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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS A BRIL 2013 B OLETIM 6 J ANELA A BERTA P RÉMIO DE POESIA C ATARINA P EREIRA H ERDEIRO 7.ª edição blemas. Nada é menos verda- deiro. O poeta enten- de e dá voz, primeiro que todos, ao sofri- mento, às dificulda- Em épocas domina- das pelo materialismo, tende-se a desvalori- zar o trabalho poéti- co. Dos poetas, diz-se que são pessoas infelizes, que vivem fora da realidade, alienadas dos verdadeiros pro- flete uma época, um espaço, uma socieda- de, passa mensagens, desperta sentidos, dá voz ao silêncio. O poeta apreende a realidade e expres- sa-a através da pa- lavra, trabalhada até à exaustão, numa aliança de forma e conteúdo que nos apela, que nos impe- le, que é farol …. No passado, em épo- cas diferentes, mas também de crise, Ca- mões com Os Lusía- das e Fernando Pes- soa com a Mensagem revelam-nos uma es- crita que, partindo da História passada do país, puxa pela alma lusitana, pelo orgulho adormecido do povo. O poeta diz da Vida e do Homem, de uma forma bela e pluris- significativa, por vezes com sentidos ocultos, outras vezes com mensagens que nos acompanham, que nos unem em torno de um ideal, que fazemos nossas. No trabalho poético, NESTA EDIÇÃO: NESTA EDIÇÃO: PRÉMIO DE POESIA 1/2 O 25 DE ABRIL DE 1974 3 CRONOLOGIA DE UMA REVOLUÇÃO 4/5/6 O 25 DE ABRIL 7 REVOLUÇÕES 8 FILMES COM HISTÓRIA 9 O DIA DAS MENTIRAS 10/11 OS ANIMAIS AQUÁTICOS 12 A MENINA DO MAR 13 COMO TOMAR NOTAS 14/15 OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA 15 O MUNDO EM QUE VIVI 16/17 CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 17 CONTADOR DE HISTÓRIAS 17 SEMANA EM MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO 18 OFICINA DO HOLOCAUSTO 9.º ANO 19/20 OFICINA DO HOLOCAUSTO 8.º ANO 21 CONFERÊNCIA DR. RICARDO PRESUMIDO 22 O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS 22 FAZ DE CONTA 22 SEMANA DA POESIA 23 QUEM ME DERA... 23 PONTO DE POESIAO 24 SESSÃO DE POESIA 24 A FADA ORIANA 25 O MEDO É... 25 O BICHINHO DA SEDA 26 PESQUISA SOBRE OS COELHOS 27 TEATRO DO CUQUEDO 27 VISITA DE ESTUDO À GULBENKIAN 27 PATRONO D. P EDRO V 28 EQUIPA TÉCNICA: EQUIPA TÉCNICA: Coordenação do projeto: Equipa da BECRE da ESDPV Revisão de artigos: Equipa da BECRE da ESDPV Conceção e montagem gráfica: Equipa da BECRE da ESDPV Palavras de abertura da coordenadora da Escola Básica Prof. Del- fim Santos, na cerimó- nia de entrega dos pré- mios, no dia 23 de abril de 2013. des, às injustiças. Dá voz àqueles que a não têm, deixando para a posteridade esse grito aflito, cala- do, que pode dizer tanto… A poesia, como qual- quer outra forma de expressão de arte, re- Alex Wijnen

Janela Aberta nº6

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Boletim do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras

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Page 1: Janela Aberta nº6

AG

RU

PA

MEN

TO

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NJEIR

AS

A B R I L 2 0 1 3

BOLETIM 6

JANELA ABERTA

P R É M I O D E P O E S I A C A T A R I N A P E R E I R A H E R D E I R O 7.ª edição

blemas.

Nada é menos verda-

deiro. O poeta enten-

de e dá voz, primeiro

que todos, ao sofri-

mento, às dificulda-

Em épocas domina-

das pelo materialismo,

tende-se a desvalori-

zar o trabalho poéti-

co.

Dos poetas, diz-se que

são pessoas infelizes,

que vivem fora da

realidade, alienadas

dos verdadeiros pro-

flete uma época, um

espaço, uma socieda-

de, passa mensagens,

desperta sentidos, dá

voz ao silêncio.

O poeta apreende a

realidade e expres-

sa-a através da pa-

lavra, trabalhada

até à exaustão, numa

aliança de forma e

conteúdo que nos

apela, que nos impe-

le, que é farol ….

No passado, em épo-

cas diferentes, mas

também de crise, Ca-

mões com Os Lusía-

das e Fernando Pes-

soa com a Mensagem

revelam-nos uma es-

crita que, partindo da

História passada do

país, puxa pela alma

lusitana, pelo orgulho

adormecido do povo.

O poeta diz da Vida e

do Homem, de uma

forma bela e pluris-

significativa, por vezes

com sentidos ocultos,

outras vezes com

mensagens que nos

acompanham, que

nos unem em torno de

um ideal, que fazemos

nossas.

No trabalho poético,

N E S T A E D I Ç Ã O :N E S T A E D I Ç Ã O :

PRÉMIO DE POESIA 1/2

O 25 DE ABRIL DE 1974 3

CRONOLOGIA DE UMA

REVOLUÇÃO 4/5/6

O 25 DE ABRIL 7

REVOLUÇÕES 8

FILMES COM HISTÓRIA 9

O DIA DAS MENTIRAS 10/11

OS ANIMAIS AQUÁTICOS 12

A MENINA DO MAR 13

COMO TOMAR NOTAS 14/15

OLIMPÍADAS DA

LÍNGUA PORTUGUESA 15

O MUNDO EM QUE VIVI 16/17

CONCURSO NACIONAL

DE LEITURA 17

CONTADOR DE HISTÓRIAS 17

SEMANA EM MEMÓRIA

DO HOLOCAUSTO 18

OFICINA DO HOLOCAUSTO

9.º ANO 19/20

OFICINA DO HOLOCAUSTO

8.º ANO 21

CONFERÊNCIA DR.

RICARDO PRESUMIDO 22

O RAPAZ DO PIJAMA

ÀS RISCAS 22

FAZ DE CONTA 22

SEMANA DA POESIA 23

QUEM ME DERA... 23

PONTO DE POESIAO 24

SESSÃO DE POESIA 24

A FADA ORIANA 25

O MEDO É... 25

O BICHINHO DA SEDA 26

PESQUISA SOBRE OS

COELHOS 27

TEATRO DO CUQUEDO 27

VISITA DE ESTUDO À

GULBENKIAN 27

PATRONO D. PEDRO V 28

EQ UI P A T É C NI C A:EQ UI P A T É C NI C A:

Coordenação do projeto:

Equipa da BECRE da ESDPV

Revisão de artigos:

Equipa da BECRE da ESDPV

Conceção e montagem

gráfica:

Equipa da BECRE da ESDPV

Palavras de abertura

da coordenadora da

Escola Básica Prof. Del-

fim Santos, na cerimó-

nia de entrega dos pré-

mios, no dia 23 de abril

de 2013.

des, às injustiças. Dá

voz àqueles que a

não têm, deixando

para a posteridade

esse grito aflito, cala-

do, que pode dizer

tanto…

A poesia, como qual-

quer outra forma de

expressão de arte, re-

Alex Wijnen

Page 2: Janela Aberta nº6

P R É M I O D E P O E S I A C A T A R I N A P E R E I R A H E R D E I R O (cont.)

o talento que já se

vislumbra, mas que

precisa de ser incen-

tivado, desenvolvido

e trabalhado.

Ficaremos felizes se

alguns destes nomes

premiados, um que

seja, chegarem à

idade adulta deste

género literário. Terá

valido a pena, em

nome da poesia.

Saúdo a professora

Bernardette Pereira,

Instituidora do Pré-

mio, que escolheu

esta forma de pro-

longar a memória

da sua filha, Catari-

na Pereira Herdeiro,

dando voz e expres-

são ao seu gosto pe-

la palavra e pela

poesia. Faço uma

vénia à sua genero-

sidade e dedicação.

Saúdo a professora

Rosete Lino, Comis-

sária do Prémio, que

a apoia e trabalha

neste projeto.

a matéria-prima é a

palavra, em todo o

seu sentido, e a mu-

sicalidade. E nada

nos é mais familiar

do que a palavra. A

palavra faz parte do

quotidiano do Ho-

mem, permite-lhe

expressar-se, cumprir

as suas necessida-

des comunicativas.

Todos têm acesso

ao verbo, à palavra,

mas nem todos têm

o talento para fazer

dela expressão de

arte maior. Transfor-

mar a palavra em

arte requer talento e

trabalho. A palavra

criteriosamente es-

colhida para ser es-

crita é poderosa e

permanece no tem-

po.

Este prémio pode e

deve servir para fo-

mentar o gosto pela

palavra e pelo seu

poder, para desen-

volver nestes alunos

J A N E L A A B E R TA

Página 2

Ambas escrevem

poesia; a Rosete tem

obra publicada, mas

as duas são, acima

de tudo, mulheres

cultas que dão um

exemplo de inter-

venção e de cida-

dania, em prol da

educação pela arte

da palavra.

Saúdo todos os que

cultivam o gosto pe-

la poesia.

Saúdo aqueles que

elegeram a poesia

como forma de co-

municar o visível e o

invisível e que procu-

ram continuamente

o seu espaço nesta

forma de arte. Não

desistam nunca! A

História diz-nos que a

recompensa chega

quase sempre tarde,

mas vale a pena.

Para terminar, faço

minhas as palavras

do poeta Fernando

Pessoa:

«Valeu a pena? Tu-

do vale a pena

Se a alma não é

pequena.

Quem quer passar

além do Bojador

Tem que passar

além da dor.

Deus ao mar o peri-

go e o abismo deu

Mas nele é que es-

pelhou o céu.»

Maria Isabel Policarpo

Jacqueline Hudon Verrelli

P R É M I O D E P O E S I A C A T A R I N A P E R E I R A H E R D E I R O

Dr.ª Isabel Vicente, e

pela Coordenadora

da EB 2.3 Professor

Delfim Santos, Dr.ª Isa-

bel Policarpo.

Prémio ex aequo

Catarina Ferreira dos

Reis - 5.º Ano EB 2,3 Pro-

fessor Delfim Santos

Beatriz B. Marques Pe-

reira - 8.ºAno EB 2,3 Pro-

fessor Delfim Santos

Bianca Burlacchini P.

de Barros – 9.º Ano EB

2,3 Professor Delfim

Santos

Menção honrosa

Daniela Viriato Sequei-

ra – 6.º Ano EB 2,3 Pe-

dro de Santarém

Alexandre Ribeiro da

Eira – 8.º Ano Externato

da Luz

A equipa da BE Delfim Santos

No dia 23 de abril, pe-

las 15:30h, decorreu a

7.ª edição – 2013 do

Prémio de Poesia Ca-

tarina Pereira Herdei-

ro. Concorreram vinte

alunos do 5.º ao 9.º

anos, de seis escolas

da mesma área geo-

gráfica da nossa Es-

cola. A cerimónia da

entrega do prémio

foi presidida pela Vi-

ce-presidente da CAP, Fernando Vicente

Page 3: Janela Aberta nº6

O 2 5 D E A B R I L D E 1 9 7 4

Antes do 25 de Abril

não havia liberdade. As

pessoas não podiam

falar mal do governo.

Os polícias da PIDE

(Polícia de Interven-

ção e Defesa do Esta-

do) espiavam as pes-

soas e ouviam nos

cafés, nas ruas, etc..

Os polícias da PIDE

iam às casas das

pessoas prendê-las.

Nas prisões, os polí-

cias da PIDE tortura-

vam as pessoas, que

não podiam dormir

durante 3 ou 4 dias.

Os polícias obriga-

vam as pessoas a di-

zerem quem falava

mal do governo e se

as pessoas não diziam

eram torturadas. Al-

gumas não aguenta-

vam o sofrimento e

morriam. Se as crian-

ças falassem mal do

governo, os pais po-

diam ser interroga-

dos e presos.

As crianças e os jo-

vens iam para a mo-

cidade portuguesa,

uma feminina e ou-

tra masculina, para

os educarem para o

regime.

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 3

A censura era uma

comissão que tinha

de ver tudo o que

era publicado. O

que não era conve-

niente, por não ser

de acordo com o

governo, eles risca-

vam e proibiam a

publicação.

Em 1961, começou

uma guerra em Áfri-

ca chamada guerra

colonial, onde os jo-

vens de mais de 20

anos do sexo mascu-

lino tinham de ir.

Muitos foram, mas

outros, que não

queriam ir, fugiam

para outros países e

não podiam voltar.

Alguns voltaram de-

pois do 25 de Abril

de 1974.

Dos jovens que fo-

ram para África, mui-

tos morreram lá e

outros sobreviveram,

mas mataram pes-

soas do próprio

país. Depois do 25

de Abril, as colónias

tornaram-se países

independentes: An-

gola, Cabo Verde,

São Tomé e Príncipe,

Guiné–Bissau e Mo-

çambique.

Como todos come-

çaram a ficar muito

descontentes, um

grupo de militares

organizou, às escon-

didas, uma revolu-

ção contra a ditadu-

ra. Demorou muito

tempo porque tudo

tinha de ser muito

bem preparado.

Na noite de 24 para

25 de abril, os milita-

res ocuparam as es-

tações de rádio e de

televisão, como ti-

nham combinado. A

música “E depois do

adeus”, que era a

música que tinha ga-

nhado o festival da

canção desse ano,

serviu para dar um

sinal para os outros

militares avançarem.

Quando ocuparam

os principais pontos,

os militares que esta-

vam a ocupar uma

das estações, inseriu

a segunda senha,

que era a música

“Grândola Vila More-

na”, uma das músi-

cas proibidas.

A seguir, prenderam

os elementos da PIDE

e libertaram os pre-

sos políticos. Os jo-

vens, que estavam

exilados, voltaram.

Os portugueses es-

tavam tão conten-

tes que nem conse-

guiam controlar a

sua alegria. Uma

florista começou a

distribuir cravos pe-

los militares e estes

enfiaram os cravos

na ponta das espin-

gardas.

Assim acabou a di-

tadura e começou

uma nova liberdade

em democracia.

Carolina Costa, Diana do

Carmo, Mário Lucas Ndingati -

4ºB da EB1/JI Frei Luís de Sousa

2 5 D E A B R I L D E 1 9 7 4

ninguém podia dizer

nada sobre a repú-

blica, senão era pre-

so, porque antiga-

mente não havia li-

berdade.

O Movimento das

Forças Armadas,

composto por milita-

res que tinham parti-

cipado na guerra

colonial, fez uma re-

volução.

Depois, como as

pessoas ficaram

contentes, começa-

ram a atirar cravos

e os militares puse-

ram os cravos que

as pessoas manda-

ram nos canos das

espingardas.

João Iria e João Pereira – 3º B

da EB1/JI Frei Luís de Sousa Antes do 25 de Abril

Page 4: Janela Aberta nº6

C R O N O L O G I A D E U M A R E V O L U Ç Ã O

tema “Grândola Vila

Morena”, de Zeca

Afonso. Por esta ho-

ra, o movimento re-

volucionário do MFA

já está em marcha!

0h30min

Os militares do MFA

ocupam a Escola

Prática de Adminis-

tração Militar.

1h00min

É tomada a Escola

Prática de Cavalaria

de Santarém, ao

mesmo tempo que se

inicia a movimenta-

ção de tropas em

Estremoz, Figueira da

Foz, Lamego, Lisboa,

Mafra, Tomar, Ven-

das Novas, Viseu, e

outros pontos do país.

3h00min

Entre as 03h15min e

24 DE ABRIL

Um grupo de milita-

res comandados por

Otelo Saraiva de

Carvalho instalou

secretamente o pos-

to de comando do

movimento golpista

no quartel da Ponti-

nha, em Lisboa. En-

tre eles estavam

também o coman-

dante Vítor Crespo,

o major Sanches

Osório, o major Gar-

cia dos Santos e o

major Hugo dos San-

tos.

22h55min

É transmitida a can-

ção ”E depois do

Adeus”, de Paulo de

Carvalho, na rádio.

Esta foi a primeira

das senhas previa-

mente combinadas

pelos golpistas para

sincronizar as opera-

ções. Assim, as ope-

rações iniciam-se

com o assalto ao

Rádio Clube Portu-

guês, na Rua Sam-

paio e Pina, pelo 10.º

Grupo de Coman-

dos, para que esta

estação fosse o pos-

to de comando do

Movimento das For-

ças Armadas.

25 DE ABRIL

0h20min

É hora da segunda

senha. A Rádio Re-

nascença passa o

J A N E L A A B E R TA

Página 4

as 03h25min come-

çam a chegar as

mensagens de êxito

das operações ao

posto de comando,

instalado no Regi-

mento de Engenha-

ria 1, na Pontinha. O

major Otelo Saraiva

de Carvalho encar-

regado da coorde-

nação das opera-

ções, recebe as

mensagens de que

Mónaco (nome de

código para a RTP),

México (nome de

código para o Rádio

Clube Português) e

Tóquio (nome de

código para a Emis-

sora Nacional) já fo-

ram tomados. Os

objetivos prioritários

tinham sido alcan-

çados, pois os ca-

nais de informação

estavam controla-

dos pelas forças re-

volucionárias.

No Norte, uma força

do CICA 1, liderada

pelo Tenente-Coronel

Carlos Azeredo, to-

ma o Quartel Gene-

ral da Região Militar

do Porto. Mais tar-

de, estas forças são

reforçadas por ou-

tras vindas de La-

mego. Forças do

BC9 de Viana do

Castelo tomam o

Aeroporto de Pe-

dras Rubras.

4h15min

O regime reagiu,

com o ministro da

Defesa a ordenar às

forças sediadas em

Braga para avan-

çarem sobre o Por-

to, com o objetivo

de recuperar o

Quarte l -General ,

mas estas forças

tinham aderido ao

MFA e ignoraram as

ordens.

4h20min

As forças da Escola

Prática de Infanta-

ria de Mafra contro-

lam o aeroporto de

Lisboa que é encer-

rado. O tráfego aé-

reo é desviado para

Madrid e Las Pal-

mas.

4h26min

Leitura do primeiro

comunicado do

Page 5: Janela Aberta nº6

C R O N O L O G I A D E U M A R E V O L U Ç Ã O (cont.)

MFA, pela voz do

jornalista Joaquim

Furtado, aos micro-

fones do Rádio Clu-

be Português:

“Aqui posto de co-

mando do Movimen-

to das Forças Arma-

das.

As Forças Armadas

portuguesas apelam

a todos os habitan-

tes da cidade de

Lisboa no sentido de

se recolherem a suas

casas, nas quais se

devem conservar

com a máxima cal-

ma. Esperamos sin-

ceramente que a

gravidade da hora

que vivemos não

seja tristemente assi-

nalada por qualquer

acidente pessoal,

para o que apelamos

para o bom senso

dos comandos das

forças militarizadas,

no sentido de serem

evitados quaisquer

confrontos com as

Forças Armadas. Tal

confronto, além de

desnecessário, só

poderá conduzir a

sérios prejuízos indivi-

duais que enlutariam

e criariam divisões

entre os portugue-

ses, o que há que

evitar a todo o cus-

to. Não obstante a

expressa preocupa-

ção de não fazer

correr a mínima gota

de sangue de qual-

quer português,

apelamos para o

espírito cívico e pro-

fissional da classe

médica, esperando

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 5

a sua acorrência

aos hospitais, a fim

de prestar a sua

eventual colabora-

ção, que se deseja,

sinceramente, des-

necessária.”

Após a leitura do co-

municado, foi toca-

da A Portuguesa,

prosseguindo a emis-

são com a passa-

gem de marchas

militares, entre as

quais a marcha "A

Life on the Ocean

Waves" de Henry

Russell (1812-1900),

que haveria de se

tornar o hino do

MFA.

Seguiram-se outros

comunicados ape-

lando, não só à cal-

ma e ao recolher da

população às suas

casas, para que se

evitassem confrontos

com as Forças Ar-

madas, como tam-

bém apelos às for-

ças militarizadas e

policiais, que não

estavam envolvidas

no golpe, a recolhe-

rem aos seus quar-

téis e aí aguardarem

as ordens do MFA.

05h00min

Silva Pais, diretor-geral

da PIDE/DGS telefo-

na a Marcello Cae-

tano a informá-lo de

que a revolução es-

tá na rua. Para sal-

vaguardar a segu-

rança do chefe de

Governo, é decidida

a sua ida para o

quartel do Carmo.

06h00min

A coluna militar que

partira de Santarém

sob a liderança de

Salgueiro Maia che-

ga ao Terreiro do

Paço. O posto de

comando é estabe-

lecido no centro da

praça com uma

chaimite e uma au-

tometralhadora EBR.

Salgueiro Maia co-

munica a Otelo Sa-

raiva de Carvalho o

sucesso na ocupa-

ção de Toledo

(Terreiro do Paço) e

no controlo de Bru-

xelas (Banco de Por-

tugal) e Viena

(Rádio Marconi).

A fragata “Almirante

Gago Coutinho”,

que na altura partici-

pava num exercício

militar da NATO, re-

cebe ordens para

abandonar as ma-

nobras no Atlântico

e entrar no Tejo,

com o objetivo de

abrir fogo contra as

forças revolucioná-

rias estacionadas

no Terreiro do Paço.

Sob a ameaça de

tal poder de fogo,

Otelo ordena a Sal-

gueiro Maia que

proteja os militares

e os tanques debai-

xo das arcadas da

Praça do Comércio.

12h00min

Depois de vencida

a ameaça da “Gago

Coutinho”, Salguei-

ro Maia vê-se a

braços com um no-

vo ataque das for-

ças do regime. Cin-

co carros de com-

bate M/47 de Ca-

valaria 7, atiradores

do Regimento de

Infantaria 1 da

Amadora e alguns

soldados da PM de

Lanceiros 2 são as

novas forças envia-

das pelo Governo.

A coluna é coman-

Page 6: Janela Aberta nº6

C R O N O L O G I A D E U M A R E V O L U Ç Ã O (cont.)

dada por um briga-

deiro que recusa

o diálogo com Sal-

gueiro Maia e man-

da abrir fogo. Nin-

guém lhe obedece

e a coluna acaba

por se juntar a Sal-

gueiro Maia.

12h30min

A Baixa de Lisboa

está repleta de po-

pulares que encora-

jam os soldados e

lhes colocam cravos

nos canos das G-3.

O Quartel da GNR

do Largo do Carmo

é cercado pelas for-

ças de Salgueiro

Maia, onde se en-

contra o presidente

do Conselho, Mar-

cello Caetano. Este

Largo foi pequeno

para tantos popula-

res, que se amontoa-

vam, procurando

posições com cam-

po de visão, como

árvores e telhados

das casas circun-

dantes.

16h00min

Forças do CIOE con-

trolam as instalações

da RTP do Monte da

Virgem e do RCP, no

Porto.

16h30min

Após negociações,

Marcello Caetano

decide render-se,

mas apenas a um

oficial de alta paten-

te. Deste modo, pre-

tendia evitar que o

“poder caísse na

rua”.

17h45min

Chega ao quartel o

general António de

Spínola, para rece-

ber a rendição de

Marcello Caetano.

18h45min

É redigido o Decre-

to-Lei 171/74, que

"entra imediatamen-

te em vigor", visando

a extinção da Direc-

ção-Geral de Segu-

rança, da Legião

Portuguesa e da Mo-

cidade Portuguesa.

19h30min

Marcello Caetano e

os ministros que com

ele estavam no

quartel do Carmo

são transportados,

numa Chaimite, pa-

ra o posto de co-

mando do MFA, na

Pontinha.

Mesmo depois da

rendição de Marcello

Caetano, e a conse-

quente vitória da

revolução, na sede

da PIDE/DGS, na

Rua António Maria

Cardoso, os agentes

do regime dispara-

vam das janelas,

facto que resultou

em cinco mortes —

as únicas de toda a

revolução!

À noite, os portu-

ra do capitão Sal-

gueiro Maia, cujo

papel foi entregue

ao ator italiano

Stefano Accorsi. A

história do filme cen-

tra-se nos aconteci-

mentos ocorridos na

noite do dia 24 e

manhã do dia 25 de

abril.

A revolução não foi

só isto. No entanto,

é um filme correto,

com uma reconsti-

tuição de época

pertinente, onde o

espectador tem

acesso ao processo

do fim da ditadura e

ao início de uma

nova fase da Histó-

ria de Portugal, que

nos conduzirá a um

regime democráti-

co.

Mais um filme com

História …

Equipa da BECRE da ESDPV

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 6

gueses assistem pe-

la televisão às de-

clarações da Junta

de Salvação Nacio-

nal, composta pelo

general Spínola, Ro-

sa Coutinho, Pinhei-

ro de Azevedo, Cos-

ta Gomes, Jaime

Silvério Marques,

Galvão de Melo e

Diogo Neto, que são

o rosto da nova era,

que se iniciava no

dia 25 de Abril de

1974, para Portugal.

Recomendamos a

visualização do fil-

me da realizadora e

atriz Maria de Me-

deiros, Capitães de

Abril, uma obra que

abordou a temática

da Revolução de 25

de Abril de 1974,

conciliando a reali-

dade histórica com

personagens fictí-

cias. O filme é uma

glorificação da figu-

Page 7: Janela Aberta nº6

O 2 5 D E A B R I L

No dia 25 de Abril de

1974, os militares

d e r r u b a r a m a

d i ta d u r a , p a r a

P o r t u g a l t e r

liberdade.

Antes do 25 de Abril,

as pessoas eram

proibidas de fazer

reuniões, de organizar

manifestações e de

dizer tudo o que

pensavam.

A PIDE (Polícia

Internacional de

Defesa do Estado),

que prendia todas as

pessoas que falavam

mal do governo,

controlava todas as

conversas e os

telefonemas; por

isso, dizia–se que a

PIDE tinha um ouvido

em todo o sítio. Eles

estavam disfarçados

20 anos do sexo mas-

culino obrigados a ir

para África. Alguns

fugiram da guerra

para outros países e

nunca mais volta-

ram, e muitos volta-

ram depois do 25 de

Abril de 1974.

As colónias torna-

ram-se países inde-

pendentes depois

do 25 de Abril: Ango-

la, Cabo Verde, Gui-

né-Bissau, Moçambi-

que e São Tomé e

Príncipe.

Linete Neganga e Rodrigo

Almeida – 4ºC da EB1/JI Frei Luís

de Sousa

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 7

e espiavam as

pessoas.

Desde 1961 até 1974,

houve uma guerra a

que deram o nome

de guerra colonial,

sendo os maiores de

Diogo Trindade, João Pedrosa e Pedro Soares - 4ºA da EB1/JI Frei Luís de Sousa

.

O 2 5 D E A B R I L

Page 8: Janela Aberta nº6

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 8

R E V O L U Ç Õ E S Divulgação Científica

Nivose – Janeiro Ventose – Março Isabel Ferreira de Almeida,

docente da ESDPV

Thomas Jefferson 1743-1826

Declaração da Independência dos EUA, 1776

Consideramos estas verdades como autoevidentes: que todos os

homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos

direitos inalienáveis, que entre estes estão vida, liberdade e busca

da felicidade.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, França, 1789

Revolução Francesa 1789

Constituição dos EUA, XIII Emenda, 1865

Abraham Lincoln 1809-1865

Constituição Portuguesa, 1976

Eça de Queirós 1845-1900

25 de Abril 1974

Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As desti-

nações sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação

dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a

liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na

nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autorida-

de que dela não emane expressamente.

Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua

jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como

punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente con-

denado.

Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda.

Nestas Democracias industriais e materialistas, furiosamente empe-

nhadas na luta pelo pão egoísta, as almas cada dia se tornam

mais secas e menos capazes de piedade.

Artigo 2.º

Estado de direito democrático

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, ba-

seado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organi-

zação política democráticas, no respeito e na garantia de efetiva-

ção dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e inter-

dependência de poderes, visando a realização da democracia

económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia

participativa.

Page 9: Janela Aberta nº6

F I L M E S C O M H I S T Ó R I A O Concerto

Le Concert, em por-

tuguês O Concerto,

é um filme francês

realizado por Radu

Mihai leanu, em

2009, protagonizado

pelo ator russo

Aleksei Guskov e

pela atriz francesa

Mélanie Laurent.

Andrey Simonovich

Filipov (Guskov), um

maestro russo arrui-

nado pelo Partido

Comunista por em-

pregar músicos ju-

deus, trabalha ago-

ra como emprega-

do de limpeza no

teatro Bolshoi, em

Moscovo, mas vive

obcecado com o

seu último concerto,

interrompido pelo

KGB. Trinta anos de-

pois do ocorrido,

com a URSS já des-

membrada, surge-lhe

uma oportunidade

de voltar a realizar o

mesmo concerto e

deixar, assim, para

trás os fantasmas do

passado. A orques-

tra do Bolshoi é con-

vidada para atuar

em Paris, no teatro

Châtelet, e Filipov

decide reunir os

seus antigos músicos

e apresentar a sua

orquestra como sen-

do a daquele tea-

tro.

A música que escolhe

é de Tchaikovsky,

mais especifica-

mente, o Concerto

n.º 35 para Violino e

Orquestra: era esta

a obra que Filipov

dirigia nesse seu últi-

mo concerto, antes

da desgraça. Como

solista, exige a violi-

nista Anne-Marie

Jacquet (Mélanie

Laurent) que, apa-

rentemente, está

também ligada ao

passado do maes-

tro.

O que se segue é

uma história cómi-

ca, comovente e

simplesmente irresis-

tível, na qual segui-

mos Filipov na sua

busca pelos seus

antigos colegas e

na preparação do

que ele deseja ser o

grande concerto da

sua vida. Ao mesmo

tempo, o filme dá-nos

um retrato da Rús-

sia, ou melhor, dos

russos, saídos do co-

munismo.

Cada um encara a

mudança de ma-

neira diferente: há

aqueles que, anti-

gos membros do

Partido Comunista,

acreditam ainda

que podem reviver

a Revolução e vi-

vem ainda apega-

dos aos símbolos do

partido; há também

os novos ricos, que

não sabem o que

fazer com tanto di-

nheiro; e há ainda

os que aproveitam

a viagem para pro-

curar trabalho, ou

fazer negócios em

Paris. Todos revelam

uma capacidade

de adaptação ex-

traordinária face à

liberdade alcança-

da e às tragédias

do passado. Mas o

filme nunca se torna

pesado, graças ao

humor e à frescura

utilizados pelo reali-

zador.

A música está sem-

pre presente. É ela

que une toda a or-

questra, é ela que

desperta emoções

e é através dela

que se comunicam

mensagens que não

podem ser expres-

sas por simples pala-

vras, que se revive o

passado e se cria

um novo futuro. É

com Tchaikosvky

que Filipov conse-

gue chegar ao seu

auge, e é graças à

sua música que

Anne-Marie desco-

bre a verdade sobre

o seu passado e en-

contra novos ami-

gos.

O Concerto pode

não ser um filme

famoso, nem uma

obra-prima; algu-

mas pessoas podem

mesmo achá-lo in-

verosímil ou exage-

rado, mas é, sem

dúvida, um bom

filme. É uma prova

de que não são

precisas fortunas e

grandes estrelas

para contar boas

histórias de amor,

de mudança, de

esperança. E uma

prova de como a

música clássica,

mesmo nos dias de

hoje, continua a

despertar emoções

e a adaptar-se à

realidade, tanto

pessoal como cole-

tiva.

Maria Teresa Oliveira, ESDPV,

12º 4, nº14

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 9

Page 10: Janela Aberta nº6

O D I A D A S M E N T I R A S

março. Porém, por-

que na época me-

dieval esse calendá-

rio não era respeita-

do por todos (muitas

aldeias e paróquias

celebravam o Ano

Novo na festa da

Anunciação, em 25

de março, enquan-

to outras prolonga-

vam o ano velho

até 31 de março e

só comemoravam

esta festividade no

dia 1 de abril), em

1582, o papa Gre-

gório III, visando uni-

formizar a data do

início do ano, substi-

tuiu o calendário

juliano pelo grego-

riano, tendo o Ano

Novo início não no

equinócio da Prima-

vera, mas no 1.º dia

de janeiro.

O monarca francês

1885, Teófilo Braga,

in O Povo Português

nos seus Costumes,

Crenças e Tradi-

ções, referia que,

nos Açores, a data

era conhecida por

“dia das petas” e no

Porto por “dia dos

enganos”.

De acordo com a

teoria dominante, a

celebração deste

dia terá a origem

numa alteração no

calendário (do julia-

no para o gregoria-

no) decretada em

França.

Com efeito, segun-

do o calendário

juliano, imposto no

ano 45 a.C. por

Caio Júlio César, o

início do ano coinci-

diria com o equinó-

cio da primavera

entre 20 e 21 de

As várias datas co-

memorativas de fes-

tas religiosas, como

o Natal e a Páscoa,

ou de festas profa-

nas, como efeméri-

des nacionais e os

dias da Mãe, do Pai

ou da Criança, to-

das possuem uma

história, uma origem.

Uma das datas mais

curiosas, e provavel-

mente a mais anti-

ga, é a do Dia das

Mentiras.

Também conhecida

por Dia dos Bobos,

Dia das Petas ou Dia

dos Tolos, o Dia das

Mentiras é celebra-

do no 1.º dia de abril

e, embora amiúde

seja aproveitado

para humilhar e ridi-

cularizar situações e

pessoas, na sua es-

sência, traduz-se na

utilização da menti-

ra com o objetivo

de pura diversão.

Pregar mentiras nes-

se dia, aos familia-

res, aos amigos, aos

vizinhos ou aos cole-

gas de trabalho, é

uma brincadeira

saudável, desde

que se mantenha o

respeito e desde

que delas não resul-

te qualquer prejuízo

para os visados.

Curiosamente, já em

Carlos IX (século

XVI) também de-

cretou que, em

França, seria ado-

tado o calendário

gregoriano, passan-

do o novo ano a

ser comemorado

no dia 1 de Janeiro.

Sucedeu, contudo,

que essa decisão

ou era desconheci-

da ou não foi bem

aceite por muitos

franceses. Muitos

aproveitaram a tei-

mosia de uns e a

falta de lembrança

ou a ignorância de

outros, para satirizar

o facto, através de

brincadeiras pito-

rescas (mentiras

inofensivas, parti-

das, envio de pre-

sentes estranhos e

convites para festas

falsas), conhecidas

por “plaisanteries”,

levando outros,

c h a m a d o s d e

“bobos de abril” a

comemorar, por

engano, em 1 de

abril o dia de Ano

Novo.

Serão, pois, estas

brincadeiras que,

tendo-se perpetua-

do, enraizado e ex-

pandido durante

séculos, terão cria-

do esta simpática

tradição em muitos

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 10

Chiara Giorgiutti

Page 11: Janela Aberta nº6

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 11

O D I A D A S M E N T I R A S (cont.

latim hilaris, (cf. hila-

riante), celebrada

em 25 de março na

Roma Antiga, ou à

celebração indiana

Holi, de 31 de março

(festival que come-

mora a chegada da

primavera e que en-

volve brincadeiras

como a de se lam-

buzarem uns aos ou-

tros com cores).

Algumas mentiras

que fizeram história

Seja como for, neste

dia, para além das

brincadeiras entre

colegas, amigos,

familiares ou vizi-

nhos, também os

órgãos de comuni-

cação social, escrita

ou falada, mesmo

os mais importantes,

se empenham em

protagonizar a men-

tira (a notícia falsa)

mais verosímil ou ori-

ginal, conseguindo

muitas vezes enga-

nar os seus leitores

ou ouvintes, em par-

ticular os menos

atentos.

A título de curiosida-

de, eis algumas

mentiras que, veicu-

ladas no dia 1 de

abril pelos órgãos de

comunicação, fica-

ram famosas:

Em 1957, a BBC

emitiu uma peça

jornalística sobre

uma árvore que

produzia spaghetti,

na Suíça;

Em 1976, o astróno-

mo Patrick Moore

anunciou que um

alinhamento gravi-

tacional entre Plu-

tão e Júpiter às 9h

47m reduziria a

gravidade terrestre

e seria possível flu-

tuar;

A rede de restau-

rantes fast-food

Burger King publi-

cou, em 1998, um

anúncio que pro-

movia um novo

hambúrguer para

canhotos;

O diário britânico

The Independent

anunciou, em 2011,

que Portugal havia

vendido Cristiano

Ronaldo à Espanha

por 160 milhões de

euros.

Equipa da BECRE da ESDPV

países. Por exemplo,

em Inglaterra, quem

"cai no primeiro-de-

abril" é chamado de

noodle (pateta); em

França, poisson d'a-

monarca, os france-

ses terão aproveita-

do este facto para o

ridicularizar.

Outra explicação

defende que a data

vril (peixe de abril);

na Escócia, april

gowk (tolo de abril);

nos Estados Unidos,

april fool (bobo de

abril).

Existem outras expli-

cações para esta

manifestação, mas

não têm uma cone-

xão clara com o dia

das mentiras, como

é caso da que refe-

re que foi justamen-

te nesse dia que o

príncipe Loraine, ao

fugir do Castelo de

Nacy, terá engana-

do o rei Luís XIII, com

intenção de brincar

com ele, nadando

pelo rio Meurthe.

Porém, devido à im-

popularidade do

corresponderia a

uma antiga festa

romana. Segundo o

historiador america-

no Joseph Boskin,

professor da Univer-

sidade de Boston,

em Roma já se pre-

gavam mentiras du-

rante o equinócio

de primavera, pelo

que os enganos de

1.º de abril são an-

teriores à reforma

do calendário por

Gregório.

Por outro lado, se-

gundo a Enciclopé-

dia Britânica, esta

tradição pode ser

comparada à festa

Hilaria (ou Dia da

risada romana), do

grego ἱλάρια e do

Pam López

Gabrielle Richard

Page 12: Janela Aberta nº6

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 12

E L A B O R A Ç Ã O D A H I S T Ó R I A O S A N I M A I S A Q U Á T I C O S

Trabalho do 1ºA da EB1/JI Frei Luís de Sousa

O António Brito fez esta história na BE, em

tempo de livre acesso, e organizou-a em livro.

No tempo da turma, ilustrou-a com a Beatriz

Garcia, a Joana Faria, o Manuel Aleixo e o

Marco António.

Depois foram pesquisar, para saber mais coi-

sas sobre cada um dos animais da história. A

seguir, apresentaram ambos os trabalhos à

turma.

Inácia Santana, docente da EB1/JI Frei Luís de Sousa

Page 13: Janela Aberta nº6

E L A B O R A Ç Ã O D A H I S T Ó R I A A M E N I N A D O M A R

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 13

Trabalho do 3ºA da EB1/JI Frei Luís de Sousa

A Ana Beatriz escreveu esta história, em

livre acesso, inspirada na história com o

mesmo nome de Sophia de Mello Brey-

ner, lida na sala. Mais tarde, em tempo

da turma, foi revista, organizada em li-

vro e ilustrada.

Inácia Santana - professora responsável pela BE da EB1/JI

Frei Luís de Sousa

Page 14: Janela Aberta nº6

C O M O T O M A R N O T A S

nar a informação

essencial do texto de

base:

a. pequenos resu-

mos – as diversas no-

tas podem não estar

articuladas entre si,

sendo constituídas

por pequenas frases

completas que vão

resumindo os conteú-

dos essenciais;

b. palavras-chave –

as notas não consti-

tuem um texto com

frases completas,

mas são constituídas

por palavras particu-

larmente significati-

vas que seleciona-

mos e que podemos

organizar de forma

esquemática; po-

dem usar-se setas e

outros sinais para evi-

denciar as relações

entre as palavras re-

gistadas;

c. mapas ou diagra-

mas – as notas são

organizadas em ma-

pas que podem

combinar frases es-

quemáticas com pa-

lavras-chave.

Os apontamentos

por palavras-chave

são, evidentemente,

mais sintéticos do

que os apontamen-

tos por frases-resumo,

que requerem uma

escrita mais rápida,

sobretudo quando

há muita informa-

ção. No entanto, as

frases tornam-se mais

Saber tirar notas ou

apontamentos de

maneira eficaz é

uma habilidade que

contribui para o êxi-

to de pesquisa de

informação. As notas

constituem um ma-

terial de trabalho de

uso pessoal: o estu-

dante tira notas pa-

ra memorizar a infor-

mação, para poder

reler e compreender

melhor o sentido do

que anotou.

A maneira de tomar

notas evolui segun-

do as etapas da

pesquisa e segundo

as necessidades en-

contradas. Na toma-

da de notas, quer

esta seja simples ou

elaborada, a utiliza-

ção de fichas, de

um programa de ba-

se de dados ou de

tratamento de texto

revelam-se meios

eficazes.

Tomar notas é uma

forma de sintetizar a

informação, criando

uma linguagem do-

cumental própria. A

atividade de tomar

notas não se refere

apenas à síntese de

textos de suporte

variado, pois tam-

bém devemos tomar

notas nas aulas.

De um modo geral,

podemos enunciar

três formas que nos

permitem seleccio-

uma prioridade ou

uma hierarquia;

Inspirar-se numa fi-

cha catalográfica,

em resumos existen-

tes, fichas técni-

cas ...;

Suprimir palavras de

ligação sem prejudi-

car o sentido e a

compreensão;

Sintetizar informa-

ções provenientes

de diversas fontes;

Criar uma ficha prin-

cipal, à maneira de

um índice;

Estabelecer ligações

hierárquicas entre as

fichas a partir das

palavras-chave, dos

descritores, dos títu-

los e subtítulos, dos

assuntos, das etapas

do processo;

Criar fichas pouco

densas, bem identifi-

cadas; evitar a utili-

zação de uma única

ficha demasiado

carregada de infor-

mações;

Utilizar um programa

de texto ou de base

de dados;

Deixar (no texto)

uma margem lateral

úteis passado algum

tempo, pois as rela-

ções entre as pala-

vras-chave podem

ser esquecidas.

Assim, tomar aponta-

mentos é uma ativi-

dade que:

− Facilita a concen-

tração na leitura.

− Promove o relacio-

namento das ideias

do(s) texto(s).

− Obriga à identifica-

ção das ideias prin-

cipais.

− Torna a leitura e o

estudo mais ativos.

− Facilita a leitura/

estudo posteriores.

Como anotar?

Podem ser utilizadas

várias técnicas para

organizar os aponta-

mentos, desde textos

até esquemas.

Recorrer a sinais con-

vencionais, abrevia-

turas, siglas, símbolos,

pictogramas oficiais,

cuja significação é

bem conhecida;

Utilizar códigos: subli-

nhar, destacar a cor,

enquadrar a infor-

mação, para pôr em

evidência ou indicar

J A N E L A A B E R TA

Página 14

Esquema de chavetas

Page 15: Janela Aberta nº6

mento e o índice da

CDU, ou o endereço

electrónico URL;

O título do docu-

mento e o cabeça-

lho indicativo do as-

sunto ou os seus des-

critores;

O título do docu-

mento, o título do

capítulo e a página;

Os cabeçalhos de

assunto da ficha ca-

talográfica corres-

pondente às pala-

vras-chave do assun-

to de pesquisa;

Textos técnicos ou

em branco, destina-

da a permitir anota-

ções em revisões

posteriores;

Os esquemas po-

dem ser úteis. Há

muitos modelos pos-

síveis: esquemas ou

mapas.

Que anotar?

A definição de uma

palavra, de uma

ideia, de um concei-

to;

As palavras-chave

do assunto de pes-

quisa;

O título do docu-

complexos para os

reformular por pala-

vras suas;

Resumo de um pa-

rágrafo ou de um

capítulo em algu-

mas linhas, identifi-

cando as ideias prin-

cipais e secundárias,

as ideias gerais e

específicas, os fac-

tos e as opiniões;

Algumas frases que

podem ser utilizadas

textualmente, como

a citação, indican-

do com exatidão a

referência, isto é,

transcrevendo com

precisão, e por or-

dem, os factos, as

opiniões, as ideias,

os argumentos a fa-

vor ou contra.

Conclusão

Pelas vantagens que

tirar apontamentos

traz para a leitura/o

estudo e para as re-

visões posteriores,

justifica-se a sua uti-

lização. Há que não

esquecer que a sua

eficácia depende,

entre outros aspe-

tos, de uma boa

identificação das

ideias principais e

do relacionamento

entre as ideias, da

sua avaliação dos

apontamentos tira-

dos e consequente

reformulação, do

treino e aperfeiçoa-

mento da sua utili-

zação.

Bibliografia

Wright, A. - How to

improve your mind.

New York: Cambridge

University Press. 1992

Zenhas, A., Silva, C.,

Januário, C., Malafaya,

C., e Portugal, I. - Ensi-

nar a estudar, Apren-

der a estudar (4.ª ed.).

Porto: Porto Editora.

2002

Equipa da BECRE da ESDPV

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 15

C O M O T OM A R N O T AS (cont.)

Mapa de ideias

O L I M P Í A D A S D A L Í N G U A P O R T U G U E S A

Secundário), em ho-

ra a divulgar em

breve.

Alice Costa docente da ESDPV

(Ensino Básico e Ensi-

no Secundário), os

três alunos finalistas,

a saber,

Ensino Básico:

Adriana Nunes (n.º 1), 8.º1

Ana Luísa Silva (n.º 3), 8.º1

Catarina Freira (n.º13), 8.º1

Ensino Secundário:

Pedro Antunes (n.º 21), 11.º1

Ana Cavaleiro (n.º 2), 11.º3

Maria Teresa Oliveira

(n.º17), 12.º 4

Realizou-se, nos dias

10 e 17 de abril, a

2.ª eliminatória das

Olimpíadas de Lín-

gua Portuguesa.

Foram já apurados,

em cada categoria

A prova final tem lu-

gar nos dias 17 de

maio (Ensino Básico)

e 21 de maio (Ensino

Page 16: Janela Aberta nº6

J A N E L A A B E R TA

Página 16

O P I N I Õ E S D O S N O S S O S L E I T O R E S S O B R E O L I V R O O M U N D O E M Q U E V I V I

des; esse é na nossa

opinião o ponto for-

te da obra e da es-

critora.

Gostei muito do livro,

é muito interessante.

Uma obra recheada

de sentimentos ape-

lativos.

Um livro fantástico,

com uma emoção

brilhante. Recomen-

do!

Este livro toca o co-

ração de todos.

André Pinto, David Pereira,

Francisco Martins, João Silva

8. E, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Esta história retrata

bem a dificuldade

que os Judeus ti-

nham em viver a sua

vida, pacificamente.

Este livro desperta

vários sentimentos,

tais como a tristeza,

o entusiasmo e, até,

alguma alegria.

Uma forma diferente

de ouvir contar a

história dos Judeus.

Parece-me que esta

obra é bastante tris-

te e também me

causa uma revolta,

pois havia discrimi-

nação por parte dos

nazis, relativamente

aos Judeus.

Leonardo Santos, Ricardo Par-

reira, Rodrigo Costa, Sandro

Reis 8.ºF, EB 2.3 Prof. Delfim

Santos

Foi uma leitura bas-

tante benéfica. (…)

Esta obra fez-nos

perceber o quão

horríveis eram as

condições de vida

no tempo dos Nazis

e como as pessoas,

ainda assim, tinham

esperança. Pude-

mos concluir que,

nos dias de hoje, as

situações não são

nada parecidas e é

um privilégio ter di-

reito às condições e

oportunidades de

vida que nos são da-

das ou oferecidas

João Soares, André Fonseca,

João Matos e Martim Choon

8.ºE, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

É um livro que reco-

mendo pelo facto

de envolver o leitor

na história e levá-lo

a presenciar alguns

dos momentos mais

importantes e difíceis

da vida das perso-

nagens.

Este livro é um exem-

plo dos tempos de

amor e de dificulda-

des que os Judeus

passaram durante o

tempo de persegui-

ção.

Afonso Fernandes, Rui Reis e

Ricardo Paredes 8.ºF, EB 2.3

Prof. Delfim Santos

O livro está escrito

de uma forma ape-

lativa a todas as ida-

(…)A escritora tem

um dom natural. Di-

zemos isto por causa

da maneira como

escreveu o livro. De-

talhou muito bem os

espaços, as persona-

gens e tudo o resto,

fazendo parecer

que estávamos a

viver a própria Histó-

ria.

Admirámos cada

página, cada senti-

mento, cada mo-

mento, cada emo-

ção, cada palavra.

Fica-se muito surpre-

endido pela diferen-

ça entre a infância

e a fase adulta que

a autora descreveu

no seu livro.

Carolina Araújo, Joana Pinela,

Joana Portugal 8.ºF, EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

“O Mundo em que

vivi” é um livro que

dá vontade de ler

até depois de os

pais mandarem ir

dormir.

Um livro que até dá

gosto ler e reler ve-

zes sem conta.

Um livro lindíssimo e

com um extenso vo-

cabulário.

Este livro baseia-se

na história da Segun-

da Guerra Mundial,

o que me interessou

bastante, visto que,

é um tema que me

desperta um certo

interesse, também

porque me fará re-

fletir um pouco acer-

ca da vivência das

pessoas naquela

época.

Filipa Ferraz 8.ºD, EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

Ao ler este livro, ini-

cialmente, as pala-

vras fugiram-me,

deixando-me um

certo vazio.

A continuação da

leitura tornou-se cati-

vante, com uma lin-

guagem simples e

bastante expressiva.

As palavras fluíam

da boca da narra-

dora, naturalmente.

Ao longo do livro,

dividido em peque-

nos episódios, a nar-

radora foi relatando

o mundo em que

viveu, numa Alema-

nha dominada pelo

Page 17: Janela Aberta nº6

va entranhado no

corpo.

Bruna Santos e Tiago Matias

8.ºD, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Sinceramente, um

dos livros mais cati-

vantes e intensos

que alguma vez le-

mos.

O P I N I Õ E S D O S N O S S O S L E I T O R E S (cont.

nazismo e persegui-

dora dos judeus.

Sendo de origem

judia, a autora viveu

na “pele” os horrores

de uma guerra mor-

tífera.

Ilse Losa viveu num

mundo que não era

o seu, mas que esta-

Sabemos agora que

ter uma religião di-

ferente pode ser dis-

criminatório. Fica-se

exposto a uma gran-

de violência e a um

imenso desrespeito.

Ser Judeu sempre foi

muito difícil, conde-

nado a uma vida de

perseguição e dor,

mas, sem dúvida,

esta história pren-

de-nos de forma

emocionante, quan-

do acompanhamos

o crescimento inte-

rior da personagem

principal, Rose.

Sara Mendonça e Diana Olivei-

ra 8.ºH, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

J A N E L A A B E R TA

Página 17

C O N T A D O R D E H I S T Ó R I A S ANTÓNIO FONTINHA

tar o António Fonti-

nha.

A Equipa da BECRE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

ouviram contos da

tradição oral portu-

guesa. As turmas do

7.º e 9.º anos ouvi-

ram contos de Eça

de Queirós, de Ma-

nuel da Fonseca e

contos com o diabo,

relacionados com os

autos de Gil Vicente.

Durante estes dois

dias, 20 turmas da

Escola distribuídas

por oito sessões pas-

saram pela BE a

quem o António Fon-

tinha encantou com

a sua arte de contar.

Nos dias 11 e 12 de

abril, tivemos a pre-

sença, na nossa es-

cola, do excelente

contador de histórias

António Fontinha.

Este ano todas as

turmas do 5.º ano

Percebemos, pelos

sorrisos felizes e opi-

niões, que os alunos

souberam ouvir con-

C O N C U R S O N A C I O N A L D E L E I T U R A Fase distrital

final Nacional do 3º

ciclo.

A Equipa da BECRE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

terem sido selecio-

nados para a Fase

Nacional, estavam

muito bem prepara-

dos e até falaram

dos livros que tinham

lido para a prova.

Uma revisão da ma-

téria! Enquanto espe-

ravam pelos resulta-

dos visitaram a Torre

Os três alunos sele-

cionados na fase de

Escola realizaram a

prova da fase Distri-

tal no anfiteatro da

Torre do Tombo.

A Cláudia, a Matilde

e o Tiago represen-

taram a nossa Escola

e, apesar de não

do Tombo e a expo-

sição “O Foral Novo:

Registos que contam

histórias”. Por fim, as-

sistiram à prova oral

entre os três concor-

rentes selecionados

(3º ciclo e Secundá-

rio). Destes três con-

correntes só foi apu-

rado um para ir à

Page 18: Janela Aberta nº6

J A N E L A A B E R TA

Página 18

S E M A N A E M M E M Ó R I A D O H O L O C A U S T O Oficina

ouviram as explica-

ções enquanto olha-

vam as imagens, os

objetos e os livros.

Viram depois um

Power Point na sala

de Multimédia que

incluía um docu-

mentário conduzido

pelo jornalista Daniel

Oliveira, realizado

em Auschwitz duran-

te o Euro 2012 (Alta

Definição).

Por fim, os alunos do

8.º ano realizaram

uma tarefa com

"palavras-luz" e

"palavras-sombra" e

produziram textos

muito bonitos. Os

alunos do 9.º ano

tinham de viajar no

posição de 20 pai-

néis cedidos pela

Memoshoá intitulada

“Dar Testemunho”

que ocuparam todo

Durante a semana

de 15 a 19 de abril, a

equipa da BE, os pro-

fessores de Portu-

guês, de História e

que fez uma confe-

rência para 2 tur-

mas do 9.º ano. Na

4.ª feira, dia 17 de

abril, tivemos mais

uma sessão de cine-

ma com o filme " O

rapaz do pijama às

riscas".

Todas as turmas fo-

ram muito colabo-

rantes e ficámos to-

dos sensibilizados

para saber mais so-

bre o que se passou

durante aqueles

terríveis anos e, ao

mesmo tempo, cons-

cientes de que só o

Homem faz cruelda-

des destas, assim

como só ele as po-

de evitar.

A Equipa da BECRE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

de Educação Visual

trabalharam em

conjunto nesta ativi-

dade.

Nas aulas de Portu-

guês e Educação

Visual, os alunos do

8.º ano leram e tra-

balharam o livro "O

Mundo em que vivi"

de Ilse Llosa e desen-

volveram o projeto

"Cria capas! à volta

de O Mundo em que

vivi".

Os alunos foram re-

datores e designers,

elaborando uma no-

va capa para o livro

com paratextos iné-

ditos e design perso-

nalizado.

A BE organizou as

exposições e a ofici-

na. Tivemos uma ex-

o bloco A. Organizá-

mos dois painéis, um

sobre o Museu Judeu

de Berlim, que incluía

a página do diário

da professora Bernar-

dete, e outro biográ-

fico sobre Anne

Frank.

Promovemos a cole-

ção da BE relaciona-

da com o tema. Ha-

via também a expo-

sição do projeto

“Cria capas” e a

"Mala de Anne

Frank". Esta ajudava

a transportar os alu-

nos ao imaginário

juvenil da época.

Na oficina viveu-se

um novo ambiente

de aprendizagem.

Os alunos percorre-

ram os vários espa-

ços de exposições e

tempo até 1942 e

escrever uma pági-

na de um diário.

Realizaram a Oficina

todas as turmas dos

8º e 9º anos da Esco-

la.

Terça-feira, dia 16

de abril, fomos visita-

dos pelo Dr. Ricardo

Presumido, da Asso-

ciação Memoshoá,

Page 19: Janela Aberta nº6

O F I C I N A D O H O L O C A U S T O 9.º ano

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 19

crever para ti, assim

que puder. Beijinhos.

Inês Martins e Sílvia Rodrigues

9.ºE, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

O Meu Diário

Hoje, os tios Gretel

foram levados por

uns homens com um

símbolo nazi no fato.

A mãe disse para

não me preocupar.

Também nunca gos-

Escreve uma página

do teu Diário

És um(a) jovem de

15 anos, que vive na

Alemanha em 1942

e observas o que se

está a passar à tua

volta.

A mãe nunca me

deixa ouvir rádio. Diz

que não são coisas

para a minha idade.

Não são coisas para

a minha idade?! Eu já

não brinco com bo-

necas! Arrumei-as

todas na caixa da

cave para parecer

mais adulta. Curiosa-

mente, começo a

sentir saudades delas.

Queria também con-

pretendem contar-me.

Quando tiver mais

notícias digo!

Bjs.

Joana e Hugo 9.ºC, EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

A sensação que cres-

ce no meu âmago é

como uma sede im-

placável sem espe-

rança de alívio. A ca-

da dia que passa

mais pessoas queri-

das desaparecem e

o desespero só au-

menta. Por toda a

parte os rostos fe-

cham-se com medo,

medo pelos que

amam, medo por si

próprios. Para onde

fora a paz que tanto

se prezava? Onde

estão aquelas curvas

nos rostos de cada

um a expressar ale-

gria? Cresce cada

vez mais uma raiva

aqui dentro; o mundo

não é aquele lugar

que eu pensava ser.

Queria ser ainda me-

ra criança e não ter

noção da tirania à

minha volta, não ter

essa angústia pelos

injustiçados e re-

pugnância por essa

injustiça. O mundo

perdeu a cor; a terra

que deveria ser um

misto de alegria, ago-

ra tem a cor negra

do universo.

Bianca e João. 9.º C, EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

15 de abril de 1942

O meu diário

Hoje, a minha vida

mudou. Quando che-

guei à escola, não vi

muitos dos meus ami-

gos e pelo caminho

os meus vizinhos e

amigos alemães olha-

vam para mim com

indiferença. Senti-me

como uma peça fora

do seu enorme puzzle

e questionei-me se

eles tentaram colo-

car-se no meu lugar

ou se pertencia ali.

Apesar de sermos

uma família influente

e com boas condi-

ções de vida, não

escapamos às perse-

guições e à violência

nas ruas. Na rádio, só

ouvimos propaganda

nazi, com ideias mui-

to diferentes das nos-

sas; para eles não

passávamos de rata-

zanas, que deviam

aniquilar.

Tenho receio de que

a “nossa gente” de-

sapareça e temo,

também, pela minha

própria vida.

Prometo voltar a es-

tei muito da tia Gretel

e ela também me

odiava.

Na escola, ouvia a

professora dizer que

temos de aproveitar

ao máximo o que

ainda temos. Come-

ço a perceber que

algo se está a passar

à nossa volta. Nin-

guém me quer dizer,

mas eu sei.

Meinster

tar-te que a Anne e o

Peter foram passar

férias na Espanha.

Bem, na verdade,

acho que eles não

queriam ir. O pai dis-

se-lhes que surgiu um

emprego no Norte de

Portugal. Tão longe!

Não sei porque há

necessidade dos pais

irem trabalhar para

lá, mas também não

Page 20: Janela Aberta nº6

J A N E L A A B E R TA

Página 20

O F I C I N A D O H O L O C A U S T O 9.º ano (cont.)

morta. Presumi que

fosse judia. Todos

passavam e nin-

guém a socorria.

Procurei ajuda e não

encontrei, porque

toda a gente se re-

cusava a ajudar.

Não sabia o que fa-

zer. Aproximei-me e

baixei-me, para ver

em que estado ela

estava, mas logo me

disseram: —“Não a

ajudes, porque ain-

da pensam que és

judia e levam-te

também para o

campo de concen-

tração.” Após isso,

fiquei assustada, le-

vantei-me e fui para

casa. Não aguentei

e desatei a chorar.

Jurei que nunca

mais faria isso. Se me

acontecesse uma

situação como esta,

ajudaria sem pensar

nas consequências,

pois o remorso de

pensar que ajudei

uma pessoa a mor-

rer é horrível.

Ana Barreiros e Inês Sanches

9.ºG, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Enquanto os empur-

ro para dentro do

vagão, oiço as suas

queixas e murmúrios,

eu sou fiel a Hitler e,

portanto, não lhes

falo. Apenas fecho

a porta do vagão

atrás de mim sem

pensar duas vezes.

Durante a viagem

momento raiva, an-

gústia, mágoa, triste-

za e um profundo

desespero perante

aquela realidade.

Que miseráveis con-

dições, que terrível

destino os espera!...

Cláudia e Miguel 9.ºC EB 2.3

Prof. Delfim Santos

Querido Diário

Hoje estava um dia

de sol, porém, quan-

do vinha da escola,

algo me chocou

bastante. Estava

uma criança deita-

da no chão, talvez

inanimada, talvez

Hoje, acordei e olhei

para a janela e vi o

mesmo céu debaixo

do qual se revela a

injustiça humana.

Questionei-me em

relação à origem

desta perseguição.

Fui almoçar fora per-

to do Gueto quando

me deparei com

centenas de Judeus

a entrarem para um

comboio de merca-

dorias. Entre eles es-

tava o Ezequiel, um

amigo meu, que foi

forçado a viver num

gueto com a sua fa-

mília. Senti naquele

para Auschwitz,

penso sobre o que

o futuro reserva a

esta gente. Eu sa-

bia, mas eles não!

Durante a noite con-

sigo ouvi-los, espe-

cialmente as crian-

ças, a chorar. Vol-

to-me na cama, no

beliche do com-

boio, e tapo os ouvi-

dos com a almofa-

da para tentar dor-

mir.

Quando chego ao

campo de concen-

tração, sou recom-

pensado pela mi-

nha lealdade à Ale-

manha e sou convi-

dado a trabalhar.

Eu tinha ouvido his-

tórias sobre o oficial

Frank, um homem

sem escrúpulos, e

rejeitar a sua pro-

posta seria uma

ofensa para ele. Por

isso, aceitei e, para

celebrar, partilha-

mos uma garrafa

de vinho.

O meu dia a dia era

horrível e o que via

transformava um

homem num mons-

tro e isso era o que

eu via quando olha-

va ao espelho, um

monstro com forma

de homem, assassi-

no de crianças e

mulheres e a escra-

vizar outros homens.

Marta Dias e Ana Leal 9.ºF,

EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Jun

Page 21: Janela Aberta nº6

J A N E L A A B E R TA

Página 21

O F I C I N A D O H O L O C A U S T O 8.º ano

Os alunos do 8º ano dispunham de varia-

das palavras-sombra e palavras-luz, deno-

minação que a equipa da BE deu a pala-

vras com significado mais triste, mais escu-

ro, mais soturno, ou, pelo contrário, mais

alegre, mais luminoso. Com essas palavras

e acrescentando mais algumas da sua au-

toria, escreveram estes textos poéticos.

Equipa da BECRE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Amor reconciliado com a ternura

faz-me esquecer tormento que passei

faz-me sonhar com a paz

Que pode existir no mundo

Marta Costa n.º18 8.ºB

PALAVRAS LUZ

Cicatrizar as feridas como uma réstia de espe-

rança

Ter coragem para recomeçar uma vida

Saudades de abraços

Lembrar um mar de recordações

Voltar a sorrir para a luz do dia

E correr para a Paz.

Lucas Garcia e Matilde Bento

Sem saber como recomeçar com os seus so-

nhos destroçados

À procura de esperança e Paz

Nos campos largos nunca mais conseguem

libertar as mãos

Há uma luta diária

Para romper a muralha

E conseguir renascer das cinzas.

Inês Jordão n.º 16 8.ºE

O som metálico, silencioso, escondido…

Deserto fechado, cinzento e trágico… sem

luz.

O que fariam? Iriam quebrar mitos? Quebrar

barreiras?

Ser diferente é resistir? Esperar pelo ama-

nhã?

A questão era:

Que amanhã?

Inês Filipa- n.º8 -8.ºB

PALAVRAS SOMBRA

Desde o início que não posso falar

E apenas tenho uma réstia de esperança

Que me ajuda a cicatrizar as feridas

E os laços perdidos para sempre!

Diogo n.º 6 e Tiago n.º 24 8.ºD

Uma perseguição

Um comboio escuro

Um campo de concentração cinzento

Onde se ouvia um grito silencioso

Tudo isto por apenas ser diferente.

Os dias calados trazem a lembrança

Da trágica solidão.

Joana Guerra n.º10 8. B

Ao entrar no campo de concentração

Era como chegar a um deserto de solidão.

Sentia-me numa prisão onde existia perse-

guição e humilhação.

Com o passar dos dias tentava sobreviver

À crueldade da minha própria sombra.

Era tanta a vontade de gritar e de quebrar

muros.

Sentia-me um intruso no meu silencioso mur-

murar.

Filipa Mendes e Filipa Veiga 8.ºA

Mágoas de medo

Uma prisão insuportável

O horror no fio da navalha

Quebrar barreira, impossível!

Há um destino vazio…

Francisco Marques 8.ºE

Jeannette Woitzik

Page 22: Janela Aberta nº6

Um livro é... uma

aventura nos

corredores mais

profundos da

imaginação.

Thainá, 10.º 1

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 22

C O N F E R Ê N C I A D R . R I C A R D O P R E S U M I D O ASSOCIAÇÃO MEMOSHOÁ

Dia 16 de abril, o Dr.

Ricardo Presumido,

a convite da Equipa

da BE, realizou uma

Conferência na nos-

sa escola sobre o

Holocausto. Estive-

ram presentes duas

turmas do 9.º ano e

ficámos todos mais

conscientes do signi-

ficado de holocaus-

to e genocídio co-

metido pela Alema-

nha Nazi. Desde o

boicote às ativida-

des dos judeus, dos

dois rapazinhos se

conhecem: um que

está dentro e outro

fora das grades de

um campo de con-

centração.

Foi um momento

único e muito inten-

so.

A equipa da BECRE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

guetos, dos campos

de concentração e

e x t e r m í n i o , d a

“Solução Final” tu-

do foi falado e es-

cutado com aten-

ção.

Obrigada!

Passados cerca de

setenta anos, não

devemos deixar cair

no esquecimento a

vida despojada de

privacidade, dos di-

reitos humanos, que

pareciam inaliená-

veis tal como a

morte num sofri-

mento inumano de

tantos milhões de

pessoas.

A equipa da BECRE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

O F I L M E O R A P A Z D O P I J A M A À S R I S C A S

Integrado na sema-

na do Holocausto, a

equipa da BE proje-

tou, no dia 17 de

abril, um filme rela-

cionado com o te-

ma. Os alunos tive-

ram oportunidade

de ver "O rapaz do

pijama às riscas",

um filme em que

F A Z D E C O N T A

- Faz de conta que sou flor…

- Eu serei joaninha a voar.

- Faz de conta que sou relva…

- Eu serei a bola colorida.

- Faz de conta que sou caneta…

- Eu serei papel macio.

- Faz de conta que sou peixe…

- Eu serei água translúcida.

- Faz de conta que sou gata…

- Eu serei casa soalheira.

- Faz de conta que sou mar…

- Eu serei sereia em ti a nadar.

- Faz de conta que sou tangerina…

- Eu serei um dos teus gomos.

- Faz de conta que sou céu…

- Eu serei águia num voo alto.

- Faz de conta, faz de conta...

Trabalho coletivo ao estilo de Eugénio de Andrade

(realizado por alunos de PLNM), da docente Renata

Boaventura, EB 2.3 Prof. Delfim Santos Anna Silivonchik

Page 23: Janela Aberta nº6

J A N E L A A B E R TA

Página 23

S E M A N A D A P O E S I A

A semana da Poesia

foi celebrada, na

nossa escola, de 22

a 26 de abril. Inte-

grando as ativida-

des, a Biblioteca

participou com os

Sacos de Poesia,

Ponto de Poesia e

Oficina de Poesia de

portas abertas.

O "saco de poesia"

é um saco cheio de

poesia escolhida

leram poesia e sele-

cionaram o poema

de que mais gosta-

ram para colocar

na porta da sua sala

de aula.

O Ponto de Poesia

foi colocado na BE

e os alunos que qui-

seram puderam en-

cher a Biblioteca de

poesia. Participaram

mais de 50 alunos

de 10 turmas, com

os poemas selecio-

nados do saco de

poesia. Leram-se

poemas de Sophia

de Mello Breyner

Andresen, Almeida

Garrett, Manuel Ale-

gre, João Pedro

Messéder, António

Torrado, Albano

Martins, Álvaro Ma-

galhães, Maria Al-

berta Meneres, An-

tero de Quental, Luí-

sa Ducla Soares, Pa-

piano Carlos, Mário

pelos professores de

Português na Biblio-

teca, que durante

esta semana tem

ido às salas para de-

senvolver atividades

várias e para a Es-

cola Ler+ e melhor

Poesia!!!.

Os professores de

Português foram à

BE encher os sacos

para as suas turmas.

Nas aulas, os alunos

Castrim, Florbela

Espanca, Violeta

Figueiredo, Vinicius

de Morais, João de

Deus, Augusto Gil,

Fernando Pessoa,

Luís de Camões,

Cecília Meireles...

Na Oficina de Poe-

sia de portas aber-

tas, os professores

que orientam esta

oficina na escola,

colaboraram com

a BE motivando os

participantes.

Ensinaram várias

técnicas aos alu-

nos e puseram ao

dispor diversos ma-

teriais.

A equipa da BE da EB 2.3

Prof. Delfim Santos

Q U E M M E D E R A . . .

Quem me dera que eu fosse lua… e iluminasse à noite a estrada.

Quem me dera que eu fosse cava-leiro andante… e ajudasse os pobres na poeira do caminho.

Quem me dera que eu fosse luz... e acendesse o amor do mundo.

Quem me dera que eu fosse areia da praia... para ser beijado pelas ondas.

Quem me dera que eu fosse avião... e levasse todos ao país do sonho.

Quem me dera que eu fosse casa-co quente... Que aquecesse os pobres enrege-lados.

Quem me dera que eu fosse giras-sol... e soubesse sempre onde vive a luz.

Antes isso que ser o que atravessa a vida... Olhando para trás de si e tendo pena…

Trabalho coletivo ao estilo de Eugénio de Andra-

de (realizado por alunos de PLNM), da docente

Renata Boaventura, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Bob Conge

Page 24: Janela Aberta nº6

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 24

Um livro é... uma

porta mágica para

um novo mundo.

Constança Monteiro,

7.º 1, n.º 7

Um l iv ro é. . .

imaginação de

alguém dentro de

f o l h a s q u e

d e s c r e v e

sentimentos, algo

que esteja por

contar.

Sofia Sapeira, 10.º 9, n.º 26

Um livro é... um

mundo novo que

d e s c o b r i m o s

página a página

Catarina Tibério, 10.º 9, n.º 6

P O N T O D E P O E S I A

teou-nos com um

poema lido em con-

junto.

O "Ponto de Poesia"

foi instalado na Bi-

blioteca e os alunos

que participaram

tiveram sempre pú-

blico, ou os colegas

da sua turma, ou de

outras que também

vieram assistir e parti-

cipar.

Os poemas foram

escolhidos pelos alu-

nos, podendo ser da

sua autoria, ou sele-

duas horas e meia,

muita poesia.

Participaram mais de

50 alunos de 10 tur-

mas diferentes. Uma

turma inteira presen-

Nas comemorações

da semana da Poe-

sia a equipa da BE e

os professores de Por-

tuguês dinamizaram

o "Ponto de Poesia"

onde se leu, durante

cionados do "Saco

de Poesia".

A equipa da BE da EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

S E S S Ã O D E P O E S I A

"Sei que o poema é

qualquer coisa que

nos transforma. O

poeta sonha sem-

pre transformar o

homem, mudar a

vida."

Eugénio de Andrade

so literário, que de-

corre até ao dia 19

de abril. Participe

nesta iniciativa e

venha dar voz aos

poetas.

Alda Cruz docente da ESDPV

poesia, que ocorreu

durante a pausa le-

tiva, a 21 de março,

com uma partilha

de poemas selecio-

nados e lidos por to-

dos os que quiserem

dar voz aos poetas

que admiram. Para

podermos elaborar

o programa, será ne-

cessário enviar o no-

me do poeta, cujo

poema será parti-

lhado, até ao dia 6

de maio, através do

seguinte email: dia-

dapoesia2013@gmail

.com ou junto da

funcionária da biblio-

teca. Também du-

rante esta sessão

serão entregues os

prémios do concur-

No dia 8 de maio,

realizar-se-á uma

sessão de poesia no

auditório Chaves

Santos, na escola D.

Pedro V, pelas 10h,

com a intervenção

de alunos, funcioná-

rios e professores.

Esta iniciativa do

grupo de português

pretende celebrar

o dia mundial da Amanda Cass

Page 25: Janela Aberta nº6

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

Página 25

O M E D O É . . .

R E C O N T O D A H I S T Ó R I A A F A D A O R I A N A SOPHIA DE MELLO BREYNER

blioteca para ver o

reconto completo,

propor melhorar

alguns desenhos e

acabar outros.

Decidimos mostrar

aos pais e às outras

turmas e fazer um

CD.

Andreia Marques, Gilda Car-

doso, Matilde Costa, Leonor

Duarte e Luís Marques – 2º A

da EB1/JI Frei Luís de Sousa

Na turma do 2ºA de-

cidimos ler, em gru-

pos, a história A Fa-

quatro grupos de

seis meninos e meni-

nas.

O primeiro grupo foi

à biblioteca ouvir ler

dois capítulos da

história.

A seguir, foi ao di-

cionário procurar o

significado das pa-

lavras que não co-

nheciam.

Recontaram o que

ouviram ler e dese-

nharam, para que o

grupo que viesse a

seguir soubesse o

que se passava nes-

ses capítulos.

Os grupos que se

seguiram fizeram a

mesma coisa até

acabar o reconto.

Como esta história é

muito grande, cada

grupo foi à bibliote-

ca várias vezes.

Fomos organizando

as palavras de que

não sabíamos o

significado, por or-

dem alfabética,

num dicionário da

turma do 2ºA.

No fim, a professora

Inácia fez um Power

Point com o reconto

de todos os capítu-

los e as ilustrações.

Um dia, juntámos a

turma toda na bi-

da Oriana, na Biblio-

teca, no tempo da

turma.

Dividimo-nos em

O medo é a escuridão da noite,

indecifrável...

É o trovão no deserto,

poderoso...

É o uivo do lobo, tão perto...

É um pesadelo assombrado, sem fuga...

É a solidão na floresta,

longínqua...

É um coração que bate, bate, bate,

temeroso.

Luca Yu (aluno de PLNM), EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Page 26: Janela Aberta nº6

O B I C H I N H O D A S E D A

J A N E L A A B E R TA

Página 26

Turma 2ºB – EB1/JI António Nobre – professora Margarida Rosa

A Turma 2ºB, da EB1 António Nobre, realizou

uma experiência com bichinhos da seda.

Foi muito divertido e quisemos partilhar as

nossas descobertas.

Aprendemos a usar a lupa para observar-

mos melhor os bichinhos da seda a comer

as folhas da amoreira e a produzir o fio de

seda.

Depois descobrimos que o macho é branco

e tem riscas pretas, enquanto a fémea é

toda branca.

De seguida, aprendemos a medir o compri-

mento dos nossos bichinhos da seda.

Apresentamos o

bichinho da seda,

o macho…

Por fim, registámos tudo no nosso caderno

das experiências.

Este bichinho

media três

centímetros.

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Trabalho do 1ºB da EB1/

JI Frei Luís de Sousa

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

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P R O J E T O DE P E S Q U IS A S O B RE O S C OE L HO S

Depois de terminarem

o trabalho, quiseram

fazer uma história pa-

ra apresentar à turma

utilizando a casinha

dos fantoches. Então,

no dia da comunica-

ção à turma, na Bi-

blioteca, depois de

explicarem o que

aprenderam sobre os

coelhos, apresenta-

ram a sua história,

com figuras recorta-

das e manipuladas

por elas, na casinha

dos fantoches.

Ermelinda Rosa (professora do

1ºB) e Inácia Santana (professora

responsável pela BE)

A Carolina Filipa e a

Carolina Ramalho fo-

ram à Biblioteca fazer

um projeto de pesqui-

sa sobre os coelhos,

no tempo da turma.

T E A T R O D O C U Q U E D O

ram de se ver.

Inácia Santana - professora

responsável pela BE da EB1/JI

Frei Luís de Sousa

nos estavam caracte-

rizados nas persona-

gens do Cuquedo.

Fomos para o ginásio

da Escola e as crian-

ças fizeram o teatro

da história.

Representaram muito

bem! Combinámos

que iriam apresentar

este teatro aos meni-

nos de outras turmas.

Como filmei, no dia 18

de abril, na hora da

Os meninos do JI fo-

ram à Biblioteca ouvir

a história do Cuque-

do, de Clara Cunha e

gostaram muito. Logo

aí combinaram com

a Educadora Cristina

fazer-me uma surpre-

sa.

Então, no dia 11 de

abril, convidaram-me

para ir à sala do JI ler

uma história. Quando

lá cheguei, os meni-

biblioteca do JI, pas-

sámos o filme do tea-

tro e também gosta-

V I S I T A D E E S T U D O À G U L B E N K I A N

os alunos aprende-ram e descobriram coisas novas, cujo relato foi registado num diário de bordo coletivo.

Depois almoçaram e passearam no jardim cheio de sol.

A equipa da BECRE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Os alunos do 8.º ano foram à Gulbenkian e participaram numa visita guiada à exposi-ção 360º Ciência Des-coberta, embarcan-do numa viagem à volta do mundo co-nhecido e desconhe-cido - Viagem: 360º - As voltas que o mundo dá! Nesta visita-viagem

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Escola Secundária D. Pedro V

Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos

EB1 / JI Frei Luís de Sousa

EB1 / JI António Nobre

EB1 / JI Laranjeiras

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa

Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa

Rua Raul Carapinha 1500-542 Lisboa

Rua António Nobre, 49 1500-046 Lisboa

Rua Virgílio Correia, 30 1600-224 Lisboa

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS

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P A T R O N O D . P E D R O V

Não podemos falar

de D. Pedro V sem

associar este rei ao

comboio e ao gran-

de impulso dado às

escolas e ao ensino.

No entanto, poucos

sabem que D. Pedro

V escreveu João de

Berinhão, uma ópera

bufa (obra dramática

cantada, constituída

por uma abertura

orquestral, recitativos,

árias, duetos, coros…

com acompanha-

mento de orquestra;

a ação e as persona-

gens são cómicas).

Foi D. Pedro V o intro-

dutor da árvore de

Natal no nosso país,

influenciado pelo seu

conselheiro e pre-

ceptor Dietz, de na-

cionalidade alemã.

Ressalte-se ainda o

facto de D. Pedro V

ter publicado, em

1850, o abutre gran-

de ordinário, repre-

sentado na figura,

onde se pode ver a

sua própria assinatu-

ra, no canto inferior

direito, em diagonal.

Esta iconografia está

inserida na BND co-

mo litografia, pala-

vra que vem do gre-

go λιθογραφία, de

λιθος - lithos (pedra)

e γραφειν—graféin

(escrever), que é um

tipo de gravura. Esta

técnica1 envolve a

criação de marcas

(ou desenhos) sobre

uma matriz (pedra

calcária). As pedras

especiais calcárias,

de estrutura micropo-

rosa, eram, inicial-

mente, extraídas de

pedreiras de Munique

(pedra de Munique)

e, depois de bem po-

lidas, aceitavam facil-

B O L E T I M 6 B O L E T I M 6 B O L E T I M 6

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mente o processo

planográfico2.

Equipa da BECRE da ESDPV

Iconografia feita por D. Pedro V

(Fonte: BND

acesso em Setembro de 2011)

1A litografia foi descoberta nos finais do séc. XVIII, por Alois Senefelder (1771-1834), de Praga, autor de peças teatrais, que, quando

procurava um meio de impressão para os seus textos e partituras, descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impres-

sões e acabou por inventar um processo químico novo, mais económico e menos demorado que todos os outros meios conhecidos

na época. Depois de dois anos de experimentações, desenvolveu a técnica da litografia e, em 1800, registou a sua patente em

Londres.

2Processo planográfico - Depois da imagem gravada sobre a pedra, esta é tratada com soluções químicas e água que fixam as

áreas oleosas do desenho sobre a superfície. A base desta técnica parte do princípio químico de que a água e a gordura se repe-

lem (princípio da repulsão entre água e óleo). Ao contrário de outras técnicas da gravura, a litografia é um processo planográfico,

ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz.

No entanto, tal como noutras técnicas, esta também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na

pedra. A impressão da imagem é obtida por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre o papel. A máquina está munida de

rolos de tinta para tintar a pedra antes de cada impressão, e a mesa horizontal desloca-se num movimento alternado. Nos primór-

dios da imprensa moderna, século XIX, a litografia tornou-se um instrumento da imprensa jornalística, usada extensivamente na

impressão de todo o tipo de documentos, como, por exemplo rótulos, cartazes, mapas, jornais, possibilitando também impressões

em plástico, madeira, tecido e papel.