3.2 Associaes de Contatos Normalmente Abertos

Basicamente existem dois tipos, associao em srie e em paralelo, Figura 7.

BA

Figura 8 - Associao de contato em srie(a) e em paralelo(b)

Quando se fala em associao de contatos comum montar uma tabela contendo todas as combinaes possveis entre os contatos, esta denominada de Tabela de Verdade. Na figura 8, as tabelas 1 e 2 referem-se, respectivamente, as associaes em srie e paralelo.

Tabela 1 - Tabela de verdade para contatos normalmente abertos

Note que na combinao em srie a carga estar acionada somente quando os dois contatos estiverem acionados e por isso denominada de funo E. J na combinao em paralelo qualquer um dos contatos ligados aciona a carga e por isso denominada de funo OU.

3.3 Associaes de Contatos Normalmente Fechados

Os contatos NF da mesma forma podem ser associados em srie e paralelo, as respectivas tabelas verdade so 3 e 4.BA

Figura 9 - Contato normalmente fechado em srie(a) e em paralelo(b)

Tabela 2 - Tabela de verdade para contatos normalmente fechados

4 PRINCIPAIS ELEMENTOS EM COMANDOS ELTRICOS

Comandos eltricos so dispositivos eltricos ou eletrnicos usados para acionar motores e outros equipamentos eltricos. So compostos de uma variedade de peas e elementos como contatores, botes temporizadores, rels trmicos, fusveis, dentre outros. Esses dispositivos de controle so, nos casos mais simples, interruptores, tambm chamados chaves manuais. Para motores de maior potncia e para mquinas complexas usam-se comandos eltricos, automticos, e muitas vezes sofisticados. Os comandos eltricos permitem um controle sobre o funcionamento das mquinas evitando manejo inadequado pelo usurio, dispem de mecanismos de proteo para a mquina e para o usurio, alm de melhorarem o conforto para manejar mquinas, usando simples botes.Um comentrio importante que vale ser relembrado que por via de regra os circuitos de manobra so divididos em comando e potncia, possibilitando em primeiro lugar a segurana do operador e em segundo a automao do circuito. Embora no parea clara esta diviso no presente momento, ela tornar-se- comum a medida que o aluno familiariza-se com a disciplina.

4.1 Botoeiras ou Botes de Comando

As botoeiras so chaves eltricas acionadas manualmente que apresentam, geralmente, um contato aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando eltrico, as botoeiras so caracterizadas como pulsadores ou com trava.

Figura 10 - Botoeiras

As botoeiras pulsadores invertem seus contatos mediante o acionamento de um boto e, devido ao de uma mola, retornam posio inicial quando cessa o acionamento.Essa botoeira possui um contato aberto, um contato fechado, sendo acionado por um boto pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o boto no for acionado, os contatos 21 e 22 permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente eltrica, ao mesmo tempo em que os contatos 13 e 14 se mantm abertos, interrompendo a passagem da corrente. Quando o boto acionado, os contatos se invertem de forma que o fechado abre e o aberto fecha.Soltando-se o boto, os contatos voltam posio inicial pela ao da mola de retorno.

Figura 11 - Acionamento de botoeira

A botoeira faz parte da classe de componentes denominada elementos de comando e sinalizao. Estes so dispositivos pilotos e nunca so aplicados no acionamento direto de motores. A utilizao destes sinalizadores luminosos em comandos eltricos baseiam-se em aplicaes especficas, estas aplicaes so baseadas em cores que representam cada situao.

Observem abaixo, figura 13, as cores que determinam um Utilizao dos Sinalizadores luminosos e suas respectivas aplicaes:

Figura 12 - Sinalizadores e suas funes4.2 Rels

Os rels so os elementos fundamentais de manobra de cargas eltricas, pois permitem a combinao de lgicas no comando, bem como a separao dos circuitos de potncia e comando. um dispositivo eltrico destinado a produzir modificaes sbitas e predeterminadas em um ou mais circuitos eltricos de sada, quando certas condies so satisfeitas no circuito de entrada que controlam odispositivo.O rel, seja de que tipo for, no interrompe o circuito principal, mas sim faz atuar o dispositivo de manobra desse circuito principal. Assim, por exemplo, existem rels que atuam em sobre corrente de sobrecarga ou de curto-circuito, ou de rels que atuam perante uma variao inadmissvel de tenso.Os rels de sobre corrente perante sobrecarga (ou simplesmente rels de sobrecarga), por razes construtivas, podem ser trmicos (quando atuam em funo do efeito Joule da corrente sobre sensores bimetlicos), ou ento eletrnicos, que atuam em funo de sobrecarga e que podem adicionalmente ter outras funes, como superviso dos termistores (que so componentes semicondutores).

4.3 Rels de Tempo

Os Rels temporizadores so dispositivos eletrnicos que permitem, em funo de tempos ajustados, comutar um sinal de sada de acordo com a sua funo. Muito utilizados em automao de mquinas e processos industriais como partidas de motores, quadros de comando, fornos industriais, injetoras, entre outros. Possui eletrnica digital que proporciona elevada preciso, repetibilidade e imunidade a rudos.

Tipos de atuao:Retardado na energizao: Esse tipo atua suas chaves um tempo aps a ligao, ou energizao do rel e as retorna ao repouso imediatamente aps seu desligamento ou desenergizao.Retardado na desenergizao: Este atua as chaves imediatamente na ativao, porm estas chaves s retornam ao repouso um tempo aps a desativao. No painel desse rel se encontra um boto pelo qual se seleciona o tempo de retardo.

4.4 Rels trmicos

Esse tipo de rel, atua como dispositivo de proteo, controle ou comando do circuito eltrico, atua por efeito trmico provocado pela corrente eltrica. O elemento bsico dos reles trmicos o Bimetlicos.O bimetal um conjunto formado por duas lminas de metais diferentes Ferro (normalmente e nquel), sobrepostas e soldadas, estes dois metais de coeficientes de dilatao diferentes, formam um par metlico. Por causa da diferena de coeficiente de dilatao, se o par metlico submetido a uma temperatura elevada, um dos metais ir se dilatar mais que o outro, por estarem unidos fortemente, o metal de menor coeficiente de dilatao provoca o encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um determinado ponto. Causando assim o desarme do mesmo.

Figura 13 - Rel trmico

4.5 Rel falta de fase

A grande maioria dos problemas que provocam a queima de motores trifsicos a falta de uma fase. Quando isso acontece, so dois grupos de bobinas do motor que precisam atender ao esforo de suprir a carga mecnica. Com isso, a corrente sofrer incremento e, se no houver o desarme do rel bimetlico, ou se nem for instalado, o motor fatalmente queimar os dois grupos de bobinas sobrecarregados. Algumas vezes a ausncia do neutro pode trazer transtornos srios em uma instalao eltrica, sem que se perceba tal anomalia imediatamente. Este problema pode ser resolvido utilizando-se um rel de falta de fase.

Rpido, um rel de falta de fase protege todo os circuitos (motores, painis) que estiverem sendo alimentados pela mesma rede de energia eltrica.O nico detalhe que no h sensibilidade a defeitos diferentes da falta de fase, como sobrecarga mecnica, por exemplo.

Figura 14 - Rel falta de fase

4.5 Contatores

Em comandos eltricos contatores so dispositivos de manobra mecnica acionados eletromagneticamente, construdos para uma elevada freqncia de operao (manobras) de acordo com uma potncia (carga).

Figura 15 - Contatora

Como pode ser observado na figura 16, o contator consiste basicamente em um ncleo magntico excitado por uma bobina. Uma parte do ncleo magntico mvel e atrado por foras de ao magntica quando a bobina percorrida por corrente, criando um fluxo magntico. Quando no circula corrente pela bobina de excitao, essa parte do ncleo repelida por ao de molas.

Figura 16 - Interior de uma contatora

Junto a carcaa do contator existe um conjunto de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos e mveis podem ser do tipo Normalmente aberto (NA), ou normalmente fechados (NF). O contato tem dois terminais: um deve ser ligado fonte (ou gerador) e outro ligado carga (ou receptor). feito de metal de baixa resistncia eltrica para no atrapalhar a passagem de corrente e alta resistncia mecnica, de modo a poder ligar e desligar muitos milhares de vezes. A estrutura metlica tem rea de seco transversal proporcional corrente que comandam, quanto maior for a corrente que se deseja comandar, maiores so os contatos. O valor de corrente a ser comandada tambm influencia na presso de contato entre as partes mveis do contato: maiores correntes exigem maiores presses de contato para garantir que a resistncia no ponto de contato seja a menor possvel.

OBS: A separao dos contatos na condio de desligamento deve ser tanto maior quanto maior for a tenso para a qual o contato foi produzido. A velocidade de ligao ou desligamento deve ser a mais alta possvel, para evitar o desgaste por arco voltico, provocado no desligamento quando a carga for indutiva.

Os contatores podem ser classificados como principais ou auxiliares. De forma simples pode-se afirmar que os contatores auxiliares tem como corrente mxima de trabalho 10A e possuem de 4 a 8 contatos, podendo chegar a 12 contatos. Os principais dispositivos tm corrente mxima de at 600A. De uma maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifsicas a 3 fios.

Figura 17 - Contatores auxiliares

Basicamente existem 4 categorias de emprego de contatores principais:

Contatores tipo AC1: aplicada em cargas hmicas ou pouco indutivas, como aquecedores e fornos a resistncia.Contatores tipo AC2: para acionamento de motores de induo com rotor bobinado.Contatores tipo AC3: aplicao de motores com rotor de gaiola em cargas normais como bombas, ventiladores e compressores.Contatores tipo AC4: para manobras pesadas, como acionar o motor de induo em plena carga, reverso em plena marcha e operao. Intermitente.

4.6 Disjuntores e Fusveis

Os disjuntores e fusveis so dispositivos que protegem os circuitos eltricos contra danos causados por sobrecargas de corrente, que podem provocar at incndios, exploses e eletrocutamentos. Os fusveis so aplicados geralmente nos circuitos domsticos e na indstria leve, enquanto que os disjuntores so projetados principalmente para atender as necessidades da industria pesada.

Figura 18 - Fusveis

A vantagem dos disjuntores que permitem a religao do sistema aps a ocorrncia da elevao da corrente, enquanto que os fusveis devem ser substitudos antes de uma nova operao.

Figura 19 - DisjuntoresPara a proteo contra a sobrecarga existe um elemento trmico (bimetlico); para a proteo contra curto-circuito existe um elemento magntico. O disjuntor precisa ser caracterizado, alm dos valores nominais de tenso, corrente e frequncia, ainda pela sua capacidade de interrupo, e pelas demais indicaes de temperatura e altitude segundo a respectiva norma, e agrupamento de disjuntores, segundo informaes do fabricante, e outros, que podem influir no seu dimensionamento.

4.7 Disjuntor Motor

Disjuntores motor so dispositivos de proteo para o circuito principal. Eles combinam controle e proteo do motor em um nico dispositivo. So basicamente utilizados para ligar e desligar os motores manualmente e protege os motores e as instalaes sem fusveis contra curto circuito, sobrecarga e falta de fase. Proteo sem fusvel com um disjuntor motor economiza custos, espao e assegura uma reao rpida em condies de curto circuito, atravs do desligamento do motor em milisegundos. um dispositivo que possibilita o acionamento do motor e tambm a proteo contra sobrecarga no motor. Este dispositivo possui um seletor que regula a corrente mxima que pode passar pelo dispositivo. Se, por algum motivo, a corrente ultrapassar o valor definido no dispositivo, o disjuntor-motor desliga-se automaticamente evitando danos ao motor.

Figura 20 - Disjuntor motor5 SIMBOLOGIAS GRFICAS At o presente momento mostrou-se a presena de diversos elementos constituintes de um painel eltrico. Em um comando, para saber como estes elementos so ligados entre si necessrio consultar um desenho chamado de esquema eltrico.No desenho eltrico cada um dos elementos representado atravs de um smbolo. A simbologia padronizada atravs das normas NBR, DIN e IEC.

Na tabela abaixo apresenta-se alguns smbolos referentes aos elementos vistos anteriormente.

Tabela 3 - Simbologia dos dispositivos

Para ler e compreender a representao grfica de um circuito eltrico, imprescindvel conhecer os componentes bsicos dos comandos e tambm sua finalidade. Alguns destes elementos so descritos a seguir.Selo: O contato de selo sempre ligado em paralelo com o contato de fechamento da botoeira. Sua finalidade de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo aps o operador ter retirado o dedo da botoeira.

Selo com dois contatos: Para obter maior confiabilidade no sistema, pode-se utilizar dois contatos de selo.

Intertravamento: usado em circuitos onde existem 2 ou mais contatores, para evitar o indesejvel funcionamento simultneo de dois ou mais dispositivos, ou a possibilidade de curtos devida ao uso simultneo de dois ou mais contatores. Neste caso os contatos devem ficar antes da alimentao da bobina dos contatores.

Circuito paralelo ao intertravamento: No caso de um intertravamento entre contatos, o contato auxiliar de selo, no deve-se criar um circuito paralelo ao intertravamento. Se isso acontecer a funo de segurana seria perdida.

Intertravamento com dois contatos: Dois contatos de intertravamento, ligados em srie, elevam a segurana do sistema. Estes devem ser usados quando so acionadas cargas com altas correntes.

Ligamento condicionado: O contato NA do contator K2, antes do contator K1, significa que K1 pode ser operado apenas quando K2 estiver fechado. Assim condiciona-se o funcionamento do contator K1 a o contator K2.

Proteo do sistema: Os rels de proteo contra sobrecarga e as botoeiras de desligamento devem estar sempre em srie. Isso tambm vlido para outros sistemas de segurana como botes de emergncia, rel falta de fase, etc.

Intertravamento com botoeiras: O intertravamento tambm pode ser feito atravs de botoeiras. Neste caso, para facilidade de representao, recomenda-se que uma das botoeiras venha indicada com seus contatos invertidos. No se recomenda este tipo de ao em motores com cargas pesadas.

Esquema Funcional: Nesta representao todos os condutores esto representados. No levada em conta a posio construtiva e a conexo mecnica entre as partes. O sistema subdividido de acordo com os circuitos de correntes existentes. Estes circuitos devem ser representados sempre que possvel, por linhas retas, livres de cruzamentos. A posio dos contatos desenhada com o sistema desligado (sem tenso).

Recomendaes de tenso:

Certas normas, como por exemplo a VDE, recomenda-se que os circuitos de comando sejam alimentados com tenso mxima de 220V, admitindo-se excepcionalmente 500 V no caso de acionamento de motor. Neste ltimo recomenda-se a existncia de apenas 1 contator.A NR 12 por exemplo, recomenda e, em alguns casos exige que os circuitos de comando sejam alimentados com tenso S.E.L.V. (Safety Extra Low Voltage). Devemos destacar que deve ser sempre privilegiada a segurana do operador.Recomenda-se o uso de tenses de alimentao nas botoeiras no superior a 24VA.C., isso tem validade tambm para os sistemas de sinalizao. Se isso no for possvel, ser obrigatrio fornecer uma tenso de alimentao dos comandos com proteo diferencial, com corrente de atuao In < 0,03A e garantir um isolamento duplo em classe II. Tambm recomendvel, para aumentar a confiabilidade do sistema, a utilizao de fontes alimentao dedicada para cada grupo de comando individuais.

5.1 Simbologia Numrica e Literal

Assim como cada elemento em um comando tem o seu smbolo grfico especfico, tambm a numerao dos contatos e denominao literal dos mesmos tem um padro que deve ser seguido. Aqui sero representados alguns detalhes. Para maiores informaes deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.A numerao dos contatos que representam terminais de fora feita da seguinte maneira: 1, 3 e 5: Circuito de entrada (linha) 2, 4 e 6: Circuito de sada (terminal)J a numerao dos contatos auxiliares segue o seguinte padro: 1 e 2: Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a sada 3 e 4: Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a sadaNos rels e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina.Os contatos auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numerao pois o nmero composto por dois dgitos, sendo: O primeiro dgito indica o nmero de identificao progressiva no sistema do contato. O segundo dgito: indica o tipo de contato NF (1 e 2) ou NA (3 e 4).

Na figura 18 temos um exemplo de numerao para um contator de potncia com dois contatos auxiliares, um NF e outro NA. Em relao com os modelos de contatores de potncia usados, muitas vezes os contatos auxiliares so aplicados externamente ao mesmo contator, permitindo assim de realizar as necessrias combinaes.

Figura 21 - Exemplo de numerao para contatores normalmente aberto e normalmente fechado

A figura 19 mostra um contator auxiliar com 4 contatos NA e 2 contatos NF.

Figura 22 - Exemplo de contator auxiliar

Com relao a simbologia literal, alguns exemplos so apresentados na tabela a seguir.

Tabela 4 - Simbologia literal de alguns dispositivos4