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1 janeiro/fevereiro EDITORIAL UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO Os problemas sociais pioram, a indiferença direcionada aos excluí- dos aumenta proporcionalmente, a desigualdade social mostra-se cada vez mais forte, a esperança, ao con- trário, parece esvair-se. A cada dia que passa, o ideal de um mundo melhor, por muitos defendido, pa- rece tornar-se inatingível. O problema? Falta-nos auto-es- tima. Falta-nos a certeza de que po- demos e devemos fazer com que a realidade mude. Falta-nos a união e a coragem, coragem de fazer algo realmente grandioso: mudar o mun- do. Na medida que os cidadãos apá- ticos, que já não sabem, não que- rem, não podem e não deixam ver a triste realidade, despertarem desse sono cúmplice, causado pelo apego a interesses individuais e de classe, pelo afastamento dos interesses re- ais da coletividade, na medida que analisarem a realidade de forma global, saindo de um mundinho egocêntrico, e penetrarem na sua problemática, se confrontarão com este conflito: ou nos realizamos com nosso povo, ou nos realizamos contra ele. Ou nos identificamos com o destino do nosso povo, com ele sofrendo a mesma luta, até sair- mos todos vencedores, luta essa que muito sofrimento e dor haveremos juntos de sofrer, ou nos dissociamos do seu destino, juntando-nos (como aliados, servos, fantoches ou lacaios) aos que exploram esse povo. Não há aqui uma posição neutra, visto que a simples não-interferência já é, por si só, um gesto de submissão e aceitação perante os que defendem a atual realidade, visto que dela se aproveitam para lucrar, enquanto a desigualdade social impõe-se como um abismo crescente, nos afastando cada vez mais do que consideramos um mundo melhor. O cidadão que acaba de desper- tar para essa realidade não poderá esquivar-se a uma consciência in- quieta; ao afastar-se desse povo, ao juntar-se aos que o explora, saberá que um dia esse povo sairá vencedor. Dessa maneira, o cidadão desper- to tomará a iniciativa de participar dessa luta, para que, junto com esse povo, possa chegar à vitória, mesmo que esta venha depois de ele já ter gozado a vida, indo contra aqueles que amarram a história, a querem submissa aos seus interesses, imobi- lizada. Analisando a vida e a obra de grandes almas que passaram de forma transformadora por nosso mundo – como Jesus Cristo, Buda, Gandhi, Martin Luther King, etc. –, veremos que eles lutaram por algo em que acreditavam e conseguiram grandes mudanças em direção ao seu ideal, mas não conseguiram atingi- lo por completo, pois não foram to- dos que se prontificaram a ajudá-los nessa luta. Mas suas obras ainda têm efeitos muitos anos depois de suas mortes. Todos reclamam de algum ponto da atual realidade quando conversam com seus amigos, fami- liares, colegas. Todos se mostram insatisfeitos com algo e muitos ain- da apressam-se em discutir os pro- blemas, anseiam mostrar que estão contra essa realidade, mas só sabem criticar. A crítica só será realmente construtiva quando o discurso for propositivo e acompanhado da ação. “Um exemplo vale mais do que mil palavras”. Felizmente, esse despertar já é uma realidade. A cada dia, surgem da sociedade civil organizada de- monstrações de que é possível fazer algo, e de como fazer. Generaliza- se, na sociedade brasileira, a per- cepção de que o “público” não se confunde nem se limita ao “estatal”. O Terceiro Setor – constituído por organizações sem fins lucrativos e não-governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de caráter público – vem se fortalecendo a cada dia. Surge uma nova experi- ência de democracia no cotidiano, um novo padrão de atuação aos governos e novas formas de parce- ria entre Sociedade Civil, Estado e Mercado. Nesse contexto, encontra- se a ADEVA, que há 26 anos luta pelo ideal da igualdade, sustentada pelo apoio de muitos que cansaram de apenas reclamar e decidiram fa- zer algo. Trabalho há quatro anos na ADEVA, porém não tenho, parti- cularmente, a pretensão de resolver todos os problemas dos deficientes visuais, muito menos de acabar com todas as dificuldades do país e do mundo, mas tenho a missão, que desejo compartilhar, de fazer com que todos despertem para a realida- de, a fim de descobrirem-se como atores sociais, que podem e devem lutar pelo que acreditam; e a visão de que um dia, após o despertar de tantos que continuam adormecidos nesse sono conivente, com a união de todos os despertos, possamos, aí sim, resolver os problemas dos defi- cientes visuais, do Brasil e do mun- do. Marcelo Antunes Maciel de Sousa, instrutor de informática e coordenador de colocação profissional da Adeva ASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS E AMIGOS - ADEVA - ano vi - nº 26 - janeiro/fevereiro de 2005

INTENSO, UM RAIO VÍVIDO - Adeva - Associação de ... · Colaboradores: Celso de Oliveira, Lúcia Nascimento ... para a história de Danton (1760-1794), revolucioná-rio morto na

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UM SONHO INTENSO,

UM RAIO VÍVIDO Os problemas sociais pioram, a

indiferença direcionada aos excluí-dos aumenta proporcionalmente, a desigualdade social mostra-se cada vez mais forte, a esperança, ao con-trário, parece esvair-se. A cada dia que passa, o ideal de um mundo melhor, por muitos defendido, pa-rece tornar-se inatingível.

O problema? Falta-nos auto-es-tima. Falta-nos a certeza de que po-demos e devemos fazer com que a realidade mude. Falta-nos a união e a coragem, coragem de fazer algo realmente grandioso: mudar o mun-do.

Na medida que os cidadãos apá-ticos, que já não sabem, não que-rem, não podem e não deixam ver a triste realidade, despertarem desse sono cúmplice, causado pelo apego a interesses individuais e de classe, pelo afastamento dos interesses re-ais da coletividade, na medida que analisarem a realidade de forma global, saindo de um mundinho egocêntrico, e penetrarem na sua problemática, se confrontarão com este conflito: ou nos realizamos com nosso povo, ou nos realizamos contra ele. Ou nos identificamos com o destino do nosso povo, com ele sofrendo a mesma luta, até sair-mos todos vencedores, luta essa que muito sofrimento e dor haveremos juntos de sofrer, ou nos dissociamos do seu destino, juntando-nos (como aliados, servos, fantoches ou lacaios) aos que exploram esse povo.

Não há aqui uma posição neutra, visto que a simples não-interferência

já é, por si só, um gesto de submissão e aceitação perante os que defendem a atual realidade, visto que dela se aproveitam para lucrar, enquanto a desigualdade social impõe-se como um abismo crescente, nos afastando cada vez mais do que consideramos um mundo melhor.

O cidadão que acaba de desper-tar para essa realidade não poderá esquivar-se a uma consciência in-quieta; ao afastar-se desse povo, ao juntar-se aos que o explora, saberá que um dia esse povo sairá vencedor. Dessa maneira, o cidadão desper-to tomará a iniciativa de participar dessa luta, para que, junto com esse povo, possa chegar à vitória, mesmo que esta venha depois de ele já ter gozado a vida, indo contra aqueles que amarram a história, a querem submissa aos seus interesses, imobi-lizada.

Analisando a vida e a obra de grandes almas que passaram de forma transformadora por nosso mundo – como Jesus Cristo, Buda, Gandhi, Martin Luther King, etc. –, veremos que eles lutaram por algo em que acreditavam e conseguiram grandes mudanças em direção ao seu ideal, mas não conseguiram atingi-lo por completo, pois não foram to-dos que se prontificaram a ajudá-los nessa luta. Mas suas obras ainda têm efeitos muitos anos depois de suas mortes.

Todos reclamam de algum ponto da atual realidade quando conversam com seus amigos, fami-liares, colegas. Todos se mostram insatisfeitos com algo e muitos ain-da apressam-se em discutir os pro-blemas, anseiam mostrar que estão contra essa realidade, mas só sabem criticar. A crítica só será realmente construtiva quando o discurso for propositivo e acompanhado da ação.

“Um exemplo vale mais do que mil palavras”.

Felizmente, esse despertar já é uma realidade. A cada dia, surgem da sociedade civil organizada de-monstrações de que é possível fazer algo, e de como fazer. Generaliza-se, na sociedade brasileira, a per-cepção de que o “público” não se confunde nem se limita ao “estatal”. O Terceiro Setor – constituído por organizações sem fins lucrativos e não-governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de caráter público – vem se fortalecendo a cada dia. Surge uma nova experi-ência de democracia no cotidiano, um novo padrão de atuação aos governos e novas formas de parce-ria entre Sociedade Civil, Estado e Mercado. Nesse contexto, encontra-se a ADEVA, que há 26 anos luta pelo ideal da igualdade, sustentada pelo apoio de muitos que cansaram de apenas reclamar e decidiram fa-zer algo.

Trabalho há quatro anos na ADEVA, porém não tenho, parti-cularmente, a pretensão de resolver todos os problemas dos deficientes visuais, muito menos de acabar com todas as dificuldades do país e do mundo, mas tenho a missão, que desejo compartilhar, de fazer com que todos despertem para a realida-de, a fim de descobrirem-se como atores sociais, que podem e devem lutar pelo que acreditam; e a visão de que um dia, após o despertar de tantos que continuam adormecidos nesse sono conivente, com a união de todos os despertos, possamos, aí sim, resolver os problemas dos defi-cientes visuais, do Brasil e do mun-do.

Marcelo Antunes Maciel de Sousa, instrutor de informática

e coordenador de colocação profissional da Adeva

ASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS E AMIGOS - ADEVA - ano vi - nº 26 - janeiro/fevereiro de 2005

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Expediente: Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Lúcia Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Marcelo Antunes Maciel de Sousa, Markiano Charan Filho, Sandra Maria de Sá Brito Maciel, Sidney Tobias de Souza Correspondência: Praça da Bandeira, 61, cj. 61- CEP 01007-020 - São Paulo (SP) - Telefone: 11 3151-5761 e 3151-4125 - Fax: 11 3151-3603 - E-mail: [email protected] Site: http://www.adeva.org.br Editoração: Fernanda Lorenzo Revisão: Célia Aparecida Ferreira Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas Ltda.Tel.: 11 6694-3288 - E-mail: [email protected] Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

http://www.metro.sp.gov.br/servicos/achados/teachados.shtml

O sistema de busca de Achados e Perdidos do Metrô, via internet, destina-se à localização de objetos cujos proprietários possam ser identificados, tais como docu-mentos, agendas, pastas e carteiras.

http://istoe.terra.com.br/gentedinamica/aniversario/ index.asp

Neste endereço, basta escrever o nome do aniversariante, a data do seu nascimen-to e... aparecem as principais notícias que foram manchete no dia que ele nasceu, os filmes que estavam em cartaz e as músicas que eram sucesso.

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que se intitula a maior enciclopédia virtu-al grátis da internet. Neste site é possível pesquisar em 106.149 artigos, disponibi-lizados em ordem alfabética, os mais di-versos assuntos, também com serviço de tradução.

http://ww.infancia80.com.brInfância80 é o site certo para quem

quer relembrar brinquedos e modas dos anos 1980 no Brasil. Lá é possível encon-trar a Turma do Balão Mágico, do Trem da Alegria, heróis e heroínas de novelas, dese-nhos, seriados e filmes que marcaram épo-ca: a She-Ra, o He-Man, a Moranguinho, a Gatinha Lili, o Jaspion e o Changeman.

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VÔO NOTURNORomance de Antoine Saint-

Exupéry (1900-1944), baseado provavelmente em um fato real, re-lata as horas de ansiedade quando do desaparecimento, nos Andes, do piloto Gillaumet, amigo do autor. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 5. ed, 1982. Livro gravado em fita-cassete, disponível na Audioteca Circulante da Adeva, à rua da Consolação, 1.289, 2º andar, telefone: 11 3151-4125.

PERGAMINHOS DO MAR MORTOUm legado para a humanidade – Exposição que

traz pela primeira vez à América Latina preciosos frag-mentos originais dos Pergaminhos do Mar Morto e 77 artefatos arqueológicos. O acervo data de mais de dois mil anos e foi encontrado casualmente por beduínos, nas cavernas de Qumram, próximos ao Mar Morto, em Israel, em 1947. Até 27 de fevereiro, na Estação Pinacoteca, Largo General Osório, 66, São Paulo (SP), ao lado da Sala São Paulo, próximo ao Metrô Luz.

ARENA CONTRA DANTONTexto: Georg Büchner. Direção: Cibele Forjaz.

Com a Cia. Livre. A Revolução Francesa é cenário para a história de Danton (1760-1794), revolucioná-rio morto na guilhotina, acusado de conspirar contra o novo regime. No teatro do Sesc Ipiranga, rua Bom Pastor, 822, tel.: 3340-2001, às quartas-feiras, 21h, 16 anos. Ingressos: R$ 2 e R$ 4 (grátis para comerciá-rios). Acesso a deficientes. Até 9 de março.

SUÍTES DOS BAILADOS do Lago do Cisne, do Quebra-Nozes e da Bela Adormecida

Composições de Tchaikovsky, na interpretação da Orquestra Sinfônica de Boston, regida pelo renoma-do maestro Seiji Ozawa. Em um único CD. Deutsche Grammophon Records, 2000.

MUSICALIDADESeleção musical com repertório eclético de MPB,

com destaque para as músicas das décadas de 1950, 60 e 70, às 21h, de segunda a domingo. Rádio Cultura AM 1200 kHz.

A ESTRELA SOBEDrama que conta a história de Leniza Máier, operá-

ria de família muito simples que se torna conhecida can-tora de rádio. Diretor: Bruno Barreto. Elenco: Carlos Eduardo Dolabella, Wilson Grey, Odete Lara, Betty Faria. Brasil: Globo Vídeo, 1974. 105 min. Disponível em VHS. Nas locadoras.

CASA DAS ROSASO Espaço Haroldo de Campos de Poesia e

Literatura, mais conhecido como Casa das Rosas, pro-move, todos os meses, o encontro do público com um grande leitor (figuras conhecidas pela importância no mundo cultural e literário), além de cursos e palestras, ciclos de contação de histórias, oficinas de criação po-ética, cursos na hora do almoço (o Poesia aperitivo) e aos sábados. Para algumas dessas atividades é cobrada uma taxa de matrícula de R$ 10. As inscrições para os eventos de março já se encontram abertas. Av. Paulista, 37 (Metrô Brigadeiro), telefone: 3285-6986.

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Professor de Educação Física

Seu nome é Ivan de Oliveira Freitas, deficiente vi-sual (nasceu com glaucoma e catarata e, com sete anos, após a terceira cirurgia, perdeu completamente a visão), PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Do seu longo e vitorioso currículo consta, entre outros, o título de vice-campeão da Liga Nacional de Futebol para Cegos (2000) e de bicampeão da IV Copa América de Futsal, disputada na Colômbia (dez. 2003).

Tudo começou em 1987, com 16 anos, quando iniciou a prática de atletismo e futebol de salão (hoje, futebol de 5) no Centro de Emancipação Social e Esportiva de Cegos (Cesec), no bairro da Vila Prudente, em São Paulo (SP). A convite do seu técnico, passou a dar rela-tos de sua experiência enquan-to uma pessoa com deficiência visual praticante de atividades físicas.

Foi quando surgiu seu interesse pelo curso de Educação Física. Em 1995, passou no vestibular da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo) em nono lugar. E “para desespero da escola”, segundo ele, se matriculou. A universidade convidou então o prof. Mário Sérgio Fontes, até então, o único cego no Brasil formado em Educação Física, para dar algumas orien-tações para os seus mestres.

No 3º ano do curso, começou a dar aula em escola pública. Em 1999, foi técnico de goalball pelo Cesec e, no ano seguinte, assumiu a coordenação esportiva da entidade. Em 2001, paralelamente a esse trabalho, foi professor de Educação Física de 5ª e 6ª séries do ensi-no fundamental. De 2002 a 2004, trabalhou na rede estadual de ensino de Itaquera. Porém teve que se afas-tar quando assumiu o cargo de professor de Educação Especial na prefeitura de São Bernardo do Campo (SP),

onde hoje faz parte da equipe de oito professores e duas fi-sioterapeutas responsáveis pelo trabalho com as modalidades de natação, hidroginástica e hidroterapia para pessoas com necessidades especiais diversi-ficadas, 3ª idade, pessoas com problemas respiratórios, pessoas que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC), e estimulação precoce para bebês com dife-rentes deficiências.

Para Ivan, as maiores difi-culdades que encontrou para exercer sua profissão foram as limitações criadas por uma so-ciedade que não sabe conviver com o deficiente visual e, pior ainda, com um deficiente visu-al formado em Educação Física. Por várias vezes, durante o pro-cesso de avaliação para uma vaga de emprego, constatou que os responsáveis por sua contra-tação nem sempre acreditavam, na visão equivocada deles, que, por ser cego, seria capaz ou teria condições de executar certas ta-refas ou desempenhar algumas funções. Conta que, em 2001,

médicos da prefeitura de São Paulo indeferiram seu in-gresso no quadro de funcionários, mesmo tendo sido aprovado em concurso público, mas, logo em seguida, foi contratado para trabalhar em três edições do pro-grama Recreio nas Férias, dessa mesma prefeitura.

Por isso ele aconselha quem está começando ou pensa seguir sua profissão ou qualquer outra: “Nós va-mos encontrar problemas durante toda a vida; o que não podemos é desistir por esses motivos. Aliás, fatos como esses é que devem nos dar coragem para lutar-mos contra os pré-conceitos e as discriminações que vivenciamos no cotidiano”.

Serviço Educação Física é a promoção da saú-

de e da capacidade física por meio da prá-tica de exercícios e atividades corporais. O curso tem duração média de quatro anos. A Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) ofere-ce três cursos: Bacharelado em Educação Física e Bacharelado em Esporte (100 vagas cada, em período integral, du-rante oito semestres) e Licenciatura em Educação Física (mais três semestres após o término do Bacharelado). Há demanda para o profissional em escolas, secretarias de assistência social e de esporte, ONGs, academias de ginástica, clubes particu-lares e centros esportivos públicos, e na

prestação de atendimento particu-lar (personal trainer). Salário médio inicial: para o professor, R$ 1.000 (nas quatro primeiras séries do en-sino fundamental); R$ 1.300 (nas quatro últimas séries e no ensino médio) e R$ 2.000 (no ensino su-perior).

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Acidente Vascular Cerebral (AVC)Acidente Vascular Cerebral (AVC),

popularmente conhecido como derra-me cerebral, é um evento inesperado e danoso que acomete uma das artérias que irrigam o cérebro, danificando a área por ela irrigada.

Existem dois grandes grupos de acidentes vasculares cerebrais: os isquê-micos e os hemorrágicos. O cérebro é uma estrutura altamente vascularizada, com inúmeras artérias. Quando uma dessas artérias sofre oclusão, o territó-rio que deve ser irrigado por ela entra em processo de anóxia (falta de oxi-gênio) e muitas células, principalmen-te neurônios, morrem. Esses eventos caracterizam o acidente vascular cere-bral isquêmico, que representa mais ou menos 80% dos casos. O hemorrágico acontece quando uma artéria se rompe e o sangue que deixa escapar dá origem a um hematoma ou coágulo, que pro-voca sofrimento no tecido cerebral.

Causas e fatores de riscoExistem causas e fatores não-mo-

dificáveis que provocam o AVC como, por exemplo, a idade e a genética. Com o passar das décadas, aumenta o risco de desenvolver acidentes vasculares ce-rebrais.

Mas há também fatores de risco modificáveis. Pela ordem, os principais são: a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças cardíacas, o tabagismo, vida sedentária e obesidade.

SintomasEm se tratando de AVC, como a

apresentação dos sintomas é muito va-riada, a dificuldade em reconhecê-los é maior, o que pode aumentar a demora na busca de atendimento e agravar o problema. Acidentes vasculares cere-brais, de modo geral, provocam altera-ções motoras, assim como dormência e formigamento que, com freqüência, acometem apenas um lado do corpo. A pessoa pode sentir ainda súbita fra-queza muscular (total ou parcial) ao segurar um objeto, mexer a mão, a perna ou o rosto. Podem ocorrer tam-bém alterações da visão como redução do campo visual, ou enxergar um lado meio nebuloso ou escuro, ou a perda total da visão de um dos olhos. Outros sintomas comuns são as alterações da fala (arrastada ou com dificuldade de articulação ou de expressão).

Os sintomas se instalam subitamen-te: o individuo vai dormir bem e acorda com um problema motor, por exemplo, ou está trabalhando e de repente não consegue realizar determinada ativida-

de. Dor de cabeça, vômitos ou perda de consciência são sintomas que podem ocorrer ou não, e são mais comuns nos quadros hemorrágicos do que nos is-quêmicos.

Existem também áreas do cérebro relacionadas com certas funções que, quando acometidas por AVC, produ-zem alterações que podem não ser no-tadas nem pelas pessoas ao redor nem pelo próprio paciente, por exemplo, al-terações de percepção de certas partes do corpo (agnosia), mais comum no lado esquerdo do corpo, agnosia visu-al (dificuldade para reconhecer objetos ou semblantes de pessoas conhecidas) e distúrbios de memória.

O acidente vascular isquêmico cha-mado de lacuna (porque provoca uma lesão pequena dentro do cérebro), mais comumente visto em pessoas com fato-res de risco como a hipertensão arterial, pode ocorrer várias vezes sem a pessoa perceber, ou porque não sente nada, ou porque o quadro dura pouco tempo, ou porque as alterações se normalizam depois de alguns dias. No entanto, es-ses pequenos acidentes somados vão acometendo a memória, a forma de an-dar – os passos ficam mais curtos – e comprometem o equilíbrio. Além dis-so, o AVC lacunar múltiplo prejudica a deglutição – a pessoa engasga com muita freqüência – e provoca maior la-bilidade emocional (a pessoa fica mais emotiva).

Pronto-atendimentoDiante da suspeita de um derrame

cerebral é fundamental procurar um serviço médico de emergência para atendimento imediato, mesmo quando o indivíduo apresenta sintomas transi-tórios como, por exemplo, um braço adormecido por cinco ou dez minutos, que depois volta ao normal. Talvez o sintoma não mais exista, mas a investi-gação urgente da causa desencadeante do problema pode prevenir a ocorrência de outro episódio em curto espaço de tempo. Procedimentos caseiros como dar remédio para a hipertensão arterial, amoníaco para cheirar, ou fazer o pa-ciente deitar-se por alguns minutos não são recomendados, assim como não se deve oferecer nada para a pessoa beber.

TratamentoAtualmente é possível reduzir os

danos provocados pelo AVC desde que ele tenha acabado de acontecer. Se ocorreu há vários dias, porém, pouco pode ser feito, porque os danos já esta-rão instalados.

Algumas estatísticas mostram que acidentes vasculares isquêmicos transi-tórios podem ser prenúncio de um qua-dro definitivo que pode se instalar nas 48 horas seguintes. Assim que a pessoa

chega ao hospital avalia-se o mecanis-mo desencadeante dos sintomas do AVC transitório que, muitas vezes, já desapareceram.

Mesmo para os pacientes que che-gam ao hospital com um quadro isquê-mico mais dramático e alterações mais graves e intensas, existem tratamentos possíveis. O mais novo chama-se trom-bólise e consiste no uso de uma substân-cia, normalmente por via endovenosa, para destruir o coágulo que obstruiu a artéria cerebral. Mas nem todos os pacientes podem receber o tratamento trombolítico. O principal critério para indicá-lo está diretamente ligado ao tempo que o paciente leva para chegar ao hospital: no máximo, três horas de-pois do início dos sintomas.

O paciente com AVC pode ter dis-túrbios de deglutição e alterações de pressão arterial extremamente perigo-sos. Os níveis da pressão arterial, em alguns casos, precisam ser rigorosa-mente controlados. Quanto ao diabe-tes, cuja descompensação da doença na fase aguda e imediata ao AVC piora o prognóstico, é fundamental controlar rigorosamente os níveis da glicemia. Essas medidas, somadas ao início pre-coce da fisioterapia, colaboram para melhores resultados na recuperação das funções comprometidas pela doença.

Como evitarIdentificar os fatores de risco e mo-

dificar os que podem ser modificados é o mais importante para prevenir a doença. Controlar com rigor a pressão arterial e o diabetes, deixar de fumar e realizar atividade física representam grande benefício. Se a pessoa tem al-guma doença cardíaca, deve procurar um médico para obter orientação pre-ventiva. Além disso, se ocorrer algum sintoma que possa sugerir AVC, mes-mo transitório, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente para, se necessário, controlar a doença e prevenir complicações.

Lúcia Nascimento

* Fonte: Extrato da entrevista concedida ao Dr. Drauzio Varela pelo Dr. Eli Evaristo, médico neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e do Hospital Osvaldo Cruz. O texto integral está disponível no endereço: http://www.drauziovarella.com.br/entrevis-tas/avc.asp

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Rebeca Isabel Aragonis Durand, a Rebeca da Adeva, pegou um vôo no Peru em 1981, com destino ao Brasil, e daqui não saiu mais. O motivo: ela simplesmente adorou o país e encontrou pes-soas amigas e sinceras, com as quais pôde aprender e para quem já ensinou e ensina muita coisa. Rebeca é formada em Psicologia, dá aulas de espanhol, ioga e outras técnicas corporais.

Uma das grandes amigas que fez nessa época foi a Sandra (Maciel), que Rebeca conheceu por intermédio de seu trabalho como terapeuta corporal e psicóloga.

“Eu tinha um cliente, o Clóvis, que freqüentava a Adeva. Um dia, ele comentou que uma amiga dele, a Sandra, queria me co-nhecer. Quando fomos apresentadas, ela mencionou, entre outras coisas, o trabalho da associação. E eu senti vontade de fazer parte, ajudar a colocar as coisas em ordem”, relembra.

Tornaram-se amigas e Rebeca passou a ser secretária da Adeva, cargo que ocupa até hoje. “Faço de tudo um pouco, desde paga-mentos e cobranças bancárias a emissão de recibos, despacho de correspondência, e também acompanho todos os eventos que a instituição promove”, relata com seu ainda forte sotaque perua-no.

Nesses 24 anos ela seguiu de perto o crescimento da Adeva. “Quando entrei os ideais eram muitos, mas não tinham se con-cretizado ainda. Bastou um pouco de empenho e organização e as metas tomaram corpo; assim, em pouco tempo, a Adeva pas-sou a ser reconhecida socialmente”, explica.

Para Rebeca, esse processo de edificação também é possível na vida pessoal de cada ser humano. Segundo ela todo ser huma-no é constituído de um mundo interior e um mundo exterior, complexos, que, às vezes, têm seus limites. Mas “ter consciência de que se tem um problema já é um passo importante para solu-cioná-lo”, ela ensina com seu jeito tranqüilo e voz mansa.

E aconselha: “a própria pessoa precisa se ajudar e perceber que às vezes ela nem tem um problema, só acha que tem; no caso dos deficientes visuais, eu vejo isso. Existem muitos deles que se inibem, acreditam que precisam de um monte de coisas, quando na verdade não precisam, pois têm um potencial enorme e todas as capacidades dentro de si mesmos”, afirma. “O preconceito é ignorância e não podemos nos deixar guiar por ele”, completa.

A rotina de Rebeca, que está sempre se atualizando nas suas áreas de interesse, incluem, sempre que pode, uma viagem ao Peru para fazer cursos de especialização e rever a família: seus pais (que tem 86 anos) e os seis irmãos (três homens e três mu-lheres).

Quando não está trabalhando ou viajando, ela gosta de ler livros sobre técnicas orientais e saborear a comida brasileira, que prefere à do seu país. “A comida no Peru é muito condimentada, eu prefiro a brasileira”, confessa.

Sorte nossa, afinal, enquanto Rebeca saboreia nossa culinária, nós saboreamos uma nova forma de ver a vida, mais alegre e sem-pre otimista. “Acredito em uma força superior, a qual está sempre presente, em todo lugar, e que se manifesta em leis naturais. Nós temos que ter sensibilidade para captá-las e segui-las da melhor maneira possível”, ensina.

Mara Alves

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Idade: 54 anos

Signo: Capricórnio

Hobby:Escutar música, ler e pintar.

Um bom filme: Passaporte para o futuro.

Um bom livro: Vivendo, amando e aprendendo, do Leo Buscaglia (ed. Record).

Estilo de música: Romântica, MPB, Beatles, Tom Jobim, algumas da Sandy e Júnior.

Cantor (a) preferido (a): Elis Regina, Tom Jobim, Isabel Granda (cantora e folclorista peruana).

Comida preferida:Uma boa salada, um arroz bem feito e feijão (preto).

Família: É nossa referência básica, a estrutura básica que trazemos do passado, complementamos e podemos transcender.

Amigo: Uma jóia super valiosa, que não se pode perder.

Religião: Ligação com nossa própria essência, nosso próprio centro.

Amor: É raro acontecer (entre um homem e uma mulher), mas quando acontece, ilumina a vida.

O que fazer para viver melhor: Gostar de si próprio, ter boa auto-estima, estar sempre querendo saber mais, se interessar pelos outros, ter muita fé, acreditar que a vida tem jeito.

O que faria se fosse presidente por um dia: Promoveria uma dinâmica geral com todas as pessoas, um exercício de convivência por 24 horas.

Motivo para agradecer: A oportunidade da vida, acordar e estar viva.

Seu sonho: Cada vez me sentir melhor com as pessoas e sentir que o que me falta não é tão importante.

Uma frase: A amizade deve ser sempre reconhecida.

Do Peru para o Brasil, com escala na Adeva

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Ainda há vagasA Adeva está com inscrições abertas para os cur-

sos de dança de salão (3ª e 5ª feiras, matutino); can-to coral (4ª feira, das 17h às 18h30); karatê (3ª e 5ª feiras, matutino) e digitação (3ª e 5ª feiras, das 15h30 às 17h), com aulas no centro de treinamento Mário Covas, à rua da Consolação 1.289, 2º andar; e para o curso de teatro amador (2ª feira, das 14h às 16h), no Teatro Maria Dela Costa, à rua Paim, 72, Bela Vista.

Os interessados nos cursos de informática – Word, Internet e Excel – devem agendar entrevista para preenchimento das vagas ainda disponíveis.

Para mais informações, ligue 11 3667-5210, com Sandra, ou 3151-4125, com Edvando.

ReatchA Adeva participa, de 14 a 17 de abril, da Feira

Internacional de Tecnologia em Reabilitação e Inclusão – Reatch, evento que acontece este ano no Centro de Exposições Imigrantes, na Rodovia dos Imigrantes km 1,5, em São Paulo (SP).

A Reatch, que já está em sua quarta edição, tem como objetivo a reunião dos consumidores, dos dis-tribuidores, dos fabricantes e dos importadores de soluções para pessoas com alguma necessidade es-pecial.

Em seu stand, a Adeva vai expor os serviços e produtos que oferece aos deficientes visuais, com-putadores com leitores de tela e com o programa Braille Virtual da USP (curso de braille online para pessoas que enxergam), seus cursos de informática, estenotipia, material impresso em braille e tipos am-pliados e o jornal Conviva.

Os horários da Feira são: dias 14 e 15, das 13h às 21h; dias 16 e 17, das 10h às 19h.

Um fim de semana diferente

A Adeva convida todos seus associados e amigos a participarem de um fim de semana – do dia 1º a 3 de abril próximo – em meio a cachoeiras, ilhas flu-viais, matas nativas, longe da correria de São Paulo, mas com muito conforto.

O local escolhido é o Hotel Fazenda & Golf Solar das Andorinhas, localizado na Rodovia Campinas/Mogi-Mirim, km 12, em meio a 240.000 m2 de muito verde, que oferece, entre diversas outras atra-ções, a ducha caipira, os pomares, os cavalos e o pas-seio no trem Maria Fumaça.

Adesões podem ser feitas com a Sandra Maciel por meio do telefone: 11 3667-5210.

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INTUIÇÃO*Meus olhos são surdo-mudos

não falam, não entendem teu olhar;

porém, minh’alma se rejubila

às vibrações do teu pensar.

Tuas mãos transmitem frases

que lábios jamais proferiram;

diz-me a intuição maravilhas

de quando teus olhos me viram.

Por esta força invisível,

falo sem medo de errar:

tu és a felicidade, a luz!

amor, soletro em teu olhar.Zenaide Elias

* Pingos e respingos. Limeira: Limegraf, 1998. p. 114

Mario Quintana (1906-1994) falando sobre poesia

“Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pe-dem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade.”

“Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante 5 anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam), o que é a luta amorosa com as palavras.”

“Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgu-lhoso que nunca acho que escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-supe-ração. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?”

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GuloseimasAs guloseimas (segundo o Aurélio, doce ou

iguaria qualquer, muito apetitosa; lambiscaria, paparicos) são assim chamadas por fornecer ao nosso organismo principalmente energia. Em sua composição, têm quase exclusivamente lipídeos e carboidratos, ou melhor, gordura hidrogenada e açúcares simples. Consumidas em excesso podem causar sérios danos, isso porque toda energia que não consumimos é armazenada pelo organismo em forma de gordura, aumentando assim signifi-cativamente nosso tecido adiposo. Conseqüência: dislipidemias (alterações dos níveis de colesterol e de triglicérides), resistência a insulina, problemas cardíacos, maior desgaste dos ossos e articulações, permanente fadiga, etc.

Exemplificando todos esses males, considere-mos um pedreiro contratado para construir uma parede (nosso organismo no tamanho ideal). Com o passar dos dias, vai se exigindo mais e mais dele. Quando o pedreiro se dá conta, ele já está cons-truindo duas, até três paredes no mesmo tempo que tinha para construir apenas a primeira parede com-binada. Resultado: um maior desgaste, um cansaço extremo.

Assim acontece no nosso organismo: exige-se mais do coração, do pâncreas, dos ossos, pulmões, para bombear, nutrir, oxigenar uma maior quan-tidade de células, além de contar com uma maior quantidade de gordura circulante, facilitando o en-tupimento das veias, a arteriosclerose e substrato para formação de colesterol (principalmente a por-ção chamada de ruim).

Para se evitar tudo isso é interessante uma ali-mentação mais saudável, evitando-se guloseimas, frituras e uma vida sedentária.

Glenda Felippe Silva dos Santos, nutricionista (CRN 16863-P)

Rua Antonio Carlos, 582 – conj. 1B - CEP 01309-010, SPTel.: (11) 3257-1152- Fax: (11) 3257-2874

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Informática, Vendas, Estenotipia, Culinária e Educação Continuada.

Informações: (11) 3667-5210 com Sandra e (11) 3151-5761 / 3151-4125 com Edvando.

RECEITA

MACARRÃO À PIZZAIOLO*Ingredientes:

1 pacote de macarrão parafuso250 g de mozarela150 g de presunto picado em cubos1 xícara de maionese2 tomates picadosorégano e sal a gosto

Modo de fazer:Cozinhar o macarrão e escorrer a água. Colocar em

uma assadeira ou pirex que possa ir ao forno. Juntar o presunto, a mozarela e os tomates picados em cubi-nhos, temperar com a maionese, o orégano e provar o sal.

Levar ao forno quente até que a mozarela derreta. Servir quente.*Receita do curso de culinária da Adeva, ministrado pela profª Yacopina Valdenini Resende.

FALA, BRASILFala, Brasil é a central de atendimento do Ministério da Educação (MEC), que funciona todos os dias, 24

horas, através do telefone 0800-616161 (ligação gratuita). Por meio desse número, são atendidas as solicitações, registradas as sugestões, denúncias e reclamações e esclarecidas as dúvidas exclusivamente da área educacional. Pode-se também ter informações sobre os Programas Educação Inclusiva, Universidade Para Todos (ProUni), o Bolsa-Escola, o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Brasil Alfabetizado, entre outros projetos desenvolvidos pelo MEC.

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PRONTO-SOCORRO DO TEXTO

Egle & Liane Telefones: (11) 5572-5933 / 9911-3290 / 9103-5327

Elaboração, Revisão e Digitação de qualquer texto

em Língua Portuguesa.

MANUEL TAXISTAPara quem quer ser atendido com cortesia e hora marcada, fazer o melhor trajeto, viagens, levar o filho à escola ou ir às compras, ligue: (11) 9683-9040 e fale com o Manuel.

Desconto especial para os associados da ADEVA, em dia com o pagamento da anuidade.

ELEGÂNCIAExiste algo difícil de ser ensinado e que talvez por isso esteja

cada vez mais raro: a elegância do comportamento. Não há livro que ensine alguém a estar no mundo de uma for-

ma não arrogante. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer as quatro ex-pressões mágicas: por favor, com licença, obrigado, desculpe.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosai-cas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criti-cam. Em quem escuta mais do que fala, e quando fala, passa longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca-a-boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom supe-rior de voz ao se dirigir a garçons ou frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desco-

nhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não quer saber antes quem está falando para depois mandar dizer se está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o quanto isso foi difícil.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao ou-tro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos infor-mais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.É elegante o silêncio diante de uma rejeição.Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância

do gesto. É elegante a gentileza... atitudes gentis, falam mais que mil imagens. Oferecer ajuda... é muito elegante. Abrir a porta para alguém, dar o lugar para o outro sentar, cumprimentar desde o ascensorista até o presidente da empresa.

Sorrir sempre é muito elegante e faz um grande bem para a alma.

Olhar nos olhos é elegante e essencial.Pode-se tentar capturar essa delicadeza natural pela observa-

ção, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social. É só pe-dir licença para o nosso lado “brucutu”, que acha que “com amigo não tem que ter essas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Autor anônimo

Centro de Integração Empresa Escola (Ciee)

Instituição filantrópica mantida pelo empresariado nacional que oferece cursos gratuitos de língua portuguesa, de inglês e espanhol, orientação vocacional e infor-mações sobre vagas de estágios. Para saber mais consulte o site <http://www.ciee.org.br>, vá até lá, rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi, ou telefone: 11 3040-9800. Atende de 2ª a 6ª, das 8h às 17h.

Restaurantes populares Bom PratoRede de

re s t au ra nte s criada e sub-sidiada pelo governo do Estado de São Paulo, que fornece refeições balanceadas, com quali-dade e cardápio variado (arroz, feijão, car-ne, farinha de mandioca, salada, legumes, suco, frutas e pão) a R$ 1,00. As refeições são monitoradas por nutricionistas e pe-riodicamente analisadas no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Para saber onde estão localizados, dar sugestões ou fazer reclamações, ligue no 0800-554566 ou acesse o endereço <http://www.code-agro.sp.gov.br/bom_prato/bom_prato.php>.

Instituto Kaplan (fundado em 1992)Instituição especializada em sexuali-

dade humana, tem uma área voltada para a sexualidade na adolescência. Oferece o S.O.Sex. (0800-552533), serviço telefô-nico gratuito e personalizado que escla-rece sobre questões sexuais, atendimento terapêutico, orientação sexual em grupo e individual (geralmente solicitada por escolas e instituições). Rua Guaraiúva, 1.354, Brooklin, telefone: 11 5506-2250, <http://www.kaplan.org.br>. Atende de 2ª a 6ª feira, das 9h às 20h.

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