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Jornal Sinrural

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Jornal Sinrural O Berrante - Sindicato Rural de Imperatriz (MA). Edição Especial.

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Page 1: Jornal Sinrural

Sinrural faz balanço positivo da gestãoKarlo Marques avalia sua gestão depois de 10 anos à frente do Sinrural: saldo é fortalecimento da entidade

Dezembro de 2011 | Edição Especial | Ano I | Distribuição Dirigida

InformAtIvo Do

FOTOS: ARQUIVO SINRURAL

Page 2: Jornal Sinrural

2 DEzEmbro DE 2011

EditorialPalavra do presidente: Karlo MarquesDepois de 10 anos à frente do Sindicato Rural de Imperatriz, o presidente faz balanço do seu legado

Amigos produtores, es-tar tanto tempo à frente da diretoria do Sinrural só con-firma que com erros e acer-tos tenho tido o apoio dos produtores. Cheguei aqui ainda menino e amadureci junto com a classe. Superei dificuldades e de mãos da-das com companheiros pe-cuaristas busquei soluções para os dilemas que afligem o setor nos mais diferentes âmbitos.

Ao longo desses anos, tenho pautado nosso traba-lho na defesa dos interesses da entidade, deixando de lado pequenas diferenças por entender que o Sinru-ral é maior que interesses particulares.

Uma entidade forte precisa fortalecer a ação sindical, que é a razão de existir do sindicato. E te-mos feito isso ao alinhar nosso discurso e ações ao trabalho da CNA e Faema.

Hoje o Sinrural é uma entidade respeitada e co-nhecida em todo o País. É uma associação que honra seus compromissos e está disposta a atender do pe-

queno ao grande produtor com o mesmo grau de efi-ciência e dedicação. Esse modelo de atendimento garantiu força política ao grupo e respeito de toda a

sociedade.Além disso, nosso sin-

dicato hoje está moderni-zado e atento às deman-das regionais. Temas que afligem tanto o produtor, como a sociedade em ge-ral, como o preço do leite, o valor da arroba, as linhas de financiamentos, a de-fesa do meio ambiente, o código florestal, bem como a disputa de terras, foram discutidos e ponderados por especialistas em ati-vidades promovidas pelo Sinrural durante todos es-ses anos.

Esse tem sido o papel fundamental do nosso Sin-dicato Rural. Nosso objeti-vo maior é defender o pro-dutor e agir de forma justa e centrada na busca da paz no campo e na igualdade de direitos.

Karlo marquesPresidente do Sinrural

ARQUIVO DIÁRIO DA FAZENDA

Karlo Marques destaca perfil do Sindicato Rural depois de sua gestão

DIrEtorIA2009/2011

Karlo marquesPresidente

Sabino Siqueira CostaVice-Presidente

José de ribamar Cunha filho1º Secretário

Luís de Afonso Danda2º Secretário

Erivaldo marques Abreu1º Tesoureiro

Edson moreira Sales Junior1º Tesoureiro

Conselho fiscalEfetivos:- José Martins Jales Sobrinho- Carlos Roberto Ribeiro- Mário Eusébio Corrêa Meneses

Suplentes:- Geovane Costa Silva- Paulo Jusenir Giacomin- Pedro Filho Mota

DelegadosEfetivo:- Karlo MarquesSuplente:- José Ribamar Cunha Filho

textos e revisãoPalavra Assessoria de Comunicação

fotografiasSinrural

Apoio: Assessoria de Imprensa do sistema Faema/Senar: jornalista Marcos Caminha.

JornAL InformAtIvo Do:

ProDuzIDo Por

ContAtoPalavra Assessoria de Comunicação(99) 8111.1818 | (99) 8138.4433www.palavracomunicacao.com.br

Ano 1. Edição Especial. Distribuição Dirigida. Dezembro de 2011.

Venda Proibida. Imperatriz (MA).

EXPEDIEntE

Sinrural oferece serviços que facilitam o dia a dia do produtorUm diferencial da atual

gestão do Sinrural é ofere-cer serviços úteis para o dia a dia do produtor. Entre os que merecem mais destaque estão a Orientação Contá-bil e Jurídica. O primeiro é

uma parceria com o Curso de Contabilidade da Facimp, que começou em 2005 e prevê oferta de serviços na área para o produtor. Todo o trabalho é gratuito, sendo que o sindicalizado

ajuda apenas no custo de manutenção do material de consumo, como tinta de impressão e folha de papel. Já o trabalho de orientação jurídica é oferecido pelo ad-vogado que assessora o Sin-

rural, Jonilson Viana. “Aqui qualquer dúvida pode ser sanada. Damos a orientação que o produtor precisa, seja no trâmite bancário, seja com questões trabalhistas”, garante Karlo Marques.

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3DEzEmbro DE 2011

SEtorSinrural atua em defesa da classe produtoraAções em favor da classe produtora marcam últimos anos de trabalho no Sinrural de Imperatriz

Um dos pilares da atual administração do Sinrural são as ações sindicais em defesa da classe produtora de Imperatriz e região. Diversas ações foram tomadas du-rante esses anos para defender em âmbito regional e na-cional os interesses dos produtores rurais. Seja na luta pela aprovação do Código Florestal, seja na defesa dos direitos dos produtores na luta com os indígenas, o sindi-

cato se fez presente e acumulou vitórias. Boa parte delas deve-se à representatividade do presidente Karlo Mar-ques na diretoria da Federação da Agricultura e Pecuá-ria do Estado do Maranhão e no Fundepec (Fundo de De-senvolvimento da Pecuária), tornando a entidade a mais atuante e representativa no Estado. Relembre algumas dessas ações:

O Sindicato Rural de Imperatriz acompanhou a reunião promovida pela CNA, para discutir a situa-ção do município de Ama-rante, na tentativa de re-solver os graves problemas provocados pela publica-ção da Portaria nº 677/08, da Fundação Nacional do Índio (Funai), que visa a ampliação de terras indíge-nas já demarcadas. A porta-ria contrariava decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A situação aflige cerca de 2,3 mil famílias de peque-nos e médios produtores rurais. Pela reivindicação indígena, a reserva “Gover-nador” passaria de 42.054 hectares para 200.000 hectares. “Embora não seja especificamente em Impe-ratriz, entendo que o Sinru-ral deve lutar pela classe. O que está acontecendo com os produtores de Amarante pode um dia acontecer com qualquer um”, comenta o presidente Karlo Marques.

Sinrural acompanha impasse em Amarante

Imperatriz sediou a única audiência pública do Estado para discutir o Có-digo Florestal, aprovado re-centemente pelo Senado.

O evento foi mediado pelo Sinrural, que viabili-zou a sessão com a partici-pação da Comissão Nacio-nal do Código Ambiental, em março. O objetivo foi ampliar o debate sobre as causas e consequências das alterações propostas pelo PL nº 1876, de 1999, que pre-vê profundas alterações na legislação ambiental em vi-gor. Atualmente, 102 muni-cípios maranhenses fazem

parte do Bioma Amazônia. São propriedades que, por conta da localização, devem destinar uma reserva de 80% da área total. Segundo o presidente do Sinrural, Karlo Marques, essa exigên-cia, nos moldes em que foi apresentada, inviabilizaria o negócio agrícola e pecu-ário na região e representa um entrave ao desenvolvi-mento. “O debate mostrou que estamos juntos com produtores de todo o Brasil, que não estamos isolados. Mostra a força da classe ru-ral no Maranhão”, destaca Karlo Marques.

Sinrural organiza a única audiência pública do Estado para discutir Código Florestal

Produtores do Sul do Maranhão juntaram-se a ru-ralistas de todo o Brasil para discutir e aprovar o novo Có-digo Florestal. De Imperatriz, a comitiva foi representada pelo Sinrural, na figura do presidente Karlo Marques, que engrossou a fila de pro-dutores na capital nacional. A mobilização foi liderada pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Ao todo 24 mil produtores rurais e lideran-ças políticas de todos os Es-tados, pediram de forma pa-cífica ao Congresso Nacional que a legislação ambiental fosse atualizada como forma de garantir a consolidação de áreas de produção, sem

desrespeito ao meio ambien-te. Com cartazes e faixas, ho-mens e mulheres tomaram a Esplanada dos Ministérios até o Congresso, na tentati-va de sensibilizar os parla-mentares para a aprovação da proposta do relator Aldo Rebelo (foto), que moderniza o Código. “Mostramos que unidos somos fortes”, avalia Karlinho.

Produtores do MA fazem mobilização em Brasília para agilizar aprovação de Código

Preocupada com to-dos os setores da produ-ção rural, o sindicato tam-bém investiu em parcerias para potencializar a bacia leiteira da cidade. Um dos destaques é a parceira com o Sebrae e Embrapa no Programa Balde-Cheio.

Só em Imperatriz, o projeto envolve 115 pro-dutores, dos quais 57 já utilizam a tecnologia do programa uma ferramen-ta simples, que pode ser aplicada em proprieda-

des de todos os portes, aumentando considera-velmente a produtividade do rebanho leiteiro. Entre os exemplos de sucesso, casos de propriedades onde as vacas produziam em média 2l/dia antes do projeto e hoje os mesmos animais fornecem até 9l/dia. “Temos pensado em estratégias para ajudar o produtor em diversos as-pectos. A ideia sempre foi potencializar todos os se-tores”, comenta.

Parceria com Sebrae e Embrapa potencializa bacia leiteira

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4 DEzEmbro DE 2011

Balanço dE gEStãoRealizações da Diretoria do Sinrural de 2005 a 2011

Karlo Marques se despede da diretoria do Sinrural em 2012 depois de dez anos consecutivos à frente da entidade. O presidente deixa o cargo, mas seu trabalho permanece.

Dinheiro em caixaNão se consegue uma

entidade forte sem seguran-ça financeira. Foi na atual gestão que o Sinrural con-seguiu quitar suas dívidas e manter um saldo positivo de suas finanças. Inclusive essa tranqüilidade econômica se deu antes da desapropria-ção de área para construção da rodovia. “Hoje não temos nenhuma dívida e podemos investir no parque por con-ta desses ajustes”, diz Karlo Marques.

Parque o ano inteiroEm 1990 a entidade

transferiu a sede administra-

tiva do sindicato, que fun-cionava no centro da cidade, para o Parque de Exposições. O espaço que antes era su-

butilizado, usado apenas no período da feira, hoje conta com uma agenda de eventos e locações permanentes.

Locação flexível:Pelo menos 20 shows são

organizados no parque to-dos os anos;

Espaço é utilizado para realização de festas: aniver-sários, colação de grau, co-memorações escolares, casa-mentos, etc; Tartersal recebe ampla agenda de leilões.

Locação permanente:Nitrovet – empresa de

distribuição de nitrogênio lí-quido para o Maranhão, To-cantins, Pará e Sul do Piauí;

Escritório de representa-ção e venda de sêmen: Alta Genetics e Lagoa da Serra;

Escritório de comerciali-zação de bovinos: Marcelo Lira.

ARQUIVO SINRURAL

Vista aérea do parque de exposições, que anualmente recebe a Expoimp

Obras melhoram a infraestrutura do Parque de ExposiçõesUma das contribuições mais visíveis da atual gestão na infraestrutura do parque foi a implementação de obras diversas. Confira algumas:

Urbanização, arborização e jardinagem •com plantio de mais de 3 mil árvores;Saneamento básico e drenagem de •grande parte do Parque. Foram cons-truídas fossas e redes de escoamento para drenar o esgoto e prevenir os ala-gamentos, inclusive da sede;Ampliação do estacionamento em 30%: •capacidade para 2 mil carros;Melhoria da arena de shows: condições •de uso durante todo o ano;Construção de calçadas: melhor apre-•sentação locomoção do público;Total reestruturação da rede elétrica •do Parque com aquisição de 14 trans-formadores de alta e baixa voltagem e distribuição da rede elétrica por todo o perímetro. Além disso, uma equipe de técnicos é mantida no local para ga-rantir a manutenção do serviço duran-te o ano inteiro. Parceria com a Cemar garante, ainda, treinamento de pessoal no espaço e cursos de qualificação. Iluminação definitiva nas pistas de •Vaquejada, Julgamento, Equestre e de Equoterapia;

Churrascaria passou por reforma, com •melhorias nos banheiros e na cozinha;Reforma geral no restaurante sediado •no recinto de exposição de caprinos e ovinos;Melhorias nas baias de eqüinos para •atender às solicitações do Núcleo de Criadores de Quarto de Milha e Paint-horse;Construção da sede da Aplema (Asso-•ciação dos Produtores de Leite do Su-doeste do Maranhão) centralizada nos pavilhões do Gado Leiteiro;Construção de Auditório;•Construção de um pavilhão em frente •à Churrascaria para exposição de ani-mais a serem comercializados em fei-ras e leilões;Ampliação da estrutura de currais com •brete de contensão, apartador e tronco;Instalação da Central de Meteorologia, •desde 2006. Mapeamento das condi-ções de tempo, via satélite, é fruto da parceria com o Inmet (Instituto Nacio-nal de Meteorologia). Sede fica no par-que, em frente aos currais.

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À medida que a entidade cresce também é preciso investir, para acompanhar essa nova realidade. O Sinrural fez isso:

Adquiriu um trator com •implementos (foto ao lado)Também foi aquisição do •grupo uma ensiladeira viabilizando a silagem de forragens produzidas na própria fazenda do Sindi-cato para alimentação de rebanhos;A entidade passou por um •processo de informatiza-ção, colocando em rede toda a administração;Foram compradas de 14 •catracas eletrônicas e 250 mil cartões magnéticos viabilizando o acesso, com segurança, do público na Expoimp. Os equipamen-tos também são alugados, durantes outros períodos, para outros sindicatos da região. As catracas ajuda-ram, por exemplo, na or-ganização da exposições agropecuárias de Porto Franco e Açailândia. Aquisição de roçadeiras •manuais para manutenção do parque;Centrais de ar para a sede;•Compra de geladeira, fo-•gão e utensílios de cozinha também garantem confor-to aos funcionários.

5DEzEmbro DE 2011

Balanço dE gEStãoRealizações da Diretoria do Sinrural de 2005 a 2011

Karlo Marques se despede da diretoria do Sinrural em 2012 depois de dez anos consecutivos à frente da entidade. O presidente deixa o cargo, mas seu trabalho permanece.

Fazendinha - aproveitamento do espaço Outra meta alcançada

nesta gestão foi o aproveita-mento total da Fazenda Glória (Sinrural). Isso se deu, princi-palmente, com a instalação do projeto “Fazendinha”, que tornou produtivos os 96 hec-tares, sendo autosuficiente em produção de forragens e grãos durante todo o ano. A produção atende totalmen-

te a grande feira Expoimp e os animais alojados durante todo o ano.

O programa foi criado em 2006, nos 25 hectares que estavam, até então, improdu-tivos na área. Toda a região foi dividia em piquetes com cerca de arame liso com 5 fios. Em função dessa estrutura, o Sindicato recebeu doações e

adquiriu expressivo rebanho leiteiro. Hoje são pelo menos 70 animais.

“O maior problema da exposição era com a alimen-tação dos animais, que gerava um alto custo. Hoje, o parque oferece isso aos produtores”, garante Karlo. Segundo ele, hoje, o parque tem capacidade para receber 8 mil animais.

Sindicato investe para crescerEntidade promove ações sociais

E o Sinrural não está preocupado apenas com a classe pro-dutora. Ações promovidas pela entidade mostram que nesses dez anos ela tem se pautado pelas ações que promovem melhorias para toda a região. Veja algumas iniciativas:

Equoterapia (foto ao lado): projeto em parceria com a Prefei-•tura oferece aula de equitação para crianças e adolescentes especiais, atendidos pela APAE. O trabalho no local acontece todos os dias e atende em média 80 jovens, com assistência psicológica e fisioterapêutica. “Esse projeto nos dá orgulho porque seus resultados são sempre positivos”, garante Karlo. Universidade: O Sinrural doou, nesta gestão 5 hectares para •construção do Campus rural da UEMA (Universidade Estadu-al do Maranhão) para os cursos de Veterinária, Agronomia e Engenharia Florestal. Disponibilização da área do parque para treinamento dos Es-•coteiros mirins;Convênio com UEMA e Facimp para utilização do Parque na •qualificação de alunos de Veterinária e Zootecnia;Disponibilização da estrutura do Parque para a festa de São •Cristóvão, com ação educativa de motoristas de caminhões;Acolhimento, todos anos, para os ribeirinhos desalojados pe-•las enchentes;Parceria com a Cemar na qualificação de sua mão de obra de •alta e baixa tensão, disponibilizando a estrutura elétrica do parque.Doação de água para os moradores da Vila David II, até que •os poços da região sejam construídos. São doados cerca de 24 mil litros de água por dia.

Gestão também é pautada pelo investimento em qualificação

Em parceria com a Federa-ção da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão e com a CNA (Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil) e o Se-nar, o sindicato viabilizou uma agenda de cursos de capacitação que já são tradicionais no setor. Por ano são oferecido cerca de 30 cursos em áreas diversas. En-tre eles já estiveram em pauta:

Curso de Inseminação arti-•ficial;Curso de vacinação;•Cursos para os funcionários •do matadouro municipal;Curso de tratorista para •funcionários da Suzano;Curso de doma para equi-•nos;Curso de casqueamento, •entre outros.

FOTOS: ARQUIVO SINRURAL

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6 DEzEmbro DE 2011

EntrEViSta: Dez anos na presidência do SinruralKarlo Marques destaca avanços da função sindical e ampliação da representatividade do Sindicato

Que avaliação o senhor faz de sua gestão com presidente do Sinrural?

Minha história com o sindicato começou em 1989, quando fui convidado para participar da primeira eleição com duas chapas na entidade. Por estar no gru-po há tanto tempo tenho uma noção clara do que é o sindicato. Cada tempo possui suas particularida-des, seus problemas, o que faz com que a cada gestão tenhamos que nos adaptar. Esse último mandato, por exemplo, foi muito pro-pício para o Sinrural em função das atividades que conseguimos alavancar. An-tes disso a função sindical era muito pouco vista. Em 1990, por exemplo, o sindi-cato de Imperatriz não ti-nha aproximação nenhuma com a Federação do Estado. E isso não sou eu que estou dizendo, foram palavras do próprio presidente da Fede-ração. De 90 para cá passa-mos a ter uma relação me-lhor com a Federação e com a Confederação. E com isso obtivemos vários frutos.

Portanto também co-loco como ponto positivo da minha gestão ter ala-vancado a função sindical, que sempre foi vista em segundo plano, devido à Expoimp. Na verdade o sin-

dicato foi criado para essa função: proteger, ajudar e brigar pelo produtor rural. Há pouco tempo você fa-lava de sindicato patronal e ninguém sabia o que era, mas se falasse Expoimp, em qualquer esquina da região as pessoas sabiam. Hoje a marca Sinrural é forte em vários outros aspectos.

E de tudo que fez à frente da entidade. o que destacaria como sua melhor iniciativa?

O fundamental de todas as atividades que fizemos, foi uma atitude em 1990, quando o sindicato tinha um escritório no centro da cidade e a estrutura do par-que só era usada durante a exposição. Meu primeiro ato foi transferir a sede ad-ministrativa do sindicato para o parque. Em função

disso, no decorrer do tem-po, foi se melhorando o parque. Hoje contamos com várias firmas aqui, venda de sêmen, distribuição de ni-trogênio, curso de equote-rapia, entre outros.

Além da abertura do Parque para os sócios e públicos, outra coisa im-portante foi a viabilização da Fazendinha. Além da estrutura do parque, o res-tante da área do sindicato era uma juquira, um mato.

Até então não tínhamos um quilo de capim para ali-mentar os animais durante a feira. Com a estrutura da fazendinha mantemos ali-mentação do ano todo.

Por fim queria destacar que ajustamos as contas do sindicato. Inclusive se comenta por ai, maldosa-mente, que foi por conta da indenização da desapro-priação de uma pequena área do Parque para cons-trução do trecho de acesso à ponte Dom Afonso Felipe Gregory, mas quando saiu essa indenização as contas já estavam quitadas e apro-vadas pela Assembleia Ge-ral.

Como o senhor analisa o fato de três membros da diretoria do Sinrural terem partido para outra chapa na disputa pela presidência do sindicato?

Na verdade o surgi-mento de duas chapas me deixou surpreso. Compre-endo que é natural ter di-vergências em uma entida-de, porém, o nosso trabalho tem sido aprovado durante todos esses anos. Mas fico surpreso porque duas cha-pas representam dividir o programa, um trabalho po-sitivo que alcançamos nes-ses anos todos.

Hoje o Sinrural sofre com a

ARQUIVO SINRURAL

Quando o produtor rural Karlo Marques, o Karlinho, integrou pela pri-meira vez uma chapa para a disputa do Sindicato Rural de Imperatriz ele tinha apenas 28 anos. Nessas pouco mais de duas décadas já ocupou vários cargos na entidade e nos últimos sete anos está

na presidência do grupo que represen-ta o agronegócio na região. Com ele, o Sinrural deixou o escritório no centro da cidade para instalar sua sede admi-nistrativa no Parque Lourenço Vieira de Sousa, permitindo que a estrutura do local fosse mais bem aproveitada. Mas

mais que isso, garantiu, nesses anos to-dos, que a entidade ganhasse respeito e representatividade junto à Federação Estadual e à Confederação Nacional que defendem o setor no país. Nesta entre-vista ele faz uma avaliação da sua tra-jetória e os planos para o futuro.

“O surgimento de duas chapas me

deixou surpreso: revela que alguns

têm interesses não sindicais”

Karlo Marques e representantes do setor rural na abertura da Expoimp 2011

Page 7: Jornal Sinrural

7DEzEmbro DE 2011

karlo marQUES inadimplência de parte dos só-cios. Acredita que isso é resul-tado de alguma insatisfação com a atual administração?

O fator de inadimplên-cia é relativo. Você pode pensar que o produtor pode estar insatisfeito com al-gum membro da diretoria, não especificamente o pre-sidente. Pode ser também uma questão econômica. Enfim, muitos não têm no-ção do serviço, dos sistemas que envolvem a entidade, que vão além do sindica-to, incluem a federação e a confederação. Mas vale lembrar que esse é um pro-blema desde a fundação do Sinrural e não é privilégio de Imperatriz.

o senhor fala desses trâmites estaduais e federais. neste sentido, acredita que hoje o Sinrural está bem representa-do na administração pública?

Falando no Estado, nun-ca fomos tão bem represen-tados como neste governo. E não falo isso porque os secretários de Agricultura e seu adjunto sejam meus amigos particulares. São sim pessoas que conhecem os problemas e as necessi-dades da classe. O caminho estreitou muito, principal-mente porque conhecem o produtor rural. No âmbito Federal hoje estamos muito bem representados também pela senadora Kátia Abreu e por meio da aproximação com o deputado Aldo Rebe-lo.

o senhor disse no início da en-trevista que o Sindicato é mais que Expoimp. Como a entida-de organiza uma feira deste porte?

A Expoimp tem uma história. É uma feira nacio-

nal, de expositores do Bra-sil todo, não só de animais, mas também de maquiná-rios. Ranqueamos aqui ani-mais de várias raças e com a liberação da aftosa vamos aumentar muito nosso evento. Ela vem crescen-do a cada ano e toma sim, num certo período do ano, um serviço a mais e pesado para a diretoria. De 2005 para cá uma das mudanças muito positivas que ado-tamos foi que a própria diretoria passou a tocar a exposição. Passamos a ge-renciar todos os setores da grande feira dando prefe-rência para a mão de obra local, para que o dinheiro circule e fique aqui.

E o que o senhor espera do novo presidente do Sinrural?

Espero que ele dê se-quência ao nosso trabalho, priorizando as questões sindicais. Minha filosofia é aproveitar o que está dan-do certo, aprimorar e bus-car corrigir as coisas nega-

tivas. Desta vez o futuro presidente vai ter dados da vida e da história do sindi-cato, algo que nenhum ou-tro já teve. Dados tanto da finança como da estrutu-ração do parque. Estamos com tudo informatizado, temos um acervo muito grande para continuar e inovar. Acho que cada di-retoria que por aqui passar

se mantiver o que é bom e melhorar um pouco já é positivo para a classe.

na chapa que o senhor apoia, cujo candidato à presidência é o empresário Sabino Si-queira da Costa, o senhor vai ocupar um cargo na diretoria.

Como pretende contribuir para a entidade nessa nova função?

Desde que estou na en-tidade sempre me pautei pela defesa da categoria. Meu trabalho é em prol do sindicato. O bom relaciona-mento que mantenho, por conta dos cargos que ocu-po na Federação do Estado e no Fundepec, vão ajudar a fazer essa intermediação entre o Sinrural e outras entidades representativa da classe. Sempre fiz e vou continuar fazendo isso.

E se por acaso a chapa que o senhor apoia não estiver à frente da presidência. Acha que será possível contribuir com o grupo?

Perfeitamente. As duas chapas são amigas. Só não vou contribuir se não for solicitado. Para contribuir com o sindicato não preci-sa estar na diretoria. Basta ser sócio. Inclusive, muitas vezes, a pessoa não é nem sócia e contribui bastante.

ARQUIVO SINRURAL

“Minha história com o sindicato

começou em 1989, quando fui

convidado para participar”

Karlo Marques discursa ao lado da senadora Kátia Abreu e representantes de entidades ligadas ao agronegócio

Page 8: Jornal Sinrural

A Expoimp, que com-pletou 43 edições em 2011, é a grande vitrine do Sindicato Rural de Im-peratriz. A maior feira agropecuária das regiões Norte e Nordeste con-quistou esse status com base em muito trabalho que teve na atual gestão um diferencial: a direto-ria da entidade assumiu toda a administração da feira. Anteriormente, para produzir o evento contratava-se uma equipe terceirizada.

Com essa mudança, embora tenha significa-do muito empenho da di-retoria, representou um ganho significativo à eco-nomia local. “Priorizamos a mão de obra da cidade. Assim o dinheiro circula e fica por aqui”, garante.

bom relacionamentoAlém disso, a feira

desfruta do reconheci-mento dos produtores de todo o Brasil, entre ou-tras coisas, pelo bom re-

lacionamento e confiança que o produtor deposita no presidente da entida-de, Karlo Marques.

Não fosse isso se-ria difícil atrair tantos expositores de Estados cuja área de produção é reconhecida pelo Gover-no Federal como livre de aftosa. “Eles vêm para cá porque confiam no nosso traba-lho, porque a c r e d i t a m no nosso potenc ia l . Caso con-trário seria muito difícil, afinal, o animal que não é vendido aqui precisa ficar em qua-rentena e isso gera custo”, compara.

Ao que parece esse entrave tem sido supe-rado com tranqüilidade pela atual gestão do Sin-rural. É só olhar os núme-ros: só de expositores, en-tre 2008 e 2010, o evento

teve um aumento de 19%, passando de 503 para 596 no ano passado. Isto se deve principalmente à reorganização física pro-movida pelo diretor da área comercial, Renato José N. Pereira, que re-formou áreas do parque, procurando colocar lado

a lado os s e g m e n -tos espe-cíficos da atividade rural, bem como pas-sou a co-brar pelos e s p a ç o s , p r o p o r -

cionalmente à área utili-zada. O resultado foi tão positivo que os exposito-res investiram em cons-truções definitivas de estandes, contribuindo assim com o novo layout do parque. Outro dado importante diz respeito à movimentação financeira dos leilões, que no mes-mo período passou de R$

1,34 milhão para R$ 1,63 milhão. Em outras pa-lavras, em três anos um acréscimo de quase R$ 300 mil.

mais animais

O total de animais du-rante esse triênio também só apresentou elevada ex-pansão. No ano passado, por exemplo, o número de currais chegou a 56, ou seja, 14 a mais que em 2008.

“Ano a ano esse nú-mero aumenta. E é preci-so perceber que esse va-lor não representa apenas um acréscimo no volume de negócios, mas é o re-sultado da confiança que todos têm no trabalho do Sindicato Rural”, comenta o presidente do Sinrural, Karlo Marques.

Além do comércio de animais, a agenda da Ex-poimp mantém ranquea-mento de raças, atrações culturais, cursos de aper-feiçoamento entre ou-tros.

8 DEzEmbro DE 2011

ExpoimpDiretoria do Sindicato assume Expoimp e valoriza a mão de obra localEntre 2008 e 2010 o número de expositores cresceu 19%, passando de 503 para 596 participantes

Cavalgada mostra a força do setor produtivoSe a Expoimp represen-

ta a vitrine do agronegócio da região, a Cavalgada é a porta de entrada desta festa. Tradicional há 20 anos, na última edição do evento 6,8 mil pessoas, 3,2 mil cavalos e 620 carroças tomaram as ruas do centro de Imperatriz para a maratona organizada pela diretoria da entidade,

seguindo determinações do Ministério Público Federal. O evento mantém há 20 anos o recorde da maior cavalga-da do Brasil também trouxe novidades na edição de 2011. Nessa edição todas as carro-ças foram emplacadas, para possível identificação em ca-sos de acidentes ou abusos no tráfego de 8 quilômetros,

desde a concentração na Rua 15 de Novembro até o Parque Lourenço Vieira da Silva.

“Este ano nossa prio-ridade foi fazer um evento pacífico, em que todos tives-sem segurança no trajeto”, comenta o presidente do Sindicato Rural da cidade, Karlo Marques. Para isso, 98 homens da Polícia Militar se

revezaram em 25 interdições para acompanhar a movi-mentação. A segurança con-tou ainda com o apoio da Assessoria de Educação para o Trânsito (Assetran), do Exército e da Polícia Rodo-viária Federal (PRF). Ao todo, 40 policiais rodoviários fi-zeram o monitoramento da via.

“Movimentação financeira dos

leilões passou de R$ 1,34 milhão para

R$ 1,63 milhão”