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Uma pesquisa realizada pela compa- nhia de bebida Ambev - que reúne 17 marcas de cerveja - concluiu que 33% dos pais e mães brasileiros não falam com seus filhos sobre o consumo de ál- cool. Além do Brasil, o estudo foi reali- zado também na Argentina, Bélgica, Ca- nadá, China, Alemanha, no México, nos Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Ucrânia. Foram ouvidos mil pais de cada um dos países. No Brasil, 48% dos pais di- zem que o filho ainda é muito jovem para Você já pensou que deveria diminuir seu consumo de álcool? Alguém já te criticou por causa da bebida? Você já se sentiu mal ou culpado por beber? Você já acordou e a primeira coisa que fez foi beber para se sentir bem? Se você respondeu positivamente a uma destas questões, isto pode ser um indicativo de que você tem que você tem problemas com o álcool. Mais de uma resposta afirmativa indica que há uma grande probabilidade de você ter problemas com o álcool. a conversa. Outros 22% disseram que não têm certeza de como começar o assunto. Além disso, 15% confiam que os filhos tomarão a decisão certa e 9% têm vergonha de discutir o assunto. Apesar disso, 98% dos pais brasilei- ros concordam com a afirmação de que é importante que os pais conversem com seus filhos sobre o consumo de álcool. Eles consideram que essa conversa começa a ser importante a partir dos 9 anos de idade. Na Alemanha, Argentina e Bélgica, a conversa sobre bebidas alcoólicas entre pais e filhos é mais frequente do que no Brasil, segundo apontado pela pesquisa. Já os pais americanos, canadenses, ch- ineses, mexicanos, britânicos, russos e ucranianos abordam o assunto com me- nos frequência do que os pais brasi- leiros. Os dados foram coletados no ano passado em entrevistas por telefone, pela internet ou pessoalmente. Pelo me- nos 25% dos entrevistados têm filhos com idades entre 5 e 17 anos.

Jornal O dependente Químico 12 03

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Uma pesquisa realizada pela compa-nhia de bebida Ambev - que reúne 17 marcas de cerveja - concluiu que 33% dos pais e mães brasileiros não falam com seus filhos sobre o consumo de ál-cool. Além do Brasil, o estudo foi reali-zado também na Argentina, Bélgica, Ca-nadá, China, Alemanha, no México, nos Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Ucrânia.

Foram ouvidos mil pais de cada um dos países. No Brasil, 48% dos pais di-zem que o filho ainda é muito jovem para

Você já pensou que deveria diminuir seu consumo de álcool? Alguém já te criticou por causa da bebida? Você já se sentiu mal ou

culpado por beber? Você já acordou e a primeira coisa que

fez foi beber para se sentir bem? Se você respondeu positivamente a uma destas questões, isto pode

ser um indicativo de que você tem que você tem problemas com

o álcool. Mais de uma resposta afirmativa indica que há uma

grande probabilidade de você ter problemas com o álcool.

a conversa. Outros 22% disseram que não têm certeza de como começar o assunto. Além disso, 15% confiam que os filhos tomarão a decisão certa e 9% têm vergonha de discutir o assunto.

Apesar disso, 98% dos pais brasilei-ros concordam com a afirmação de que é importante que os pais conversem com seus filhos sobre o consumo de álcool. Eles consideram que essa conversa começa a ser importante a partir dos 9 anos de idade.

Na Alemanha, Argentina e Bélgica, a conversa sobre bebidas alcoólicas entre pais e filhos é mais frequente do que no Brasil, segundo apontado pela pesquisa.Já os pais americanos, canadenses, ch-ineses, mexicanos, britânicos, russos e ucranianos abordam o assunto com me-nos frequência do que os pais brasi-leiros.

Os dados foram coletados no ano passado em entrevistas por telefone, pela internet ou pessoalmente. Pelo me-nos 25% dos entrevistados têm filhos com idades entre 5 e 17 anos.

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ra da Silva , de 42 anos, contou à polícia que não tinha conhecimento dos entor-pecentes e da entrada de menores no imóvel. Já Elias Fernandes de Souza, de 22, estava na portaria do sítio com as munições.

Ainda durante vistoria no sítio, os poli-ciais encontraram no carro de Maicon Douglas Cordeiro de Faria, de 21, nove papelotes de cocaína, quatro buchas de maconha, uma pedra de crack, cinco frascos de loló e uma pistola calibre 380 com cinco cartuchos. O suspeito, que já tem passagem pela polícia por lesão corporal, contou que o primo, que tam-bém estaria na festa, seria o dono das drogas. O homem não foi localizado.

Os três homens e as duas menores, de 14 e 15 anos, foram levados para a Delegacia de Plantão de Vespasiano.

O ato de persistir é uma das condições da vitória. Muitas vezes, a vida mede a nossa fé opondo-nos a resistência. Os obstáculos fazem parte da nossa caminhada e render-se a eles demonstra fraqueza.

Não há na história da humanidade, um grande homem sequer que não tenha tido uma fé inquebrantável. Somente por meio da persistência e do bom ânimo conseguimos tornar realidade nossos mais ousados sonhos.

Quando se tem certeza interior de que estamos no caminho certo, nada, nem ninguém, pode ser mais forte que nós mesmos. Possuímos uma força poderosa, capaz de perseverar e conseguir tudo, bastando acreditar firmemente que, mesmo difícil, jamais será impossível. Alias, “o impossível é o possível que nunca foi tentado”.

Chega quem caminha. Então caminhe com determinação, jamais duvidando da sua capacidade de vencer. Você pode se acreditar que pode. Todos nós, quando bem intencionados, somos merecedores de uma vida nova.

E, para tanto, necessário se faz uma ação contínua e persistente no sentido de tornar nossa vida mais próspera e feliz. Sem esforço não existe vitória. Persista hoje e sempre. Persista mais e muito. E lembre-se.

“Um mundo melhor começa em você”. Charles Chaplin. Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

A Polícia Civil procura pelo empre-sário e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Bocaiúva, no Norte de Minas, Jhonny Patrick de Araújo, de 32 anos. Jhonny é considerado foragido da Justiça desde a última sexta-feira (13), quando teve a prisão decretada, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e a venda ilegal de armas de fogo.

De acordo com o delegado Leonardo Diniz, há quatro meses, a Polícia Civil começou a investigar uma quadrilha de tráfico de drogas. Durante os trabalhos, ficou constatado que um dos suspeitos tinha feito contato com o político. A partir daí, a investigação foi desmembrada e direcionada à Araújo. “Por meio de escu-tas telefônicas, feitas com autorização da Justiça, descobrimos várias transações de venda de drogas e também de armas”, revelou o delegado. A cada 20 dias, o suspeito ia até Montes Claros e buscava R$ 2.500 em cocaína, comercializada em sua loja de roupas. Para fazer os negó-cios, o acusado usava o celular corporati-vo e carros da prefeitura.

Também na última sexta-feira, quando o inquérito foi concluído, o político pediu exoneração do cargo na prefeitura, ale-gando problemas de saúde.

De acordo com a prefeitura de Bocaiu-va, na época da posse, o ex-secretário não tinha nenhum pendência legal. A prefeitura também não sabia que ele fi-zesse uso de equipamentos públicos pa-ra cometer algum tipo de crime.

Um baile funk realizado no centro de Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminou com três ho-mens presos e duas adolescentes apre-endidas, na madrugada deste domingo (28). O evento contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas.

De acordo com a Polícia Militar, após uma denúncia anônima de que menores estariam participando da festa em um sítio, localizado na rua Coronel Custódio Alvarenga, militares do 36º Batalhão fo-ram até o endereço e durante buscas no local localizaram um revólver calibre 38, quatro munições do mesmo calibre, três porções de maconha, dez papelotes e um pacote de cocaína, seis vidros de lan-ça-perfume, dois aparelhos celulares e R$ 337 em dinheiro.

O organizador do baile, Márcio Perei-

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Novo paradigma. O pesquisador Carl Hart, da Universidade de Columbia, propõe uma nova abordagem para tratar epidemia de crack

nível farmacêutico. A maior parte dos interes-sados, assim como os dependentes que co-nheceu quando era criança em Miami, eram homens negros vindos de bairros de baixa renda. Para participar, eles teriam de viver em uma ala do hospital por várias semanas durante o experimento.

TesteA cada vez que a oferta de crack era feita

aos usuários, os participantes da pesquisa poderiam optar por uma recompensa dife-rente, que receberiam depois que deixassem o hospital. Algumas vezes a recompensa eram US$ 5 em dinheiro, às vezes era um tíquete no valor de US$ 5 para comprar pro-dutos em determinada loja.

Quando a dose de crack era relativamen-te alta, os sujeitos geralmente preferiam con-tinuar fumando ao longo do dia, mas, quando as doses eram menores, eles preferiam ficar com os US$ 5 ou em tíquetes ou dinheiro.

AlternativaApoio. “Carl Hart não está dizendo que o

uso excessivo de drogas não seja prejudicial, mas que as pessoas são capazes de parar quando recebem alternativas”, diz Craig R. Rush, da Universidade do Kentucky.

Perspectiva devida faz diferença

Nova York, EUA. O pesquisador Carl Hart diz que, quando tinham uma alternativa ao cra-ck, os usuários tomavam decisões econômi-

cas racionais. “Quando o crack foi substituí-do pela metanfetamina, a droga que mais causa problemas nos EUA, Hart trouxe vicia-dos em metanfetamina ao laboratório para realizar uma experiência similar - cujos resul-tados exibiram escolhas igualmente racio-nais.

Ele também descobriu que, quando au-mentava a recompensa para US$ 20, abso-lutamente todos os dependentes de crack e metanfetamina preferiam o dinheiro. Eles sabiam que não receberiam o dinheiro até o fim do experimento e mesmo assim estavam dispostos a dispensar o barato imediato.

“Se você vive em um bairro pobre e sem opções, existe certa racionalidade em conti-nuar tomando uma droga que dará ao menos algum prazer temporário”, disse Hart.

“O principal fator é ambiental, estejamos falando de ratos ou de seres humanos. Os ra-tos que continuavam pedindo mais cocaína foram estressados pelo fato de terem sido criados em condições solitárias e por não terem outras opções. Porém, quando seu ambiente era enriquecido e eles tinham acesso a doces e podiam brincar com outros ratos, eles paravam de apertar a alavanca que liberava a cocaína”.

Essas descobertas fizeram Hart refletir sobre o que viu quando era jovem, conforme relata em seu novo livro, “High Price” (Preço Alto, em tradução livre). O livro é uma com-binação fascinante de memórias e ciências sociais: cenas de partir o coração exibindo miséria e violência, acompanhadas de uma análise detida de dados históricos e resul-tados de laboratório. (JT/NYT)

Nova York, EUA. Muito antes de começar a trazer pessoas para fumar crack em seu laboratório na Universidade de Columbia, Carl Hart testemunhou os efeitos da droga em primeira mão. Nascido na pobreza, ele viu parentes se tornarem craqueiros, vivendo na imundície e roubando as próprias mães. Amigos de infância acabaram em prisões e necrotérios.

Aqueles viciados pareciam escravizados pelo crack, como ratos de laboratório incapa-zes de parar de consumir cocaína, mesmo quando estão morrendo de fome. O crack oferece um estímulo de dopamina tão forte no centro de recompensa do cérebro que os dependentes não conseguem resistir a outra tragada.

Ao menos, essa era a impressão de Hart quando começou sua carreira como pesqui-sador nos anos 1990. Assim como muitos outros cientistas, ele esperava encontrar uma cura neurológica para o vício; algum mecanismo que bloqueasse a atividade de dopamina no cérebro para que as pessoas não sucumbissem à necessidade irrefreável de cocaína, heroína e outras drogas extre-mamente viciantes.

No entanto, quando começou a estudar os dependentes, Hart viu que as drogas não eram assim tão irresistíveis. “Entre 80% e 90% das pessoas que usam crack e metan-fetamina não ficam realmente viciadas”, afirmou Hart, que é professor de psicologia.

Hart recrutou dependentes por meio de um anúncio no “The Village Voice”, oferecen-do-lhes a oportunidade de ganhar US$ 950 para fumar crack feito a partir de cocaína de

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O prefeito da cidade de Palma (MG), Valter Titoneli, é o homenageado do

mês, por incentivar e apoiar o esporte integralmente.

Este é o Dezinho, um dos maiores jogadores do futebol da região, que sempre defendeu as cores do 1º de

Maio de Miraí.

Tatu entrevista o secretário deEsportes e Cultura de Palma, Sr. Lula.

Este é o nosso amigo "Ratão" de Miraí, grande desportista.

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Material para usar entorpecenteestaria sendo distribuído pela PBH

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou que distribui canudos de plástico a usuários de drogas que vivem nas ruas da capital. O objetivo seria evitar o comparti-lhamento do material e a transmissão de doenças virais, como Aids e hepatites, atra-vés de feridas nas mucosas nasais. A práti-ca é alvo de representação apresentada na tarde de ontem ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela ONG Defesa Social, uma das cinco entidades credencia-das pelo programa Aliança pela Vida, do governo do Estado. A ONG alega que a distribuição facilita o uso da cocaína.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saú-de alegou que segue a política do Ministério da Saúde de redução de danos no atendi-mento aos dependentes químicos. Já a pasta negou, por meio de assessoria de imprensa, que desenvolva hoje atividades ligadas à política ou que oriente a distribui-

cial, Credec, Aliança de Misericórdia e Reviver.

“Fazíamos a abordagem social e con-duzíamos para o melhor tratamento. Em um desses trabalhos com a prefeitura, nossa equipe me relatou que os agentes da prefeitura distribuíam os insumos: ca-nudos, água destilada, alimentos, cami-sinhas, entre outros”, detalhou. No último dia 22, um manual com as normas ope-racionais que deveriam ser praticadas pelas entidades foi enviado às ONGs.

“Nenhuma das ONGs concordou com as medidas, pois pensamos que isso seria instigar o uso, o que é crime. Tanto buraco para tapar na rua e eles gastando nosso dinheiro com lubrificante?”, pro-testou Carvalho. Uma representação contra a medida será feita na tarde de hoje, no Ministério Público de Minas Ge-rais. Procurada, a Secretaria Municipal

de Saúde informou que se manifestará hoje, por meio de nota.

Exterior. A agência de notícias BBC Brasil divulgou, em 2009, que um con-dado na Grã-Bretanha distribuía canu-dos para o uso da cocaína. O objetivo era reduzir a contaminação do vírus da hepatite C. Além disso, em Portugal, o governo descriminalizou usuários e troca seringas usadas por novas.

ção do canudo. Nem mesmo a portaria lançada pelo ministério em 2005, com as bases da política de redução de danos, embasa a PBH, já que a distribuição de “insumos” está prevista, mas o uso dos canudos não é citado.

Procurada para comentar o posiciona-mento do Ministério da Saúde, a secretaria não tinha se posicionado até a noite de ontem.

Polêmica. A política de redução de da-nos e a distribuição dos itens dividem opi-niões das entidades envolvidas na aborda-gem aos usuários que vivem nas ruas. O Centro de Recuperação de Dependência Química, de orientação evangélica, já adiantou que não irá assinar o manual pre-parado pela secretaria para orientar as equipes no atendimento, conforme as práticas já adotadas nos consultórios de rua.

O diretor do centro, Wellington Vieira, afirma que a política não pode ser imposta pela prefeitura como única estratégia de abordagem. “Nossa vontade era que a secretaria apoiasse o nosso trabalho. Há mais de 13 anos, estamos na rua oferecen-do possibilidades de tratamento. De cada dez usuários que atendemos, sete querem sair do vício”, diz.

Já a coordenadora da Associação Brasileira Comunitária para a Prevenção do Abuso de Drogas, Luciana Matias, acredita que a distribuição de insumos é apenas uma ponta da política, que pode ser usada para criar vínculos com dependentes. “Po-de ser uma forma de ganhar a confiança (do dependente) e criar abertura para o diálo-go”, disse. Ainda segundo Luciana, a enti-dade irá assinar o manual, mas vai propor detalhamento das situações em que os materiais devem ser entregues.

Sob alegação de uma política de re-dução de danos causados aos morado-res de rua que usam drogas, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) estaria distri-buindo a essa população canudos para o uso de cocaína, água destilada para dissolver a droga e injetá-la, camisinhas e, até mesmo, gel lubrificante. É o que denuncia o pastor Robert Willian de Car-valho, presidente da ONG Defesa Social, uma das cinco integrantes do projeto Consultórios na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde.

Ele conta que a entidade trabalha com usuários de droga desde 2004. “Fizemos uma parceria com o governo estadual no ano passado e, segundo o convênio fir-mado, a prefeitura nos auxiliaria com o atendimento aos usuários”, contou. Em 2013, a prefeitura passou a orientar as equipes das ONGs Abraço, Defesa So-

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As mulheres podem ser melhores na escovação regular, no uso do fio dental e no agendamento de exames dentais re-gulares, mas se elas forem fumantes as-síduas por muito tempo, ainda correrão alto risco perda dental devido a doença periodontal, segundo um novo estudo.

Para elucidar algumas das causas por trás da perda dental em mulheres fuman-tes após a menopausa, pesquisadores na Universidade de Buffalo examinaram de-talhadamente as histórias de tabagismo de cerca de 1.100 mulheres pós-meno-pausa que participaram do Estudo Osteo-Perio de Buffalo (parte da Iniciativa do Programa de Saúde da Muler, daquela região o maior ensaio clínico e observa-cional nos EUA, que envolveu mais de 162.000 mulheres em todo o país).

“Independentemente de adotar melho-res práticas de saúde bucal, como esco-var os dentes, usar fio dental e visitar o dentista mais frequentemente, mulheres pós-menopausa em geral tendem a apre-sentar mais perda dental do que homens da mesma idade”, diz Xiaodan Mai, aluna de doutorado em epidemiologia no De-partamento de Medicina Social e Preven-tiva na Faculdade de Saúde Pública e Profissões da Saúde e uma das autoras do estudo. “Estávamos interessados no tabagismo como uma variável que pudes-se ser importante”.

As fumantes assíduas estudadas - aquelas que tinham pelo menos 26 anos de tabagismo, ou o equivalente a ter fu-mado um maço por dia por 26 anos - fo-

ram praticamente duas vezes mais pro-pensas a relatar perda dental em geral e mais de seis vezes mais propensas a ter sofrido perda dental devida a doença periodontal quando comparadas com aquelas que nunca fumaram.

As participantes responderam a um questionário detalhado sobre sua história de tabagismo. Cada participante também foi submetida a um exame bucal detalha-do e relatou aos examinadores as razões para cada perda dental. Em alguns casos, as fichas odontológicas da paciente tam-bém foram revisadas.

“Descobrimos que fumantes assíduas tinham chances significativamente mais altas de sofrer perda dental devida à doença periodontal do que aquelas que nunca fumaram”, diz Dra. Mai. “Também constatamos que quanto mais as mulhe-res fumavam, mais provável era que elas sofressem perda dental como resultado

de doença periodontal”.Por outro lado, os pesquisadores per-

ceberam que o tabagismo era um fator menos importante na perda dental devida a cárie. Trata-se de uma distinção impor-tante, ela acrescenta. “A doença perio-dontal é uma condição inflamatória crô-nica que pode estar relacionada ao desenvolvimento de câncer”, ela explica.

O estudo, que aparece na edição de março de 2013 do The Journal of the American Dental Association, menciona que fumar cigarro pode acelerar a doença periodontal e que outros estudos suge-rem que substâncias químicas encontra-das na fumaça podem favorecer as bacté-rias formadoras de placa que podem reduzir a capacidade da saliva de ser antioxidante. A nicotina também mostrou reduzir a densidade óssea e os fatores minerais do osso, enquanto o hormônio estrogênio mostrou ser mais baixo em mulheres que fumam.

Agora a dra. Mai está interessada em buscar pesquisas que possam determi-nar se fumantes com doença periodontal apresentam risco maior para certos cân-ceres do que fumantes sem doença perio-dontal.

“A perda dental devida à doença perio-dontal é uma condição prevalente entre mulheres pós-menopausa que impacta severamente na dieta, estética e qualida-de geral de vida”, diz sra. Mai. “As mulhe-res agora têm mais uma razão tangível para parar de fumar”.

Autor: OBID Fonte: Associação Dental Americana

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Homens do Bope fazem operação no Morro da Covanca, em Jacarepaguá

ficaram feridos durante a ação. O policial morto tinha 27 anos de serviço na Polícia Militar, sendo 11 deles no Bope.

Por volta das 11h, um ônibus da Em-presa Matias foi incendiado na Rua Ver-na Magalhães, próximo ao número 104, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte. De acordo com a Polícia Militar, o cole-tivo foi destruído em represália à opera-ção no complexo de favelas do Lins e no Morro da Covanca.

De acordo com Blaz, a Polícia Militar vem realizando, nas últimas semanas, operações nos morros da Covanca, do Dezoito e São José Operário, nas zonas Oeste e Norte. Não foi informado o nú-mero de policiais envolvidos nem para quais hospitais foram encaminhados os feridos. Blaz afirmou que a operação não tem data para acabar, já que o grupo de bandidos está se organizando para continuar agindo na região.

- A operação tem que continuar, pois não estamos falando de um grupo de

marginais que está foragido em área de mata, mas sim de um grupo de bandidos que está reunido em um local estratégico com o objetivo de transformar esses morros em um novo complexo (de tráfi-co), como vimos no passado - afirmou.

Segundo o major, um grupo de 60 homens fortemente armados montou acampamentos no alto de alguns dos morros da região. Na noite desta quinta-feira, o Bope teria se aproximado de um dos acampamentos e houve troca de tiros. Na manhã desta sexta-feira, o sub-tenente atingido não resistiu aos feri-mentos.

Devido à organização do grupo, há suspeitas de que os bandidos tenham feito treinamento militar. A corporação suspeita que entre o grupo haja crimino-sos que fugiram do Presídio Vicente Pira-gibe recentemente; e que também haja bandidos feridos. Por isso, estão sendo realizadas buscas em hospitais da cidade.

RIO - A força policial que está fazendo uma operação no Maciço da Tijuca, entre as zonas Norte e Oeste do Rio, encon-trou o primeiro acampamento do tráfico na mata local. Pelo menos 300 policiais estão desde a manhã desta sexta-feira fazendo incursões nas favelas que cer-cam a montanha: São José Operário, Bateau Mouche, Covanca e Morro do Dezoito. Na ação, que resultou na morte do subtenente da PM Marco Antônio Grip, cinco pessoas já foram presas. No Morro da Covanca, também foram apre-endidos dois fuzis, carregadores, grana-da, munições, quantidade de droga - não contabilizada, seis motos e um carro. Segundo a PM, dois homens foram en-contrados mortos na mata. Um deles é conhecido como Xuxa, o segundo ho-mem na hierarquia do tráfico da Covan-ca. Com eles foram encontradas três pistolas.

No início da manhã, o relações públi-cas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major Ivan Blaz, confirmou, em entrevista, no 18º BPM (Jacarepaguá), a morte do subtenente durante uma opera-ção na área de mata próximo ao Morro da Covanca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ivan Blaz informou tam-bém que dois outros policiais do Bope

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Economia fraca, dólar em alta e Lei Seca são alguns dos fatores que estão dificultando a venda de vinhos, em espe-cial os importados neste ano. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), as vendas de vinhos finos no país caíram 3,9% no primeiro semestre frente a igual período do ano anterior. Entre a bebida proveniente do exterior, em igual base de comparação, o recuo chega a 4,1%.

O diretor da Fine Foods, Magnus Pia-

Juliana GontijoO Tempo

cenza, afirma que o levantamento, que mostra retração no segmento, é condi-zente com a realidade. “Tive recuo nas vendas nos primeiros seis meses do ano. A queda deve ter ficado entre 5% e 10%”, diz.

A empresa fornece a bebida para ba-res e restaurantes de Belo Horizonte, que continuam sendo impactados pela Lei Seca. “Não sou contra a lei. Só que é fato que o consumo reduziu. Afinal, se um casal sai, um deles deixa de beber para poder dirigir”, observa. Dos 1.200 rótulos comercializados pela empresa, 70% são importados.

Já na Casa Rio Verde, as vendas no acumulado de janeiro a julho de 2013 foram 20% maiores na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, conforme a gerente geral da empresa, Renata Andrade.

Só neste mês, até o dia 28, o incre-mento foi de 18% em relação ao mesmo período de 2012. “Apostamos numa estratégia agressiva, com vinhos de pre-ço acessível, de até R$ 25, além de pro-moções do ‘vinho do dia’, com descontos de até 30%. Reduzimos a margem, mas ganhamos em escala, volume”, observa.Se não fosse por isso, ela aposta que o resultado da empresa seria diferente,

com estabilidade nas vendas ou até mesmo uma redução em relação ao ano passado.

O sócio da Casa do Vinho, André Mar-tini, também ressalta que a margem está cada vez mais pressionada. “No primeiro semestre, seguramos grande parte dos repasses, graças ao nosso estoque. Apenas uma linha pequena chegou a ter alta de 5% a 8%”, diz.

Tendência é de altamaior nos preços

Tomar vinho importado pode ficar mais caro no segundo semestre, segun-do empresas do setor que, no primeiro semestre, seguraram os aumentos para não perder vendas. Ninguém fala em percentual.

O sócio da Casa do Vinho, André Mar-tini, ressalta que as vendas no primeiro semestre ficaram estáveis, mas, diante do atual cenário, é possível que haja queda nas vendas, além de alta nos preços. “O momento é de preocupação”, diz.

O aumento também não é descartado pela gerente geral da Casa Rio Verde, Renata Andrade. “No primeiro semestre seguramos os repasses. No segundo, pode ser que eles cheguem”, diz.