8
UFOPA UFOPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ Jornal da Ano II, Edição Especial - Santarém - Pará, janeiro de 2012 Dois anos: rumo à consoli- dação do novo modelo acadêmico Dilma Roussef recebe reitores e manifesta apoio à UFOPA Cooperação técnica com a SUDAM viabiliza criação do Núcleo Tecnológico em Agricultura/ICTA Aniversário Apoio da presidenta Implantação Página 4 Página 6 Página 2 Página 7 Dois anos Brasília Convênio UFOPA terá centro cultural às margens do Tapajós

Jornal da UFOPA - Edição Especial - Janeiro de 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal da Universidade Federal do Oeste do Pará

Citation preview

UFOPAUFOPAUNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

Jornal da

Ano II, Edição Especial - Santarém - Pará, janeiro de 2012

Dois anos: rumo à consoli-

dação do novo modelo

acadêmico

Dilma Roussef recebe

reitores e manifesta apoio à

UFOPA

Cooperação técnica com a

SUDAM viabiliza criação do

Núcleo Tecnológico em

Agricultura/ICTA

AniversárioApoio da presidenta Implantação

Página 4

Página 6

Página 2 Página 7

Dois anosBrasília Convênio

UFOPA terá centro cultural às margens do Tapajós

Ex

pe

die

nt

eE

xp

ed

ie

nt

e Universidade Federal do Oeste do Pará

Reitor: José Seixas Lourenço | Vice-Reitor: Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos | Pró-Reitor de Ensino de Graduação: | Marcos Ximenes Ponte |

Aldo Gomes Queiroz | Arlete Moraes

Coordenadora de Comunicação: | Jornalistas Responsáveis: Lenne Santos (DRT-PR 3413) e Maria Lúcia Morais (DRT-MG 6261) | Revisão: Júlio César da Assunção Pedrosa | Fotos: Maria Lúcia Morais, Andrea Teixeira| Diagramação: Luciana Leal

Universidade Federal do Oeste do Pará - Campus Tapajós - Coordenação de Comunicação - R. Vera Paz, s/n - Salé - CEP 68135-110 - Santarém – Pará | Comentários, críticas e sugestões: [email protected] - (93) 2101-4922 | www.ufopa.edu.br | Twitter: @ufopa | Facebook: www.facebook.com/pages/Universidade-Federal-do-Oeste-do-Pará-UFOPA/

José Antônio de Oliveira Aquino Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica: Pró-Reitor de Planejamento Institucional:

Pró-Reitora de Administração:

Maria Lúcia Morais Lenne Santos,

Jornal da UFOPA

A UFOPA e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) assinaram, no dia 25 de novembro de 2011, termo de cooperação técnico-científica que visa a oficializar antiga parceria entre as duas instituições, além de promover maior intercâmbio através da viabilização de ações comuns de colaboração no campo do ensino, da pesquisa e da extensão.

Realizada na sala de reuniões da Reitoria da UFOPA, a assinatura do convênio contou com a participação do vice-reitor da UFOPA, Prof. Dr. Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos; do gerente executivo do IBAMA em Santarém, Hugo Américo Rubert Schaedler; e do diretor do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), Prof. Dr. João Ricardo Vasconcellos Gama.

Inicialmente, o convênio terá validade de cinco anos, que poderão ser prorrogados por mais tempo. “A assinatura desse acordo vem consolidar uma parceria que já existe há muito tempo”, afirmou o vice-reitor, Clodoaldo dos Santos. Segundo o vice-reitor, vários programas e atividades de pesquisa e de capacitação já são desenvolvidos entre as duas instituições, como a especialização em manejo de florestas tropicais, realizada pelo IBEF visando à capacitação dos servidores do IBAMA. “Essa é uma cooperação que será bastante duradoura, pois é interesse da Universidade e do IBAMA manter a parceria”.

A assinatura do convênio também beneficiará a capacitação profissional dos alunos da UFOPA, através da consolidação e ampliação de vagas de estágio para os discentes. “Temos todo o interesse de colaborar com os professores e alunos da UFOPA”, afirma o representante do IBAMA, Hugo Schaedler.

“Temos estudantes do IBEF fazendo estágio no IBAMA, em vários setores, como também prestamos alguns serviços para o órgão, como a identificação de madeiras apreendidas, que é realizada no Laboratório de Tecnologia da Madeira”, lembra o diretor do IBEF, João Ricardo. “Por isso, precisávamos formalizar a antiga parceria para podermos ampliar essa cooperação”.

A reunião realizada pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 13 de dezembro, com os reitores membros da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), em Brasília, teve como objetivo estabelecer compromissos com o futuro da educação brasileira e expansão das universidades federais. A presença do reitor José Seixas Lourenço, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), serviu também para que a presidente expressasse o seu apoio explícito a “essa extraordinária e bela experiência”, ao se referir à nova universidade que está sendo implantada “no seio da Amazônia”.

A reunião foi realizada no Palácio do Planalto e incluiu a cerimônia de lançamento do regulamento do Programa Ciência Sem Fronteiras e o anúncio de chamadas públicas para bolsas de estudo no exterior, com a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia e da Educação.

Dilma Rousseff, ao ser convidada pelo reitor José Seixas Lourenço para inaugurar obras do governo federal na UFOPA, em Santarém, Pará, disse que “todo o Brasil deve sentir orgulho de saber que há todo esse esforço e tanta gente de coragem e com competência, capaz de fazer uma universidade tão peculiar para atuar nessa região rica de recursos naturais e humanos”.

Foi a primeira reunião da presidente da República, Dilma Rousseff, com os reitores das universidades federais de todo o país. Esta reunião consolidou uma prática, iniciada no governo anterior, de encontros anuais do Presidente da República com a Andifes. O presidente da Andifes, reitor João Luiz Martins (UFOP), levou à presidente os principais assuntos de interesse das instituições, fruto das discussões com os reitores. Destacou a importância da aprovação, ainda este ano, do Projeto de Lei 2.134/2011, que cria cargos para as universidades federais, como fundamental para consolidação da expansão com qualidade. Uma nova reunião com os reitores e a presidente ficou agendada para os meses de março e abril de 2012.

A presidente assinou o decreto que regulamenta o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) do Governo Federal. O CsF vai oferecer até 2014 mais de cem mil bolsas de estudos no exterior, sendo 75 mil com o apoio do governo federal e 26 mil da iniciativa privada. O primeiro edital do Programa, coordenado pela Capes, selecionou 1500 candidatos para cursos de graduação na modalidade sanduíche em universidades norte-americanas. O programa disponibilizará, aos alunos selecionados, curso de aperfeiçoamento em língua inglesa. O programa será lançado na UFOPA, que mantém convênios com instituições estrangeiras de ensino superior de vários países.

Convênio com o IBAMA

Dilma Rousseff recebe reitores das universidades federais

Fo

to: A

nd

réa

Te

ixe

ira

2

Em sua primeira participação nas premiações Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2011, a UFOPA conquistou o primeiro lugar na categoria “Suporte para o Desenvolvimento Regional da Amazônia”, com o projeto “UFOPA, a Universidade Federal interiorizada na Amazônia – fator sistêmico estratégico decisivo para um desenvolvimento sustentável amazônico: integrando projetos de natureza ambiental, econômico-tecnológicos e socialmente estruturantes que sirvam de suporte para o desenvolvimento regional”, submetido pelo Centro de Formação Interdisciplinar. Ocorrida no dia 2 de dezembro de 2011, em Macapá (AP), a solenidade oficial de outorga das premiações contou com a participação do reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, que representou a comunidade acadêmica durante a premiação.

“Essa premiação é fundamental, primeiro porque é outorgada por instituições as mais renomadas deste país; segundo, porque reconhece o valor desta estratégia acadêmica socialmente compromissada. É um grande estímulo a todos que lutam para o aperfeiçoamento de nosso sistema de ensino. O CFI foi só o proponente do Prêmio, que é para a UFOPA”, comemora a diretora do CFI, Profa. Dra. Dóris Faria. “Trata-se do resultado alcançado por uma equipe de servidores que, dia a dia, vem incrementando suas ações para a verdadeira melhoria do ensino superior público e federativo no Brasil, voltado à região amazônica, especialmente para o Oeste do estado do Pará, por meio da atuação direta em seus sete campi e suas imensas áreas de influência”.

Segundo Dóris Faria, a iniciativa premiada ressalta a relação entre o modelo acadêmico da UFOPA e o enfrentamento sistêmico de grandes questões para o desenvolvimento regional da Amazônia, uma "ligação direta" entre a academia e a sociedade, por meio de um forte compromisso social institucional. “Em nosso modelo acadêmico conectamos, por meio da interdisciplinaridade, o meio ambiente, o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico com as demandas de uma sociedade, como a amazônica, que ainda não foi privilegiada no nosso projeto de nação. Por isso nossa estratégia atende a finalidades do desenvolvimento regional, mas numa perspectiva federativa nacional”.

O reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, recebeu no dia 9 de dezembro de 2011 o prêmio “Gente Destaque 2011”, concedido pela colunista Graça Gonçalves, do Jornal de Santarém e do Baixo Amazonas, a personalidades que se destacam em diversas áreas, como Saúde e Educação. A cerimônia de premiação foi realizada no salão Curuá-Una do Barrudada Tropical Hotel , em Santarém (PA).

Em seu discurso de agradecimento, o reitor dedicou o prêmio à sua equipe e à comunidade acadêmica da UFOPA. ”Esse prêmio tem um grande significado por ser o reconhecimento da sociedade local ao nosso modelo acadêmico inovador, baseado na interdisciplinaridade e educação continuada”, afirmou. Seixas Lourenço ressaltou ainda a importância de premiações como esta, no momento em que a UFOPA comemora dois anos de existência. ”Essa homenagem é um grande estímulo para todos aqueles que estão se empenhando para a melhoria do nosso sistema acadêmico e para a consolidação da nossa jovem universidade”.

Premiação por suporte ao desenvolvimento regional

Reitor da UFOPA é “Gente Destaque 2011”

CircularUFOPA

Jornal da UFOPA 3

? O CNPq aprovou a proposta da UFOPA e concederá à instituição 110 bolsas institucionais para apoiar a pesquisa no Ensino Médio. A decisão foi tomada após análise do Comitê de Julgamento e Deliberação da Diretoria E x e c u t i v a ( D E X ) d a s propostas encaminhadas pelas instituições de ensino s u p e r i o r, c e n t ro s d e pesquisas e institutos tecnológicos à chamada PIBIC-EM 2011/2012.

? A Diretoria Executiva do CNPq também aprovou os projetos dos professores Carlos Eduardo Guerra, Edgard Siza Tribuzy e Wagner Figueiredo Sacco submetidos à Chamada Nº 14/2011–Universal, na Faixa A, destina a ações no valor de até 20 mil reais.

Criada em novembro de 2009, a partir da incorporação das unidades da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) em Santarém, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) é a primeira instituição federal de ensino superior com sede no interior da Amazônia. Com uma metodologia de ensino baseada na inovação e alicerçada na interdisciplinaridade e em formações graduadas com a oferta de bacharelados e l i cenc iaturas integradas , pretende revolucionar a forma de ensino superior no país. “Ao ingressar na UFOPA os alunos não optam por um curso específico; a escolha por uma das carreiras é feita ao longo do percurso acadêmico, o que possibilita uma escolha mais precisa da profissão, evitando-se assim o alto índice de desistências”, destaca o reitor José Seixas Lourenço.

A UFOPA adota o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como único critério de acesso para o preenchimen-to de 1.150 vagas anuais. Além disso, oferta mais 50 vagas destinada a candidatos indígenas, que ingressam por meio de processo seletivo diferenciado.

De acordo com o seu modelo pedagógico inovador, a UFOPA organiza-se em cinco institutos temáticos e um Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), destinados a produzir ensino, pesquisa e extensão com foco nas questões amazônicas. Organizados em programas, os institutos – Ciências da Educação (ICED), Ciências da Sociedade (ICS), Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA),

Jornal da UFOPA

UFOPA: inovação na educação amazônica

Fo

to:

Le

nn

e S

an

tos

Fo

to:

Ma

ria

cia

Mo

rais

Garantir educação de qualidade voltada para a realidade Amazônica e oferecer infraestrutura adequada para melhor acomodação aos alunos, professores e servidores é um dos principais desafios da UFOPA

Biodiversidade e Florestas (IBEF) e Engenharia e Geociências (IEG) – são responsáveis pela oferta de 34 cursos de graduação, além de cursos de pós-graduação lato e stricto sensu.

Estrutura acadêmica – Os dois processos seletivos habilitam para admissão à UFOPA no seu semestre inicial, intitulado Formação Interdisciplinar I, ministrado pelo Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), nos turnos matutino, vespertino e noturno, com 400 vagas cada. Nesse primeiro semestre, comum e obrigatório a todos os alunos ingressantes na universidade, são ministra-dos seis módulos de ensino: Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (SND); Origem e Evolução do Conhecimento (OEC); Lógica, Linguagem e Comunicação (LLC); Estudos Integrativos da Amazônia (EIA); Seminários Integradores (SINT); e Interação na Base Real (IBR).

A UFOPA adota o Índice de Desempenho Acadêmico (IDA) discente como princípio geral de progresso para o preenchimento das vagas disponíveis nos níveis subsequen-tes ao semestre inicial. Instrumento dinâmico que expressa quantitativamente, por meio de valor numérico, o desempenho do aluno em cada período de estudos, o IDA é o critério de classificação na seleção do percurso acadêmico do aluno para os institutos, programas e cursos específicos de graduação ofertados pela instituição e garante ainda a mobilidade dentro da universidade, desde que haja disponibilida-de de vagas.

No segundo semestre letivo, denomina-do Formação Interdisciplinar II, os alunos aprovados no CFI ingressam em um dos cinco institutos temáticos da UFOPA, onde recebem uma formação interdisciplinar específica para cada instituto. A classificação do aluno para o instituto de sua preferência dependerá do Índice de Desempenho Acadêmico (IDA) do discente, composto,

Investimentos na sua

estruturação por meio de

realização de concursos

públicos, voltados à formação

de corpo técnico e docente

qualificado, e de obras

estruturantes, como a

construção de novos prédios

para melhor acomodação de

alunos, professores e

servidores, marcaram a UFOPA

nesta primeira etapa, pela somatória das médias dos módulos de ensino do CFI e da Avaliação Final de Formação 1 (AFF1), avaliação objetiva, realizada por todos os alunos ao final da Formação Interdisciplinar 1.

Ciclos – A estrutura acadêmica da UFOPA é composta por diferentes ciclos de formação. Correspondente à Formação Graduada Geral, o Primeiro Ciclo conta com nove Bacharelados Interdisciplinares (BI) de curta duração (três anos em média), que habilitam a um primeiro diploma universitário. Esse Ciclo compreende ainda a Formação Interdisciplinar II, voltada à formação comum de cada instituto, além de mais quatro semestres de estudos para conclusão dos Bacharelados Interdisciplinares de cada Instituto.

Referente à Formação Graduada Específica, o Segundo Ciclo habilita a um segundo diploma universitário e compreende cursos de graduações específicas – sete licenciaturas integradas e interdisciplinares e 18 bacharelados específicos -, com número variável de horas e de semestres, também oferecidos pelos institutos.

O Terceiro Ciclo corresponde à Formação Pós-Graduada stricto e lato sensu, que compreende cursos de Especialização, Mestrado Profissional, Mestrado Acadêmico e Doutorado, em função do projeto pedagógico de cada instituto.

4

Aula inaugural da especializaçãoem educação infantil

Resultado dos aprovados no 1º processo seletivo

Seleção de mestrado - PGRNA

Recepção aos alunos do Parfor de Santarém

jan/201105/nov jan/2011jan/2011 jan/2011

Linha do tempo: UFOPA EM 2011

Assinatura do convênio com a prefeitura de Santarém

Aula inaugural da Escola de Gestores

Aula Magna 2011Homenagem da Câmara Municipal de Santarém

mar/201105/nov mar/2011fev/2011 fev/2011

Linha do tempo: UFOPA EM 2011

5

Universidade Federal do Oeste do Pará

s s

Em novembro de 2011, os acadêmicos da licenciatura em Física Ambiental da UFOPA (Turma 2008) promoveram no Parque da Cidade e na Praça do Mirante do Tapajós, em Santarém (PA), a atividade de extensão “Ciência na Praça”. Sob a orientação da professora Nilzilene Ferreira Gomes, docente do programa de Física Ambiental do Instituto de Ciências da Educação (ICED). A iniciativa teve como objetivo levar conhecimentos de Física e Astronomia para a comunidade santarena. Várias atividades foram realizadas, como observações do céu através de

telescópio; apresentação de vídeos sobre Física e Astronomia; murais de curiosidades; experimentos de Física e jogos interativos.

Segundo Nilzilene Gomes, a ação, resultante de uma disciplina de estágio trouxe importantes contribuições para a formação dos licenciandos, já que exigiu dos alunos preparação para interagir com pessoas de diferentes idades e formações. “A nossa intenção é que essa atividade se transforme em um projeto de extensão, dada a repercussão positiva que tomou. Também queremos estabelecer parcerias com outros cursos de licenciatura da UFOPA”.

A Sociedade dos Amigos da UFOPA (SOUFOPA) realizou no dia 21 de novembro de 2011 o lançamento oficial do projeto arquitetônico do Centro Cultural da Universidade, que será construído no Campus Tapajós, com o apoio da associação. “Esse é um momento de grande alegria para a SOUFOPA, que tem o objetivo ambicioso de ajudar a transformar a nossa universidade em uma das melhores do país”, afirmou o empresário Roberto Branco, presidente da associação, durante a cerimônia de lançamento do projeto.

Idealizado por engenheiros e arquitetos que compõem a diretoria da SOUFOPA, o projeto, orçado em mais de dois milhões de reais, visa à reforma do prédio onde funcionava a serraria de beneficiamento de madeira, parte das antigas instalações da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), que funcionava nesta área. “É um local com um visual maravilhoso, às margens do rio Tapajós”, afirma Roberto Branco. “Vamos manter a estrutura original de madeira e os pilares”.

A iniciativa beneficiará não só a comunidade acadêmica, como a comunidade local, pois contará com espaços adequados para o desenvolvimento de várias atividades, como teatro, galeria para exposição, píer náutico, entre outros. O Centro Cultural também abrigará o projeto Navegar, que atua na inserção social de jovens e crianças através da prática de esportes marítimos.

SOUFOPA - É uma associação civil, sem fins lucrativos, criada em 19 de agosto de 2010, que tem por objetivo colaborar com a Administração da UFOPA,cujo objetivo é incentivar ou subvencionar ações no campo do ensino, pesquisa e extensão, do desenvolvimento científico, tecnológico e de infraestrutura da instituição, além da cultura, das artes ou de ações que sejam de interesse da mesma, apoiando projetos e ações que favoreçam o desempenho, a qualidade e uma melhor ambientação da nova universidade. Fazem parte da SOUFOPA a Diretoria, que inclui um presidente, um vice-presidente, secretária, tesoureira e diretor de relacionamento, e a Diretoria Fiscal.

Alunos de Física Ambiental promovem Ciência na Praça

SOUFOPA apresenta projeto de Centro Cultural

Acadêmicos participantes:

Ádria Suzane da SilvaAdriano F. do NascimentoÁrisson Viana da SilvaDiego Maciel CarneiroEdevacy de Jesus da Silva JúniorGraciane Castro MeirelesMarcelo Danilo de AlcântaraMarcio Antônio Alcântara AbreuPaulina Moreira RodriguesRanilson Alves da RochaRicardo Mendes de FreitasRonaldo Costa CorrêaRosy Elem R. do NascimentoSaimon Bismarck P. AranhaSebastião Douglas A. BurgosMariel dos Santos Macedo

Jornal da UFOPA6

7

A UFOPA e a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) assinaram no dia 1º de dezembro de 2011, em Santarém (PA), termo de cooperação técnica para criação do Núcleo Tecnológico em Aquicultura (NTA), que visa atender a comunidade acadêmica e os aquicultores familiares rurais do Oeste do Pará.

No valor de dois milhões de reais, o convênio tem por objetivo implantar na universidade o Núcleo Tecnológico de Aquicultura do Oeste do Pará, iniciativa coordenada pelo Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) e vinculada ao Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. O Núcleo terá cinco laboratórios (produção de alevinos; minifábrica de ração experimental; multifuncional de manipulação química; prospecção de peixes ornamentais; e gestão de efluentes) destinados a viabilizar estruturas de ensino e de pesquisa avançada nas áreas de cultivo de organismos aquáticos e de estudos de peixes ornamentais.

“O apoio recebido da Sudam é de f u n d a m e n t a l i m p o r t â n c i a p a r a alavancarmos a aquicultura, um dos setores que são vocação na região”, afirmou o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, durante a solenidade de assinatura, que contou também com a participação do Superintendente da Sudam, Djalma Bezerra de Melo, e do Secretário de Planejamento do município de Santarém, Everaldo de Souza Martins Filho. Segundo Seixas Lourenço, a instalação do NTA, através da cooperação firmada com a Sudam, representa o primeiro grande passo para a implantação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, principalmente no que se refere ao uso sustentável da biodiversidade.

“Essa parceria vem desde o início da UFOPA, porque essa área toda do Campus Tapajós pertencia ao Centro de Tecnologia da Madeira, da Sudam”, lembra o

Cooperação viabiliza implantação de Núcleo Tecnológico em Aquicultura

Superintendente da Sudam. “A implantação desse centro de tecnologia é importante porque aquicultura e pesca são vocações da região, assim como também a madeira é uma vocação econômica. Estamos aplicando em algo que dará muitos frutos, como a melhor formação de recursos humanos para a Amazônia e a geração de novos produtos, resultantes da pesquisa”, afirma Djalma Bezerra de Melo.

Um dos principais objetivos do Núcleo é o desenvolvimento de pacotes de cultivo de peixes como o tambaqui e o aracu cabeça-gorda, duas espécies bastante apreciadas na região. “Também pretendemos desenvolver pacotes de cultivos de outras espécies para ampliar o leque de cultivo na região”, explica o diretor do ICTA, Prof. Dr. José Reinaldo Pacheco Peleja.

O Núcleo contará ainda com uma pequena fábrica de produção de ração experimental para

peixes, que deverá trabalhar com o reaproveitamento de resíduos da indústria pesqueira, como carcaças de peixes. Essa matér ia -pr ima, que gera lmente é descartada pela indústria, será utilizada na fabricação da farinha de peixe, um dos ingredientes componentes da ração. A iniciativa deve baixar o custo da ração, que é cara na região. “Hoje esse material é praticamente todo descartado, ocasionando um passivo ambiental. Perdemos uma matéria-prima importante que poderia ser utilizada no cultivo de peixes”, afirma Peleja.

Outra novidade será o laboratório de gestão de efluentes que vai dar suporte tanto para o estudo da qualidade de água para se trabalhar o cultivo, quanto para o manejo dos efluentes gerados pela atividade de piscicultura. A previsão é que o NTA esteja em pleno funcionamento até o final de 2012.

Fo

to: M

aria

cia

Mo

rais

Salvamento arqueológicono Campus Tapajós

Inauguração do novoprédio de salas de aula e auditório

Seminário Científico sobrecriação do estadodo Tapajós

Visita do governador Simão Jatene à UFOPA

jul/2011 out/2011ago/2011jun/2011

Linha do tempo: UFOPA EM 2011

UFOPA completa 2 anos com modelo único

8 Jornal da UFOPA

Criada em 2009, quando se tornou a primeira universidade pública federal com sede no interior da Amazônia, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) completou em novembro

de 2011 dois anos de existência. Sediada em Santarém, a instituição oferta 13 bacharelados interdisciplinares e 20 habilitações, mantém atuação voltada para as características específicas

da região e já prevê expansão da sua produção de conhecimento, através da implantação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, ainda em fase de estruturação. Um dos principais

diferenciais da UFOPA é o modelo acadêmico, que permite e a mobilidade interna, oferecendo ao estudante a possibilidade de mudar de instituto caso não se identifique com o instituto

escolhido.

O atual reitor da UFOPA é um paraense doutor em Geofísica pela Universidade da Califórnia (EUA): José Seixas Lourenço já comandou o Museu Paraense Emílio Goeldi e foi reitor da

Universidade Federal do Pará (UFPA) – quando ajudou a instalar no Estado o primeiro programa de pós-graduação da Amazônia e iniciou a interiorização do ensino superior no Pará.

Em entrevista concedida aos jornalistas do DIÁRIO Fábio Nóvoa e Cintia Magno, Seixas Lourenço falou sobre os desafios de se desenvolver o conhecimento científico no interior da região

amazônica.

P: O processo de interiorização iniciado em sua atuação na UFPA pode ser considerado um embrião da UFOPA?

R: Realmente, essa é a origem. Foram as primeiras sementes, que nos deram resultados muito importantes. No que se refere ao campus de Santarém, nós ousamos. Muitos achavam que

não tínhamos perspectiva, na medida em que não havia um grande apoio federal, mas nós criamos oito campi, em Santarém, Altamira, Abaetetuba, Cametá, Soure, Castanhal, Bragança e

Marabá. Hoje, sabemos que o campus de Marabá certamente vai ser transformado em uma nova universidade também, a Universidade do Sul e Sudeste do Pará. Então, essas sementes

plantadas há 25 anos frutificaram. Eu diria que foi uma verdadeira revolução para o interior. É claro que houve uma resistência até de pessoas da própria universidade, que achavam que o

ensino superior ainda não tinha se consolidado nem em Belém e que seria um grande risco a gente interiorizar. Mas, na verdade, a decisão que nós tomamos naquela época foi

absolutamente importante e fundamental para o desenvolvimento de todo o Pará.

P: Qual foi o principal desafio, na época, para implantar esse ensino superior no interior do estado?

R: A situação era diferente de hoje, em que há um grande estímulo do Ministério da Educação para a criação de campi no interior. A ideia [da UFOPA] surgiu em 2006. Já era uma aspiração

da comunidade acadêmica local, que gerou uma mobilização política no sentido de propor a criação da Universidade Federal do Oeste do Pará. Se por um lado poderia parecer que a

universidade perderia um de seus campi, e de fato ele foi desmembrado, priorizou-se uma visão pública e cidadã que concordou que aquela região merecia uma universidade. O interessante

é que, nessa mesma ocasião, o estado do Amazonas também pleiteava uma universidade. A entrega do projeto com a proposta de criação da UFOPA ao ministro da Educação, Fernando

Haddad é uma data histórica. Coincide com a data dos 50 anos da UFPA, que é 2 de julho de 2007. Foi um ano e meio de tramitação. A lei foi sancionada exatamente no dia 5 de novembro de

2009, e foi criada a primeira universidade pública com sede no interior da Amazônia. E ela já surgiu multicâmpi.

P: Nesses dois anos, o que você apontaria como as principais conquistas?

R: Destaca-se a estrutura acadêmica inovadora que foi construída bem antes da criação da universidade. Quando presidi a comissão de implantação, essa comissão demonstrou uma

importante capacidade de trabalho e mobilização. Fizemos vários seminários, alguns incluindo o que há de melhor na região Amazônica. Tivemos um grande número de debates e, inclusive,

fizemos audiências públicas. A partir daí, começamos a desenvolver um novo modelo acadêmico em que a instituição priorizasse temas que são a vocação daquela região, em vez de criar

aqueles núcleos ou departamentos tão fragmentados, que geralmente acontecem em instituições tradicionais. A gente optou por cinco institutos interdisciplinares. O Instituto de Ciência e

Tecnologia das Águas (ICTA), o Instituto de Biodiversidades e Florestas (IBEF), o Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), o Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) e o Instituto de Ciências

da Educação (ICED). Resolvemos criar um Centro de Formação Interdisciplinar (CFI) porque decidimos adotar o seguinte modelo de acesso dos jovens que terminam o Ensino Médio: a

seleção é feita exclusivamente utilizando 100% o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e os estudantes passam por dois períodos de formação interdisciplinar. Ou seja, eles ingressam na

universidade sem fazer opção de curso. A observação geral é de que os jovens entram em uma profissão e mudam ao longo do curso. Você não tem no Ensino Médio, de um modo geral, uma

percepção das várias carreiras. Poucos sabem o que é se formar arqueólogo ou um planejador geral na área de computação, por exemplo. Então, esse modelo se revelou extremamente

interessante. Fizemos a primeira seleção no final do ano passado e tivemos, para surpresa nossa, uma demanda muito grande. Foram quase 18 mil inscritos para 1.200 vagas. Ou seja, isso dá

quase 15 concorrendo para cada uma vaga. Como o processo é aberto, já que é pelo Enem, vieram candidatos de todo o Brasil, mas 90%, obviamente, eram do próprio Pará e, em especial, de

Santarém. Ao final do primeiro semestre, houve a opção por um dos cinco institutos, ainda não pela carreira. Agora, eles estão passando, desde agosto até dezembro, por uma visão

interdisciplinar dentro da área específica. Depois de dezembro é que farão a opção por uma dessas carreiras. É uma grande inovação dessa universidade, que está servindo de referência não

apenas para as universidades tradicionais, mas também para universidades novas.

P: Antes, esse modelo não existia aqui na Amazônia...

R: Não. Nem no Brasil. Mesmo as universidades novas têm o ingresso já para uma respectiva graduação. Certamente somos um paradigma, uma referência para as demais universidades

e esse modelo tem se revelado muito exitoso, segundo depoimentos dos próprios alunos. O segundo grande êxito que tivemos é a qualidade do corpo docente, e é fundamental, porque, por

mais inovadora que a estrutura acadêmica seja, você não é capaz de executar o modelo com a qualidade exigida se você não tiver um corpo docente que seja qualificado.

P: A região também possui um campo vasto para a pesquisa, não?

R: Muito. Na hora em que você coloca como temas principais a água, e a água na sua diversidade, inclusive na área de saneamento, que estamos abrindo agora... Para quem quer fazer

arqueologia, nós estamos com um grupo muito sólido que é um dos melhores da região. O que aconteceu em todo esse Oeste do Pará? Uma demanda reprimida. Os jovens tinham meios e

vinham estudar fora porque a oferta em Santarém ainda era muito pequena na época. Então, na hora em que surgiu uma nova universidade, as pessoas vieram e se inscreveram. Em julho do

ano passado, seis meses após a universidade ser criada, nós partimos para a formação superior de professores do ensino fundamental e médio que atuam em todo o Oeste do Pará. A gente

estima que o número de professores que não tiveram a oportunidade de fazer nível superior chegue de 8 a 10 mil somente na região, contrariando, inclusive, a Lei de Diretrizes e Bases, que

diz que, para ser professor, a pessoa precisa ter a formação. Então, a gente resolveu aceitar esse desafio. Nosso desafio é que, dentro de cinco anos, todos os professores leigos já tenham

ingressado na universidade.

P: Então, a própria implantação da universidade já está colhendo frutos para a região, nesse caminho onde a educação é motor de desenvolvimento...

R: Não tenho dúvida de que a educação, a ciência e a tecnologia tenham esse papel. A UFOPA já vinha desenvolvendo pesquisa com a UFPA e a UFRA, só que agora ela desenvolve com um

potencial muito maior na medida em que nós quadruplicamos o nosso potencial. Como universidade nova, nós já temos três pós-graduações em nível de mestrado, e já há uma proposta de

doutorado interdisciplinar em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento. Nós temos uma perspectiva de já atingir aquilo que é a exigência recente do Conselho Nacional de Educação, de

diferenciar universidades de faculdades e instituições de ensino superior. Devem ter o status de universidade aquelas que tiverem pelo menos um doutorado e três mestrados. É uma meta

que será cobrada até 2014 e essa jovem universidade de dois anos já, praticamente, com a aprovação do doutorado, terá alcançado a meta mínima. Nós já temos uma agenda de pesquisa de

pós-graduação muito sólida. Então, se me perguntam se faz diferença a criação de novos meios de pesquisa em uma região, digo que isso muda por completo o cenário na medida em que

você começa a gerar conhecimento em um nível mais alto e a desenvolver a região.

P: A instituição está com as inscrições abertas agora para o seu segundo processo seletivo e tem previsão de criar novos cursos para o ano que vem...

R: É. Na verdade, nós estamos consolidando a oferta que já fizemos antes e o ICTA sugeriu a criação do curso de Engenharia Sanitária. Mas o leque que nós ofertamos já é bastante

significativo. Estamos em viabilização de um Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, que será um espaço para quem quiser transformar conhecimento em produto. O parque terá, por

exemplo, incubação de empresas. A Sudam já aprovou R$2 milhões para criar um núcleo de aquicultura dentro da ideia do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. Isso será anunciado no

dia 10 de novembro, lá em Santarém.

P: A sede da universidade está instalada em uma região que pode vir a se tornar um novo estado, caso o Pará seja dividido...

R: Logo que o Congresso Nacional aprovou o plebiscito, eu tomei a iniciativa de criar uma comissão para desenvolver estudos e promover diagnósticos para subsidiar os debates sobre a

divisão do estado. Uma das características dessa região, que pode vir a se tornar o estado do Tapajós, é que ela é riquíssima do ponto de vista cultural. Em tempos idos, há mil anos, eram duas

culturas distintas, tinha a cultura marajoara e a tapajônica. Os resultados [dos grupos de estudos] têm sido extremamente interessantes. A universidade não toma partido, claro. A

universidade, na realidade, deve analisar as diferentes percepções e nisso ela fez um grande diferencial na comissão que a gente criou. Fizemos uma análise crítica mostrando principalmente

que, se essa região quer se transformar em um estado, tem que ter um projeto de estado. O que se percebe é que a discussão tem sido muito politizada do ponto de vista de partidos políticos

e a gente não percebe ainda a apresentação de um projeto sólido de desenvolvimento diferenciado da região.

Entrevista publicada no Diário do Pará, Belém, 6/11/2011.