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Publicação Trimestral I DEZEMBRO 2010 I Número XXVIII Filme| Viagens |Matemática | Florestas | ModaEsas | República | Dia da Filosofia 0,50 Ilustração de Bárbara Silva do 12ºH/Desenho

Jornalesas Dezembro 2010

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Jornal oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa - Porto

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Publicação Trimestral I DEZEMBRO 2010 I Número XXVIII

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Comemorações dos 50 anos Texto de Delfina Rodrigues — Directora da ESAS

Página 2 • Página 2 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

1958 é o ano da emancipação /

afirmação da personalidade da

Escola Secundária Aurélia de

Sousa. Adquiriu casa própria e

aprendeu a viver sozinha. 2008,

consequentemente, foi o ano da

comemoração dos seus 50 anos.

Constrangimentos conhecidos

atrasaram, ou prolongaram no

tempo, a evocação dessa data

que, apesar disso, não quisemos

deixar de evocar, em encontro

jubilatório. Antevejo que, ao

celebrar os 100, algum historia-

dor zeloso exprima estranheza:

―Festejaram os 50, corria já o

ano de 2010...‖

Não foi, porém, tempo perdido.

Foram 2 anos em que, enquanto

se derrubavam paredes e trans-

figuravam espaços, enquanto os

sótãos se esventravam, enquan-

to os velhos teares, os quadros

negros, o giz, os móveis de

madeira maciça cediam o lugar

a novas tecnologias, novos qua-

dros, alguns interactivos, novas

salas, novos materiais; enquan-

to o bufete, que já foi em vão

de escada e em vestiário requa-

lificado, e a velha cantina se

entendiam para vir viver juntos

no ―open space‖ em que nos

encontramos; enquanto, enfim,

outra cor, outro tempo se insta-

lavam, outras palavras emer-

giam para nomear as coisas, a

Fernanda Melo e a Elsa Rocha,

com rigor de historiadoras, con-

vocavam testemunhas, perse-

guiam fontes, precisavam o

traço, apuravam o perfil do que

foi a Escola Secundária Aurélia

de Sousa. Às vezes irrompiam as

perguntas:‖Em que ano acabou

mesmo o Artes e Ofícios? Que

Decreto criou os CSPOPE e os

CSPOVA? Quando passou a desig-

nar-se Secundária barra 3? ....

Foi um tempo em que se reuni-

ram velhas imagens e se capta-

ram novas; se fixaram rostos

que fizeram esta escola, esta

história; em que se esquadri-

nhou o seu passado em busca da

sua matriz e primeiríssima

infância, dispersa e esquiva em

registos documentais e patrimo-

niais, vívida nos relatos objecti-

vos e afectivos de alguns que a

testemunharam, que para aqui

a trouxeram há 50 anos, a

foram guardando na memória

com carinho, e no-la legaram

para que dela cuidássemos com

o mesmo desvelo.

Assim o queremos. Fez-se histó-

ria que será publicada em tex-

to. Para memória futura. Para

que o que hoje foi relato oral,

com todo o sabor que têm e

comunhão que implicam os rela-

tos orais, se ofereça ao futuro

para facilitar o trabalho de

novos relatores.

Aqui estamos, pois, para, sim-

bolicamente, fazer a celebração

do tempo, a celebração do

espaço, a celebração da memó-

ria. E porque, é bom lembrar,

Continua na página seguinte

“ Encerramos

aqui as come-

morações. É já

tempo de um

outro recome-

ço, nova conta-

gem. Que nada

se perca na

caminhada.

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AURÉLIA - 3 de Julho de 2010

Dizia Jorge de Sena, que

noutro contexto citei

para falar da mesma

impossibilidade:

“Folheai, lembrai, guar-

dai nos papéis velhos,

que o resto, o mais, o

que afinal é tudo, aqui

não está (....)”.

Página 3 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

Continuação da página 2

as Instituições são as pessoas que as fazem,

para celebrar e prestar homenagem a todos

quantos nos antecederam e deixaram como

herança um nome a preservar, uma escola

que soube honrar a sua missão de estabeleci-

mento de ensino público de qualidade, que no

seu devir soube responder ao tempo, soube res-

ponder aos tempos sem perder o rumo, manteve

um esqueleto moral assente em valores deonto-

lógicos e éticos, inspirou uma cidadania

que se transmite pelo exemplo ou, se qui-

sermos, ajustando a linguagem à moderni-

dade, sempre teve um Projecto Educativo.

Estou certa de que só contámos o que con-

seguimos. Há sempre algo que fica por

dizer, porque é da ordem do indizível, do

inefável. [Como transmitir, por exemplo, a

sensação que em nós provocava, nos iní-

cios dos anos 80, um pouco antes do

―intervalo grande‖, o deslizar das rodas do

carrinho de chá da D. Zininha no corredor

da Sala dos Professores, o leve tinir das

louças, a prometer breves momentos de

conforto quase familiar, quase doméstico?]

Dizia Jorge de Sena, que noutro contexto citei

para falar da mesma impossibilidade: ―Folheai,

lembrai, guardai nos papéis velhos, que o resto,

o mais, o que afinal é tudo, aqui não está

(....)‖.

Encerramos aqui as comemorações. É já tempo

de um outro recomeço, nova contagem. Que

nada se perca na caminhada.

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13,69

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Média ESAS

Escola Sec/3 Aurélia de Sousa—Exames 2010— 1ªfase Ranking das escolas jornal Público—2010

Equipa JornalESAS

Fonte: Ranking das escolas 2001-2010

Fomos a 4ª escola pública do ranking do secundário

com 466 exames (1ªfase).

Disciplinas Média Ordem no Ranking

das 601 escolas secundárias

Nº de Provas

Dif. Nota

Interna e Exame

Português (639) 13,45 11 155 0,78

Matemática A (635) 13,74 101 79 0,75

Biologia e Geol. (702) 10,59 128 73 4,07

Física e Quím. A (715) 11,26 27 63 2,44

Geografia A (719) 13,42 12 31 0,00

História A (623) 14,07 31 29 -0,66

Mat. Ciên. Soc. (835) 14,23 9 16 -1,48

Economia A (712) 16,12 20 20 -1,42

Todas as 8 Disciplinas 12,93 29 466 1,20

A o ocupar o quarto lugar

no ranking das escolas

secundárias não privadas, no

ano lectivo findo, a nossa esco-

la honrou inquestionavelmente

o ensino público. A obtenção

deste posicionamento veio,

mais uma vez, validar a opor-

tunidade do nosso projecto

educativo, que, tendo como

um dos princípios orientadores

uma educação exigente, com-

petente e responsável, enten-

de o esforço individual e uma

conduta disciplinada como

indissociáveis de aprendizagens

bem sucedidas.

Os resultados alcançados —

tanto mais gratificantes quanto

é certo que, olhando para os

dez anos em que os rankings

das escolas secundárias foram

divulgados, a ESAS tem sempre

dominado nas posições de topo

— não teriam, contudo, sido

possíveis sem a dedicação e o

empenho dos múltiplos agentes

que integram a vida escolar.

Sem a adesão dos alunos à filo-

sofia da escola e sem a sua

determinação de se elevarem

intelectualmente. Sem a co-

operação das famílias no refor-

ço da autoridade da escola e

no fomento da responsabilida-

de. Sem o trabalho concertado

das equipas pedagógicas que

coordenam as actividades lec-

tivas no sentido de aperfeiçoar

níveis de desempenho. Sem a

gestão atenta da Direcção e

sem a sua promoção de um

ambiente de trabalho escolar

favorável a um ensino de quali-

dade.

A comunidade Aurélia de Sousa

está, pois, novamente, de

PARABÉNS!

A ESAS e o Ranking Texto de Olga Moutinho — Presidente do Conselho Geral

Página 5 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

Q ual foi a sensação de seres conside-rado o melhor aluno da escola?

A sensação foi boa. É sempre bom ser reco-

nhecido publicamente, embora não seja

muito dado a este tipo de coisas.

Gostaríamos de saber qual é o curso que estás a tirar e se é o que pretendias desde sempre.

Estou em Medicina, no Hospital S.João. É

verdade que estive muito hesitante entre

Engenharia e Medicina e só na semana de

candidatura é que decidi.

E porquê essa decisão?

Medicina oferece possibilidades nos mais

diversos campos e por ser uma área abran-

gente pode dar muitas oportunidades. Por

exemplo, eu gostava muito de Biologia, a

parte do funcionamento do corpo humano,

como também gostava de Física e de Mate-

mática (…). Estou contente com a minha

decisão, apesar de ter sido tomada à última

hora.

Que fazer, habitualmente, nos teus tempos livres?

Há bastantes anos que toco piano. É uma

actividade extra-curricular bastante diferen-

te do que se faz a nível escolar. Eu gosto de

ouvir música e tocar é uma actividade única

que eu sempre quis aproveitar. Também fui

jogador federado de hóquei em patins. Nes-

tes dois últimos anos, comecei a praticar

natação e inscrevi-me em Inglês. Apercebi-

-me este ano de como é muito importante o

domínio do Inglês pois, na faculdade, os

livros são todos em Inglês e temos de fazer

apresentações orais. Prestar atenção ao

Inglês é uma boa aposta durante o secundá-

rio, pois é fundamental para quando se che-

ga à faculdade.

Quando estudavas aqui na escola como conciliavas os estudos com o que mais gos-tavas de fazer nos teus tempos livres?

Os métodos de estudo têm de ser ajustados a

cada um. Nunca tive dificuldade em conciliar

as coisas, já que estudava quando precisava

e saía com os amigos e tocava piano. Fazia,

sem dificuldade, a gestão das minhas tare-

fas.

Recorreste a algum tipo de apoio escolar?

Não. Tinha dúvidas mas, em casa, como

tinha os meus pais e o meu irmão mais

velho, eles ajudavam-me. Os meus apoios

foram os meus próprios professores que esti-

veram sempre disponíveis.

Na tua opinião, o que é importante para se ser um bom aluno?

Eu estava com muita atenção às aulas por

serem muito importantes, aliás, mais do que

o próprio estudo em casa. Um bom aluno

tem de conseguir estar atento à matéria

porque tira tempo de estudo em casa e pode

fazer outras coisas. Eu gosto muito de focar

esta questão das aulas, pois isso é um dos

aspectos essenciais para se ser um bom alu-

no; mais de 50% do sucesso escolar passa

pelo trabalho que se realiza na sala de aula.

O aluno tem de ter uma atitude pró-activa

nas aulas. Deve ter um método de estudo

equilibrado sem deixar de se divertir porque

também faz parte…

Tens alguma recordação da ESAS que não te importes de partilhar connosco?

Foi numa aula de Matemática, no antigo

anfiteatro. Houve um colega que me apertou

os cordões à cadeira da frente. A professora

chamou-me para ir ao quadro e eu, como

tinha um pé preso com um nó muito aperta-

do, não conseguia tirá-lo e então tive de

decidir o que fazer. Havia a hipótese de cor-

tar os cordões ou ir descalço. Decidi cortar

os cordões e a partir daí tinha uma sapatilha

com os cordões mais pequenos que os da

outra.

Esta entrevista poderá ser visionada na íntegra

na página do Facebook do JornalESAS

À conversa com Daniel Teles

Daniel Guima-

rães Teles nas-

ceu no Porto

matriculou-se

na ESAS a partir

do 8ºano, tendo

concluído o

12ºano na Área

de Ciências e

Tecnologias em

2009/2010 com

a média de 19,7

valores.

A sua atitude aju-dará todos os que como ele valori-zam a Escola como espaço pri-vilegiado de aprendizagem.

Entrevistado por Patrícia Costa.11ºG Foto de Pedro Gomes.11ºG

Patrícia entrevista o melhor aluno da ESAS . 2009/2010

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R ecentemente desaparecido, José Saramago foi o único escritor

português galardoado com um prémio Nobel e, pelo prestígio e afirmação crescentes da sua obra, desde há anos que faz parte dos programas de Portu-guês do Secundário sendo obrigatório o estudo de ―Memorial do Convento‖, provavelmente a sua obra mais emble-mática. Escritor e activista, humanista por vocação e atitude, a singularidade da sua obra não só espelha a sua visão do mundo e dos homens como projecta, ao mais alto nível, a língua portugue-sa. Em 1997, ano anterior ao da atribuição do Prémio Nobel e em que comemorou 50 anos de actividade literária, a Biblioteca da ESAS assinalou a efemé-ride aproveitando as actividades de incentivo à leitura integradas na sua Feira do Livro anual. Escrevi a José Saramago pedindo um texto alusivo, que servisse de motiva-ção à leitura, explicando o que deseja-va fazer e o espaço que lhe iria dedi-car. Prontamente e com a antecedên-cia desejada, Saramago respondeu-me. Esse texto, que foi mote de tudo o que se realizou naquele ano – da pro-moção/divulgação, à iconografia utili-zada, até às actividades promovidas – é novamente recordado com o desta-que que merece. É que Saramago faz agora parte desse céu estrelado que nos convidava a olhar…

NO ANO DA MORTE DE JOSÉ SARAMAGO Mª Luísa Mascarenhas Saraiva — Profª responsável pela Biblioteca

“ A razão por que se abre um

livro para ler é a mesma por que

se olham as estrelas: querer com-

preender. Mas não há nenhuma

lei que obrigue as pessoas a

levantar os olhos para o espaço

ou a baixá-los para esse outro

universo que é uma página escri-

ta. Não há gosto sem curiosidade

nem curiosidade sem gosto. Ler é

uma necessidade que nasce da

curiosidade e do gosto. Se não

tens gosto nem curiosidade, dei-

xa os livros em paz, porque não

os mereces. Sempre haverá

alguém para abrir comovido

um livro, para querer saber o

que está por trás das apa-

rências. Cada livro é uma

viagem para o outro lado.”

José Saramago (Maio de 1997)

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Dramatização de “O Conto da Ilha Desconhecida” pelo Grupo de Arte Dramática,

orientado pelo professor José Fernando Ribeiro. Dia 12, 17h 15m

Encontro de Leitores (3º ciclo) sobre ―As Intermitências da Morte‖ Professores moderadores: Dra. Ana Amaro e Dra. Fátima Alves.

Dia 26, 17h Conferência “José Saramago : abordagem pedagógica” pela Prof. Doutora Fátima Marinho

Todo o ano: Partilha de leituras pelos alunos da obra do autor e realização de portfolios - aulas de Português.

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Exposição Biobibliográfica - de 27 de Outubro a 20 de Novembro:

livros e fotografias

edições especiais de publicações periódicas

reprodução de capas de edições estrangeiras da obra e do autor (internacionalização)

obras sobre o autor (colaboração das Bibliotecas Públicas Municipais)

dossiers de recortes de imprensa

apresentação biográfica em power point

VENDA de livros do autor (colaboração da Editorial Caminho)

Apresentação dos filmes:

―Ensaio sobre a Cegueira‖ (Secundário)

―A Maior Flor do Mundo‖

Dia 16, às 12h – Data do aniversário de J. Saramago: Conferência pela Dra. Fátima Matos – turmas do 12º ano

Dia 24, às 17h.15m - Encontro de Leitores (3º ciclo) “O Conto da Ilha Desconhecida” Professores moderadores: Dra. Ana Amaro e Dra. Fátima Alves

Dia 29, às 12h - Debate – LER OU NÃO LER SARAMAGO?

CONVIDADOS:

Intervenção do público

Semanalmente:

Frases e citações - em marcadores de livros, colocadas nos tabuleiros da cantina…

Nota: Estará disponível para venda um livrinho, em formato A6, com as frases e citações extraídas das várias obras de Saramago.

Aulas de Substituição e visitas orientadas contam com o apoio de uma ficha/roteiro, disponível na Biblioteca

A favor: Olga Moutinho (Prof.) Blandina Lopes (Prof.) Mariana Dias (antiga aluna)

Contra: Josefina Silva (Prof.) Maria João Cerqueira (Prof.) Filipa Nunes (12º ano)

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A narrativa intitula-se Perigo Vegetal e é da autoria de Ramón

Caride. Nesta, Sheila e Said, dois jovens do futuro, escrevem uma

mensagem para o nosso tempo, em que contam uma aventura

que tiveram e que descrevem como sendo ―fabulosa‖.

Ao longo da intriga, uma companhia transnacional, a C.U.B.,

tenta apoderar-se de todas as sementes de cereais existentes no

mundo, como parte de um plano para dominar toda a agricultura

do planeta. Ocorrem várias peripécias, que são contadas interca-

ladamente pelos dois narradores, e que integram sempre alguma diversão que nos remete para a juventu-

de de Sheila e Said. O facto de a acção decorrer no futuro torna mais fascinante a leitura.

Nesta obra destacam-se duas mensagens bastante importantes. Uma é que não devemos subestimar as

crianças (―Menosprezei-vos por serem crianças, mas não há inimigos pequenos.‖); a outra é que muita

ambição leva à destruição de qualquer pessoa, levando-a a perder os seus amigos e até mesmo a sua pró-

pria liberdade.

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LIV

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“Amor nos tempos de cólera” de Gabriel García Márquez

Por Ana Rita e Juliana do 11ºG

Márquez narra, através de uma ana-

lepse, o amor entre Florentino Ariza e

Fermina Daza, quando a doença da

cólera se abateu sobre as populações.

A obra descreve o início do seu amor,

a sua separação e o seu reencontro.

O autor situou a história de Fermina e

Florentino, num tempo de transição

entre o séc. XIX e o séc. XX, um tem-

po onde aparecem novas tecnologias,

mas permanecem velhos costumes: a

comunicação por carta e o amor cor-

tês.

“O navegador solitário” de João Aguiar

Por Ana Rita e Juliana do 11ºG

Narra a vida de um jovem rapaz cha-

mado Solitão Fernandes que nasce

numa pequena vila, Giestal de Frades,

no seio de uma família trabalhadora e

simples. Ao longo do romance, no qual

Solitão navega no mundo guiado por

ensinamentos prudentes e espíritos, o

adolescente rapidamente se torna

capaz de se misturar com a sociedade

corrupta do final do século XX e

aprende a singrar no mundo de traba-

lho e na vida.

“Perigo Vegetal”

de Ramón Caride Por Helder do 9ºD

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S ó quando acabei de ler o livro é que compreendi o título ―Bichos‖ de

Miguel Torga. O livro é constituído por 14 pequenas histórias, sendo quase sempre as personagens, animais, mas em quatro delas é o homem. Em ―Madalena‖ a perso-nagem é uma mulher, em ―Jesus‖ uma criança, e em ―Ramiro‖ e ―Senhor Nico-lau‖, um homem. Isto significa que, para o autor, todos são apenas ―bichos‖. Ao atri-buir aos animais características, compor-tamentos e sentimentos dos homens, o autor quer dizer-nos que quando estes sofrem com a solidão e a desilusão causa-da pelos seus donos, também os homens podem ser cruéis com os da sua própria espécie. As histórias são quase todas tristes pois, em algumas, os protagonistas morrem abandonados pelos donos, quando estão velhos e já não são úteis (―Nero‖, ―Tenório‖, ―Morgado‖). Em ―Mago‖, a história conta-nos como um gato troca a sua liberdade pela comida e mimos de uma velhota. Os animais não vivem a sua vida de forma livre, são trei-nados para servir os seus donos, fazem aquilo que acham que devem fazer mas no fim da vida não têm nenhum carinho nem reconhecimento. O ―Bicho‖ homem não respeita os seus irmãos da natureza. Há apenas uma história, a de ―Jesus‖, em que um menino com o calor do seu beijo faz estalar um ovo de um pássaro. Não destruiu o ninho, ficou feliz e respeitou o animal que ainda nem tinha crescido. Em ―Vicente‖, um corvo revolta-se contra o seu criador (Deus), pois sente que não é livre. Alguém decidiu que ele juntamente com outros animais seriam escolhidos para sobreviver a um dilúvio enquanto que mui-tos outros animais estavam condenados à morte, por Deus achar que se devia come-çar um novo mundo. Acho que significa que nós quando criamos e temos um animal de estimação também achamos que temos direito de os usar para nos divertirmos, tirar-lhes a liberdade e quando estão velhos ou já não brincam connosco abandoná-los sem qualquer res-peito e gratidão pela sua dedicação e afecto. Como seria a vida do ―Bicho‖ homem se outros bichos se revoltassem como fez ―Vicente‖?

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“BICHOS” Texto de Diogo Rodrigues do 8ºA

O livro ― O Estrangeiro‖, de Albert Camus, é a

história de um indivíduo chamado Meursault e

cuja acção se passa na Argélia, ex-colónia francesa.

É uma história onde, na minha perspectiva, o leitor dificil-

mente se identifica com o comportamento e a visão de

vida do personagem. Mersault tem uma atitude perante a

vida e pelos outros de indiferença e apatia. Não tem opi-

nião nem sentimentos típicos de um ser humano social-

mente activo. É como uma animal, segue-se pelos instintos

básicos e pelos estímulos que a natureza lhe oferece. Ele

não procura nada, as circunstâncias constroem a sua perso-

nalidade. Tudo isto é-nos revelado logo no início com a

morte da mãe, depois com o aparecimento da sua namora-

da e as relações que vai tendo ao longo do livro. O enterro

da mãe não significa nada para ele. Só o calor é que o

incomoda e é-lhe igual estar ou não com a namorada pois

ela é só uma necessidade física. Também não procura ami-

zades, elas aparecem e são-lhe impostas. Tanto lhe faz

estar só como acompanhado, tudo o que se passa à sua

volta é-lhe indiferente. É egoísta no sentido que o que

importa é o bem-estar dele, mas sem desejos e ambições

de melhorar.

O desfecho é surpreendente mas revoltante, pois no

momento que se pensa que este sujeito vai ter alguma

emoção, algum arrependimento, ou qualquer sentimento

humano isso não acontece. Parece um mero espectador da

sua vida sem vontade nenhuma e indiferente a tudo e a

todos. Não posso dizer que gostei do livro, mas opto por

falar de sentimentos que esta história me provocou. Indig-

nação, irritação e revolta sobre como um indivíduo pode

revelar tanta estupidez e pouca vontade de viver. Não

importava que ele fosse bom ou mau de carácter mas sim

que, ao menos, demonstrasse algo que nos permitisse ver

um ser humano. O

estrangeiro nesta his-

tória é o personagem

na medida em que ele

está completamente à

parte da sociedade em

que vive.

“O estrangeiro”

de Albert Camus

Texto de Tiago Afonso Macedo do 8ºA

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V iajar implica necessariamente mudança,

tanto a nível espacial, como a nível tem-

poral ou pessoal. Uma viagem começa no

momento em que entramos num novo mundo

que não dominamos à partida.

Independentemente da maneira como nos é pro-

posta, é das formas que encontramos no nosso

quotidiano que melhor nos consegue alienar de

estereótipos, preconceitos e molduras da socie-

dade; abre-nos os horizontes sendo um óptimo

caminho para o enriquecimento pessoal: cultu-

ra, personalidade, relações interpessoais e

afins.

Pode ser iniciada com a leitura, a descoberta de

novos estilos ou, como mais vulgarmente é

reconhecida, através da deslocação para outro

país/região. Limitarmo-nos à percepção comum

de viagem soará até a ingenuidade. A realidade

é que uma deslocação mental pode ser tão ou

mais sensorialmente vasta e importante do que

uma deslocação espacial. Como prova disso

temos os sonhos (surrealismo), os filmes, os

livros, as fotografias, as conversas, a música, a

gastronomia… Isto é, tudo o que estimula os

nossos sentidos mostrando-lhes dimensões des-

conhecidas, por explorar, tem o mérito de ser

interpretado como uma viagem, uma vez que

expande a nossa imaginação e nos molda, mais

ou menos intensamente.

Contudo, a descoberta de novos países e culturas

in loco não perde protagonismo. Torna - - se

até difícil assimilar tanta informação aquando de

uma situação do género. É maravilhoso provar

novos sabores, falar com pessoas diferentes,

visitar novos sítios, apaixonarmo-nos por origens,

cheiros e texturas, longe de casa.

No fundo, tudo se resume a recolher frutos de

experiências que nos fazem ver ―quanto mais

sabemos, mais percebemos que nada sabemos‖.

Somos seres de constante revolução intelectual

tendo ou não oportunidade de o fazer tradicio-

nalmente. Temos o dever de nos esforçar para

embarcar em pequenas viagens, desenvolvendo

ao máximo mentalidades e conhecimentos.

A viagem como forma de enriquecimento exterior e interior

Texto Filipa Nunes, nº9 do 12ºD

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A pergunta mais frequente do dia para

um estudante. O aluno anseia o final

de aula esperando que isso torne mais rápido

o passar dos minutos. Frustração constante só

finalizada com o toque da campainha. O

cúmulo da frustração é quando os professores

retêm os alunos na sala de aula mais tempo

que o devido, restando a estes um mísero

intervalo. Há tanto para fazer nos intervalos

…como tirar as senhas e ter que ficar planta-

do numa fila enorme, ir para a cantina e

esperar indefinidamente para almoçar, jogar

à bola, trocar impressões com os colegas,

enfim, descansar o músculo cerebral das

pressões escolares.Que horas são? Também

serve para quebrar a monotonia por vezes

instalada na sala de aula. Ou talvez para sor-

rateiramente espreitar o telemóvel e ver as

mensagens. O cansaço instala-se muito antes

dos minutos avançarem. Então imaginem

quanto tempo demora 90 minutos a avançar

numa cabeça que trabalha à velocidade da

luz! Chega de 90 minutos! Vivam as aulas de

45 minutos! O meu cérebro é como uma bate-

ria ecológica de energia renovável. É neces-

sário descansar para recarregar. Mais energia

mais rendimento, menos minutos de aula

mais cérebro estimulado.

Mas afinal, que horas são?

Que horas são? Texto de Tiago Afonso Macedo do 8ºA

H á alguns dias atrás, mais precisamente

no domingo, estava eu com o meu avô

sentado nas bancadas do Estádio do Dragão. Era

dia de Porto-Benfica.

No meio do delírio dos adeptos, chamou-me à

atenção um pequeno garoto que olhava boquia-

berto para o homem a seu lado e que seria,

provavelmente, o seu pai. O homem, de pé,

bracejava e gritava em plenos pulmões, agitan-

do um cachecol do Porto.

O olhar de surpresa daquele miúdo mostrava

que nunca vira o pai em semelhante euforia.

Observei de novo a multidão que me rodeava.

Aqueles homens e mulheres seriam, durante a

semana, responsáveis médicos, sérios advoga-

dos, exigentes professores, antipáticos empre-

gados de balcão… Mas ao domingo, durante 90

minutos, esqueciam os seus problemas e eram

apenas adeptos de futebol.

Para quê gastar tempo e dinheiro em consultas

no psiquiatra para tratar de depressões? Fora o

Xanax! Viva o futebol!

XANAX E FUTEBOL Texto de Tiago Peixoto do 8ºB

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“VIVA A REPÚBLICA!”

Reportagem de Pedro Gomes (11ºG)

Fotografia de Diana Castro (11ºG), Patrícia Costa (11ºG), Pedro Gomes(11ºG) e Vanessa d‘Orey (11ºF)

Página 12 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 12 • Página 12 • Página 12 • Página 12 •

A ssim foi o grito que marcou a proclamação

da República no dia 5 de Outubro de

1910. Também as vozes dos alunos da Escola

Secundária Aurélia de Sousa se fizeram ouvir, no

dia 4 de Outubro de 2010, numa recriação

daquele que foi um dos mais importantes marcos

da História de Portugal.

12.55h: A azáfama nos bastidores da peça de

teatro já se fazia sentir. Entre trocas de vestidos

por parte das alunas e chapéus por parte dos

rapazes, a motivação para entrar em cena era

enorme.

13.10h: Ainda a 20 minutos do início da peça, o

nervosismo já se começava a sentir. Entre garga-

lhadas e cantorias os alunos distraiam-se, de

forma, também, a acalmarem-se para aquela

que seria uma grande prova de expressão dramá-

tica.

13.20h: Já concentrados na sala dos professores,

os actores e actrizes da nossa escola começavam

a assumir as personagens que viriam representar,

lendo as falas mais algumas vezes e pedindo con-

selhos aos professores.

13.25h: As últimas indicações dos professores/

encenadores são dadas. Os alunos vão descendo

as escadas para o átrio da escola ou entrando

para a varanda da nossa escola, numa recriação

da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, nos

Paços do Concelho.

13.30h: Depois do toque de saída dos alunos e

de se juntar o ―público‖ no portão da escola é

iniciada a peça de teatro. As personagens, cha-

mando a atenção, criavam um olhar atento e

interessado em toda a comunidade escolar. Des-

de as revoltas populares, ao armamento dos mili-

tares fiéis ao governo, passando pela tão espera-

da proclamação da República, tudo foi ensinado,

de uma forma lúdica, aos alunos, funcionários e

professores da nossa escola.

13.40h: Depois do hastear da bandeira Republi-

cana Portuguesa e do canto do hino ‘A Portugue-

sa‘, a peça de teatro terminava com sucesso e,

de regresso aos bastidores era visível a alegria,

tanto em miúdos como em graúdos.

Com a linguagem e as vestes do povo português

do início do século XX, uma pequena parte do

grande trabalho estava concluída. Apenas com a

dedicação de talentosos alunos e o empenho de

esmerados professores, a representação fidedigna

da implementação da república foi possível.

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 13 •

TEAT

RO

9.º B ─ Três anos Um longo percurso

I niciámos, em 2008, o nosso percurso. Fize-

mos exercícios de respiração, (des)trava-

línguas, criámos personagens através de um

objecto, desenvolvemos exercícios de projec-

ção de voz (como a máquina polifónica), e

jogos de movimento e concentração (espelho,

p.ex.).

«Aprender a conhecer o nosso corpo, a forma

como nos movemos, a nossa voz, como respi-

rar, para no fim sermos capazes de criar tra-

balhos de representação» é bem a ideia do

que é fazer teatro, como diz a Rita Magalhães,

uma das alunas da turma.

No 8.º ano, experimentámos a improvisação e

a representação em pequenos grupos. Alguns

momentos marcaram este ano como «O abrigo

anti-aéreo»: um grupo de personagens, em

tempo de guerra, tinha de argumentar para

ficar no abrigo.

Este ano, no 9.º ano, prosseguimos com novos

projectos.

Bárbara, Jorge, Branquinho,

João Mendes e Bitia, 9.ºB

Nos bastidores da Expressão Dramática(disciplina opcional para o 3.º ciclo, desde 2005/2006)

O que é preparar um trabalho de representação?

O trabalho de representação não se resume a

«pegar num texto» e lê-lo. As experiências

dos nossos colegas, alunos de três anos nesta disci-

plina, são a melhor forma de responder à pergunta:

«Quando recebo um texto, a primeira coisa que

faço é lê-lo para conhecer a história e as persona-

gens.», disse a Bárbara. Logo o Henrique acrescen-

tou: «Começo por perceber as características psico-

lógicas de cada personagem, de forma a poder criar

um boneco.». Criar um boneco é, para os alunos de

Expressão Dramática, descobrir os movimentos, a

voz, a história de uma personagem, para a poder

animar.

À primeira leitura seguem-se outras, muitas delas

frente ao espelho, em que começamos a interpretar

e a interiorizar a personagem. «Quando começo a

representar uma personagem, tento perceber o

estado de espírito dela e reproduzi-la nas minhas

expressões e tom de voz.», revelou o Jorge. O João

Mendes acrescentou outra informação: «Depois de

conhecer a personagem, invento movimentos que

acho que ela teria.»

Preparar um trabalho de expressão dramática é,

assim, muito mais do que pensar nas roupas ou

decorar os textos, é aprendermos a fazer parte da

personagem. Na disciplina de Expressão Dramática,

somos outro(s) dentro e fora de nós mesmos.

Rita Magalhães, Catarina, Vasco,

Ana Valente, Hugo, Luís, 9.º B

Estar em palco testemunhos

Improvisação

D urante o percurso de preparação do teatro, houve

sempre lugar para a improvisação: na leitura dos

guiões, na representação, na criação do guarda-roupa e

até na própria noite de teatro, quando os nervos apertam

e até nos esquecemos do próprio nome.

A improvisação decorre dos nervos, sempre que não con-

seguimos raciocinar e temos de dizer/fazer algo. Aconte-

ce, desde inventar uma fala até fazer um mortal.

João Camelo, 9.ºB

Os nervos

O s nervos atacam-nos nos momentos em que pre-

paramos a entrada em cena: começam as ponta-

das na barriga e o medo de falhar ―martela‖ constante-

mente na nossa cabeça, até que entramos em cena, inva-

didos pelas luzes. Esquecemos tudo até ao momento em

que a primeira fala sai e o texto corre como uma torneiro

que se abre e dela corre, livre, a água.

Pedro Cardoso, 9.ºB

Interactividade entre actores

« Ó Malhão, Malhão, que vida é a tua?»: como um

ritual, esta canção foi-se infiltrando nos

momentos pós-ensaio e teve o seu momento de expres-

são máxima logo após a representação comemorativa do

Centenário da República quando nós, os actores, já bara-

lhados pela actuação, no regresso aos bastidores, não

resistimos a celebrar. Alguém se zangou? Não. Alguém foi

incomodado? Também não. O riso foi a descompressão

necessária que se impunha após duas semanas de estudo

quase intensivo de uma peça.

Em Expressão Dramática, é descabido pedir a um aluno/

futuro actor que se mantenha estanque no contacto com

os colegas, quer durante o tempo de preparação, quer

durante o tempo de pausa. Desta forma, uma conversa

lateral, uma pequena piada que venha a propósito ou

uma manifestação mais efusiva são parte integrante e

fundamental de um trabalho conjunto de estudo no Tea-

tro.

Henrique Vasconcelos, 9.ºB

Página 14 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 14 • Página 14 • Página 14 • Página 14 •

TEAT

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1.º Centenário da

Implantação da República

Recriação na disciplina de Expres-

são Dramática 9.º B

N o dia 4 de Outubro de 2010, pelas 13

horas e 30 minutos, da varanda da Sala

dos Professores da Escola Secundária/3 Aurélia

de Sousa ―foi proclamada a República‖, relem-

brando o dia 5 de Outubro de 1910.

Estava actividade resultou de uma proposta dos

professores de História desta escola ao grupo de

Expressão Dramática do 9.º B (que vai no seu 3.º

ano de formação) que, de imediato, aceitou o

desafio de fazer uma representação para evocar

data tão célebre e marcante da história lusa.

O guião foi concebido, tendo como fonte Um

Auto à República, de Cidália Fernandes, e ence-

nado pelo professor José Fernando Ribeiro. Os

professores de História e os seus alunos criaram

o programa, marcadores de livros e foram fun-

damentais na recolha do guarda-roupa. Não fal-

tou sequer a bandeira da monarquia.

Finalizado o guião, a encenação concretizou-se

em três ensaios.

No dia da representação, o público foi surpreen-

dido pelos actores que, da varanda da Sala dos

Professores e no espaço exterior de acesso à

entrada principal da Escola, deram corpo e voz a

esta data.

O balanço da actividade foi muito positivo e os

elogios recebidos da comunidade escolar são do

facto prova evidente.

Prometemos não ficar por aqui.

Beatriz Carvalho, Bitia Rosa e Joana Santos, 9.ºB

A Matemática “esse Papão”

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 15

Página 15

Página 15 •

Por que razão a Matemática se tornou "o Papão" de grande número de estu-dantes? São naturalmente vários os factores que levam a considerar a disciplina como mal-amada. Como se diz muitas vezes, será que é da disciplina que os alunos não gostam ou será das classifi-cações que conseguem obter que eles realmente não gostam? Sem entrar em considerações sobre questões mais complexas relacionadas com, por exemplo, a organização curricular, diria que uma mudança de atitude de alguns alunos melhoraria certamente o seu desempenho. A Matemática exige trabalho, esforço, persistência, um pouco o contrário do que observamos em muitos dos nossos alunos, que não têm hábitos de trabalho nem espírito de sacrifício e desistem facilmente quando se confrontam com dificulda-des. Satisfazem-se frequentemente com pouco, com conhecimento super-ficial, o quanto baste para ter positiva no teste. Privilegiam a nota em vez do saber. Os alunos de hoje não são menos capazes, mas não trabalham convenientemente as capacidades que têm, acomodam-se. Há de alguma for-ma uma desvalorização do conheci-mento e a procura do caminho fácil. Criou-se a ideia de que aprender não deve dar trabalho e tudo tem que ter uma vertente prática e lúdica, quando é importante treinar o raciocínio abs-tracto. Não quero dizer com isto que não se recorra a materiais de apoio apelativos, sou uma adepta das novas tecnologias, mas quando a sua utiliza-ção serve para melhorar o ensino e a aprendizagem. Penso que não devem ser usados sem critério nem tornar-se o objecto principal da aula. São sim-plesmente um recurso. Depois há con-ceitos essenciais que não são devida-mente apreendidos na altura certa, o treino mental é pouco desenvolvido a as bases mal consolidadas. Mas estes aspectos estão também relacionados com outros problemas a que me referi no início. Felizmente há muitas excepções e a disciplina é ainda acarinhada por mui-tos dos nossos estudantes.

É a favor do uso sistemático das máqui-nas de calcular nas aulas de Matemá-tica? A calculadora é mais um dos recursos de que dispomos e por isso aplica-se- - lhe o que disse atrás sobre a utiliza-ção das novas tecnologias. A sua utili-zação é obrigatória em todos os pro-gramas de Matemática do ensino

secundário. O problema que por vezes se levanta é a dependência que alguns alunos desenvolvem com a sua utiliza-ção, sobretudo quando a usam sem qualquer tipo de análise crítica dos resultados que obtêm. Tem aspectos muito positivos. O trabalho com a cal-culadora deve levar o aluno a reflectir e a decidir sobre como e quando a deve usar e a identificar o tipo de cál-culo que beneficia da sua utilização. Na resolução de problemas, por exem-plo, o seu uso agiliza o cálculo e per-mite que nos centremos mais nas estratégias e processo de resolução e na aplicação dos conceitos.

Como se explica que Portugal consiga

bons resultados a Matemática em provas internacionais, sendo os por-tugueses tradicionalmente fracos no desempenho escolar? Essas provas não reflectem o conheci-mento médio dos nossos alunos. A ver-dade é que só conseguem ser apurados para essas provas alunos com desem-penho elevado na disciplina.

Que análise faz dos resultados dos exa-

mes obtidos pela ESAS na disciplina de Matemática (básico/secundário)? Os resultados dos exames foram bons, quer quando comparados com as médias nacionais quer com as classifi-cações internas de frequência relativa-mente às quais se registam desvios pequenos.

Como tornar a Matemática mais apelati-

va à maioria dos estudantes? Se eu tivesse a resposta … Nós tenta-mos, diversificando as estratégias de ensino, usando recursos que ajudem à compreensão dos conceitos, nomeada-mente as novas tecnologias. Tem de haver um esforço de ambas as partes. Os alunos gostam de recursos interacti-vos que os ajudem a visualizar e a compreender certos conceitos. O pro-fessor necessita de se ambientar com o uso das novas ferramentas que tem ao seu dispor. O aluno tem de perceber que nem sempre as coisas podem ser como ele gosta, tem de fazer um esforço para se concentrar, mesmo quando os recursos são o quadro e a caneta, que continuam a ser funda-mentais e indispensáveis. Até porque todos sabemos que por vezes a tecno-logia falha, e então qual é a alternati-

va?

“ A Matemática exige

trabalho, esforço,

persistência, um

pouco o contrário

do que observamos

em muitos dos nos-

sos alunos, que não

têm hábitos de tra-

balho nem espírito

de sacrifício e desis-

tem facilmente

quando se confron-

tam com dificulda-

des.

Professora Mª Céu Pereira entrevistada por

Equipa JornalESAS

Corto Maltese, de Hugo Pratt (1927-1995) Texto de António Carvalhal (professor)

Página 16 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

S egundo a biografia de Michel

Pierre, Corto Maltese nasceu em

Malta em 10 de Julho de 1886, ou 1887,

filho de uma cigana de Sevilha, belíssi-

ma e admirável dançarina de flamenco.

A lenda diz que o pintor Ingres esteve

perdidamente apaixonado por ela, ao

ponto de lhe ter feito um vibrante

retrato. O seu pai era um marinheiro

britânico, originário da Cornualha, des-

cendente de uma família que tinha por

tradição não se alistar na Royal Navy. O

pai de Corto, um marinheiro ruivo e de

porte poderoso tinha três paixões - o

mar, o whisky irlandês e as lendas célti-

cas.

Não se sabe ao certo quando morreu.

Alguns afirmaram que desapareceu no

mar, outros que foi assassinado em Can-

tão, por membros de uma tríade chinesa

e, por fim, houve quem jurasse que

terminou os seus dias numa briga sórdi-

da na Austrália. Sabe-se é que frequen-

tou todos os portos do Mediterrâneo em

múltiplas escalas tendo, numa dessas,

conhecido a bela cigana de Sevilha e

seduziu-a com o seu mau espanhol, con-

tando-lhe lendas do seu país cheias de

brumas e sons estranhos.

Cerca dos 10 anos de idade, Corto e a

sua mãe foram viver para Córdova,

numa casa com um pátio cheio de flores

coberto de azulejos árabes. Era lá que

Corto lia, escrevia, aprendia espanhol e

hebraico, se iniciava no árabe enquanto

se esforçava por não esquecer o inglês

do seu pai, sempre ausente no mar.

Por essa altura, uma cigana vidente,

amiga da sua mãe ao ler a sua mão

esquerda constatou que Corto não tinha

a linha da sorte marcada. Este, chocado

com a descoberta, mal chegou a casa,

pegou numa lâmina e de um só golpe

traçou a sangue a linha da sorte de uma

forma quase perpendicular às linhas do

coração e da cabeça.

Aos doze anos, Corto partiu para Malta

com Ezra Toledano um rabino místico e

profundo conhecedor da cabala que

transmitiu os seus segredos ao jovem.

Graças a Ezra, muito cedo Corto teve

uma visão cósmica do universo numa

cultura miscigenada pela poesia e lições

das Santas Escrituras das bíblias hebrai-

cas da Renascença e também pelas can-

ções e lendas celtas de seu pai.

A personalidade do jovem Corto desen-

volveu-se entre as divindades quotidia-

nas de místicos templos desconhecidos

debaixo do sol abrasador de Malta, os

livros do seu pai, a bíblia do seu mestre

e as histórias sobrenaturais contadas

pelos marinheiros no porto de Malta. O

seu destino estava traçado para a aven-

tura humanitária, para o imprevisível

apelo do mar, feito de inspiração algu-

res entre o sagrado e o profano.

No inicio de 1904, Corto tinha 17 anos e

decide embarcar numa escuna que fez

escala em La Valette e que tinha como

destino a Ásia, passando pelo canal de

Suez. Ao largo de Alexandria, o telégra-

fo da escuna recebe a notícia do ataque

dos torpedeiros japoneses contra a

esquadra russa. Corto permanece até

Fevereiro no Cairo e, em plena guerra

russo-japonesa, reúne-se aos seus com-

panheiros da escuna e prossegue viagem

através do mar vermelho, com escala

em Aden, Bombaim, Madras, Singapura,

Xangai e Tientsin, onde Corto toma a

caminho para Pequim. Pouco tempo

depois está na Manchúria, perto da

fronteira coreana, no coração dos com-

bates entre russos e japoneses. É aí que

trava conhecimento com um jovem jor-

nalista e escritor americano, Jack Lon-

don.

Em 1905 Corto embarca para África,

tendo como companheiro de viagem um

homem com que se irá cruzar mais tar-

de noutras aventuras, o russo Rasputine,

anarquista e meio louco. A viagem esca-

la Xangai, Hong-Kong, Filipinas e Jacar-

ta. No mar das Célèbes há um motim a

bordo, mas Corto, fiel ao seu princípio

de intervenção mínima em situações

que não lhe digam respeito, assiste à

rebelião e acaba com outros marinhei-

ros e Rasputine num bote em pleno

A BD como ficção

histórica, social e

política, ou a bio-

grafia possível do

maior aventureiro

da BD, o marinhei-

ro que percorre os

quatro cantos de

um mundo ainda

fascinante e reple-

to de segredos.

Homem misterioso

e irónico, possuidor

de uma enorme

maturidade, cultu-

ra e sentido huma-

nitário, sempre ali-

nhado com os fra-

cos e desprotegidos

mas sem nunca

transmitir lições de

moral.

Página 17

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

oceano, onde são recolhidos por um

cargueiro com destino ao pacífico que

os deixa em Valparaíso, no Chile. Daí

partem de comboio para Santiago e

encontram-se um mês depois na

Argentina. Travam conhecimento com

um dos personagens mais fascinantes

da história da América, Butch Cassidy,

que fazia parte de um bando de foras-

da-lei, antigos pequenos criadores de

gado arruinados pelos grandes barões

do gado. Roubavam os animais aos

grandes proprietários e distribuíam-no

pelos pequenos criadores, aparecendo

como uns Robin dos Bosques contem-

porâneos.

Corto esteve depois na Europa, mas

não há qualquer referência dos seus

passos e volta à Argentina instalando-

se em Buenos Aires, onde reencontra

Jack London e conhece o futuro escri-

tor Eugene O´Neill.

Entre 1908 e 1913, Corto continua a

sua errância pelo mundo, baralhando

as pistas, partindo de um porto quan-

do o julgavam noutro. Poderá ter pas-

sado por Marselha, Tunísia e Londres,

mas não é certo.

Em 1913 Corto encontra-se ilegal na

Indonésia, com um bando de piratas.

Mas não é um bom pirata. Prefere a

liberdade, a descoberta, a amizade,

até o ócio e rejeita a matança e o

assassínio. Um pouco de contrabando

e tráfico de armas são suficientes para

o fazer feliz, saltando entre os arqui-

pélagos indonésios.

O ano de 1914 passa-o Corto ainda no

pacífico na ilha Escondida, juntamen-

te com Rasputine e aquela que foi a

sua grande paixão, Pandora, partici-

pando esporadicamente nalguns com-

bates contra os alemães, tendo em

1915 seguido para a ilha Pitcairn,

depois de dois meses de navegação.

A partir desta altura, as aventuras de

Corto Maltese são-nos apresentadas

por Hugo Pratt em forma de BD. O seu

primeiro álbum, "Balada do Mar Salga-

do" surge em Julho de 1967, situando

a acção exactamente entre 1913 e

1915.

Seguir-se-iam, até à Morte de Pratt

em 20 de Agosto de 1995, mais cerca

de 25 álbuns que nos descrevem de

uma forma absolutamente magistral

as aventuras deste marinheiro miste-

rioso e irónico, possuidor de uma

enorme maturidade, cultura e sentido

humanitário, sempre alinhando com os

fracos e desprotegidos mas sem nunca

transmitir lições de moral e que per-

corre os 4 cantos do mundo, desde o

pacífico (A Balada do Mar Salgado),

passando pela Sibéria (Corto Maltese

na Sibéria), Turqueistão (A casa dou-

rada de Sarmancanda), África (As Etió-

picas, 4 volumes), Europa, América

Central e do Sul.

Pratt, juntamente com a personalida-

de inconformista de Corto Maltese, o

seu sentido universalista de quem

percorre o mundo de uma forma ele-

gante e marginal ligando o que há de

comum entre as pessoas e os povos,

deixou-nos também uma extensa e

rica galeria de personagens, de onde

poderíamos destacar, para além dos

marcantes Rasputine e Pandora, Mor-

gana - deusa das águas na tradição

celta, Boca Dourada - vidente e sacer-

dotisa sul-americana, Tiro Fixo - can-

gaceiro do sertão, Jeremiah S. - pro-

fessor, alcoólico e intelectual nascido

em Praga, protegido de Corto, entre

muitos outros. Mas também todo o

ambiente geral, o mar, os atóis e as

ilhas, as gaivotas, são personagens

importantes das suas aventuras.

A nível estético e gráfico, Hugo Pratt

apresentou sempre as aventuras do

seu alter ego, Corto Maltese, com um

desenho genial e belíssimo, em pla-

nos variados e com um traço depurado

e consistente, cheio de silêncios e

ausências, debaixo de um jogo de

sombras a preto e branco poderoso e

inimitável, feito a pincel, que terão

talvez o seu esplendor na "Fábula de

Veneza" e ―Tango Argentino‖, bem

como as belíssimas aguarelas das

capas e por vezes das introduções.

Muito recentemente foi editada a ver-

são portuguesa da sua última aventura

―Mu, a cidade perdida‖.

Continua na página 18

Página 17 •

Página 18 •

A UNESCO atribui, desde 2002, a terceira quinta-feira

do mês de Novembro para a comemoração da Filoso-

fia. Este ano foi celebrado no dia 18 de Novembro, sendo

realizadas inúmeras actividades e eventos na ESAS.

A distribuição de máximas de filósofos, pensadores, poetas,

etc., assim como criação de bases de tabuleiros para a canti-

na com temáticas filosóficas, realização de entrevistas, per-

sonalização de t-shirts, panfletos publicitários; estes são

alguns dos exemplos das actividades executadas pelos alunos.

Pretende-se incluir igualmente a todos os membros da comu-

nidade escolar esta homenagem à área de estudos racionais,

críticos e reflexivos, que é a Filosofia.

Os objectivos destes acontecimentos são a demonstração dos

múltiplos significados da Filosofia, como esta se pode utilizar

no dia-a-dia e o efeito que tem nos estudantes quer do bási-

co, quer do secundário. Promover a reflexão é também

importante, mesmo para os que desdenham da Filosofia, pois,

como afirma Blaise Pascal: ―Fazer troça da Filosofia é na ver-

dade Filosofar‖.

A Filosofia é a luz no meio da imensa escuridão,

A base da nossa existência.

De que nos serve viver se não sabemos o motivo?

De que nos serve amar se nem sabemos o que significa?

De que nos serve pensar se quanto mais pensamos,

Mais infelizes somos?

De que nos serve morrer se isso apenas significa

Que toda a nossa vida não passou de uma mentira?

A Filosofia é a única maneira de tentarmos obter todas as

respostas

Para a nossa infinita ingenuidade e ignorância.

Dia da Filosofia Texto de Ana Rita Fonseca e Juliana Almeida do 11ºG

Poema de Mariana Dias, 11ºG

Filo

sofia

FIL

OSO

FIA

Filo

sofia

Continuação da página 17

Em termos literários, podemos situar a escri-

ta de Hugo Pratt perto de autores como

Joseph Conrad, Hermann Hesse, Ernest

Hemingway, Jack London, Rudyard Kipling,

Robert-Louis Stevenson e André Malraux.

Pratt deixou este mundo sem concluir a bio-

grafia de Corto, o seu alter-ego, que supos-

tamente terminaria com a sua morte na

guerra civil de Espanha, pois segundo o pró-

prio Pratt " ... depois da Guerra civil de

Espanha será difícil pensar em grandes aven-

turas num mundo socialista. É possível pen-

sar nisso num mundo povoado de comunistas

ou de anarquistas mas não num mundo socia-

lizante ... [porque] ... os socialistas são sem-

pre reformistas, passam a vida sentados em

volta de uma mesa a falar de reformas, da

divisão de poderes e de coisas como essas. É

uma catástrofe. Não se pode casar o mundo

operário e a aventura. É como pensar numa

ligação entre uma família católica e o catoli-

cismo e a aventura. Não resulta, porque o

aventureiro é sempre alguém pronto a dar

cabo de tudo.".

Bibliografia consultada:

Revistas ―Corto Maltese‖ e ―À Suivre‖.

Corto Maltese, de Hugo Pratt (1927-1995)

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D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 19 •

O infinito em Matemática: um mundo fantástico de botas, chapéus, pedaços de queijo e quartos de hotel Palestra de Teresa Viegas (profª de Matemática)

Semana da Ciência e Tecnologia

O Lugar da Ciência informa os novos alunos da

Escola que é uma estrutura recentemente

criada na ESAS por professores do Departamento de

Matemáticas e Ciências Experimentais (Matemática,

Biologia e Geologia, Física e Química, Informática e

Tecnologias) cujo principal objectivo é a mobilização/

sensibilização da comunidade escolar para a cultura

científica e tecnológica. Neste âmbito, serão desen-

volvidas actividades que contarão com a presença de

estudantes do Ensino Básico e do Ensino Secundário

que venham a manifestar interesse em participar jun-

to dos professores de Matemática, Biologia e Geolo-

gia, Física e Química, Informática e Tecnologias. Para

este ano lectivo, estão previstas as seguintes activida-

des:

Põe-te a andar robô

Aquaurélia

Ecoaurélia

Jogos matemáticos

ENEAS

OUTRAS ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÂO

Semana da Ciência e Tecnologia

Ciência filme a filme

Ler Ciência

Ciência Semana a Semana

Espalhem a notícia

Para saberes mais pormenores consulta os

expositores nos corredores da Escola.

N uma primeira parte deu-se conta de algumas atribulações vivi-

das pelo Infinito em Matemática desde a Grécia Antiga até ao

aparecimento do Cálculo Infinitesimal no século XVII. De seguida, e

depois de se ter observado que agora convivemos com o Infinito mais

ou menos saudavelmente (concebemos conjuntos infinitos, comparamos

conjuntos infinitos, calculamos somas com uma infinidade de parcelas

…), aplicaram-se alguns resultados autorizados pela Matemática à ―vida

corrente‖ (botas, chapéus, queijos e quartos de hotel …) e referiram-se

os aspectos mais importantes do percurso do Infinito nos séculos XVIII,

XIX e XX.

Nesta semana, que este ano decorreu de 22 a 26 de Novembro , assisti-mos a palestras e actividades de promoção e divulgação da ciência e da tecnologia

Esta palestra foi animada por muitas

ilustrações da profª Teresa Viegas .

Desenhos que bem conhecemos do

Lugar da Ciência, na rubrica Ciência

Semana a Semana

Procura as soluções na sala do LdC

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2011, ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS Texto de José Chen Xu do 11ºB – JRA

Página 20 • D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I

O ano 2011, que já se

encontra próximo, foi

declarado pela Assembleia

Geral da ONU (Organização das

Nações Unidas) como o Ano

Internacional das Florestas, tal

como o da Química. Para assi-

nalar a importância do ano

seguinte, quanto à importância

das florestas do mundo, o Clu-

be Europeu não ficou indiferen-

te, prosseguindo com o projec-

to JRA.

Para os que não sabem, os JRA

(Jovens Repórteres para o

Ambiente) são um projecto

nacional e internacional desen-

volvido pela ABAE, a Associação

Bandeira Azul da Europa, que é

dinamizado na Escola desde

1998 pelo Clube Europeu por se

integrar nas prioridades da

União Europeia.

No âmbito da grande importân-

cia do próximo ano, a coorde-

nadora do projecto, Maria Rosa

Costa, aliou-se uma vez mais à

professora de Física e Química

Maria da Luz Carvalheira, para

levar o JRA ao Seminário

Nacional dos JRA, nos próxi-

mos dias 26 e 27 de Novembro,

na Sertã.

O assunto que será tratado para

a apresentação no Seminário

serão as florestas e as espécies

autóctones da orla do Oceano

Atlântico, que se encontram

em perigo devido à progressiva

e recente onda de incêndios

que destroem um património

natural – o legado da Mãe Natu-

reza. Pretendemos fazer uma

maior sensibilização na comuni-

dade escolar tal como no Semi-

nário Nacional: a natureza não

é tratada com o devido respei-

to, sendo mesmo prejudicada.

O projecto JRA continua em

alta e este ano parece promis-

sor, na medida em que preten-

demos promover a importân-

cia das Florestas na zona

Atlântica e alertar para a

importância da conservação e

do desenvolvimento das flo-

restas e das áreas protegidas,

principalmente o Gerês e a

Serra da Estrela, onde ocorre-

ram muitos dos incêndios do

Verão passado.

Visitem:

http://www.abae.pt/

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/

interior.aspx?content_id=1690429

http://www.youngreporters.org/

http://

www.clubeuropeuesas.blogspot.com

Área ardida sobe 55% este Verão e chega

aos 129 mil

Este é o título da

secção Portugal do

DN de 20/10/2010.

Os números de

incêndios e de área

ardida surpreende-

ram, embora já

estivéssemos à

espera deles eleva-

dos. Por isso, e em

virtude da comemo-

ração do Ano Inter-

nacional das Flores-

tas em 2011, a equi-

pa JRA decidiu

intervir na comuni-

dade.

Ilustração de Francisco Sousa Pinto do 12ºH/Desenho

Via

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Experiê

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D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 21 •

“Altitude da Vontade”- Kandersteg 2010 Por Vanessa d’Orey do 11ºF

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CORTA-MATO DA ESAS - 16 de Dezembro

PARTICIPA!!! Fotos de Mª José Rocha (profª) Inscreve-te com o teu professor de Educação Física

“ Sentir aquele ar, puro e fresco da Suíça, um local a

descobrir, envolto de magia e novas experiências a

viver, fez-me sentir viva como nunca. Ir com o meu

grupo de escuteiros era simplesmente um sonho,

um sonho que se tornou realidade trabalhando dois

anos para esta actividade.

No dia 7 de Agosto de 2010 iniciou-se a nossa expe-

dição. Passei um grande momento da minha vida lá,

onde conheci muitas pessoas desde ingleses, espa-

nhóis a italianos e franceses. Tive bons momentos

de convívio. Entre eles, tivemos numa representa-

ção de peças de vários grupos ali presentes, tive-

mos também uma tarde ligada ao desporto -

―Internacional sports afternoon‖, uma subida à

montanha Frudenhutte , com cerca de 2500 m de

altitude, e conhecemos um dos sítios mais bonitos

de toda a suíça – o lago Oeschinensee.

Com esta jornada, ganhámos muita experiência,

não só a nível escutista mas também a nível de

enriquecimento pessoal, e assim, mais uma vez, o

escutismo cumpriu o seu objectivo – ajudar os

jovens a crescer.‖

E a Doca aqui tão perto Texto de Patrícia Costa e Pedro Gomes do 11ºG Fotos de Lurdes Meireles (professora de Geografia)

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 22 •

Vis

itas

de E

studo

A exposição comemorativa do centenário da

República em Portugal, no Centro Português de

Fotografia, no Porto, mostra-nos a evolução da socie-

dade numa das épocas agitadas vividas no nosso país.

Esta exposição procurou retratar, não só as lutas pela

mudança e pela liberdade, mas também a vida desses

mesmos portugueses que lutaram pela liberdade ao

longo de quase um século de história. Numa interliga-

ção entre as disciplinas de Português, História e Socio-

logia, os alunos do 12ºG tiveram oportunidade de visi-

tar o espaço. A par de informar, exposições como esta

esforçam-se para nos relembrar como era a vida nessa

época, e como a nossa vida é, actualmente, toda ela,

uma vitória.

D eslocámo-nos à Lota de Matosinhos para ver-

mos de perto como se organiza o dia-a-dia da

pesca e dos pescadores e, ao passar pelos portões de

acesso, percebemos de imediato que estávamos num

mundo diferente daquele que romanceámos protegi-

dos pelas paredes da Escola.

Não fazia frio, mas o céu estava bem carregado e

ajudava a criar uma atmosfera cinzenta onde milha-

res de gaivotas voavam inquietas. Aliás, a sua presen-

ça foi uma constante durante todo o tempo que

durou a visita à lota, o que intimidou muitos de nós.

A dureza da vida dos pescadores que tivemos a opor-

tunidade de observar em plena faina, deixou-nos

muito impressionados. A sua coragem para enfrentar

as agruras do clima e a agitação do mar permitiu-nos

uma visão da realidade que muitos de nós nem sus-

peitávamos que existisse.

Depois do que vimos, ouvimos e sentimos, vamos

certamente dar mais valor a estas profissões, cujas

contrariedades ultrapassam largamente as razões

das nossas reclamações diárias, o que nos faz reflec-

tir.

Esta foi uma iniciativa que cobriu conteúdos temáti-

cos de Geografia (profªs Julieta Viegas e Lurdes Mei-

reles), Economia (profª Clara Falcão), mas também

tivemos connosco as profªs de Inglês (Fátima Van-

zeller e de Matemática (Mª Céu Pereira).

“RESISTÊNCIA. Da alternativa Republicana à luta con-tra a Ditadura (1891-1974)”

Texto de Inês Trigo do 12ºG

Matosinhos, Outubro/2010

O Corpo Humano

A Exposição de uma Vida!

O Corpo Humano Como Nunca o Viu, uma exposição deveras interessante que tem lugar na Alfândega do Porto até dia inde-terminado.

Texto de Luís Gigante e Nuno Silva, 8ºD

N a Alfândega do Porto está uma das exposi-

ções mais fascinantes e espectaculares de

sempre e nós, a turma 8ºD, fomos visitá-la.

Muito acessível de transportes públicos e por um

preço variável mas que valerá sempre a visita. Esta

Exposição conta com dezassete corpos verdadeiros

doados à Ciência e cerca de 250 fragmentos de

órgãos que se espalham ao longo de nove extensas

galerias, cada uma com a sua categoria. Entre tudo

isto poderá ver ossos, órgãos, músculos, fetos e

muitas outras coisas fascinantes. Nesta exposição

poderá ver realmente como é por dentro e quais os

efeitos de determinadas substâncias e doenças no

seu corpo.

Os corpos estão expostos totalmente descobertos e

em contacto com o ar pois sofrem um tratamento

chamado de polimerização e que permite que resis-

tam aos componentes do ar e à deterioração.

Esta exposição já visitou muitos outros países e

cidades como Washington, Nova Iorque, Amester-

dão, S.Paulo, Seattle, Miami, Madrid, Barcelona e

Lisboa, mas no entanto foi ―banida‖ de França, por

muita gente suspeitar que os órgãos e corpos são

restos de prisioneiros chineses executados.

Uma exposição por onde já passaram cerca de 20

milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de

35.000 no Porto, que não pode perder.

O objectivo deste concurso é dar a

possibilidade de juntar as novas tec-

nologias de informação com a necessidade de

implemento à leitura. Assim, o JornalESAS

promove o 1º concurso de Booktrailers com

o intuito de premiar o trabalho criativo que

alie o domínio do livro e da leitura com o

gosto pelas TIC.

As regras do concurso são:

O Booktrailer poderá ser acompanhado de

suporte musical e valorizar-se-á as imagens

captadas pelos autores, de forma original;

O Booktrailer terá de centrar-se num único

livro ou colecção de livros;

A duração do Booktrailer será no máximo

de três minutos;

O júri será constituído por seis membros:

- um professor do departamento de línguas;

- um professor do departamento de artes;

- um professor da biblioteca;

- um aluno da associação de estudantes;

- dois representantes do Jornalesas.

A data limite para a entrega dos projectos será

em 30 Abril de 2011.

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D esde o ano lectivo 2009/10, que os alunos de

Literatura Portuguesa do 11ºG têm mantido um

blogue de literatura portuguesa e estrangeira, o

―Folheando os Séculos‖.

Este blogue tem o objectivo de dar a conhecer as acti-

vidades desenvolvidas na aula (e não só) de Literatura

Portuguesa, apresentando textos colectivos ou indivi-

duais, em que se mencionam os aspectos essenciais

dos autores estudados. Também estão presentes refe-

rências a outras leituras, sugestões de cinema e de

teatro, fotografias de visitas de estudo…

Este é um blogue aberto a toda a Comunidade Escolar,

daí que estejamos à espera da participação de todos.

http://folheandoosseculos.blogspot.com

Ana Rita e Juliana do 11ºG

BLO

GU

ES

blo

g b

logues

S ão estes os blogues do 11ºJ e 12ºI do Curso Profis-

sional de Técnico de Turismo. Se bem que o primei-

ro tenha já um ano e que documenta bem o trabalho que

estes alunos têm realizado a diversas disciplinas, o segun-

do iniciou a sua actividade somente este ano lectivo e

demonstra já um dinamismo significativo. Ferramenta

importante no acompanhamento pedagógico e na relação

entre docentes e alunos, há trabalhos de grande qualida-

de que devem ser vistos e analisados com atenção

http://areadeintegracaoesas.blogspot.com/

Alunos do 11ºJ e do 12ºI

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Grupos equipas em funcionamento em 2010-11

DANÇA CONTEMPORÂNEA

Prof. responsável: Catarina Cachapuz

Horário de Funcionamento

2ª feira das 9.15h às 10h

6ª feira das 9.15h às 10h e 14h às 15.15h

Sala de Dança

XADREZ

Prof. responsável: Jorge Guimarães

(Biologia e Geologia)

Horário de Funcionamento

2ª feira das 14h às 15h

3ª feira das 11h às 13h

“Espaço aberto” em frente ao ginásio

TIRO COM ARCO E

COM ARMA DE PRECISÃO

Prof. responsável: Fátima Sarmento

Horário de Funcionamento

2ª feira às 13.40h

6ª feira às 13.40h às 15.10h

Campo de Tiro

GINÁSTICA ACROBÁTICA

Prof. responsável: Lourenço França

Horário de Funcionamento

2ª feira às 13.40h

5ª feira das 13.40h às 15.10h

Ginásio

BASQUETEBOL Juvenis Masculinos (nascidos em 1994/95; 96/97)

Prof. responsável: Jorge Francesco

(Ed. Tecnológica)

Horário de Funcionamento

3ª e 5ª das 18.45h às 20h

Ginásio

D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 26 •

O filme conta a his-

tória da vida de

um rapaz de 12 anos cha-

mado Dre Parker (Jaden

Smith) de Detroit, cuja

carreira da mãe acaba por

levá-lo para a China. Dre

apaixona-se pela sua cole-

ga de turma Mei Yin (Wen

Wen Han), mas as diferen-

ças culturais tornam a

amizade impossível. Pior

ainda, os sentimentos de

Dre fazem com que um

colega de turma e prodígio

do Kung Fu chamado

Cheng (Zhenwie) se torne

seu inimigo. Sem amigos

numa nova cidade, Dre não

tem a quem recorrer

excepto ao porteiro do seu

prédio, Mr. Han(Jackie

Chan), que é secretamente

um mestre de Kung Fu.

À medida que Han ensina

Dre que o Kung Fu é mui-

to mais que socos e habi-

lidade, mas sim maturi-

dade e calma, Dre perce-

be que encarar os cole-

gas de turma será a

aventura de uma vida.

FIL

ME

SIC

A

O grupo Florence and The Machine é oriun-

do de Londres, Inglaterra e começaram a

sua carreira em 2007. A banda tem como mem-

bros Florence Welch – a Interprete, Robert

Ackroyd - Guitarra, Christopher Lloyd Hayden

- bateria, Isabella Summers - teclado , Tom

Monger – harpa e Mark Saunders - baixo.

Misturam vários géneros de música, pas-

sando pela Alternativa, a Indie Pop, o

Soul, o Baroque Pop e o Art Rock. O

álbum de estreia foi lançado a 6 de

Julho de 2009, intitulado de

―Lungs‖, tendo ficado em

segundo lugar dos Top‘s Ingle-

ses durante as cinco primeiras

semanas, atrás do álbum de Michael

Jackson.

A cantora Florence conta com uma variada ajuda de

músicos , incluindo Dev Hynes do Lightspeed Chamion,

para criar a sua verdadeira alma de Indie. O primeiro single do

grupo foi ―Kiss With A Fist‖ , mas neste momento, a banda é mais

conhecida no nosso país pelas músicas ―Dog Days Are Over‖ e ―You‘ve

Got The Love‖, que badalam pelas rádios portuguesas.

Florence and The Machine Texto de Diana Castro do 11ºG

Karate Kid Texto de Alexandra Pereira e Cintia Males do 7ºE

Actores principais: Jaden Smith, Wen Wen Han, Jackie Chan e Zhenwie Wang. Música oficial do filme: Never say never do justin Bieber e do Jaden Smith.

MO

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D E Z E M B R O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I I Página 27 •

moda

ELAS: cores quentes, padrões uniformes, peças vintage, ponchos, botas,

de cano alto, ‗pantufas‘, calças skinny, malhas grossas, golas grossas

e carteiras grandes e espaçosas ou pequenas dos 60‘s.

ELES: cores simples e primárias, casacos de

cabedal, botas castanhas, calças escu-

ras, gorros e golas, padrões jacquard,

camisas de flanela.

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SALA DE ESTUDO

EXPLICAÇÕES INDIVIDUAIS E EM GRUPO

ENSINO BÁSICO, SECUNDÁRIO E SUPERIOR

NOTA + CENTRO DE ESTUDOS

Rua Nova de S.Crispim, 516 - loja 6 e 10 ● 4000-363 Porto ● Telefone: 220 190 811; 918 656 249 Junto ao cruzamento com a Rua Santos Pousada ● [email protected]

Agradecimentos : Joana, `Mª João, Diana, Vanessa, Ana Rita e Filipa

Texto e fotos de Pedro Gomes do 11ºG

FICHA TÉCNICA

Coordenadores: Prof. António Catarino Profª Julieta Viegas Redacção e Tratamento da Informação: Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem: Profª Julieta Viegas Equipa de alunos: (por ordem alfabética) Ana Rita 7ºE Ana Rita Fonseca 11ºG Alexandra Pereira 7ºE Cíntia Males 7ºE Diana Castro 11ºG Inês Trigo 12ºG José Chen 11ºB Juliana Almeida 11ºG Patrícia Costa 11ºG Pedro Gomes 11ºG Vanessa d‘Orey 11ºF

Financiamento :

AMA—Associação Mais Aurélia Nota+: centro de estudos Não + pêlo: centro de estética Oxigénio: fitness club Olmar: artigos de papelaria Estrela Branca: confeitaria

O melhor aluno 09/10 ―Um bom aluno tem de prestar atenção às aulas. (…)‖ Página 5

Aurélia 50 “Há sempre algo que fica por dizer, porque é da ordem do indi-zível, do inefável. (…)‖ Página 2

Saramago ―A razão por que se abre um livro para ler é a mesma por que se olham as estrelas: querer com-preender. (…)“ Página 6

ESCOLA SECUNDÁRIA AURÉLIA DE SOUSA/3— Rua Aurélia de Sousa—4000-099 Porto Telf. 225021773—[email protected]

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Editorial

Nos últimos tempos, Portugal tem sido invadido por números,

cifras, percentagens, estudos económicos, previsões e gráfi-

cos de evolução da dívida e de défices vários. Não que isso

constitua, por si só, um verdadeiro problema ou que os pro-

fessores e alunos não estejam já habituados a tratar destas

questões com a frequência habitual de quem ensina e apren-

de. Mas, numa situação declarada de crise, a dimensão catas-

trófica destes dados fazem-nos pensar num país aparente-

mente sem solução. A Escola e particularmente a nossa, cuja

boa situação em mais um ranking não teve oscilações signifi-

cativas, não pode nem deve embarcar num discurso pessimis-

ta, como quem baixa os braços e alinha pelo diapasão dos

«novos» velhos do Restelo. Temos de olhar para os nossos

alunos e dar-lhes, sem falsas realidades, a perspectiva de um

futuro melhor. Mesmo que a geração mais qualificada de Por-

tugal esteja a fugir para o estrangeiro, temos obrigação de

brandir um optimismo calculado e realista, dando-lhes núme-

ros de esperança com que é feito o trabalho diário e perseve-

rante relativamente à transmissão de conhecimentos. Há

números reveladores e que se lembram aqui como forma de

passar a mensagem necessária numa época deprimida: segun-

do a OCDE (Jornal I de 8/11/2010), estudar ainda compensa

em Portugal, onde a frequência do ensino universitário é bai-

xa, chegando os vencimentos dos licenciados a ser 2,5 a 4

vezes maior do que a média nacional e que Portugal está

entre os países onde os licenciados entre os 25 e os 29 anos

mais encontram empregos que não estão abaixo da sua for-

mação (Público de 8/11/2010). Serão estes números de espe-

rança para os nossos alunos?