modulo 1AC

Embed Size (px)

Citation preview

MODELO DE ESTRUTURA E CONHECIMENTO MODALIDADE GINSTICA ACROBTICA

Ano lectivo 2010/2011

ACROBTICA Mdulo 1

ACROBTICA Mdulo 1

INTRODUOPraticada por homens e mulheres a Ginstica Acrobtica um dos deportos mais antigos. A palavra ginstica vem do grego Gymnastike e significa a arte ou acto de exercitar o corpo para fortific-lo e dar-lhe agilidade. Os conjuntos de exerccios sistematizados para este fim, realizados no solo ou com o auxlio de aparelhos, so aplicados com objectivos educativos, competitivos, teraputicos, etc. De acordo com Santos (2002), a ginstica acrobtica envolve um conjunto de exerccios muito exigentes de um ponto de vista fsico, tcnico e psicolgico, fazendo apelo a elevados nveis de fora e flexibilidade. Os elementos a executar so complexos e requisitam ateno, persistncia e cooperao. O presente documento consiste no Modelo de Estrutura de Conhecimento (MEC) referente Unidade Didctica de Ginstica Acrobtica do 11 ano de escolaridade. Este, baseou-se nos programas ministeriais da disciplina e competncias exigidas para o ensino secundrio, bem como na avaliao diagnstica efectuada junto dos alunos da turma (11LH1). Porque os programas so globais, mas as escolas nem sempre apresentam todas as condies ideais para a prtica das modalidades, foi ainda tido em conta na construo deste MEC, as instalaes fsicas da escola e os recursos materiais e humanos disponveis. A realizao do MEC serve de base para garantir o sucesso do processo ensinoaprendizagem na respectiva modalidade, justificando-se a sua existncia pela necessidade de apoiarmos a nossa actividade em objectivos precisos e sistematizados. Pretendo ento criar um documento de suporte, de consulta permanente, para a preparao das aulas seguindo o modelo de estruturas de conhecimento proposto por Vickers (1989). Logo, o trabalho est dividido em trs fases e oito mdulos: A Fase de Anlise, da qual constam os mdulos, um, dois e trs, que englobam uma breve referncia histria, caracterizao e regulamento da modalidade, a anlise das condies fsicas, espaciais e materiais da escola e a anlise dos alunos da turma, caractersticas pessoais e de aptido fsica.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 2 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

A Fase das Decises com os mdulos quatro, cinco, seis e sete, prende-se com a definio da grelha de Vickers, definio dos objectivos, caractersticas da avaliao e criao de progresses de ensino e tarefas de aprendizagem. Toda esta fase est assente nas anlises da fase anterior pelo que os seus mdulos tm em considerao as necessidades reais e especificas da turma no geral e de cada aluno em particular. A Fase de Aplicao, mdulo oito, consta da elaborao da UD da respectiva modalidade na qual podemos perceber a relao contedos, objectivos, estratgias e funes. Espero, no final desta Unidade Didctica, que os alunos cumpram os objectivos pretendidos para a modalidade de Ginstica Acrobtica, e acima de tudo que tenham desenvolvido as suas capacidades de fora, persistncia, empenho e resistncia. O planeamento desta unidade, poder estar sujeito a alteraes, desde que devidamente justificadas no relatrio de Unidade Didctica.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 3 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

MDULO 1 ANLISE DA MODALIDADEFISIOLOGIA DO TREINO E CONDIO FSICA Activao Geral e Retorno CalmaSegundo um cientista alemo de nome Weineck (1989), o aquecimento engloba actividades teis para estabelecer o estado ptimo de preparao psicofsica e coordenativo-cinestsica e para prevenir as contuses. O aquecimento tem entre outras misses, harmonizar entre si, de maneira ptima, todos os sistemas funcionais que contribuem para determinar a capacidade de performance do atleta. Em 1998, Ed. Manole, diz que o aquecimento o preldio do trabalho fsico e deve sempre ser executado em primeiro lugar. E que fisiologicamente, ele permite ao corpo ajustar-se ao comeo da actividade e preparar-se para poder fazer face exigncia fsica. Ainda acrescenta, que o aquecimento deve ser gradual. Pois, prepara os grupos musculares envolvidos para serem alongados ou fortalecidos por um aumento da temperatura e circulao nos msculos sem causar fadiga ou reduzir as reservas de energia. Fazendo com que os msculos fiquem mais flexveis, reduzindo as possibilidades de leses. Existem 2 tipos de aquecimento: o Geral e o Especfico. No aquecimento Geral, as possibilidades funcionais do organismo no seu conjunto devem ser levadas a um nvel superior, isto obtido atravs de exerccios que servem para aquecer os grandes grupos musculares (por exemplo: aquecimento pela corrida). No aquecimento Especfico, o aquecimento efectua-se especificamente, conforme a modalidade, isto quer dizer que a so executados movimentos que servem para aquecer os msculos numa relao directa com a modalidade desportiva considerada. O aquecimento geral deve sempre preceder o especfico. O aquecimento tem efeito positivo sobre: (1) as funes cardiovasculares fazendo aumentar a frequncia cardaca, elevar a presso sangunea e aumentar a quantidade de sangue em circulao; sobre (2) o sistema respiratrio: a frequncia e a profundidade da respirao aumentam em funo da intensidade e do volume da carga corporal, a fim de suprir o aumento da necessidade de oxignio da musculatura em aco e simultaneamente eliminar o dixido de carbono resultante. A falta do

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 4 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

aquecimento pode causar a to falada "dor de burro" pois o diafragma que desempenha um papel importante e alimentado por oxignio, na ausncia deste dse uma superacidificao local que causa a referida dor; (3) sobre a musculatura: com o aumento da irrigao no aquecimento e o calor produzido pelo trabalho muscular aumenta a temperatura de todo o organismo e do prprio msculo, aps 15-20 min de trote a temperatura pode subir para 38,5 graus favorecendo o deslizamento das fibras musculares e facilitando a movimentao dos tendes e ligamentos, da a diminuio do risco de distenses e de contuses nos movimentos desportivos que sobrecarregam ao mximo o aparelho motor. Alm disso o aquecimento pode: Melhorar a alimentao em energia e oxignio no msculo e Melhorar a optimizao dos processos neuromusculares; ele ainda proporciona (4) efeitos positivos a nvel psicolgico: o aquecimento no s provoca um aumento da disposio fsica, como tambm da disposio psquica para a performance. Pode tambm melhorar a ateno principalmente a percepo ptica, assim como uma activao das estruturas centrais, sobretudo da formao reticular, melhorando consequentemente a coordenao e preciso das aces motoras. Como aquecimento, cada modalidade tem sua forma particular de agir, mas o seu objectivo geral sempre iniciar a movimentao da musculatura a utilizar durante a fase fundamental da aula.

O momento de retorno calma to importante como o de aquecimento, pois o momento de levar o organismo de volta a uma situao de repouso, diminuindo gradualmente a frequncia cardaca e respiratria. Uma paragem abrupta pode originar tonturas e quebra de tenso, principalmente em indivduos hipertensos ou com problemas cardiovasculares. Neste sentido, devem ser sempre reservados alguns minutos para baixar a presso arterial e alongar os msculos, de forma a aumentar a flexibilidade e ajudar a preparar o corpo para a prxima exigncia de exerccio.

Capacidades MotorasParticularmente belo o ser humano em movimento. A exactido coordenativa dos movimentos, a proporcionalidade dos esforos, a dinmica dos ritmos, o jogo das velocidades e outros tipos de aces motoras racionais, geram sensaes estticas, prazer e satisfao. Matweyew/Novikow (1982)

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 5 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

As capacidades motoras so caractersticas individuais e inatas, que podem ser sujeitas a um desenvolvimento, e que, em conjunto, determinam a aptido fsica de um indivduo. Referem-se a um conjunto de predisposies, pressupostos ou potencialidades individuais, nas quais assentam a realizao, aprendizagem e/ou desenvolvimento de habilidades motoras. A expresso capacidades motoras foi utilizada pela primeira vez por Gundlach, na Repblica Democrtica Alem, em 1972. Desde ento, tem vindo a ser introduzida progressivamente na terminologia da Cincia e do Desporto da maior parte dos pases da Europa para definir os pressupostos necessrios para a execuo e aprendizagem de aces motoras desportivas, das mais simples s mais complexas. Substitui outras expresses at ento utilizadas, nomeadamente a expresso qualidades fsicas, por ser do ponto de vista terminolgico mais correcta e precisa.Qualidade/habilidade: refere-se a algo que Capacidade: indica uma medida de potencial e que, por isso, pode ser modelado e treinado;

aprendido/desenvolvido;

no so caractersticas inatas, isto , no refere-se s qualidades inatas, isto , que nascem com o indivduo; tem que ser aprendido/desenvolvido; uma forma de movimento especfico que nascem com o indivduo ( determinado geneticamente, como um talento, um potencial;

est dependente da experincia e que foi as capacidades so essenciais para o automatizado atravs da repetio; rendimento motor;

Exemplos: habilidade para jogar futebol, Exemplos: fora, resistncia, flexibilidade, basquetebol, voleibol, etc.. etc..

O termo fsica substitudo pelo termo motora, de forma a ampliar o grupo das capacidades a todas as que dizem respeito ao movimento. As capacidades motoras dividem-se em dois grandes grupos: as capacidades condicionais e as capacidades coordenativas. As capacidades condicionais relacionam-se com o aspecto quantitativo do movimento e so dependentes dos processos de obteno de energia e de fadiga.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 6 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

As capacidades coordenativas relacionam-se com o aspecto qualitativo do movimento. So essencialmente determinadas pela componente onde predominam os processos de conduo do Sistema Nervoso Central. O desenvolvimento das capacidades coordenativas imprescindvel ao desenvolvimento das capacidades condicionais (fora, velocidade, resistncia, flexibilidade) e vice-versa. Por exemplo, como refere Marques (1995) a melhoria das capacidades coordenativas um pr-requisito para o desenvolvimento da fora. Nas fases inicias de escolaridade, os maiores ganhos de fora aparecem associados melhoria dos processos coordenativos. O ser humano est mais preparado biologicamente para o desenvolvimento das capacidades coordenativas, do que para o treino das capacidades fsicas, razo pela qual se devem considerar as fases do desenvolvimento do indivduo. As capacidades coordenativas devem ser trabalhadas cedo. E quanto mais cedo fr adquirida a capacidade de coordenao, mais facilmente se realiza o treino da condio fsica, bem como o trabalho tcnico. O quadro que se regue representa as capacidades coordenativas e condicionais nos perodos de receptividade aos estmulos, segundo a idade.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 7 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Como se pode verificar no quadro, o perodo de desenvolvimento favorvel aprendizagem das capacidades coordenativas: entre os oito e dozes anos. Neste perodo, verifica-se um desenvolvimento considervel do aparelho vestibular e uma completa consciencializao do esquema corporal. As capacidades coordenativas so qualidades essencialmente determinadas pelos processos de conduo do sistema nervoso central e, portanto, dependentes da sua maturao. A criana, deve adquirir as aces motoras bsicas locomotoras (andar, correr, marchar, cair, rolar, etc.) e no locomotoras (flectir/dobrar, aproximar, afastar, tremer, balanar, etc.), nesta fase do seu desenvolvimento biolgico. A aquisio e melhoria do desenvolvimento motor, baseia-se na interaco do processo neuromuscular, provavelmente controlado genticamente, do crescimento, dos efeitos residuais da experincia motora anterior e das novas experincias motoras.

Capacidades condicionais

Resistncia No existe um conceito universal de resistncia. Todavia, numa primeira anlise, a resistncia relaciona-se principalmente com a fadiga e a capacidade de recuperao dos indivduos, influenciando o desempenho segundo diversas vertentes: energtica, coordenativa, biomecnica e psicolgica. Assim, resistncia a qualidade fsica que permite um esforo proveniente de exerccios prolongados, durante um determinado tempo. Por outras palavras, a resistncia a capacidade de suportar e recuperar da fadiga fsica e psquica. Permite a realizao de esforos, sem a perda de eficcia motora.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 8 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Segundo a massa muscular mobilizada, a resistncia pode ser classificada como Resistncia Geral - quando solicitada mais de 1/6 da massa muscular total - ou Resistncia Local - quando solicitada menos de 1/6 da massa muscular total. Segundo as fontes energticas utilizadas, a resistncia pode ser classificada como Resistncia Aerbia quando se verifica equilbrio entre o oxignio que est a ser necessrio para o trabalho muscular e aquele que a circulao transporta at ao tecido muscular e est associada a esforos prolongados, de mdia ou baixa intensidade. Ou Resistncia Anaerbia quando se verifica a realizao de esforo com dvida de oxignio, isto , as fibras musculares absorvem todo o oxignio que os sistemas respiratrio e cardiovascular lhes enviam e, mesmo assim, esse oxignio insuficiente para colmatar as suas necessidades. Est associada a esforos curtos, de intensidade elevada.

Benefcios do treino da resistncia: Fora Segundo o ponto de vista da Fsica, fora a capacidade de um corpo alterar o seu estado de movimento ou de repouso, criando uma acelerao ou deformao do mesmo. No mbito desportivo a fora pode definir-se, de forma simplificada, como a energia que permite mover objectos e superar resistncias externas, ou mesmo as do nosso prprio corpo. Permite, assim, vencer ou contrariar as resistncias ao movimento, com base em foras internas (ocasionadas por contraco muscular, aces dos tendes e ligamentos) e foras externas (gravidade, atrito e oposio). Para alm de ser necessria para o movimento, a fora aplica-se tambm na: resistncia muscular, que o uso prolongado desta capacidade; resistncia fadiga, que depende fundamentalmente da quantidade de sangue bombeado pelo corao em cada contraco sistlica; Melhora a frequncia cardaca, Optimiza o sistema respiratrio Contribui para o controlo do peso Aumenta as defesas do sistema imunitrio

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 9 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

velocidade, que no seria possvel sem nveis de fora adequados.

Habitualmente divide-se a fora de um indivduo em trs grandes reas do corpo: fora superior; fora mdia e fora inferior e segundo trs variantes: fora mxima, fora explosiva e fora de resistncia.Fora Superior: refere-se aos grupos Fora Mxima: a maior fora que o sistema musculares dos membros superiores. neuromuscular pode desenvolver durante uma contraco (exemplo: levantar pesos). Fora Mdia: refere-se aos grupos Fora Explosiva: capacidade que o msculo tem musculares do tronco. em vencer uma resistncia exterior, com a maior rapidez de execuo (exemplo: pontap numa bola). Fora Inferior: refere-se aos grupos Fora de Resistncia: capacidade que permite musculares das pernas. resistir fadiga em esforos prolongados

(exemplo: escalada, ciclismo).

Benefcios do treino da fora Velocidade a capacidade motora que permite a mxima rapidez de execuo de um movimento (aco motora) ou de uma srie de movimentos, de um mesmo padro. Esta qualidade fsica uma das componentes mais importantes do desempenho desportivo. No entanto, no deve ser vista como uma capacidade isolada, devendo ser considerada uma componente parcial das exigncias complexas necessrias para o desempenho desportivo. Juntamente com um leque de movimentos tcnicos e de coordenao, bem como com a especificidade do desporto, as diversas manifestaes da velocidade so de importncia primordial para o sucesso em desportos individuais ou colectivos. Desenvolvimento da estrutura muscular. Aumento das reservas energticas musculares. Estmulo da hormona de crescimento e da testosterona. Retardar o aparecimento da osteoporose em idade adulta. Preveno de leses musculares.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 10 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Weineck afirmou que a velocidade motora resulta, portanto, da capacidade psquica, cognitiva, coordenativa e do condicionamento, as quais so sujeitas s influncias genticas do aprendiz, do desenvolvimento sensorial e neurolgico, bem como de tendes, msculos e capacidade de mobilizao energtica. uma capacidade que, apesar de condicionada pela herana gentica de cada um, pode ser muito melhorada se exercitada desde as idades mais baixas (a partir dos 6-7 anos). Trata-se de uma capacidade motora que diminui com o avano da idade.

Variantes: Velocidade de reaco Capacidade de resposta a um estimulo, no mais curto espao de tempo. Pode ser considerada reaco simples, quando a reaco se verifica a um estmulo j conhecido e se sabe qual o tipo de resposta a dar (exemplo: sinal de partida numa corrida) ou reaco complexa, quando a reaco se verifica a um estmulo desconhecido, no se sabendo que tipo de resposta deve ser dada (exemplo: alterao do ritmo de corrida num adversrio). Velocidade de execuo ou gestual Capacidade que o msculo tem de se contrair rapidamente, na execuo de um gesto tcnico-tctico (exemplo: judo, esgrima). Velocidade de deslocamento Capacidade que permite a deslocao de uma distncia no menor tempo possvel (exemplo: tempo gasto a percorrer 100 m).

Benefcios da velocidade no organismo Contribui para o desenvolvimento do sistema muscular. Contribui para a hipertrofia muscular (aumento do volume da massa muscular). Aumenta as reservas energticas para esforos curtos e rpidos. Desenvolve rapidez mental ao responder com sucesso a diversos estmulos.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 11 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Flexibilidade a capacidade motora responsvel pela execuo de um movimento de amplitude angular mxima, por uma articulao ou um conjunto de articulaes, dentro dos limites morfolgicos, sem risco de provocar leso, isto , a flexibilidade permite efectuar movimentos com a maior amplitude possvel. O atleta pode executar estes movimentos por si mesmo ou por influncia auxiliar de foras externas. uma capacidade que nasce com o indivduo e que se vai perdendo com o avano da idade. Deve, por isso, ser exercitada sistematicamente. Esta capacidade permite melhorar a qualidade dos gestos motores, tornandoos mais eficazes e harmoniosos.

Variantes:Flexibilidade geral Flexibilidade especifica Flexibilidade activa Flexibilidade esttica Relativa a sistemas articulares necessrios num movimento executado pelo prprio indivduo. Relativa a sistemas articulares necessrios num movimento executado com ajuda. Relativa aos sistemas articulares necessrios nas actividades motoras dirias. Relativa a sistemas articulares necessrios em exerccios especficos.

Benefcios do treino da flexibilidade: Aumenta a capacidade de alongamento muscular. Melhora a qualidade dos gestos motores. Diminui o risco de leses musculares. Mantm a mobilidade das articulaes que se tende a perder com a idade.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 12 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Capacidades coordenativas:

As capacidades coordenativas so determinadas por processos de conduo do sistema nervoso e dependem da maturao biolgica. O seu desenvolvimento depende, em grande parte, da variedade, da adequabilidade e do nmero de repeties das actividades motoras realizadas. Estas capacidades possuem uma grande importncia, uma vez que constituem a base para a aprendizagem, a execuo e domnio dos gestos tcnicos, pois so elas que permitem organizar e regular o movimento. Existem dois tipos de coordenao, a geral e a especfica. A coordenao geral resulta de uma aprendizagem polivalente do movimento nas diferentes actividades fsicas, manifestando-se nas diferentes situaes da vida quotidiana e nas diferentes actividades fsicas. A coordenao especfica refere-se aprendizagem de um movimento especfico de uma actividade. As capacidades coordenativas so importantes para o domnio de situaes de rpida resoluo, constitudo base de uma boa

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 13 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

aprendizagem

sensoriomotora.

Permitem

uma

economia

de

esforo

e,

consequentemente, a sua facilitao. As capacidades coordenativas fundamentam-se na elaborao da informao e no controlo da execuo, sendo desenvolvidas pelos: Analisadores tcteis, que informam sobre a presso nas diferentes partes do corpo; Analisadores visuais, que recolhem a imagem do mundo exterior; Analisadores esttico-dinmicos, que informam sobre a acelerao do corpo, particularmente a posio da cabea, colaborando, desta forma, para a manuteno do equilbrio; Analisadores acsticos, por onde percebemos os sons e os rudos; Analisadores cinestsicos, por meio dos quais recebemos informaes sobre as tenses produzidas pelos msculos. Por isso, so as capacidades motoras que permitem que o atleta domine as suas aces motoras de forma segura e econmica, no s em situaes previsveis como em situaes imprevisveis e que permitem, identificar a posio do prprio corpo ou parte dele em relao ao espao

Capacidade de diferenciao cinestsica: A capacidade de diferenciao cinestsica refere-se qualidade do rendimento, e a capacidade de diferenciar as informaes provenientes dos msculos, tendes e ligamentos, que nos informam sobre a posio do nosso corpo num determinado momento e espao, e que nos permite realizar as aces motoras de uma forma correcta e econmica, conseguindo assim a coordenao dos movimentos. Por outras palavras, trata-se da capacidade de controlar as informaes provenientes da musculatura, de apenas reter as mais importantes e de dosear, em consequncia, a fora a empregar.

Capacidade de equilbrio: O equilbrio a capacidade de manter uma posio, mesmo que as condies sejam desfavorveis, ou de a recuperar rapidamente aps amplos movimentos e

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 14 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

solicitaes. De uma forma mais simples, trata-se da capacidade de manter ou recuperar a estabilidade: manter, quando se tratam de movimentos estticos ou movimentos lentos; recuperar, quando se trata da realizao de movimentos rpidos ou saltos. O equilbrio conseguido atravs de uma combinao de aces musculares.

Pode ser de trs tipos:Equilbrio esttico Equilbrio dinmico Equilbrio recuperado o equilbrio conseguido numa dada posio (quando o objectivo manter o corpo imvel). utilizado na ginstica artstica, em saltos ornamentais, entre outros; o equilbrio conseguido em movimento. O ski, o ciclismo, a patinagem artstica remetem para este tipo de equilbrio. o equilbrio observado aps a execuo de um movimento. Como exemplos pode ser referido o atletismo, aps o salto em distncia, ou a ginstica desportiva, com o salto sobre o cavalo.

Capacidade de orientao espacial: A capacidade de orientao espacial, a capacidade que permite modificar a posio e o movimento do corpo no espao e no tempo, com referncia a um espao de aco definido. Por outras palavras, a capacidade de reaco a um estmulo externo em termos de deslocao ou de estabilizao da postura.

Capacidade de controlo motor: A capacidade de controlo motor, a capacidade de resposta s elevadas exigncias, no que diz respeito preciso de movimentos, do ponto de vista espacial, temporal e dinmico. Esta necessria para a aprendizagem ou realizao de habilidades que requerem elevadas exigncias de preciso motora e encontra-se bastante ligada capacidade de equilbrio, sendo baseada nas componentes de coordenao de algumas capacidades fsicas como, a capacidade de diferenciao cinestsica, a capacidade de orientao espacial e a capacidade de equilbrio. Em inmeros desportos esto previstas, nos seus regulamentos de competio, exigncias a nvel da

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 15 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

preciso espacial, temporal e dinmica, sendo, por isso, a capacidade de controlo motor muito importante.

Capacidade de coordenao motora: A capacidade de coordenao motora a capacidade de garantir uma boa combinao de movimentos, de modo a que estes se desenvolvam ao mesmo tempo ou em sucesso. Esta permite fazer a ligao de habilidades motoras como corrida e salto, impulso e lanamento e de movimentos de membros superiores e inferiores, como na natao, nos saltos, etc. Possibilita tambm que os movimentos sejam sincronizados e ajustados entre eles, fazendo com que, deste modo, as suas ligaes sejam realizadas maneira mais fluente.

Capacidade de reaco motora: A capacidade de reaco motora a capacidade de reagir rpida e correctamente a determinados estmulos. Na reaco motora, podem ser distinguidas a reaco simples, a reaco complexa e a reaco de escolha. Esta capacidade coordenativa tem grande importncia nos desportos onde o tempo entre o estmulo e a resposta motora deve ser o menor possvel, como, por exemplo, numa corrida no momento do tiro de partida. A reaco motora complexa refere-se situao exigida em toda sua complexidade. Alm de uma reaco rpida ainda necessria uma resposta relativamente exacta. A reaco rpida est associada a uma escolha apropriada entre vrias possibilidades alternativas.

Capacidade de expresso motora: A capacidade de expresso motora a capacidade de criar, com base nas leis da esttica e do belo, os prprios movimentos originando uma expresso artstica e provocando uma expresso esttica. Em alguns desportos como a ginstica olmpica, a natao sincronizada, a patinagem artstica, a aerbica de competio, o resultado do rendimento , em grande parte, avaliado directamente com base no carcter de novidade na apresentao dos exerccios ou segundo os aspectos da harmonia do

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 16 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

ritmo. Esta capacidade possui uma grande relevncia na dana, onde existem os elementos motores de comunicao.

Capacidades de adaptao e readaptao motora: As capacidades de adaptao e readaptao motora, esto relacionados com os mecanismos da apreenso e do tratamento da reteno de informao.

Capacidade de observao: A capacidade de observao a capacidade de percepo do desenvolvimento de algum movimento, dos colegas de equipa, adversrios ou de objectos mveis, tendo como referncia objectos imveis, podendo tambm ser a observao de uma corrida ou do adversrio em desportos de combate.

Capacidade de antecipao: A capacidade de antecipao a capacidade de prever o desenvolvimento e o resultado de uma determinada aco que se est a desenrolar, para que assim o desportista possa preparar a sua prpria aco.

Capacidade de ritmo: A capacidade de ritmo a capacidade de compreenso, acumulao e interpretao de estruturas temporais e dinmicas pretendidas ou contidas na evoluo do movimento. Esta capacidade observada, mais frequentemente, em desportos como a ginstica rtmica, a patinagem artstica, etc.. Ainda pertence a esta aptido permitir e saber adaptar-se a um ritmo estabelecido previamente ou a um novo ritmo. O ritmo tem influncia na emoo e na motivao. "Dar o ritmo" ou "marcar o tempo" como uma espcie de guia para o desenrolar do movimento. de salientar que cada pessoa possui um ritmo dirio prprio e, por isso mesmo, deve ser levado em considerao na preparao do respectivo treino.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 17 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Foi a leveza, o ritmo, a fluncia e a dinmica trouxeram amplas possibilidades de se desenvolver a agilidade, a flexibilidade, a graa e a beleza dos movimentos, como por exemplo, na ginstica rtmica.

Capacidade de representao: A capacidade de representao a capacidade de representar mentalmente situaes bem determinadas de acordo com as informaes disponveis.

Capacidade de diferenciao sensorial: A capacidade de diferenciao sensorial consiste na capacidade de diferenciar as sensaes extradas de objectos e de processos atravs dos nossos rgos sensoriais, frente a uma necessidade especfica de uma actividade. Quanto mais elevado e especfico for o rendimento de um atleta, mais diferenciadas devem ser as informaes recolhidas pelos receptores. A qualidade da informao sensorial determina a qualidade da execuo tcnica, porque colabora com o controlo e a regulao da aco motora.

O caso especfico da Ginstica AcrobticaNa ginstica, as capacidades condicionais, apresentam uma enorme importncia pois condicionam a execuo de muitos elementos da ginstica. Acontece, frequentemente, os alunos no conseguirem executar um elemento por falta de fora ou flexibilidade. Assim, a ginstica coloca principalmente exigncias ao nvel da tonicidade geral, da flexibilidade e da fora. Quanto fora: Fora superior (bicpites braquiais e bicpites braquiais) Fora mdia (rectos e oblquos) Fora inferior (gmeos e quadricpites)

Quanto Tonicidade muscular: Musculatura anterior (grande peitoral, oblquos e rectos; quadricpites) Musculatura posterior (dorsais, lombares, glteos, bicpites femurais e gmeos)

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 18 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Flexibilidade: Cintura escapular (deltide e trapzio) Coluna vertebral (Grande dorsal e lombares) Cintura plvica (abdutores)

Outro trabalho importante a ter em ateno o reforo mio-articular de articulaes muito solicitadas como os punhos, tornozelos, zona cervical e zona lombar da coluna vertebral.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 19 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

CULTURA DESPORTIVA Histria da ModalidadeA trajectria da Ginstica indissocivel do percurso evolutivo do Homem. Com efeito, remontando Pr-histria a Ginstica, enquanto actividade fsica, assumia-se como instrumento precioso para a sobrevivncia do Homem, dada a sua premente necessidade de atacar e de se defender. O exerccio fsico era parte integrante dos jogos, cerimnias e rituais, sendo a sua prtica instituda geracionalmente. Na Antiguidade, sobretudo no Oriente, a actividade fsica emerge nas vrias formas de luta, na natao, no remo, na equitao, no tiro com arco, nos jogos, nas cerimnias religiosas e mesmo no preparo guerreiro. No mundo Helnico germinou o ideal da beleza humana, amplamente traduzido em esculturas e outras manifestaes artsticas, assumindo a prtica de exerccio fsico um valor extraordinrio como modo de educao corporal, em Atenas, e como preparo para a guerra, em Esparta. Tal era importncia da actividade fsica para os Gregos que estes estariam mesmo na gnese dos Jogos Olmpicos. Na civilizao Romana , a finalidade primordial do exerccio fsico reconduzia-se preparao militar, e mesmo a prtica de actividades desportivas, nas suas majestosas instalaes (por exemplo o Coliseu),como as corridas de carros e os combates de gladiadores estavam sempre conexas com os assuntos blicos. Na Idade Mdia os exerccios fsicos eram o sustentculo da preparao militar dos soldados, que durante os sculos XI, XII e XIII empreenderam as Cruzadas promovidas Santa Igreja. A nobreza enaltecia o valor da esgrima e da equitao, cuja prtica era indispensvel a quem quisesse participar nas Justas e Torneios, jogos que contribuam para a elevao do homem. Por outro lado, subsistem ainda registos de outras actividades praticadas neste perodo, nomeadamente: como o tiro com arco, os duelos, a escalada, a marcha, a corrida, o salto, a caa e a pesca e jogos simples e de pelota, uma espcie de futebol e jogos de raqueta. Na Idade Moderna, considerada simbolicamente a partir de 1453 (queda de Constantinopla que significaria o perecimento do Imprio Romano do Oriente), a actividade fsica passou a ser altamente considerada enquanto agente educativo. Foram muitos os estudiosos da poca, debruando-se sobre temas conexos com a

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 20 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

actividade fsica publicaram obras relacionadas com a pedagogia, a fisiologia e a tcnica e assim deram um contributo incomensurvel para a evoluo e conhecimento da Educao Fsica. A partir de ento surgiu um grande movimento de sistematizao da Ginstica. Em conformidade com Langlade e Langlade (1970), pode dizer-se que at 1800 as formas comuns de exerccio fsico reconduziam-se os jogos populares, as danas folclricas e regionais e o atletismo. Segundo estes estudiosos, os primrdios da Ginstica actual remontam ao incio XIX, a quando do aparecimento de quatro grandes escolas: a Escola Alem, a Escola Francesa, a Escola Inglesa e a Escola Sueca. A Escola Inglesa encontrava-se intimamente ligada aos jogos, actividades atlticas e ao desporto. As demais foram as responsveis pelo surgimento dos principais mtodos gmnicos, que estiveram na origem (a partir de 1900) do nascimento dos trs grandes movimentos ginsticos na Europa: o Movimento do Centro na Alemanha, ustria e Sua, o Movimento do Oeste na Frana e o Movimento do Norte aglomerando os pases da Escandinvia. Estes movimentos estendem-se at 1939 a quando da realizao da primeira Lingiada em Estocolmo, um festival internacional de Ginstica em comemorao do centenrio da morte de Per Henrik Ling, nome maior da Ginstica Sueca, iniciando-se assim o perodo que se estende at aos nossos dias, intitulado Influncias recprocas e universalizao dos conceitos ginsticos, no dizer de Langlade e Langlade (1970). A designao Ginstica, primitivamente empregue como aluso a todo tipo de actividade fsica sistematizada, cujos contedos variavam desde as actividades necessrias sobrevivncia, aos jogos, ao atletismo, s lutas, ao preparo guerreiro, adquiriu a partir de 1800, com o surgimento das escolas e movimentos gmnicos expostos supra, uma conotao mais ligada prtica do exerccio fsico. De acordo com Soares (1994: 64), a partir de ento, a Ginstica passou a jogar um importante papel na sociedade industrial, apresentando-se como capaz de corrigir vcios posturais oriundos das atitudes adoptadas no trabalho, demonstrando assim, as suas vinculaes com a medicina e, desse modo, conquistando status.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 21 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

ANLISE DA MODALIDADEOs desportos acrobticos no universo gmnico surgem como uma adaptao das habilidades caractersticas da ginstica tradicional com, por um lado, a utilizao do praticvel, como rea de execuo, por outro, o trabalho coreogrfico como forma de expresso plstica e, finalmente, a execuo de elementos tcnicos semelhantes. Caracterizao dos atletas: Cada ginasta tem uma designao especfica, consoante a funo que exerce, podendo ser definida da seguinte forma: VOLANTEElemento executante. o ginasta com caractersticas tcnicas mais versteis. Fisicamente devem ser leves e de baixa estatura.

BASE INTERMDIO

Elemento que ajuda a suportar, a projectar ou executa determinadas

posies intermdias. o ginasta com caractersticas

semelhantes s do base, embora mais leve e de menor envergadura fsica. Funo: executam funes idnticas aos bases e por vezes aos volante.

BASE

o elemento que suporta ou projecta. o mais responsvel perante o treinador e disciplinador dos outros elementos do par/grupo. Deve ser mais forte, mais pesado e, se possvel, mais alto que os outros. Funo: sustentao do(s) intermdio(s), em grupos e/ou do volante, execuo de estafas nos elementos dinmicos,

sozinho ou em conjunto com o(s) intermdio(s).

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 22 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Os desportos Acrobticos proporcionam aos ginastas, de uma forma geral, uma prtica menos especfica em termos da fisionomia e aptides fsicas, graas a um trabalho colectivo original, uma vez que aqueles que se apresentam maiores, mais pesados e mais fortes, podem desempenhar as funes de ginastica de suporte (base); Aqueles que so considerados como verdadeiros talentos, tanto ao nvel de capacidades, como de morfologia (mais leves e flexveis), desempenham o papel de volante, sendo a eles que cabe a execuo da maior parte das destrezas (Labeau, 1993).

Caracterizao dos elementos: MONTES - So todas as subidas com ou sem fase de voo do solo para o base. Podem ser classificados em montes propriamente ditos quando constituem um elemento do exerccio e so classificados, e montes no classificados, com o objectivo de atingir as posies de equilbrio.

DESMONTES - Consistem na realizao de um elemento de equilbrio ou dinmico que implique um descida do base para o solo. Um desmonte no dever ser uma queda para o solo, mas sim uma recepo controlada e equilibrada no solo.

CATCHES - Consiste na realizao de um elemento dinmico (com fase de voo), no qual o incio e o fim do elemento realizado pelo volante a partir do base. (Ex: Mortal de mos para mos.)

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 23 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

DINMICOS PUROS - Engloba os elementos dinmicos que tm incio no solo e nos quais o base projecta o volante efectuando-se a recepo de regresso, no praticvel. (Ex: Rondada mortal; Mortal de estafa para o solo.)

CONTRA-EQUILBRIOS A especificidade da acrobtica reside na colaborao estreita entre dois, trs ou quatro parceiros, e a realizao de elementos mo contra mo, necessita de uma harmonia de esforos, uma adaptao recproca e uma ateno ao parceiro que no se encontra em outro desporto (seno raramente). Esta estreita colaborao deve ser centrada sobre uma perfeio gmnica e esttica, uma dupla polarizao de um esforo comum que necessita de um enquadramento srio e uma procura de estilo, mesmo em combinaes simples onde os parceiros devem criar uma "sinfonia" de movimentos. Os contra-equilbrios podem e devem ser utilizados como introduo dos alunos formao de pirmides e figuras complexas, nas quais o equilbrio e o contra-equilbrio so dos principais factores de sucesso na sua execuo. Isto, porque a maior parte dos movimentos dos contra-equilbrios so similares aos executados nas construes das pirmides. Por outro lado, o desenvolvimento destas habilidades, durante as aulas de Educao Fsica, pode cativar o interesse dos alunos por esta actividade.

FIGURAS DE PARES

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 24 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

FIGURAS DE TRIOS

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 25 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

PIRMIDES

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 26 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Orientaes para a segurana na ginstica:

Potenciais emergncias mdicas - Treinadores/supervisores/professores devem estar cientes das potenciais emergncias mdicas que podem ocorrer na ginstica e estarem para lhes responderem adequadamente.

Estar preparado para participar - Vestir-se apropriadamente, seguir as prticas normais de aquecimento e estar mentalmente preparados para comear a actividade .

Verificar o equipamento cuidadosamente - Antes de comear qualquer actividade gmnica, assegurar-se que o equipamento est ajustado e fixo e que os colches necessrios para a actividade esto bem colocados .

Seguir as progresses tcnicas correctas - Um ambiente de aprendizagem em segurana inclui uma compreenso correcta da execuo das tcnicas e o seguimento das progresses correctas.

Dominar as tcnicas de base - Prticas de aprendizagem segura exigem que se domine as tcnicas base antes de se progredir para outras novas ou mais difceis.

Progresso cuidada para novas tcnicas - A prontido e o nvel de habilidade do praticante, a natureza da tarefa e a competncia da ajuda, devero ser todos tidos em considerao quando se tenta tcnicas novas ou mais difceis .

Tcnica de recepo apropriada - Sadas em segurana, bem como quedas no intencionais requerem tcnicas de recepo apropriadas. No pela quantidade de colches que se garante a segurana. Evitar a todo o custo recepes com a zona da cabea ou pescoo, porque da podem resultar leses muito graves.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 27 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Responsabilidades do aluno: Avaliar o risco - A participao na ginstica, mesmo em condies ideais, transporta consigo uma razovel assumpo de risco. Avalia o facto de que uma conduo menos apropriada desta actividade pode resultar em leses mu.ito graves, paralis1as ou mesmo a morte.

Procurar orientao especializada - Toda a sesso de ginstica deve ser sempre orientada por um profissional competente.

Vestir correctamente - Vestir sempre de acordo com a situao de aprendizagem/competio. Usar "magnsia", resina, estafas, tape, equipamento de proteco do corpo, etc..

Comunicar de forma clara Estabelecer uma ligao clara e precisa com o teu treinador/professor. Ter a certeza de que ambos sabem exactamente o qu, quando, onde, como e porqu a tcnica para ser executada e ajudada.

Estar preparado para participar - Ter a certeza de que se est preparado para praticar tanto fsica como psicologicamente. Condio fsica total um pr-requisito fundamental para a prtica gmnica segura .

Conhecer a tcnica - Ter a certeza de ter um conceito visual preciso do potencial da tcnica. Saber como iniciar, executar e completar o movimento completo. Desenvolver uma conscincia para os aspectos mais crticos da tcnica.

Nunca hesitar - Uma vez comprometido em executar uma tcnica, seguir sempre at a ter completado. Estar atento que uma considerao primria a proteco da cabea e coluna vertebral.

Conhecer os prprios limites - Desenvolver uma conscincia saudvel e respeito pelos limites individuais de cada um na sua capacidade de aprendizagem e de competio.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 28 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Estabelecer uma comunicao clara com o ginasta Ter a certeza que o ginasta e professor esto nas posies correctas e prontos para interagir. Certificar-se que sabe, percebe e compreende todas as componentes do elemento em questo, especialmente no que diz respeito aos aspectos mais crticos. Cuidar das suas prprias capacidades e prontido fsica, tendo em conta cada um dos ginastas. Ter a certeza que o diferencial de segurana sempre favorvel ao ginasta. Estudar e compreender o que esperar de cada ginasta. Ler cada uma das fraquezas individuais. Estar preparado para os inesperados. Manter constante vigilncia ao longo de toda a prestao do ginasta. Desenvolver a capacidade de "respeitar" os potenciais riscos de cada elemento tcnico e as formas de interveno do professor. Saber as prprias limitaes. Estar sempre muito atento a que a primeira considerao na segurana a proteco da cabea e coluna do ginasta.

No mbito da ginstica acrobtica, algumas notas Numa situao de desequilbrio do volante, o base tem como dever impedir a sua queda desamparada. Numa situao em que o volante se encontra numa posio em cima dos ombros do base, o professor dever colocar-se atrs do volante de modo a intervir em caso de desequilbrio para trs do mesmo. Em caso de ter de decidir entre amparar a queda de um base ou de um volante, o professor dever ter em conta a altura de queda do volante e optar por tentar amparar este, pois as consequncias sero em princpio mais graves para o volante do que para o base. Nas posies dinmicas o(s) base(s) devero ter ateno ao movimento areo do volante sendo responsveis pela sua assistncia durante a fase de recepo. Nas figuras em que o volante se encontra posicionado sobre a regio lombar do base, o volante dever posicionar-se na regio sacro ilaca e no sobre a coluna vertebral do

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 29 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

base; na altura do desmonte o volante no dever saltar (pois isso poder provocar movimentos bruscos que induzam a uma leso na regio da coluna vertebral do base) mas simplesmente descer. Nas turmas de iniciao compete ao professor um acompanhamento do movimento (manipulao), pois numa fase inicial de aprendizagem todos os movimentos sero passveis de causar um acidente.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 30 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

HABILIDADES MOTORASPEGAS As pegas constituem a essncia dos DA pois so elas a forma de unio entre os ginastas do par/grupo, e permitem a realizao de elementos de equilbrio ou dinmico.Pega Simples Pega de Pulsos Pega de Cotovelos Pega de Ombros Pega P / Mo Pega de Estafa Pega Entrelaada As mos unem-se em posio de aperto de mo com os dedos indicador e mdio envolvendo o pulso.

Existem vrias utilizaes, principalmente quando os ginastas se agarram com uma s mo. a mais fcil de executar correctamente na escola.

O base agarra o volante acima do cotovelo pelo lado de fora. utilizada quando os ginastas se encontram de frente um para o outro.

utilizada principalmente em posies invertidas onde os ginastas se agarram mutuamente pelos ombros.

Utilizada para posies estticas em que o base suporta o volante nas suas mos, ou como forma de impulso, nos elementos dinmicos.

Apoio de uma mo sobre a outra, sendo a mo de cima agarrada pela debaixo. Utilizada para impulsionar o volante, nos elementos dinmicos e equilbrio de pares.

Utilizada em trios e quadras. executada com dois ginastas voltados de frente um para o outro, entrelaando as mos para impulsionar o volante.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 31 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

FUNO DO ATLETA Base: Determinantes Tcnicas: Apoio estvel e equilibrado; Tonicidade correcta; Ajuda nas aces de monte e desmonte do volante; Pegas seguras e adequadas; Manuteno da posio durante a definio do elemento. Muscular e postura Volante: Determinantes Tcnicas: Monte seguro e em equilbrio; Impulso rpida e enrgica; Tonicidade correcta; Pegas seguras e adequadas; Manuteno da posio durante a definio do elemento; Desmonte em segurana; Recepo no solo em equilbrio. Muscular e postura

Rolamento frente Determinantes Tcnicas:: Flexo dos Membros Inferiores (M.I.); Colocao das mos largura dos ombros com os dedos afastados orientados para a frente; Membros Superiores (M.S.) em extenso e queixo junto ao peito; Elevao da bacia acima dos ombros; Colocao da nuca no solo; Projeco dos M.S. para a frente. Ajudas: Colocao de uma mo na coxa e outra nas costas ou na nuca; Segurar as mos na fase de elevao. Rolamento frente com os M.I afastados e em extenso Determinantes Tcnicas:: Apoiar as mos no colcho; Elevao da bacia acima dos ombros; Colocao da nuca no solo; Afastamento e extenso dos M.I., aps a bacia passar a vertical dos ombros; Colocao das mos entre as coxas e junto da bacia, com os dedos orientados para a frente, mantendo uma acentuada flexo do tronco; Para a sada, empurrar o colcho com as mos; Terminar com os M.I. afastados em extenso e com os membros Superiores em elevao superior.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 32 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Ajudas: Colocao das mos na parte posterior das coxas, junto bacia ou ancas, ajudando elevao; Colocao das mos nos ombros.

Rolamento retaguarda engrupado Determinantes Tcnicas:: Flexo dos membros inferiores e fecho do tronco sobre eles; Desequilbrio do tronco retaguarda; Colocao do queixo junto ao peito, flexo da cabea; Colocao das palmas das mos no solo, ao lado da cabea, com os dedos orientados para trs; Manuteno da posio engrupada na passagem da bacia pela vertical; Empurrar o colcho e apoio simultneo dos ps no solo com os M.I. flectidos. Ajudas: O ajudante face ao executante coloca-se por detrs do mesmo, colocando uma junto nuca e a outra nas suas costas. O ajudante deve estar de joelhos face ao executante.

Rolamento retaguarda, sada com os M.I estendidos e unidos

Determinantes Tcnicas: Fecho do tronco sobre os M.I em extenso; Desequilbrio do corpo retaguarda; Contacto com o colcho breve e enrgico e ligeiro apoio das mos para amortecer o impacto; Apoio das mos ao lado da cabea; Empurrar o colcho, mantendo sempre os M.I em extenso. Ajudas: A mo mais prxima na bacia e a outra no ombro, devendo exercer uma aco na vertical no sentido baixo - cima.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 33 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Rolamento retaguarda, sada com os M.I. em extenso e afastados

Determinantes Tcnicas: Semelhante anterior, havendo um afastamento dos membros inferiores passagem da bacia pela vertical dos ombros e terminando com os M.I em extenso e afastados. Ajudas: A mo mais prxima na bacia e a outra no ombro, devendo exercer uma aco na vertical no sentido baixo - cima.

Rolamento retaguarda com passagem por apoio facial invertido

Determinantes Tcnicas: Posio de sentido com os membros superiores em elevao superior; Fecho do tronco sobre os membros inferiores em extenso; Desequilbrio do corpo retaguarda; Contacto com o colcho breve e enrgico, atravs da contraco dos msculos nadegueiros e ligeiro apoio das mos para amortecer o impacto; Rolamento sobre a coluna vertebral; Abertura do ngulo membros inferiores/tronco e do ngulo tronco/membros superiores; Extenso e elevao do corpo, com repulso dos membros inferiores, antes dos ps passarem pela vertical dos apoios. Ajudas: Mos nas pernas do executante exercendo fora para cima, com o objectivo de facilitar a repulso de braos do executante e o alinhamento na vertical dos segmentos corporais.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 34 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Rolamento frente saltado

Determinantes Tcnicas: Pequena corrida de balano, chamada a ps juntos e impulso dos M.I.; Aps trajectria area, colocao das mos largura dos ombros; Colocao da nuca no solo; Flexo dos M.I; Projeco dos braos frente. Ajudas: A mo mais perto junto da nuca e a outra mo mais afastada na parte posterior da coxa.

Apoio facial invertido, seguido de rolamento frente

Determinantes Tcnicas: Colocao das mos no solo largura dos ombros, longe do p da frente; Balano do M.I da retaguarda; Impulso do M.I. de chamada (da frente); Alinhamento vertical dos braos, tronco, M.I e ps, em completa extenso; Cabea entre os M.S. com o olhar dirigido para as mos; Rolamento frente, terminado na posio de sentido. Ajudas: O ajudante coloca ambas as mos nas coxas do executante, perto da bacia.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 35 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Roda

Determinantes Tcnicas: Dar incio ao movimento com um p frente do outro; Avano de um dos M.I. e afundo lateral; Balano enrgico do M.I de trs que se encontra em extenso; Apoio alternado das mos na linha do movimento; Impulso da perna de chamada (perna da frente); M.S. e tronco alinhados na vertical dos apoios; Na trajectria area, os M.I. realizam o mximo afastamento possvel e em extenso completa; No contacto ao solo o apoio dos ps alternado na linha do movimento. Ajudas: A mo mais prximo ajudante coloca-se na anca mais prxima do executante e a outra depois colocada na outra anca, quando executante atinge a vertical dos apoios. Deve-se sempre acompanhar o executante at ao final do movimento. Posio de equilbrio (avio) Determinantes Tcnicas: Tronco paralelo ao solo; M.S. em extenso, no prolongamento do tronco; M.I. em elevao, paralela ao solo e no prolongamento do tronco; M.I. de apoio em extenso; Olhar dirigido para a frente. Ajudas: Mo na perna livre, exercer fora para cima, para ajudar a sua elevao at a posio correcta. Posio de flexibilidade (espargata)

Determinantes Tcnicas: Olhar dirigido para a frente; Extenso completa dos MI, (ps em flexo plantar); Grande afastamento antero-posterior dos MI; Tronco na vertical, cabea levantada e MS em extenso e elevao lateral.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 36 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Rodada

Determinantes Tcnicas: Ligeira flexo da perna de chamada; Balano enrgico da perna de trs que se encontra em extenso; Apoio alternado das mos na linha do movimento (menos afastadas do que na roda); Impulso da perna de chamada (perna da frente); Membros superiores e tronco alinhados na vertical dos apoios; Juno dos membros inferiores, na passagem por apoio facial invertido; Realizar de volta do corpo; Olhar dirigido para o ponto de sada; Os membros inferiores descem juntos e simultaneamente os superiores exercem presso no solo, para se passar posio vertical. Ajudas: O ajudante coloca-se atrs do executante na parte final do movimento.

Posio de flexibilidade (ponte)

Determinantes Tcnicas: Extenso dos M.S.; Extenso das M.I; Cabea acompanha o movimento de extenso da coluna. Ajudas: Mos nos ombros do executante exercendo uma fora para cima. O executante segura os tornozelos do companheiro, para ajudar a extenso dos membros superiores e inferiores. Mos nos ombros e na cintura do executante, para ajudar a colocao dos membros superiores no solo e a extenso dos membros superiores e inferiores.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 37 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

ELEMENTOS DE LIGAO: Afundo Lateral

Determinantes Tcnicas: Grande afastamento dos MI Flexo de um MI e extenso do outro Tronco no prolongamento do MI

estendido MS estendidos ao nvel dos ombros. Salto em extenso com volta Impulso na vertical; Corpo em extenso com MS em elevao superior Rotao de 180 sobre eixo longitudinal Tesoura Impulso com elevao alternada dos MI em extenso Ms em extenso ao nvel dos ombros ou em elevao superior. Tronco na vertical Afundo frontal Grande afastamento dos MI; Flexo do Mi colocado frente; Extenso do MI colocado atrs Tronco no prolongamento do MI de trs

AJUDAS As ajudas so um ponto fundamental para um treino eficaz, pois permitem ao aluno ganhar confiana nas suas capacidades e acima de tudo previnem os possveis acidentes.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 38 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

CONCEITOS PSICOSSOCIAISNa ginstica definimos como principais aspectos psico-sociais a desenvolver a concentrao, a cooperao, a entreajuda, o esprito de grupo e a responsabilidade. Quer a ginstica de solo, quer a ginstica acrobtica so um ptimo meio para o desenvolvimento destes aspectos psico-sociais pois: Permite o auto-conhecimento e a manipulao do prprio corpo, bem como a expresso de sentimentos por meio do movimento e das habilidades gmnicas; Promove a auto-confiana, coragem, determinao, auto-domnio e autosuperao. Promove a actividade de grupo, as relaes interpessoais, as interaces sociais, a cooperao, o esprito de equipa, a interajuda e a capacidade de ajustar-se e adaptar-se a diferentes situaes. Promove a criatividade e a imaginao atravs da realizao de um esquema coreogrfico com acompanhamento musical, Apela ao sentido de responsabilidade e de respeito para com os colegas, salientando atitudes de autonomia, ajudando-o a encarar situaes de perigo e a saber como contorna-las atravs da concentrao. Para alm destes temos ainda aqueles que so transversais a todas as aulas de Educao Fsica independentemente da modalidade em questo que so: Esprito Desportivo O importante no vencer, mas sim participar. No possvel participar sem a outra equipa. Consciencializando-se destas duas noes, deve-se aceitar a derrota e no nos vangloriarmos na vitria, bem como respeitar o adversrio e respeitar o rbitro e as regras do jogo. Os alunos devem encarar a Educao Fsica e o Desporto de forma positiva e saudvel, demonstrando respeito pelas regras dos jogos e modalidades e pelos seus intervenientes. Cooperao Os alunos devem perceber a importncia do trabalho de cooperao. Este promove o aumento da participao dos mesmos nas aulas, o que traduz na prtica um melhor desempenho motor.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 39 de 40

ACROBTICA Mdulo 1

Em contextos desportivos a cooperao revela grande preponderncia nos Jogos de Equipa, uma vez que, as suas aces combinam o encadeamento de movimentos e habilidades entre os jogadores que constituem cada equipa. Tambm, e no menos importante, aparece a cooperao que os alunos revelam entre si nas tarefas propostas, ajudando alunos com dificuldades a ultrapassarem possveis barreiras.

Pontualidade Para que uma actividade seja organizada, no se deve fazer esperar os outros. O atraso reflecte-se na dificuldade de integrao e na quebra do ritmo dos outros.

Assiduidade A falta s aulas no permite o acompanhamento das matrias tratadas, assim como, as dispensas, apesar de permitirem a assistncia aula, prejudicam o aluno, na medida em que nela no participa, pois a educao fsica movimento.

Empenho Muito mais que a capacidade, nas aulas de Educao Fsica o empenho fundamental. A fora de vontade, o querer, o empenho, demonstra a atitude do dia-adia do aluno.

Disciplina Este est relacionado com o rigor das aulas de Educao Fsica, com o respeito por si prprio e pelos demais.

Ncleo de Estgio de Educao Fsica e Desporto 2010/2011

Pgina 40 de 40