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julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR 8 JORNAL DE CHIADOR Com nícias de Parada Braga , Penha Longa , Sapucaia de Minas e sede Comunitário de Verdade / julho de 2014 / Ano VI - Nº 46 / Distribuição Gratuita SAÚDE Penhalonguense fala sobre os benefícios da ginástica na terceita idade. PÁG.6 PASTORAL DA CRIANÇA Reunião em Penha Longa discute a atuação do grupo na comunidade. PÁG.3 COPA DO MUNDO Veja charge e artigos opinativos sobre o campeonato que o Brasil perdeu em casa. PÁG.8 Acesse, comente e curta nossa página no Facebook: facebook.com/jornaldechiador PENHA LONGA EM OBRAS Renovação do espaço começa a dar outro visual à praça central do distrito. PÁG.3 Foto: Daisy Cabral SERVIDORES REIVINDICAM DIREITOS Funcionários buscam na justiça o pagamento do adicional de insalubridade. PÁG.4 Foto: Caio Assis Foto: Ronaldo Canedo Silva INFRAESTRUTURA Morador relata os benefícios de melhorias feitas em mina. PÁG.3 Balanço da Copa Mal acabou a Copa e o povo brasileiro já queria mu- dança no comando da Sele- ção Brasileira. É fato que in- felizmente o que se pregou na Copa das Confederações no ano passado ficou realmente no passado. Onde a Seleção jogava em coletivo, sufocava os adversários em seus cam- pos de defesa. Luiz Felipe Scolari não con- seguiu fazer com que a nossa Seleção Canarinho jogasse a metade do que jogara no ano passado, fomos um time sem padrão tático, sem opções no banco. Faltou sim um camisa 10 que pensasse o jogo, se- gurasse a bola, que soubesse fazer o jogo acelerar na hora certa, mas que também sou- besse diminuir o ritmo. Uns iam querer Ronaldinho Gaú- cho e Kaká até mesmo pela experiência, mas preferiria que fosse Paulo Henrique Ganso e Philippe Coutinho, dois jogadores que têm enor- me potencial e, o segundo, vem de uma temporada es- petacular no Liverpool da Inglaterra, sendo considerado pelos torcedores o melhor jo- gador da temporada. Chegamos, no meu ponto de vista, bem longe, paramos nas semifinais e ficamos em quarto lugar, mas não mere- cíamos 7 a 1. Foi duro, foi inesquecível, foi incrível e foi triste demais e vai ficar pra sempre na memória do torcedor. Ver nossa seleção ser presa fácil do domínio alemão. Não bastasse isso, ainda veio a disputa de 3º lu- gar e outra derrota, desta vez para a Holanda, 3 a 0. Dois aspectos observados foram: 1º) o lado emocional - os jogadores não aguentaram tamanha pressão, de ganhar a Copa em seu país, e sucumbi- Bernardo Fernandes de Almeida ram. 2º) a falta de treinamen- to - a seleção mal treinou, ficaram mais descansando e tendo folga do que treinaram, assim não teve padrão tático e nem se treinou jogadas en- saiadas. A verdade é que em campo parecíamos um bando de amadores dando chutão e, fora isso, acreditava-se que o Neymar iria ganhar os jogos sozinho, mas não foi e nem era assim. Enfim, acho que temos que melhorar para a próxima Copa, em 2018, na Rússia. Não creio em uma reno- vação tão grande, afinal de contas vários jogadores terão idade para jogar em 2018, só basta termos um padrão táti- co definido, boas opções táti- cas e no banco de reservas. O que vale ressaltar é a bela Copa que nós, torcedores e cidadãos brasileiros, fizemos. Parabéns a todos nós! A Copa que não aconteceu Aline Motta Gabry Guadelupe V ivemos um grande pe- ríodo de mudanças nes- tes últimos meses no Brasil. Mudanças de comportamento, de estilos, de pensamentos... Mudanças que alcançaram gerações. Estivemos entre o amor ao futebol, a revolta com o gasto do dinheiro público, a decepção com os “cartolas”, a tristeza com os jogadores inex- perientes, o craque lesionado... E percebo que mais uma vez o Brasil se superou... Perdemos o hexacampeonato, mas tudo voltou ao normal. Na segunda- feira seguinte era começar de novo, na esperança de que em 2018 seja diferente! Passamos por decepções contínuas, irritações... Paramos o Brasil e o Brasil parou. Parou de progredir, parou de gerar, parou de lutar contra estigmas estabelecidos. Mas não deixa- mos de ser brasileiros, aquele povo que sofre sorrindo... E me pergunto insistente- mente se a fama que temos de ser um país corrupto e de ‘jei- tinhos’ altera a nossa esperan- ça. Concluí que mesmo com tantos desgastes, aqueles que verdadeiramente “fazem” o Brasil estão sempre dispostos a recomeçar. A goleada foi dolorida e o 3º lugar desestimulante. Mas acredito que toda a nação tem consciência de que perdemos muito mais que um simples campeonato: estamos perden- do a nossa posição de país sé- rio... Estamos perdendo quando nossas reservas e matas estão sendo largamente destruídas, quando nossas filas pelas ma- drugadas nos hospitais engros- sam, quando nossas crianças estão sendo aliciadas e cerca- das pelo tráfico dentro das es- colas. Quando a lei favorece o crime... E se essa nação de canari- nhos não alçar vôos maiores e mais ousados, vamos perder também a oportunidade de mudar o futuro da nossa gera- ção. E mais do que protestar, quebrar ou ofender, estaremos atrelados à mesmice do confor- mismo... e isso sim é derrota!! Há chance. Há esperança pra nós. Há meios de conquis- tar. Se você ainda estiver se perguntando como, te ajudo: pense no poder que você tem NAS MÃOS. Alemanha Brasil CHARGE: Alesandro de Almeida Furtado Pensamento Beatriz Maurício Aires de Moraes S e no passado erraste, não te desespere – errar é huma- no. Ninguém é infalível. O importante é corrigir-se. A vida é feita de erros e acertos, podes crer. Toda pessoa é importante dentro de suas limitações. Cada qual deve entender que a sua função é essencial dentro do universo. Ex: coveiro, lixeiro, sapateiro, gari, é tão impor- tante quanto o médico, o advogado, etc. Apenas são funções diferentes. O importante é desempenhar a função com exce- lência (dar o melhor de si). Solidão não é estar ausente dos outros. É isolar-se dentro de si. O importante é que você tenha um espírito alevanta- do. Mas cuidado: “Você levanta uma criança” (pega) “Você alevanta o moral de uma pessoa” (significa outra coisa) Exemplo de quem se fecha em si mesmo: Uma pessoa, ao pegar um taxi, o taxista perguntou: - Para onde vamos? Ela respondeu: - A qualquer lugar; para isto estou pagando. Esta é a pior solidão – não estar aberto aos outros. SUA PARTICIPAÇÃO É MUITO IMPORTANTE Envie textos e/ou fotos sobre o assunto que você achar pertinente. E-mail: [email protected]

JC - Julho de 2014

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Edição 46 do Jornal de Chiador

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julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR

8

JORNAL

DE

CHIADORCom notícias de Parada Braga, Penha Longa, Sapucaia de Minas e sede

Comunitário de Verdade / julho de 2014 / Ano VI - Nº 46 / Distribuição Gratuita

SAÚDEPenhalonguense fala sobre os benefícios da ginástica na terceita idade. PÁG.6

PASTORAL DA CRIANÇAReunião em Penha Longa discute a atuação do grupo na comunidade. PÁG.3

COPA DO MUNDOVeja charge e artigos opinativos sobre o campeonato que o Brasil perdeu em casa. PÁG.8

Acesse, comente e curta nossa página no Facebook:facebook.com/jornaldechiador

PENHA LONGA EM OBRASRenovação do espaço começa a dar outro visual à praça central do distrito. PÁG.3

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INFRAESTRUTURAMorador relata os benefícios de melhorias feitas em mina. PÁG.3

Balanço da Copa

Mal acabou a Copa e o povo brasileiro já queria mu-dança no comando da Sele-ção Brasileira. É fato que in-felizmente o que se pregou na Copa das Confederações no ano passado ficou realmente no passado. Onde a Seleção jogava em coletivo, sufocava os adversários em seus cam-pos de defesa.

Luiz Felipe Scolari não con-seguiu fazer com que a nossa Seleção Canarinho jogasse a metade do que jogara no ano passado, fomos um time sem padrão tático, sem opções no banco. Faltou sim um camisa 10 que pensasse o jogo, se-gurasse a bola, que soubesse fazer o jogo acelerar na hora certa, mas que também sou-besse diminuir o ritmo. Uns iam querer Ronaldinho Gaú-cho e Kaká até mesmo pela experiência, mas preferiria que fosse Paulo Henrique

Ganso e Philippe Coutinho, dois jogadores que têm enor-me potencial e, o segundo, vem de uma temporada es-petacular no Liverpool da Inglaterra, sendo considerado pelos torcedores o melhor jo-gador da temporada.

Chegamos, no meu ponto de vista, bem longe, paramos nas semifinais e ficamos em quarto lugar, mas não mere-cíamos 7 a 1. Foi duro, foi inesquecível, foi incrível e foi triste demais e vai ficar pra sempre na memória do torcedor. Ver nossa seleção ser presa fácil do domínio alemão. Não bastasse isso, ainda veio a disputa de 3º lu-gar e outra derrota, desta vez para a Holanda, 3 a 0.

Dois aspectos observados foram: 1º) o lado emocional - os jogadores não aguentaram tamanha pressão, de ganhar a Copa em seu país, e sucumbi-

Bernardo Fernandes de Almeida

ram. 2º) a falta de treinamen-to - a seleção mal treinou, ficaram mais descansando e tendo folga do que treinaram, assim não teve padrão tático e nem se treinou jogadas en-saiadas. A verdade é que em campo parecíamos um bando de amadores dando chutão e, fora isso, acreditava-se que o Neymar iria ganhar os jogos sozinho, mas não foi e nem era assim. Enfim, acho que temos que melhorar para a próxima Copa, em 2018, na Rússia.

Não creio em uma reno-vação tão grande, afinal de contas vários jogadores terão idade para jogar em 2018, só basta termos um padrão táti-co definido, boas opções táti-cas e no banco de reservas.

O que vale ressaltar é a bela Copa que nós, torcedores e cidadãos brasileiros, fizemos. Parabéns a todos nós!

A Copa que não aconteceuAline Motta Gabry Guadelupe

Vivemos um grande pe-ríodo de mudanças nes-

tes últimos meses no Brasil. Mudanças de comportamento, de estilos, de pensamentos... Mudanças que alcançaram gerações. Estivemos entre o amor ao futebol, a revolta com o gasto do dinheiro público, a decepção com os “cartolas”, a tristeza com os jogadores inex-perientes, o craque lesionado... E percebo que mais uma vez o Brasil se superou... Perdemos o hexacampeonato, mas tudo voltou ao normal. Na segunda-feira seguinte era começar de novo, na esperança de que em 2018 seja diferente!

Passamos por decepções contínuas, irritações... Paramos o Brasil e o Brasil parou. Parou de progredir, parou de gerar,

parou de lutar contra estigmas estabelecidos. Mas não deixa-mos de ser brasileiros, aquele povo que sofre sorrindo...

E me pergunto insistente-mente se a fama que temos de ser um país corrupto e de ‘jei-tinhos’ altera a nossa esperan-ça. Concluí que mesmo com tantos desgastes, aqueles que verdadeiramente “fazem” o Brasil estão sempre dispostos a recomeçar.

A goleada foi dolorida e o 3º lugar desestimulante. Mas acredito que toda a nação tem consciência de que perdemos muito mais que um simples campeonato: estamos perden-do a nossa posição de país sé-rio...

Estamos perdendo quando nossas reservas e matas estão

sendo largamente destruídas, quando nossas filas pelas ma-drugadas nos hospitais engros-sam, quando nossas crianças estão sendo aliciadas e cerca-das pelo tráfico dentro das es-colas. Quando a lei favorece o crime...

E se essa nação de canari-nhos não alçar vôos maiores e mais ousados, vamos perder também a oportunidade de mudar o futuro da nossa gera-ção. E mais do que protestar, quebrar ou ofender, estaremos atrelados à mesmice do confor-mismo... e isso sim é derrota!!

Há chance. Há esperança pra nós. Há meios de conquis-tar. Se você ainda estiver se perguntando como, te ajudo: pense no poder que você tem NAS MÃOS. Alemanha Brasil

CHARGE: Alesandro de Almeida Furtado

PensamentoBeatriz Maurício Aires de Moraes

Se no passado erraste, não te desespere – errar é huma-no. Ninguém é infalível. O importante é corrigir-se. A

vida é feita de erros e acertos, podes crer.Toda pessoa é importante dentro de suas limitações. Cada

qual deve entender que a sua função é essencial dentro do universo. Ex: coveiro, lixeiro, sapateiro, gari, é tão impor-tante quanto o médico, o advogado, etc. Apenas são funções diferentes. O importante é desempenhar a função com exce-lência (dar o melhor de si).

Solidão não é estar ausente dos outros. É isolar-se dentro de si. O importante é que você tenha um espírito alevanta-do.

Mas cuidado:“Você levanta uma criança” (pega)“Você alevanta o moral de uma pessoa” (significa outra

coisa)Exemplo de quem se fecha em si mesmo:Uma pessoa, ao pegar um taxi, o taxista perguntou:- Para onde vamos?Ela respondeu:- A qualquer lugar; para isto estou pagando.Esta é a pior solidão – não estar aberto aos outros.

SUA PARTICIPAÇÃO É MUITO IMPORTANTE

Envie textos e/ou fotos sobre o assunto que você achar pertinente.

E-mail: [email protected]

Page 2: JC - Julho de 2014

julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR

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EXPEDIENTE:JORNAL DE CHIADOR é um veículo comunitário e sem fins lucrativos editado pela Associação Comunitária Amigos do Jornal de Chiador. CNPJ 10.966.847/0001-89Jornalista responsável: Rodrigo Galdino - MTb 15.219/MG | Projeto gráfico e diagramação: Daisy Cabral | Revisão: Bruno Fuser, Daisy Cabral, Rodrigo Galdino

Colaboradores: Alessandro de Almeida Furtado, Aline Motta Gabry Guadelupe, Ana Luisa Furtado Silva, Arlety de Oliveira e Silva, Beatriz Maurício Aires de Moraes, Bernardo Fernandes de Almeida, Caio Assis, Carla Izidora, Carlos Henrique I. Ferreira, Charles Oliveira, Daiton Silva Santos, Ely Sales Gomes, Fabiana Resende, Ione Guadelupe, Itamar Vasconcelos Silva, Kaio Silva Pacheco, Marcelo Vasconcelos Braga, Mirela Bevilacqua Marques, Patrícia Vasconcelos Silva Vasconcelos, Ronaldo Canedo Silva, Vânia Rocha

APOIO: Projeto “Chiador: Jornalismo Comunitário, História e Ação Cultural” - UFJF - FAPEMIGProjeto de Extensão Novas Tecnologias e Ação Comunitária - Coordenação: Prof. Dr. Bruno FuserGrupo de Pesquisas “Processos Comunicacionais, Educação e Cultura”/ UFJFTIRAGEM: 1.000 exemplares | PERIODICIDADE: mensal E-MAIL: [email protected]

“Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da equipe editorial do JC”

O amor

Na maciez do teu toqueIone Guadelupe

Na maciez do teu toquesinto a suavidade

do teu corpo.

Suas mãos levesme levam ao céu.Seus lábios têmo sabor do mel.

Navego no teu olharminhas mãos emteu corpo tocar.

Nossos corpos coladosna arritmia da paixão.Os beijos molhados,delírios do coração.

Sinto teu perfume no arno bailar da noite teus

desejos a me embriagar.

Saudade, amiga!

Alguém especial partiu. Sim, era muito espe-cial... Deixará muitas saudades, mas a morte

não interrompe o amor, o carinho e o afeto.Ficaram lembranças do sorriso, da voz, dos momen-

tos felizes que passamos; agradeço a Deus por Ele ter permitido que você tenha brilhado em minha vida.

Tudo passa tão rápido aqui que, quando vemos, não dá nem mais tempo de dizer eu te amo...

Então nunca deixe de dizer para pessoas que você ama um “Eu te amo”! E também nunca deixe de per-doar aquele que te pedir perdão.

Aline foi minha grande amiga. E a levarei comigo no meu coração, para sempre!

Saudade, amiga Aline Mariosa.

Parabéns aos octogenários!Fabiana Resende

Arquivo pessoal – Mirela Bevilacqua Marques

Sr. Noel e seus familiares em comemoração do aniversário(Foto acima)

Arquivo pessoal - Ely Sales Gomes

Sr. Sebastião, aniversariante de 28/07,

junto com familiares (Foto ao lado)

Parabéns aos octogenários, Sr. Noel e Sr. Sebastião, que neste mês de julho comple-

taram mais um ano de vida! Um prestigiou a festa do outro... E teve bolo, guaraná e muitos doces!!!

Ambos festejaram com seus fami-liares e amigos e compartilharam momentos de mui-ta descontração e felicidade, esban-jando simpatia e vitalidade! A vo-cês, votos de mui-tas felicidades!

Adelinde Pádua Gonçalves - 01Alzira Galvão Carias - 03Damires Lino da Silva - 12Efigênia Aparecida de Souza Furtado - 05Eliziane da Silva Costa - 17Guilherme Nunes Marciano - 15Henrique Reis - 02Iago Moreira Gonçalves - 14Letícia Pádua Pereira - 18Lívia Pádua Pereira - 13Maria Victória Soares Borges - 14Maria Gabriele Nunes - 15Maria Elisa de Freitas Rainho - 10Mirela Viera Ramos Gonçalves - 16Maria Aparecida Nunes - 26Raisa Leopoldo Almeida - 18Romário F. Gonçalves - 11Roberto Feliciano - 13Tiago Lázaro de Souza - 23Tiaguinho Reis - 26Victor Marques Rodrigues - 17

Feliz Aniversário!

Ilustração: internet

Julho

Aniversário de casamento de Taico e

Lena - 22/07

Em memória de Elite Vargas (22/07), com

nossas saudades

Patrícia Vasconcelos Silva Vasconcelos

Patrícia e Aline Pereira Mariosa (05/03/ 1980 – 13/07/2014): amizade eterna

Foto:Itamar Vasconcelos Silva

A vós, São José, recorremos em nossa atribulação e de-pois de termos implorado o auxílio de vossa Santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, mãe de Deus, e pelo amor paternal que tiveste ao Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue e nos socorras em nos-sas necessidades, com o vosso auxílio e poder.

Protegei, guarda providente da divina família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, Pai San-tíssimo, a peste do erro e do vício.

Assisti-nos do alto do céu, nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e assim como outrora sal-vastes da morte a vida ameaçada do menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus, das ciladas de seus inimigos e de toda adversidade.

Amparai a cada um de nós com vosso constante patrocí-nio, a fim de que, com vosso auxílio possamos viver virtu-osamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém

São José: o protetor dos trabalhadoresEnviado por Arlety de O. Silva

Vânia Rocha

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e

dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé de maneira tal que transportasse os motes, e não tivesse amor nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sus-tento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aprovei-taria. O amor é sofredor, é be-nigno, o amor não é invejoso; não trata com leviandade,

não se ensoberbece, não se porta com in-decência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injusti-ça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espe-ra, tudo suporta. O amor nunca falha.” (1 Coríntios 13)

Amor…Se tivéssemos esta palavra

como constância em nossas vidas, de que mais precisarí-amos?

De que mais? O que quere-mos dizer quando falamos às pessoas de um amor verda-

deiro? Em nosso dia-a-dia, se tratarmos as pessoas com um mínimo de respeito e carinho, estaremos praticando o amor. Mas o mundo, o trabalho, en-fim tudo nos faz esquecer de quanto precisamos exercê-lo.

Há esse amor, que tanto nós desejamos; amor de que tanto precisamos.

Ilustração: internet

ChiadorAna Luisa Furtado Silva

Cidadezinha cheia de graçaque tem uma pequena praça,

onde todos sentam para conversar,num domingo à tarde,

bem à vontade esem hora pra voltar!

As pessoas ficam a admirar

o cruzeiro que lá no morro está.Ele é a marca da nossa cidade, que mostra a infinidade da fé

a qual mantém nosso povo sempre de pé.

Povo unido,querido e divertido!

Chiador não é só uma cidade,

é uma família,que fica sempre de vigília

para o que der e vier!Lula e Renato são os campeões do Torneio de Buraco

Em julho, Chiador conhe-ceu os vencedores de

mais uma edição do Torneio de Buraco, tradicional even-to da cidade. A dupla Lula e Renato foram os campeões, e Felipe Carneiro (organizador) e Ivan, os vices. Dezesseis duplas de jogadores participa-ram do torneio que, segundo Felipe, ocorre há aproxima-

Rodrigo Galdino - Da Redação

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Dezesseis duplas participaram do Torneio de Buraco: Renato e Lula foram os campeões

damente dez anos.Pelo Facebook, Felipe dis-

se à reportagem que o torneio de buraco é “uma ideia de todos”, e reune muita gente. Em outubro de 2010, o tor-neio já havia sido notícia no JC, quando Paulo Cesar Car-neiro, pai de Felipe e também incentivador do evento, nos enviou seu relato.

Esse ano, a foto de Lula no Facebook rendeu mais de 60 “curtidas” e pelo menos 10 comentários, comprovando a aceitação do evento perante a comunidade. O torneio de buraco foi realizado no quios-que da praça, que organiza o evento há 5 anos. Os organi-zadores agradecem a todas as pessoas que participaram.

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julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR

36Ronaldo Canedo Silva

Na edição de julho de 2013, nº37, deste Jor-

nal, mencionei sobre a im-portância e necessidade das minas de água em Chiador. Destaquei que algumas, como a localizada próximo à rua Padre Athanásio, preci-savam de atenção devido ao mato, sujeira e outros proble-mas locais que dificultavam a retirada desta tão importante água para a localidade.

Fiquei feliz de saber que pessoas na comunidade, como o senhor Luiz Silva (pai do vereador Emanuel) e Claudiomiro Silva, com recursos pessoais, se mos-traram prontos a atender a tal demanda e realizar assim as melhorias na mina. Com-praram uma caixa d’água, limparam o local e deixaram em ótima condição para que a população se beneficiasse melhor deste recurso natural.

No entanto, notando que em pouco tempo alguns não estavam tomando o cuidado necessário para manutenção, foi colocada uma placa pró-ximo à caixa d’água, para

mostrar que todos são bene-ficiados por tal melhoria e que devem assim tomar cuidado e conta do que lhe pertence. Desta feita, é de suma im-portância que aqueles que ali se beneficiam da reti-rada de água pos-sam cui-dar para m a n t e r em per-feito es-tado o que foi r e a l i z a -do, talvez orientan-do seus f i l h o s menores sobre a melhor maneira de usar e cui-dar do local.

Elogiamos os membros da

Melhorias em mina de Chiador

Nova praça de Penha Longa está a caminho

Arlety de O. e Silva

Como previsto, no dia 2 de junho deste ano

foram iniciadas as obras de reforma da Praça Juscelino Kubitschek, em Penha Lon-ga. O projeto da nova praça se encontra na Prefeitura de Chiador. Já foram arrancadas 16 árvores do terreno, com o início das obras. Devido ao grande número de árvores no local, a junção de suas copas proporcionava muita sombra e umidade.

AGR Mat. de

construção

Tel: 3285-1328 / 8421-1435Rua Dona

Santinha, 170Entrega

a Domicílio

Fotos: Ronaldo Canedo Silva

Placa colocada próximo à mina, com lembrete à população

Benfeitorias na mina: caixa d’água lacrada e terreno limpo

população que, ao ler as ma-térias deste Jornal, se pronti-ficam em ajudar naquilo que podem.

de julho, às 15hrs, na varanda da casa da dona Arlety.

Reunião da Pastoral da Criança em Penha LongaDaisy Cabral - Da RedaçãoCom informações dos inte-grantes da Pastoral

No dia 05 de julho, os representantes da Pas-

toral da Criança no municí-pio se reuniram na casa da moradora Arlety de Olivei-ra e Silva, para exporem as-suntos pertinentes ao grupo. Discutiram acerca de temas como o desenvolvimento fí-sico e psicológico das crian-ças na comunidade, a bea-tificação da Dr. Zilda Arns Neumann e a Celebração da Vida, marcada para o dia 26

Foto: Daisy Cabral

Colaboradores da Pastoral da Criança discutem atuação do grupo

Posto Companheiro

Chiador-MG

Tel: (32)3285-1166

Fotos: Daisy Cabral

As obras para melhorias da Praça de Penha Longa

estão em andamento

- Quem é o avô do carro?- É o vô Lante (volante)

- Por que algumas pessoas colocam o despertador embaixo do travesseiro?- Para acordar em cima da hora.

- O que é que anda na água e não se molha?- A sombra.

- Onde o Super-homem compra comida?- No supermercado.

PiadinhasEnviado por Kaio Silva Pacheco

Mantenha a flexibilidade em qualquer idadeBeatriz Maurício Aires de Moraes

Alô? Com quem eu falo?

Ah! Sim. Não importa seu nome, importa saber se você é moradora de Penha Longa e está na terceira idade. Eu sin-to sua falta todas as segundas e quartas-feiras.

O nosso encontro é na pa-daria de Penha Longa, para se juntar a outras (que não são muitas, mas são corajo-sas) que vão lá para se dedi-car um pouco mais em prol de si mesmas.

Estou falando da aula de ginástica apropriada para a terceira idade, ministrada pela professora Talita, muito jovenzinha, cheia de encanto, disposição e amor pela tur-ma.

Lá você mexe e remexe, deixa as juntas (articulações) moles, porque tem passos de dança ao som de músicas va-riadas; andamos em cima de cordas, jogamos bola, etc., etc.

Quer mais? Vai lá e veja com seus próprios olhos.

Ah! Você não tem tempo?Já parou para pensar que

Deus lhe dá vinte e quatro horas todos os dias. Dedicar uma hora apenas a você mes-ma, não lhe fará falta, pelo contrário, você ganha muito – seu corpo lhe retribui gene-rosamente, e por certo muitas

coisas que nos incomodam tanto desaparecerão grada-tivamente. Em um passe de mágica nosso corpo se enche de energia, afugenta as dores, devolve-nos a mobilidade, que se perde ao longo dos anos. Tais benefícios (ainda que lentos) vão ter reflexos na qualidade de vida.

Passamos, muitas vezes, da melancolia para a alegria. Nosso semblante se enche de brilho. Resultado – conta-giamos as pessoas ao nosso redor. Isto sim é vida. Vida é saúde física, mental e intelec-tual. Doença foge de pessoa feliz!

Quer ser feliz? Quer con-tagiar? Não acredita? Pois, experimente. A hora é agora. Vem, seja testemunha viva da maravilhosa dádiva de se mexer.

Aguardo você. Até lá, se Deus quiser.

As aulas de ginásica acontecem toda

segunda e quarta-feira, das 8h às 9h, na Padaria de Penha

Longa.A participação é

gratuita.Mais informações no

texto acima.

Em um lugar não tão distante assim... (*)Daiton Santos

Na cidade de Bororó, pa-recida com a cidade de

Chiador, moravam cinco jovens que viviam de aventura. Eles andavam sempre juntos: Daiton, Thaís, Morgana, Rony e Augus-to.

Como eu (Daiton) fui o mais atingido, resolvi escrever essa história, que não só irá encan-tar o público, como despertar a curiosidade para ler o próximo capítulo. Este texto é dedicado a você, leitor do JC. Espero que goste!

Eram exatamente sete horas da noite de uma sexta-feira, quando saímos de casa, eu e meus ami-gos, em busca de aventura. An-damos um quarteirão inteiro até que, curiosamente, entramos em uma rua que parecia não ter fim. Sentamos um pouco e começa-mos a jogar conversa fora, de repente Thais diz:

- Silêncio. Fiquem quietos!Estava acontecendo por ali

uma coisa muito fora do comum.

Não sabíamos realmente o que era, mas nos camuflamos para observar mais de perto o mis-tério. Vimos um cara de terno preto, bem vestido, que estava causando pânico. Ele estava ma-tando todos que ali habitavam, só que de um modo diferente, pegava o braço das pessoas e em questão de segundos a vítima es-tava morta.

Chegamos à conclusão de que este homem estava relacionado a uma lenda bem antiga: vampi-ros!

Thaís, a mais medrosa da tur-ma, não conseguiu se segurar, entrou em desespero e começou a gritar:

- Vampiro! - Exclamou ela, com medo e dúvida ao mesmo tempo.

- Mas isso é impossível! So-corro! Não posso morrer agora. Eu quero a minha mãe!

Com todo esse choro, o ho-mem de preto, mais que depres-sa, nos achou, estávamos camu-

flados embaixo de um monte de capim seco. Ele começou a gar-galhar ao ver nossa cara de es-panto e, aproveitando a situação, começamos a correr disparada-mente no caminho de volta para casa. Toda correria era em vão, pois em qualquer direção que fôssemos ele aparecia em nossa frente, morrendo de rir.

Thaís não suportou toda aque-la aflição e desmaiou. Agora sim eu tinha certeza de que morrerí-amos. Enquanto todos tentavam socorrer Thaís, eu decidi enfren-tar o mal, esperei ele parar em minha frente e perguntei:

- Cadê a graça? Não estou vendo nenhuma plateia aplau-dindo o seu massacre. Qual é o motivo de tanta injustiça assim?

Não sei onde encontrei tanta coragem.

(*) Texto de ficção, cujo desdo-bramento será incluído em edi-ções futuras do JC

Padaria São Geraldo

“O pão nosso de cada dia”Obrigado pela preferência

Tel: (32) 3285-1252

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julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR julho / 2014 JORNAL DE CHIADOR

4 5

Prefeitura não se posiciona sobre o caso

A reportagem do Jornal de Chiador entrou em

contato com a Prefeitura de várias maneiras, presencial-mente e por e-mail, mas não obteve respostas. Na sexta-feira, 11 de julho, um repórter esteve na sede do Executivo à procura do prefeito Moi-sés Gumieri, ou do advoga-do responsável, Dr. Geraldo, mas nenhum dos dois estava no local. O repórter foi en-tão encaminhado a falar com Geovane, responsável pelo Departamento de Recursos Humanos (RH) da Prefeitura, que se comprometeu a rece-ber as perguntas por e-mail e encaminhá-las ao advogado, que só estaria em Chiador na quinta-feira seguinte.

Na terça-feira, dia 16 de julho, as perguntas foram en-

viadas ao e-mail do setor de RH, como combinado, mas nenhuma resposta foi obtida. Na quinta, dia 18, novo e-mail foi enviado, com o prazo de resposta até terça, dia 22, mas também não obtivemos resposta.

Durante a entrevista com o Dr. Sandro Tavares, advo-gado responsável pela ação dos funcionários, as possíveis defesas por parte da Prefeitu-ra foram abordadas. De acor-do com Tavares, o executivo chiadorense nega, tanto que as atividades dos servidores sejam insalubres, quanto que eles mereçam adicional no-turno e horas extras, entretan-to, segundo o advogado, “sem nenhum fundamento jurídico capaz de mudar o que os ser-vidores pleiteiam”. (C.A.)

Alterações em local e horário podem configurar ameaça

Além das ações para obter adicional de in-

salubridade, horas extras e adicional noturno, há tam-bém outro processo na jus-tiça contra a Prefeitura de Chiador. A acusação é de que os funcionários envolvidos no primeiro processo estão sofrendo ameaças e represá-lias. “Quanto às ameaças, nós já entramos com o processo e foi declarado procedente. O juiz verificou que houve essa alteração de jornada, verifi-cou que essa alteração é pre-judicial ao trabalhador, que não deveria acontecer e man-dou o prefeito pagar as horas extras”, explicou Tavares.

Neste caso, de acordo com o advogado, a ameaça fica comprovada através de tes-

temunhas e pela data da alte-ração da jornada de trabalho. “Temos a data da distribuição do processo e a data em que foi alterada a jornada”, escla-receu.

Esta reclamação foi relatada também por Rosana Oliveira e Maria Aparecida de Jesus, durante a entrevista. Elas dis-seram que as mudanças ocor-reram com todas as operárias que entraram com o processo e, além do aumento da jorna-da, o local de trabalho mudou para mais longe.

“Acho que o prefeito deve-ria procurar os advogados dos servidores, conversar, bater um papo, fazer uma reunião e tentar resolver isso da melhor forma possível”, concluiu Ta-vares. (CAIO ASSIS)

Foto: Caio Assis

Servidores buscam direitos na justiça

Há quatro meses, apro-ximadamente 10 ser-

vidores públicos de Chiador abriram ações na justiça contra a Prefeitura. O motivo: o muni-cípio não paga o adicional refe-rente à insalubridade, benefício garantido por lei aos trabalha-dores que exerçam atividades que causem algum dano à saú-de. Estes servidores trabalham como operários, fazendo a var-rição de ruas e coleta de lixo ur-bano e, de acordo com a Norma Regulamentadora 15 do Minis-tério do Trabalho, deveriam re-ceber o benefício. Além disso, os garis do município pedem também o pagamento de horas extras e adicionais noturnos.

Esta não é uma discussão recente no município. Em ju-nho de 2013, o vereador Wal-ter Gumiere (Batuta) fez uma indicação ao prefeito sobre o assunto.

A reportagem do JC entrevis-tou duas operárias que traba-lham com varrição e coleta de lixo urbano, Maria Aparecida de Jesus e Rosana Oliveira, am-bas concursadas em 2005 e que entraram cada uma com uma ação contra a prefeitura. Além de não receberem o adicional, de acordo com elas, existe uma grande dificuldade de conse-guir equipamentos básicos de segurança, como luvas e botas. “Para conseguir esse par de lu-vas, tive que ir lá e pedir, porque se depender deles nós ficamos sem”, revelou Maria Apareci-da, mostrando o equipamento de proteção individual. Além disso, segundo as operárias, o município não fornece protetor solar, mesmo com a jornada de trabalho de 7h às 17h, ou seja, sempre debaixo do sol.

O horário e a jornada de tra-balho também são questiona-dos por elas. Rosana contou

Caio Assis - Da Redação

Funcionários abriram ação contra a Prefeitura pedindo o pagamento de adicionais de insalubridade e noturno, além de horas extras

que, no início, o combinado era trabalhar mais cedo, das 4h às 10h, mas recentemente a Pre-feitura mudou seu horário. O Edital 001/2005, referente ao concurso para o qual ela foi aprovada, previa jornada de trabalho de 30 horas semanais, que era respeitada com o antigo turno. Hoje, com o trabalho de 7h às 17h, as operárias traba-lham mais do que o previsto.

Advogado esclareceResponsável pelo escritório

de advocacia que representa as trabalhadoras contra a Prefeitu-ra, o advogado Sandro Tavares conta que a primeira sentença já está definida, justamente so-bre as horas extras. Há aproxi-madamente um mês, a operária Maria Aparecida do Carmo Bento (Tida) obteve na justiça o direito de receber os atrasados. Em relação à insalubridade, o laudo de Tida, de responsabili-dade da 3ª vara do Trabalho de Juiz de Fora, também já tem um resultado: na perícia ficou cons-tatada insalubridade no grau máximo, por exposição diária a agentes biológicos. Neste grau, o pagamento do adicional é de 40% com base no salário. Além desta, outras três perícias acon-teceram sobre as condições de trabalho dos operários, e todas com o mesmo resultado.

O resultado já está definido, entretanto a Prefeitura pode re-correr. “O município tem o di-reito de recorrer, mesmo contra o laudo, e pode ir ao TST (Tri-bunal Superior do Trabalho, em Brasília); com isso, pode demorar de dois a três anos”, esclareceu Sandro Tavares. O advogado também se mostrou otimista em relação a todos os outros resultados e disse que é questão de tempo para todos obterem seus direitos.

As operárias Eliete de Souza (com o carrinho), Maria Aparecida (de costas) e Rosana Oliveira (ao fundo)

AS REIVINDICAÇÕES DOS FUNCIONÁRIOSAo todo são entre 10 e 15 funcionários com processos contra a Prefeitura de

Chiador e três reivindicações principais:

INSALUBRIDADEDe acordo com o laudo técnico pericial, as atividadesde limpeza, varrição e conservação das vias urbanas; e coleta do lixo produzido pelos munícipes na área urbana são operações insalubres em grau máximo (veja o quadro ao lado).

HORA EXTRAO edital de 2005, para o qual os servidores foram

aprovados, previa jornada de 30 horas semanais. Com a atual jornada, de 7h às 17h, os operários trabalham

9h por dia (uma hora é de almoço), ou seja, 45 horas semanais.

ADICIONAL NOTURNOAntes da mudança de turno, os operários iniciavam sua jornada de trabalho às 4h, ou seja, deveriam receber adicional noturno referente ao horário entre 4h às 5h.

Foto: Caio Assis

Dr.Sandro, advogado das trabalhadoras

O QUE É INSALUBRIDADE?

Em casos como este, em que traba-lhadores executam atividades que

causam algum dano à saúde, o Ministério do Trabalho (MTb) prevê o pagamento do adicional de insa-lubridade. Este benefício é conce-

dido em três graus: mínimo, médio e máximo. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura ao trabalhador um adicional inci-dente sobre o salário mínimo da

região, equivalente a:

40% para grau MÁXIMO

20% para grau MÉDIO

10% para grau MÍNIMO

A Norma Reguladora 15, Portaria MTb n.º 3.214, do Ministério do Trabalho, é referente a “Operações e atividades Insalubres”.

O caso desses servidores da Prefeitu-ra de Chiador se enquadra no Anexo

Nº 14, sobre as atividades que envol-vem agentes biológicos. No último

item deste anexo aparece o trabalho com lixo urbano (coleta e industriali-zação), em grau máximo. Com isso, a

alteração salarial ficaria assim:

R$ 289,60 insalubridade

R$ 724,00 salário atual

+= R$ 1.013,60

Abaixo, uma reprodução do anexo nº 14da NR-15, sobre os agentes biológicos aos quais asoperárias estão expostas e alguns detalhes destacados: