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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

Rafael FigheraLaboratório de Patologia VeterináriaHospital Veterinário Universitário

Universidade Federal de Santa Maria

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“Se suspeita de insuficiência hepática aguda pela presença de determinados sinais clínicos.”

Quando se suspeita de insuficiência hepática aguda?

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SUSPEITANDO DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

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Icterícia

Inapetência anorexia

Apatia

Vômito

Diarreia

Hemorragia

Distúrbios neurológicos

Perda de peso rápida

Presença de líquido abdominal

Sinais clínicos de insuficiência hepática aguda em gatos

desidratação

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Icterícia

Inapetência anorexia

Apatia

Vômito

Diarreia

Hemorragia*

Distúrbios neurológicos

Perda de peso rápida

Presença de líquido abdominal

Sinais clínicos de insuficiência hepática aguda em gatos

desidratação

*O tipo de hemorragia auxilia muito na diferenciação da doença por detrás da IHA.

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Por que ocorre hemorragia na IHA?

“Basicamente porque os hepatócitos necróticos liberam grande quantidade de fator

tecidual (fator III) para a circulação.”

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Mas isso não causaria trombose? Ou seja, o contrário?

“Causa trombose por todo o corpo, ou seja, CID e sua consequência mais devastadora, a coagulopatia

de consumo.”

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“Sim, a hemorragia também ocorre porque a meia vida das proteínas de coagulação, principalmente

do fator VII, é muito curta.”

Existe outro mecanismo para a hemorragia na IHA?

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Hemostasia secundária

Proteínas da coagulação produzidas no fígado

I*: 48-72 horasII*: 48-72 horasV*: 12-24 horasVII*: 1-6 horasVIII**: 12-40 horasIX*: 20-24 horasX*: 32-48 horasXI*: 48-72 horasXII**: 48-72 horasXIII*: 120-288 horas

*Produzidas por hepatócitos. ** Produzidas por células endoteliais.

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Icterícia

Inapetência anorexia

Apatia

Vômito

Diarreia

Hemorragia

Distúrbios neurológicos

Perda de peso rápida

Presença de líquido abdominal

Sinais clínicos de insuficiência hepática aguda em gatos

desidratação

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Por que ocorrem sinais clínicos neurológicos na IHA*?

“Encefalopatia hepática aguda”

*Alguns autores descrevem esses casos como insuficiência hepática fulminante.

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O que é encefalopatia hepática aguda?

“Encefalopatia hepática aguda é a expressão utilizada para descrever um conjunto de sinais clínicos neurológicos que ocorrem em pacientes com insuficiência hepática aguda e que decorrem da incapacidade

do fígado em transformar amônia em ureia devido à lesão hepatocelular massiva e não pela ocorrência de desvios

portossistêmicos.”

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Icterícia

Inapetência anorexia

Apatia

Vômito

Diarreia

Hemorragia

Distúrbios neurológicos

Perda de peso rápida

Presença de líquido abdominal

Sinais clínicos de insuficiência hepática aguda em gatos

desidratação

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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

Rafael FigheraLaboratório de Patologia VeterináriaHospital Veterinário Universitário

Universidade Federal de Santa Maria

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“Se diagnostica a insuficiência hepática aguda pela presença de determinados achados

laboratoriais.”

Como se diagnostica a insuficiência hepática aguda?

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DIAGNOSTICANDO A INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

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Quais exames fazer para diagnosticar a insuficiência hepática aguda?

Hematologiahemograma completocoagulograma

Bioquímica clínicasérica ou plasmática

Exame comum de urina

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Quais exames fazer para diagnosticar a insuficiência hepática aguda?

Hematologiahemograma completocoagulograma

Bioquímica clínicasérica ou plasmática

Exame comum de urina

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Gato, fêmea, SRD, 4 anos

HemogramaLeucócitos totais (/mm3) 25.800(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 85%(2.500-12.500) 21.930Bastonetes (0%-3%) 1%(0-300) 258Linfócitos (20%-55%) 9%(1.500-7.000) 2.322Monócitos (1%-4%) 5%(0-850) 1.290Eosinófilos (2%-12%) -(0-1.500) -Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 7,5Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 12,0Hematócrito (%)(24-45) 35VCM (fl)(39,0-55,0) 46,7CHCM (%)(30,0-36,0) 34,3

Neutrófilos hipersegmentados: +++Plasma ictérico: +++

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Gato, macho, Siamês, 2 anos

HemogramaLeucócitos totais (/mm3) 25.000(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 75%(2.500-12.500) 18.750Bastonetes (0%-3%) 8%(0-300) 2.000Linfócitos (20%-55%) 14%(1.500-7.000) 3.500Monócitos (1%-4%) 2%(0-850) 500Eosinófilos (2%-12%) 1%(0-1.500) 250Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 8,9Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 13,5Hematócrito (%)(24-45) 42VCM (fl)(39,0-55,0) 47,2CHCM (%)(30,0-36,0) 32,1

Plasma ictérico: +++

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Quais exames fazer para diagnosticar a insuficiência hepática aguda?

Hematologiahemograma completocoagulograma

Bioquímica clínicasérica ou plasmática

Exame comum de urina

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Achados da bioquímica clínica

Alanina aminotransferase* (ALT) →Aumento leve a acentuado na atividade da ALT

Fosfatase alcalina (FAL) e gama-glutamil transferase (GGT)Aumento leve a acentuado da FAL/GGT

Bilirrubina total (BT) e fraçõesAumento leve a acentuado da BT, BD e BI

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda de gatos

*Pode-se determinar também a aspartato aminotransferase (AST).

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Achados da bioquímica clínica

Alanina aminotransferase* (ALT) →Aumento leve a acentuado na atividade da ALT

Fosfatase alcalina (FAL) e gama-glutamil transferase (GGT)Aumento leve a acentuado da FAL/GGT

Bilirrubina total (BT) e fraçõesAumento leve a acentuado da BT, BD e BI

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda de gatos

*Pode-se determinar também a aspartato aminotransferase (AST).

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Achados da bioquímica clínica

Alanina aminotransferase (ALT)

É hepatoespecífica*

Meia vida de 2,5 dias

Aumento ocorre em 24-48 horas após necrose hepática

Aumento de 100 ou mais vezes após necrose hepática

Pico de aumento ocorre em 5 dias após necrose hepática

Declínio ocorre em 2-3 semanas após necrose hepática

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

*Alguns autores relatam aumentos em casos de necrose muscular.

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Achados da bioquímica clínica

Aspartato aminotransferase (AST)

Não é hepatoespecífica*

Meia vida de 5-12 horas

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

*Também aumenta em casos de necrose muscular, necrose cardíaca e hemólise.

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Achados da bioquímica clínica

Diferenças entre ALT e AST

Maior especificidade hepática da ALT

Maior meia vida da ALT

Maior grau de aumento da ALT

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

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Achados da bioquímica clínica

Alanina aminotransferase (ALT)Aumento leve a acentuado na atividade da ALT

Fosfatase alcalina (FAL) e gama-glutamil transferase (GGT) →Aumento leve a acentuado da FAL/GGT

Bilirrubina total (BT) e fraçõesAumento leve a acentuado da BT, BD e BI

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda de gatos

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Achados da bioquímica clínica

Fosfatase alcalina (FAL)

Formada por isoenzimas*, principalmente L-FAL**

Meia vida de 6 horas

Baixo depósito em hepatócitos

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

*Presentes em fígado, rins, intestinos, ossos e placenta.**Isoenzima hepática.

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Achados da bioquímica clínica

Gama-glutamil transferase (GGT)

Não é hepatoespecífica*

Aumento de até 2 vezes após necrose hepática

Aumento de 2-3 vezes após o uso de anticonvulsivante

Aumento de 4-7 vezes após o uso de corticoide por uma semana

Aumento >10 vezes após o uso de corticoide por duas semanas

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

*Presente em fígado, rins, pâncreas, músculo esquelético, pulmões, baço e eritrócitos.

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Por que se utiliza a GGT no diagnóstico da IH em gatos?

“Por que a fosfatase alcalina é um marcador pouco sensível no diagnóstico da insuficiência

hepática crônica nessa espécie.”

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Sensibilidade

GGT > FAL (86% versus 50%)

Especificidade

FAL > GGT (93% versus 67%)

Por que se utiliza a GGT no diagnóstico da IH em gatos?

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Por que a FAL é menos sensível e mais específica no diagnóstico da IH em gatos?

Menos sensível

Meia vida de 6 horas*

Possui menor depósito hepático da enzima

Mais específica

Basicamente não sofre influência do corticoide

*Meia vida de 70 horas no cão.

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Valores de referência para bioquímica clínica de gatos

ALT: 30 – 100 U/lAST: 14 – 38 U/lFAL: 6 – 106 U/lGGT: 0 – 1 U/lBilirrubina total: 0 – 0,3 mg/dlUreia: 17 – 32 mg/dlCreatinina: 0,9 – 2,1 mg/dlPPT: 6 – 8 g/dlAlbumina: 2,3 – 3,9 g/dlGlobulina: 2,9 – 4,4 g/dl

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Quais exames fazer para diagnosticar a insuficiência hepática aguda?

Hematologiahemograma completocoagulograma

Bioquímica clínicasérica ou plasmática

Exame comum de urina

Page 35: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Achados do exame comum de urina

Amarelo-escura a marrom-clara

Límpida

Densidade normal

pH ácido

Bilirrubinúria

Presença de cristais de bilirrubina

Presença de agulhas de tirosina

Achados laboratoriais na insuficiência hepática aguda

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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

Rafael FigheraLaboratório de Patologia VeterináriaHospital Veterinário Universitário

Universidade Federal de Santa Maria

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Como se diagnostica a doença por detrás da insuficiência hepática aguda?

“Se diagnostica a doença por detrás da insuficiência hepática aguda pela associação dos achados clínicos extra-hepáticos

com os resultados laboratoriais e/ou através da determinação das lesões hepáticas

por biópsia.”

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DIAGNOSTICANDO A DOENÇA POR DETRÁS DA INSUFICIÊNCIA

HEPÁTICA AGUDA EM GATOS

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Lesões e doenças associadas à insuficiência hepática aguda em gatos

Lipidose hepática (40%)

Síndrome da resposta inflamatória sistêmica* (26,7%)

Peritonite infecciosa felina (20%)

Síndrome colangite-colângio-hepatite

Colangite supurativa (6,7%)

Calicivirose felina (3,3%)

Toxoplasmose (3,3%)

*SIRS (previamente sepse).

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DIAGNOSTICANDO A DOENÇA POR DETRÁS DA IHA EM GATOS

(EPIDEMIOLOGIA)

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Filhote

SIRSPIF

calicivirose

lipidoseSIRS

colangitePIF

toxoplasmose

↓ ↓ ↓

(até 1 ano)Adulto Idoso

(entre 1-9 anos) (10 anos ou mais)

lipidoseSIRS

colangitecalicivirose

toxoplasmosePIF

↓ ↓ ↓↓ ↓ ↓

Idade

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DIAGNOSTICANDO A DOENÇA POR DETRÁS DA IHA EM GATOS

(SINAIS CLÍNICOS)

Page 43: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

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FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 45: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

SIRSPIF*

colangite**calicivirose

toxoplasmose

lipidosecolangite**

↓ ↓

(>39oC)Não

(≤39oC)

↓ ↓↓ ↓

Febre

*PIF é associada a febre ondulante, persistente e não responsiva aos antibióticos.

**Febre é vista em quase 75% dos casos de colangite supurativa.

Page 46: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 47: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

lipidose*calicivirose**

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hemorragias

SIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

**Febre hemorrágica (ou doença sistêmica virulenta) causa hemorragia em 30%-40% dos casos.*Lipidose hepática cursa com tendência ao sangramento em cerca de 55% dos casos.

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Por que ocorre hemorragia na lipidose hepática?

“Porque os hepatócitos degenerados sintetizam fatores de coagulação

alterados (PIAVK).”

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O que são PIAVK*?

“PIAVK são fatores de coagulação vitamina K dependentes (II, VII, IX e X) não funcionais, pois não receberam um

carbono nos resíduos glutamil.”

*Proteínas induzidas pelo antagonismo da vitamina K.

Page 50: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 51: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim*

lipidose

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Obesidade associada à anorexia

SIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

*Por pelo menos 15 dias ou perda de pelo menos 25% do peso corporal original.

Page 52: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 53: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

lipidosecolangite

SIRS

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hepatomegalia

SIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

Page 54: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 55: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

lipidose

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Encefalopatia hepática aguda

SIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

Page 56: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

FebreHemorragia

Mucosas e peleMelena ou hematoqueziaHematêmese

Obesidade associada à anorexiaHepatomegaliaEncefalopatia hepática agudaPresença de líquido cavitário

Sinais clínicos que auxiliam na diferenciação da doença por detrás da insuficiência

hepática aguda

Page 57: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

lipidose*PIF**

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Liquido cavitário (ascite ou peritonite)

SIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

*Transudato.**Exsudato.

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DIAGNOSTICANDO A DOENÇA POR DETRÁS DA IHA EM GATOS

(ACHADOS LABORATORIAIS)

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Sim

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hemograma (neutrofilia simples ou desvio à esquerda)

SIRSPIF

colangite*calicivirose

toxoplasmose

lipidose

**Esses achados ocorrem em cerca de 90% dos casos de colangite supurativa.

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Gato, macho, Siamês, 2 anos

HemogramaLeucócitos totais (/mm3) 25.000(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 75%(2.500-12.500) 18.750Bastonetes (0%-3%) 8%(0-300) 2.000Linfócitos (20%-55%) 14%(1.500-7.000) 3.500Monócitos (1%-4%) 2%(0-850) 500Eosinófilos (2%-12%) 1%(0-1.500) 250Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 8,9Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 13,5Hematócrito (%)(24-45) 42VCM (fl)(39,0-55,0) 47,2CHCM (%)(30,0-36,0) 32,1

Plasma ictérico: +++

Page 61: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hemograma (desvio à direita)

lipidoseSIRSPIF

colangitecalicivirose

toxoplasmose

lipidose

Page 62: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Gato, fêmea, SRD, 4 anos

HemogramaLeucócitos totais (/mm3) 25.800(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 85%(2.500-12.500) 21.930Bastonetes (0%-3%) 1%(0-300) 258Linfócitos (20%-55%) 9%(1.500-7.000) 2.322Monócitos (1%-4%) 5%(0-850) 1.290Eosinófilos (2%-12%) -(0-1.500) -Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 7,5Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 12,0Hematócrito (%)(24-45) 35VCM (fl)(39,0-55,0) 46,7CHCM (%)(30,0-36,0) 34,3

Neutrófilos hipersegmentados: +++Plasma ictérico: +++

Page 63: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa

Sim

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hemograma (linfopenia)

lipidoseSIRS

colangitePIF

toxoplasmosecalicivirose

PIFtoxoplasmosecalicivirose

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Leucócitos totais (/mm3) 22.000(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 77%(2.500-12.500) 16.940Bastonetes (0%-3%) 5%(0-300) 1.100Linfócitos (20%-55%) 5%(1.500-7.000) 1.100Monócitos (1%-4%) 12%(0-850) 2.640Eosinófilos (2%-12%) 1%(0-1.500) 220Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 4,4Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 6,0Hematócrito (%)(24-45) 20VCM (fl)(39,0-59,0) 45,4CHCM (%)(30,0-36,0) 30,0

Plasma ictérico: ++

Gato, macho, Persa, 10 meses

Hemograma

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Sim

↓ ↓

Não

↓ ↓↓ ↓

Hemograma (anemia arregenerativa)

lipidoseSIRS

colangitecalicivirose

toxoplasmose

PIFSIRS

toxoplasmose

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Leucócitos totais (/mm3) 22.000(5.500-19.500)Neutrófilos seg. (35%-75%) 77%(2.500-12.500) 16.940Bastonetes (0%-3%) 5%(0-300) 1.100Linfócitos (20%-55%) 5%(1.500-7.000) 1.100Monócitos (1%-4%) 12%(0-850) 2.640Eosinófilos (2%-12%) 1%(0-1.500) 220Basófilos (raros) -(raros) -

Eritrócitos (x106/mm3)(5,00-10,00) 4,4Hemoglobina (g/dl)(8,0-15,0) 6,0Hematócrito (%)(24-45) 20VCM (fl)(39,0-59,0) 45,4CHCM (%)(30,0-36,0) 30,0

Plasma ictérico: ++

Gato, macho, Persa, 10 meses

Hemograma

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Bioquímica sérica

FAL elevada*, GGT normal

ALT/AST elevadas

lipidose colangiteSIRS

↓ ↓ ↓

FAL/GGT elevadas

ALT/AST normais

FAL/GGT elevadas

ALT/AST elevadas

colangiteSIRS

↓ ↓ ↓↓ ↓ ↓

FAL elevada*, GGT normal

ALT/AST normais

↓↓

lipidose

FAL/GGT normais

ALT/AST normais

FAL/GGT normais ALT/AST elevadas

PIF

↓↓↓

calicivirosePIF

toxoplasmose

↓↓↓

*Pelo menos 80% dos gatos apresentam aumento de duas ou mais vezes. Pelo menos 55% apresentam

aumento de cinco ou mais vezes.

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“Tríade felina.”

Qual o diagnóstico mais provável quando o aumento das enzimas hepáticas estão associadas

ao aumento das enzimas pancreáticas?

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O que é tríade felina?

“Tríade felina é a expressão utilizada para definir um processo inflamatório que envolve

o fígado, o pâncreas e o duodeno.”

*Em um grande estudo observou-se envolvimento do fígado (100%), duodeno (83%) e pâncreas (50%).

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Quando se suspeita de tríade felina?

“Quando além das manifestações hepáticas, um gato manifesta sinais clínicos e achados

laboratoriais de pancreatite*.”

*Principalmente elevação da lipase pancreática felina.

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Por que a triadite só ocorre em gatos?

“Porque o gato sempre possui o ducto pancreático e, apenas ocasionalmente, o ducto pancreático

acessório, e o cão sempre possui o ducto pancreático acessório e, apenas ocasionalmente, o

ducto pancreático. Dessa forma, como o ducto pancreático se une ao colédoco e desemboca na

papila duodenal maior e o ducto pancreático acessório desemboca solitariamente na papila duodenal menor, o gato torna-se predisposto a

inflamar concomitantemente ambos os órgãos por via ascendente, mas o cão não.”

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Por que a triadite só ocorre em gatos?

“Porque o gato é uma espécie animal que comumente vomita para eliminar bolas de pelos. Essa caracterísica

fisiológica específica faz com que bactérias ascendam via ampola hepatopancreática e colonizem o

fígado e o pâncreas de alguns gatos.”

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Quais as bactérias que ascendem pelo colédoco?

Escherichia coliEnterococcus spp.Clostridium spp.Bacteroides spp.Actinomyces spp.Streptococcus spp. α-hemolíticosHelicobacter spp.