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Gestão escolar e questões
da atualidadeda atualidade
Profa. Dra. Carmen VelangaUniversidade Federal de Rondônia
O que vamos aprender hoje?aprender hoje?
SaudaçõesGestão escolar e qualidade de ensinoTarefas da equipe gestora democráticaEncerramento
RELATORIO DO PROGRAMA DAS NAÇOES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD, 2010):
BRASIL: pior índice de desigualdade social do mundo
-metade da renda total do país está dividida entre os 10% mais ricos
-Os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional
-Para cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 pessoas obtém o diploma universitário
A ESCOLA É UMA ORGANIZAÇÃO QUE TEM POR FINALIDADE O DESENVOLVIMENTO DE UM CONJUNTO DE CAPACIDADES
COGNITIVAS, AFETIVAS E PSICOMOTORAS.
VISA O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA MORAL E INTELECTUAL DOS SUJEITOS PARA A FORMAÇÃO, CIDADANIA E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO.
� Fortalecer a democratização do processo pedagógico, valorizando a participação consciente e responsável de todos que fazem a consciente e responsável de todos que fazem a escola nas decisões sobre o planejamento e orientação do seu trabalho e sobre o funcionamento geral da escola, visando ao seu contínuo aprimoramento.
De TAYLOR À TEORIA DA CONTINGÊNCIA : UM LONGO CAMINHO...
TEORIA DA CONTINGÊNCIA = Relativo, contingente, nada é absoluto, não existe uma única e exclusiva melhor maneira de
administrar ou de organizar.administrar ou de organizar.
As empresas bem sucedidas aprendem a adaptar-se às demandas ambientais.
Para mudar a empresa precisa – ambiente de mudanças, inovação e criatividade.
Exige – planejamento em equipe, envolvendo todas as pessoas.
FLEXIBILIDADE: é necessária não só em função das grandes transformações do mundo hoje, mas principalmente porque essas mudanças se acentuarão em grau, velocidade e complexidade.
VISÃO ESTRATÉGICA: antever o futuro
SER DIRIGENTE: reger uma orquestra, onde as partituras mudam a cada instante e os músicos têm liberdade para marcar seu próprio compasso.
PODER: pressupõe liberdade e participação para o alcance de objetivos comuns.
MOTIVAÇÃO: possibilita a congruência entre desejos e aspirações individuais com as necessidades do bem comum. Cooperação e colaboração são essenciais
DIRETORES, SUPERVISORES E COORDENADORES ( GESTORES )
CARGOS DE LIDERANÇA
Exercer influência sobre Exercer influência sobre os outros.O líder
consegue que as coisas sejam feitas através
das pessoas
Devem ser cargos de autoridade, não
de poder
Precisam desafiar e mudar crenças e paradigmas
Articular a construção coletiva de um projeto pedagógico, priorizando o melhor desempenho dos alunos da escola, investindo, com o mesmo afinco, na melhoria da organização do trabalho pedagógico dos professores.
Isto significa priorizar o PLANEJAMENTO,
elaborado com a participação efetiva dos mesmos.
Direção tem que enfrentar desafiosDireção tem que enfrentar desafiosDireção tem que enfrentar desafiosDireção tem que enfrentar desafios
O Diretor de Escola é a figura central do processo educacional dentro da escola que dirige.
VISIONÁRIO VISIONÁRIO PENSADOR
CORAJOSO TOMAR DECISÕES TOMAR DECISÕES
O Diretor de Escola tem que liderar, ter posturas firmes e exemplos a
serem seguidos
Junto à Direção
Junto aos especialistas
Junto ao Serviço de Orientação
Psicopedagógica
Junto aos
CoordenadorSupervisorOrientador
especialistas afins
Junto à Comunidade
em geral
Junto aos Professores
Junto aos alunos
Junto aos familiares
Junto aos Funcionários
� Atua como mediador e assessor no planejamento, acompanhamento, orientação e avaliação de processos educacionais.
� Deve comprometer-se na implantação das políticas nas � Deve comprometer-se na implantação das políticas nas escolas,na articulação com os demais setores das Secretarias Estaduais e Municipais, no aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa, na valorização e fortalecimento dos canais de participação da comunidade e na orientação das equipes escolares.
� Necessita exercer com competência o seu papel de líder dentro das escolas.
� Paciência (demonstrar autocontrole)� Gentileza (tratar os outros com cortesia;dispensar atenção e encorajamento aos outros)� Humildade (demonstrar ausência de orgulho,arrogância ou pretensão)arrogância ou pretensão)� Respeito (tratar todas as pessoas com a devidaimportância)� Altruísmo (atender as necessidades dos outros)� Perdão (deixar para lá o ressentimento)� Honestidade (não tentar enganar ninguém)� Compromisso (ser fiel a sua escolha)
James Hunter
� A comunicação constante;� Planejamento cuidadoso;� Coragem;� Coragem;� Disciplina;� Flexibilidade;�Habilidade em servir seus liderados
� Prática reflexiva
� Profissionalização� Profissionalização
� Trabalho em equipe e por projetos
� Autonomia e responsabilidade crescentes
� Pedagogias Diferenciadas
� Centralização sobre as situações de aprendizagem
Enfim, precisam preparar-se para:• Decidir na incerteza e agir na urgência.
Profissionais aprendem a fazer fazendo e refletindo sobre os problemas, vendo-os sobre diferentes pontos de vista, os sobre diferentes pontos de vista, compartilhando idéias com um orientador mais experiente, verificando a validade das soluções construídas e suas implicações, pesquisando, etc.
(Donald Schön)
Professor reflexivo é o que pensa cotidiana-mente a sua prática, visando a aprimorá-la sempre.
PROFESSOR REFLEXIVO
sempre.
Comprometido com a sua profissão, sente-se autônomo e capaz de assumir suas opiniões e idéias e tomar decisões apropriadas a cada contexto em que interage e atua profissionalmente.
� Exercerem suas funções com segurança � Exercerem suas funções com segurança e autonomia.
� Terem ampla experiência educacional, preferencialmente já tendo exercido o papel de professor(a).
� Serem bem preparados teoricamente.
� Encararem a formação de educadores como uma área de conhecimento em si, buscando dominar suas especificidades.
• identificar as estratégias que o(a) professor(a) usa para ensinar e aprender.
• compreender seu modo de decidir.
ESPECIFICIDADES DO TRABALHO PEDAGOGICO JUNTO AOS
PROFESSORES
• compreender seu modo de decidir.
• desvendar os processos e teorias implícitas numa situação pedagógica
• dominar conteúdos didáticos gerais e específicos.
Formação técnico-cien-
DIMENSÃO PESSOAL
(subjetiva-afetiva)
DIMENSÃO PROFISSIONAL
(objetiva-racional)
Formação voltada para a construção de conteúdos atitudinais.
Formação técnico-cien-tífica que requer sólido embasamento téórico.
Uma dimensão complementa e enriquece a outra
� Participação em grupos de estudo e reflexão com outros profissionais de educação.outros profissionais de educação.
� Realização de trabalhos a nível emocional / relacional
� Participação em eventos diversos de atualização ou de especialização
� Investimento em estudos autônomos de temas específicos.
� Cooperar efetivamente com a Direção, no sentido de consolidar uma gestão educacional democrática e solidária.
� Favorecer a melhoria contínua da qualidade de ensino da escola.� Criar um bom vínculo de confiança com os� Criar um bom vínculo de confiança com osprofessores, constituindo-se num parceiro presente,disponível, exigente, estimulador.
�Planejar e coordenar situações de aprendizagem quepromovam a atividade mental construtiva do (a)professor (a) e do aluno, num contexto de resolução deproblema, pesquisa, reflexão e diálogo permanente.
�
Observar sistematicamente o professor na sua atuação diária, na relação com os demais membros de sua comunidade de aprendizagem, com os alunos e seus familiares e na participação em
�
reuniões diversas.
�Conversar francamente com o professor sobre adequações e inadequações observadas em classe, registrando-as, para que o mesmo tome maior consciência delas e invista nas mudanças necessárias.
�Valorizar as didáticas específicas, estudando-as junto com os professores e discutir criticamente uma prova, um plano, uma atividade elaborada pelo professor.
�Estimular e orientar o professor a tornar-se um pesquisador em seu universo de trabalho.
�Orientar os professores para a realização de uma auto-avaliação sistemática e contínua do seu desenvolvimento pessoal e profissional.
� Conhecer e saber interpretar a legislação educacional, � Conhecer e saber interpretar a legislação educacional, dando o suporte necessário à Direção da escola
� Ler e fazer esquemas relativos às resoluções, deliberações,indicações e pareceres emitidos pelos órgãos competentes, para auxiliar o diretor da escola e preparar orientações técnicas para os professores.
� Ter documentos de fácil acesso para o atendimento dos professores e pais:
� LDB n. 9394/96
� Afixar periodicamente, no mural da sala dos professores estímulos com
informações (crônicas, textos gostosos, matérias de jornal, poesias, etc.)
�Parâmetros Curriculares Nacionais
� Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP) e CONSELHO ESCOLAR
�Regimento Escolar
�Diários de classe, relatórios
�Bibliografia selecionada para o trabalho na instituição.
TEORIZAÇÃO DE SITUAÇÕES PRÁTICAS (Diálogo com a própria ação)
1) Encontros presenciais individuais com o professor
2) Leitura prévia dos registros do professor e dos seuspróprios registros ao observá-lo
3) Pauta para o encontro (previamente socializada ounão)
4) Discussão em pequenos ou grandes grupos, realizadacom a mediação do coordenador, após:
a) sessões de apreciação e análise de imagens emvídeo (modelos de práticas bem sucedidas ou de
ESTRATÉGIAS PARA O PLANEJAMENTO FORMATIVO
JUNTO AO PROFESSOR
vídeo (modelos de práticas bem sucedidas ou desituações diversas filmadas no cotidiano escolar).
b) observação de aulas dadas por professores mais experientes, que poderão atuar como mediadores junto ao coordenador
c) análise de diferentes produções dos professores (planos, fichas, projetos, seqüências didáticas, atividades, materiais), assim como dos alunos.
d) leitura crítica dos diários e relatórios de vários d) leitura crítica dos diários e relatórios de vários professores
ESTUDO / PESQUISA/PROJETOS INTERDISCIPLINARES
A pesquisa que o professor realiza, diferente da pesquisa
acadêmica, tem seu foco no mundo complexo da prática, que
o impulsiona a teorizá-la, para melhor compreendê-la.
• Tarefa integrante do processo formativo, de naturezatão complexa quanto o próprio processo.• O professor, co-responsável pelo seu processo de• O professor, co-responsável pelo seu processo deformação, precisa conhecer os critérios para a suaavaliação e os instrumentos de avaliação e auto-avaliação a serem utilizados.• A auto-avaliação, sistemática e contínua deve serarticulada com avaliação externa e ter mais peso queela.
Programas
Plano Curricular
Projeto Politico
Pedagogico da
Escola
AVALIAR SIGNIFICA COMPREENDER O CURRICULO
Experiências
de
aprendizagem
Conteúdos
essenciais
Competências
Atitudes e
valores
Planejamen
to do
Professor
Currículo Real
Currículo por
competências e
habilidades
COMPETENCIA: Capacidade de agir eficazmente em um
determinado tipo de situação apoiada em conhecimentos,
mas sem limitar-se a eles (PERRENOUD).
CONHECIMENTOS
SABER
HABILIDADES
SABER FAZER
ATITUDES
SABER SER
SABER
CONVIVER
O IDEB E O PLANO DE METASO IDEB E O PLANO DE METAS
O Compromisso Todos pela Educação estabelece um Plano de metas a ser
alcançado.
O Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) foi criado para a definição
dessas metas de qualidade.
• O Ideb avalia o ensino por escola, município
ou estado, tem notas de 0 a 10 e leva em
conta o desempenho dos alunos no SAEB e
na Prova Brasil, bem como as taxas de
repetência e evasão escolar.
Brasil, anos iniciais do ensino fundamental:
Nota hoje: 3,8 (meta de 6,0 para 2022)
Brasil, anos finais do ensino fundamental:
Nota hoje: 3,5 (meta de 5,5 para 2022)
(As notas baseiam-se no Saeb 2005, na Prova Brasil 2005 e
nos Censos Escolares de 2005 e 2006)
A meta estabelecida para o Brasil até
2022 é a de um Ideb igual ou superior a2022 é a de um Ideb igual ou superior a
6,0, que é a média encontrada entre os
países mais desenvolvidos do mundo.
4ª série /
5º ano
8ª série /
9º ano
Resultado:
Estado
UF:
PA
Indicador:
Ideb
Rede de ensino:
Estadual
Série / Ano:
Todas
Parâmetros da Pesquisa
3ª série
EM
Ideb Observado Ideb Observado Metas Projetadas
Estado2005 2007 2009 Estado 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Pará 2.8 2.8 3.7 Pará 2.8 2.8 3.7 2.8 3.2 3.6 3.8 4.1 4.4 4.7 5.1
Ministério da EducaçãoInstituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
4ª série / 5º ano
8ª série / 9º ano
Ideb Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
SANTAREM 3.5 3.6 4.4 3.6 3.9 4.3 4.6 4.9 5.2 5.5 5.8
PARA MELHORAR O SEU IDEB, A ESCOLA PRECISA:
•do apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação;
• da mobilização de recursos e de parcerias da sociedade
•DE UM DIAGNOSTICO DA SITUAÇAO ESCOLAR NAS DIMENSÕES:
a) gestão educacional;
b) formação de professores e dos profissionais de serviço e apoio b) formação de professores e dos profissionais de serviço e apoio
escolar;
c) práticas pedagógicas e avaliação;
d) infra-estrutura e recursos pedagógicos.
Constituição Federal
Art. 206
VI – gestão democrática
do
ensino na forma da lei.
LDB
Art. 14II – participação das
comunidades
escolar e local em
conselhos
escolares ou órgãos
equivalentes.
CONSELHO ESCOLARLEGISLAÇÃO
Plano Nacional de
Educação
Objetivos e MetasImplantar conselhos
escolares
PDE
XXV – fomentar e apoiar os conselhos
escolares, envolvendo as famílias dos
educandos, com as atribuições, dentre
outras, de zelar pela manutenção da
escola e pelo monitoramento das ações e
consecução das metas do compromisso;Portaria nº 2.896 de 16 de setembro de
2004 – Cria, no âmbito da Secretaria de Educação
Básica - SEB, o Programa Nacional de Fortalecimento
dos Conselhos Escolares