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INTRODUÇÃO AOS INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS – HEDGE FUNDS

INTRODUÇÃO AOS INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS – … funds e Estruturados... · as empresas aquando o anúncio da fusão, investindo numa posição curta relativamente aos títulos

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INTRODUÇÃO AOS INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS – HEDGE FUNDS

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Fundos de Investimento Alternativo

� Os investimentos alternativos proporcionam uma fonte alternativa de rendimentos aos investimentos tradicionais, tais como depósitos a prazo, investimento em acções e/ou obrigações.

� Nos últimos anos, um crescente conjunto de investidores particulares e institucionais tem encarado os fundos de investimento alternativos ou Hedge Funds como um meio de obter diversificação fora dos investimentos considerados tradicionais, melhorando também o perfil de retorno ajustado ao risco dos seus portfólios.

� Segundo dados da Hedge Fund Research esta indústria terá crescido desde os 100 mil milhões de dólares no início de 1994 até perto dos 1.500 mil milhões dólares no final de 2008, correspondentes a sensivelmente 9.000 fundos de investimento.

2Ricardo Valente

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Indústria em grande crescimento

Fonte: HFR Research

3Ricardo Valente

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Hedge Fund- Definição

� A imagem de marca dos Hedge Funds é a busca do “retorno absoluto”- utilizando estratégias de investimento que procuram gerar um retorno positivo independentemente dos preços dos activos estarem em alta ou em queda- fazendo face à crescente volatilidade dos mercados.

� Esta é a principal característica que distingue um Hedge Fund de um Fundo de Investimento Tradicional, em que a estratégia a seguir é a simples aquisição de activos na esperança que o seu preço suba.

4Ricardo Valente

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Fundo Tradicional vs. F. Inv. Alternativo

Fundo Tradicional Fundo Investimento Alternativo

� Performance medida relativamente a um determinado índice.

� Procuram um retorno ajustado a um determinado nível de risco, logo não se medem relativamente a qualquer índice.

� Performance dependente da apreciação dos activos.

� Performance dependente das capacidades, conhecimentos e acções do gestor, que têm sempre presente a ideia de que existe mais que uma via para gerar crescimento de capital.

� Os fundos tradicionais sofrem algumas restrições metodológicas e são extremamente regulados, sendo o uso de short-selling e produtos derivados restrito, podendo apenas recorrer à venda dos activos para proteger o portfólio.

� Os gestores têm liberdade para investir num maior conjunto de activos e usar mais instrumentos, é permitido o short-selling, arbitragem e uso de produtos derivados, o que aumenta as possibilidades de gerar crescimento qualquer que seja a situação do mercado. Ou seja, maior variedade de estratégias de investimento.

� A performance futura deste tipo de fundos estarásempre dependente da direcção futura dos mercados.

� Na maioria destes fundos verifica-se uma baixa correlação entre a sua performance e o mercado, uma vez que as estratégias utilizadas não estão geralmente dependentes deste.

5Ricardo Valente

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Estratégias de Investimento

� Podemos agrupar as estratégias em cinco categorias

principais:

1. Fundo Investimento Alternativo Convencional de Posições Longas/ Curtas- Os

gestores destes fundos são geralmente stock-pickers que utilizam análise

técnica e fundamental para investir em posições longas e curtas, comprando

títulos sub-avaliados e vendendo títulos sobre-avaliados.

2. Valor Relativo/ Arbitragem- Envolve várias estratégias, que no geral consistem

na construção de portfólios que cubram ao máximo o risco de mercado:

� Estratégia de Neutralidade de Mercado: partilham algumas características com os

F.I.A.C. Posições Longas/ Curtas, no entanto buscam a mínima correlação com os

mercados de capitais através de um equilíbrio entre posições longas e curtas;

� Arbitragem com Obrigações Convertíveis: envolve a aquisição de um portfólio de

obrigações e warrants convertíveis, para com esta posição longa realizar hedging e

fazer short-selling com as acções subjacentes;

� Arbitragem de Rentabilidade Fixa: explorar o spread de taxa de juro existente entre

instrumentos de Renda Fixa;

6Ricardo Valente

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Estratégias de Investimento

3. Fundos Globais- Os gestores investem em todas as oportunidades numa variedade de mercados, podem investir em posições longas ou curtas e em diferentes níveis de alavancagem. Existem dois tipos principais de fundos:

� Fundos Macro: os gestores destes fundos estudam os desenvolvimentos macroeconómicos e formam uma opinião sobre que impactos irão ter sobre os mercados financeiros, investindo em conformidade caso surja uma oportunidade. Utilizam inúmeras estratégias, mas são sobretudo conhecidos por aproveitarem principalmente oportunidades que lhes permitam uma boa alavancagem;

� Fundos de Futuros: estes fundos negoceiam produtos derivados como Contratos de Futuros, Opções e Swap. Utilizam normalmente um sistema informático para identificar e seguir tendências de instrumentos de rentabilidade fixa, divisas, mercadorias e índices de mercados.

7Ricardo Valente

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Estratégias de Investimento

4. Event Driven- este tipo de estratégias visa explorar situações que eventualmente surjam no processo de gestão de uma empresa, sendo as mais comuns:

� Arbitragens em Fusões e Aquisições: consiste em investir em ambas as empresas aquando o anúncio da fusão, investindo numa posição curta relativamente aos títulos do adquirente e longa relativamente àempresa adquirida, sendo o risco a não realização da fusão/ aquisição.

� Empresas em Dificuldades: os gestores de fundos adquirem os activos subavaliados ou a dívida de empresas em processos de reorganização de dívida ou mesmo de falência, desempenhando muitas vezes um papel activo na negociação,reorganização e recuperação dessa empresa.

5. Fundos de Fundos- podem investir em inúmeros Hedge Funds

subjacentes, com o objectivo de encontrar os melhores fundos diversificando quer as estratégias, quer os gestores de fundos.

8Ricardo Valente

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Estratégias de Investimento

9Ricardo Valente

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Estratégias de Investimento

10Ricardo Valente

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Estudos de Performance

� A análise de dados de Hedge Funds mostra que o investimento ao longo do espectro de categorias destes fundos teria alcançado resultados consistentes durante a última década.

� Sumariamente, as conclusões retiradas das análises e estudos realizados são as seguintes:

� Os Hedge Funds ofereceram uma performance ajustada ao risco superior quando comparados com os investimentos no mercado de capitais;

� Provou-se o seu potencial para aperfeiçoar o perfil de risco/ retorno de uma carteira de investimentos, o que se fica a dever à baixa correlação com os mercados tradicionais obtendo no entanto níveis de retorno percentual similares;

� A atractividade dos Hedge Funds é ainda maior quando as condições de mercado são adversas, sendo os seus efeitos sobre o risco/retorno ainda mais positivos sob condições extremas.

� Daqui se pode concluir que um Hedge Fund tem mérito, como instrumento de diversificação e como investimento em si.

11Ricardo Valente

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Indicadores de Performance - 2006

Fonte: HFR Research

12Ricardo Valente

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Retornos a Longo Prazo – 20 anos

13Ricardo Valente

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Indicadores de Performance - 2008

14Ricardo Valente

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INTRODUÇÃO AOS INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS

PRODUTOS ESTRUTURADOS

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Produtos Estruturados - Definição

� Produto financeiro que apresenta uma matriz de retorno

previamente definido, garantindo uma parte ou a

totalidade do capital e dependente do comportamento de

um activo subjacente.

� Composto por uma combinação de dois ou mais

instrumentos financeiros, sendo um deles derivado, de

forma a criar um único produto.

16Ricardo Valente

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Vantagens para os Investidores

� Flexibilidade na criação de investimentos que se ajustem a cenários específicos;

� Produto com potencial de valorização e conhecido downside risk;

� Eliminação de riscos que não são desejados (risco cambial, crédito, taxas de juro, etc);

� Diversificação de activos;

� Possibilidade de alavancagem;

� Permite o investimento em activos de difícil acesso ou que incorram em riscos de difícil avaliação por parte do

investidor comum (Ex. Hedge Funds).

17Ricardo Valente

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Vantagens para os Emitentes

�Oferta de uma maior oferta de produtos e soluções de

investimento de forma a ir de encontro ao perfil de risco

e necessidades dos clientes;

� Instiga a lealdade e a retenção de clientes;

�Oferta de produtos que melhor se adaptam às ideias de

investimento que emanam dos departamentos de

research;

�Custos de financiamento mais baixos;

�Possibilidade de alavancagem.

18Ricardo Valente

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Principais desvantagens

� Investidores:

�Problemas de liquidez associados aos Produtos

Estruturados;

�Alguns Produtos podem incorporar riscos superiores ou

mais imperceptíveis para os investidores do que

investindo no activo subjacente per si.

� Emitentes:

�Maior dificuldade na medição dos riscos dada a

complexidade de determinados produtos;

�Gestão de formas mais dinâmicas de hedging.

19Ricardo Valente

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Principais estruturas de produtos

� Emissões Plain-vanilla

São compostas por um obrigação de cupão zero que é o garante de capital no fim do período de investimento e um portfólio de derivados que permite a exposição ao activo subjacente.

� Emissões CPPI (Constant-Proportion Portfolio Insurance)

Constituída pelo mix entre um activo com risco (que pode ser um portfólio de investimento – subjacente) e um activo sem risco (Ex. fundo monetário), cuja alocação é gerida dinamicamente de forma a maximizar o retorno e garantir o capital na maturidade.

20Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla - Funcionamento

SP=B+f

Em que:

B = Obrigação Cupão Zero

f = DerivadoObrigação

Derivado

� Investidor entrega inicialmente 100% de capital, do qual uma parte é

aplicado numa obrigação de cupão zero que cota abaixo do par (p ex.

70%), sendo o remanescente (30%) investido em opções de forma a

ganhar exposição ao activo subjacente;

� Na maturidade o investidor recebe 100% referente ao investimento

na obrigação de cupão zero + o retorno do investimento em opções.

21Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Cupão Zero

� Obrigação Cupão Zero

B = e^(-rt) Em que: B = Valor da Obrigação

r = Taxa de Juro

t = tempo até maturidade

� Não paga cupões durante o período de investimento;

� O valor da obrigação aumenta à medida que o tempo para a maturidade diminui;

� Quanto maior o yield da obrigação na data de emissão, maior é o desconto face ao preço de 100% do Valor Nominal.

� Preço extremamente sensível a alterações nas taxas de juro. Por exemplo, consideremos uma obrigação a 10 anos com YTM de 4,5% e testemos uma alteração de 0,5% nas taxas de juro de mercado.

Taxa de Juro 4% 4.5% 5%

Preço Obrigação 67.03% 63.76% 60.65%

Variação +5.13% Base -4.88%

22Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Opções Simples

�Opções Simples� Contrato negociável num mercado organizado no qual o comprador adquire o

direito de comprar ou vender numa determinada data ou durante um determinado período de tempo um activo a um preço pré-determinado (preço de exercício) em troca de uma compensação monetária (prémio).

� Tipos de opções quanto à data de expiração:

� Americanas – podem ser exercidas em qualquer momento até àexpiração;

� Europeias – só podem ser exercidas na data de expiração;

� Mid-atlantic – podem ser exercidas em determinadas datas de expiração.

� O resultado final (na data de maturidade) configura três tipos de situações que resultado do confronto entre o preço de exercício da opção e o preço á vista do activo

Situação Call Put

PE < PV In-the Money Out-of-the-money

PE = PV At-the-money At-the-money

PE > PV Out-of-the-money In-the Money

23Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Opção Simples

� Determinantes do valor de uma opção simples

Variável Call Put

Preço do Activo + -

Preço de Exercício - +

Tempo até à expiração + +

Taxa de juro + -

Volatilidade + +

Dividendos - +

24Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Opções Exóticas

� Opções Exóticas - constituem o principal instrumento na

construção de produtos estruturados. São por isso opções não

padronizadas, negociadas, em geral, directamente entre

bancos e clientes e tendo como elementos relevantes:

�a flexibilidade em termos de características dos

contratos, adequando-se melhor às necessidades

especificas dos agentes económicos;

�diversidade de perfis risco-retorno que permitem obter.

�Com frequência, preços mais atractivos

25Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Opções Exóticas

� Tipos de Opções Exóticas

� Path dependent options – o payoff na maturidade depende do

padrão seguido pelo activo ao longo da vida da opção.

� Exemplos:

�Lookback options – Preço de exercício determinado na data

de maturidade (minímo, máximo, média dos preços do activo

num dado período);

�Barrier options – opções cuja activação ou desaparecimento

dependem de o preço do activo atingir um dado valor;

�Asian options – preço de exercício definido à partida e o

exercício está dependente do seu confronto com o preço

médio do activo no período

26Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Opções Exóticas

� Tipos de Opções Exóticas (cont.)

� Path independent options – não depende do padrão de evolução do preço do

activo ao longo da vida da opção.

� Exemplos:

�Binary options – confere ao seu detentor o direito de receber, na

maturidade, um valor fixo se a opção estiver in-the-money, ou

zero, caso contrário;

�Chooser options – permitem ao comprador o direito de na data de

maturidade escolher entre a aquisição de uma call ou put;

�Poison put options – opções de venda normais, mas que só podem

ser exercidas se ocorrer um determinado evento;

�Compound options – opções sobre opções.

27Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla – Exemplo Retorno

Bullish Case

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

180%

8 7 6 5 4 3 2 1 0

Tempo para a maturidade

Valor Total

Obrigação Opção

Bearish Case

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

8 7 6 5 4 3 2 1 0

Tempo para a maturidade

Valor Total

Obrigação Opção

� Pressupostos:

�Maturidade = 8 anos

�Volatilidade Implícita = 35%

�Taxas de Juro de Mercado = 5%

�Preço de Exercício da Opção = 20

28Ricardo Valente

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Emissões Plain-vanilla - Considerações

� A avaliação do produto estruturado é o resultado da soma da componente da obrigação e do derivado – no início depende principalmente da obrigação;

� O nível de participação do produto no activo subjacente depende directamente dos seguintes factores:

� Nível de taxas de juro ditam o custo da garantia e o montante que lhe éafectado, influenciando o total de investimento no derivado;

� O custo da opção depende dos factores já enumerados anteriormente, dos quais se salienta, a volatilidade. Neste capítulo, note-se que o preço das opções é baseado na volatilidade esperada e não na histórica, tornando-as mais caras.

� O resultado da estrutura na maturidade não depende da evolução do preço do activo subjacente, mas sim da situação final.

29Ricardo Valente

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Emissões CPPI- Funcionamento

30Ricardo Valente

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Emissões CPPI- Funcionamento

� A estratégia CPPI não assume qualquer custo com a componente da opção –exposição ao activo subjacente;

� A estratégia CPPI permite uma exposição de 100% no início do período de investimento;

� O custo da garantia evolui ao longo do tempo como uma obrigação de cupão zero;

� Se a performance do activo subjacente é negativa, o capital vai sendo retirado e realocado no instrumento que garante o capital (instrumento sem risco) – reduzindo o potencial de retorno associado;

� Se o investimento no activo subjacente desvalorizar mais do que custaria adquirir a garantia de capital na maturidade, todo o capital é realocado no sentido do investimento sem risco – deixando de ter qualquer exposição ao activo subjacente.

� Num cenário de valorização do activo subjacente, a alavancagem pode ser utilizada para aumentar o retorno do produto.

31Ricardo Valente

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Emissões CPPI- Funcionamento

32Ricardo Valente

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Emissões CPPI- Funcionamento

33Ricardo Valente

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Emissões CPPI- Considerações

� Na estrutura CPPI, o nível de participação inicial não depende dos factores

enumerados na emissão plain-vanilla:

� A garantia de capital não é realizada através de uma obrigação de

cupão zero, mas simplesmente através do acompanhamento da sua

evolução – risco taxa de juro;

� Não investe em opções para ganhar exposição ao subjacente, logo

não está dependente das divergências existentes entre volatilidade

histórica e esperada;

� Nível de participação pode ser alavancado;

� Reduz os riscos da emissão plain-vanilla, mas adiciona um outro – o resultado

da estrutura na maturidade passa a depender da evolução do preço do activo

subjacente.

34Ricardo Valente