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INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: Mapas de inundação da Ria de Aveiro
RELATÓRIO 51/2012 – DHA/NEC/NTI
Cofinannciamento
Proc: 0604/541/ 5758
Proc: 0602/001/18095
INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: Mapas de inundação da Ria de Aveiro
INUNDATION IN THE RIA DE AVEIRO AND THE MONDEGO ESTUARY
Report 3: Inundation maps of the Ria de Aveiro
INONDATION DANS LA RIA D’AVEIRO ET L’ESTUAIRE DU MONDEGO
Rapport 3: Cartes d’inondation de la Ria de Aveiro
Proc: 0604/541/ 5758
Proc: 0602/001/18095
Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
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INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
Índice
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................1
1.1. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS .................................................................................................................. 1
1.2. ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO....................................................................................................................... 1
2. METODOLOGIA ....................................................................................3
3. DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES REALIZADAS NO DOMÍNIO DE
ESTUDO .................................................................................................... 4
4. INTRODUÇÃO DOS RESULTADOS DO MODELO HIDRODINÂMICO
NO SIG .......................................................................................................5
4.1. IMPORTAÇÃO DOS MAPAS DE NÍVEIS MÁXIMOS .............................................................................................. 5
4.2. DETERMINAÇÃO DAS ZONAS EDIFICADAS ...................................................................................................... 5
4.3. MAPAS DE INUNDAÇÃO DA RIA DE AVEIRO ................................................................................................. 10
5. CONCLUSÕES .................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 15
ANEXO 1: RESULTADOS – NÍVEIS MÁXIMOS ...................................... 17
A.1 RESULTADOS – NÍVEIS MÁXIMOS ................................................. 19
A.1.1 Situação atual...................................................................................................................................... 19
A.1.2 Situação futura .................................................................................................................................... 21
ANEXO 2: LISTAGEM DOS FICHEIROS EM CD-ROM ANEXO AO
PRESENTE RELATÓRIO ........................................................................ 27
A.2 LISTAGEM DOS FICHEIROS CONSTANTES NO CD-ROM ............. 29
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Proc: 0602/001/18095
INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
Índice de Figuras
Figura 1 – Extensão da malha de cálculo na zona de jusante do canal de Mira: a) malha anterior
(Rodrigues e Fortunato, 2011) e b) malha atual. ..........................................................................................4
Figura 2 – Representação do dique do baixo Vouga: a) malha anterior (Rodrigues e Fortunato, 2011) e b)
malha atual. ...................................................................................................................................................4
Figura 3 – Representação da malha de cálculo e dos objetos geográficos extraídos da cartografia da
SCN 1:10k .....................................................................................................................................................7
Figura 4 – Representação da malha de cálculo e objetos geográficos utilizando o modelo matricial .........8
Figura 5 – Representação das matrizes da malha de cálculo e tipos de edificado ......................................8
Figura 6 – Tabela das áreas de tipo de edificado em cada um dos triângulos da malha de cálculo ...........9
Figura 7 – Tabela de cálculo das áreas de edificado e percentagens relativas ...........................................9
Figura 8 – Tabela de atributos associada à malha de elementos do modelo............................................ 10
Figura 9 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 10 anos (verde) e
zonas onde o modelo não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal de S.
Jacinto. ....................................................................................................................................................... 11
Figura 10 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 50 anos (amarelo
escuro) e zonas onde o modelo não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal
de S. Jacinto. .............................................................................................................................................. 11
Figura 11 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 100 anos (laranja
escuro) e zonas onde o modelo não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal
de S. Jacinto. .............................................................................................................................................. 12
Figura 12 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 10 anos; sem
vento. .......................................................................................................................................................... 19
Figura 13 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 50 anos; sem
vento. .......................................................................................................................................................... 20
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Figura 14 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 100 anos;
sem vento. .................................................................................................................................................. 20
Figura 15 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos;
subida NMM = 0.23 m. ............................................................................................................................... 21
Figura 16 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos;
subida NMM = 0.35 m. ............................................................................................................................... 22
Figura 17 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos;
subida NMM= 1 m. ..................................................................................................................................... 22
Figura 18 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos;
subida NMM= 0.23 m. ................................................................................................................................ 23
Figura 19 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos;
subida NMM = 0.35 m. ............................................................................................................................... 23
Figura 20 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos;
subida NMM = 1 m. .................................................................................................................................... 24
Figura 21 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos;
subida NMM = 0.23 m. ............................................................................................................................... 24
Figura 22 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos;
subida NMM = 0.35 m. ............................................................................................................................... 25
Figura 23 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos;
subida NMM = 1 m. .................................................................................................................................... 25
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INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
Índice de Quadros
Quadro 1 – Simulações realizadas para a determinação dos níveis máximos na Ria de Aveiro.................5
Quadro 2 – Características gerais do sistema de referência geográfica das folhas da SCN 1:10k .............6
Quadro 3. Número das folhas da SCN 1:10k ................................................................................................7
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INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
1. Introdução
1.1. Enquadramento e objectivos
A Directiva-Quadro da Água visa proteger as águas superficiais interiores, as águas de transição, as
águas costeiras e as águas subterrâneas, e atingir determinados objectivos ambientais através da
execução de programas de medidas especificados no Plano de Gestão das Região Hidrográfica (PGRH),
que abrange, no caso da Administração da Região Hidrográfica do Centro I.P. (ARH do Centro), as
bacias hidrográficas dos Rios Mondego, Vouga e Lis. Os sistemas de informação foram identificados
pela ARH do Centro I.P como uma ferramenta de gestão dos recursos hídricos eficaz e eficiente,
podendo contribuir para o cumprimento das metas a serem fixadas por estes PGBH. Neste contexto, a
ARH do Centro adjudicou ao LNEC um contrato de prestação de serviços destinado à concepção e
desenvolvimento da especificação de informação geográfica de suporte ao planeamento e gestão de
recursos hídricos, à elaboração de cartas de zonas inundáveis fluviais e estuarinas e à caracterização e
modelação dos aspectos quantitativos e qualitativos das massas de águas subterrâneas, aplicáveis às
regiões hidrográficas sob jurisdição da ARH do Centro.
O presente documento constitui o terceiro e último relatório da componente de elaboração de cartas de
zonas inundáveis estuarinas para a Ria de Aveiro. Nos dois relatórios anteriores foi definida a
metodologia para a elaboração dos mapas de inundação costeira e determinadas as condições fronteira
de forçamento para os modelos hidrodinâmicos (Fortunato et al., 2011), e foram realizadas as
simulações de inundação costeira na Ria de Aveiro para vários períodos de retorno (Rodrigues e
Fortunato, 2011).
O presente relatório descreve os critérios adoptados para a elaboração e introdução no sistema de
informação geográfica (SIG) dos mapas de inundação da Ria de Aveiro, os quais constam do CD-ROM
anexo.
1.2. Organização do relatório
Para além da presente introdução, este relatório divide-se em quatro capítulos. Na presente secção
introdutória faz-se o enquadramento do problema e apresentam-se os objectivos do trabalho. A secção 2
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descreve brevemente a metodologia adoptada na presente fase do estudo. Na secção 3 apresentam-se
as alterações realizadas na malha de cálculo no decurso da presente fase do estudo. Seguidamente, na
secção 4 descreve-se a análise dos dados do modelo hidrodinâmico no SIG, detalhando-se a importação
dos resultados e a determinação das zonas edificadas. Por fim, na secção 5 apresentam-se as principais
conclusões do estudo.
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2. Metodologia
A metodologia adoptada na presente fase do estudo teve por objectivo a elaboração das cartas de zonas
inundáveis estuarinas da Ria de Aveiro para os períodos de retorno de 10, 50 e 100 anos e a sua
introdução no sistema de informação geográfica.
Na análise dos mapas de níveis máximos, obtidos na fase anterior do estudo (Rodrigues e Fortunato,
2011), e na sua comparação com a fotografia aérea identificaram-se algumas zonas passíveis de
melhoria em termos da representação do domínio de estudo. Desta forma, procedeu-se à alteração da
malha de cálculo nestas zonas e realizaram-se novas simulações, para as condições apresentadas no
relatório 2. Estas alterações, que são relativamente reduzidas e limitadas no espaço, são descritas na
secção 3.
Os resultados obtidos através das simulações com o modelo hidrodinâmico para os três períodos de
retorno e para os diferentes cenários de nível médio do mar foram, posteriormente, importados para o
sistema da informação geográfica utilizando uma ferramenta de conversão específica (Nahon, 2011).
Seguidamente procedeu-se à determinação da área edificada no domínio de estudo, tendo por objectivo
a identificação das zonas onde a aplicação do modelo não é válida. Considera-se que o modelo não é
válido em zonas urbanas por várias razões: 1) a resolução da malha de cálculo nas zonas inundáveis
(cerca de 50 m) não permite representar edificações e arruamentos; 2) a resolução da topografia, da
ordem de 1:10000-1:30000, é insuficiente para representar a variabilidade espacial em zonas urbanas; e
3) o sistema de esgotos não está incluído nas simulações. A resolução definida para a malha de cálculo
nas zonas inundáveis (fora do leito) foi limitada pelos dados topográficos disponíveis, que têm
espaçamentos entre 100 e 400 m. Assim, um maior refinamento da malha de cálculo não traria
vantagens em termos de representação da topografia pelo modelo. A combinação dos níveis máximos
determinados pelo modelo com a área edificada conduziu à elaboração das cartas de inundação costeira
da Ria de Aveiro.
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3. Descrição das alterações realizadas no domínio de estudo
A comparação dos mapas de níveis máximos obtidos na fase anterior do estudo (Rodrigues e Fortunato,
2011) com a fotografia aérea conduziu a algumas alterações no domínio de estudo. Estas alterações
foram reduzidas e limitadas no espaço e visaram: a) a extensão da zona de jusante do canal de Mira
(Figura 1) e b) a representação do dique do baixo Vouga (Figura 2).
a) b)
Figura 1 – Extensão da malha de cálculo na zona de jusante do canal de Mira: a) malha anterior (Rodrigues e Fortunato,
2011) e b) malha atual.
a) b)
Figura 2 – Representação do dique do baixo Vouga: a) malha anterior (Rodrigues e Fortunato, 2011) e b) malha atual.
As simulações descritas no relatório 2 para a situação actual e para os três cenários de subida do nível
do mar (0.23 m, 0.35 m e 1 m), considerando os períodos de retorno de 10, 50 e 100 anos, foram
reproduzidas para a malha atual. Os resultados dos níveis máximos para esta malha são apresentados
no Anexo 1.
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4. Introdução dos resultados do modelo hidrodinâmico no SIG
4.1. Importação dos mapas de níveis máximos
Os mapas de níveis máximos obtidos a partir das simulações com o modelo hidrodinâmico foram
importados para o sistema de informação geográfica utilizado uma ferramenta específica desenvolvida
por Nahon (2011). Esta ferramenta permite importar para o ArcGIS malhas triangulares previamente
existentes e convertê-las para o formato respectivo, gerando uma TIN (Triangular Irregular Network –
Rede Triangular Irregular). Uma descrição detalhada do funcionamento da ferramenta pode ser
consultada em Nahon (2011).
Desta forma, para cada um dos cenários simulados foi gerado a TIN respectiva, correspondendo a um
total de 12 TINs (Quadro 1). Estes ficheiros encontram-se no CD-ROM anexo ao presente relatório e
listados no Anexo 2.
Quadro 1 – Simulações realizadas para a determinação dos níveis máximos na Ria de Aveiro.
Nome do Ficheiro
Descrição
10act_ra_tin Situação actual; Período de retorno: 10 anos
10futa_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.23 m; Período de retorno: 10 anos
10futb_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.35 m; Período de retorno: 10 anos
10futc_ra_tin Subida do nível médio do mar: 1 m; Período de retorno: 10 anos
50act_ra_tin Situação actual; Período de retorno: 50 anos
50futa_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.23 m; Período de retorno: 50 anos
50futb_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.35 m; Período de retorno: 50 anos
50futc_ra_tin Subida do nível médio do mar: 1 m; Período de retorno: 50 anos
100act_ra_tin Situação actual; Período de retorno: 100 anos
100futa_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.23 m; Período de retorno: 100 anos
100futb_ra_tin Subida do nível médio do mar: 0.35 m; Período de retorno: 100 anos
100futc_ra_tin Subida do nível médio do mar: 1 m; Período de retorno: 100 anos
4.2. Determinação das zonas edificadas
A determinação das zonas edificadas teve por base os objetos da série cartográfica nacional 1:10 000 do
Instituto Geográfico Português (IGP). Foram considerados domínios específicos do catálogo de objectos
do modelo numérico topográfico (MNT) correspondente.
O MNT é constituído pelos elementos mencionados no “Catálogo de Objetos”, com as respetivas
características gráficas e códigos.
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Em cada folha da série cartográfica que abrange a área de estudo da Ria de Aveiro existe um ficheiro
único com toda a informação do MNT devidamente codificada ou multi-codificada de acordo com o
catálogo de objetos, sem duplicação dos elementos gráficos para representação das várias funções de
um objeto e em que a respetiva caracterização gráfica corresponderá à função cartograficamente mais
importante desempenhada por esse objeto.
Por cada domínio do catálogo de objectos, nomeadamente construções, indústria e lazer, existe um
ficheiro gráfico derivado do ficheiro único, em que qualquer objecto topográfico desempenhando função
ou funções no terreno correspondente(s) a esse domínio terá uma e uma só representação gráfica. Para
a análise do edificado no âmbito do estudo de inundação foram considerados os domínios de construção
(domínio 06), indústria (domínio 07) e lazer (domínio 09).
Foi executada uma conversão dos ficheiros CAD (.dgn) correspondentes a 20 folhas da SCN 1:10.000
para ambiente SIG. Todos os elementos cartográficos correspondentes aos domínios citados foram
convertidos para ESRI Shapefiles em que se acautelou a manutenção do sistema de referência
geográfica (SRG). As características do SRG estão representadas no Quadro 2.
Quadro 2 – Características gerais do sistema de referência geográfica das folhas da SCN 1:10k
Sistema de Referência: Datum 73 Datum Altimétrico de Cascais
Elipsoide de Referência: Elipsoide de Hayford
Sistema de Coordenadas: Retangulares com a Projeção de Gauss-Krüger
Origem das Coordenadas: E=180,598 m; N=-86,990 m, do Ponto Central
Equidistância das curvas de nível: 5 m
As folhas da SCN 1:10000 utilizadas na análise do edificado estão referidas no Quadro 3.
De forma a poder calcular a percentagem de estruturas edificadas relativas a construções (domínio MNT
6), indústria (domínio MNT 7) e lazer (domínio MNT 9), todos os correspondentes objetos geográficos
foram convertidos para o modelo matricial com 1 metro de resolução espacial. Obteve-se assim uma
representação matricial de todos estes tipos de edificado. A Figura 3 ilustra a representação da malha de
cálculo em sobreposição aos objetos geográficos extraídos das folhas da SCN 1:10000.
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Quadro 3. Número das folhas da SCN 1:10k
153-3 174-3
162A-4 174-4
163-1 184-2
163-2 184-4
163-3 185-1
163-4 185-3
173-2 195-2
173-4 195-4
174-1 196-1
174-2 196-3
Figura 3 – Representação da malha de cálculo e dos objetos geográficos extraídos da cartografia da SCN 1:10k
A malha de cálculo do modelo matemático foi também convertida para uma representação matricial, na
qual cada triângulo foi identificado univocamente por um identificador numérico. A conversão dos dados
de um modelo vetorial para um modelo matricial justifica-se pela facilidade de cálculo das percentagens
de edificado em cada um dos elementos da malha de cálculo. A Figura 4 apresenta os elementos da
malha e os objetos geográficos extraídos da SCN 1:10k representados matricialmente.
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Figura 4 – Representação da malha de cálculo e objetos geográficos utilizando o modelo matricial
As duas matrizes, uma relativa aos triângulos da malha de cálculo e outra relativa ao tipo de edificado,
foram conjugadas de forma a obter as respetivas áreas de tipo de edificado em cada um dos triângulos
da malha de cálculo. A Figura 5 representa as matrizes dos triângulos da malha de cálculo e a matriz do
tipo de edificado.
Figura 5 – Representação das matrizes da malha de cálculo e tipos de edificado
A função executada permitiu obter a tabela (TabArea.dbf) ilustrada na Figura 6.
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Figura 6 – Tabela das áreas de tipo de edificado em cada um dos triângulos da malha de cálculo
A coluna “Valor” da tabela obtida identifica univocamente cada uma dos triângulos da malha de cálculo, o
que permite associar o respectivo valor de área através de uma associação entre esta tabela e a tabela
de atributos do tema vectorial da malha de cálculo. A Figura 7 mostra a tabela povoada com:
1. Coluna da área de cada elemento da malha de cálculo (“Area_Triangulo”);
2. Coluna da área total de edificado (“AreaTotalEdificado”) em cada triângulo da malha;
3. Coluna da percentagem de edificado por cada triângulo.
Figura 7 – Tabela de cálculo das áreas de edificado e percentagens relativas
A tabela final resultante está representada na Figura 8. Na tabela estão selecionados 2 registos em que
o modelo é considerado inválido devido à percentagem de edificado ser superior a 20%, tendo este valor
sido considerado por comparação com fotografia aérea.
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Figura 8 – Tabela de atributos associada à malha de elementos do modelo
4.3. Mapas de inundação da Ria de Aveiro
Os mapas de inundação da Ria de Aveiro resultam da combinação da informação descrita nas secções
4.1 (TINs referentes aos níveis máximos para cada um dos cenários simulados) e 4.2 (zonas edificadas
no domínio de estudo). Conforme referido considera-se que o modelo não é válido em zonas urbanas
pelas razões descritas anteriormente (secção 2). Desta forma, após a determinação da percentagem de
área ocupada por edificações em cada elemento da malha de cálculo, procedeu-se à identificação dos
elementos com área edificada nula e dos elementos isolados com área edificada não nula, para os quais
se considera que o modelo é válido. Adicionalmente, por comparação das zonas edificadas com a
fotografia aérea considerou-se também que o modelo é válido nas zonas com percentagem de
edificação inferior ou igual a 20%. Assim, em todos os elementos não isolados cuja percentagem
edificada é superior a 20% considera-se que o modelo não é válido. Esta informação consta da tabela de
atributos do shapefile MalhaTotalRia_Stats_Edificado.shp, constando também do CD-ROM anexo e
estando listada no Anexo 2. As figuras seguintes exemplificam a combinação da informação de zonas
inundáveis para a situação actual com as áreas onde se considera que o modelo não é válido.
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a) b)
Figura 9 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 10 anos (verde) e zonas onde o modelo
não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal de S. Jacinto.
a) b)
Figura 10 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 50 anos (amarelo escuro) e zonas
onde o modelo não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal de S. Jacinto.
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a) b)
Figura 11 – TIN das zonas inundáveis para a situação actual e período de retorno de 100 anos (laranja escuro) e zonas
onde o modelo não é válido (triângulos azuis): a) Ria de Aveiro e b) pormenor no canal de S. Jacinto.
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5. Conclusões
O presente relatório descreve a elaboração e introdução no SIG dos mapas de inundação estuarina da
Ria de Aveiro, os quais resultam da combinação dos resultados dos níveis máximos determinados com o
modelo hidrodinâmico com a definição das zonas edificadas no domínio de estudo. Os mapas de
inundação foram elaborados para três períodos de retorno (10, 50 e 100 anos), considerando a situação
actual e três cenários futuros de subida do nível médio do mar (0.23 m, 0.35 m e 1 m).
No decorrer da presente fase do estudo procedeu-se a algumas melhorias na representação do domínio
de estudo, tendo-se realizado novas simulações com o modelo hidrodinâmico para a determinação dos
níveis máximos, as quais correspondem aos resultados introduzidos no SIG. A introdução dos resultados
no SIG foi realizada utilizando uma ferramenta de conversão específica tendo sido originados 12 TINs,
correspondentes a cada um dos cenários considerados.
A determinação da área edificada no domínio de estudo visou identificar as zonas onde a aplicação do
modelo não é válida, devido quer à resolução insuficiente da topografia e consequentemente da malha
de cálculo nestas zonas, quer aos fenómenos simulados, nomeadamente o escoamento no sistema de
saneamento, que não é representado pelo modelo. Esta determinação foi realizada tendo por base a
cartografia 1:10000 do IGP e considerando os temas relativos aos domínios construções (domínio MNT
6), indústria (domínio MNT 7) e lazer (domínio MNT 9). Por comparação com fotografia aérea
considerou-se que o modelo não é válido em zonas com percentagem de edificação superior a 20%,
tendo-se, no entanto, excluído destas áreas os elementos que se apresentavam isolados.
Saliente-se, por fim, que os mapas de inundação elaborados no presente estudo estão condicionados à
resolução da informação topográfica disponível e utilizada para a elaboração do mesmo, a qual
apresenta espaçamentos entre os 100 e 400 m.
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Referências
Fortunato, A.B., M. Rodrigues e F. Brito (2011). Inundação na Ria de Aveiro e no Estuário do Mondego. Relatório 1: determinação dos níveis extremos na embocadura da Ria de Aveiro, Rel. 119/11 - NEC, Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Nahon, A. (2011). Working with triangular unstructured meshes with ArcGIS 10, SIGAIA – Project Report, 22 pp.
Rodrigues, M. e A.B. Fortunato. (2011). Inundação na Ria de Aveiro e no Estuário do Mondego, Relatório 2: Modelação da inundação na Ria de Aveiro, Rel. 325/2011 – NEC, Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
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INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
ANEXO 1: Resultados – níveis máximos
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A.1 Resultados – níveis máximos
A.1.1 Situação atual
As figuras seguintes apresentam os níveis máximos na Ria de Aveiro para a situação atual,
considerando os três períodos de retorno (10, 50 e 100 anos) e as condições de simulação sem vento
(Figura 3 a Figura 5).
Figura 12 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 10 anos; sem vento.
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Figura 13 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 50 anos; sem vento.
Figura 14 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação actual (ZH): período de retorno de 100 anos; sem vento.
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A.1.2 Situação futura
Nas figuras seguintes (Figura 15Figura 6 a Figura 14) apresentam-se os níveis máximos na Ria de
Aveiro para as situações futuras de cenários de subida do nível médio do mar (NMM). Os resultados são
apresentados para os três períodos de retorno (10, 50 e 100 anos) e para os cenários de subida do nível
médio do mar de 0.23 m, 0.35 m e 1 m.
Figura 15 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos; subida NMM = 0.23 m.
22 Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
Figura 16 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos; subida NMM = 0.35 m.
Figura 17 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 10 anos; subida NMM= 1 m.
Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
23
Figura 18 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos; subida NMM= 0.23 m.
Figura 19 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos; subida NMM = 0.35 m.
24 Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
Figura 20 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 50 anos; subida NMM = 1 m.
Figura 21 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos; subida NMM = 0.23 m.
Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
25
Figura 22 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos; subida NMM = 0.35 m.
Figura 23 – Níveis máximos na Ria de Aveiro – situação futura (ZH): período de retorno de 100 anos; subida NMM = 1 m.
26 Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
27
INUNDAÇÃO NA RIA DE AVEIRO E NO ESTUÁRIO DO MONDEGO
Relatório 3: mapas de inundação da Ria de Aveiro
ANEXO 2: Listagem dos ficheiros em CD-ROM anexo ao presente relatório
Proc: 0604/541/5758
Proc: 0602/001/18095
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A.2 Listagem dos ficheiros constantes no CD-ROM
Os ficheiros constantes no CD-ROM anexo ao presente relatório são:
> TIN
• 10act_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para a situação actual e período de retorno de
10 anos)
• 10futa_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.23 m e período de retorno de 10 anos)
• 10futb_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.35 m e período de retorno de 10 anos)
• 10futc_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 1 m e período de retorno de 10 anos)
• 50act_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para a situação actual e período de retorno de
50 anos)
• 50futa_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.23 m e período de retorno de 50 anos)
• 50futb_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.35 m e período de retorno de 50 anos)
• 50futc_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 1 m e período de retorno de 50 anos)
• 100act_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para a situação actual e período de retorno de
100 anos)
• 100futa_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.23 m e período de retorno de 100 anos)
• 100futb_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 0.35 m e período de retorno de 100 anos)
• 100futc_ra_tin (níveis máximos na Ria de Aveiro para um cenário de subida do nível médio do
mar de 1 m e período de retorno de 100 anos)
> Malha vectorial (ESRI Shapefile)
• MalhaTotalRia_Stats_Edificado.shp (em que na tabela de atributos constam as estatísticas das
áreas do edificado relativo a construções, lazer e indústria, percentagens de ocupação por
cada elemento da malha, identificação de ocupação edificada superior ou igual a 20% e
validade do modelo)
Divisão de Divulgação Científica e Técnica - LNEC