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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 1 Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 12 Índice de Matérias EDITORIAL Ogum na Umbanda (Rubens Saraceni) pág 02 Feijoada em homenagem a Ogum no Colégio de Umbanda (Rubens Saraceni) pág 03 DOUTRINA Paciência (André D´Ogum) pág 04 PSICOGRÁFIAS Pai Joaquim (Nelson Junior) pág 05 Sereias e Cetáceos (Elisangelis G. de Souza) pág 06 Mensagem de nossa querida Maria Padilha das Almas do Cruzeiro(Elisangelis G. de Souza) pág 08 Sobre roupas e carros...(Vanderlei Alves) pág 09 BALUARTES DA UMBANDA Pai Laerte Nogiri e Mãe Cristina Nogiri (J.N.U.) pág 10 Mãe Domitilde (J.N.U.) pág 13 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA Falando sobre oferendas (Newton Carlos Marcelino) pág 16 13 de Maio (Edenir Costa dos Santos) pág 18 PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS Prece à Luz Divina (Suzicleide Oliveira) pág 19 Oração à Mãe Iansã (Suzicleide Oliveira) pág 19 Oração à Mãe Oxum (Suzicleide Oliveira) pág 20 CADERNO DO LEITOR Ao Rufar dos Tambores – Musicoterapia (Ogan Anderson) pág 21 O Perdão e a Desculpa (Nelson Junior) pág 22 Agradecimento (Aparecida Rocha de Araujo) pág 23 A Morte e os Orixás (Fabiana Cardoso) pág 24 A Umbanda na Constituição Federal (Dr.Ronaldo Figueira) pág 25 FÓRUM, PERGUNTAS E RESPOSTAS Pergunta de Tainah(Rubens Saraceni) pág 27 Assentamentos (Pablo.lokal) pág 27 EVENTOS UMBANDISTAS AUEESP promove homenagem a Ogum (Sandra Santos) pág 28 Ogum Marê (Edenir Costa santos) pág 31 Festival Nacional da Cultura Indigena (Rubens Saraceni) pág 32 ÚLTIMA PÁGINA Instituição Kodomo-No-Sono (JNU) pág 34 Mãe Domitilde, fundadora e dirigente da Tenda de Caridade Umbandista Pai Oxalá, Faz um relato de sua jornada evolutiva que acreditamos, seja um exemplo de perseverança a ser seguido por todos os médiuns umbandistas caso queiram vencer os obstáculos que surgem como desafios a serem vencidos. Leia mais na pag. 13. Todos os anos a prefeitura de Bertioga, através de sua Secretaria de Cultura realiza o Festival de Cultura Indígena, um evento cultural importantíssimo porque mostra parte da cultura dos Índios brasileiros, trazendo várias etnias até essa cidade litorânea. Leia mais na pag. 32. Pai Laerte Nogire e Mãe Cristina Nogire descrevem de forma envolvente a caminhada que culminou na fundação do Templo de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo e que é hoje um exemplo como templo e escola de Umbanda, servindo de exemplo para todos que acreditam que o esforço vale a pena. Leia mais na pag. 10. Ogum foi homenageado com uma belíssima cerimonia de louvação, promovida pela A.U.E.E.S.P., presidida por Sandra Santos, que esteve à frente desta tradicional festividade religiosa realizada anualmente no ginásio da Sub Prefeitura da Moóca, a quem agradecemos por ceder suas instalações e infraestrutura. Leia mais nas pág. 28.

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Jornal da Familia Umbandista

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Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 12

Índice de Matérias

EDITORIAL

Ogum na Umbanda (Rubens Saraceni) pág 02 Feijoada em homenagem a Ogum no Colégio

de Umbanda (Rubens Saraceni) pág 03 DOUTRINA

Paciência (André D´Ogum) pág 04 PSICOGRÁFIAS

Pai Joaquim (Nelson Junior) pág 05 Sereias e Cetáceos (Elisangelis G. de Souza) pág 06

Mensagem de nossa querida Maria Padilha das Almas do Cruzeiro(Elisangelis G. de Souza) pág 08

Sobre roupas e carros...(Vanderlei Alves) pág 09 BALUARTES DA UMBANDA

Pai Laerte Nogiri e Mãe Cristina Nogiri (J.N.U.) pág 10 Mãe Domitilde (J.N.U.) pág 13

OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA Falando sobre oferendas (Newton Carlos Marcelino) pág 16

13 de Maio (Edenir Costa dos Santos) pág 18 PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS

Prece à Luz Divina (Suzicleide Oliveira) pág 19 Oração à Mãe Iansã (Suzicleide Oliveira) pág 19 Oração à Mãe Oxum (Suzicleide Oliveira) pág 20

CADERNO DO LEITOR Ao Rufar dos Tambores –

Musicoterapia (Ogan Anderson) pág 21 O Perdão e a Desculpa (Nelson Junior) pág 22

Agradecimento (Aparecida Rocha de Araujo) pág 23 A Morte e os Orixás (Fabiana Cardoso) pág 24

A Umbanda na Constituição Federal (Dr.Ronaldo Figueira) pág 25 FÓRUM, PERGUNTAS E RESPOSTAS

Pergunta de Tainah(Rubens Saraceni) pág 27 Assentamentos (Pablo.lokal) pág 27

EVENTOS UMBANDISTAS AUEESP promove homenagem a Ogum (Sandra Santos) pág 28

Ogum Marê (Edenir Costa santos) pág 31 Festival Nacional da Cultura Indigena (Rubens Saraceni) pág 32

ÚLTIMA PÁGINA Instituição Kodomo-No-Sono (JNU) pág 34

Mãe Domitilde,

fundadora e dirigente

da Tenda de Caridade

Umbandista Pai Oxalá,

Faz um relato de sua

jornada evolutiva que

acreditamos, seja um

exemplo de

perseverança a ser

seguido por todos os

médiuns umbandistas

caso queiram vencer os

obstáculos que surgem

como desafios a serem

vencidos.

Leia mais na pag. 13.

Todos os anos a prefeitura

de Bertioga, através de sua

Secretaria de Cultura realiza

o Festival de Cultura

Indígena, um evento cultural

importantíssimo porque

mostra parte da cultura dos

Índios brasileiros, trazendo

várias etnias até essa cidade

litorânea.

Leia mais na pag. 32.

Pai Laerte Nogire e Mãe Cristina Nogire descrevem de

forma envolvente a caminhada que culminou na

fundação do Templo de Umbanda Sagrada Pai Benedito

de Aruanda, na cidade de São Carlos, interior do estado

de São Paulo e que é hoje um exemplo como templo e

escola de Umbanda, servindo de exemplo para todos que

acreditam que o esforço vale a pena.

Leia mais na pag. 10.

Ogum foi homenageado com

uma belíssima cerimonia de

louvação, promovida pela

A.U.E.E.S.P., presidida por

Sandra Santos, que esteve à

frente desta já tradicional

festividade religiosa realizada

anualmente no ginásio da Sub

Prefeitura da Moóca, a quem

agradecemos por ceder suas

instalações e infraestrutura.

Leia mais nas pág. 28.

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OGUM NA UMBANDA

Na edição 11 desse jornal, o Alan Levasseur mostrou um pouco sobre Ogum em seu berço de origem, a Nigéria, e seus nomes Iorubanos (ou qualidades segundo vários autores).

Esse referencial africano, encontrado em estudos de campo de Pierre Verger e em sites da internet, é presenciado no Candomblé, e tem servido como um manual de identificação dos Orixás pessoais dos seguidores dessa religião. A qualidade indica o campo de atuação deles.

Já na Umbanda, Ogum foi muito associado à quebra ou corte de demandas e os qualificativos foram substituídos por nomes simbolizadores dos campos de ação dos Orixás pessoais dos médiuns umbandistas, onde uns são filhos de Ogum Beira-Mar, outros de Ogum Yara, outros de Ogum Sete Lanças, etc.

E foram surgindo muitos “Oguns” dentro da Umbanda, sendo que hoje um século depois de sua fundação, temos dezenas de nomes simbolizadores dos campos de atuação de Ogum, o Orixá Maior.

Temos isso: -Ogum Mege -Ogum Beira-Mar -Ogum Matinata -Ogum Sete Ondas -Ogum Sete escudos -Ogum Sete Coroas -Ogum Yara

-Ogum Sete Lanças -Ogum Naruê -Ogum Sete Pedreiras -Ogum Sete Cachoeiras -Ogum Matinata -Ogum Sete Espadas, etc

Sendo que cada um desses Oguns regem gigantescas hierarquias ou linhas espirituais de Caboclos e de Exus que se apresentam como de “Ogum”.

Na Umbanda o Orixá Ogum teve seu culto expandido de tal forma que hoje não sabemos ao certo quantos desses Oguns existem, ou já se apresentaram através de seus médiuns, com uns tornados bem conhecidos e outros só de um pouco, mas com todos esses pais Oguns amparando o trabalho espiritual dos seus filhos encarnados.

Quem revelou para a Umbanda a existência e abriu o culto religioso a tantos Orixás Oguns? Foram seus próprios médiuns, respondemos nós.

Assim como foram médiuns umbandistas que revelaram e abriram o culto dentro da Umbanda a varias Oxuns, Iansãs, Xangôs, etc.

E não podia ser diferente, porque sempre foram os seguidores das religiões que abriram dentro delas os seus Mistérios, adaptando-os às suas formas de reverencia-los e deles se beneficiarem.

Se na edição 11 mostramos Ogum, suas qualidade e algumas de suas lendas dentro do Candomblé foram para mostrar aos nossos leitores um pouco das diferenças existentes no culto a Ogum no Candomblé e na Umbanda.

O intuito foi esse, e não o de confundir nossos leitores, muitos dos quais são candomblecistas e merecem o nosso respeito e o respeito às suas formas de cultuarem Ogum e todos os outros Orixás. Patacorí Ogum

Pai Rubens Saraceni

EDITORIAL

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FEIJOADA EM HOMENAGEM A OGUM NO COLÉGIO DE UMBANDA

No dia 21 de abril o Colégio de Umbanda Sagrada Pai

Benedito de Aruanda realizou mais uma vez a já

tradicional “Feijoada de Ogum”, com a participação do

corpo seu mediúnico, que foi servido com uma saborosa

feijoada e frutas trazidas pelos médiuns, abençoadas por

Ogum e todos os caboclos, que incorporados em seus

médiuns, também foram servidos com os alimentos que

mais lhes agradaram, tornando a cerimonia em uma ceia

sagrada e de comunhão entre os habitantes dos dois lados

da vida. Acima, ao lado e abaixo, fotos da “MESA DE

OGUM”, preparada com muito amor.

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PACIÊNCIA

Enviado por: André D`Ogum E-mail: [email protected]

Quem nunca ouviu falar sobre ter paciência, mas o que é a

paciência? O que significa? A paciência como o próprio nome diz, é a ciência de parar,

e ciência quer dizer estudo, conhecimento. Logo possuir paciência leva tempo e aprendizado, todos nós já vacilamos nesta ciência, Avaliem-se, todas as atitudes que tomamos, devem ser peneiradas com a ciência de parar, e quando digo parar é no sentido pleno da palavra.

Deve-se parar para tudo, a correria do dia a dia nos deixam cada vez mais distantes do aprender a parar. Quando paramos, conseguimos observar coisas que nem imaginamos, as possibilidades surgem instantaneamente em nossas mentes, quando paramos deixamos o passado e o futuro para traz e ficamos no presente.

Você já conseguiu deixar de pensar no passado e no futuro?

Quantas vezes você viveu no presente? A mente esta acostumada com o padrão estabelecido pela correria do dia a dia e para-la é

muito difícil. Certamente você vai se pegar pensando em algo que quer fazer amanha ou no que

aconteceu ontem, mas e o agora? Será que você consegue lavar uma louça pensando em lavar louça? Dirigir pensando em

dirigir? Quando isso acontece, você entra em contato com seu eu interior e então você vive o agora! É nesse momento que vocês conseguem alcançar seus guias espirituais, e consegue falar

com Deus, que esta dentro de você, pois você é parte dele. Nessa hora surgem às informações, as respostas para o que vocês procuram.

Nessa hora os artistas criam suas obras, os inventores inventam novos produtos e os cientistas inventam novas fórmulas.

Tudo isso porque ele conseguiu parar e apenas viver o agora e com isso conseguem alcançar o Akasha, para pegar as informações que já estão lá esperando para serem descobertas.

Essa paciência ou ciência de parar pode mudar sua vida, pode fazer você enxergar novos horizontes, pode curar a sua mente, o teu corpo e o teu espírito.

Guardião da Luz (Mensagem recebida em 26/05/2009)

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PAI JOAQUIM

Enviado por: Nelson Junior E-mail: [email protected]

Ouvi mentalmente e vi sair de meus lábios a História que hoje narro a quem quiser ouvir. O preto velho Pai Joaquim, em mim incorporado, contou como se deu sua passagem nessa

vida do inicio ao fim. Negro já no fim da escravatura gostava de orar, e desde a infância procissões acompanhar.

Era muito devotado, e quando lhe permitiam seguia os santos onde quer que as procissões fossem. Porém, era Negro e o padre não lhe permitia entrada na igreja nessas datas onde a frequência deveria ser “imaculada” pelos que endinheiravam os cofres “sagrados”. Brincava fugindo do trabalho com o filho mais novo de seu proprietário que sempre lhe acompanhava nas estripulias, ate que na adolescência em diante, foi ficando distante, visto a casta a qual pertencia.

Joaquim cresceu, cortando a cana livre pela lei, mas preso pela real legislatura que libertou o negro, mas não lhe deu a fartura. trabalhando para se manter, a duras penas, conheceu e casou com uma mulher serena que no parto adoeceu, deixando uma filha pequena, milagre que Deus lhe deu.

Com ajuda de outros negros escravizados pela necessidade, teve gente olhando sua filha pela pura caridade, de ajudar quem precisava toda vida trabalhar. Seu amigo de infância, hoje dono da fazenda nem olhava lhe nos olhos em sua inspeção ela plant6ação.

Joaquim porem trabalhava com afinco, pois sabia que a prosperidade que ajudava a gerar, para o bem de seu amigo de infância iria se somar.

Esse amigo, só lembrava, ou parecia apiedar-se, pois mandava uma vela para que Joaquim rezasse, em cada dia que Joaquim trabalhasse. Um dia a Cana em fardo pesava demais, ou talvez 80 anos fossem tempo de aqui jaz, e nas costas de Joaquim estalaram seus ossos, e viu o carro de boi afastar-se e no esforço levantou e levou a cana sozinho, como se um troféu fosse.

Nessa noite Joaquim acendeu a vela branca e orou a virgem santa, ao lado da ressentida filha, que praguejava o destino de seu pai, que a consolou e num suspiro de dor foi apresentar-se aos Orixás.

Quando terminei de falar, enquanto médium consciente vi as cenas muito claras e vivas em minha mente, e como sou um ser vivo, e com um coração a bater, chorei por um bom tempo ainda, sem sequer me perceber, que se eu médium chorava dividindo a consciência, Joaquim sempre sorria em sua pura benevolência, pois para ele a dor já se passara há muito tempo, restando só a tolerância de ainda que não a contente, ter um médium que naquele ponto de ouvir e de sentir, esqueceu-se do que realmente estava a cumprir.

Ele usando minhas mãos enxugou o meu olhar, e atendi outra pessoa que estava a esperar, um consulente que sofria de um mal que todos têm e que é a falta do amor que só Deus Pai tem por nós.

MENSAGEM DAS ONDINAS,

CURSO DE “MAGIA DIVINA DAS 7 ERVAS SAGRADAS”

Local: Rua Luísa Macuco, nº 193 (canal 3) – Santos/SP. Inscrições: dias 15 e 22 de Maio Horário: Aos domingos 10h00 às 12h00. 13h00 ás 15h00 Contato: [email protected] Ministrante: Alan

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SEREIAS E CETÁCEOS!

Canalizada por Elisangelis G. de Souza (Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda), em 23.11.2010 - E-mail: [email protected]

Saudações amadas filhas do amor de Gaia! Somos as Ondinas, Sereias e os Cetáceos e estamos presentes para

lhes trazer uma mensagem de amor, fé e alegria! Amadas filhas, que alegria estabelecermos essa forma de conexão

com todos vocês! É uma dádiva dos céus mantermos esse meio de comunicação, uma palavra, um sentimento, uma ideia, uma intenção e vocês sempre se conectam e mais, alguns, inclusive, nos captam as intenções e sentimentos sempre intensos quando estamos prevendo algum episódio climático que possa trazer-lhes algum desequilíbrio aparente, mas que na realidade, traz a todos vocês a certeza de que o objetivo é o EQUILÍBRIO.

Nada na Criação ocorre por motivo diferente do que vos falo, pois tudo, sim, exatamente tudo está voltada para o restabelecimento da alegria e não tenham dúvida disto, pois sempre assim se realiza em todos os tempos e em todos os lugares do Universo.

Minhas amadas crianças, como gostaria que vocês flutuassem em vossa dimensão como nós fazemos em nosso meio aquático/cristalino. Ah, se sentissem a sombra do amor e da alegria que nos acompanham em cada movimento, em cada suave deslizar das ondas perenes e regulares que quebram numa areia da praia ou de uma Ilha qualquer desse maravilhoso habitat chamado Planeta Azul.

Planeta Azul recebe este nome por conta de nossa significativa presença sobre ele, afinal somos 70% de todo o seu espaço físico, e mesmo assim, podemos passar pouco de nossa rotina amorosa nesses éons de convivência simultânea.

Nossas evoluções, as ondinas, os cetáceos e sereias sempre estiveram em paralelas e, no entanto, nunca tivemos oportunidades mais intensas de interação ativa para que pudéssemos trocar experiências de nossa realidade aquática.

Sim, excetuando-se as lendas que são transmitidas por povos primitivos, e vocês assim o chamam, pois para nós, eram os povos mais sensíveis e sábios, pois souberam ouvir-nos e captar nossas ideias, sentimentos e até nossas evoluções lunares e solares, e, também sabiam, de acordo com todo esse sincronismo, onde e quando os eventos climáticos expressivos ocorreriam e, nem por isso, viram-nos como seus inimigos, pois apenas quiseram ter conosco uma relação amorosa de quem abraça um amigo diante de uma situação de prova e não uma despedida ou disputa, pois esses povos, que vocês chamam de antigos, são na realidade, os que mais sabiam sobre nós e sobre GAIA, pois quem entende GAIA entende o nosso papel sobre a Terra, e por que não

transmitiram isso aos demais que vieram depois estes. Será que vocês não esqueceram que muito poderiam aprender com esses que acreditam ser

menos evoluídos do que vocês? E, por que ainda querem se sobrepor ao conhecimento destes antigos, pois as máquinas e os saberes da modernidade não traduzem sentimentos. Ou traduzem?

Enquanto se prenderem ao automatismo que recheia cada parte de uma revolução ou evolução tecnológica, vocês estarão recuando nesse diálogo com os seres da natureza e isto, não falo somente com relação a nós: ondinas, sereias e cetáceos. Não apenas estarão recuando em vossas evoluções, e dirão: mas se pode recuar? Nós dizemos que SIM.

Pois poderiam contar com esse meio de comunicação e troca de experiências e agora não contam por mera IGNORÂNCIA, então só podem estar optando pelo caminho mais complexo,

entendam, nós estamos aqui para auxiliá-los nesse processo e também estamos crescendo na Criação Divina, pois no Universo ocupamos uma posição que também gera uma sequência evolutiva, não idêntica a de vocês humanos, mas nesse Planeta Azul, esta evolução se dá de forma PARALELA.

Compreendam: se estamos evoluindo paralelamente, é por que o Pai espera que façamos de nossos talentos uma troca constante, mas vocês se fecham em seus casulos do EU SEI TUDO e

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pensam que não precisam de mais ninguém, além de DEUS e a própria inteligência. Mas, se fossem

um pouco mais humildes, e as crianças sabem disso muito bem, perceberiam que estamos aqui, há poucos metros, quilômetros de distância, pois muito temos a compartilhar com todos vocês.

Considerem esta possibilidade, o diálogo possível entre o Homem e a natureza; e, nesse caso, com elementais da água, incluindo nossos irmãos cetáceos que trazem muitas informações do Cosmos, pois são porta-vozes de muitos sinais e códigos nesse meio aquático. Estão aqui para AUXILIAR e não seria por outro motivo, pois nesse processo DIVINO e CÓSMICO, EVOLUI-SE

aprendendo, auxiliando e compartilhando: “Aprendam que a convivência harmônica” e de forma respeitosa entre todos os Reinos da

Natureza é a única forma de obterem o crescimento pessoal, coletivo e planetário que tanto almejam. Sem isso, é como se retirassem o próprio oxigênio, e a falta desta consciência reforça a tendência aos desequilíbrios nas cadeias alimentares existentes neste Planeta, que também contribuí para a poluição de todos os meios de vida dos seres que vieram para cá, com o intuito de auxiliá-los em vossas evoluções, pois a essa altura, já devem saber que são responsáveis pela vida dos menores, E ISSO NÓS DIZEMOS E AFIRMAMOS: VOCÊS SÃO RESPONSÁVEIS PELA VIDA DOS DEMAIS SERES SOBRE O PLANETA!

Digam o que quiserem! Nada os livrará dessa responsabilidade que recai sobre todos vocês: a de que os seres menores, da célula única ao mais complexo animal vivente, estão sob vossa guarda, pois assim quis o Criador.

Embora saibamos disso, não trazemos nenhuma cobrança sobre as vidas que estão imersas no meio aquático, mas sim a lembrança de que conscientes ou não, serão cobrados em algum momento nesse sentido.

E nós, ao contrário, nunca cobramos, sempre ofertamos nosso amor, nossa onda, nossa espuma que borbulha em alegria por recebê-los em nossa casa.

E nós os cetáceos, ficamos muito felizes quando encontramos humanos que realmente nos amam, nos recebem, e nos acolhem em seu regaço de luz e alegria, pois somos a Alegria em forma de Seres...

Amem, cuidem de tudo que o Criador vos confiou, pois estamos aqui para compartilharmos todo nosso amor e Alegria com todos os Seres da Criação!

Sejamos Unos com tudo que É, pois este é o propósito do Criador para com todos os seus Filhos!

Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina

CABOCLO SETE ESPADAS

Rua Ernesto Zwarg, 389 - Jardim Savoy –Itanhaém/SP (F: 13-9106-8869 – 13-3422.5592). (altura do Km 322 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega).

Membro da A.U.E.E.S.P.

SACERDÓCIO DE UMBANDA (PRESENCIAL)

EM ITANHAÉM, Aos Sábados, das 10hs às 12hs. Ainda há vagas. Ligue para 13-3422.5592 ou 13-9106.8869 TEOLOGIA DE UMBANDA (PRESENCIAL)

EM SÃO PAULO, Às Quintas, das 20.30 h às 22.30. Na Rua Silva Bueno, 1020, Ipiranga/SP. Informações? Ligue para (11) 6577.8147. (Temos cursos virtual: Formação Doutrinária Umbandista, Consagrações Umbandistas e Teologia de Umbanda visite o site www.cvus.com.br e confira).

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UMA MENSAGEM DE NOSSA QUERIDA MARIA PADILHA DAS

ALMAS DO CRUZEIRO

NÃO HÁ AMOR SEM VERDADE, NÃO HÁ VERDADE SEM AMOR. Enviado por: Elisangelis

E-mail: [email protected] Amadis Sinta a energia filha minha, sinta o amor e a alegria entrarem em sua casa, sinta todo o

carinho que temos por vocês, pois hoje começa uma nova vida. Um recomeço está sendo concedido a todos os que aceitaram o caminho da luz dourada.

Talvez eu não pudesse estar aqui falando com vocês sobre esses assuntos, mas eu as acompanho há muito tempo e não imaginam a felicidade que preenche o momento, saberem que fizeram a escolha certa.

A verdade e o amor são a cura para todos os males. Primeiro a verdade, pois com ela vocês conhecem o verdadeiro amor, não há amor sem verdade, não há verdade sem amor.

A vida é assim, cheia de surpresas e também de realizações programada por vocês, mas isso não é normal, pois vocês recebem as maiores dádivas de maneira muito especial, ou seja, quando vocês menos esperam... Nós aparecemos e trazemos as boas novas.

E que alegria chegar e encontrá-los dispostos a nos receberem de braços e corações abertos para o novo que vem dos céus trazendo consigo a notícia da felicidade possível na Terra.

Amadis A realização material está sempre associada a uma realização pessoal, pois sem isso nada

tem sentido. Portanto, filhas minhas, vocês são muito felizes e trazem consigo o diamante da felicidade na terra, pois conseguem transformar pequenas alegrias em grandes dádivas dos céus e da terra.

Agora é hora de reorganizarem suas vidas e recomeçarem sabendo que estamos sempre ao lado de todos vocês, acompanhando-os e guiando-os para que não esmoreçam e percam a fé.

Amadis Tenham em mente que o amor cristão que trazem no coração é infinito, e por esse motivo,

nunca serão pessoas amargas ou mesmo infelizes, pois vocês conhecem a felicidade do amor incondicional, e isso, Amadis, não tem preço...

Portanto, agradeço por receberem a minha singela presença e o meu carinho que hoje tive a grata oportunidade e permissão de seus mentores para aqui trazer essa mensagem de esperança, alegria e fé.

Eu sou Maria Padilha do Cruzeiro das Almas.

IMPORTANTE: O programa A Magia da Vida,

apresentado por Rubens Saraceni, transmitido às

segundas feiras pela Rádio Mundial FM 95,7 desde o

dia 03 de Maio, esta indo ao ar às terças feiras no

horário das 11h00 às 11h30.

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SOBRE ROUPAS E CARROS...

Não satisfeito em habitar temporariamente o veículo de manifestação da consciência mais

grosseiro e perfeito que existe, o corpo físico, o Ser Humano continua obcecado com a

necessidade de se identificar com outras formas ilusórias para dar algum sentido à sua existência sem sentido.

Não bastasse estarmos encarnados em “vasos de argila” que a Natureza generosamente nos concedeu para dar sequência ao processo de evolução, nós insistimos em nos encapsular e nos apegar a “novos corpos” em torno do corpo físico.

Um desses “corpos” são as roupas. Na atual sociedade de consumo, as roupas perderam a função de simplesmente vestir, aquecer e proteger para se tornarem peças simbólicas de status socioeconômico. Você vale o quanto vale a “grife”, estampada na sua camisa. Você vale o quanto vale o estilista que desenhou seu terno ou seu vestido. Você não é você. Você é a marca da sua blusa. Você vale o quanto veste, pois a roupa passou a ser extensão de você. Sua segunda pele!

Seu segundo corpo físico, artificialmente construído e alimentado pela vaidade doentia e pelo vazio existencial. Você não está na moda? Então você não existe. Pessoas gastam quantias exorbitantes (muitas vezes comprometendo gravemente o próprio orçamento pessoal e familiar) para adquirir artigos absolutamente supérfluos e desnecessários. É o luxo exterior maquiando o vazio interior.

Não quero aqui radicalizar, impondo uma cruzada fundamentalista contra o senso estético e o bom gosto no vestir. Quero apenas propor uma reflexão no sentido de analisar até onde podemos chegar quando a necessidade natural de expressão do Espírito é canalizada e direcionada de modo inadequado.

Outro “corpo” que vai além – ou aquém – do corpo físico de carne e osso é o carro. Eis outro item que perdeu a função primária de transportar bens e pessoas para se tornar objeto de desejo desenfreado, “sem freios”, literalmente um ícone de poder pessoal e destaque social. O carro deixou de ser apenas um veículo de locomoção para se tornar um veículo de projeção do ego. Você não guia mais o carro. Agora é o carro que te guia.

E os acidentes automobilísticos que aumentam a cada dia? Clássico exemplo de criatura adorável voltando-se contra o criador irresponsável...

Por falar em “guia” – perdoem-me o trocadilho – o que tudo isso tem a ver com Umbanda? Tudo. A Umbanda como movimento espiritual mobilizador e transformador de Consciências deste e de outros planos, traça um roteiro de iluminação baseado em Valores que não tem Preço: Simplicidade, Humildade e Caridade.

Ser simples com integridade como o Caboclo. Ser humilde com dignidade, como o Preto Velho. Ser caridoso de verdade, como todos os Guias e Protetores da Banda!

Por Vanderlei Alves – Tenda de Umbanda do Caboclo Estrela do Mar (TEUCEM)

São Paulo, outono de 2011. [email protected]

NOTA:

ATUALMENTE O JORNAL NACIONAL DA UMBANDA, ESTA SENDO ENVIADO PARA MAIS DE 250.000 LEITORES CADASTRADOS EM NOSSA NEWSLETTER. AGRADECEMOS A TODOS OS LEITORES QUE TEM NOS AJUDADO REENVIANDO O JORNAL AOS SEUS AMIGOS E AOS CADASTRADOS EM SEUS MAILINGS. CONTINUEM NOS AJUDANDO A AUMENTAR ESTA FAMILIA, REENVIANDO O JORNAL!

J.N.U.

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TEMPLO DE UMBANDA SAGRADA “PAI BENEDITO DE ARUANDA”.

PAI LAERTE NOGIRI E MÃE CRISTINA NOGIRI.

Enviado por: Walter V.J. e-mail: [email protected]

A Nossa jornada Espiritual Sou filho de Japoneses e tive minha infância em uma fazenda até a idade escolar, após minha família se mudou

para a cidade. Em todas as mudanças, de costume vinham também às dificuldades financeiras e perturbações espirituais dos meus pais, onde minha mãe era quem mais sofria.

Foi desta forma que ela conhecera um casal de idosos, dona Carmem e seu Sebastião que trabalharam espiritualmente em sua casa, auxiliando a todos os necessitados tanto encarnados quanto desencarnados. Já com doze anos, voltando para casa na hora do almoço, passava próxima a casa de dona Carmem, que estava no portão, quando ela me chamou e disse:

- Você é filho de dona Maria costureira? Sim! Respondi prontamente. - Diga a ela para me procurar rapidamente, antes do meio dia de hoje,

indagou dona Carmem. Quando cheguei a casa para almoçar, minha mãe não sentia bem, dei a ela

o recado de dona Carmem. Após o almoço, levei minha mãe até dona Carmem no caminho para o trabalho, vim saber mais tarde que da

chegada de minha mãe até as 17h00minh, foi travado uma batalha para a retirada de um obsessor que atormentava minha mãe. Em outra oportunidade, a pedido de minha mãe fui até a casa de dona Carmem, vim saber então que minha mãe era médium, mas não queria assumir este compromisso, mas com minha maturidade, assumiria este legado, a mediunidade. Foi dito por um Caboclo incorporado pela dona Carmem.

Em 1974, conheci minha amada esposa. No dia 10 de Maio de 1975, seis meses depois, nos casamos na Igreja Matriz de Barretos, após três meses de

casados, iniciaram as perturbações espirituais com minha esposa como: incorporações que a deixaram travada na cama, visões medonhas, sonambulismo, quando saia de casa sozinha, andava sem rumo se perdendo pela cidade. Com o auxílio de minha mãe, procuramos em vários terreiros a solução dos problemas, mas não obtivemos êxito. Foi quando encontramos dona Nair, senhora humilde que para seu sustento lia cartas atendendo as pessoas que a ela buscavam. Foi assim que conhecemos um grupo espírita formado por familiares e amigos próximos, que realizavam trabalhos, os quais sitos em forma de agradecimento pelo amparo que deram em nosso início de jornada.

Pedro Pucci, esposa e filhos, Willian Salum, Gerson Terense e dona Nair, médium vidente deste grupo espiritual. Nesta casa ficamos por um ano e meio, minha esposa Cristina já se encontrava equilibrada em sua mediunidade. Foi quando o Pedro Pucci junto com o Gerson Terense vieram conversar comigo dizendo:

- Infelizmente vocês não poderão continuar conosco, pois os guias de Cristina são todos de terreiro, caberá a você conduzir sua esposa em procurar um terreiro para seu desenvolvimento mediúnico, e você será o responsável, caso ela não cumpra sua missão.

Nós conhecemos diversos terreiros e não nos encontramos em nenhum, quando voltamos para casa havíamos tomado a decisão de não buscar lugar algum, nesta altura dos acontecimentos, tínhamos adquirido nosso estabelecimento comercial, os anos se passaram com certa tranquilidade, já tínhamos três filhos, dois meninos e uma menina. Contratamos então uma funcionária conhecida de minha mãe, quando em certo dia, conversando com Cristina, comentou que sua irmã viera de São Paulo com a missão de conversar conosco. Foi marcada um dia, esta senhora veio e passou o dia conosco, incorporando pomba-gira, fumando e bebendo, conversando com Cristina e minha mãe, durante os sete dias que esta senhora passou conosco, as entidades queriam falar comigo, mas não aceitava falar com elas, no último dia, minha mãe veio até mim e disse:

- o preto velho está te chamando A contra gosto e revoltado, fui falar com a entidade, que muito me falou e

pouco eu guardei em minha memória, só me lembro de que gargalhei sarcasticamente quando me disse:

- Tu és médium!

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Quando essa senhora foi embora, Cristina comprou duas peças de tecido de cores vermelha e preto para presentear-lhe, e ao receber o presente, esta senhora disse que estava envergonhada pelo fato da entidade ter pedido o presente, se a Cristina não gostaria de ficar com ele, no dia seguinte, a Cristina começou a incorporar esta entidade diariamente, ficando quase todo o período desta forma e fazendo todos os trabalhos cotidianos. Apavorado, procurei Dona Nair pedindo auxilio e como resposta, ela solicitou que procurasse um terreiro, ou senão estude a doutrina, entre em acordo com esta entidade para ter a hora certa de incorporação.

Quando voltei, fui conversar com a entidade e ficamos combinados que diariamente das 20h00minh as 22h00minh estaria a sua disposição com uma garrafa de espumante, um maço de cigarros de filtro branco e uma taça vermelha, este acordo durou quatro anos. No início ela vinha mancando de uma perna, com a voz rouca, tomava uma garrafa do espumante e fumava um maço de cigarros, eu ficava muito nervoso e amedrontado, mas com decorrer do tempo, após estudar bastante e aprendendo a doutrinar, mudanças ocorreram para melhor em ambas as partes, mas hoje, sei que fui doutrinado por ela e não o inverso, após três anos, ela solicitou para nos prepararmos para sete provas, a qual para cada uma nos seria dado uma proteção, a primeira foi uma folha de guiné, a segunda foi o guiné mais um galho de arruda, a terceira era os elementos anteriores mais um novo e assim foi até a sexta prova. Cada prova era um obstáculo a ser passada, uma perda material ou financeira. Quando passamos pela sexta prova ela nos informou que teríamos um período de calmaria e preparação para a sétima prova que seria muito dolorosa e durante seis meses, todos os dias ela vinha e nos orientava, preparando, falando do amor, da fé e os desígnios de Deus, da união, da razão de viver, até que ela nos ensinou que a única defesa existente para superarmos

a sétima prova era a fé em Deus e a razão de viver.

No dia seguinte eu levantei com uma dor atrás da orelha onde havia um calombo, em consulta a um médico, este me

informou estar com caxumba e que a mesma havia descido na virilha, recomendou repouso absoluto por 30 dias; e foram 21 dias de cama. Em uma manhã, quando minha esposa Cristina acordou e foi ver nosso filho caçula, fui acordado com um grito de desespero, ao chegar ao quarto, nosso filho estava em seus braços desfalecido, da forma em que estávamos, fomos rapidamente ao hospital, mas já era tarde... Ele tinha falecido... Só então nos demos conta de que a sétima prova era como ela havia dito... Um pedacinho de nossos corações.

O velório foi realizado em nossa casa, recebemos a condolência de dona Luzia, dirigente de uma casa Kardecista e benzedeira que muito havia atendido nossos filhos, ela pediu para ser recebida em particular, pois havia alguém querendo falar conosco, após concordarmos, ela recebeu seu mentor espiritual que nos confortou, depois veio a mim dizendo “O pai maior atendeu o seu pedido, você em suas orações sempre pediu a Deus que nada de sofrimento ocorrera para seus filhos, pois durante o tempo em que ficaste doente, era o tempo que seu filho sofreria em um hospital, você não tem mais nada com a partida de seu filho, foi-se também a sua doença, isto só você sabe por que sempre fizeste no silêncio de tuas orações”.

Depois disso, por mais um tempo, continuamos por receber essa entidade e mais um caboclo, preto velho, boiadeiro, até uma noite em que tivemos o mesmo sonho, estávamos eu e Cristina na varanda de nossa casa, de frente para a rua, ao lado, no fundo do quintal, falanges de caboclos, pretos velhos, boiadeiros, exus, pomba-gira, encantados e etc. Atrás de nós surgiu um caboclo que nos conduziu em meio a todas aquelas entidades como em uma apresentação. Acordamos assustadíssimos e após conversar, chegamos à conclusão que realmente vivemos aquela situação do sonho, com medo de tamanha responsabilidade, resolvemos não mais fazer trabalhos espirituais em casa. Fomos então frequentar o centro de Dona Luzia, não durou três meses, pois a entidade que por tanto tempo incorporava em casa, não aceitou o lugar e tivemos que voltar a recebê-la em casa. Nada é por acaso, uma médium desta casa veio trabalhar em nosso estabelecimento comercial, em um determinado dia, ela disse a Cristina, sempre que não estou bem, vou a um terreiro descarregar minhas energias, venha conhecer comigo este lugar.

Na segunda-feira seguinte Cristina, minha mãe e eu... Mais uma vez levado a força, fomos visitar este terreiro, quando lá chegamos, sentimos vibrações de paz e harmonia, encontramos então um terreiro chamado Tenda de Umbanda Caboclo Folha Verde, onde durante seis meses frequentamos os trabalhos as segundas e quintas feiras na assistência.

Uma noite em casa, a Cristina me disse que a Rosa gostaria de falar comigo, este é o nome da entidade pomba-gira, ela se dirigiu dizendo que veio se despedir, pois sua missão chegara ao fim, ela nos conduziu a uma casa onde os ensinamentos seriam ministrados por outras entidades como caboclos e pretos velhos, perguntei a ela se nunca mais ela voltaria, ela me respondeu que se fosse a vontade do pai... Mas eu não a reconheceria. Nossa jornada naquela casa foi de 1982 como médiuns até o chamado ao mundo espiritual do Pai Gevaert Campos de Carli em 1994.

Após alguns meses, chegou a minhas mãos o livro O Guardião da Meia Noite o qual me abriu um vasto conhecimento sobre a umbanda e principalmente sobre o mistério Exu, e me despertou a curiosidade em outras

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obras publicadas como o Cavaleiro da Estrela Guia e outros livros publicados, foi através de cartas que tive o privilégio de conhecer o autor destes livros, hoje meu irmão, meu mestre, meu Pai Rubens Saraceni.

Foi em meados de 1995 que fomos para Santa Rita do Passa Quatro – SP participar como médiuns do Templo Espiritualista Legião Branca Mestre Jesus, levando todos os livros já editados para o médium responsável pelos trabalhos espirituais, alguns se interessaram pelo vasto aprendizado contido nas publicações, outros não, mas somente em 1997 quando nosso mestre Rubens lançou o livro As Sete Linhas de Umbanda Sagrada tivemos a oportunidade de levá-lo a referida casa para ministrar uma palestra, a qual foi um sucesso. Neste mesmo ano, Mestre Rubens retornou para São Carlos – SP para a realização da palestra sobre os Guardiões da Umbanda Sagrada, também foi um sucesso.

No início de 1998, nosso Mestre Rubens retornou a Santa Rita do Passa Quatro para realizar sua terceira palestra, coroando o lançamento do livro O Código de Umbanda Sagrada, com a casa cheia de pessoas da região, no templo da Legião Branca Mestre Jesus e no final da palestra, Mestre Rubens anunciou que seria criado o primeiro curso de Teologia e Sacerdócio de Umbanda Sagrada no interior do Estado de São Paulo, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro naquele mesmo templo.

O curso foi ministrado sempre no último domingo de cada mês e participaram mais de uma centena de médiuns do interior Paulista.

Continuamos trabalhando como médiuns nesta casa, em uma noite de atendimento, fui solicitado a conversar com uma entidade incorporada em minha esposa Cristina, após saudá-la, fui indagado:

- Você se lembra de mim filho amado? Diante de minha negativa retornou dizendo... - Eu não lhe disse que se um dia retornasse você

não me reconheceria... - Irmã Rosa! - Sim filho, ontem fui para você a irmã Rosa, hoje

pela vontade de Deus Pai e da espiritualidade, sou a cabocla Iraci e faço parte de suas forças espirituais!

No ano seguinte, 1999, recebemos o telefonema de nossa irmã e amiga mãe Conceição, que conhecemos no curso de Teologia e Sacerdócio, ela, seu marido e o Pai Rogério que acompanhavam o Mestre Rubens em suas viagens, fizeram então o convite para iniciarmos a primeira

turma do curso de magia divina das sete chamas sagradas que seria ministrada pelo Rubens, realizado no Espaço Esotérico A Essência do Ser, no bairro da Aclimação em São Paulo. Neste mesmo período, recebemos de nossas entidades a ordem para iniciar as atividades de nosso próprio Templo, devido a nossa falta de experiência, Mestre Rubens nos pediu para procurar sua Tia Neusa Aparecida Saraceni, dirigente do Templo de Umbanda Ogum Matinata e Caboclo Sete Flechas em São Pedro – SP. Ela então nos ensinou e orientou como consagrar o primeiro espaço religioso em um cômodo de nossa residência, espaço pequeno, mas mesmo assim, foi possível ao Irmão Sidney da Silva ministrar sua palestra sobre a reforma íntima, hoje ele é Mago e Sacerdote Umbandista formado pelo Colégio de Umbanda Pai Benedito pelo nosso Mestre Rubens.

POR: Irmão Sidney da Silva Em pouco tempo, nossa casa não acomodava

mais as pessoas que buscavam o auxilio espiritual, fomos então intuídos a iniciar os trabalhos em 13 de Maio de 2000, inaugurando um novo espaço em nossa chácara, já constituindo Diretoria, Estatutos, CNPJ e um nome. Estiveram presentes na data o corpo mediúnico e Tia Neusa, dirigentes do templo de nosso irmão Fernando Fernandes, Presidente do Colégio de Magia Divina, o irmão Ortiz Belo de Souza e família, irmão Marco Antônio Santos, autor de vários livros psicografados sobre a Umbanda Sagrada, esteve também presente a Mãe Conceição, que incorporou a Cabocla Jurema, consagrando minha esposa como Babá do Templo de Umbanda Sagrada “Pai Benedito de Aruanda”.

Continuamos buscando conhecimento, aos Domingos fizemos junto com um grupo de médiuns o curso de Magia das Sete Pedras Sagradas em São Paulo ao qual foi necessário contratar o serviço de uma van para fazer o transporte. Já na segunda-feira, eu e Cristina retornávamos a S. Paulo para fazer o curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada, ministrado também pelo Mestre Rubens. Fizemos e continuamos fazendo os cursos de Magia ministrados pelo colégio, e vamos continuar fazendo quantos cursos à espiritualidade nos permitir, conhecimento não ocupa espaço, apenas agrega experiências.

Nos anos de 2003, 2004 e 2005, nosso templo recebeu o Mestre Rubens para ministrar os cursos das Sete Chamas Sagradas e das Sete Pedras Sagradas, participaram destes mais de uma centena de médiuns desta casa e da região. Também, em 2005 que recebemos das mãos do Mestre Rubens e do então Presidente do Colégio de Magia Divina, nosso irmão e também mago Fernando Fernandes, a carta constitutiva, que também nos autorizava a atuar como Núcleo de Magia Divina.

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Devemos lembrar que todos os trabalhos espirituais realizados com amor, fé e conhecimento em prol da sociedade, visando à caridade com trabalhos sérios,

sem cobrança material. A própria espiritualidade maior conduz em seu caminho, pessoas certas para auxiliar nas suas necessidades, foi o que aconteceu conosco e continua acontecendo até

os dias de hoje. Algum tempo depois, foi necessário ampliar o

espaço para atendimento aos necessitados, foi quando mais médiuns apareceram para ajudar na construção de um novo prédio, auxiliando financeiramente e com mão de obra para mais esta realização, não posso deixar de agradecer principalmente meu irmão de Fé e de Ordem Miguel Cinati, membro vitalício da nossa diretoria.

No início de 2006 foi realizada a inauguração e consagração deste novo espaço, com a presença de diversos dirigentes espirituais ao qual cito Pai Baggio de Bonfim Paulista, Mãe Idalina de Pirassununga, Pai Orlando de Americana, Irmão Godoy de Campinas, Mãe Conceição e Pai Guimarães de Ogum de São Paulo e nosso irmão e Ogã Severino Sena e família, nosso Mestre Rubens que consagrou nosso Templo e veio Coroar a Mãe Cristina como Sacerdotisa do Templo de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, além de autoridades do Executivo e Legislativo de nossa cidade.

Em 2006, nosso Irmão Ogã Severino Sena e sua família, realizou curso de atabaque para médiuns da cidade de Americana - SP e região, em Fevereiro de 2007,

o mesmo veio até São Carlos consagrar nossos médiuns que participaram do curso.

Hoje contamos com mais de 120 médiuns, muitos destes sacerdotes e com vários graus da magia divina, a grande maioria formada no Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda em São Paulo, abaixo nosso cronograma de trabalho espiritual e magístico:

Terças – feiras – Curso de Teologia e Sacerdócio Quartas – feiras – Quinzenalmente – Cirurgia

Espiritual Quartas – feiras – Quinzenalmente – Trabalhos de

Magia Divina Quintas – feiras – Trabalho Religioso Sexta – feira – Última do mês - trabalho de limpeza

com os Srs. Exus e Pombas Giras dos Médiuns. Domingo – 13 às 15 h - Curso aos novos médiuns,

ministrado por um médium formado Sacerdote. Domingo – 16 às 18h – Curso de Magia Divina,

ministrado pela Mãe Cristina. Domingo – 18h30min as 20h30minh – Curso de

Magia Divina, ministrado por Laerte Nogiri. Dirigentes: Maria Cristina Gonçalves Nogiri,

Sacerdotisa e Maga iniciadora das magias divinas: Sete Chamas Sagradas, Sete Pedras Sagradas,

Sete Ervas Sagradas e Sete Raios Sagrados. Laerte Nogiri, Sacerdote de Umbanda Sagrada e

Mago iniciador das magias divinas: Sete Chamas Sagradas, Sete Pedras Sagradas,

Sete Ervas Sagradas

.

Tenda de Caridade Umbandista Pai Oxalá.

Mãe Domitilde.

Em toda minha vida de encarnada, no plano material, vinha buscando algo que tocasse meu ser e proporcionasse a paz em meu íntimo. A busca foi intensa e não descobria nada que me fornecesse motivos para viver em um planeta onde há guerras, disputas e nada é de ninguém. Deus construiu o universo inteiro até o desconhecido e eu vinha buscando algo que me trouxesse esperança. Vim de uma família católica, mas não seguiam realmente a religião. Fui à busca de várias religiões.

Quando tinha sete anos de idade, um médico disse aos meus pais que eu deveria tomar banho de mar, bem cedo, para me curar de uma bronquite e, todos os sábados, eles me levavam.

Um dia de dezembro, quando eu estava no mar vislumbrei uma roda bem grande de pessoas e estavam fazendo algo que me chamou a atenção, me aproximei e vi gente pulando, dando gritos e achei muito estranho tudo aquilo, então, sem mais nem menos desmaiei e, em estado semi consciente sem poder me expressar ou mexer qualquer parte de mim, vi, meio turvo, um homem me benzendo e fazendo um tipo de reza que não entendia nada. Meu pai brigou e me tirou do meio da roda, me levou para casa e, sem um motivo aparente ou explicável, daquele dia em diante nunca mais tive uma crise de bronquite e me curei.

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Passaram vários anos, eu sempre procurando e rezando a Deus para me colocar em um caminho onde eu achasse um sentido para estar aqui neste planeta.

Fiz todas as honras determinadas, naquela época, para uma mulher: casei, tive dois filhos.

Após isso, em um momento de minha caminhada, comecei a buscar algo diferente e, às escondidas, comecei a minha caminhada em busca de algo que eu nem imaginava o que era. Achei um lugar onde que eles chamavam de “Kardec”. Estudei o evangelho e me colocaram em uma mesa de desobsessão. Trabalhava muito, todas as quintas feiras, mas me sentia muito mal com tudo aquilo e, cada vez estava mais depressiva por não encontrar ainda aquilo que me completava. Fiquei lá por mais de três anos, quando, simplesmente, sem falar nada a ninguém, sem saber o motivo, não queria ir mais.

Andando ainda em busca de algo que não sabia o que era, em um momento de tristeza e decepções, fui novamente à

praia grande e, para minha alegria, estava acontecendo uma festa que agora sei que é da amada Mãe Iemanjá. De terreiro em terreiro, achei um índio fabuloso que chamava caboclo Tupi incorporado em uma médium que me passou seu endereço.

Numa casinha simples, com três médiuns atuantes, Pai Tupi me recebeu de coração. Fiz todas as minhas obrigações. Sou muito grata por tudo que me proporcionou, mas ainda não havia encontrado aquilo que procurava, ainda sentia uma parte vazia dentro de mim, a busca ainda não tinha acabado. Fiquei lá até a dirigente ir embora para sua terra natal, Bahia. Quando isso aconteceu, me senti órfã.

Recomecei minha caminhada. Passei por vários terreiros onde fui massacrada, pisada e humilhada, até encontrar Pai João, um preto velho incorporado em uma médium doce e lá fiquei por um ano, aprendendo a fazer muitos trabalhos com velas. Mas, mesmo assim, comecei a caminhar de novo em minhas andanças em busca de algo perdido dentro de meu ser.

Busquei uma literatura que me abrisse à visão sobre a umbanda, achei um livro que falava sobre energias, li várias vezes e, ainda assim, não entendia direito o que dizia, ficava confusa. Nesse meio tempo, passei pelo candomblé, onde “fiz o santo” para Oxalá e Iemanjá. Um dia me revoltei, sai da casa onde tinha feito o santo e caí nas mãos do Sr. Zé Pelintra, em uma casa onde fui bem recebida, mas ele disse que lá não era meu lugar e, sim, que eu arrumasse um espaço para trabalhar com meus guias e montasse meu conga. Fiquei desorientada e sem rumo novamente porque nunca imaginei que poderia ser uma dessas pessoas que dirigisse uma casa. Voltei àquele livro das energias, reli e comecei a procurar o autor para que ele me desse algumas explicações do que estava escrito.

Depois de algum tempo de busca, ainda faltando algo dentro de mim, em um momento de solidão, depressiva, com minha vida financeira em decadência e vida amorosa em desespero, encontrei o autor que me recebeu em sua casa com cafezinho e, muito carismático, me tirou várias dúvidas, me direcionou, me levou em sua garagem, fez um símbolo no chão, colocou algumas velas em cima do símbolo, ajoelhou, rezou, me colocou dentro do símbolo, rezou mais ainda e, cada vez mais, eu me sentia leve e desamarrada de tudo que estava sentindo quando cheguei. Conversamos muito e ele, com sua paciência e disposição em ajudar, me trouxe à realidade e me fez um convite para que eu estudasse, em sua sala de aula, aquilo que ele tinha feito no chão e que me trouxe aquela leveza que estava sentindo, aquilo que não conhecia se chamava “Magia Divina das Sete Chamas Sagradas” ou “Magia Divina das Sete Velas Sagradas” e, aquele autor, era Rubens Saraceni. Comecei, então, minha caminhada dentro da Umbanda Sagrada e dentro da Magia Divina. Em 1999, quando comecei minha caminhada de aprendizado com Pai Rubens Saraceni, todos os evangélicos pensavam que o mundo iria acabar.

Engraçado tudo isso, porque o mundo começou para mim neste ano, onde tudo era novidade e a minha vida resplandecia em

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conhecimentos, não só na espiritualidade, mas também me conhecendo intimamente e tudo era belo, com muita alegria a cada momento que eu aprendia sobre a vida, sobre a espiritualidade.

Antes, quando fazia uma pergunta sobre qualquer assunto dentro da espiritualidade, não estava na hora de saber ou eu não podia saber. Concluo que, ou os sacerdotes eram orgulhosos e queriam deter o poder do conhecimento para si ou não sabiam mesmo sobre nada. Hoje o conhecimento está disponível a todos nos livros do Pai Rubens Saraceni, basta se dedicar na leitura que aprendemos. E foi assim que tudo emergiu lá do meu inconsciente, para colocar em prática tudo que aprendi.

Com ele aprendi muito sobre os Orixás, Guias, e protetores, como também sobre Exu e Pomba-Gira, sem falar nos amados Exus Mirins. Aprendi realmente o que é Umbanda.

Estudo a magia divina, que é um aprendizado infinito e, dentro disso tudo, me sinto feliz e realizada, porque na espiritualidade, encontrei o equilíbrio, a alegria, a esperança, e a ativação de meu “eu interior”, da minha centelha divina que existe dentro do meu ser, que me traz uma forma de vida magnífica, que me dá sustentação no meu grau de evolução, sempre com a ajuda de meus guias espirituais e as falanges de Exus que me acompanham.

Estudei muito e acredito nada saber. A espiritualidade é tão grande que, por toda a eternidade terei muito a aprender.

Comecei com a Magia das Sete Chamas, completei meus 21 graus na Magia Divina e continuo meus estudos. Fiz o curso de sacerdócio com Pai Rubens, em 1999, abri uma casa espiritual, começando com três médiuns. Aos poucos foi aumentando o número de participantes e hoje estou com 98 médiuns.

Os principais objetivos da Casa é fazer o bem e a caridade, proporcionando aos médiuns e consulentes, o entendimento da vida dentro da humildade, caridade, perseverança, amor, tolerância, disciplina e união entre todos.

Temos um grupo de Magia Divina onde os Magos trabalham em benefício do próximo A casa disponibiliza estudos como, Desenvolvimento Mediúnico, Curso de Magia, Doutrina Infantil com um grupo de médiuns que se propôs a trabalhar com nossas crianças, para ensinar sobre a Umbanda e motivar amor ao próximo e da natureza que Deus nos deu.

A Tenda de Caridade Umbandista Pai Oxalá, atua para ajudar no crescimento da nossa amada Umbanda, tirando os dogmas que foram colocados por pessoas que não entendiam a espiritualidade e rompendo paradigmas, pois a Umbanda tem fundamentos e é preciso estudá-la para conhecê-la.

Como existem igrejas católicas, igrejas evangélicas, casas de candomblés, e para cada casa existe um dirigente, diretor, ou mestre que dirige do seu jeito, pela sua índole e pela sua criação, também existem terreiro, centros e tendas que também tem seus dirigentes, então busquem não pelo tamanho da casa ou beleza, busquem pela índole, pelo amor, pelo respeito, pela fé, pelos ensinamentos, pela evolução e pelo carisma de cada integrante daquela família grande que é todos seus irmãos tentando entender a si mesmo e buscando, dentro de si, a felicidade em amar incondicionalmente toda criação de Deus, a união entre tudo e todos com amor e esperança de dias melhores para viver neste plano físico da criação de Deus.

Quando você for dormir e, ainda assim, não conseguir tirar um sorriso dos seus lábios, acabar adormecendo com ele em seu rosto e, ainda assim, acordar com ele estampado e conseguir gravá-lo em seu coração, saberá o que sinto em minha vida. O que é, a cada dia, vivenciar a felicidade após cada trabalho espiritual realizado e, ainda receber em dobro o que proporcionou a cada um que passou com os guias espirituais, de cada filho de fé que você ensinou e consagrou como um verdadeiro guerreiro de Oxalá. Mãe Domitilde Tenda de Caridade Umbandista Pai Oxalá Via Anchieta, 1354 (fundos) – Moinho Velho/Ipiranga. São Paulo / SP Telefone: (11) 2591-0028 [email protected]

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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA.

FALANDO SOBRE OFERENDAS

Por: Newton Carlos Marcellino Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

Sobre as oferendas há várias dúvidas que precisamos e devemos questionar com os guias espirituais e com outros terreiros para unificar as informações e fazer da Umbanda uma religião de respeito e preservação da natureza. Estudar várias alternativas para evitar sujeiras na natureza e nas praias é um dever de cada umbandista e, repassar essas informações para outros, além de ajudar no desenvolvimento e evolução da Umbanda, ajuda a evidenciar para a sociedade o bem que faz nossa religião, quebrando o preconceito de macumbeiros que emporcalham tudo.

O intuito deste texto é lançar algumas questões e colocar algumas respostas, com base em estudos e fundamentos da Umbanda, sem querer ofender ou quebrar rituais já consagrados em alguns terreiros, mas tentar mudar a linha de pensamento daqueles que acreditam que uma oferenda deve ficar na natureza até apodrecer e que os orixás são comerciantes de benfeitorias divinas.

Sobre as oferendas, vamos começar a discussão. Ao baixar a oferenda e acender as velas, devemos esperar alguns

minutos, horas, dias ou semanas? Há a necessidade de deixar a oferenda na natureza? Há a necessidade de a oferenda possuir itens cortantes como vidros e facas? A oferenda precisa possuir grande quantidade de itens? Velas e charutos precisam ficar acesos o tempo todo? O que influencia o axé se fizer uma oferenda de uma maneira ou outra?

Talvez a pergunta que possa ajudar nas respostas das outras acima é: o Orixá ou a entidade que está recebendo a oferenda vai fazer o quê com o material ofertado?

Precisamos separar as coisas antes de começar a responder. Se a intenção de fazer a oferenda é a troca de favores como algo do tipo “estou te

entregando isso, mas quero que me ajude com aquilo”, temos de ter em mente que o orixá ou a entidade não trabalha como mediador de Deus a ponto de se tornar um mercantilista.

Oferenda não é negociável. Não é pagamento. Não é chantagem. Não é súplica. Não é pedido desesperado. Uma oferenda é sinal de nosso respeito pelas entidades espirituais e orixás. Oferenda é o direcionamento de nosso axé material, juntamente com o axé das frutas, flores, bebidas, fumaça e fogo, aos nossos protetores, e acima de tudo, é nosso fortalecimento de fé, que nos liga com o orixá que estamos ofertando.

A oferenda deve ser entregue em dias específicos, de preferência com outros membros do terreiro, para que todo o material fique concentrado em um determinado ponto da natureza, evitando bagunça e transtornos para os seres e elementos que habitam o local sagrado.

O Orixá ou entidade que está recebendo a oferenda, teoricamente não fará nada com o material que está recebendo, pois ele se vale da intenção e fé daquele que o reverencia.

Ao depositar sua Fé no preparo e manuseio dos elementos da oferenda, o filho de fé se liga mentalmente com o orixá, criando um vinculo de respeito. Ao oferecer frutas, flores, bebida e fumo, o filho de fé emite sua energia corporal para esses materiais, que se fundem com as energias dos mesmos, aumentando o axé da oferenda. Ao oferecer velas, a energia do fogo intensifica a energia da oferenda.

É esse axé contido na oferenda que é recebido e trabalhado pelos orixás e espíritos de luz. Ora, se a fé daquele que está ofertando for sincera, basta ele entregar a oferenda, fazer uma

oração, apagar a vela e recolher tudo, pois o axé da oferenda e da vela já foi utilizado pelo orixá, e o material dessa oferenda pode ser repartido por todos os membros do terreiro para ser consumido normalmente. Não há a necessidade de deixar o material na natureza, pois o orixá ou qualquer entidade de luz não vai utilizar mais nada daquilo, e esse material, se deixado ali , servirá como atrativo para moscas, insetos peçonhentos, etc., além de sujar o nome da Umbanda, afastando-a de sua verdade, que é respeito e preservação da natureza.

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Não é necessário utilizar produtos cortantes (e mesmo que queira utilizar facas ou tridentes para Exu, tudo deverá ser retirado posteriormente), a oferenda não precisa ficar horas sujando a natureza (a oferenda pode ficar ali durante um ritual, caso seja realizado, e retirado ao final do mesmo), e velas e fumo não precisam ficar acesos até que terminem.

A Umbanda é feita de simplicidade. São os encarnados que complicam e dificultam tudo. OFERENDAS PARA YEMANJÁ.

Há quem ache que “no dia de Yemanjá, está tudo liberado! O mar é grande e podemos fazer a bagunça que quisermos!”.

Não! Graças a Oxalá, já há um grande movimento de terreiros que lutam

para que acabe com a farra do dia de Iemanjá. Barcos de isopor, pentes de plástico, espelhos, vidros de perfume,

bijuterias e outras tranqueiras não servem para nada, a não ser sujar as praias, sujar o fundo do mar e matar animais marinhos. Isso não é Umbanda.

Acreditar que alguém consiga colocar ou receber algum tipo de axé através desse monte de lixo ofertado é o mesmo que dizer que Exu é o próprio diabo. São informações falsas e errôneas que muitos ainda acreditam.

Oferecer pétalas de rosas já é uma excelente oferenda. Se o terreiro quiser oferecer frutas e outras flores, é permitido fazer a oferenda na areia da praia, para que tudo seja recolhido e dividido entre todos depois. Simples. Sem sujeiras. Como a Umbanda deve ser.

OFERENDA PARA EXU Um Exu pediu uma oferenda numa encruzilhada, o que fazer? Analisar se o motivo é mercantilista, do toma lá dá cá. Se for,

há algo errado. Se não for, proceda com cuidado e reverência. Concentre sua energia na oferenda, faça a entrega, acenda as velas e o charuto se for necessário, faça sua oração. Apague as velas e o charuto, recolha tudo e leve embora. Não deixe nada sujando as ruas.

Se o Exu pedir pra deixar a oferenda na encruzilhada e exigir que você saia sem olhar pra trás, questione ele sobre isso. Exija uma explicação convincente e com fundamento. Nenhum orixá pede pra sujar nada. O Exu não deve nem mesmo pedir que seja ofertado partes e restos de animais, pois isso exige o sacrifício de um ser vivo em nome de um suposto axé de um ser que se diz de luz. Se Exu é um orixá de luz, nunca haverá nada relacionado a cadáver de uma criatura de Deus em suas oferendas.

Mudar determinados rituais não significa perder o axé ou quebrar tradições, ao contrário, se as mudanças são devidas aos questionamentos e estudos, há ganho de axé. Há evolução. Há a pratica da verdadeira Umbanda. E os orixás e a natureza agradecem.

Aproveitando o axé de uma oferenda Você está em um santuário natural com vários objetos de oferenda para o orixá, vai firmar

velas e ainda vai orar, emitindo e recebendo axé. Será que é possível aproveitar esse momento para dar firmeza a outros objetos?

Ao nos conectarmos mentalmente com o orixá, estamos nos ligando pela fé e respeito que temos por ele, e ele nos responde enviando seu axé e força, permitindo que essa energia seja estendida aos objetos que estamos consagrando em seu nome para que, posteriormente, possamos continuar usufruindo dessa energia quando necessitarmos, seja colocando as mãos em uma imagem ou colocando uma guia de contas em nosso pescoço.

Então, juntamente com os materiais da oferenda podemos levar imagens, guias de contas e outras ferramentas do orixá ou da entidade que trabalha sob a luz dele. Após a oferenda, as frutas podem ser consumidas pelos membros do terreiro, as flores e outros objetos podem ser levados para casa ou para o terreiro, pois tudo estará suficientemente carregado com a energia do orixá.

Neste tipo de ritual percebemos como é forte a energia de um orixá que nos permite receber e armazenar seu poder em objetos e ferramentas.

Quando nos tornamos transportadores de energia

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Outra questão: na natureza podemos absorver plenamente a energia emanada pelo orixá e com isso conseguimos força suficiente para dar continuidade em nossas vidas, recuperar a saúde, estabilizar nossa mente, etc., mas como fazer com aquelas pessoas que estão impossibilitadas de se locomover até o santuário natural?

Com Sua extrema sabedoria, Deus permite que o homem seja capaz de transportar energia através do pensamento e com isso, possibilitando que a caridade seja feita até com aqueles que não podem ir ao Seu santuário natural.

Ao fazer todo o procedimento de uma oferenda, ao sentirmos receber o axé do orixá (o médium sabe e sente quando está recebendo o axé), basta imaginar a pessoa que não pôde comparecer que a imagem da pessoa em nossa mente é suficiente para criar uma “ponte” de energia entre nós e essa pessoa e assim, ela também receberá a carga de axé necessária. CONCLUSÃO:

Concluímos que uma oferenda não precisa ser exagerada, não precisa conter elementos cortantes, deve ser retirada da natureza, seus elementos podem ser divididos entre os membros do terreiro, pode ajudar a firmar imagens e ferramentas dos orixás e ainda consegue gerar axé suficiente para atender os que não puderam comparecer ao ritual.

Simples, funcional e com fundamento. Isso é Umbanda. Se todos os umbandistas respeitarem a natureza como ela dever ser respeitada, cidades que

possuem santuários naturais como praias, pedreiras, matas, cachoeiras, etc., nunca questionarão o papel da Umbanda na natureza, pois todos os cidadãos saberão que quem ajuda a preservar e manter seu santuário natural limpo e seguro é o umbandista.

13 DE MAIO

Do século XVI ao XIX, o negro viveu na condição de escravo no Brasil, foi um tempo de muita dor, de muito sofrimento, de muita mágoa e de muito clamor aos Orixás. Compadecido com tamanha lamúria, Oxalá manda Exu a terra levar uma mensagem de conforto para aquela gente tão sofrida. Na mensagem Oxalá dizia para o povo ter fé e esperança, que um dia enviaria uma princesa para libertar os africanos cativos no Brasil. Nas senzalas, todos acreditavam nessa profecia de liberdade e pensavam, logicamente, que a princesa, a qual os libertaria do cativeiro, sería africana, considerando este pensamento, os pais das senzalas1 mantinham, em completo sigilo dos brancos, as suas falanges de guerreiros capoeiras, para quando a profecia se cumprisse, eles lutassem sob o comando da princesa para conquistarem a liberdade.

No dia 13 de maio de 1888, a profecia de Oxalá foi cumprida. Uma princesa veio em socorro ao povo da África cativo no Brasil, porém, ao contrário do que se acreditava nas senzalas, a princesa não era africana e sim brasileira, a Princesa Isabel Cristina do Império do Brasil, que não querendo ver o sangue de sua gente derramado, fez com que a pena preterisse a espada e assinou a lei Áurea. E assim, libertando os escravos.

Os negros livres saíram em festas das senzalas, cruzaram as porteiras das fazendas, empunhando a liberdade e rumaram em busca da cidadania. E por acreditarem na profecia de Oxalá, terem fé e resignação a tanta dor e sofrimento, essa gente foi evoluída espiritualmente, vindo a compor a falange de Pretos Velhos da linha das Almas.

Hoje, passado 223 anos da abolição da escravidão no Brasil, podemos constatar que ainda muitos dos descendentes desse povo não conseguiram encontrar a cidadania, estão perdidos, excluídos dos direitos universais do homem, como: educação, saúde, habitação...

O 13 de maio não deve ser apenas um dia de comemoração, mas também, um dia de reflexão. Pois, a liberdade nos foi generosamente concedida por compaixão de Oxalá pela Princesa Isabel, contudo, conquista da cidadania cabe a cada um de nós reivindicarmos e lutarmos juntos por ela.

Salve as Almas!

EDENIR COSTA DOS SANTOS [email protected]

Autor de Ogum Marê

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PRECE À LUZ DIVINA

Oh! Luz! Oh! Divina luz! Iluminai o caminho dos servidores do

senhor; que possam eles ser para seus irmãos, o anjo consolador a orientá-los; possa cada seareiro trazer em suas mãos a lâmpada acesa do conhecimento da palavra do senhor, em consequência, a libertação dos grilhões da ignorância da vida espiritual; possa a esperança ir gotejando em seus corações desesperançados. Oh! Luz! Oh! Divina luz! Espargi os vossos raios benfazejos a toda humanidade incrédula e materialista, descerrando as trevas; atuai nos olhos cegos dos teimosos, nos ouvidos surdo dos renitentes, no sentir frio dos egoístas; iluminai a mente fechada ao entendimento e abri o coração fechado ao sentimento fraterno. Oh! Luz! Oh! Divina luz! Envolvei os bons para que prossigam no bem e os maus para que venham a conhecer o bem. Obrigado por esta luz, Divina Luz, que está caminhando em minha direção, pois, que ouvistes a minha prece. Graças eu dou ao senhor, usina da divina luz, geradora da paz interior que vislumbro, mediante a vontade de ser melhor do que sou. Curvo-me diante desta luz. Divina Luz em agradecimento sincero e imorredouro. Prece ditada e psicografada por um espírito denominado Cobra Coral compilada por Ernesto Santana; ele diz: Para que a pessoa seja iluminada e esclarecida em suas decisões diárias. Li um livro esta tarde, abri nesta página li, refiz à noite e agora decidi compartilhar com os que amo. Também li em um Tratado Religioso que comecei hoje que as cores, ao pensarmos nesta luz referente ao mestre maior Jesus, devemos pensar nas luzes Dourado, Violeta, Prateado e Branco, também imaginarmos pétalas de rosas caindo em forma de chuva sobre nós e as pessoas nas quais queremos ajudar.

E sempre começarmos a fazê-la num determinado horário aquele em que pudermos conversar um pouco com este Pastor de todos nós. Senti-me muito renovada e joguei fora uns sentimentos mesquinhos que andavam me afligindo, o farei diariamente a partir de hoje e gostaria se vocês fossem tocados que o fizessem para que possamos ter uma enorme corrente do bem; para todos do planeta e principalmente os nossos inimigos, já pensaram se eles receberem tal luz espargidas do nosso coração; nunca mais teremos medo algum. Só daquilo que não fizermos quando nos for tocado pelo mestre Jesus.

E, por gentileza, façam também envolvendo o Reino Vegetal e Animal, estão sendo prejudicados o tempo todo pelos ignorantes que ainda não perceberam esta Divina Luz.

ORAÇÃO À MÃE IANSÃ

Salve Iansã Sob a forte ventania, seu nome louvarei, para abrir meus caminhos, senhora do temporal, passastes por sacrifícios e hoje vem nos salvar. Ó senhora guerreira, com tua espada sempre estarei protegida contra todos os males materiais e espirituais, enfim, de todas as mazelas do mundo. Guarda-me senhora, com a tua força total, e tenho certeza que manterei meus inimigos em um lugar bem distante de mim, sendo assim, meus caminhos estarão abertos. Senhora Iansã, me guarde sobre a terra, pois, no céu teu vento afastará tudo que de mal tenha sido lançado sobre mim e os meus protegidos ou que esteja atrapalhando o meu caminho. Junto com senhora Obá seja minha força seguida por Xangô e ogum numa luta constante contra todos os embustes e ciladas que tem

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Interrompido minha evolução material e espiritual, ajuda a limpar o meu caminho ao amor que tanto busco e que nunca alcanço mais que a partir de hoje sei que serei vitoriosa em meu merecimento, pois serei religiosamente obediente e todos os dias farei esta oração para fortalecimento do meu ser e de todos os que amo. Assim seja, assim já está acontecendo e assim se faça. Amém!

ORAÇÃO À MÃE OXUM

Salve dona Oxum senhora poderosa do ouro e manutenção das famílias a quem confia em suas bênçãos; Mãe santíssima, que de ouro coberta, assim trazei amor e riqueza para dentro de minha casa e que permaneça para sempre. Confio em ti, não me deixes mãe oxum, cair no lago das tristezas e das mágoas, que eu saiba sempre confiar na tua força, pois, com o teu sagrado manto estarei sempre protegida, erguendo minha bandeira de luta e certa de minha vitória. As águas perfumadas de mamãe oxum irão sempre me limpar a aura e me transportar para o caminho de deus, o caminho do bem. Axé!

Orações enviadas por Suzicleide Oliveira. [email protected]

A.U.E.E.S.P.

Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014

E-mail: [email protected]

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Enviado por: Ogã Anderson. [email protected]

MUSICOTERAPIA

"Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musico terapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para

facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades

físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.” A musicoterapia objetiva desenvolver potencia e/ou restabelecer funções do indivíduo para

que ele possa alcançar uma melhor integração pessoal e consequentemente uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento. Fonte: Federação Mundial de Musicoterapia Inc. 1996

Quem ainda não conseguiu se sentir relaxado ao ouvir uma música? Quantas vezes já ouvimos alguma música que nos despertou sentimentos fortes ou nos transportou para alguma recordação especial? Quantas vezes nos sentimos como que se uma força interior se se manifesta ao ouvir uma música? Quantas vezes cantamos uma canção de embalar para tranquilizar um bebé? O poder da música se manifesta de várias formas.

Esse poder tem uma história milenar. Há 2000 anos A.C., quando o Imperador da China queria saber como andavam as cosias nas suas províncias, convocava os músicos de cada uma delas para que tocassem para ele, e de acordo com a música que embalava o seu povo, o imperador sabia se este estava bem ou mal.

Durante a Segunda Guerra Mundial, médicos e enfermeiros americanos constataram que os veteranos de guerra se beneficiavam com algumas sessões musicais, restabelecendo-se rapidamente de traumas físicos e psíquicos.

A música também é usada na criação de vacas leiteiras para que estas produzam mais leite e se tornem mais dóceis, a música também é usada, por incrível que pareça, na produção de frutas e legumes para que esses fiquem mais vistosos.

De fato, a resposta ao som musical permite avaliar os estados físico, cognitivo, comportamental, emocional e comunicativo. A música e o som afetam a atividade muscular, a respiração, a tensão arterial e o metabolismo, e desempenham função de apoio ao processo de mudança dos indivíduos.

A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal.

Através da música, também é possível equilibrar os chakras, que são as centrais de energia que trabalham com o corpo físico para energizá-lo e ativá-lo.

Sabendo do poder benéfico da música, seja ela erudita, popular, instrumental, religiosa ou qualquer outra manifestação musical, por que não incentivar cada vez mais a música de Umbanda dentro dos terreiros? Por que não incentivar cada vez mais a todos que procuram a Umbanda, a cantar, a bater palmas e usufruir de tantos benefícios?

Na Umbanda há terreiros em que não se canta, não se bate palmas e não se toca os atabaques. Tudo bem! É aceitável, mas chegar ao ponto de afirmar que os terreiros que fazem uso da música (pontos cantados) são atrasados porque ainda não alcançaram um grau evolutivo maior, talvez seja por falta de informação ou falta de humildade.

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Aqui deixo um ponto em homenagem a nosso Pai Ogum, em especial para nosso Pai Ogum Beira Mar: SOU UM GRÃOZINHO DE AREIA UMA CONCHINHA DO MAR SOU AS ONDAS QUE QUEBRAM A LUA E O LUAR SOU OGUM DA TERRA SOU OGUM DO MAR EU VENÇO DEMANDAS EM QUALQUER LUGAR BAIXEI NESTE TERREIRO SARAVEI O CONGÁ SOU EU DE UMBANDA EU SOU BEIRA MAR

Salve todos, um grande abraço.

O PERDÃO E A DESCULPA

Enviado por: Nelson Junior [email protected]

O Perdão é uma Dádiva Divina, que nos impulsiona na evolução espiritual, pois quem perdoa deixa de lado muitas dividas cármicas que deixariam vínculos reencarnatórios pendentes por muitas vidas, bem como criariam antagonismos espirituais e culpas consciênciais.

O Perdoar, ou deixar de lado, e como a análise da palavra parece mostrar, deixar pra trás de forma perene, tem doar como base da palavra, como então poderia ser entendida, é doar de si uma quitação de algo que não deveria prosseguir daquela forma.

A ofensa nunca deve ser considerada imperdoável, pois os laços que ela carrega vão de vida a vida, de encarnação em encarnação, sendo purificados e positivados ate que o perdão ocorra.

Agora, o Desculpar, também é um elo importante na equação da procura pelo resgate de Dívidas passadas e presentes, garantindo o futuro mais elevado, embora a etimologia da palavra signifique isentar-se da culpa, tirar de si a culpa.

Se tomarmos ao pé da letra, aquele que se isenta da culpa tira de si a responsabilidade, ou seja, isenta-se de algo que gerou culpa em seu intimo, arrancando de si o peso, através de alguém que foi ofendido e que lhe teve perdão dado.

Desculpar-se é algo que todos fazem melhor do que Perdoar a si e aos seus semelhantes Vivemos numa sociedade materialista com urgências da carne, dos bens, e das ambições,

deixando muitas vezes que isso nos gere mal estar, por não priorizarmos as urgências do espírito em primeiro lugar, mesmo por que, não por acaso, quem busca mais as urgências da matéria, parece prosperar mais nela, afinal, quem busca o espírito, acha as coisas do espírito, e quem busca a matéria, acha mais a matéria, e achamos muitas “Desculpas” para que nós mesmos possamos conviver com nossos deslizes, responsabilizando as condições do meio em que vivemos, pelos atos que tomamos.

A reforma intima necessária a cada um exige que se avalie o que se faz de errado, o que se faz de certo, o que falta fazer para mudar e concluir essa mudança, perdoando-se, desculpando-se, mas sem cair de novo. Temos um mundo que nos tenta constantemente a desandar nosso destino, e caminhar com pés tortos, sem nem perceber.

Temos missões... Temos propósitos... Mas o caminho de realizar os mesmos só depende de nosso livre arbítrio, por que na terra somos como fazendeiros, que plantam e esperam a colheita, e muitas vezes mesmo plantando e colhendo muitas sementes boas, um deslize faz com que as ervas daninhas dificultem ou estraguem o trabalho interno que nos brinda brilhantemente quando positivo e nos ofusca quando negativo.

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Melhor é ser um estorvo por ser bom, do que um entrave por ser alguém contrário a princípios básicos da Lei e da Vida e que geram dividas maiores e constantes.

Existe no ato da Desculpa uma semente muito clara e pródiga, que é a da humildade, e mesmo nesse quesito existe o humilde coletivo e o humilde individual, ou não é verdade que ao longo de nossas vidas grandes lideres desculpam-se aos olhos de uma nação, mas não se desculpam com seus subalternos, ou pessoas próximas, por achar que não lhes necessita o perdão?

Não é verdade que existe nesse mundo a postura de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?

Não é verdade de que existe nesse mundo a visão de que errado é aquele que se compromete com o todo, uma vez que é tão posto em voga o individual?

Será que não existem pendências sendo acumuladas, e com o passar dos anos, gerando novas dividas na contabilidade das Leis que regem o Carma?

Pelo que se lê, no Kardecismo, Budismo, e Hinduísmo, ou se houve dos guias de Lei na Umbanda e lê-se claramente em muitas das obras de Rubens Saraceni, magnificamente psicografadas, cada ação sempre trás uma reação, que alcança desde a faixa mais densa até o paraíso mais sublime, uma vez que todos tem diante da Lei Divina, uma responsabilidade pelos atos.

Perdoar e Desculpar são duas funções que fazem parte da misericórdia de Deus, e um dia diante do Criador, só pedirá perdão aquele que já o carregar em seu coração por si e pelos outros que conviveu e antagonizou-se.

Assim como Sanamos nossas pendências individuais, quando as adquirimos diante de Princípios Divinos, como somos Umbandistas, devemos também dirigir nossos clamores e pedir pela misericórdia que muitas vezes não temos, pois os Orixás, estes Divindades, são Amor Puro e sempre terão por nós.

Quem erra diante da Fé e da Vida que peça Perdão a Oxalá e Oiá Logunã que rege o Tempo

Quem erra nos domínios da Geração que se redima com Iemanjá e Omulú Quem erra diante dos princípios da Ordem e Direcionamento, que se entenda com

Ogum e com Iansã. Quem erra no sentido do Equilíbrio e justiça, que ore a Xangô e Egunitá. Quem erra com relação ao Amor e Renovação, que Clame a Oxum e Oxumarê. Quem trava a Evolução alheia que responda a Nanã e a Obaluayê Quem peca com relação ao conhecimento que se redima com Oxossi e com Obá E quem conscientemente erra com todos os princípios, que tente pedir Perdão a Exú

que responderá como esgotador de todas as Ofensas, tirando o peso da Culpa no Vazio que Rege e alcança todos os Domínios de atuação no que diz respeito ao aprendizado na retificação do erro pela dor.

Tenho um perdão que sempre peço: que é, já em desespero, ter atentado contra minha vida, e isso foi uma fraqueza e um erro, e sempre que me coloco na frente de um congá, sinto-me envergonhado, e bato a cabeça com essa visão de consciência, mas e você caro leitor, já se desculpou, ou pediu perdão aos Pais Orixás por ter uma conduta, que fira a Lei, a Vida, a Geração, ou outro dos princípios Divinos?

A consciência limpa permite uma conduta correta, e uma conduta correta permite uma vida Plena em nosso Pai Olorum.

Abram seus armários e tirem as teias e esqueletos guardados, colocando neles as roupas brancas que usam nos templos, pois dentro e fora a nobreza tende a habitar quem nela se fia.

AGRADECIMENTO – (e-mail de uma leitora)

Aparecida Rocha de Araújo [email protected]

Fiquei surpresa e muito feliz quando abri o Jornal de Umbanda edição11 e encontrei publicada uma matéria que escrevi sobre o sabão da Costa. Foi uma sensação maravilhosa, porque

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a partir de 2002 comecei a ler e colecionar matérias deste mesmo jornal, às quais recorro quando necessário e as guardo com muito carinho, pois foi através de várias delas que fiz minha escolha pela religião e busquei sempre aperfeiçoar meus conhecimentos. O JUS teve um papel marcante na minha vida, pois foi a primeira fonte de conhecimento que tive sobre a religião, sempre com textos dos mais variados sobre a Doutrina e Teologia de Umbanda, de fácil compreensão, muito importantes para nós umbandistas e para aqueles que respeitam, admiram e sentem o desejo de se aprofundar no estudo de toda esta magia que envolve a Umbanda.

Este será mais um exemplar que irei guardar com carinho, mas desta vez, com um carinho especial, porque assim como tenho aprendido com todos que, com perseverança e dedicação, fizeram parte da história deste jornal, durante esses nove anos, eu desta vez, também colaborei um pouco com o aprendizado de muitos que sei que, assim como eu, buscam o conhecimento, a sabedoria, para poderem entender e explicar, a quem quer que seja um pouco mais da nossa Querida e Sagrada Umbanda.

Agradeço em especial ao Alexandre Cumino, pois através de seus ensinamentos adquiri grande parte do conhecimento que tenho hoje. Agradeço ao Rubens Saraceni pela sua coragem, dedicação e determinação em tudo o que faz pela divulgação da religião, através de uma literatura clara e objetiva que proporciona uma ascensão espiritual a todos aqueles buscam desvendar mistérios que até algum tempo atrás não eram esclarecidos.

Agradeço a todos do Jornal de Umbanda pela oportunidade, pela satisfação e por este momento. Muita luz a todos. Axé, Sarava!

A MORTE E SEUS ORIXÁS

Enviado por: Fabiana Cardoso. E-mail: [email protected]

http://umbandaconscienciaejuventude.blogspot.com/ A morte é uma coisa “engraçada”, né?! Um dia, se está vivo para uma realidade e, no outro... não está mais ali! Acordei, hoje pela manhã, com a notícia que uma amiga havia feito a passagem... Pudera! Depois de 02 anos lutando bravamente com um tumor maligno no cérebro, o corpo físico não mais aguentou e começaram a falhar seus órgãos... Até que houve o falecimento. Uma sorte para ela, que vai! Tenho certeza que a acolhida será da melhor maneira – como merece e precisa. Uma dor para aqueles que ficam – principalmente a família mais próxima e os amigos mais chegados que, embora conformados (já que ela estava sofrendo muito), o momento de se despedir nunca é fácil. Nossa sorte, como Umbandistas e/ou Espiritualistas, é sabermos que não acaba por aqui! Então, quando ela estiver recuperada, virá se comunicar e trazer as novas. Entendemos também que seus guias e mentores estão e estarão com ela durante toda a recuperação astral. Agora... Como se processa esse desligamento no lado espiritual? Aí está algo que tenho tentado entender nas últimas semanas (aproveitando o processo de iniciações de nosso curso de Sacerdócio Umbandista, aonde fomos iniciados nos Mistérios de Pai Omulu na semana passada e seremos de Pai Obaluaiê - nesse próximo final de semana). Como entender essa dupla de Orixás tão controversos? O “Senhor das Doenças” e o “Senhor da Morte”, os “impiedosos” Omulu e Obaluaiê... Quando falamos aos antigos, um sinal de respeito e temor se instala... Andei buscando informações sobre os dois, mas muitas fontes que encontrei são do Candomblé. Omulu seria um Obaluaiê mais jovem? Alguns dizem que sim – e daí surge a confusão de serem um só. Prefiro pensar em Pai Omulu como Senhor da Cura. Afinal, Olorum – Divino Criador da Perfeição que é o Todo – não daria apenas senhores Orixás punidores, castigadores, que dariam o direito de encarnados se servirem para o mal de seus semelhantes. Pai Omulu tem seu campo de atuação no Cemitério, um local de intensa renovação. Responsável pelo desligamento do cordão de prata que nos une ao corpo material e (acredito)

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responsável também pelo nosso Duplo Etérico – corpo-cópia do encarnado, responsável pela localização dos chackras e abastecimento energético do físico. Omulu, dentro da Lei Maior, da Justiça Divina, do merecimento e da necessidade da pessoa, fortalece e/ou enfraquece esse Duplo Etérico através de seus Mistérios, causando a moléstia e sua cura. Dor é sempre um caminho de aprendizado, certo? Mas, é só esse o campo de atuação de Omulu? No meu ponto de vista, NÃO! Omulu também, como fortalecedor e enfraquecedor de campos, pode nos auxiliar a enfraquecer um medo (e junto com Ogum nos direcionar para termos coragem); pode nos enfraquecer uma obsessão amorosa (e, com Oxum, fortalecer um novo e saudável amor); pode enfraquecer uma Fé abalada (e, com Oxumaré e Oxalá, trazer a renovação em outra Fé) e assim por diante. Já Pai Obaluaiê, Senhor das Passagens: enquanto Pai Omulu desliga o ser para seu desencarne, Pai Obaluaiê e seus Mistérios o direciona para seu lugar de merecimento na Criação. O Campo Santo (Cemitério, Calunga...) é cheio de Mistérios também, e é campo de atuação de ambos, mas cada um “na sua enfermaria”. As Passagens, podemos entender como caminhos, degraus, partes da evolução de um ser. Não nos limitemos ao que estamos lendo, nunca! Vamos expandir o conhecimento e, com coerência, conseguir entender o pedaço que nos cabe dos Mistérios Divinos!

A UMBANDA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, serviu de base para assegurar os direitos fundamentais, na Constituição Federal de 1988.

Nossa atual Constituição, em seu artigo 5º, VI garante que: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

E ainda garante, em seu inciso VIII, do mesmo artigo que: “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa”.

Deste modo, o legislador criou uma proteção que impede a violação à nossa liberdade de cultuar a Umbanda. Seja um particular, ou até mesmo um agente do Estado, uma autoridade pública, não poderá violar nosso direito constitucionalmente garantido, nem mesmo nos impedir que sejam utilizados espaços reservados as nossas liturgias, como por exemplo, nossas matas, praias, pedreiras, e cemitérios. Ressalva-se o abuso na utilização destes locais, pois estes direitos, embora fundamentais, não são absolutos.

Além disso, seu artigo 19, inciso I, proíbe à União, aos Estados e aos Municípios: “I (...) embaraçar-lhes o funcionamento (...)”. Isto quer dizer que as autoridades não podem criar empecilhos para a abertura ou funcionamento das tendas de Umbanda.

Para uma pessoa natural existir no mundo jurídico é necessário registrar em cartório uma Certidão de Nascimento. Do mesmo modo, para um templo existir, juridicamente, se faz necessário atender aos requisitos do artigo 46 do Código Civil:

_ Levar ao cartório de sua cidade uma Ata da reunião de inauguração do terreiro, assinada por um advogado e pela diretoria do templo. Junto à Ata, anexar o Estatuto do Terreiro, instrumento que define as normas iniciais da instituição. O Estatuto também deve ser assinado por um advogado.

Um templo que possui um CNPJ pode abrir conta bancária no nome da instituição, emitir recibos, requerer seu Tombamento, emitir Certidão de Casamento, requerer imunidade de impostos, dentre outros fatores de suma importância.

Um grande exemplo que ilustra a importância de ter seu terreiro registrado é a imunidade de impostos concedida pelo artigo 150, VI, “b”, da Constituição Federal. No entanto, muitos terreiros pagam IPTU pelo fato de não ter ainda providenciado seu registro. Nossa Carta

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Magna é clara ao proibir a cobrança de impostos sobre “templos de qualquer culto”. Para não ter de pagar IPTU, deve-se fazer um requerimento (incluindo o CNPJ do terreiro) na Subprefeitura de sua região. Se for negado seu direito constitucionalmente garantido, estará caracterizado um abuso de autoridade do poder público.

Quanto ao casamento, o artigo 226 estabelece que: “§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei”.

Para tanto, observa-se as normas estabelecidas no Código Civil Brasileiro (artigo 1515 e seguintes).

O Brasil é um Estado laico, isto é, não possui uma religião oficial. Deste modo,

quando a lei trata de casamento religioso, não se restringe apenas a esta ou aquela, mas sim a

todas as religiões.

O umbandista, ao se casar, não necessita celebrar uma cerimônia civil e outra

religiosa. Nem mesmo precisa levar o tabelião até o terreiro. Em uma única celebração, os noivos

poderão se considerar casados tanto no civil quanto no religioso. Para tanto é necessário:

_ Comparecer, com duas testemunhas, levando, além dos documentos pessoais, um

requerimento assinado pelo sacerdote do terreiro. Deverão assinar também os noivos. As

assinaturas deverão ter firma reconhecida em cartório.

_ Após um prazo de aproximadamente 30 a 60 dias, o cartório irá expedir um

documento chamado Certidão de Habilitação.

_ Esta certidão deverá ser entregue no terreiro para que o sacerdote providencie o

Termo Religioso com Efeito Civil. Este conterá a data da celebração, o lugar, o culto religioso, o

nome do celebrante, sua qualidade, o cartório que expediu a habilitação, sua data, os nomes,

profissões, residências, nacionalidades das testemunhas que o assinarem e os nomes do casal.

_ O Termo Religioso com Efeito Civil será assinado pelo sacerdote, pelos noivos e

duas testemunhas no momento da cerimônia. Após isto se leva ao cartório para reconhecer firma de

todas as assinaturas.

_ Após a cerimônia, o casal terá o prazo de 90 dias para levar ao cartório (já com

firma reconhecida de todas as assinaturas) o Termo Religioso com Efeito Civil e assim requerer a

Certidão de Casamento.

Para aqueles que já se casaram em uma cerimônia religiosa umbandista, mas não

contraíram matrimônio civil ainda, poderão ir ao cartório com os documentos pessoais, duas

testemunhas, requerimento do terreiro, além do Termo Religioso com Efeito Civil e dar entrada em

sua Certidão de Casamento.

É imprescindível salientar que o artigo 1512, parágrafo único do Código Civil garante

a gratuidade da primeira Certidão de Casamento aos que declararem ser pobres. Para gozar este

direito, basta levar uma declaração escrita a próprio punho afirmando ser pobre.

Este é apenas um esboço dos muitos direitos umbandistas. Há muito tempo a

Umbanda deixou o anonimato para ser uma religião respeitada e, para tanto, é necessário o esforço

de todos na luta por justiça. Ronaldo Figueira

OAB/SP 302942 [email protected]

Bingo Beneficente

T. U. Caboclo do Sol e da Lua.

Dia 22 de maio de 2011, das 11às 16 horas. Prêmio Principal: Televisor de LCD 26 polegadas Teremos ainda Churrasco e bebidas Local: Rua Labatut, 8894 - Ipiranga - S.P.

Matérias para o Jornal

Não deixe de nos enviar suas matérias, textos e

informações sobre festas e comemorações realizadas em homenagem aos Pretos Velhos. Colocaremos no jornal virtual e no site do jornal para consulta aberta a todos que visitarem a pagina. Lembrando que ao enviar sua matéria, não se esqueça de colocar seu nome, e autorização para

divulgação.

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 27

FÓRUM, PERGUNTAS E RESPOSTAS

Pergunta: Boa Tarde Ontem mandei uma duvida que tenho e estou no aguardo de uma resposta, ficarei muito grata se pudesse ser respondido com certa urgência. Sou uma umbandista, que gosto muito de seus livros, e gosto de frequentar diversos terreiros para maior aprendizado, e dentre essas minha idas e vindas me surgiu uma duvida, que acredito que o senhor possa me ajudar devido ao seu amplo conhecimento. A minha duvida é o seguinte como um pai de santo ou um zelador do terreiro pode detectar uma mistificação de um médium ou uma médium? Sei que a habitual é a de mandar um médium incorporar e riscar o ponto de seu guia chefe, mas gostaria de saber se existe outro? Desde já agradeço e espero ter uma breve resposta. Tainah

Resposta:

Olá, Tainah, Os casos em que o médium esta sofrendo algum tipo de possessão por espíritos mistificação não são detectados facilmente porque nem ele sabe que isto esta ocorrendo, uma vez que o espirito mistificador imita todos os gestos característicos dos guias espirituais. No geral, identificamos um espirito mistificador com o auxilio de um guia espiritual ou pela observação do tipo de comunicação e trabalhos realizados por ele, que não tem a lógica e o fundamento dos verdadeiros guias de lei. Pai Rubens Saraceni.

FORUM DO COLEGIO DE UMBANDA (SITE)

Assentamento

Olá, Irmã Jane, vou bem, obrigado por perguntar. Com relação a pergunta se um pai ou mãe no santo pode fazer um assentamento para os próprios

guias/orixás ou neste caso precisaria de outro pai ou mãe no santo pra fazer este assentamento? Sim um Pai ou Mãe no santo pode fazer sim seu assentamento sem o recurso de outro Pai ou mãe no

santo. Mesmo porque se eu sou um pai ou mãe no santo tenho a outorga do plano superior e também me qualifiquei para tal missão (basta crer nisso). Pai no santo significa Zelar pelo que é do santo (ORIXÁ), ou seja, o maior bem para as divindades são seus filhos que estão encarnados e Um sacerdote ou zelador de santo tem a missão de zelar pelos filhos dos orixás até que esses se tornem aptos a assumir sua espiritualidade e tornar-se também uma extensão desse Orixá no beneficio do próximo. Na Umbanda não existe essa submissão ou subserviência a uma pessoa e que sem ela não podemos caminhar com nossas próprias pernas.

O seu mentor espiritual seja ele caboclo, preto-velho baiano etc, tem a outorga de conduzi-lo e esta apto a solicitar uma oferenda ou assentamento quando ele identificar que já esta preparada. Um médium pode sim fazer seu assentamento desde que ele esteja preparado e bem orientado pelos seus guias, pois em verdade são eles que em espirito estarão ao seu lado e ativarão esse assentamento perante o Orixá assentado. Agora se o médium é neófito ou iniciante e após um determinado tempo passa a trabalhar dando passes, fazendo transportes, etc; os seus próprios guias manifestam-se mentalmente e solicita a ele ou ao dirigente do centro a necessidade do assentamento de algumas forças.

Quando se há a necessidade de assentar algumas forças até mesmo para própria proteção do médium caso o mesmo esteja adentrando na linha de passes e trabalhos. Irmã Jane, todo Umbandista é um templo vivo de Deus onde nos mesmos somos sacerdotes desse templo vivo, onde Olorum e os Orixás manifestam-se a partir das nossas virtudes.

Lembre-se que o assentamento é pessoal e confie no seu guia que, tenho toda a certeza do mundo, se ele pedir uma pedra da cachoeira dentro de um copo d´agua esse será um grande assentamento, pois foi feito na força, amparo e sabedoria do seu guia. Que Oxalá a abençoe, e espero tê-la ajudado um pouco.

Resposta de PABLO.LOKAL ao tema

Assentamento, em discussão no fórum do

site www.colediodeumbanda.com.br –

Entre e participe você também.

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 28

A.U.E.E.S.P. PROMOVE FESTA EM HOMENAGEM A OGUM.

A.U.E.E.S.P. HOMENAGEIA OGUM

*por Sandra Santos

Dia 01 de maio, a AUEESP – Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São

Paulo, prestou mais uma homenagem ao glorioso Orixá Ogum, nas dependências do Clube

Parque da Mooca, em São Paulo.

A imagem foi conduzida pela GCM – Guarda Civil Metropolitana, e acompanhada pela

diretoria da União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo, tendo à frente seu

presidente, pai Cláudio Franco, nosso grande parceiro de sempre, seguido pelos doutores Jáder

Macedo Jr e Juliana Ogawa da OAB-SP, vereador Quito Formiga, sua esposa e seu chefe de

gabinete Nélson Alves, e pai Sílvio Mattos da APEU.

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 29

A imagem foi entronizada sob o

comando de uma vibrante curimba,

composta por três grandes escolas de

irmãos dos mais competentes: Tambor

de Orixá de Severino Sena, Aldeia de

Caboclos de Engels de Xangô, e APEU

de Sandro Mattos.

Pai Waldir Persona proferiu a

oração de abertura desta celebração,

invocando o poder das falanges

espirituais para atuação na vida dos

presentes e de seus familiares.

Dentre as várias mensagens de

congratulações recebidas, foram lidas

mensagens dos irmãos Carmen

Ballestero da PAX, deputado federal

Vicentinho do PT e Pai Jamil Rachid.

Nesta data a AUEESP auxiliou

duas entidades sociais: Lar Dona

Cotinha, um abrigo para 55 crianças e

adolescentes, de 0 a 18 anos,

abandonadas, ou cujos pais foram

destituídos do poder familiar, situado à

Rua Messias de Pina, 77 - Mooca -

fone (11) 2292-1806 e a Casa Amor ao

Próximo, com 125 crianças de 02 a 04

anos, provenientes de famílias de baixa

renda e Casa Abrigo para mais 21

crianças e adolescentes também em

risco pessoal e social, situada a Rua

Dilermano Reis, 148 - INOCOOP -

Guarulhos - fone (11) 2431-9696.

Gostaríamos de deixar

registrado mais uma vez nosso

agradecimento a GCM através do

Comandante Joel Malta de Sá e da

Inspetora Yara Batista Cipriano, ao pai

Ronaldo Linares e ao querido amigo

Nélson Dias, da Casa de Velas Santa

Rita, pelo empenho na realização de

mais esta cerimônia, a todos os

diretores e colaboradores da AUEESP

pela dedicação, e aos nossos

Associados, a quem dedicamos essa

grande homenagem.

Sandra Santos, Pai Valdir Persona, Ogã Severino Sena e o Vereador Quito Formiga.

DIRETORIA DA A.U.E.E.S.P.

Sandra Santos, Presidenta da A.U.E.E.S.P. abre o evento

em homenagem ao Orixá Ogum no Parque da Moóca.

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 30

CONFIRA AS FOTOGRAFIAS DO EVENTO E OS VIDEOS NO SITE DO

JORNAL VIRTUAL OU PELO CANAL DO COLEGIO NO YOU TUBE.

No site do Jornal Virtual:

http://www.jornalnacionaldaumbanda.com.br no menu à esquerda

escolha “Festa de Ogum – Mooca 2011”.

No You Tube acesse o canal do Colégio para ver os vídeos:

http://www.youtube.com/user/colegiodeumbanda

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 31

LAZER E CULTURA

São Paulo, 3 de maio de 2011. Ao Senhor Rubens Saraceni. Mais uma vez, agradeço o apoio, logo enviarei exemplares impressos para a divulgação. Cordialmente, muito axé!

Atenciosamente EDENIR COSTA DOS SANTOS.

Ogum Marê

Autor: Edenir Costa dos Santos

I.S.B.N.: 9788578939113

Páginas: 114

Preço Edição Impressa: R$ 31,76

Preço Livro Virtual: R$ 9,52

Clique abaixo para maiores detalhes:

http://24.233.183.33/cont/login/Index_Piloto.jsp?ID=bv24x7br

DESCRIÇÃO

Poderia alguém vir ao mundo com uma predestinação? É justo homens serem classificados somente pela cor da pele? Ogum Marê retrata a participação do afrodescendente na Marinha do Brasil, baseado em fatos históricos descritos no capítulo A Revolta dos Marinheiros de 1910 do Almirante e Historiador Hélio Leôncio Martins. Parte integrante do livro da His tória Naval Brasileira, volume V, tomo I B. O Brasil a pouco se tornara independente, o Imperador D. Pedro I carecia de constituir uma armada para consolidar seu império, pacificar as províncias rebeldes e fazer frente à esquadra portuguesa. Um alvará, datado de 1775, proibia os brasileiros de serem marinheiros e os poucos oficiais, a disposição de D. Pedro I, eram filhos de nobres nascidos no Brasil ou oficiais portugueses simpatizantes à causa do Imperador. Para solucionar essa questão, D. Pedro I contrata oficias e praças ingleses para guarnecerem os navios brasileiros, todavia, essa contratação não foi em número suficiente. No intuito de equacionar o problema de pessoal, o Imperador resolver complementar a lotação dos navios com negros alforriados. Sanada a necessidade de pessoal da Marinha, surge outro problema, não levado em conta até a noite de 22 de novembro de 1910. O abismo social formado entre a oficialidade e as praças, de um lado tem os Lordes Ingleses, e de outro, os negros rotos, ainda que, forros completamente desconhecedores da cultura europeia e do trabalho marinheiro. O Império morre e nasce a República, o negro já não era mais escravo, porém os costumes eram mantidos, o de castigar fisicamente a guarnição e o de mandar meninos para a Marinha, na maioria, negros capturados vadiando pela cidade. O Decreto, número 3 de 16 de novembro de 1889, bane os castigos corporais na Marinha, entretanto, esses continuam sendo aplicados nos navios da Esquadra e no Batalhão Naval, de forma que, a guarnição, ainda, predominante negra e recrutada sem critério, era subjugada, maltratada e humilhada. Diante desse quadro, os Orixás mobilizam-se.

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FESTIVAL NACIONAL DA CULTURA INDÍGENA

EM BERTIOGA 2011

Mais uma vez o já tradicional festival de cultura indígena foi realizado nos dias 21, 22 e 23 de abril pela prefeitura da Cidade de Bertioga, localizada no litoral norte de São Paulo, atraindo milhares de turista para esse evento que destaca a beleza, a cultura e a arte de diversas etnias indígenas brasileiras. Foram três dias que tanto os moradores da cidade quanto os turista puderam assistir às apresentações, apreciar e adquirir os artesanatos trazidos pelos diversos povos indígenas e conversar com eles, todos de uma educação e simplicidade que surpreende quem não os conhecem. Os espetáculos proporcionados durante suas apresentações arrancaram emocionados aplausos de milhares de pessoas que lotaram nos três dias que se apresentaram na arena construída pela prefeitura e que ficou pequena diante do grande público que afluiu a Bertioga. Apreciem abaixo algumas fotografias tiradas durante o evento:

FOTOS TIRADAS DURANTE O FESTIVAL DA CULTURA INDÍGENA EM BERTIOGA, TIRADAS POR STELA COM O CELULAR, POR ISSO A FALTA DE NITIDEZ.

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ULTIMA PÁGINA

KODOMO-NO-SONO

A Entidade

Sua História... Em 1958 um grupo de abnegados japoneses liderados

pelo então monge budista prof. Ryoshin Hasegawa sentindo-se a necessidade de organizar uma entidade que cuidasse de crianças com problemas de retardamento mental fundou-se a Associação Pró-Excepcionais Kodomo-No-Sono, com sede em Itaquera, em um terreno de 15.470 m² doado pelo Sr. Kichisaburo Iguchi.

A entidade começou pequena, mas hoje já abriga mais de 120 (cento e vinte) excepcionais com problemas mentais. Nestes quarenta e quatro anos de existência, a entidade enfrentou muitos percalços e dificuldades, mas hoje, reconhecida de utilidade pública municipal, estadual e federal, a Kodomo-No-Sono é considerada uma das entidades mais respeitadas do país e do exterior. Atendendo menores e adultos de ambos os sexos, sem discriminação de raça ou de religião, os internos recebem educação e amparo, baseados nas mais avançadas tecnologias.

A Associação se mantém graças à colaboração de quase 10.000 sócios contribuintes, e rendas oriundas de eventos filantrópicos que a entidade promove no decorrer do ano tais como: Concurso Nacional de Karaokê Beneficente, Churrasco Boi no Rolete, Jantar Beneficente e o Bazar Beneficente. Endereços e telefones: Sede: R. Prof. Hasegawa, 1198 - Itaquera - São Paulo - C. Postal 250 - CEP 08260-090. Fones: (11) 2521-6437 / 2521-8365 - Cerâmica: (11) 2521-6695 C.T.E: R. Ioneji Matsubayashi, 1324 - Itaquera - São Paulo - C. Postal 250 - CEP 08260-050 - Fone: (11) 2521-6976 Esc. Adm: Rua Galvão Bueno, 573 - 1º andar - sala 1 - Liberdade - São Paulo - CEP 01506-000 - Fone: (11) 3208-3949. Fazenda: Rod. 261, Km 10 - Cerqueira Cezar - SP - C. Postal 59 - CEP 18760-970 - Telefax: (14) 3714-6157.

CNPJ: 60.927.530/0001-01 Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social: 1327 Utilidade Pública Municipal: 8260-69 Utilidade Pública Estadual: 1735 Utilidade Pública Federal: MJ 35.519-71 CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social: 8742/93 CONSEAS - Conselho Estadual de Assistência Social: 0452/SP/2001 COMAS-SP - Conselho Nacional de Assistência Social: 601/2002 CMDCA - Conselho Municipal de Direitos das Crianças e dos Adolescentes: 698/97

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AS ATIVIDADES

No "Kodomo-No-Sono" (Jardim das Crianças), adotamos e praticamos como filosofia da educação dos nossos internos adultos o lema, "Desenvolvendo a independência e a alegria de trabalhar com suar na fronte". Os Internos, até aos dezoito anos de idade, recebem uma educação com ênfase no desenvolvimento das emoções e dos sentimentos. Ao atingirem a idade adulta, o enfoque passa a ser o desenvolvimento do senso de independência e autoconfiança através de treinamento profissionalizante, objetivando sua reintegração à sociedade.

Atualmente os internos constituem cerca de 85 % dos integrantes da nossa instituição, com idade média de 36 anos, transformando-a num "Jardim dos Adultos". São objetos da nossa atenção os 50 internos que ocupam o Centro de Treinamento em regime de internato, e os cerca de 30 internos, incluindo aqui os de sexo feminino, que ocupam as dependências da sede.

Como atividade didática, criamos e estamos administrando desde 1969 a Divisão de Avicultura (capacidade de criação de 20.000 aves), em 1977 introduzimos a Divisão de Cerâmica, em 1989 a Divisão de Composto (adubo orgânico).

DOAÇÕES

Além de nossos eventos beneficentes, a entidade Kodomo-No-Sono é mantida graças à colaboração de milhares de pessoas, empresas e instituições, que fazem doações, proporcionando à entidade condições para cuidar de um número cada vez maior de pessoas com problemas especiais. As doações poderão ser feitas através de depósitos nos seguintes bancos: Bradesco S/A - Ag: 0131-7 (Liberdade) - Conta: 129.101-7 Banespa S/A - Ag: 001 (Central) Conta: 13.864-7 Caixa Econômica Federal - Ag: 2903 (Liberdade) - Conta: 03181-2 Santander (Banco 033) - Ag: 4551 - Conta: 130002311

Outras formas de doar:

Alimentos não perecíveis:

Arroz, feijão, café, sal, açúcar, chá, extrato de tomate, farinha de trigo, leite integral, leite em pó, margarina, macarrão. Material de limpeza:

Desinfetante, detergente, cera incolor, sabão em pó, saco para lixo. Higiene Pessoal: Aparelho de barbear, creme dental, papel higiênico, papel toalha, sabonete. Enfermaria:

Luvas de procedimento, esparadrapo, gaze, algodão, band-aid, faixa. Roupas qualquer tipo: Crianças, adultos, inverno, verão, novas e usadas. Material didático:

Cadernos, tintas para pintura em papel e tecido, lápis, caneta etc. Toda doação, independente da quantidade, será sempre bem vinda!