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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE LETRAS PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS II PROJETO DE INTERVENÇÃO TEMA: ESTRATÉGIAS LEITURA E INTEPRETAÇÃO ARISTEA R. DA SILVA JIDIDIAS R. DA SILVA PORTO DE MOZ 2012

PROJETO UFOPA - 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE LETRAS PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS II

PROJETO DE INTERVENÇÃO

TEMA: ESTRATÉGIAS LEITURA E INTEPRETAÇÃO

ARISTEA R. DA SILVA

JIDIDIAS R. DA SILVA

PORTO DE MOZ

2012

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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDÁGOGICA

TEMA: ESTRATÉGIAS LEITURA E INTEPRETAÇÃO

O ato de interpretar textos sempre foi um problema na educação, isto por que a

maioria de nossos leitores não entender o sentido global do texto. O que se nota é que a

maioria das pessoas apenas consegue fazer uma leitura superficial, não conseguem extrair dos

textos outras informações adicionais. Isso se dá por não terem sidos habituados a uma prática

de leitura utilizando técnicas precisas para o desenvolvimento das tais leituras com as suas

devidas interpretações.

Segundo o PCN de língua portuguesa (1998 p. 29), fala sobre a importância que o

professor da área deve dá ao ensino da variação linguística em nosso país em relação ao que

se escreve e ao que se fala, para que os alunos através do conhecimento podem saber discernir

na hora de produzir um texto e/ou interpretá-lo.

1. PÚBLICO ALVO:

O presente projeto de intervenção é destinado aos alunos do 6ª ao 9ª ano do ensino

fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto da Silva Torres, localizada

no município de Porto de Moz, na localidade denominada de Vila Tapará no estado do Pará.

2. JUSTIFICATIVA: Este projeto surgiu em razão do interesse de alguns professores de língua portuguesa

estudantes de Letras, em amenizar-se deficiências com relação à leitura e a interpretação de

textos de variados gêneros textuais por parte dos alunos das séries do segundo ciclo do ensino

fundamental, haja vista que averiguamos várias dificuldade com relação a leitura por parte de

alguns alunos principalmente no 6º e 7º ano e também dificuldades de interpretação no 8ºe 9ª

ano, grande parte dessas dificuldade advindas desde as series iniciais neste contexto nos

remetemos a opinião de Souza (1996) na qual afirma que as dificuldades de aprendizagem

aparecem quando a prática pedagógica diverge das necessidades dos alunos. Neste aspecto,

sendo a aprendizagem significativa para o aluno, este se tornará menos rígido, mais flexível,

menos bloqueado, isto é, perceberá mais seus sentimentos, interesses, limitações e

necessidades.

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Com a sua aplicação, esperamos desenvolver nos alunos habilidades de leitura,

interpretação critica. Vale lembrar neste contexto as palavras de Vygotsky (1989) que afirma

que o auxílio prestado à criança em suas atividades de aprendizagem é válido, pois aquilo que

a criança faz hoje com o auxílio de um adulto ou de outra criança maior, amanhã estará

realizando sozinha.

3. OBJETIVOS

3.1 – OBJETIVO GERAL:

Promover aos alunos o conhecimento sobre as estratégias de leitura e interpretação de

diferentes gêneros textuais com níveis de linguagem diferenciados, e por certo mostrar que é

possível formamos leitores críticos em nossa escola capazes de interpretar uma simples

noticia de jornal até um texto de cunho acadêmico. Com isso pretendemos construir uma

discussão em sala de aula sobre os textos lidos, possibilitando ao aluno o acesso a construção

do conhecimento.

3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Estimular e promover o acesso à leitura;

Permitir aos alunos o conhecimento sobre estratégias de interpretação critica

(aula teórica );

Relacionar os temas dos textos com acontecimentos diários do educando.

Analisar e interpretar diversos gêneros textuais.

4. REFERENCIAL TEORICO

Nota-se na observação feita no campo de pesquisa que uma das mais notáveis

implicações no processo de interpretação textual é a implicação cognitiva. Ou seja, o processo

de pensar e agir; se este não ocorre de forma plena, afeta gravemente o desempenho dos

alunos.

Schwarz (1992), citado em Koch (2006, p. 35), apresenta três questionamentos básicos

de que trazem reflexões significativas.

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1. De que conhecimento o ser humano precisa dispor para poder realizar tarefas tão complexas como pensar, falar e agir socialmente? 2. Como este conhecimento está organizado e representado na memória? 3. Como este conhecimento é utilizado e que processos e estratégias cognitivas são postas em ação por ocasião do uso? (Schwarz, 1992)

Portanto, é baseando-se também nas propostas apresentadas por Koch que se aborda a

importância da cognição para a abordagem dessa proposta de pesquisa.

Outro aspecto abordado por Koch (2006) é o destaque dado aos gêneros do discurso.

Pois, trata das competências sócio-comunicativas, que levam o usuário da língua a diferenciar

determinados gêneros de textos, como saber quando estiver perante uma anedota, um enigma,

um poema etc. Para tanto, a ênfase será sobre os gêneros escolares, apontados por Schneuwly

e desenvolvidos por Rojo (1998), e trazidos por Koch:

A situação escolar apresenta uma particularidade: nela se opera uma espécie de desdobramento que faz com que o gênero deixe de ser apenas ferramenta de comunicação, passando a ser, ao mesmo tempo, objeto de ensino/aprendizagem. (Koch, 2006: 56).

Além disso, segundo Platão e Fiorin (1999, p.155-156), percebe-se ainda que na

análise de um texto a segmentação é um procedimento importante na interpretação do mesmo,

pela qual nos leva a compreender distintamente cada uma de suas transições e as relações

existentes entre elas. Portanto, reduzimos o risco de passar pela parte superior de dados

importantes, e percebendo as relações entre as várias partes, superamos a contemplação

fragmentária e ganhamos total visibilidade da própria estrutura global do que se ler. O

desconhecimento da ideia de segmentação de um texto é um fator do qual dificulta a

interpretação do sentido global do texto.

Segundo Kleiman (2007, p. 17), afirma que a prática que a escola sustenta é a de usar

os textos propostos para aula são utilizados pelo professor para desenvolver uma serie de

atividades gramaticais [...] usam o texto como pretexto para o ensino de regras sintáticas ou

análise de frases isoladas extraídas dos mesmos.

Com isso, nota-se que a utilização do texto como análise da compreensão do seu

sentido global do texto se perde pelo uso do mesmo para análise de classes gramaticais

isoladamente ocasiona nas dificuldades de compreender o sentido do texto nas leituras feitas

pelos alunos.

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Essas tais dificuldades ainda permanecem por os alunos não conhecerem a forma

escrita da forma falada. Ainda segundo Kleiman (2007), diz que “A maneira em que a escrita

pode ser imposta, sem urgência de ir produzindo e ajeitando a produção ao mesmo tempo em

que se está pensando, permite uma maior elaboração e cuidado, graças às possibilidades de

reescrita e revisão, que resultam em diferentes estruturações. Essas estruturações diferentes

têm sido caracterizadas como tendo maior complexidade sintática e maior densidade lexical

(isto é, de vocabulário). Essas diferenças podem, é verdade, causar dificuldades para o

processamento, para a compreensão do objetivo do ponto de vista cognitivo.” Com isso, nota-

se que a variação se ocorre entre o falar e o escrever também é um ponto relevante para o

ensino, ao que diz respeito a leitura e interpretação textual.

Segundo o PCN de língua portuguesa (1998 p. 29), fala sobre a importância que o

professor da área deve dá ao ensino da variação lingüística em nosso país em relação ao que

se escreve e ao que se fala, para que o aluno através do conhecimento posso saber discernir

ma hora de produzir um texto e/ou interpretá-lo.

Para tanto, dá-se ênfase a algumas estratégias de leitura para a facilitação da

compreensão do texto no ato da leitura. Kleiman (2007) propõe que a leitura não seja tratada

como um pretexto de manipulação dos autores dos livros didáticos, nem dos professores com

perguntas e respostas previamente definidas. Mas, que o ensino da leitura seja entendido

como ensino de estratégias de leitura, ou seja, ensinar aos alunos em meio a leitura operações

regulares para abordar o texto.

5. METODOLOGIA

Este projeto terá duração de 12 dias, divididos em etapas, sendo 6 dias destinado ao 6º

e 7º ano e outros 6 dias para o 7º e 8º ano. No primeiro momento deste projeto daremos aulas

teóricas sobre as estratégias de leitura e interpretação com base no referencial teórico adotado.

No segundo momento será realizada uma oficina onde serão disponibilizados alguns

gêneros textuais para que os alunos possam empregar, no momento da leitura, as estratégias

indicadas na aula. Em seguida, será solicitada uma produção da compreensão do que foi lido.

Ao final da oficina serão escolhidos alguns voluntários para socializarem as suas produções,

mostrando assim os resultados do trabalho proposto.

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6. AVALIAÇÃO As avaliações de resultado serão analisadas a partir da percepção de

desenvolvimento cognitivo dos alunos no decorrer do projeto, se analisará as produções,

leitura e interpretações dos alunos.

Segundo o professor Cipriano C. Luckesi (apud LIBANEO, 1994), a avaliação é uma

análise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o

professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem às ações didáticas. Com

isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a

qualificação e a apreciação qualitativa. Ela também cumpre pelo menos três funções no

processo de ensino: a função pedagógica didática, a função de diagnóstico e a função de

controle.

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ETAPAS ATIVIDADES QUANTIDADE DE HORAS/ AULAS

1ª ETAPA Aula explicativa / expositiva sobre as técnicas de leitura e interpretação e leitura de textos.

3 Horas / Aula

2ª ETAPA Continuação da Aula teórica sobre estratégias de leitura e Interpretação

3 Horas / Aula

3ª ETAPA Os alunos se familiarizaram com diferentes gêneros textuais : Gibi, conto, noticia de jornais etc.

4 Horas / Aula

4ª ETAPA Nesta etapa os alunos farão a leitura de vários gêneros textuais oferecido pelo professor em seguida será feita socialização do conhecimento pelo alunos

3 Horas / Aula

5ª ETAPA Produção de textos a partir da leitura realizada 3 Horas / Aula

6ª ETAPA Oficina de Leitura 4 Horas / Aula

7ª ETAPA Aula explicativa sobre interpretação textual – (8º ao 9º ano do fundamental)

3 Horas / Aula

8ª ETAPA Continuação da Aula teórica sobre estratégias de leitura e Interpretação

3 Horas / Aula

9ª ETAPA Os alunos se familiarizaram com diferentes gêneros textuais : Gibi, conto, noticia de jornais etc.

4 Horas / Aula

10ª ETAPA Nesta etapa os alunos farão a leitura de vários gêneros textuais oferecido pelo professor em seguida será feita socialização do conhecimento pelo alunos

3 Horas / Aula

11ª ETAPA Produção de textos a partir da leitura realizada 3 Horas / Aula

12ª ETAPA Oficina de Leitura e socialização de Conhecimento 4 Horas / Aula

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8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIORIN, José Luiz; SAVIORI, Francisco Platão. Para entender o texto: Leitura e redação. – São Paulo – Ática, 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Editora: Cortez, 1994. Nº de Paginas: 263.

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática – 11 ed. – Campinas, SP: Pontes, 2007. KOCH, Ingedore G. Villaça. Desenvolvendo os sentidos do texto – 5 ed. – São Paulo. Cortez,2006. PCN – Parâmetro Curricular Nacional: terceiro e quarto ciclo de ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/CEF 1998. SOUZA, E. M. Problemas de aprendizagem – Crianças de 8 a 11 anos. Bauru:EDUSC, 1996. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE LETRAS

PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS II

ATIVIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Nesta oficina abordaremos sobre técnicas de leitura, produção e intepretação textual para isto devemos nos reportar a alguns conceitos básicos:

Leitura: Um ato social entre leitor e autor, que participam de um processo interativo.

Gênero:

Leitura para obter informações; Leitura recreativa; Leitura para compreensão e retenção de informações.

LEITURA INSPENCIONAL: é a leitura rápida, horizontal que se faz para tomar

conhecimento do conteúdo geral do texto, através de títulos, subtítulos e da fixação de alguns parágrafos.

LEITURA ANALÍTICA: é a leitura atenta, reflexiva, vertical, pausada com possíveis releituras, que visa a aprender e criticar toda montagem orgânica do texto, na coerência informativa e seu valor de opinião.

RELAÇÕES TEXTUAIS: analisar o conteúdo lógico e semântico do texto.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS OU PRAGMATICAS: apreensão das relações

contextuais que compreendem as intenções do autor e as convenções socioculturais que repercutem na produção do texto.

RELAÇÕES INTERTEXTUAIS: seria inter-relacionar à temática e as teses com

outros textos que tratam do mesmo assunto com abordagens semelhantes ou divergentes da nossa.

ALUSÃO: é uma referencia rápida a um pensamento, a uma citação ou a um

proverbio bem conhecido. PARÁFRASE: é a reprodução das ideias de um texto em outro texto, isto é, por outras

palavras. PARODIA: consiste na apropriação de um texto primitivo com intenção critica

humorística ou apelativa.

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ATIVIDADE 1 Leia a tira de Ziraldo:

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de l932 em Caratinga, Minas Gerais.

Começou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão, como Jornal do Brasil,

O Cruzeiro, etc. Além de pintor é cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e

escritor. Em l969 publicou seu primeiro livro infantil Flicts e em 1980 publicou um dos

livros infantis mais vendidos no Brasil.

O Menino Maluquinho que apresenta as histórias e invenções de uma criança alegre e

sapeca, “maluquinha”

A respeito da tira, responda: 1- Quem são as personagens da história narrada na tira. 2-Em que cenário (lugar) a. história acontece. 3-Qual é o assunto da história. 4- Nos três quadrinhos as personagens falam em avião. Esta palavra possui a mesma significação nas três situações? 5-Em que quadrinho a palavra avião é usada com sentido diferente. O que ele quis dizer? 6- E você é também um (a) menino(a) maluquinho(a)? Justifique.

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ATIVIDADE 2

GÊNERO TEXTUAL: BILHETE

Edu, Não posso jogar futebol hoje à tarde com você e a turma no campo. Minha mãe vai me

levar ao dentista. A gente se fala amanhã na escola. Toquinho a) Como é chamado, na sociedade, o texto que você acabou de ler? Assinale com um (x) a resposta correta: ( ) Carta ( ) Bilhete ( ) Aviso ( ) Fábula b) Por que escrevemos textos como esse, ou seja, qual a finalidade dele? ( ) Fazer um convite. ( ) Dar um recado. ( ) Contar um fato. c) Responda, atentamente, às seguintes questões:

Quem escreveu o texto? Escreveu para quem? O que Toquinho tinha combinado com Edu? Com quem Toquinho iria jogar bola? Por que Toquinho não poderia ir mais jogar bola? Quando que Edu e Toquinho se encontrarão novamente? Onde os dois costumam conversar? Toquinho precisou repassar um recado para Edu e, para isso, selecionou o gênero bilhete.

Por que ele selecionou esse gênero? No seu dia a dia, quando você se utiliza do gênero bilhete? Por que esse gênero é

selecionado? Qual a relação de interação entre Toquinho e Edu? Assinale com um (x) a resposta correta:

( ) colegas ( ) amigos ( ) inimigos Retire do texto uma expressão que comprove sua resposta da questão anterior.

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ATIVIDADE 3

ATIVIDADE DE LEITURA REFERENTE À HISTÓRIA EM QUADRINHOS

1. O texto acima é uma história em quadrinhos. Aponte pelo menos três características desse tipo de texto (o que ele apresenta que o faz ser uma história em quadrinhos?).

2. O jeito de falar e mesmo as roupas de alguns personagens identificam o lugar onde eles vivem. Que lugar é esse?

3. No primeiro e no último quadrinho, Chico Bento e Zé Lelé apresentaram a mesma expressão facial, ou seja, “cara”. Que acontecimentos os fez ficar desse jeito? 4. Observe as falas de Zé Lelé e Chico Bento, você acha que em um trabalho de pesquisa escolar eles podem escrever do mesmo jeito que falam? Por quê? 5. Explique por que o balão que contém a risada de Zé Lelé é diferente dos outros que indicam as falas dos personagens.

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ATIVIDADE 4

O LEÃO E O RATINHO

O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar o caminho. – Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando. Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou-o e prendeu-o debaixo de sua pata. – Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho – E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso? – Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho. O leão deu uma sonora gargalhada: – Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa! – Por favor, por favor, por favor, não me esmague! – insistiu o ratinho. Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estomago cheio, deixou que o ratinho fosse. Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus uivos de raiva fizeram a terra tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu as cordas da rede e soltou o leão. Uma boa ação ganha outra. Pequenos amigos podem ser grandes amigos.

(Jean de La Fontaine. Fábulas de Escopo. Adaptação de Lúcia Tulchinski. São Paulo, Scipione, 1998.)

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO 1.Quem são os personagens do texto? 2. Os personagens do texto são animais. O comportamento deles é próprio de animais ou eles agem como se fossem humanos? Justifique sua resposta. 3. O que essa fábula pretende ensinar para as pessoas? 4. O que é, para você, uma fábula? 5. No texto, aparecem duas expressões que foram empregadas para se referir ao leão. Você sabe dizer quais são? 6. Que outras palavras e expressões poderiam ser empregadas para se referir ao leão? 7. Dos provérbios seguintes, qual deles poderia substituir a moral da fábula “O leão e o ratinho”?

QUEM COM FERRO FERE COM FERRO SERÁ FERIDO. O BEM SE PAGA COM O BEM MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO QUE DOIS VOANDO. DE GRÃO EM GRÃO A GALINHA ENCHE O PAPO.

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ATIVIDADE 5 Garota de Ipanema Olha que coisa mais linda Mais cheia de graça... Moça do corpo dourado Do sol de Ipanema O seu balançado É mais que um poema É a coisa mais linda Que eu já vi passar...

(Composição de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Gravação Philips, 1963) 1) Uma poema é composto por: a)estrofes e linhas; b) parágrafos e estrofes; c)versos e estrofes; d)linhas e versos. 2) O assunto principal do texto é: a) exaltar as mulheres; b) menosprezar as mulheres; c) provocar as mulheres; d) ridicularizar as mulheres. LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Um monstro de laboratório Frankenstein não é nome do monstro, mas de seu criador. Frankenstein é um cientista que quer recriar a vida humana em seu laboratório. Ele junta partes de pessoas mortas (argh!), costura aqui e ali, (blargh!) e dá vida a uma criatura de dois metros e meio de altura, com uma força incrível e alguns parafusos a menos. Para piorar, ele foge e começa a aprontar por onde passa. Claro que é só uma história inventada pela escritora inglesa Mary Shelley. Seu livro fez muito sucesso, mas o monstro ficou mais famoso depois que foi para o cinema. 1.Destaque, no texto, as palavras que você não conhece. 2.Coloque as palavras que você destacou em ordem alfabética. 3.Com o auxílio do dicionário, procure o significado dessas palavras e registre em seu caderno. 4.Qual é o título do texto? 5.Quem é a personagem principal? 6.Quantos parágrafos têm o texto? 7.Quem é Mary Shelley? 8.Como Frankenstein criou o monstro? 9.Quais as características do monstro? 10.Crie um novo título para o texto: 11.Quais outros monstros você conhece? 12.Desenhe o monstro do texto.

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ATIVIDADE 6

O lobo e o cordeiro Monteiro Lobato

Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto. ─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o monstro, arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar tamanha má-criação!... O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência: ─ Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim? Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer. ─ Além disso ─ inventou ele ─ sei que você andou falando mal de mim no ano passado. ─ Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano? Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu: ─ Se não foi você foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo. ─ Como poderia ser seu irmão mais velho, se sou filho único? O lobo, furioso, vendo que com razões claras não venceria o pobrezinho, veio com razão de lobo faminto: ─ Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô! E ─ nhoque ─ sangrou-o no pescoço. Contra a força não há argumentos.

1. O texto que você acabou de ler:

(a) é uma crônica em que o autor trata de um assunto do dia-a-dia. (b) é uma fábula, isto é, uma pequena história com um ensinamento moral. (c) é uma página de diário, isto é um caderno onde a pessoa anota, diariamente, fatos, opiniões, sentimentos, etc. que ela considera importantes em sua vida. 2. Quais são as personagens do texto? 3. Onde essa história acontece? 4. O lobo e o cordeiro, sendo animais, são personagens do texto porque: (a) antigamente os animais falavam. (b) o texto fala sobre eles. (c) na história, eles agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas. 5. O autor caracteriza o lobo como: (a) um animal de aspecto horrível, cruel, ruim, injusto. (b) como um animal carnívoro e que, portanto, se alimenta de outros animais. (c) um animal muito faminto, apenas. 6. O autor caracteriza o cordeiro como: (a) um animal inocente, que se defende com respostas e argumentos justos. (b) um animal desaforado, que não sabe respeitar os outros. (c) como um animal fofoqueiro, que gostava de falar mal da vida dos outros.

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7. As respostas e os argumentos que o cordeiro apresentou ao lobo: (a) eram sem fundamento, sem motivo, sem razão. (b) foram respostas com fundamento, válidas e justas. (c) eram respostas que o lobo não conseguia entender. 8. Observando as respostas que o cordeiro deu ao lobo, podemos perceber que ele tratou bem ao lobo. Que palavra aparece repetida nas respostas do cordeiro, provando esse bom tratamento? 9. O lobo e o cordeiro foram ao mesmo córrego. Com que finalidade ( motivo )cada um se dirigiu para lá? 10. No final da história, quando o cordeirinho foi devorado pelo lobo, o autor quis sugerir que: (a) a força sempre vence a razão. (b) nem sempre quem tem razão vence uma disputa. (c) podemos explorar os mais fracos. LEITURA 7

ISSO DÁ MEDO? A HORA DO TERROR

Claro que eles não existem, mas é só ouvir um barulho estranho no quarto escuro que a gente fica morrendo de medo. Será que é um monstro? Esse pavor é muito antigo e existe no mundo inteiro. Só de pensar em encontrar um desses seres medonhos, as pessoas ficam de cabelo em pé. Por isso mesmo os livros, filmes e desenhos de terror são tão empolgantes. Se você gosta de emoções fortes é hora de conhecer melhor essas criaturas horrorosas e tão atraentes.